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Metodologia do Cuidado de Enfermagem, livro

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EnfErmagEm
Profª. Aline Wisnieski Lemke
Profª. Danieli Holderried Grübel
Profª. Miriam Quadros de Oliveira
mEtodologia do 
Cuidado dE
Indaial – 2022
1a Edição
Impresso por:
Elaboração:
Profª. Aline Wisnieski Lemke
Profª. Danieli Holderried Grübel
Profª. Miriam Quadros de Oliveira
Copyright © UNIASSELVI 2022
 Revisão, Diagramação e Produção:
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI.
Núcleo de Educação a Distância. LEMKE, Aline Wisnieski.
Metodologia do Cuidado de Enfermagem. Aline Wisnieski Lemke, Danieli 
Holderried Grübel, Miriam Quadros de Oliveira. Indaial - SC: Arqué, 2022.
193p.
ISBN 978-65-5466-214-7
ISBN Digital 978-65-5466-211-6
“Graduação - EaD”.
1. Tratamento 2. Materiais 3. Saúde
CDD 610
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático Metodologia do Cuidado em 
Enfermagem, que trata de assuntos voltados às teorias de Enfermagem, abordando 
pontos de destaque de atuação dos principais teoristas que norteiam a consulta 
de Enfermagem e embasam as visitas domiciliares. Assim, possibilita a atuação do 
profissional enfermeiro, não apenas dentro das suas unidades de saúde como nos 
domicílios quando necessário.
Na Unidade 1, veremos as principais teorias da Enfermagem que dão suporte 
a nossa atuação profissional. A profissão dos enfermeiros tem ganhado mais visibilidade 
no decorrer dos anos e, com isso, novas atribuições passaram a ser garantidas por lei a 
esses profissionais.
Na Unidade 2, estudaremos a consulta de Enfermagem. Embora muitas pessoas 
vejam a consulta, na área da saúde, como uma atividade somente do médico, o que 
muitos não sabem é que a Enfermagem também tem que a realizar consultas, prescrever 
condutas de cuidados, entre outras atribuições, conforme a legislação vigente. Todavia, 
todo esse processo deve seguir etapas para que se alcance os objetivos desejados.
E, por último, porém não menos importante, na Unidade 3, estudaremos a visita 
domiciliar, que não é algo novo. Com certeza, já ouvimos nossos pais e avós falarem que, 
antigamente, os médicos e enfermeiros realizavam atendimentos em casa. Atualmente, 
os programas do Governo Federal também estabelecem condutas que devem ser 
acompanhadas pela equipe de saúde no domicílio do paciente.
Bons estudos!
Profª. Aline Wisnieski Lemke
Profª. Danieli Holderried Grübel
Profª. Miriam Quadros de Oliveira
APRESENTAÇÃO
GIO
Olá, eu sou a Gio!
No livro didático, você encontrará blocos com informações 
adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento 
acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender 
melhor o que são essas informações adicionais e por que você 
poderá se beneficiar ao fazer a leitura dessas informações 
durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais 
e outras fontes de conhecimento que complementam o 
assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos 
os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. 
A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um 
novo visual – com um formato mais prático, que cabe na 
bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada 
também digital, em que você pode acompanhar os recursos 
adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo 
deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura 
interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no 
texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que 
também contribui para diminuir a extração de árvores para 
produção de folhas de papel, por exemplo.
Preocupados com o impacto de ações sobre o meio ambiente, 
apresentamos também este livro no formato digital. Portanto, 
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com 
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
Preparamos também um novo layout. Diante disso, você 
verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses 
ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos 
nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, 
para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os 
seus estudos com um material atualizado e de qualidade.
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – 
e dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR 
Codes completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite 
que você acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, 
é só aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
QR CODE
SUMÁRIO
UNIDADE 1 — INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS DO CUIDAR .............................1
TÓPICO 1 — PRINCIPAIS TEORIAS DE ENFERMAGEM .......................................... 3
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3
2 TEORIA AMBIENTALISTA ..................................................................................... 3
3 TEORIA DO AUTOCUIDADO ................................................................................. 6
4 TEORIA DA ADAPTAÇÃO ................................................................................... 10
5 TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS (NHB) ..............................11
RESUMO DO TÓPICO 1 .......................................................................................... 16
AUTOATIVIDADE ....................................................................................................17
TÓPICO 2 — CONSULTA DE ENFERMAGEM .......................................................... 19
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 19
2 CONSULTA DE ENFERMAGEM ........................................................................... 21
3 PROCESSO DE ENFERMAGEM .......................................................................... 27
RESUMO DO TÓPICO 2 ..........................................................................................36
AUTOATIVIDADE ................................................................................................... 37
TÓPICO 3 — VISITA DOMICILIAR ..........................................................................39
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................39
2 VISITA DOMICILIAR ...........................................................................................39
3 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO – LEGISLAÇÃO .................................................... 47
LEITURA COMPLEMENTAR .................................................................................. 51
RESUMO DO TÓPICO 3 ..........................................................................................da vida diária ou que apresentam 
dificuldade de locomoção para o seu deslocamento até a unidade de saúde podem 
solicitar a visita domiciliar, assim como outras circunstâncias específicas, como:
• adaptações iniciais no puerpério, redução de mobilidade transitória ou permanente 
de idosos, composição sócio-familiar-econômica frágil, que afete, indireta ou 
diretamente, o estado de saúde do usuário;
• pacientes com afecções crônicas ou agudas, conforme o grau de comprometimento 
da doença e os cuidados paliativos, com o intuito de minimizar o sofrimento e para 
controle da dor, necessitando, assim, de cuidados semanais;
• bebês prematuros com baixo peso com demanda de ganho ponderal (RIBEIRÃO 
PRETO, 2021). 
Destacamos, também, uma importante atuação para pacientes que precisam 
de cuidados da equipe multiprofissional com uso de equipamentos, introdução de 
procedimentos de maior complexidade, como nutrição parenteral ou transfusão sanguínea, 
necessitando de, pelo menos, uma visita domiciliar na semana (RIBEIRÃO PRETO, 2021).
A Visita Domiciliar também deve ser considerada no contexto de 
educação em saúde por contribuir para a mudança de padrões de 
comportamento e, consequentemente, promovera qualidade de vida 
através da prevenção de doenças e promoção da saúde. Garante 
atendimento holístico por parte dos profissionais, sendo, portanto, 
importante a compreensão dos aspectos psicoafetivo-sociais e 
biológicos da clientela assistida (SOUZA; LOPES; BARBOSA, 2004, p. 3).
45
Figura 26 – Atendimento durante a visita domiciliar
Fonte: http://twixar.me/JcMm. Acesso em: 24 set. 2022.
A visita domiciliar proporciona maior proximidade entre os profissionais e o pa-
ciente e seu modo de vida, permitindo que o processo saúde e doença seja determinante 
para o âmbito familiar. Assim, possibilita identificar, no meio familiar, a forma de vida e 
a solidariedade, compreendendo, assim, as funções socioeconômicas e ideológicas, e 
contribuindo para o processo de cuidado, recuperação e cura do paciente (SOUZA; LO-
PES; BARBOSA, 2004).
Figura 27 – Acompanhando o paciente na visita domiciliar
Fonte: http://twixar.me/ycMm. Acesso em: 24 set. 2022.
A Figura 28 demonstra um formulário de aviso de visita domiciliar, para assegurar o 
acompanhamento do paciente na visita domiciliar.
46
Figura 28 – Aviso de visita domiciliar
Fonte: http://twixar.me/5cMm. Acesso em: 29 set. 2022.
Para que a visita domiciliar ocorra com melhor êxito, o enfermeiro deverá destinar 
a escolha correta de alguns materiais a serem utilizados pela equipe de Enfermagem 
e equipe multidisciplinar (RIBEIRÃO PRETO, 2021). Alguns materiais podem variar 
conforme a complexidade do paciente: 
• estetoscópio;
• esfigmomanômetro;
• termômetro;
• otoscópio;
• glicosímetro, fita de reagente para glicemia capilar e lanceta;
• oxímetro de pulso portátil;
• álcool 70%;
• algodão;
• garrote;
• luvas de procedimentos e demais EPIs; 
• luvas estéreis; 
• óculos de proteção;
• avental;
• touca;
• máscara;
• materiais para coleta de exames (agulhas, seringas, agulhas a vácuo e tubos);
• materiais para curativos (gaze, instrumentais, soro fisiológico [SF] 0,9%, coberturas, 
pomadas, faixas);
• caixa para perfurocortantes pequena;
• saco de lixo para contaminantes;
• documentos para realizar anotações (RIBEIRÃO PRETO, 2021).
47
Para êxito na visita domiciliar, o profissional deve observar o meio em que esse 
paciente e seus familiares vivem, averiguar questões referentes a saneamento básico, 
coleta de lixos, acúmulo de lixos nas ruas e localidade, e observar o grau de segurança 
da localidade bairro ou rua na qual será realizado o atendimento de saúde. 
Além disso, é preciso atentar para os vínculos familiares, comportamento 
e comunicação; verificar condições básicas de higiene, organização, iluminação no 
interior da residência, objetos que possam ser obstáculos (tapetes, degraus, vasos e 
rampas, entre outros); verificar se a família dispõe de produtos de limpeza e a disposição 
de medicamentos, principalmente quando houver crianças na residência; e orientar 
sempre referente aos cuidados com a automedicação e possíveis criadouros de insetos e 
animais peçonhentos (RIBEIRÃO PRETO, 2021).
Para entender melhor sobre o tema, sugerimos a leitura do artigo 
Sistematização da assistência de Enfermagem: vislumbrando um cuidado 
interativo, complementar e multiprofissional: http://twixar.me/ScMm.
DICA
É de suma importância manter a cordialidade e postura profissional, respeitando 
limites e crenças, sem invadir a privacidade da família e do paciente. Ainda, é fundamental 
informar e explicar ao paciente todo procedimento e cuidados a serem realizados, orientar 
e ouvir o usuário sem julgamentos, mantendo a postura profissional. 
Ao término da visita domiciliar, cabe à equipe de saúde realizar as anotações 
de Enfermagem, bem como os procedimentos feitos e os materiais utilizados durante o 
procedimento, a fim de registrar no prontuário do paciente. 
Segundo Horta (1979, p. 10), “Cabe à Enfermagem comunitária, assistir ao 
ser humano, dentro da família e da comunidade, direta ou indiretamente, através da 
enfermeira e de pessoal auxiliar, para atender às necessidades humanas básicas e 
intervir na história natural da Enfermagem em todo os níveis de prevenção”.
3 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO – LEGISLAÇÃO 
A visita domiciliar deve ser realizada pela equipe de saúde, cabe ao enfermeiro 
a condução correta da equipe. Para que isso ocorra de forma segura e correta, esse 
profissional precisa estar seguro das suas competências a serem realizadas. 
Nesse sentido, o Art. 2º da Resolução nº 0464/2014 descreve como competências 
do enfermeiro: 
48
I- Dimensionar a equipe de Enfermagem.
II- Planejar, organizar, coordenar, supervisionar e avaliar a prestação 
da assistência de Enfermagem. 
III- Organizar e coordenar as condições ambientais, equipamentos 
e materiais necessários à produção de cuidado competente, 
resolutivo e seguro. 
IV- Atuar de forma contínua na capacitação da equipe de Enfermagem 
que atua na realização de cuidados nesse ambiente. 
V- Executar os cuidados de Enfermagem de maior complexidade 
técnico-científica e que demandem a necessidade de tomar 
decisões imediatas (COFEN, 2014).
Sobre a atuação do enfermeiro durante a visita domiciliar, atualmente, não 
temos vigente, na legislação, uma indicação da quantidade ou um limite de visitas para 
cada paciente. Essa avaliação e decisão de conduta cabe ao enfermeiro, em conjunto 
com a equipe de saúde que irá prestar atendimento ao paciente. 
A visita domiciliar “considera um contato pontual da equipe de Enfermagem para 
a avaliação das demandas exigidas pelo usuário e/ou familiar, bem como o ambiente 
onde vivem, visando estabelecer um plano assistencial, programado com objetivo 
definido” (COFEN, 2014).
Na realização da visita domiciliar, o enfermeiro deve aplicar o processo de 
Enfermagem, proporcionando qualidade no atendimento e seguindo uma ordem lógica 
de raciocínio. Portanto, a aplicação da SAE é de fundamental importância, para nortear as 
condutas da equipe. 
A Resolução Cofen nº 0464/2014 estabelece:
Art. 3º A atenção domiciliar de Enfermagem deve ser executada no 
contexto da Sistematização da Assistência de Enfermagem, sendo 
pautada por normas, rotinas, protocolos validados e frequentemente 
revisados, com a operacionalização do Processo de Enfermagem, de 
acordo com as etapas previstas na Resolução COFEN nº 358/2009, 
a saber:
I- Coleta de dados de (Histórico de Enfermagem).
II- Diagnóstico de Enfermagem.
III- Planejamento de Enfermagem.
IV- Implementação.
V- Avaliação de Enfermagem (COFEN, 2014).
O enfermeiro deve levar em consideração, durante o atendimento ao paciente, 
suas particularidades, podendo, assim, planejar o atendimento adequado para cada 
paciente, de forma individualizada, seguindo também a Resolução Cofen nº 358/2009.
A Resolução Cofen nº 0464/2014 classifica em três modalidades de atendimento 
na visita domiciliar: atendimento domiciliar,internação domiciliar e visita domiciliar. Logo, 
o enfermeiro precisa, no momento do atendimento ao paciente, determinar qual das 
modalidades de atendimento irá aplicar, a fim de poder dar continuidade ao processo de 
Enfermagem.
49
§1º A Atenção Domiciliar compreende as seguintes modalidades:
I- Atendimento Domiciliar: compreende todas as ações, sejam elas 
educativas ou assistências, desenvolvidas pelos profissionais 
de Enfermagem no domicilio, direcionadas ao paciente e seus 
familiares.
II- Internação Domiciliar – é a prestação de cuidados sistematizados 
de forma integral e contínuo e até mesmo ininterrupto, no 
domicilio, com oferta de tecnologia e de recursos humanos, 
equipamentos, materiais e medicamentos, para pacientes que 
demandam assistência semelhante à oferecida em ambiente 
hospitalar.
III- Visita Domiciliar: considera um contato pontual da equipe de 
Enfermagem para avaliação das demandas exigidas pelo usuário 
e/ou familiar, bem como o ambiente onde vivem, visando 
estabelecer um plano assistencial, programado com objetivo 
definido (COFEN, 2014).
Para aprofundar os seus conhecimentos, acesse a Resolução Cofen nº 
358/2009: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3582009_4384.html.
DICA
Ainda segundo a Resolução Cofen nº 0464/2014, a fiscalização da atuação do 
enfermeiro nas visitas domiciliares fica a cargo dos conselhos regionais, sendo estes 
responsáveis por garantir a qualidade da entrega dos serviços de saúde, com base 
no Código de Ética, atuando conforme a lei do exercício profissional das equipes de 
Enfermagem. 
Acadêmico, sugerimos a leitura do Código de Ética de Enfermagem, disponível em: 
http://twixar.me/jcMm.
DICA
Figura – Código de Ética
Fonte: http://twixar.me/pcMm. Acesso em: 5 out. 2022.
http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3582009_4384.html
50
No Art. 5º da Resolução Cofen nº 0464/2014, fica evidente a responsabilidade 
legal da profissão: “Ficam os Conselhos Regionais de Enfermagem responsáveis para 
implementar ações fiscalizatórias junto aos profissionais de Enfermagem que atuam em 
domicílio” (COFEN, 2014).
O acesso ao site do Cofen é importante para o profissional de 
Enfermagem se atualizar sobre a legislação aplicada à profissão: 
http://www.cofen.gov.br/.
DICA
Vimos, no decorrer dos nossos estudos, como a Enfermagem tem um papel 
fundamental no restabelecimento da saúde do paciente. Para isso, vários processos 
precisam ser observados por toda a equipe de saúde.
Na Unidade 2, estudaremos a Sistematização da Assistência de 
Enfermagem (SAE), abordando a contextualização da sua implantação 
e a legislação, especificamente, sobre cada uma de suas principais 
características.
ESTUDOS FUTUROS
http://www.cofen.gov.br/
51
LEITURA
COMPLEMENTAR
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: VISLUMBRANDO UM 
CUIDADO INTERATIVO, COMPLEMENTAR E MULTIPROFISSIONAL
Keyla Cristiane do Nascimento
Dirce Stein Backes 
Magda Santos Koerich 
Alacoque Lorenzini Erdmann
INTRODUÇÃO
No momento histórico atual, marcado pela hegemonia de determinadas 
disciplinas/profissões sobre outras, pela crescente especialização e consequente 
fragmentação do saber e, por que não dizer, pela fragmentação do próprio ser humano, 
o pensamento complexo interpela-nos a redimensionar o nosso olhar e a revisitar as 
práticas pautadas por um saber linear e reducionista.
Percebe-se, com muita frequência, que a implementação de um modelo e/
ou uma fórmula predeterminada de assistência, não é garantia de maior qualidade na 
assistência em saúde. É preciso, também, que se estabeleçam novas e sempre mais 
complexas relações e interações profissionais para apreender o ser humano de forma 
ampla e integral.
Com base nessas e outras ideias, tornou-se cada vez mais incisivo o desejo de 
compreender a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) a partir de novos 
referenciais, capazes de ampliar o campo de visão para além das fórmulas prescritivas 
e normativas e, sobretudo, para além dos modelos formalmente instituídos como 
norteadores de uma assistência centrada no ser humano.
O pensamento complexo apresenta-se, nessa direção, como possibilidade para 
rever os pressupostos metodológicos seguros e ordenados que vêm predominando, há 
muito tempo, no campo das ciências e que tiveram como consequência a inflexibilidade 
e a desintegração do real.
As áreas da saúde e educação, por estarem dinamicamente envolvidas com as 
transformações ocorridas na sociedade, são chamadas, constantemente, a responder 
reflexiva e criticamente os novos desafios, buscando as adequações cabíveis tanto nos 
campos epistemológicos como metodológicos. Estes setores são chamados a responder 
a uma pluralidade de necessidades e especificidades, centradas nos seres humanos, de 
forma individual ou coletiva.
52
Na era do conhecimento, torna-se importante buscar de novas competências 
nos modos de organizar o trabalho, nas atitudes profissionais integradas aos sistemas 
sociais de relações e interações múltiplas, em suas diversas dimensões, abrangências e 
especificidades.
O trabalho ou exercício profissional é determinante do espaço social das 
profissões, as quais se inserem na multidimensionalidade desse espaço social que é 
complexo, por vezes, exigente. O enfermeiro, para prestar assistência de Enfermagem, 
com qualidade e de forma humanizada, necessita inserir-se na rede social de cuidados 
de forma consciente, competente, tanto técnica quanto cientificamente.
A Enfermagem, como uma profissão crucial para a construção de uma assistência 
qualificada em saúde, vem acompanhando profundas e importantes mudanças 
nas relações sociais e políticas, no campo tecnológico, nas relações interpessoais e, 
principalmente, na maneira de organizar os serviços e responder às novas demandas 
gerenciais e científicas.
Ao longo dos anos, o tipo de organização da assistência de Enfermagem, 
associado ao modelo de gestão tradicional, baseou-se em contradições geradas por 
uma estrutura rígida, linear, excessivamente especializada, com funções rotineiras e 
pouco desafiadoras. A Enfermagem conformou-se, basicamente, com uma cultura do 
fazer disciplinar sem, contudo, refletir acerca de novas possibilidades do ser e agir nos 
microespaços do cotidiano diário.
A partir da década de 1970, observa-se uma tendência crescente na Enfermagem 
pela busca de atividades relacionadas à organização e ao planejamento dos serviços 
de Enfermagem, ou seja, de algumas funções administrativas ligadas, principalmente, ao 
gerenciamento dos diversos setores. No Brasil, Wanda de Aguiar Horta foi a pioneira nos 
estudos relacionados ao Processo de Enfermagem, publicados em 1979.
Assim, o processo de Enfermagem, propriamente dito, emergiu com o objetivo de 
organizar o serviço de Enfermagem hospitalar, ou seja, garantir a autonomia profissional 
através de uma sistematização das ações de Enfermagem.
A partir de então, vêm sendo realizados, em larga escala, trabalhos sobre a 
sistematização da assistência de Enfermagem, aplicados aos diferentes campos de 
atuação de Enfermagem.
 
A sistematização da assistência de Enfermagem, enquanto processo 
organizacional, é capaz de oferecer subsídios para o desenvolvimento de métodos/
metodologias interdisciplinares e humanizadas de cuidado. Percebe-se, contudo, um 
cuidado de Enfermagem ainda fortemente centrado na doença, e não no ser humano, 
enquanto sujeito ativo e participativo do processo de cuidar. A crescente abertura para os 
novos métodos/metodologias de produzir conhecimento por meio do processo de cuidar 
humano permite substituir o olhar reducionista e seguro do saber institucionalizado, por 
um outro, diferenciado para os contornos de saúde/doença.
53
Através de uma busca bibliográfica nas bases de dados LILACS e SciELO, com o 
descritor sistematização da assistência de Enfermagem, foram identificados estudos 
reflexivos, bibliográficos e, principalmente, pesquisas que vão desde as áreas de clínica 
médica, pediátrica, intensivista, cirúrgica, áreas especializadascomo queimados, 
quimioterapia, radioterapia, hemocentros, pronto-socorro até os serviços em creches 
e clínicas privadas, entre outros. Os vários estudos demonstram, em síntese, que, com 
a sistematização da assistência de Enfermagem, é possível qualificar e humanizar a 
assistência sob os diferentes enfoques. Nessa busca, não foram identificados trabalhos 
que analisassem a sistematização da assistência/cuidado de Enfermagem à luz do 
pensamento complexo. Questiona-se, então, se existe a possibilidade de os profissionais 
de Enfermagem desenvolverem as teorias/processos do cuidado ao paciente/cliente, 
de forma eficiente e eficaz, sob essa perspectiva. Isso porque o trabalho em saúde é 
complementar, integrado e multidimensional, e a Enfermagem é parte da equipe da 
saúde, de modo que a assistência de Enfermagem tem relação com as outras práticas 
de saúde que, no conjunto, complementam-se. 
Se tal modelo predominou durante os séculos passados, os avanços científicos 
começam a demonstrar que ele encontrou seus limites. Assim, torna-se premente a 
busca por processos mais dinâmicos e sistemas cooperacionais complexos no processo 
de cuidado, que valorizem as diferentes concepções do ser humano e que sejam 
capazes de integrar as várias dimensões do cuidado, de forma inovadora e criativa. 
Ao inovar formas, práticas e métodos de produzir conhecimento em saúde, 
é preciso levar em conta os diferentes olhares, contextos, subsistemas. As múltiplas 
concepções acerca do mundo, da sociedade, do ser humano e da construção do 
conhecimento direcionam, portanto, o nosso modo de conhecer a realidade subjetiva 
e/ou objetiva, isto é, diagnosticar, planejar, operacionalizar e avaliar os processos sob 
diferentes olhares. 
Dessa forma, ao observar a realidade sob a perspectiva do pensamento 
complexo, a sistematização da assistência de Enfermagem poderia ser enquadrada 
nos processos tradicionais de produzir conhecimento e saúde, isto é, pautados em 
processos lineares e reducionistas. 
A partir dessa constatação, buscou-se respostas aos seguintes questionamentos: 
Qual é o significado da sistematização da assistência de Enfermagem para os profissionais 
da equipe de saúde? A sistematização experienciada pela Enfermagem integra toda a 
complexidade que envolve a assistência à saúde? Com o propósito de responder tais 
questionamentos, o estudo objetivou compreender o significado da sistematização da 
assistência de Enfermagem para os profissionais da equipe multiprofissional da saúde.
54
MÉTODO
O presente estudo é fruto de um projeto ampliado, intitulado: A sistematização 
da assistência de Enfermagem à luz do pensamento complexo. Trata-se do projeto de 
pesquisa realizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração de Enfermagem 
e Saúde (GEPADES), cujo objetivo foi compreender a Sistematização da Assistência de 
Enfermagem (SAE) à luz do pensamento complexo. 
Ao longo dos anos, o GEPADES vem norteando os seus estudos pelo referencial 
da complexidade, o qual, além de ampliar o campo de visão dos integrantes do grupo, 
tem proporcionado reflexões e discussões sobre a própria organização da Enfermagem e, 
principalmente, acerca dos modelos por ela sustentados que podem ser considerados, 
em alguns casos, unidimensionais e reducionistas. 
Com base nesse pensar, o método de escolha para a pesquisa foi a Teoria 
Fundamentada nos Dados (TFD), ou também chamada de Grounded Theory. Trata-se 
de uma metodologia, originalmente, desenvolvida por sociólogos norte-americanos, 
que intentaram construir uma teoria assentada nos dados, a partir da exploração do 
fenômeno na realidade em que o indivíduo se insere, sendo que a construção teórica 
explica a ação no contexto social. 
Por meio dessa abordagem, é possível acrescentar novas perspectivas e novos 
significados ao fenômeno, nesse caso a SAE, a fim de gerar um conhecimento complexo, 
consolidado e fundamentado essencialmente nos dados. 
A pesquisa teve início com o parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa 
em Seres Humanos da UFSC, registrado sob o número 0291/06. Os dados foram 
coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e uma pergunta inicial: Qual o 
significado da SAE para você? O encaminhamento das demais questões foi direcionado 
pelas pesquisadoras, a partir das respostas dos entrevistados, levando-os a refletirem 
sobre suas práticas e o desenvolvimento do seu fazer em saúde. 
Inicialmente, optou-se por realizar a pesquisa em duas instituições de saúde, 
de grande porte, sendo uma de caráter privado e a outra de caráter público, localizadas 
na Grande Florianópolis/SC, que utilizam modelos de sistematização da assistência de 
Enfermagem. Desse modo, o primeiro grupo amostral foi composto por profissionais 
da saúde das referidas instituições, dentre eles: enfermeiras, técnicas de Enfermagem, 
nutricionista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e médicos, que se dispuseram a integrar o 
grupo. 
Para formar o segundo grupo amostral, composto pelas diretoras do Serviço 
de Enfermagem das referidas instituições, foram consideradas as sugestões, ideias e 
dúvidas que emergiram dos dados codificados e analisados a partir do primeiro grupo. 
E, com as frequentes referências aos órgãos de classe, optou-se, para um terceiro 
55
momento, entrevistar enfermeiros que atuam no Conselho Regional de Enfermagem. 
A validação do Modelo Teórico, propriamente dito, foi efetivada com um profissional 
enfermeiro, Diretor do Serviço de Enfermagem de uma instituição hospitalar da Região 
Sudeste do país, que vem desenvolvendo estudos sobre a SAE. 
Os dados foram coletados no período compreendido entre novembro de 2006 
e maio de 2007, os quais foram gravados e, posteriormente, transcritos, conforme 
prevê a metodologia adotada. Realizada a transcrição, seguiu-se com a extração das 
unidades conceituais de cada frase, o agrupamento das subcategorias e categorias 
que, concomitantemente, foram analisadas, comparadas e reorganizadas até alcançar 
o ponto de saturação, que foi atingido com 15 profissionais e/ou três grupos amostrais.
A codificação e análise dos dados conduziram à identificação do tema central 
da pesquisa: Vislumbrando a Sistematização da Assistência de Enfermagem como 
Fenômeno Interativo e Complexo. Este tema é complementado por dois fenômenos 
secundários, porém, representativos no processo de investigação da SAE na perspectiva 
da complexidade: Verificando a necessidade de um processo interativo, complementar 
e multiprofissional e Percebendo a desarticulação entre o saber, o fazer e o legislar. 
Dada a importância e relevância do tema central e dos fenômenos secundários 
em particular, optou-se por analisar cada um deles separadamente, para explorar, de 
forma mais abrangente, os significados, dado a riqueza dos dados desvelados. Por isso, 
nesse momento, nos propomos analisar e discutir apenas o fenômeno: Verificando a 
necessidade de um processo interativo, complementar e multiprofissional, por constituir-
se, do ponto de vista das autoras, em uma importante estratégia para repensar as 
práticas de Enfermagem, ainda, centradas em modelos lineares e unidimensionais. 
Para preservar o anonimato, as contribuições dos participantes serão identificadas, 
ao longo do texto, com a letra P seguida de algarismos arábicos que representam a ordem 
dada às entrevistas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A sistematização da assistência de Enfermagem, enquanto processo 
organizacional é capaz de oferecer subsídios para o desenvolvimento de métodos/
metodologias interdisciplinares e humanizadas de cuidado. As metodologias de cuidado, 
sejam quais forem as suas denominações, representam, atualmente, uma das mais 
importantes conquistas no campo assistencial da Enfermagem. O profissional, imbuído 
nesse processo, necessita, entretanto, ampliar e aprofundar, continuamente, os saberes 
específicos de sua área de atuação, sem esquecer o enfoque interdisciplinar e/ou 
multidimensional. 
56
Vimos, ao longo desta pesquisa, que a SAE é parte de um processoque vem 
sendo desenvolvido, ao longo do tempo, por enfermeiros comprometidos em melhorar 
cada vez mais o cuidado prestado ao paciente, pois vislumbram a necessidade de 
cuidado interativo, complementar e multiprofissional. 
A SAE proporciona uma maior autonomia para o enfermeiro, um respaldo seguro a 
partir do registro, que garante a continuidade/complementaridade multiprofissional, além de 
promover uma aproximação enfermeiro–usuário, enfermeiro–equipe multiprofissional. 
Faz-se necessário que os profissionais de saúde continuem a busca do 
aprimoramento contínuo de sua prática, contribuindo para as ações cada vez mais 
embasadas em princípios científicos, o que refletirá na melhor qualidade de cuidado 
oferecido a quem cuidamos.
Fonte: adaptada de NASCIMENTO, K. C. et al. Sistematização da assistência de Enfermagem: vislumbrando 
um cuidado interativo, complementar e multiprofissional. Rev Esc Enferm USP, v. 42, n. 4, p. 643-648, 
maio 2008. Disponível em: http://twixar.me/ScMm. Acesso em: 23 set. 2022.
57
Neste tópico, você aprendeu:
• A visita domiciliar prevista no Sistema Único de Saúde (SUS) está prevista na Política 
Nacional de Atenção Domiciliar.
• A Resolução nº 0464/2014 enfatiza que a visita domiciliar de Enfermagem abrange 
ações desenvolvidas para a promoção, a prevenção e o tratamentos de saúde, além 
da reabilitação e de cuidados paliativos.
• Há três modalidades de atendimento na visita domiciliar: atendimento domiciliar, 
internação domiciliar e visita domiciliar. Assim, o enfermeiro precisa, no momento 
do atendimento ao paciente, determinar qual das modalidades de atendimento irá 
aplicar, a fim de poder dar continuidade ao processo de Enfermagem.
• A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) deve ser aplicada, pelo 
enfermeiro, na visita domiciliar, sendo de fundamental importância, para nortear as 
condutas da equipe. 
• Entre as etapas do planejamento da visita domiciliar, estão: definição dos pacientes 
que irão receberão a visita; conferir histórico e decidir objetivo da visita domiciliar; 
organizar material a ser utilizado; confirmar a disponibilidade do paciente para a 
realização da visita domiciliar; após a visita, registrar no prontuário do paciente e 
realizar encaminhamentos (se necessário).
RESUMO DO TÓPICO 3
58
1 A visita domiciliar proporciona maior proximidade entre os profissionais e o paciente e 
seu modo de vida, permitindo que o processo saúde e doença seja determinante para o 
âmbito familiar. Quais são os três principais fatores que a visita domiciliar possibilita?
2 A Lei nº 7.498/1986, regulamentada pelo Decreto nº 94.406, de 9 de junho de 1987 
(COFEN, 1987), determina que cabe ao enfermeiro as atividades privativas de consulta 
de Enfermagem, prescrição e assistência de Enfermagem, sendo este profissional 
o responsável pelo atendimento ao paciente. Sobre essa lei e a regulamentação do 
exercício de Enfermagem, analise as sentenças a seguir:
Fonte: BRASIL. Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da En-
fermagem e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 1986. Disponível em: 
https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/128195/lei-7498-86 Acesso em: 24 set. 2022.
I- Os cuidados de Enfermagem são prestados, privativamente, por técnicos e auxiliares 
apenas a pacientes graves com risco de vida.
II- Cabe ao enfermeiro somente a execução e a avaliação dos planos assistenciais de 
saúde.
III- Cabe, ao enfermeiro, realizar os cuidados de Enfermagem de maior complexidade 
técnica e que exijam conhecimento de base cientifica e capacidade de tomar 
decisões imediatas.
IV- Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas é atividade exclusiva do 
enfermeiro.
V- É atividade privativa do enfermeiro: organização e direção dos serviços de 
Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e IV estão corretas.
b) ( ) As sentenças II e V estão corretas.
c) ( ) As sentenças I, II e III estão corretas.
d) ( ) As sentenças III e V estão corretas.
3 A equipe de saúde, que irá realizar a visita domiciliar, deve separar e organizar alguns 
equipamentos e materiais a serem utilizados durante o atendimento ao paciente. 
Sobre esses equipamentos e materiais utilizados na visita domiciliar, analise as 
sentenças a seguir:
I- Oxímetro de pulso, estetoscópio, esfigmomanômetro, cureta e espelho.
II- Termômetro, esfigmomanômetro, álcool 70%, fixador celular e pinça de Cheron.
III- Estetoscópio, termômetro, oxímetro de pulso, esfigmomanômetro e álcool 70%.
IV- Fixador celular, lanterna, gaze, álcool 70%, pinça de Cheron e oxímetro de pulso. 
AUTOATIVIDADE
59
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentença I e III estão corretas.
b) ( ) As sentenças II e IV estão corretas.
c) ( ) Somente a sentença IV está correta.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
4 A visita domiciliar acontece com a atuação da equipe da atenção básica, a partir 
de algumas ações nos domicílios dos pacientes, iniciando por cadastramento dos 
usuários, busca ativa, ações de educação e vigilância em saúde. Quais são os 
pacientes que podem solicitar visita domiciliar?
5 Na visita domiciliar, os dados são coletados durante o atendimento, assim como todo 
o cuidado prestado ao paciente e a seus familiares. Para que essa visita domiciliar 
ocorra, há várias maneiras de solicitação para inclusão da visita domiciliar. No que 
se refere aos diversos tipos de solicitação de visita domiciliar, assinale a alternativa 
CORRETA:
a) ( ) A solicitação pode ser feita a partir de familiares, hospitais, unidades de pronto 
atendimento, Samu, UBS, pelo próprio paciente ou demandas judiciais.
b) ( ) A solicitação pode ser feita somente por familiares ou demandas judiciais.
c) ( ) É o médico da unidade que determina quais pacientes precisam de visita 
domiciliar, independentemente de requisição.
d) ( ) A solicitação pode ser feita somente pelos hospitais. 
60
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http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/4106/977
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WATSON, J. Nursing: The philosophy and science of caring. Colorado: University Press 
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https://www.scielo.br/j/ean/a/QT4KXvHcXkYZFRLHBxxHnCf/?lang=pt
http://revistaadmmade.estacio.br/index.php/journalhc/article/view/8472/47967192
http://revistaadmmade.estacio.br/index.php/journalhc/article/view/8472/47967192
https://www.revistas.ufg.br/revistaufg/article/download/59823/35688/
https://www.revistas.ufg.br/revistaufg/article/download/59823/35688/
68
69
SISTEMATIZAÇÃO 
DA ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM (SAE)
UNIDADE 2 — 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
 A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender as competências necessárias ao enfermeiro;
• comprender os conceitos da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE);
• conhecer os processos e as etapas da SAE;
•	 conhecer	a	legislação	aplicada	à	profissão	do	enfermeiro.
 A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de 
reforçar	o	conteúdo	apresentado.
TÓPICO 1 – COMPETÊNCIAS REQUERIDAS PARA O TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE 
ENFERMAGEM
TÓPICO 2 – CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM (SAE)
TÓPICO 3 – LEGISLAÇÃO E RACIOCÍNIO CRÍTICO NA ENFERMAGEM
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
70
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 2!
Acesse o 
QR Code abaixo:
71
TÓPICO 1 — 
COMPETÊNCIAS REQUERIDAS PARA 
O TRABALHO DOS PROFISSIONAIS 
DE ENFERMAGEM
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO 
Anteriormente, vimos elementos que compõem a atuação do enfermeiro 
durante	 a	 carreira	 profissional.	 Neste	 tópico,	 abordaremos	 as	 competências	 requeridas	
para	o	trabalho	dos	profissionais	de	Enfermagem,	com	enfoque	em	atender,	de	forma	
administrativa, as necessidades do mercado de trabalho, e não apenas no âmbito 
assistencial.
Assim, inicialmente, falaremos das habilidades e das competências que o 
enfermeiro	 precisa	 desenvolver	 para	 a	 sua	 atuação	 profissional.	 Sabemos	 que	 cada	
pessoa possui características diferentes em relação a atitudes e valores motivacionais, 
porém, algumas habilidades são necessárias, para que seja possível conduzir a equipe 
com	eficiência	e	prestar	o	atendimento	diferenciado	ao	paciente.	
2 HABILIDADES E ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO 
PROCESSO DE TRABALHO 
A atuação do enfermeiro está dividida em processos de trabalho, que podem 
estar relacionados com as atribuições no atendimento operacional, na assistência e nas 
estratégias	da	organização	do	trabalho,	sendo	esse	profissional	o	principal	elemento	da	
equipe	de	saúde,	para	delimitarmos	os	cargos	de	cada	membro	da	equipe.
Para compreender melhor essas atribuições relacionadas com o cargo do 
enfermeiro,	é	importante	observarmos	o	Quadro	1.
72
Quadro 1 – Cargos do enfermeiro e suas atribuições
Enfermeiro 
Coordenador
Normatizar e fazer cumprir as normas e as rotinas na unidade de terapia 
intensiva (UTI), de forma democrática, mantendo-as sempre atualizadas 
e	disponíveis	à	equipe.	Participar	na	seleção	dos	técnicos	que	irão	compor	
o	quadro	da	equipe	de	Enfermagem.	Confeccionar	a	escala	mensal	do	
pessoal	de	Enfermagem.	Confeccionar	escala	anual	de	férias	da	equipe	
de	Enfermagem.	 Integrar	 a	UTI	 com	os	demais	 serviços	da	 instituição,	
priorizando	a	ética	profissional	e	zelando	pelo	trabalho	multiprofissional.	
Assessorar a direção do hospital nos assuntos referentes a sua área de 
atribuição.	Manter	a	equipe	de	Enfermagem	atualizada,	em	parceria	com	a	
Educação	Permanente.	Convocar	e	presidir	reuniões	com	funcionários	do	
setor.	Prever	e	prover	os	recursos	materiais,	garantindo	uma	assistência	
adequada, sem quebra da continuidade, registrando pendências ou 
problemas.	 Supervisionar	 o	 adequado	 uso	 dos	 recursos	 materiais.	
Coordenar, supervisionar e avaliar, periodicamente, as atividades da 
equipe	 de	 Enfermagem.	 Supervisionar	 a	 manutenção	 de	 materiais.	
Supervisionar manutenção preventiva e limpeza de equipamentos de 
reserva.	Colaborar	com	o	controle	de	saída	e	 recebimento	de	materiais	
para	 manutenção	 ou	 reposição.	 Zelar	 pela	 garantia	 da	 sistematização	
da	assistência	de	Enfermagem.	Ter	resolubilidade	diante	dos	problemas	
detectados	para	o	bom	funcionamento	da	unidade.	Estimular,	facilitar	e	
participar	da	elaboração	de	trabalhos	científicos.	Zelar	pela	manutenção	
de comportamento ético, junto a todos os membros da equipe, perante 
familiares	e	funcionários	de	outros	setores	do	hospital.	Prestar	assistência	
direta	 ao	 paciente,	 conforme	 necessidade.	 Constituir	 as	 Comissões	 e	
Núcleos	de	forma	representativa.	Prestar	assistência	segura,	humanizada	
e	 individualizada	 aos	 pacientes	 críticos.	 Realizar	 demais	 atividades	
inerentes	ao	cargo.
Enfermeiro
 Intensivista 
Rotina
Organizar prontuários com registros das observações, tratamentos 
executados	e	ocorrências	verificadas,	em	relação	ao	paciente.	Participar	
da prevenção, do controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças 
transmissíveis	em	geral.	Atuar	quando	da	ocorrência	do	óbito,	executando	
e orientando os procedimentos necessários, bem como prestando apoio 
aos	familiares.	Verificar	o	funcionamento	de	aparelhos	utilizados	na	área	
de	 Enfermagem,	 solicitando	 reparos	 e/ou	 substituições.	 Participar	 das	
medidas de biossegurança, realizando treinamentos em procedimentos 
que	 assegurem	 e	 minimizem	 os	 acidentes	 de	 trabalho.	 Assegurar	
condições adequadas de limpeza, preparo, esterilização e manuseio de 
materiais	 no	 âmbito	 hospitalar	 e	 no	 ambulatório.	 Apoiar	 as	 atividades	
de	 pesquisa	 e	 extensão.	 Zelar	 pela	 segurança	 individual	 e	 coletiva,	
utilizando equipamentos de proteção apropriados, quando da execução 
dos	serviços.	Zelar	pela	guarda,	conservação,	manutenção	e	limpeza	dos	
equipamentos, instrumentos e materiais utilizados,bem como do local de 
trabalho.	Manter-se	atualizado	em	relação	às	tendências	e	às	inovações	
tecnológicas	de	sua	área	de	atuação	e	das	necessidades	do	setor.	Prestar	
assistência	segura,	humanizada	e	individualizada	aos	pacientes	críticos.	
Realizar demais atividades inerentes ao cargo e a especialidade de terapia 
intensiva.
73
Enfermeiro 
Rotina
Organizar prontuários com registros das observações, tratamentos 
executados	e	ocorrências	verificadas	em	relação	ao	paciente.	Participar	da	
prevenção, do controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças 
transmissíveis	em	geral.	Atuar	quando	da	ocorrência	do	óbito,	executando	
e orientando os procedimentos necessários, bem como prestando apoio 
aos	familiares.	Verificar	o	funcionamento	de	aparelhos	utilizados	na	área	
de	 Enfermagem,	 solicitando	 reparos	 e/ou	 substituições.	 Participar	 das	
medidas de biossegurança, realizando treinamentos em procedimentos 
que	 assegurem	 e	 minimizem	 os	 acidentes	 de	 trabalho.	 Assegurar	
condições adequadas de limpeza, preparo, esterilização e manuseio de 
materiais	 no	 âmbito	 hospitalar	 e	 no	 ambulatório.	 Apoiar	 as	 atividades	
de	 pesquisa	 e	 extensão.	 Zelar	 pela	 segurança	 individual	 e	 coletiva,	
utilizando equipamentos de proteção apropriados, quando da execução 
dos	serviços.	Zelar	pela	guarda,	conservação,	manutenção	e	limpeza	dos	
equipamentos, instrumentos e materiais utilizados, bem como do local de 
trabalho.	Manter-se	atualizado	em	relação	às	tendências	e	às	inovações	
tecnológicas	de	sua	área	de	atuação	e	das	necessidades	do	setor.	Prestar	
assistência	segura,	humanizada	e	individualizada	aos	pacientes	críticos.	
Realizar	demais	atividades	inerentes	ao	cargo.
Enfermeiro 
Supervisor
Coordenar e otimizar serviços de transferências, óbitos, realização de 
exames e altas, de forma contínua e documentada, melhorando a qualidade 
do	atendimento	ao	cliente.	Tomar	ciência	dos	plantões	para	solução	de	
possíveis	problemas	existentes.	Avaliar	técnica,	ética,	conduta	e	postura	
dos	colaboradores.	Realizar	inspeções	periódicas	das	UTIs,	observando	se	
o	padrão	de	trabalho	tem	sido	mantido.	Realizar	controle	do	cumprimento	
das	normas	e	 rotinas	dos	colaboradores.	Orientar	 e	 cobrar	não	apenas	
a	 equipe	 de	 Enfermagem,	mas	 a	 equipe	multiprofissional,	 para	 que	 se	
conservem	os	5S	e	o	correto	preenchimento	dos	formulários.	Verificar	a	
quantidade	de	exames	que	serão	realizados	no	dia.	Otimizar	a	realização	
dos	exames,	bem	como	altas,	transferências	e	óbitos.	Observar,	à	noite,	se	
o	aparelho	de	eletro	e	desfibrilador	estão	ligados	na	tomada.	Participar	de	
reuniões	sempre	que	solicitado.	Incentivar	sua	equipe	ao	aperfeiçoamento	
e	crescimento	profissional.	Identificar	(plantão	noturno)	a	necessidade	de	
recursos humanos e materiais para o bom funcionamento do serviço e 
realizar	remanejamentos,	segundo	necessidade.	Informar,	ao	enfermeiro,	
rotina	 de	 qualquer	 problema	 ou	 necessidade	 da	 unidade.	 Cumprir	 e	
fazer	 cumprir	 regulamentos	 das	 rotinas	 circulares	 e	 outras	 instruções.	
Esclarecer, quando solicitado, dúvidas sobre as condições de saúde 
do	 cliente	 e	 sobre	 o	 serviço	 de	 Enfermagem	 a	 familiares.	 Encaminhar	
alta,	 óbito	 e	 transferência	 do	 paciente.	 Executar	 trabalhos	 específicos,	
em	 cooperação	 com	 outros	 profissionais,	 ou	 assessorar	 em	 assuntos	
de	 Enfermagem.	 Realizar	 registros	 de	 Enfermagem,	 para	 historiar	 e	
mapear	 o	 cuidado	 prestado.	 Facilitar	 o	 rastreamento	 das	 ocorrências	
com o paciente a qualquer momento e reforçar a responsabilidade do 
profissional	envolvido	no	processo	de	assistência	de	Enfermagem.	Zelar	
pela manutenção e pela conservação de equipamentos e material da 
unidade.	Ter	 postura,	 assiduidade	 e	 pontualidade.	 Receber	 o	 plantão	 e	
resolver,	junto	à	rotina,	as	possíveis	pendências	existentes.
74
Enfermeiro
 Plantonista
Planejar, organizar, coordenar, supervisionar, executar e avaliar todas as 
atividades	de	Enfermagem	em	pacientes	adultos	criticamente	enfermos.	
Desenvolver as atividades assistenciais e propor alternativas de trans-
formação na realidade gerencial e do cuidado ao paciente criticamente 
enfermo	e/ou	em	situação	de	risco	de	morte.	Executar	as	funções	per-
tinentes	a	sua	profissão,	que	possam	identificar	 intercorrências	e	tomar	
decisões	imediatas	sobre	o	atendimento	do	paciente	crítico.	Prestar	as-
sistência	 segura,	 humanizada	 e	 individualizada	 aos	 pacientes	 críticos.	
Realizar as atribuições de Enfermeiro e demais atividades inerentes ao 
cargo.
Enfermeiro 
Coordenador 
Núcleo de 
Internação e 
Regulação
Normatizar e fazer cumprir as normas e rotinas na unidade, de forma 
democrática,	mantendo-as	 sempre	 atualizadas	 e	 disponíveis	 à	 equipe.	
Participar	 na	 seleção	 e	 no	 gerenciamento	 dos	 leitos.	 Confeccionar	
escala	mensal	do	pessoal	da	equipe.	Confeccionar	escala	anual	de	férias	
da	 equipe.	 Integrar	 os	 setores	 com	 os	 demais	 serviços	 da	 instituição,	
gerenciando	 os	 leitos,	 priorizando	 a	 ética	 profissional	 e	 zelando	 pelo	
trabalho	multiprofissional.	Assessorar	a	direção	do	hospital	nos	assuntos	
referentes	a	sua	área	de	atribuição.	Fazer	a	interação,	junto	à	central	de	
leitos	e	unidades	de	internação,	com	vistas	à	gestão	dos	leitos	disponíveis.	
Contribuir	com	o	desenvolvimento	do	Núcleo	Interno	de	Regulação	(NIR).
Enfermeiro 
Rotina Núcleo 
de Internação e 
Regulação
Fazer a interface com o setor de transportes, para o envio ou o recebimento 
de	pacientes.	Fazer	a	 interação,	 junto	à	central	de	 leitos	e	unidades	de	
internação,	com	vistas	à	gestão	dos	leitos	disponíveis.	Contribuir	com	o	
desenvolvimento	do	NIR,	a	partir	das	atribuições	do	cargo	de	enfermeiro.
Enfermeiro 
Comissão de 
Curativo
Os	profissionais	da	Comissão	têm,	como	base	de	atuação,	a	prevenção	
e tratamento de feridas, no acompanhamento aos pacientes, com o 
objetivo de padronizar os curativos utilizados na prevenção e tratamento 
de	lesões.
Enfermeiro de 
Gerenciamento 
de Resíduo
Profissional	 capacitado,	 para	 proporcionar	 aos	 resíduos	 gerados	 um	
encaminhamento	 seguro	 e	 de	 forma	 eficiente,	 visando	 à	 proteção	
humana	e	à	preservação	do	meio	ambiente.
Enfermeiro 
Núcleo de 
Vigilância
Profissional	 responsável	 pelo	 planejamento	 e	 execução	 das	 ações	 de	
epidemiologia hospitalar, incluindo a vigilância epidemiológica das 
doenças	de	notificação	compulsória	ou	outros	agravos	de	interesse	para	
a	saúde	pública.
Fonte: adaptado de http://twixar.me/McMm. Acesso em: 29 set. 2022.
Para aprofundar o conhecimento sobre o tema, sugerimos a 
leitura do artigo Competências do enfermeiro: estudo em um hospital 
privado: http://twixar.me/6cMm.
DICA
75
Segundo Arone et al.	 (2006),	 a	 partir	 da	 década	 de	 1970,	 um	 novo	 modelo	
produtivo	 começou	 a	 ser	 implantado,	 possibilitando	 a	 flexibilização	 dos	 processos,	
perante	as	necessidades	do	mercados	de	trabalho.
Esse modelo estendeu-se também ao setor saúde, que passou a ser encarado 
como	 relevante	 para	 o	 conjunto	 do	 sistema	 econômico.	 Essas	 transformações	
propuseram novas relações no mercado de trabalho, novos mecanismos de gestão e 
exigências	de	novos	perfis	profissionais	nesse	setor	(ARONE	et al.,	2006).
Nesse	 momento,	 identificou-se	 a	 necessidade	 de	 um	 “novo”	 profissional	 de	
saúde que se adequasse às exigências da nova realidade do mercado de trabalho, sendo 
considerada a sua capacidade como ser humano, ou seja, criatividade, versatilidade, 
flexibilidade, capacidade de relacionar-se, comunicar-se e resolver problemas, 
na qual o “saber ser” dá lugar ao “saber fazer”.
Conforme	Fleury	e	Fleury	(2001),	profissionais	de	saúde,	dentro	de	seu	âmbito,	
devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação 
da	 saúde,	 tanto	 em	nível	 individual	 quanto	no	 coletivo;	 portanto,	 o	 profissional	 deve	
assegurar que a sua prática seja realizada, de forma integrada e contínua, com as demais 
instâncias do sistema desaúde, sendo capaz de pensar criticamente, analisando os 
problemas	da	sociedade	e	auxiliando	nas	 resoluções	desses	problemas.	Na	Figura	 1,	
podemos	ver	as	ações	de	saúde	interligadas,	tendo	o	profissional	de	saúde	como	ponto	
central	do	processo.
Figura 1 – Ações de saúde 
Fonte: as autoras
76
Segundo	Cunha	e	Neto	 (2006),	a	equipe	de	Enfermagem	compõe	uma	parte	
significativa	 do	 quadro	 multiprofissional	 de	 saúde,	 contando	 com	 enfermeiros, 
técnicos e auxiliares de Enfermagem,  dos	 quais	 são	 exigidos	 conhecimentos,	
habilidades e atitudes para o desempenho de seus papéis, com foco em resultados 
positivos – em especial, exigindo-se dos enfermeiros competência no exercício de suas 
atribuições,	assim	como	a	garantia	da	competência	dos	membros	de	sua	equipe.	
Figura 2 – Profissionais de saúde 
Fonte: http://twixar.me/2cMm. Acesso em: 27 set. 2022.
Tendo em vista as mudanças repentinas do cotidiano dos ambientes de saúde, 
fica	 evidente	 que	 o	 profissional	 enfermeiro	 precisa	 buscar	 qualificações	 profissionais	
em diversas áreas, possibilitando atender às novas demandas, abrindo-lhe novas 
perspectivas no mercado de trabalho diante da ampliação do escopo do seu cargo 
(BRITO,	2004).
Para a maioria dos enfermeiros, a atuação, em funções gerenciais e assistenciais, 
representa	 uma	 situação	 conflituosa,	muitas	vezes	 confusa,	 devido	 à	 indefinição	 de	
papéis, pois, ao assumirem várias atividades, torna-se impossível a priorização e a 
conciliação	dentre	essas	atividades	(BRITO,	2004).
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura do artigo 
Da gestão por competências às competências gerenciais do enfermeiro: 
http://twixar.me/HcMm.
DICA
77
“Os	profissionais	devem	realizar	 seus	serviços	dentro	dos	mais	altos	padrões	
de qualidade e princípios da ética/bioética, tendo em conta que a responsabilidade da 
atenção à saúde não se encerra com o ato técnico, mas, sim, com a resolução do 
problema	de	saúde”	(BRASIL,	2001,	p.	1-2).
Segundo	Fleury	e	Fleury	(2001),	a	competência	profissional	está	relacionada	às	
atividades	desenvolvidas,	aos	resultados	e	às	características	das	pessoas.	
É	 definida	 como	 “saber agir responsável e reconhecido que 
implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, 
habilidades, que agreguem valor econômico à organização 
e valor social ao indivíduo”	 e	 os	 tais	 saberes	 e	 respectivas	
competências	profissionais	foram	descritos	em	sete	dimensões:	saber 
agir	(“saber	o	que	e	por	que	faz”;	“saber	julgar,	escolher,	decidir”);	saber 
mobilizar	 (“saber	mobilizar	recursos	de	pessoas,	financeiros,	materiais,	
criando	 sinergia	 entre	 eles”),	 saber comunicar-se (“compreender,	
processar, transmitir informações e conhecimentos, assegurando 
o	 entendimento	 da	 mensagem	 pelos	 outros”);	 saber aprender 
(“trabalhar	o	conhecimento	e	a	experiência”,	“rever	modelos	mentais”,	
“saber	 desenvolver-se	 e	 propiciar	 o	 desenvolvimento	 dos	 outros”); 
saber comprometer-se	(“saber	engajar-se	e	comprometer-se	com	os	
objetivos	da	organização”);	saber assumir responsabilidades	(“ser	
responsável, assumindo os riscos e as consequências de suas ações 
e	 ser,	 por	 isso,	 reconhecido”);	 e ter visão estratégica	 (“conhecer	
e	 entender	 o	 negócio	 da	 organização,	 seu	 ambiente,	 identificando	
oportunidades,	alternativas”)	(FLEURY;	FLEURY,	2001,	p.	191).
Greco	(2004)	demonstra	que	o	mercado	exige	do	enfermeiro	a	capacidade	para	
trabalhar com conflitos, resolver problemas, argumentar, dialogar, negociar, 
propor e alcançar mudanças, sendo necessário desenvolver e implementar estratégias 
que	contribuam	para	a	qualidade	do	cuidado. Dessa	forma,	a	Enfermagem	assegura	seu	
papel e seu compromisso com a sociedade, que tem como principal objetivo entregar 
assistência	à	saúde	com	qualidade.
De	 acordo	 com	 Peres	 e	 Ciampone	 (2006),	 o	 trabalho	 de	 Enfermagem,	 como	
instrumento do processo de trabalho em saúde, subdivide-se, ainda, em vários processos 
de trabalho, como cuidar/assistir, administrar/gerenciar, pesquisar e ensinar, 
sendo o cuidar e o gerenciar os processos mais evidenciados no trabalho do enfermeiro 
(Figura	3).
78
Figura 3 – Instrumentos do processo de trabalho em saúde
Fonte: as autoras
O gerenciamento,	realizado	pelo	enfermeiro,	resulta	da	composição	histórica	da	
força de trabalho em Enfermagem, que sempre promoveu sua divisão técnica e social, 
seja pelas vantagens, obtidas ao ocupar espaços de poder mais elevados nessa cadeia 
hierárquica, seja pela incorporação, provocada entre gerenciamento e execução, desde os 
primórdios	da	Enfermagem	Moderna.
O processo de trabalho gerencial foi mantido como privativo do enfermeiro, 
reforçando	essa	categoria	profissional,	aliada	à	garantia	de	sua	responsabilidade	legal	
sobre	a	equipe	(PERES;	CIAMPONE,	2006).
Conforme	 Felli	 e	 Peduzzi	 (2005),	 a	 gerência,	 configurada	 como	 ferramenta/
instrumento	do	processo	do	 “cuidar”,	pode	ser	entendida	como	um	processo	de	trabalho	
específico	e	decomposto	em	seus	elementos	constituintes	como	o	objeto	de	trabalho	
(recursos	humanos	e	organização	do	 trabalho),	 tendo	como	finalidade	 recursos	humanos	
qualificados	e	trabalho	organizado,	a	fim	de	obter	as	condições	adequadas	de	assistência	e	
de	trabalho,	buscando	desenvolver	a	“atenção	à	saúde”.	
Desse modo, os objetos de trabalho do enfermeiro, no processo de trabalho 
gerencial, são a organização do trabalho e os recursos humanos de Enfermagem.	
Já os meios/instrumentos utilizados no processo de trabalho gerencial do enfermeiro 
são os recursos físicos, financeiros, materiais e os saberes administrativos, 
que	utilizam	 instrumentos/ferramentas	 específicos	para	 serem	operacionalizados,	 que	
compreendem	o	planejamento,	a	coordenação,	a	direção	e	o	controle.
79
Conforme	Lunardi	Filho	e	Lunardi	(1996),	os	profissionais	de	saúde	devem	estar	
aptos a tomar iniciativas, fazer o gerenciamento e a administração, tanto da força de 
trabalho quanto dos recursos físicos e materiais da informação, da mesma forma que 
devem estar aptos a serem empreendedores, gestores, empregadores ou lideranças 
na	equipe	de	 saúde	–	por	 isso,	 o	perfil	 do	enfermeiro	deve	 ser	 ajustado	conforme	a	
necessidade	do	setor	de	trabalho.
O enfermeiro tem sido responsável pela organização e pela coordenação das 
atividades assistenciais dos serviços de saúde e pela viabilidade; assim, os demais 
profissionais	da	equipe	de	Enfermagem	e	outros	da	equipe	de	saúde	podem	atuar	tanto	no	
ambiente	hospitalar	quanto	na	saúde	pública	(LUNARDI	FILHO;	LUNARDI,	1996).	
Figura 4 – Atuação do enfermeiro 
Fonte: http://twixar.me/kcMm. Acesso em: 27 set. 2022.
Segundo	Felli	e	Peduzzi	(2005),	todas	essas	funções	gerenciais,	apontadas	como	
responsabilidade do enfermeiro, permitem vislumbrar caminhos para compreender, 
com	maior	clareza,	que	gerenciar	é	uma	ferramenta	do	processo	de	trabalho	“cuidar”,	ao	
exemplificar	como	o	enfermeiro	pode	fazer	uso	dos	objetos	de	trabalho	“organização”	e	
“recursos	humanos”	no	processo	gerencial,	que,	por	sua	vez,	se	insere	no	processo	de	
trabalho	“cuidar”,	possuindo	como	finalidade	geral	a	atenção	à	saúde,	evidenciada	na	
forma	de	assistência	(promoção,	prevenção,	proteção	e	reabilitação).	Conforme	Gardner	
(1990),	a	precursora	da	Enfermagem	Florence	Nightingale	é	apontada	como	exemplo	
de	líder.	
80
Para aprofundar o seu conhecimento sobre Florence Nightingale, 
sugerimos a leitura do artigo O legado de Florence Nightingale: uma viajem 
no tempo, disponível em: http://twixar.me/qcMm.
DICA
Para o desenvolvimento das competências de administração e gerenciamento, é 
considerado	 indispensável	 o	 conjunto	 de	 conhecimentos	 identificados	 para	 planejar,	
tomar	 decisões,	 interagir,	 realizar	 a	 gestão	 de	 pessoas	 e  ter	 ênfase	 nas	 funções	
administrativas, com destaque para planejamento, organização, coordenação, direção 
e	controle	dos	serviços	de	saúde,	além	dos	conhecimentos	específicos	da	área	social/
econômica, que permitem, ao gerente,acionar dados e informações do contexto 
macro e micro-organizacional, e analisá-los, de modo a subsidiar a gestão de recursos 
humanos,	recursos	materiais,	físicos	e	financeiros	(PERES;	CIAMPONE,	2006).
O	trabalho	dos	profissionais	de	saúde	deve	estar	fundamentado	na	
capacidade	 de	 tomar	 decisões,	 visando	 o	 uso	 apropriado,	 eficácia	
e custo efetividade, da força de trabalho, de medicamentos, de 
equipamentos,	de	procedimentos	e	de	práticas.	Para	este	fim,	eles	
devem possuir competências e habilidades para avaliar, sistematizar 
e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências 
científicas	(FLEURY;	FLEURY,	2001,	p.	191).
3 LEGISLAÇÃO E COMPETÊNCIA DO PROCESSO DE 
TRABALHO DE ENFERMAGEM 
As atribuições de Enfermagem devem ser realizadas somente pelos membros da 
equipe	que	são	auxiliares,	técnico	em	Enfermagem	e	enfermeiros.	Cabe	ao	enfermeiro	
exercer	todas	essas	funções,	 sendo	o	único	profissional	habilitado	para	essa	conduta,	
quando	necessária,	conforme	previsto	em	lei.
Segundo o presidente do Conselho Federal de Enfermagem, Manoel Neri, “O	
enfermeiro	é	um	profissional	 liberal,	que	exerce	a	profissão	com	autonomia;	 já	técnicos	e	
auxiliares	não	são	considerados	profissionais	 liberais,	cuja	autonomia	é	 limitada,	pois	
devem	atuar	sob	direção	e	coordenação	dos	enfermeiros	–	isso	é	o	que	diz	a	lei”	(FERIS,	
2020,	s.	p.).	
Conforme	a	Lei	nº	7.498,	de	25	de	junho	de	1986	(BRASIL,	1986),	e	o	Decreto	
nº	 94.406/1987	 (COFEN,	 1987),	 o	profissional	 enfermeiro	 é	 o	único	que	pode	exercer	
todas as atividades da Enfermagem, tendo exclusividade em algumas atividades, como: 
planejamento, organização, coordenação, execução, direção e avaliação dos serviços da 
assistência de Enfermagem; consultoria, auditoria e emissão de pareceres da consulta 
81
de Enfermagem; prescrição da assistência de Enfermagem; cuidados diretos de 
Enfermagem a pacientes graves com risco de vida; e cuidados de Enfermagem de maior 
complexidade	técnica	e	que	exijam	conhecimentos	de	base	científica	e	capacidade	de	
tomar	decisões	imediatas.
Segundo Jorge et al.	(2004),	o	gerenciamento	em	Enfermagem	é	visto	como	uma	
atividade	 complexa,	 na	 qual	 são	 exigidas	 dos	 profissionais	 competências	 cognitivas,	
técnicas	e	atitudes	indispensáveis	à	implementação	de	estratégias	administrativas.
Figura 5 – Gerenciamento de Enfermagem pelo enfermeiro
Fonte: http://twixar.me/rcMm. Acesso em: 27 set. 2022.
A participação do enfermeiro, em cargos gerenciais, necessita de conhecimentos 
relacionados à operacionalização do cuidado ao cliente, à capacitação na área 
administrativa,	à	habilidade	de	coordenar	o	trabalho	da	equipe	multiprofissional	e	a	sua	
relação com a clientela, uma vez que, no exercício da gerência, o enfermeiro é o mediador 
das decisões, das condutas médicas e da administração, repassando, aos membros da 
equipe de trabalho, as determinações a serem seguidas, tanto administrativas quanto 
médicas	(BRITO,	2004).	
As competências necessárias para a atuação na área da saúde são descritas 
nos	Arts.	4º	e	5º	da	Lei	nº	9.131,	de	25	de	novembro	de	1995	(BRASIL,	1995),	e	no	Parecer	
Homologado	CNE/CES	nº	1.133,	de	7	novembro	de	2001	 (BRASIL,	2001a),	partindo	de	
estudos	que	classificam	essas	competências	também	como	funções	gerenciais,	para	
analisar	o	trabalho	do	enfermeiro.
A	seguir,	apresentamos	o	Art.	4º	da	Resolução	CNE/CES	nº	3,	de	7	de	novembro	de	
2001,	que	se	refere	à	formação	do	enfermeiro	com	base	nas	competências	e	habilidades	
que devem ser desenvolvidas: atenção de saúde, tomada de decisão, comunicação, 
liderança,	administração,	gerenciamento	e	educação	permanente	(BRASIL,	2001b).	Já	o	
Art.	5º,	da	mesma	legislação,	descreve	a	formação	do	enfermeiro,	com	enfoque	na	sua	
atuação	profissional,	utilizando	seus	conhecimentos	para	desenvolver	competências	e	
habilidades	pertinentes	à	atribuição	do	enfermeiro	(BRASIL,	2001b).
82
RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 3, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2001
Art.	 4º	 A	 formação	 do	 enfermeiro	 tem	 por	 objetivo	 dotar	 o	 profissional	 dos	
conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e 
habilidades gerais: 
I-	 Atenção	à	saúde:	os	profissionais	de	saúde,	dentro	de	seu	âmbito	profissional,	
devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção 
e	 reabilitação	 da	 saúde,	 tanto	 em	 nível	 individual	 quanto	 coletivo.	 Cada	
profissional	deve	assegurar	que	sua	prática	seja	realizada	de	forma	integrada	
e contínua com as demais instâncias do sistema de saúde, sendo capaz de 
pensar criticamente, de analisar os problemas da sociedade e de procurar 
soluções	 para	 os	 mesmos.	 Os	 profissionais	 devem	 realizar	 seus	 serviços	
dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética/
bioética, tendo em conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se 
encerra com o ato técnico, mas sim, com a resolução do problema de saúde, 
tanto	em	nível	individual	como	coletivo.	
II-	 Tomada	 de	 decisões:	 o	 trabalho	 dos	 profissionais	 de	 saúde	 deve	 estar	
fundamentado na capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado, 
eficácia	 e	 custo-efetividade,	 da	 força	 de	 trabalho,	 de	 medicamentos,	 de	
equipamentos,	de	procedimentos	e	de	práticas.	Para	este	fim,	os	mesmos	
devem possuir competências e habilidades para avaliar, sistematizar e 
decidir	as	condutas	mais	adequadas,	baseadas	em	evidências	científicas.	
III-	 Comunicação:	 os	 profissionais	 de	 saúde	 devem	 ser	 acessíveis	 e	 devem	
manter	a	confidencialidade	das	informações	a	eles	confiadas,	na	interação	
com	 outros	 profissionais	 de	 saúde	 e	 o	 público	 em	 geral.	 A	 comunicação	
envolve comunicação verbal, não-verbal e habilidades de escrita e leitura; 
o domínio de, pelo menos, uma língua estrangeira e de tecnologias de 
comunicação	e	informação.
IV-	 Liderança:	 no	 trabalho	 em	 equipe	 multiprofissional,	 os	 profissionais	 de	
saúde deverão estar aptos a assumir posições de liderança, sempre tendo 
em	vista	 o	 bem-estar	 da	 comunidade.	A	 liderança	 envolve	 compromisso,	
responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação 
e	gerenciamento	de	forma	efetiva	e	eficaz.
V-	 Administração	e	gerenciamento:	os	profissionais	devem	estar	aptos	a	tomar	
iniciativas, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho 
quanto dos recursos físicos e materiais e de informação, da mesma forma 
que devem estar aptos a serem empreendedores, gestores, empregadores 
ou	lideranças	na	equipe	de	saúde.
VI-	 Educação	 permanente:	 os	 profissionais	 devem	 ser	 capazes	 de	 aprender	
continuamente,	tanto	na	sua	formação,	quanto	na	sua	prática.	Desta	forma,	
os	profissionais	de	saúde	devem	aprender	a	aprender	e	ter	responsabilidade	
e compromisso com a sua educação e o treinamento/estágios das futuras 
83
gerações	de	profissionais,	mas	proporcionando	condições	para	que	haja	
benefício	 mútuo	 entre	 os	 futuros	 profissionais	 e	 os	 profissionais	 dos	
serviços, inclusive, estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmico/
profissional,	 a	 formação	 e	 a	 cooperação	 por	 meio	 de	 redes	 nacionais	 e	
internacionais.
Art.	 5º	 A	 formação	 do	 enfermeiro	 tem	 por	 objetivo	 dotar	 o	 profissional	 dos	
conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e 
habilidades	específicas:	
I-	 atuar	 profissionalmente,	 compreendendo	 a	 natureza	 humana	 em	 suas	
dimensões,	em	suas	expressões	e	fases	evolutivas.
II- incorporar a ciência/arte do cuidar como instrumento de interpretação 
profissional.
III- estabelecer novas relações com o contexto social, reconhecendo a estrutura 
e	as	formas	de	organização	social,	suas	transformações	e	expressões.
IV-	 desenvolver	formação	técnico-científica	que	confira	qualidade	ao	exercício	
profissional.	
V-	 compreender	 a	 política	 de	 saúde	 no	 contexto	 das	 políticas	 sociais,	
reconhecendo	os	perfis	epidemiológicos	das	populações.
VI-	 reconhecer	a	saúde	como	direito	e	condições	dignas	de	vida	e	atuar	de	forma	a	
garantir a integralidade57
AUTOATIVIDADE ...................................................................................................58
REFERÊNCIAS .......................................................................................................60
UNIDADE 2 — SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) .......69
TÓPICO 1 — COMPETÊNCIAS REQUERIDAS PARA O TRABALHO DOS 
PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM ..................................................71
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................71
2 HABILIDADES E ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO PROCESSO DE 
TRABALHO .........................................................................................................71
3 LEGISLAÇÃO E COMPETÊNCIA DO PROCESSO DE TRABALHO DE 
ENFERMAGEM ...................................................................................................80
RESUMO DO TÓPICO 1 ..........................................................................................89
AUTOATIVIDADE ...................................................................................................90
TÓPICO 2 — CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE A SISTEMATIZAÇÃO DA 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) ..........................................93
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................93
2 ENTENDENDO A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
(SAE) ..................................................................................................................94
3 ETAPAS DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM (SAE)..96
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................104
AUTOATIVIDADE .................................................................................................105
TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO E RACIOCÍNIO CRÍTICO NA ENFERMAGEM ............ 107
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 107
2 RACIOCÍNIO CLÍNICO ....................................................................................... 107
3 PENSAMENTO REFLEXIVO, PENSAMENTO CRÍTICO E DIAGNÓSTICO DE 
ENFERMAGEM .................................................................................................. 110
4 LEGISLAÇÃO DE ENFERMAGEM ...................................................................... 111
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................ 118
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................120
AUTOATIVIDADE ................................................................................................. 121
REFERÊNCIAS .....................................................................................................124
UNIDADE 3 — SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E 
PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIA ........................................... 129
TÓPICO 1 — SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) E 
PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIA ................................................131
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................131
2 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) .....................131
3 PRÁTICAS DE ENFERMAGEM BASEADA EM EVIDÊNCIA ..............................134
3.1 EXEMPLO DE CASO CLÍNICO ......................................................................................... 141
3.2 FISIOPATOLOGIA DA ÚLCERA VENOSA ..................................................................... 146
3.2.1 Tratamento farmacológico da úlcera venosa ...................................................147
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................ 153
AUTOATIVIDADE .................................................................................................154
TÓPICO 2 — PRINCIPAIS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO E TAXONOMIAS – 
NANDA, NIC, NOC ........................................................................... 157
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 157
2 SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DE ENFERMAGEM ....................................... 157
3 CLASSIFICAÇÃO NANDA .................................................................................160
4 CLASSIFICAÇÕES NOC E NIC .........................................................................164
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................ 167
AUTOATIVIDADE .................................................................................................168
TÓPICO 3 — CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRÁTICA DE 
ENFERMAGEM (CIPE®) E SOAP (SUBJETIVO, OBJETIVO, 
AVALIAÇÃO E PLANO) .....................................................................171
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................171
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA CIPE® .....................................................................171
2.1 EIXOS DA CIPE® .................................................................................................................173
2.2 CIPE® – LINGUAGEM E CUIDADO .................................................................................175
3 MÉTODO SOAP (SUBJETIVO, OBJETIVO, AVALIAÇÃO E PLANO) ..................177
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................185
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................ 187
AUTOATIVIDADE .................................................................................................188
REFERÊNCIAS ......................................................................................................191
1
UNIDADE 1 — 
INSTRUMENTOS 
METODOLÓGICOS DO 
CUIDAR
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
 A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• aprender as principais teorias de Enfermagem;
• conhecer a consulta de Enfermagem, que faz parte da assistência prestada ao 
paciente e deve ser realizada pelo profissional enfermeiro;
• identificar a atuação do enfermeiro na visita domiciliar; 
• conhecer as etapas da consulta de Enfermagem.
 A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de 
reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – PRINCIPAIS TEORIAS DE ENFERMAGEM
TÓPICO 2 – CONSULTA DE ENFERMAGEM
TÓPICO 3 – VISITA DOMICILIAR
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
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3
PRINCIPAIS TEORIAS DE ENFERMAGEM
TÓPICO 1 — UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Na década de 1960, declaramos o marco do surgimento das primeiras teorias 
de Enfermagem, com o objetivo de fazer a relação científica entre as evidências, 
encontradas pelos profissionais enfermeiros, e a ciência. Portanto, a prática profissional 
está associada, principalmente, aos cuidados do que outros aspectos da profissão 
(HORTA, 1979).
A evolução científica das teorias de Enfermagem continuou repercutindo em 
1970, com o surgimento de novos estudos e pesquisas na área, destacando, ainda mais, a 
atuação do enfermeiro no cuidado ao paciente.
Entre os anos 1980 e 1990, seguindo essa crescente evolução das pesquisas 
de Enfermagem, tornou-se evidente a necessidade de fundamentação e aplicação das 
teorias de Enfermagem na assistência prestada aos pacientes em todos os serviços de 
saúde. Essas teorias surgiram no contexto de orientações filosóficas, pela forma como o 
mundo é visto de um determinado ponto (OLIVEIRA; CURADO, 2019).
Para aprofundar o seu conhecimento sobre o tema, sugerimosda assistência, entendida como conjunto articulado 
e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e 
coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do 
sistema.
VII-	 atuar	nos	programas	de	assistência	integral	à	saúde	da	criança,	do	adolescente,	
da	mulher,	do	adulto	e	do	idoso.
VIII-	 ser	capaz	de	diagnosticar	e	solucionar	problemas	de	saúde,	de	comunicar-
se, de tomar decisões, de intervir no processo de trabalho, de trabalhar em 
equipe	e	de	enfrentar	situações	em	constante	mudança.
IX-	 reconhecer	as	relações	de	trabalho	e	sua	influência	na	saúde.
X-	 atuar	como	sujeito	no	processo	de	formação	de	recursos	humanos.
XI-	 responder	às	especificidades	regionais	de	saúde	através	de	intervenções	
planejadas estrategicamente, em níveis de promoção, prevenção e reabilitação 
à saúde, dando atenção integral à saúde dos indivíduos, das famílias e das 
comunidades.
XII-	 reconhecer-se	como	coordenador	do	trabalho	da	equipe	de	Enfermagem.
XIII- assumir o compromisso ético, humanístico e social com o trabalho 
multiprofissional	em	saúde.	
XIV-	 promover	 estilos	 de	 vida	 saudáveis,	 conciliando	 as	 necessidades	 tanto	
dos seus clientes/pacientes quanto às de sua comunidade, atuando como 
agente	de	transformação	social.
XV-	 usar	adequadamente	novas	tecnologias,	tanto	de	informação	e	comunicação	
quanto	de	ponta	para	o	cuidar	de	Enfermagem.
84
XVI-	 atuar	 nos	 diferentes	 cenários	 da	 prática	 profissional,	 considerando	 os	
pressupostos	dos	modelos	clínico	e	epidemiológico.	
XVII-	 identificar	as	necessidades	individuais	e	coletivas	de	saúde	da	população,	
seus	condicionantes	e	determinantes.
XIII- intervir no processo de saúde-doença, responsabilizando-se pela 
qualidade da assistência/cuidado de Enfermagem em seus diferentes 
níveis de atenção à saúde, com ações de promoção, prevenção, proteção e 
reabilitação	à	saúde,	na	perspectiva	da	integralidade	da	assistência.
XIX- coordenar o processo de cuidar em Enfermagem, considerando contextos 
e	demandas	de	saúde.
XX- prestar cuidados de Enfermagem compatíveis com as diferentes 
necessidades apresentadas pelo indivíduo, pela família e pelos diferentes 
grupos	da	comunidade.
XXI-	 compatibilizar	 as	 características	 profissionais	 dos	 agentes	 da	 equipe	 de	
Enfermagem	às	diferentes	demandas	dos	usuários.
XXII-	 integrar	as	ações	de	Enfermagem	às	ações	multiprofissionais.
XXIII- gerenciar o processo de trabalho em Enfermagem com princípios de Ética e 
de Bioética, com resolutividade tanto em nível individual como coletivo em 
todos	os	âmbitos	de	atuação	profissional.	
XXIV-	 planejar,	implementar	e	participar	dos	programas	de	formação	e	qualificação	
contínua	dos	trabalhadores	de	Enfermagem	e	de	saúde.
XXV-	 planejar	 e	 implementar	 programas	 de	 educação	 e	 promoção	 à	 saúde,	
considerando	a	especificidade	dos	diferentes	grupos	sociais	e	dos	distintos	
processos	de	vida,	saúde,	trabalho	e	adoecimento.
XXVI-	 desenvolver,	participar	e	aplicar	pesquisas	e/ou	outras	formas	de	produção	
de	conhecimento	que	objetivem	a	qualificação	da	prática	profissional.
XXVII-	 respeitar	os	princípios	éticos,	legais	e	humanísticos	da	profissão.
XXIII- interferir na dinâmica de trabalho institucional, reconhecendo-se como 
agente	desse	processo.
XXIX- utilizar os instrumentos que garantam a qualidade do cuidado de 
Enfermagem	e	da	assistência	à	saúde.
XXX- participar da composição das estruturas consultivas e deliberativas do 
sistema	de	saúde.
XXXI-	 assessorar	órgãos,	empresas	e	instituições	em	projetos	de	saúde.
XXXII- cuidar da própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como 
cidadão	e	como	enfermeiro.
XXXIII- reconhecer o papel social do enfermeiro para atuar em atividades de política e 
planejamento	em	saúde.	
85
Parágrafo	Único.	A	formação	do	Enfermeiro	deve	atender	as	necessidades	
sociais da saúde, com ênfase no Sistema Único de Saúde (SUS) e assegurar a 
integralidade	da	atenção	e	a	qualidade	e	humanização	do	atendimento.	
Fonte:	BRASIL.	Ministério	da	Educação.	Conselho	Nacional	de	Educação.	Reso-
lução CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001.	Institui	Diretrizes	curriculares	
nacionais	do	curso	de	graduação	em	Enfermagem.	2001b.	Disponível	em:	http://
portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES03.pdf.	Acesso	em:	7	out.	2022.
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura, na íntegra, de: 
• Lei nº 9.131/1995: http://twixar.me/3sMm. 
• Parecer CNE/CES nº 1.133/2001: http://twixar.me/KsMm.
DICA
Referente	às	atribuições	do	enfermeiro	em	cada	perfil	profissional,	o	Decreto	
nº	94.406/1987	(COFEN,	1987),	que	dispõe	sobre	os	exercícios	da	Enfermagem,	define,	
nos	Arts.	4º,	8º	e	9º,	a	obrigatoriedade	que	cada	enfermeiro	precisa	ter	para	exercer	
determinadas	 funções	 definidas	 dentro	 das	 especialidades.	 Portanto,	 quando	 nos	
referimos aos enfermeiros especialista, estes precisam realizar todas as atribuições 
previstas	no	Art.	8º,	pois,	somente	assim,	poderão	obter	o	título	de	especialistas.	
DECRETO Nº 94.406/1987
Art.	4º	São	Enfermeiros:
I- o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos 
termos	da	lei.
II-	 o	 titular	 do	 diploma	 ou	 certificado	 de	 Obstetriz	 ou	 de	 Enfermeira	 Obstétrica,	
conferidos	nos	termos	da	lei.
III-	 o	 titular	 do	 diploma	 ou	 certificado	 de	 Enfermeira	 e	 a	 titular	 do	 diploma	 ou	
certificado	de	Enfermeira	Obstétrica	ou	de	Obstetriz,	ou	equivalente,	conferido	por	
escola estrangeira segundo as respectivas leis, registrado em virtude de acordo 
de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro, de 
Enfermeira	Obstétrica	ou	de	Obstetriz.
IV-	 aqueles	 que,	 não	 abrangidos	 pelos	 incisos	 anteriores,	 obtiveram	 título	 de	
Enfermeira	conforme	o	disposto	na	letra	“d”	do	Art.	3º.	do	Decreto-lei	Decreto	nº	
50.387,	de	28	de	março	de	1961.
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES03.pdf
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES03.pdf
86
[...]
Art.	8º	Ao	enfermeiro	incumbe:
I- privativamente:
a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de 
saúde,	pública	ou	privada,	e	chefia	de	serviço	e	de	unidade	de	Enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas 
e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da 
assistência de Enfermagem;
d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem;
e) consulta de Enfermagem;
f) prescrição da assistência de Enfermagem;
g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
h) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conheci-
mentos	científicos	adequados	e	capacidade	de	tomar	decisões	imediatas.
II- como integrante da equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de 
saúde;
c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde 
pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive como membro 
das respectivas comissões;
f) participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático 
de danos que possam ser causados aos pacientes durante a assistência de 
Enfermagem;
g) participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos 
programas de vigilância epidemiológica;
h) prestação de assistência de Enfermagem à gestante, parturiente, puérpera e ao 
recém-nascido;
i) participação nos programas e nas atividades de assistência integral à saúde 
individual	e	de	grupos	específicos,	particularmente	daqueles	prioritários	e	de	alto	
risco;
j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
l) execução e assistência
obstétrica em situação de emergência eexecução do parto sem distocia;
m) participação em programas e atividades de educação sanitária, visando à melhoria 
de saúde do indivíduo, da família e da população em geral;
87
n) participação nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de 
saúde, particularmente nos programas de educação continuada;
o) participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção 
de	acidentes	e	de	doenças	profissionais	e	do	trabalho;
p) participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e 
contrarreferência do paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde;
q) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de 
saúde;
r)	 participação	em	bancas	examinadoras,	em	matérias	específicas	de	Enfermagem,	
nos concursos para provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal 
Técnico	e	Auxiliar	de	Enfermagem.
Art.	9º	Às	profissionais	titulares	de	diploma	ou	certificados	de	Obstetriz	ou	
de Enfermeira Obstétrica, além das atividades de que trata o artigo precedente, 
incumbe:
I-	 prestação	de	assistência	à	parturiente	e	ao	parto	normal.
II-	 identificação	das	distócias	obstétricas	e	tomada	de	providências	até	a	chegada	do	
médico.
III	 	realização	de	episiotomia	e	episiorrafia	com	aplicação	de	anestesia	local,	quando	
necessária.	
Fonte: COFEN – CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Decreto nº 94.406, de 9 de junho de 
1987. Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enferma-
gem, e dá outras providências. Disponível em: http://twixar.me/nsMm. Acesso em: 24 set. 2022.
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura, na íntegra, 
do Decreto nº 94.406/1987, disponível em: http://www.cofen.gov.br/
decreto-n-9440687_4173.html.
DICA
Conforme	 a	 Lei	 nº	 7.498/1986	 (BRASIL,	 1986)	 e	 o	 Decreto	 nº	 94.406/1987	
(COFEN,	 1987),	 o	 item	 de	 responsabilidade	 à	 legislação	 da	 Enfermagem	 também	
estabelece	atividades	de	 incumbência	de	todos	os	profissionais,	 independentemente	
da habilitação: a anotação de Enfermagem no prontuário do paciente, discorrendo a 
assistência	prestada,	para	fins	estatísticos;	e	o	cumprimento	do	Código	de	Deontologia	
da	Enfermagem.
http://www.cofen.gov.br/decreto-n-9440687_4173.html
http://www.cofen.gov.br/decreto-n-9440687_4173.html
88
Após conhecermos as competências requeridas para o trabalho do 
profissional da Enfermagem, no Tópico 2, estudaremos a Sistematização 
da Assistência de Enfermagem (SAE).
ESTUDOS FUTUROS
89
Neste tópico, você aprendeu:
• As atribuições de cada função do enfermeiro dentro das instituições de saúde, como 
Enfermeiro Coordenador, Enfermeiro Intensivista Rotina, Enfermeiro Rotina, Enfermeiro 
Supervisor, Enfermeiro Plantonista, Enfermeiro Coordenador Núcleo de Internação e 
Regulação, Enfermeiro Rotina Núcleo de Internação e Regulação, Enfermeiro Comissão 
de Curativo, Enfermeiro de Gerenciamento de Resíduo, e Enfermeiro Núcleo de 
Vigilância.
•	 Equipe	de	Enfermagem	compõe	uma	parte	significativa	do	quadro	multiprofissional	
de saúde, sendo composta por enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem, 
dos quais são exigidos conhecimentos, habilidades e atitudes para o desempenho de 
seus	papéis,	com	foco	em	resultados	positivos.
•	 Visando	 ao	mercado	 de	 trabalho,	 o	 enfermeiro	 deve	 trabalhar	 os	 conflitos,	 resolver	
problemas,	argumentar,	dialogar,	negociar,	propor	e	alcançar	mudanças.
•	 O	Decreto	nº	94.406/1987	define	as	atribuições	dos	enfermeiros,	sendo	este	profissional	
o único que pode exercer todas as atividades da Enfermagem, com exclusividade 
em algumas atividades, como: planejamento, organização, coordenação, execução, 
direção e avaliação dos serviços da assistência de Enfermagem; consultoria, auditoria 
e emissão de pareceres da consulta de Enfermagem; prescrição da assistência 
de Enfermagem; cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco 
de vida; e cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam 
conhecimentos	de	base	científica	e	capacidade	de	tomar	decisões	imediatas.	
RESUMO DO TÓPICO 1
90
1	 A	equipe	de	Enfermagem	compõe	uma	parte	significativa	do	quadro	multiprofissional	
de	saúde.	Sobre	esses	profissionais	da	equipe	de	Enfermagem,	assinale	a	alternativa	
CORRETA:
a)	 (			)	 Enfermeiros	e	parteiras.
b)	 (			)	 Enfermeiros,	técnicos	de	Enfermagem	e	auxiliar	de	laboratório.
c)	 (			)	 Enfermeiros,	técnico	de	Enfermagem	e	auxiliar	de	Enfermagem.
d)	 (			)	 Parteiras,	técnico	de	Enfermagem	e	auxiliar	de	laboratório.
2	 A	formação	do	enfermeiro	tem	por	objetivo	dotar	o	profissional	dos	conhecimentos	
requeridos	 para	 o	 exercício	 das	 competências	 e	 das	 habilidades	 específicas	 da	
profissão.	Com	base	nisso,	descreva	os	três	primeiros	tópicos	do	Art.	5º	da	Lei	nº	9.131,	
de	25	de	novembro	de	1995.
Fonte: BRASIL. Lei nº 9.131, de 25 de novembro de 1995. Altera dispositivos da Lei nº 4.024, de 20 de de-
zembro de 1961, e dá outras providências. Disponível em: http://twixar.me/1sMm. Acesso em: 7 out. 2022.
3	 A	formação	do	enfermeiro	tem	por	objetivo	dotar	o	profissional	dos	conhecimentos	
requeridos	para	o	exercício	da	profissão,	conforme	apresenta	o	Art.	4º	da	Resolução	
CNE/CES	nº	3,	de	7	de	novembro	de	2001.	Quais	são	as	competências	e	as	habilidades	
gerais	da	profissão	descritas	nessa	resolução?
Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CES nº 3, de 7 
de novembro de 2001. Institui Diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Enfermagem. 
2001b. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES03.pdf. Acesso em: 7 out. 2022.
4	 Conforme	Fleury	e	Fleury	(2001),	profissionais	da	saúde,	dentro	de	seu	âmbito,	devem	
estar aptos a desenvolver ações e assegurar que sua prática seja realizada, de forma 
integrada e contínua, com as demais instâncias do sistema de saúde, sendo capazes 
de pensar criticamente, analisando os problemas da sociedade, e de auxiliar nas 
resoluções	 desses	 problemas.	 Segundo	 as	 ações	 de	 saúde,	 assinale	 a	 alternativa	
CORRETA:
Fonte: FLEURY, M. T. L.; FLEURY, A. Desenvolver competências e gerir conhecimentos em diferentes arranjos 
empresariais: o caso da indústria brasileira de plástico. In: FLEURY, M. T. L.; OLIVEIRA JR, M. M. (org.). Gestão 
estratégica do conhecimento: integrando aprendizagem, conhecimento e competências. São Paulo: Atlas, 
2001. p. 189-211.
a)	 (			)	 Prevenção,	promoção,	proteção	e	reabilitação	da	saúde.
b)	 (			)	 Prevenção,	proteção	e	profissionais	de	saúde.
c)	 (			)	 Apenas	comunicação	e	segurança.
d)	 (			)	 Apenas	proteção	e	reabilitação.
AUTOATIVIDADE
91
5 No processo de trabalho de gerenciamento da assistência de Enfermagem, decidir é 
uma	das	principais	ações	de	um	enfermeiro	líder.	Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a) ( ) A decisão, tomada com base em evidências, é um processo ainda pouco adotado 
pelos	enfermeiros,	devido	à	baixa	produção	científica	na	área.
b) ( ) Pensar criticamente é um processo mais complexo do que apenas resolver 
problemas ou tomar decisões, pois envolve raciocínio e avaliação em nível 
superior,	e	apresenta	um	componente	cognitivo	e	afetivo.
c) ( ) Na tomada de decisões – uma das etapas do processo de solução de problemas –, 
devem	ser	desprezadas	habilidades	como	intuição, insight e	empatia,	por	serem	
desnecessárias	a	esse	processo.
d) ( ) A solução de problemas e o raciocínio crítico são requisitos secundários na 
atividade	de	liderança,	que	tem	como	principal	requisito	a	tomada	de	decisão.
d) ( ) Os atos de decidir, resolver problemas e pensar de forma crítica são habilidades 
inatas,	razão	pela	qual	nem	todos	os	enfermeiros	conseguem	desenvolvê-las.
92
93
CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE A 
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM (SAE)
UNIDADE 2 TÓPICO 2 — 
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, aprenderemos sobre a Sistematização da Assistência de 
Enfermagem (SAE), que é o principal processo utilizado na atuação assistencial e 
gerencial do enfermeiro no cuidadoao paciente, podendo proporcionar um atendimento 
sistematizado	 e	 padronizado.	 O	membro	 da	 equipe	 de	 Enfermagem	 responsável	 pela	
SAE é o enfermeiro, porém, toda a equipe de saúde faz parte da construção coletiva, 
permitindo,	assim,	aplicar	as	condutas	e	as	práticas	descritas	pelo	enfermeiro.	
Saiba mais sobre a SAE com a leitura do guia prático: http://biblioteca.
cofen.gov.br/sistematizacao-assistencia-enfermagem-guia-pratico/.
DICA
Segundo	Neves	 (2020),	a	SAE	tem	sido	utilizada	para	auxiliar	na	organização	
do atendimento prestado a pacientes, famílias e comunidade, para todo público que 
procura	por	atendimento	de	saúde.
Tannure	e	Gonçalves	(2008)	destacam	que	a	aplicação	da	SAE	é	de	extrema	
importância para a atuação do enfermeiro, mas, para que se obtenha êxito no processo de 
Enfermagem, é necessário primeiro escolher as ferramentas que irão auxiliar nas etapas da 
implantação	da	SAE.
A SAE é o alicerce da atuação do enfermeiro, fornecendo bases 
para	fortalecer	o	 julgamento	e	a	tomada	de	decisão.	O	profissional	
enfermeiro	 deve	 dominar	 o	 conhecimento	 técnico	 científico	 para	
assegurar a implementação e garantir a qualidade de assistência 
nas áreas de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação dos 
indivíduos	(BIANCHI;	GURGUEIRA,	2018,	p.	8).
Bianchi	 e	 Gurgueira	 (2018)	 destacam	 que	 o	 enfermeiro,	 para	 garantir,	 com	
competência, a assistência de Enfermagem, precisa compreender a evolução da SAE, a 
fim	de	fortalecer	o	desenvolvimento	do	processo	de	Enfermagem	e	da	compreensão	da	
capacidade	técnica.	
http://biblioteca.cofen.gov.br/sistematizacao-assistencia-enfermagem-guia-pratico/
http://biblioteca.cofen.gov.br/sistematizacao-assistencia-enfermagem-guia-pratico/
94
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura do artigo 
Avaliação da realização e do registro da sistematização da assistência de 
Enfermagem (SAE) em um hospital universitário: http://twixar.me/GsMm.
DICA
2 ENTENDENDO A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA 
DE ENFERMAGEM (SAE)
Compreendemos que a SAE abrange vários processos de estudos associados a 
teorias	de	Enfermagem.	Neves	(2020)	destaca	que	a	SAE	é	um	elemento	para	consolidar	
a	 identidade	 e	 a	 valorização	 profissional,	 porém,	 como	 ponto	 de	 fragilidade,	 traz	 a	
discordância	teórica	na	compreensão	das	práticas.
Levando	em	conta	que,	com	embasamento	científico,	a	Enfermagem	ganha	ao	
compreender	que	a	ciência	e	as	novas	evidências	científicas	precisam	ser	aprimoradas,	
para que a equipe de Enfermagem preste cuidados interdisciplinares, obtendo resultados 
com	a	aplicabilidade	da	metodologia	assistencial	(NEVES,	2020).
A	Resolução	Cofen	nº	358/2009,	sobre	a	SAE	e	a	implementação	do	processo	
de	Enfermagem	em	ambientes,	públicos	ou	privados,	em	que	ocorre	o	cuidado	profissional	
de	Enfermagem,	 “considerando	que	a	sistematização	da	assistência	de	Enfermagem	
organiza	o	trabalho	profissional	quanto	ao	método,	pessoal	e	 instrumentos,	tornando	
possível	a	operacionalização	do	processo	de	Enfermagem”	(COFEN,	2009).
Para aprofundar o seu conhecimento a respeito do tema, 
recomendamos a leitura da Resolução COFEN nº 385/2009, 
disponível em: http://twixar.me/0sMm.
DICA
Neves	 (2020)	 relata	 as	 dificuldades	 da	 implementação	 da	 SAE,	 visto	 que	 há	
várias discordâncias conceituais, procedentes do uso indevido, ou mesmo equivocado, 
de	forma	constante	da	SAE.	
A organização e o planejamento do processo de trabalho abrange toda a equipe 
de Enfermagem, sendo o início da SAE as fases de implantação, seguidas da utilização 
das teorias de Enfermagem e, posteriormente, da efetivação das etapas do Processo de 
Enfermagem	(PE)	na	prática	ininterrupta.
95
Consideramos a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) 
como todo o planejamento registrado da assistência que abrange, 
desde a criação e implantação do manual de normas e rotinas das 
unidades à descrição padronizada dos procedimentos técnicos até, 
finalmente,	a	adoção	do	PE	(AQUINO;	LUNARDI	FILHO,	2004,	p.	61).
Compreendendo que a SAE é uma ferramenta de constante adaptação e 
organização dos processos de trabalho da Enfermagem, dispondo de parâmetros 
cientificamente	fundamentados,	utilizando	técnicas	e	instrumentos	com	o	objetivo	de	
integrar	 os	 serviços	 prestados	 pelos	 profissionais	 da	 área	 da	 saúde.	 Para	 simplificar,	
a SAE é um sistema ou parâmetro usado para organizar ou gerenciar o cuidado de 
Enfermagem	(NEVES,	2020).
Embora	a	idealização	de	Florence	Nightingale	da	Enfermagem,	como	profissão,	
fosse	constituída	em	reflexões	e	questionamentos,	possuindo,	como	objetivo	principal,	
o conhecimento conforme a realidade da saúde dos pacientes, Tannure e Gonçalves 
(2008)	 sugerem	 que	 a	 necessidade	 de	 desenvolver	 e	 organizar	 o	 conhecimento	 da	
Enfermagem, com o intuito de requerer medidas que busquem uma rotina, leva a um 
padrão	para	a	assistência	de	Enfermagem,	guiando	o	profissional	de	Enfermagem	ao	
prestar	a	assistência.
Tannure	e	Gonçalves	(2008)	trazem	elementos	que	representam	a	Enfermagem	
como componentes da teoria, transcritos na forma de metaparadigmas, conforme 
apresentado	no	Quadro	2.
Quadro 2 – Metaparadigmas
Enfermagem
Ciência do cuidado, praticada por meio da metodologia do 
trabalho.
Pessoa
Aquele receberá o cuidado, seja o paciente, a família ou a 
comunidade.	
Saúde
Finalidade da assistência de Enfermagem, prestada em 
conjunto	(paciente-enfermeiro).
Ambiente
Lugar de entorno daquele que receberá a assistência de 
Enfermagem, podendo ser ambiente de trabalho, moradia 
localidade	pública.	
Fonte: adaptado de Tannure; Gonçalves (2008)
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura do artigo 
O conhecimento do enfermeiro sobre a sistematização da assistência de 
Enfermagem: da teoria à prática: http://twixar.me/DsMm.
DICA
96
3 ETAPAS DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM 
ENFERMAGEM (SAE)
A metodologia utilizada na SAE não pode ser considerada algo inovador, uma 
vez	 que	 existe	 desde	 1854,	 quando	 Florence	Nightingale	 participou	 como	voluntária	
na	Guerra	da	Crimeia,	 reduzindo	a	mortalidade	 local	de	40%	para	2%,	sendo	que	ela	
já defendia a necessidade de uma organização disciplinar para a Enfermagem (LIRA; 
BOMFIM,	1989).
Segundo	Horta	(1979),	a	aplicação	da	SAE	aumenta	a	qualidade	da	assistência	
de	Enfermagem,	beneficiando,	principalmente,	o	paciente,	por	meio	de	um	atendimento	
individual	dentro	de	suas	necessidades	específicas,	assim	como	o	enfermeiro,	o	que	
demonstra	a	importância	do	processo	de	Enfermagem.
Esse processo tem sido amplamente estudado e aplicado nos serviços de saúde 
no	Brasil	e	no	mundo.	O	modelo	mais	conhecido	para	a	 implantação	do	Processo	de	
Enfermagem	no	país	foi	proposto	por	Horta	(1979),	conforme	mostra	a	Figura	6.	
Figura 6 – Processo de Enfermagem
Fonte: http://twixar.me/FsMm.jpg. Acesso em: 1 out. 2022.
Para	 Bianchi	 e	 Gurgueira	 (2018),	 a	 atuação	 de	 Enfermagem	 pode	 ocorrer	
em diversos contextos na área da saúde, relacionados com a prestação do cuidado, 
aplicando as etapas do processo de Enfermagem e integrando a equipe de Enfermagem e 
a	equipe	de	saúde	envolvida	no	tratamento	do	paciente.
As etapas do processo de Enfermagem são fundamentais para a realização do 
trabalho da equipe de saúde e permitem organizar a SAE, conforme apresentado por 
Neves	(2020)	em:	método científico, dimensionamento de pessoal e instrumentos.
97
O	 método	 científico	 refere-se	 à	 base	 teórico-filosófica	 para	 a	
realização da prática em Enfermagem, utilizado para nortear o 
processo	de	trabalho	em	todos	os	níveis	de	atenção.	Sua	escolha	deve	
ser adequada a cada realidade em que será aplicada, no entanto, não 
há	um	método	padrão	que	garanta	a	qualidade	da	assistência.	Dessa	
forma, podemos dizer que a garantia da qualidade da assistência ao 
paciente não depende exclusivamente da adoção de um método 
científico	 de	 organização	 da	 assistência,	 pois	 há	 diversos	 fatores	
que interferem na assistência segura aos usuários de saúde, porexemplo, as condições de trabalho em que a equipe de Enfermagem 
está	submetida	no	seu	cotidiano	do	cuidado	(NEVES,	2020,	p.	23).	
Assim como as teorias de Enfermagem, o método científico colabora para o 
conhecimento	disciplinar	e	profissional.	As	teorias	caracterizam	estruturas	com	o	intuito	
de	desenvolver	e	analisar	tecnologias	e	conhecimentos,	com	a	finalidade	de	fortalecer	
a	prática	de	Enfermagem.	Ao	aplicar	as	práticas	profissionais	de	Enfermagem	baseadas	
nas	teorias,	o	profissional	contribui	para	responsabilidade	social,	política	e	ética	(NEVES,	
2020).
Desse modo, a Enfermagem utiliza as teorias como referenciais de fundamentação 
científica,	a	fim	de	proporcionar,	para	o	paciente,	uma	assistência	sistematizada,	utilizando	
o Processo de Enfermagem como a principal ferramenta na prestação do cuidado do 
paciente, baseada em evidências e raciocínio clínico, desenvolvendo a tomada de 
decisão, o diagnóstico de Enfermagem, a intervenção e os resultados, padronizando uma 
assistência	 de	 Enfermagem	 com	 qualidade,	 que	 trará	 confiança	 e	 segurança	 para	 a	
atuação	profissional	do	enfermeiro.
Já o dimensionamento pessoal	 é	 uma	 das	 maiores	 dificuldades	 que	 o	
enfermeiro enfrenta nas suas atividades cotidianas, impactando na aplicação da SAE, 
desmotivando-o	 e	 deixando	 os	 profissionais	 de	 saúde	 insatisfeitos;	 assim,	 torna-se	
um	problema	que	poderia	 ser	evitado	com	o	número	de	profissionais	condizente	com	
demanda	(NEVES,	2020).
A	 Resolução	 Cofen	 nº	 543/2017	 define	 o	 dimensionamento	 de	 pessoas,	
determinando	 a	 quantidade	mínima	 de	 profissionais	 de	 Enfermagem	por	 paciente,	 de	
acordo	com	a	necessidade	da	demanda,	podendo	variar	conforme	as	especificidades	
(COFEN,	2017).	
Considerando os avanços tecnológico e as necessidades requeridas 
pelos	gestores,	gerentes	das	instituições	de	saúde,	dos	profissionais	
de	Enfermagem	e	da	fiscalização	dos	Conselhos	Regionais,	 para	 a	
revisão e atualização de parâmetros que subsidiem o planejamento, 
controle, regulação e avaliação das atividades assistenciais de 
Enfermagem; Considerando que o quantitativo e o qualitativo de 
profissionais	de	Enfermagem	interferem,	diretamente,	na	segurança	
e na qualidade da assistência ao paciente; Considerando que compete 
ao	 enfermeiro	 estabelecer	 o	 quadro	 quantiqualitativo	 de	 profissionais	
necessários para a prestação da assistência de Enfermagem; 
Considerando a necessidade de atingir p padrão de excelência do 
cuidado de Enfermagem e favorecer a segurança do paciente, do 
profissional	e	da	instituição	de	saúde	(COFEN,	2017).
98
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura da Resolução 
Cofen nº 543/2017, disponível em: http://twixar.me/FsMm.
DICA
No que diz respeito a instrumentos, há uma grande complexidade de 
taxonomias	e	classificações	em	Enfermagem,	com	o	reconhecimento	da	Organização	
Mundial da Saúde (OMS), as mais utilizadas são: NANDA-I (acrônimo para North American 
Nursing Diagnosis Association),	 Classificação	 dos	 Resultados	 de	 Enfermagem	 (também	
conhecida como NOC, sigla do inglês National Occupational Classification)	e	Classificação	
Internacional	para	a	Prática	de	Enfermagem	(CIPE).
Entretanto, como enfermeiros, sabemos que existem outros processos de 
Enfermagem que são fundamentais, como o registro de Enfermagem, que é fundamental 
para manter o cuidado e a qualidade da assistência de Enfermagem prestada ao paciente 
que	procura	atendimento	de	saúde	qualificado.
Assim como a Enfermagem precisa ter pensamento crítico, metodológico 
e sistematizado, a organização das etapas do cuidado e da assistência prestada é 
fundamental	para	o	processo	de	trabalho.
Figura 7 – Instrumento de trabalho da SAE
Fonte: adaptada de Neves (2020)
99
Segundo	 a	 Resolução	 nº	 543/2017,	 a	 liderança	 da	 SAE	 e	 do	 PE	 é	 de	
responsabilidade do enfermeiro, abrindo, assim, espaço para que os outros membros da 
equipe	de	Enfermagem	participem	do	planejamento	da	assistência.
Os instrumentos de implantação e implementação da SAE para 
a organização do cuidado de Enfermagem são aqueles recursos 
materiais necessários para que se possa aplicar uma metodologia 
de	 trabalho.	 Podemos	 considerar	 que	 esses	 recursos	passam	pela	
aquisição de computadores, sistemas, softwares e/ou formulários 
específicos	(NEVES,	2020,	p.	25).
O Procedimento Operacional Padrão (POP) na Enfermagem possibilita que o 
enfermeiro padronize os atendimentos, as ações e, principalmente, as técnicas realizadas 
pela equipe de Enfermagem, dentro dos ambientes de saúde, de forma minuciosa e 
detalhada.	Cabe	ao	enfermeiro	avaliar	a	necessidade	 imediata	de	suas	equipes,	podendo,	
assim,	construir	e	implantar	o	POP,	facilitando,	padronizando	e	qualificando	o	atendimento	
de	saúde	desenvolvido	pela	equipe.	
Conforme	 Guerrero,	 Beccaria	 e	 Trevizan	 (2008),	 a	 utilização	 do	 POP,	 pelo	
enfermeiro,	como	instrumento,	auxilia	a	viabilização	do	cuidado	sistematizado.	O	termo	
padrão	significa	aquilo	que	serve	de	fundamento	ou	norma	para	a	avaliação,	relacionando-
se	aos	resultados	desejados.
100
Figura 8 – Modelo de POP
101
Fonte: Coren-SE (2017, p. 13)
As normas e as rotinas de Enfermagem servem, principalmente, para orientar o 
profissional	que	irá	realizar	a	atividade	junto	ao	paciente	que	procura	atendimento	de	
saúde.	Com	a	implantação	de	normas	e	rotinas,	o	enfermeiro	pode	avaliar	o	atendimento	
oferecido	ao	paciente,	visando,	assim,	à	melhora	na	qualidade	do	serviço	prestado.	
Conforme	Borges	(1979),	normas	são	as	medidas	estabelecidas	de	um	padrão,	
uma técnica ou critérios para o desempenho, a partir dos quais se podem determinar 
os níveis de assistência a serem prestados, permitindo avaliar a quantidade e qualidade 
do	trabalho	fornecido.	As	rotinas	são	as	 instruções	técnicas	para	a	realização	do	trabalho,	
descrevendo,	de	forma	superficial,	os	passos	para	a	sua	realização.
102
Figura 9 – Normas e rotina de Enfermagem 
Fonte: Coren-SE (2017, p. 13)
qualidade	da	assistência	prestada,	 justificando	a	Enfermagem	como	
ciência, pela aplicação de conceitos e teorias próprias, fundamentados 
nas ciências biológicas, físicas, comportamentais e humanas, que 
estão	sempre	presentes	no	processo	de	cuidar	(NEVES,	2020	p.	338).	
Logo, facilita a organização do cuidado, desenvolvendo o pensamento crítico, 
metodológico e sistematizado, ampliando o olhar do enfermeiro para o aprimoramento 
e	buscando	formar	habilidades	para	a	autonomia	na	assistência	de	Enfermagem	(NEVES,	
2020).
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura do artigo 
Sistematização da assistência de Enfermagem: o contexto histórico, o 
processo e o obstáculo da implantação: http://twixar.me/WsMm.
DICA
Conforme	Neves	(2020),	o	aprimoramento	pessoal	e	profissional	é	 indispensável	
no aperfeiçoamento de técnicas de Enfermagem, competência, autonomia, identidade, 
cientificidade,	valorização,	metodologias	e	organização	da	SAE	prestada.	
Por outro lado, como fortalezas da implantação e implementação 
da	SAE,	podemos	dizer	que	ela	ocorre	em	três	principais	direções.	A	
primeira	direção	está	relacionada	com	o	profissional	de	Enfermagem,	
que, ao se apropriar da metodologia, passa a ter mais autonomia e 
visibilidade	no	desenvolvimento	de	suas	ações	dentro	de	sua	equipe.	A	
segunda direção está relacionada ao paciente/pessoa/usuário, que, 
ao	ser	cuidado	com	um	método	científico,	de	forma	sistematizada,	se	
103
beneficia	de	intervenções	de	Enfermagem	focadas	em	sua	pessoa	e	
em	suas	necessidades	humanas.	A	terceira	direção	está	relacionada	
ao desenvolvimento da ciência de Enfermagem por meio da 
utilização	e	aplicação	de	Teorias	de	Enfermagem	e	de	Classificações	
de	Enfermagem	no	cuidado,	que	possibilitam	a	evolução	científica	da	
profissão	(NEVES,	2020,	p.	27).
Entretanto, para a implantação e a implementação da SAE em todas as 
instituições que prestam assistência de saúde, sejam elas unidades de saúde, hospitais 
ou	redes	privadas,	as	definições	das	práticas	assistenciaisde	Enfermagem	devem	ser	
respaldadas de sua importância com diferentes conceitos, para evidenciar a importância da 
educação	permanente	(NEVES,	2020).	
Caro acadêmico, podemos verificar, como na última década, o 
Brasil tem evoluído na informatização das atividades de saúde e 
como o processo da SAE é importante nesse contexto. No Tópico 3, 
estudaremos a legislação aplicada ao profissional da Enfermagem.
ESTUDOS FUTUROS
104
Neste tópico, você aprendeu:
• A metodologia utilizada na SAE foi desenvolvida por Florence Nightingale, que 
participou	como	voluntária	na	Guerra	da	Crimeia,	desde	1854,	reduzindo	a	mortalidade	
local	 de	 40%	 para	 2%,	 quando	 já	 defendia	 a	 necessidade	 de	 uma	 organização	
disciplinar	para	a	Enfermagem.
• As etapas do processo de Enfermagem são fundamentais para a realização do 
trabalho	 da	 equipe	 de	 saúde,	 sendo	 elas:	método	 científico,	 dimensionamento	 de	
pessoal	e	instrumentos.
• O Procedimento Operacional Padrão (POP) na Enfermagem possibilita a padronização 
dos	atendimentos,	das	ações	e	das	técnicas	realizadas	pela	equipe	de	Enfermagem.	
Cabe ao enfermeiro avaliar a necessidade imediata de suas equipes, podendo, assim, 
construir	e	implantar	o	POP,	facilitando,	padronizando	e	qualificando	o	atendimento	
de	saúde	desenvolvido	pela	equipe.
• As normas e as rotinas de Enfermagem servem, principalmente, para orientar o 
profissional	que	 irá	realizar	a	atividade	junto	ao	paciente	que	procura	atendimento	de	
saúde.	Com	a	implantação	de	normas	e	rotinas,	o	enfermeiro	pode	avaliar	o	atendimento	
oferecido	ao	paciente,	visando,	assim,	à	melhora	na	qualidade	do	serviço	prestado.
RESUMO DO TÓPICO 2
105
1	 Tannure	 e	 Gonçalves	 (2008)	 destacam	 que	 a	 aplicação	 da	 Sistematização	 da	
Assistência de Enfermagem (SAE) é de extrema importância para a atuação do 
enfermeiro, mas, para que se obtenha êxito no processo de Enfermagem, é necessário 
primeiro	escolher	as	ferramentas	que	 irão	auxiliar	nas	etapas	da	 implantação	da	SAE.	
Responda:	o	que	é	a	SAE?
Fonte: TANNURE, M. C.; GONÇALVES, A. M. P. SAE: Sistematização da Assistência de Enfermagem. Guia 
prático. [S. l.]: Lab, 2008.
2 As etapas do Processo de Enfermagem são fundamentais para a realização do 
trabalho	da	equipe	de	saúde	e	permitem	organizar	a	SAE.	Com	base	em	Neves	(2020),	
essas etapas são divididas em três momentos, assinale a alternativa CORRETA:
Fonte: NEVES, R. de S. (org.). Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE: guia para o cuidado organizado. 
Quirinópolis: Editora IGM, 2020. 356p. Disponível em: http://twixar.me/vsMm. Acesso em: 28 set. 2022.
a)	 (			)	 Método	científico,	dimensionamento	de	pessoal	e	os	instrumentos
b) ( ) Coleta de dados (histórico), diagnóstico de Enfermagem, planejamentos de 
Enfermagem,	implementação	e	avaliação	de	Enfermagem.
c)	 (			)	 Evolução	de	Enfermagem,	método	científico	e	prescrição	de	Enfermagem.
d) ( ) Instrumento, dimensionamento de pessoal, relatório de Enfermagem, planejamento 
de	Enfermagem	e	exame	físico.
e) ( ) Relatório de Enfermagem, planejamento de Enfermagem, exame físico e dimen-
sionamento	de	pessoal.
3 Os instrumentos de implantação e implementação da SAE, visando à organização do 
cuidado de Enfermagem, são os recursos materiais necessários para que se possa 
aplicar	uma	metodologia	de	trabalho.	Podemos	considerar	que	esses	recursos	passam	
pela	 aquisição	 de	 computadores,	 sistemas,	 softwares	 e/ou	 formulários	 específicos.	
Descreva quais são esses instrumentos utilizados para a implantação da SAE, que 
padronizam uma assistência de Enfermagem com qualidade, e quais são os seus 
conceitos.
4	 Existem	outros	processos	de	Enfermagem	que	são	fundamentais,	como	o	registro	de	
Enfermagem, para manter o cuidado e a qualidade da assistência de Enfermagem 
prestada	ao	paciente	que	procura	 atendimento	de	 saúde	qualificado.	Sabendo	há	
uma	 grande	 complexidade	 de	 taxonomias	 e	 classificações	 em	 Enfermagem,	 com	
o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre as mais utilizadas, 
assinale a alternativa CORRETA: 
AUTOATIVIDADE
106
a)	 (			)	 NANDA-I	e	Classificação	dos	Resultados	de	Enfermagem	(NOC).
b)	 (			)	 Classificação	de	Intervenções	de	Enfermagem	(NIC)	e	NOC.
c)	 (			)	 NANDA-I,	NOC	e	Classificação	Internacional	para	a	Prática	de	Enfermagem	(CIPE).
d)	 (			)	 NANDA-I	e	CIPE.
5 Assim como a Enfermagem precisa ter o pensamento crítico, metodológico e 
sistematizado, a organização das etapas do cuidado e da assistência prestada é 
fundamental	para	o	processo	de	trabalho.	Segundo	o	passo	a	passo	do	instrumento	
de trabalho da SAE, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Formulários para o desenvolvimento do Processo de Enfermagem; NANDA-I; e 
manual	de	normas	e	rotinas.
b) ( ) Prontuário eletrônico ou manual; protocolos assistenciais de cuidados; Procedi-
mento	Operacional	Padrão	(POP);	e	manual	de	normas	e	rotinas.
c) ( ) Formulários para o desenvolvimento do Processo de Enfermagem; prontuário 
eletrônico ou manual; protocolos assistenciais de cuidados; POP; e manual de 
normas	e	rotinas.
d) ( ) NANDA-1; CIPE; protocolos assistenciais de cuidados; POP; e manual de normas e 
rotinas.
107
TÓPICO 3 — 
LEGISLAÇÃO E RACIOCÍNIO CRÍTICO 
NA ENFERMAGEM
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO 
Atualmente,	 observamos	 debates	 sobre	 questões	 relacionadas	 à	 influência	 da	
globalização nas práticas em saúde e à valorização da transdisciplinaridade nos diversos 
contextos de atuação da área médica e de Enfermagem (ENDERS; BRITO; MONTEIRO, 
2004)
Nesse sentido, a Enfermagem tem se mostrado uma categoria exemplar na 
procura dessas inovações, ao discutir, analisar e defender os novos modos de fazer, 
aprender	e	de	“ser	Enfermagem”,	nos	seus	grandes	encontros	profissionais	e	na	literatura	
científica,	com	base	no	conhecimento	científico	(ENDERS;	BRITO;	MONTEIRO,	2004).
O raciocínio e a crítica, quando inseridos no pensar, são ferramentas fundamentais, 
especialmente,	 na	 compreensão	 da	 realidade	 e	 do	 conhecimento	 científico.	 Portanto,	
desenvolver habilidades crítico-analíticas sempre foi importante em todos os níveis de 
ensino	de	Enfermagem	(ENDERS;	BRITO;	MONTEIRO,	2004).
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura do artigo 
Raciocínio clínico e pensamento crítico: http://twixar.me/ysMm.
DICA
2 RACIOCÍNIO CLÍNICO
Segundo Barros et al.	 (2015),	 o	 raciocínio	 clínico	 pode	 ser	 definido	 como	 o	
processo de aplicação do conhecimento e da avaliação, junto a uma situação clínica, 
para	 o	 desenvolvimento	 de	 uma	 proposta	 de	 solução.	 Isso	 possibilita	 a	 atuação	 do	
enfermeiro	 na	 análise	 dos	 dados,	 identificando	 problemas	 e	 ajudando	 o	 indivíduo,	
a família, o grupo ou a coletividade a encontrarem meios de resolver, adaptar-se à 
situação	ou	mesmo	prevenir	agravos.	
108
Figura 10 – Atuação do profissional de Enfermagem na análise dos dados, identificando 
problemas e ajudando o paciente
Fonte: https://sites.unoeste.br/blog-unoeste/saiba-sobre-a-enfermagem/. Acesso em: 2 out. 2022.
O raciocínio clínico está presente em todas as ações e decisões assistenciais 
do enfermeiro, desde o diagnóstico dos fenômenos, a escolha de intervenções 
apropriadas e metas, e a avaliação dos resultados obtidos (BARROS et al.,	2015).	 “De	
forma esquemática, as etapas do processo de raciocínio clínico, essencial para a 
tomada	de	decisão”	(CARVALHO;	OLIVEIRA-KUMAKURA;	MORAIS,	2017,	p.	691),	podem	
ser	representadas	conforme	mostra	a	Figura	11.
Figura 11 – Raciocínio clínico
Fonte: Carvalho; Oliveira-Kumakura; Morais (2017, p. 691)
https://sites.unoeste.br/blog-unoeste/saiba-sobre-a-enfermagem/
109
O	pensamento	crítico	e	o	pensamento	reflexivo	são	características	desejadas	
na	formação	e	na	vida	profissional	do	enfermeiro:
•	 o	pensamento	 reflexivo	é	metacognição, um nível de consciência que existe por 
meio do controle cognitivo executivo e autocomunicação sobre experiências;
• o pensamento crítico está para a aquisição de habilidades cognitivascomo o 
pensamento	reflexivo	está	para	a	aquisição	de	habilidades	metacognitivas	(BARROS	et 
al.,	2015).
O raciocínio clínico envolve estratégias de raciocínio analíticas 
(conscientes, controladas) e não analíticas (inconscientes, auto-
máticas), e sua efetividade depende do desenvolvimento de habi-
lidades	cognitivas	e	metacognitivas.	Cognição	é	qualquer	operação	
mental – percepção, atenção, memorização, leitura, escrita, com-
preensão,	comunicação	e	outras.	A	metacognição,	por	sua	vez,	é	o	
conhecimento pelo indivíduo de sua própria cognição, ou seja, o co-
nhecimento que a pessoa tem das suas próprias operações mentais, 
como	as	identifica,	a	forma	como	se	processam,	quando	usa	uma	ou	
outra e que fatores ajudam ou interferem na sua operação (BARROS et 
al.,	2015,	p.	25,	grifo	nosso).
Figura 12 – Raciocínio clínico 
Fonte: as autoras
Cabe	 ao	 enfermeiro	 determinar	 e	 definir	 as	 ações	 durante	 o	 processo	 de	
Enfermagem.	 Para	 que	 isso	 aconteça	 de	 forma	 efetiva,	 precisamos	 desenvolver	
habilidades e determinadas capacidades desenvolvidas no raciocínio clínico, desde o 
momento	inicial	da	nossa	formação	acadêmica.	
110
3 PENSAMENTO REFLEXIVO, PENSAMENTO CRÍTICO E 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
 A SAE é uma metodologia que organiza e sistematiza todo o cuidado, com base 
nos	princípios	do	método	científico,	tendo	como	os	objetivos	 identificar	as	necessidades	
para o cuidado de Enfermagem (TRUPPEL et al.,	2009).	
As habilidades cognitivas, relacionadas aos hábitos da mente, são características da 
inteligência, aplicadas na interpretação de casos clínicos e na formulação de diagnósticos, 
atividades que podem ser desenvolvidas por meio da metacognição, a partir da qual a 
inteligência e o pensamento crítico são aperfeiçoados (BARROS et al.,	2015).	
Na	 metacognição,	 ocorre	 o	 pensar	 sobre	 o	 pensamento.	 É	 um	 método	 de	
autoaperfeiçoamento,	 que	 serve	de	base	para	 o	 crescimento	profissional.	A	 partir	 das	
habilidades	cognitivas	e	dos	hábitos	da	mente,	o	enfermeiro	possui	linguagem,	significado	
e estrutura para analisar o próprio pensamento (BARROS et al.,	2015).
Segundo	Kuiper	e	Pesut	(2004),	estudos	mostram	que	o	pensamento	crítico	está	
significativamente	 correlacionado	 com	 sucesso	 acadêmico,	 enquanto	 as	 habilidades	
de pensamento crítico estão positivamente relacionadas com os anos de experiência 
clínica.	Portanto,	embora	alguns	enfermeiros	possam	ter	uma	maior	habilidade	 inata,	
a	 experiência	 profissional	 e	 a	 busca	 de	 capacitação	 permanente	 são	 importantes	 para	
aprimorar	e	facilitar	o	desenvolvimento	do	pensamento	crítico.
Relacionar	 significados,	 dentro	 de	 certos	 contextos,	 exige	 reflexão,	 envolve	
discriminar	o	que	é	relevante,	determinar	 influências	culturais,	fazer	conexões	dentro	do	
contexto de uma situação, sendo os quatro principais atributos do pensamento crítico 
descritos	no	Quadro	3	(FORNERIS,	2004).
Quadro 3 – Atributos do pensamento crítico
Reflexão
Como um processo crítico, discrimina o que é relevante e 
determina	a	razão	das	ações.
Contexto
Inclui cultura, fatos, conceitos, regras, princípios e pressupostos 
que	moldam	o	modo	de	construção	do	conhecimento.	É	atributo	
para a compreensão
Diálogo
Por	meio	do	diálogo,	a	situação	é	moldada	de	forma	reflexiva	para	
gerar	o	entendimento.
Tempo
A noção de tempo indica que a aplicação prévia da aprendizagem 
tem	impacto	sobre	a	ação	futura.
Fonte: adaptado de Barros et al. (2015)
111
Ainda, segundo Barros et al.	 (2015),	na	prática	do	enfermeiro,	o	pensamento	
crítico é uma dimensão da inteligência, essencial para que se realize o processo 
diagnóstico	de	Enfermagem.	
Os enfermeiros e estudantes de Enfermagem podem melhorar a prática de seu 
trabalho ao aplicarem processos de pensamento, principalmente o pensamento crítico, 
utilizando uma linguagem uniforme e padronizada, que serve como facilitadora para 
a comunicação e o uso de sistemas informatizados, permitindo a representação do 
conhecimento	clínico	de	Enfermagem.
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura do 
artigo Habilidades de pensamento crítico no processo diagnóstico em 
Enfermagem: http://twixar.me/zsMm.
DICA
4 LEGISLAÇÃO DE ENFERMAGEM
O método utilizado para sistematizar a assistência de Enfermagem é o Processo 
de Enfermagem (PE), uma forma de tomada de decisões que se apoia nos passos do 
método	 científico,	 cuja	 SAE	 tem	 sido	 praticada	 desde	 Florence	 Nightingale,	 que,	 ao	
participar	 como	voluntária	 na	Guerra	 da	Crimeia	 com	outras	 38	mulheres,	 em	 1854,	
conseguiu	reduzir	a	mortalidade	local	de	40%	para	2%,	quando	Florence	preconizou	que	
as enfermeiras deveriam estar submetidas a uma forte organização disciplinar (AQUINO; 
LUNARDI,	2004).
Do ponto de vista ético, é esperado que o enfermeiro utilize a sua criatividade ao 
gerenciar as ações assistenciais, ao tomar decisões e ao adequar os recursos humanos e 
materiais de que dispõe, assegurando um atendimento das necessidades dos pacientes, 
com	isenção	de	riscos,	quando	estes	forem	previsíveis	(FREITAS;	OGUISSO,	2008).
Além	 dessa	 habilidade	 técnica,	 é	 imprescindível	 que	 os	 profissionais	 de	
Enfermagem conheçam e apliquem as normas regulamentadoras do exercício, dos 
direitos	 e	 das	 obrigações	 profissionais	 (LEITE	 DE	 BARROS;	 LOPES,	 2010).	 Assim,	 é	
irrefutável que o enfermeiro passe a ter um papel relevante na liderança da elaboração 
do	planejamento	da	assistência,	respaldado,	legalmente,	na	Lei	nº	7.498/1986	(BRASIL,	
1986),	conhecida	como	Lei	do	Exercício	Profissional,	e	no	Decreto	nº	94.406/1987.
112
Art.	3º	A	prescrição	da	assistência	de	Enfermagem	é	parte	integrante	
do	programa	de	Enfermagem.
Art.	 4º	 A	 programação	 de	 Enfermagem	 inclui	 a	 prescrição	 da	
assistência	de	Enfermagem.	
[...]	
Art.	 11.	 O	 Enfermeiro	 exerce	 todas	 as	 atividades	 de	 Enfermagem,	
cabendo-lhe: I- privativamente:
[...]
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação 
dos serviços da assistência de Enfermagem;
[...]
i) consulta de Enfermagem;
j) prescrição da assistência de Enfermagem;
[...]
m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que 
exijam	conhecimentos	de	base	científica	e	capacidade	de	tomar	
decisões imediatas; 
II- como integrante da equipe de saúde: 
a) participação no planejamento, execução e avaliação da 
programação de saúde; 
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos 
assistenciais	de	saúde	(BRASIL,	1986,	s.	p.).
Diante das normas de maior impacto jurídico, o sistema do Conselho Federal 
de Enfermagem (COFEN) sentiu a necessidade de emitir uma norma mais precisa sobre 
a	temática,	resultando	na	confecção	da	Resolução	Cofen	nº	272/2002,	que	dispunha	
sobre	 “a	 Sistematização	 da	 Assistência	 de	 Enfermagem	 nas	 instituições	 de	 saúde	
brasileiras”	e,	posteriormente,	foi	revogada	pela	Resolução	Cofen	nº	358/2009.	
RESOLUÇÃO COFEN Nº 272/2002 – REVOGADA PELA 
RESOLUÇÃO COFEN Nº 358/2009
Art.	1º	Ao	Enfermeiro	incumbe:
I- Privativamente: a implantação, planejamento, organização, execução e avaliação 
do processo de Enfermagem, que compreende as seguintes etapas:
• Consulta de Enfermagem: compreende o histórico (entrevista), exame físico, 
diagnóstico,	prescrição	e	evolução	de	Enfermagem.	
• Para a implementação da assistência de Enfermagem, devem ser considerados os 
aspectos essenciais em cada uma das etapas, conforme descriminados a seguir: 
• Histórico: conhecer hábitos individuais e biopsicossociais visando a adaptação do 
paciente	à	unidade	de	tratamento,	assim	como	a	identificação	de	problemas.	
• Exame Físico: o Enfermeiro deverá realizar as seguintes técnicas: inspeção, 
ausculta, palpação e percussão, de forma criteriosa, efetuando o levantamento 
de dados sobre o estado de saúde do paciente e anotação das anormalidades 
encontradas	para	validar	as	informações	obtidas	no	histórico.	
• Diagnóstico de Enfermagem: o Enfermeiro após ter analisado os dados colhidos 
no	 histórico	 e	 exame	 físico,	 identificaráos	 problemas	 de	 Enfermagem,	 as	
necessidades básicas afetadas e grau de dependência, fazendo julgamento 
clínico sobre as respostas do indivíduo, da família e comunidade, aos problemas, 
processos	de	vida	vigentes	ou	potenciais.	
113
• Prescrição de Enfermagem: é o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro, 
que direciona e coordena a assistência de Enfermagem ao paciente de forma 
individualizada e contínua, objetivando a prevenção, promoção, proteção, 
recuperação	e	manutenção	da	saúde.	
• Evolução de Enfermagem: é o registro feito pelo Enfermeiro após a avaliação 
do	 estado	 geral	 do	 paciente.	 Desse	 registro	 constam	 os	 problemas	 novos	
identificados,	 um	 resumo	 sucinto	 dos	 resultados	 dos	 cuidados	 prescritos	 e	 os	
problemas	a	serem	abordados	nas	24	horas	subsequentes.
Art.	2º	A	implementação	da	Sistematização	da	Assistência	de	Enfermagem	
(SAE)	deve	ocorrer	em	toda	instituição	da	saúde,	pública	e	privada.	
Art.	 3º	A	 Sistematização	 da	Assistência	 de	 Enfermagem	 (SAE)	 deverá	 ser	
registrada formalmente no prontuário do paciente/cliente/usuário, devendo ser 
composta por:
• Histórico de Enfermagem
• Exame Físico
• Diagnóstico de Enfermagem
• Prescrição da Assistência de Enfermagem
• Evolução da Assistência de Enfermagem
• Relatório de Enfermagem
Parágrafo único: Nos casos de Assistência Domiciliar (home care), este 
prontuário deverá permanecer junto ao paciente/cliente/usuário assistido, 
objetivando otimizar o andamento do processo, bem como atender o disposto no 
Código	de	Defesa	do	Consumidor.
Fonte: COFEN. Resolução Cofen nº 272/2002 – Revogada pela Resolução Cofen nº 358/2009. 
Disponível em: http://twixar.me/5sMm. Acesso em: 7 out. 2022.
Reforça-se a responsabilidade do enfermeiro pela implantação e pela aplicação 
da	SAE	e	por	colocar	em	ação	o	PE,	sendo	que	não	há	uma	distinção	clara	entre	eles.	
Enfatiza-se, ainda, a necessidade de sua implementação em todo território nacional, 
nas instituições públicas e privadas, e a importância do registro adequado no prontuário 
do	usuário.	A	Resolução	ainda	apontava	a	obrigatoriedade	dos	Conselhos	Regionais	de	
Enfermagem (CORENs) em capacitar os enfermeiros e incentivar a implementação e a 
execução da legislação:
Art.	 4º	 Os	 CORENs,	 em	 suas	 respectivas	 jurisdições,	 deverão	
promover encontros, seminários, eventos, para subsidiar técnica e 
cientificamente	os	profissionais	de	Enfermagem,	na	implementação	
da	Sistematização	da	Assistência	de	Enfermagem	(SAE).
Art.	 5º	 É	 de	 responsabilidade	 dos	 CORENs,	 em	 suas	 respectivas	
jurisdições,	zelar	pelo	cumprimento	desta	norma	(COFEN,	2002,	s.	p.).
114
No tocante ao papel do enfermeiro, a nova norma, isto é, a Resolução Cofen nº 
358/2009,	impõe	a	liderança	da	SAE	e	do	PE,	e	reduz	a	sua	responsabilidade	privativa	
na realização do diagnóstico de Enfermagem e na prescrição das intervenções de 
Enfermagem, possibilitando uma maior participação dos outros membros da equipe de 
Enfermagem, o que fortalece e valoriza a equipe e a assistência:
Art.	5º	O	Técnico	de	Enfermagem	e	o	Auxiliar	de	Enfermagem,	em	
conformidade	com	o	disposto	na	Lei	nº	7.498,	de	25	de	junho	de	1986,	
e	do	Decreto	94.406,	de	08	de	 junho	de	 1987,	que	a	 regulamenta,	
participam da execução do Processo de Enfermagem, naquilo que 
lhes couber, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro (COFEN, 
2009,	s.	p.).
Entretanto, com o surgimento da obrigatoriedade da realização e da implantação da 
SAE e do PE, bem como a execução de ambos, o que leva a inserir que a implementação 
não é algo facultativo e, sim, um dever legal, conforme consta na Resolução do COFEN 
nº	358/2009:
RESOLUÇÃO COFEN Nº 358/2009
Art.	1º	O	Processo	de	Enfermagem	deve	ser	realizado,	de	modo	deliberado	e	
sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado 
profissional	de	Enfermagem.
§ 1º Os ambientes de que trata o caput deste artigo referem-se a instituições 
prestadoras de serviços de internação hospitalar, instituições prestadoras de 
serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, 
fábricas,	entre	outros.
§ 2º Quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais 
de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, o Processo de 
Saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes 
como	Consulta	de	Enfermagem.	
Art.	 2º	 O	 Processo	 de	 Enfermagem	 organiza-se	 em	 cinco	 etapas	 inter-
relacionadas, interdependentes e recorrentes:
I- Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) – processo 
deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e 
técnicas	variadas,	que	tem	por	finalidade	a	obtenção	de	informações	sobre	a	
pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado 
momento	do	processo	saúde	e	doença.
II- Diagnóstico de Enfermagem – processo de interpretação e agrupamento dos 
dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão 
sobre os conceitos diagnósticos de Enfermagem que representam, com mais 
115
exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado 
momento do processo saúde e doença; e que constituem a base para a seleção 
das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados 
esperados.
III- Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados que se espera 
alcançar; e das ações ou intervenções de Enfermagem que serão realizadas 
face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado 
momento	do	processo	saúde	e	doença,	identificadas	na	etapa	de	Diagnóstico	
de	Enfermagem.
IV-	 Implementação	–	realização	das	ações	ou	intervenções	determinadas	na	etapa	
de	Planejamento	de	Enfermagem.
V-	 Avaliação	de	Enfermagem	–	processo	deliberado,	 sistemático	 e	 contínuo	de	
verificação	 de	 mudanças	 nas	 respostas	 da	 pessoa,	 família	 ou	 coletividade	
humana em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se 
as ações ou intervenções de Enfermagem alcançaram o resultado esperado; 
e	de	verificação	da	necessidade	de	mudanças	ou	adaptações	nas	etapas	do	
Processo	de	Enfermagem.
Art.	3º	O	Processo	de	Enfermagem	deve	estar	baseado	num	suporte	teórico	
que oriente a coleta de dados, o estabelecimento de diagnósticos de Enfermagem 
e o planejamento das ações ou intervenções de Enfermagem; e que forneça a base 
para	a	avaliação	dos	resultados	de	Enfermagem	alcançados.
Art.	4º	Ao	enfermeiro,	observadas	as	disposições	da	Lei	nº	7.498,	de	25	de	
junho	de	1986	e	do	Decreto	nº	94.406,	de	08	de	junho	de	1987,	que	a	regulamenta,	
incumbe a liderança na execução e avaliação do Processo de Enfermagem, de modo 
a alcançar os resultados de Enfermagem esperados, cabendo-lhe, privativamente, o 
diagnóstico de Enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade 
humana em um dado momento do processo saúde e doença, bem como a prescrição 
das ações ou intervenções de Enfermagem a serem realizadas, face a essas 
respostas.
[...]
Art.	 6º	 A	 execução	 do	 Processo	 de	 Enfermagem	 deve	 ser	 registrada	
formalmente, envolvendo:
a) um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família ou coletividade humana 
em um dado momento do processo saúde e doença;
b) os diagnósticos de Enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou 
coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença;
116
c) as ações ou intervenções de Enfermagem realizadas face aos diagnósticos de 
Enfermagem	identificados;
d) os resultados alcançados como consequência das ações ou intervenções de 
Enfermagem	realizadas.
Art.	 7º	 Compete	 ao	 Conselho	 Federal	 de	 Enfermagem	 e	 aos	 Conselhos	
Regionais de Enfermagem, no ato que lhes couber, promover as condições, entre 
as	 quais,	 firmar	 convênios	 ou	 estabelecer	 parcerias,	 para	 o	 cumprimento	 desta	
Resolução.
Art.	8º	Esta	Resolução	entra	em	vigor	na	data	de	sua	publicação,	revogando-
se	as	disposições	contrárias,	em	especial,	a	Resolução	COFEN	nº	272/2002.
Fonte: COFEN.Resolução nº 358, 15 de outubro de 2009. Dispõe sobre a Sistematização da 
Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos 
ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. Disponível 
em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3582009_4384.html. Acesso em: 23 set. 2022.
Cabe lembrar que o não cumprimento do Código de Ética de Enfermagem 
implica	abertura	de	um	processo	ético	e,	consequente,	penalidade,	devido	à	infração.	A	
seguir, podemos observar alguns artigos que podem ser infringidos com a não realização 
da	SAE	e	do	PE,	conforme	consta	na	Resolução	Cofen	nº	564/2017:
Art.	 26.	 Conhecer,	 cumprir	 e	 fazer	 cumprir	 o	 Código	 de	 Ética	 dos	
Profissionais	 de	 Enfermagem	 e	 demais	 normativos	 do	 Sistema	
Cofen/Conselhos	Regionais	de	Enfermagem.	
[...]	
Art.	 37.	 Documentar	 formalmente	 as	 etapas	 do	 processo	 de	
Enfermagem,	em	consonância	com	sua	competência	legal.	
[...]	
Art.	 46.	 Recusar-se	 a	 executar	 prescrição	 de	 Enfermagem	 e	Médica	
na	qual	não	constem	assinatura	e	número	de	registro	do	profissional	
prescritor, exceto em situação de urgência e emergência (COFEN, 
2017,	s.	p.).
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura do Código de Ética 
dos Profissionais de Enfermagem, disponível em: http://twixar.me/SsMm.
DICA
Desse modo, pode-se entender que a não realização da SAE e do PE gera a 
penalidade de advertência verbal, no caso dos exemplos:
http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3582009_4384.html
117
Art.	114.	As	penalidades	previstas	neste	Código	somente	poderão	ser	
aplicadas, cumulativamente, quando houver infração a mais de um 
artigo.	
Art.	 115.	 A	 pena	 de	 Advertência	 verbal	 é	 aplicável	 nos	 casos	 de	
infrações	ao	que	está	estabelecido	nos	artigos:	26,	28,	29,	30,	31,	32,	
33,	35,	36,	37,	38,	39,	40,	41,	42,	43,	46,	48,	47,	49,	50,	51,	52,	53,	54,	
55,	56,	57,58,	59,	60,	61,	62,	65,	66,	67,	69,	76,	77,	78,	79,	81,	82,	83,	84,	
85,	86,	87,	88,	89,	90,	91,	92,	93,	94,	95,	98,	99,	100,	101	e	102	(COFEN,	
2017,	s.	p.).
Segundo	 Neves	 (2020),	 a	 implementação	 da	 SAE	 e	 do	 PE	 é	 extremamente	
importante,	para	a	qualificação	e	a	valorização	do	processo	de	trabalho	da	equipe	de	
Enfermagem; portanto, o enfermeiro precisa introduzir tal conduta nas suas atribuições 
diariamente e garantir a participação de toda equipe de Enfermagem envolvida no 
cuidado	ao	paciente.	
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura da Resolução 
CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001: http://twixar.me/KsMm.
DICA
Caro	 acadêmico,	 chegamos	 ao	 final	 da	 Unidade	 2,	 em	 que	 conhecemos	 as	
competências	requeridas	para	o	trabalho	do	profissional	da	Enfermagem,	as	etapas	da	
SAE	e	a	legislação	aplicada	à	profissão	do	enfermeiro	e	suas	atribuições.	
118
LEITURA
COMPLEMENTAR
AVALIAÇÃO DA REALIZAÇÃO E DO REGISTRO DA SISTEMATIZAÇÃO DA 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Maria Ângela Reppetto
Mariana Fernandes de Souza
A Enfermagem organiza-se e expressa sua ação no cuidado ou na assistência 
ao	 indivíduo	em	vários	ambientes,	nas	suas	condições	de	saúde.	A	saúde	é	definida	
como um fenômeno multidimensional, com características individuais e coletivas, que 
envolve,	de	forma	dialética,	aspectos	físicos,	psicológicos	e	sociais	da	natureza	humana.
Todo o contexto, as multiplicidades de fatores que condicionam o bem-
estar,	o	estado	de	saúde	das	pessoas,	são	objetos	de	preocupação	do	profissional	de	
Enfermagem.	 O	 exercício	 desta	 profissão	 tem	 significado,	 alcança	 sua	 finalidade,	 ao	
voltar	a	atenção	ao	agir	especificamente	em	favor	das	pessoas.	
Em	uma	publicação	sobre	o	cuidado,	o	autor	afirma	que	cuidar	é	mais	que	um	
ato;	é	uma	atitude.	Portanto,	abrange	mais	que	um	momento	de	atenção,	de	zelo	e	de	
desvelo.	Representa	uma	atitude	de	ocupação,	preocupação,	de	responsabilização	e	de	
envolvimento	afetivo	com	o	outro.	Por	sua	própria	natureza,	cuidado	 inclui,	pois,	duas	
significações	básicas,	 intimamente	ligadas	entre	si.	A	primeira,	a	atitude	de	desvelo,	de	
solicitude	e	de	atenção	para	com	o	outro.	A	segunda,	de	preocupação	e	de	inquietação,	
porque a pessoa que recebe cuidado se sente envolvida e afetivamente ligada com o 
outro.
O cuidar/cuidado é o núcleo da prática cotidiana de Enfermagem, a qual permite 
a manifestação de vários meios e características e o surgimento de seus métodos e 
instrumentos	de	trabalho.
Para realizar as atividades de cuidado, o enfermeiro necessita de instrumental 
conceitual	e	técnico	para	abordar	a	realidade	da	prática.	O	método	é	a	organização,	a	
sistemática	racional	de	ações	para	alcançar	os	objetivos	da	assistência.
Para a implantação e operacionalização do cuidar o enfermeiro usa o método da 
Sistematização	da	Assistência	de	Enfermagem	(SAE).	Esta	sistematização	possibilita	que	
os	enfermeiros	 identifiquem	a	presença	das	necessidades	humanas	básicas	afetadas	nos	
pacientes	internados	nas	unidades	específicas	e,	assim,	com	consequentes	diagnósticos	
119
classificados	 e	 respectivas	 intervenções	 de	 Enfermagem	 estabelecidas,	 que	 podem	
caracterizar essas unidades, a equipe de Enfermagem consegue prestar uma assistência 
planejada fundamentada em conhecimentos, viabilizando um cuidado objetivo e 
individualizado.
A prática da assistência de Enfermagem vai além do modelo médico, ela 
é baseada e instrumentalizada por um referencial próprio, criado e construído pelos 
profissionais	de	Enfermagem,	o	qual	possibilita	a	união	da	teoria	à	prática.	O	uso	de	
marcos conceituais explícitos na prática assistencial altera, também, a estrutura da 
forma da assistência, possibilitando ação participativa, crítica, embasada em conceitos 
científicos,	exigindo	maior	conhecimento	da	disciplina	de	Enfermagem.
Durante	 toda	 nossa	 experiência	 profissional	 como	 enfermeira	 assistencial,	
atuamos em duas instituições hospitalares, nas quais a SAE era aplicada, incorporada 
à	 filosofia	 do	 Serviço	 de	 Enfermagem,	 sendo	 uma	 função	 privativa	 e	 prioritária	
do	 enfermeiro.	 Atualmente,	 atuamos	 como	 docentes	 de	 curso	 de	 graduação	 em	
Enfermagem, na disciplina de Semiologia e Semiotécnica, na qual um dos conteúdos 
a ser ministrado é a SAE e o processo de Enfermagem; assim, temos a oportunidade de 
ensinar	ao	discente,	sua	importância	e	aplicabilidade.
Nessa	nova	etapa	profissional,	o	estudo	em	relação	a	essa	sistematização	tornou-
se	um	desafio,	uma	meta	a	ser	alcançada	e,	acreditamos,	fonte	de	conhecimentos	para	a	
valorização	do	enfermeiro,	tanto	na	assistência	direta	como	na	docência.	Como	docentes,	
enfatizamos a responsabilidade da enfermeira dentro da equipe transdisciplinar de saúde, 
em qualquer nível de atuação e ressaltamos a função privativa da enfermeira na área 
hospitalar.
A avaliação do registro das etapas da SAE tem sua importância como facilitadora 
da valorização da assistência de Enfermagem a ser estabelecida para o cuidado ao 
cliente/paciente.
Essas	 reflexões	 levaram-nos	 ao	 seguinte	 questionamento:	 as	 etapas	 da	
sistematização da assistência de Enfermagem são realizadas e registradas, nas 
instituições	hospitalares?	Este	estudo	buscou	esclarecimentos	sobre	essa	questão,	e	se	
propôs	a	avaliar	a	SAE,	sob	o	ponto	de	vista	de	seu	registro	[...].
Fonte: REPPETTO, M. A.; SOUZA, M. F. Avaliação da realização e do registro da Sistematização da Assistência de 
Enfermagem (SAE) em um hospital universitário. Rev Bras Enferm., v. 58, n. 3, p. 325-329, maio-jun. 2005.
120
Neste tópico, você aprendeu:
•	 O	raciocínio	clínico	pode	ser	definido	como	o	processo	de	aplicação	do	conhecimento	e	da	
avaliação, junto a uma situação clínica, para o desenvolvimento de uma proposta de 
solução.	Isso	possibilita	a	atuação	do	enfermeiro	na	análise	dos	dados,	identificando	
problemas e ajudando o indivíduo, a família, o grupo ou a coletividade a encontrarem 
meios	de	resolver,	adaptar-se	à	situação	ou	mesmo	prev	enir	agravos.
• O raciocínio e a crítica, quandoinseridos no pensar, são ferramentas fundamentais, 
especialmente,	na	compreensão	da	realidade	e	do	conhecimento	científico.	Portanto,	
desenvolver habilidades crítico-analíticas sempre foi importante em todos os níveis 
de	ensino	de	Enfermagem.
• As habilidades cognitivas, relacionadas aos hábitos da mente, são características 
da inteligência, aplicadas na interpretação de casos clínicos e na formulação de 
diagnósticos.
• Do ponto de vista ético, é esperado que o enfermeiro utilize a sua criatividade ao 
gerenciar as ações assistenciais, ao tomar decisões e ao adequar os recursos 
humanos e materiais de que dispõe, assegurando um atendimento das necessidades 
dos	pacientes,	com	isenção	de	riscos,	quando	estes	forem	previsíveis.
RESUMO DO TÓPICO 3
121
1	 Segundo	Barros	et	al.	 (2015),	o	raciocínio	clínico	pode	ser	definido	como	o	processo	
de aplicação do conhecimento e da perícia, junto a uma situação clínica, para o 
desenvolvimento	de	uma	proposta	de	solução.	Nesse	contexto,	assinale	a	alternativa	
CORRETA:
Fonte: BARROS, A. L. B. L. et al. Processo de Enfermagem: guia para a prática. Conselho Regional de 
Enfermagem de São Paulo. São Paulo: COREN-SP, 2015. 113p.
a)	 (			)	 O	enfermeiro	analisa	os	dados,	identifica	problemas	e	ajuda	o	indivíduo,	a	família,	
o grupo ou a coletividade a encontrarem meios de resolver, adaptar-se à situação 
ou	mesmo	prevenir	agravos.	
b)	 (			)	 O	enfermeiro	deve	analisar	os	dados,	identificar	problemas	e	ajudar	o	indivíduo,	a	
família	ou	a	coletividade	com	a	prescrição	de	medicamentos.
c)	 (			)	 O	enfermeiro	deve	identificar	problemas	e	ajudar	o	indivíduo,	a	família,	o	grupo	ou	
a	coletividade	a	solucioná-los.	
c) ( ) O técnico de Enfermagem e o auxiliar de laboratório analisam os fatos, 
demonstrando	iniciativa	para	os	demais	membros	da	equipe	de	saúde.
2 O raciocínio clínico está presente em todas as ações e decisões assistenciais do 
enfermeiro	 (BARROS	 et	 al.,	 2015).	 Sobre	 essas	 ações	 e	 decisões	 assistenciais	 do	
enfermeiro, assinale a alternativa CORRETA:
Fonte: BARROS, A. L. B. L. et al. Processo de Enfermagem: guia para a prática. Conselho Regional de 
Enfermagem de São Paulo. São Paulo: COREN-SP, 2015. 113p.
a) ( ) Diagnóstico dos fenômenos, escolha de intervenções e metas apropriadas, e 
avaliação	dos	resultados	obtidos.
b) ( ) Realizar o diagnóstico dos fenômenos, visando à saúde da família, do grupo ou da 
coletividade.
c)	 (			)	 Escolha	de	intervenções	e	metas,	assim	como	avaliação	dos	resultados	obtidos.
d) ( ) O técnico de Enfermagem e o auxiliar de laboratório devem analisar os fatos, 
demonstrando	iniciativa	para	os	demais	membros	da	equipe	de	saúde.
3 O raciocínio clínico envolve estratégias de raciocínio e a sua efetividade depende do 
desenvolvimento de habilidades cognitivas (operação mental – percepção, atenção, 
memorização, leitura, escrita, compreensão, comunicação e outras) e de habilidades 
de metacognição, que, por sua vez, é o conhecimento pelo indivíduo de sua própria 
cognição, ou seja, o conhecimento que a pessoa tem das suas próprias operações 
AUTOATIVIDADE
122
mentais,	como	as	identifica,	a	forma	como	se	processam,	quando	usa	uma	ou	outra	e	
que	fatores	ajudam	ou	interferem	na	sua	operação	(BARROS	et	al.,	2015).	Quais	são	
as	duas	estratégias	de	raciocínio?
Fonte: BARROS, A. L. B. L. et al. Processo de Enfermagem: guia para a prática. Conselho Regional de 
Enfermagem de São Paulo. São Paulo: COREN-SP, 2015. 113p.
4	 Segundo	Kuiper	 e	Pesut	 (2004),	 estudos	mostram	que	o	pensamento	 crítico	 está	
significativamente	 correlacionado	com	sucesso	 acadêmico	e	que	 as	habilidades	de	
pensamento crítico estão positivamente relacionadas com os anos de experiência 
clínica.	Portanto,	embora	alguns	enfermeiros	possam	ter	uma	maior	habilidade	inata,	a	
experiência	profissional	e	a	busca	de	capacitação	permanente	são	importantes	para	
aprimorar	o	pensamento	crítico.	Relacionar	significados,	dentro	de	certos	contextos,	
exige	reflexão,	envolve	discriminar	o	que	é	relevante,	determinar	 influências	culturais,	
fazer conexões dentro do contexto de uma situação, sendo os quatro principais 
atributos	 do	 pensamento	 crítico	 (FORNERIS,	 2004).	 Correlacione	 as	 colunas	 com	
suas descrições sobre os atributos do pensamento crítico:
Fonte: KUIPER, R. A.; PESUT, D. J. Promoting cognitive and metacognitive reflective reasoning skills in 
nursing practice: self-regulated learning theory. Journal of Advanced Nursing, v. 45, n. 4, p. 381-391, 2004.
FORNERIS, S. G. Exploring the attributes of critical thinking: a conceptual basis. International Journal of 
Nursing Education Scholarship, v. 1, n. 9, p. 1-18, 2004.
I-	 Reflexão.
II-	 Contexto.
III-	 Diálogo.
IV-	 Tempo.
( ) Como um processo crítico, discrimina o que é relevante e determina a razão das 
ações.
( ) Inclui cultura, fatos, conceitos, regras, princípios e pressupostos, que moldam o 
modo	de	construção	do	conhecimento.	É	atributo	para	a	compreensão.
(			)	Por	 meio	 do	 diálogo,	 a	 situação	 é	 moldada	 de	 forma	 reflexiva,	 para	 gerar	 o	
entendimento.
( ) A noção de tempo indica que a aplicação prévia da aprendizagem tem impacto 
sobre	a	ação	futura.	
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a)	 (			)	 I	–	II	–	III	–	IV.
b)	 (			)	 III	–	IV	–	II	–	I.
c)	 (			)	 IV	–	I	–	II	–	III.
d)	 (			)	 III	–	II	–	I	–	IV.
123
5	 Além	da	habilidade	 técnica,	 é	 imprescindível	 que	 os	 profissionais	 de	Enfermagem	
conheçam	 e	 apliquem	 as	 normas	 regulamentadoras	 do	 exercício	 profissional,	 dos	
direitos	 e	 das	 obrigações	 profissionais	 (LEITE	 DE	 BARROS;	 LOPES,	 2010).	 Assim,	
é irrefutável que o enfermeiro passe a ter um papel relevante na liderança da 
elaboração	do	planejamento	da	assistência,	respaldado,	legalmente.	Qual	é	a	lei	que	
dá	aos	profissionais	 enfermeiros	embasamento	para	 a	 realização	do	 seu	exercício	
profissional?
Fonte: LEITE DE BARROS, A. L. B.; LOPES, J. de L. A legislação e a sistematização da assistência de Enferma-
gem. Enfermagem em Foco, v. 1, n. 2, p. 63-65, 2010. Disponível em: http://revista.cofen.gov.br/index.php/
enfermagem/article/view/17/18. Acesso em: 7 out. 2022.
http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/17/18
http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/17/18
124
AQUINO,	D.	R.;	LUNARDI	FILHO,	W.	D.	Construção	da	prescrição	de	Enfermagem	
informatizada	em	uma	UTI.	Cogitare Enferm.	v.	9,	n.	1,	p.	60-70,	2004.	Disponível	em:	
http://dx.doi.org/10.5380/ce.v9i1.1706.	Acesso	em:	28	set.	2022.
ARONE,	E.	M.;	CUNHA,	I.	C.	K.	O.	Avaliação	tecnológica	como	competência	do	
enfermeiro:	reflexões	e	pressupostos	no	cenário	da	ciência	e	tecnologia.	Rev. Bras. 
Enferm.,	59,	n.	4,	p.	18-26,	2006.
BARROS,	A.	L.	B.	L.	et al.	Processo de Enfermagem:	guia	para	a	prática.	Conselho	
Regional	de	Enfermagem	de	São	Paulo.	São	Paulo:	COREN-SP,	2015.	113p.
BERNDT,	F.	P.	G.	Competências gerenciais do enfermeiro.	Dissertação	(Mestrado	
em	Administração)	–	Universidade	Federal	de	Santa	Catarina,	Florianópolis,	2003.
BIANCHI,	M.	B.;	GURGUEIRA,	G.	P. Sistematização da Assistência de Enfermagem.	
Londrina:	Editora	e	Distribuidora	Educacional	S.A.,	2018.	184p.	Disponível	em:http://
twixar.me/jsMm.	Acesso	em:	28	set.	2022.
BORGES,	M.	V.	Normas	de	assistência	de	Enfermagem. Revista Brasileira de 
Enfermagem,	v.	32,	p.	139-147,	1979.
BRASIL.	Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986.	Dispõe	sobre	a	regulamentação	do	
exercício	da	Enfermagem	e	dá	outras	providências.	Diário	Oficial	da	União,	Poder	
Executivo,	Brasília,	1986.	Disponível	em:	https://presrepublica.jusbrasil.com.br/
legislacao/128195/lei-7498-86	Acesso	em:	29	set.	2022.
BRASIL.	Lei nº 9.131, de 25 de novembro de 1995.	Altera	dispositivos	da	Lei	nº	4.024,	
de	20	de	dezembro	de	1961,	e	dá	outras	providências.	Disponível	em:	http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9131.htm.	Acesso	em:	7	out.	2022.
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LUNARDI	FILHO,	W.	D.;	MAZZILLI,a leitura 
do artigo Teorias de Enfermagem na ampliação conceitual de boas 
práticas de Enfermagem: http://twixar.me/YNMm.
DICA
As teorias de Enfermagem possibilitam a atuação profissional, com base no 
cuidado, e a associação com o conhecimento científico, auxiliando os profissionais 
da área a compreenderem e terem um melhor entendimento de vários aspectos que 
interferem no cuidado do paciente.
2 TEORIA AMBIENTALISTA
A enfermeira Florence Nightingale foi reconhecida pela sua atuação profissional na 
guerra da Crimeia, em 1854, ficou conhecida popularmente como a Dama da Lâmpada 
(COREN-SP, 2021), objeto que se tornou símbolo universal da Enfermagem.
4
Durante a Guerra da Crimeia, em 1854, Florence Nightingale foi 
Enfermeira de guerra. Os soldados a transformaram em seu anjo da 
guarda porque ela ia nas enfermarias e acampamentos dos batalhões 
de lanterna na mão, iluminando o caminho, para cuidar dos doentes. 
É por isso que Florence Nightingale é conhecida como a Dama da 
Lâmpada (COREN-SP, 2021).
Ao retornar para casa, quatro meses depois do término da guerra, Florence 
foi recebida como uma heroína, com reconhecimento internacional pela sua atuação 
profissional com os soldados durante a guerra.
Figura 1 – Florence Nightingale
Fonte: http://twixar.me/VNMm. Acesso em: 25 set. 2022.
Em 1859, surgiu a Teoria Ambientalista, criada por Florence Nightingale (PADILHA; 
MANCIA, 2005), que se refere ao meio em que se vive como “Todas as condições e 
influências externas afetam a vida e o desenvolvimento do organismo são capazes de 
prevenir, suprimir ou contribuir para a doença e a morte” (MEDEIROS; ENDERS; LIRA, 
2015, p. 522).
Alguns aspectos gerais da Teoria Ambientalista podem ser destacados, como:
• Um ambiente saudável é essencial para a cura.
• As janelas devem ser abertas possibilitando a entrada da luz para 
todos os ocupantes e um fluxo de ar fresco.
• Com a vestimenta adequada, pode-se manter, ao mesmo tempo, o 
paciente aquecido no leito e em ambiente muito bem arejado.
• A administração apropriada da residência interfere na cura dos 
enfermos.
• Os cuidados de Enfermagem envolvem a casa na qual o paciente 
vive e os que têm contato com ele, sobretudo os cuidadores.
• O ruído é prejudicial e perturba a necessidade de repouso do 
doente.
5
• Alimentação nutritiva, leitos e roupas de cama apropriadas e 
higiene pessoal do indivíduo são essenciais.
• A limpeza previne a morbidade.
• Com o ambiente limpo o número de casos de infecção diminui.
• Todas as condições e influências externas que afetam a vida e 
o desenvolvimento de um organismo são capazes de prevenir, 
suprimir ou contribuir para a doença e a morte (MEDEIROS; 
ENDERS; LIRA, 2015, p. 522).
Florence traz, na sua teoria, como principais fatores envolvidos no cuidado em 
saúde: o paciente, ambiente e o profissional de saúde. 
“O meio ambiente foi por ela definido como tudo aquilo que cerca ou que 
envolve os seres vivos, sendo as condições externas que exercem influência na vida e 
no desenvolvimento das pessoas, favorecendo meios de prevenção e contribuindo para a 
saúde ou para a doença” (SCHAURICH; MUNHOZ; DALMOLIN, 2020, p. 14).
Cabe ao profissional de Enfermagem manter o equilíbrio entre esses fatores, 
trazendo o aspecto de liderança nas condutas a serem tomadas para o tratamento do 
paciente.
Acadêmico, sugerimos a leitura do livro Enfermagem – História de uma profissão, de Maria 
Itayra Padilha e Miriam Süsskind Borenstein.
DICA
Figura – Enfermagem – História de uma profissão
Fonte: http://twixar.me/NNMm. Acesso em: 1 jun. 2021.
Atualmente, uma homenagem importante é o Dia da Enfermagem, no qual é 
ressaltado o termo anjos, que faz referência à Florence e a como ela ficou popularmente 
conhecida durante a guerra da Crimeia:
6
Dia 12 de maio é comemorado o Dia Mundial do Enfermeiro. A data 
é celebrada em homenagem a Florence Nightingale, um marco 
da Enfermagem que ficou conhecida como a Dama da Lâmpada, 
por percorrer os leitos de soldados durante a noite em tempos de 
guerra. Ela foi a fundadora da primeira Escola de Enfermagem da 
Inglaterra, no Hospital Saint Thomas, em 1859. No Brasil, em 20 
de maio comemora-se o Dia Nacional dos Técnicos e Auxiliares 
de Enfermagem, na data do falecimento de Ana Neri, a primeira 
enfermeira voluntária do País. Assim como a europeia, ela deu nome 
à primeira Escola de Enfermagem oficializada pelo Governo Federal, 
em 1923. Enfermagem é a arte de cuidar do ser humano, protegendo, 
prevenindo e tratando da reabilitação e recuperação da saúde de 
todos. A coluna Presença de hoje estampa os profissionais do corpo 
de Enfermagem da Irmandade de Santa Casa de Misericórdia, que 
é um dos hospitais referência em tratamento do novo coronavírus 
na cidade, além de profissionais da Unidade Pré-hospitalar da Zona 
Leste (GARCIA, 2020, s. p.).
Em 13 de agosto de 1910, Florence Nightingale faleceu em Londres, com 
90 anos de idade. Antes de falecer, ela ficou em tratamento domiciliar e repouso 
absoluto no leito, tendo sido acometida por febre tifoide e sérias complicações, 
o que a levou ao óbito. 
3 TEORIA DO AUTOCUIDADO 
Entre os anos de 1959 e 2001, Dorothea Orem desenvolveu a teoria de 
Enfermagem do Autocuidado ou o Modelo Orem de Enfermagem, com relevância para 
a atuação dos enfermeiros, por trazer conceitos gerais aplicáveis a todas as instâncias 
de Enfermagem (GONZALO, 2021), independentemente da atuação profissional do 
enfermeiro.
Figura 2 – Dorothea Orem
Fonte: https://quien.net/dorothea-orem/. Acesso em: 25 set. 2022.
https://quien.net/dorothea-orem/
7
A teoria de Dorothea Orem integra três teorias inter-relacionadas: a do 
autocuidado, a do déficit de autocuidado e a dos sistemas de Enfermagem.
Figura 3 – Relação das teorias de Dorothea Orem
Fonte: as autoras
No Quadro 1, veremos a classificação das teorias de Orem, enfatizando a 
importância do autocuidado com as suas três classificações. 
Quadro 1 – Classificação das teorias de Orem
Teoria do déficit do autocuidado
Autocuidado individual.
Reflexão do autocuidado relacionado à saúde.
Teoria do autocuidado
Enfermagem é indispensável.
Teoria generalista. 
Teoria dos sistemas de Enfermagem
Déficit de autocuidado do paciente.
Ênfase nos cuidados de Enfermagem.
Fonte: as autoras
Segundo Bub et al. (2006), a teoria do autocuidado destaca:
O tema do Cuidado de si mesmo foi abordado de forma específica 
durante o curso ministrado no Collège de France nos anos de 1981 
e 1982, e publicado no Brasil sob o nome de “A hermenêutica do 
sujeito”. Para poder fazer uma aproximação a este tema é importante 
não esquecer que o pensamento de seu autor, no momento da sua 
produção, está atravessado por dois conceitos que organizam sua 
obra, o de biopoder e o de biopolítica (BUB et al., 2006, p. 153).
8
Acadêmico, sugerimos a leitura do artigo Metodologia do cuidar em 
Enfermagem na abordagem fenomenológica, para aperfeiçoar os seus 
conhecimentos: http://twixar.me/cNMm.
DICA
O Quadro 2 descreve a concepção de um plano de cuidado de Enfermagem, que 
visa ao autocuidado. 
Quadro 2 – Plano de cuidado de Enfermagem
Diagnóstico de 
Enfermagem
Plano Intervenção Evolução
Adaptação 
prejudicada
relacionada ao 
sistema de
suporte 
inadequado
Meta
Levar a paciente a 
adaptar-se a sua 
nova situação.
Orientar a 
paciente sobre a 
aceitação de sua 
gravidez por meio 
do diálogo, e dar 
apoio quanto à 
mudança no seu 
padrão de vida, 
com uma melhor 
aceitação para o 
novo colégio.
A paciente tem 
aceitado a sua 
gravidez; já 
frequenta 
as aulas no 
novo colégio, 
relaciona-se com 
novos colegas e 
pensa concluir 
seu curso 
secundário.
Objetivos
Dar condições a uma 
melhor adaptação da 
gravidez da paciente 
e a sua mudança de 
colégio.
Sistema de 
Enfermagem
De apoio-educação.
Método Orientação e apoio.
Distúrbio do 
padrão do 
sono
relacionado a 
alterações
sensoriais 
internas
Meta
Promover sono e 
repouso adequado às 
suas necessidades 
fisiológicas.
Orientar eC.	O	processo	de	enfermagem	na	área	de	enfermagem:	
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128
129
SISTEMATIZAÇÃO 
DA ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM E PRÁTICA 
BASEADA EM EVIDÊNCIA
UNIDADE 3 — 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
 A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer o processo da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) com 
base nas evidências científicas;
• entender as principais classificações de Enfermagem, assim como a aplicação 
da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) e da SOAP 
(acrônimo para os métodos Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano);
• conhecer a NANDA-I, principal fundamentação científica internacional para a 
construção dos diagnósticos de Enfermagem.
 A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de 
reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E PRÁTICA BASEADA 
EM EVIDÊNCIA
TÓPICO 2 – PRINCIPAIS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO E TAXONOMIAS – NANDA, NIC, 
NOC
TÓPICO 3 – CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRÁTICA DE ENFERMAGEM
 (CIPE®) E SOAP (SUBJETIVO, OBJETIVO, AVALIAÇÃO E PLANO)
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
130
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 3!
Acesse o 
QR Code abaixo:
131
TÓPICO 1 — 
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA 
DE ENFERMAGEM (SAE) E PRÁTICA 
BASEADA EM EVIDÊNCIA
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
No decorrer dos nossos estudos, foi possível perceber o quanto a Sistematização 
da Assistência a Enfermagem (SAE) é impactante nas atividades desenvolvidas no dia a 
dia do enfermeiro. Todo o conhecimento sempre está em estado de desenvolvimento e 
aprimoramento na sociedade, o que implica a possibilidade de identificarmos, na prática, 
algumas atitudes desvinculadas dos achados científicos (DOMENICO; IDE, 2003). 
Avanços tecnológicos simulam obtenções ao processo de cuidar e à prática 
profissional do enfermeiro, e exigem novas atitudes, comportamentos e formas de 
pensar e ser (PEDROLO, 2009). “Na Enfermagem, seu pilar de sustentação é a utilização 
de resultados de pesquisas na prática profissional” (PEDROLO, 2009, p. 761).
Neste tópico, veremos algumas reflexões sobre a SAE e a prática baseada em 
evidência. 
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura do artigo 
Construção de hipermídia para apoio ao ensino da sistematização da 
assistência de Enfermagem: http://twixar.me/QsMm. 
DICA
2 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
(SAE)
A SAE tem sido utilizada, em algumas instituições de saúde, como uma 
metodologia assistencial, realizada por meio do Processo de Enfermagem (PE), o qual, 
por sua vez, pode ser entendido como a aplicação prática de uma teoria de Enfermagem 
na assistência aos pacientes (HERMIDA; ARAÚJO, 2006).
Embora o PE tenha sido implantado no Brasil desde a década de 1970, por Wanda 
de Aguiar Horta, somente em 2002 a SAE recebeu o apoio legal do Conselho Federal 
de Enfermagem (Cofen), a partir da Resolução nº 272/2002, que foi implementada em 
âmbito nacional nas instituições de saúde brasileiras.
132
Figura 1 – Wanda de Aguiar Horta
Fonte: http://twixar.me/6sMm. Acesso em: 29 set. 2022.
Para aprofundar seu conhecimento leia a Resolução Cofen nº 
272/2002: suas atribuições legais e regimentais. Disponível em: 
http://twixar.me/5sMm.
DICA
Segundo Melleiro et al. (2001), a elaboração desses instrumentos pode ser uma 
construção coletiva, realizada com todos os membros da equipe de Enfermagem. Essa 
forma de criação em equipe pode representar um meio de viabilizar a execução do 
processo. Padronizar e elaborar os instrumentos em equipe proporciona a possibilidade 
de adaptações, quando necessário. 
A organização do cuidado foi descrita de forma onde os estudos de casos 
foram relatos do ano de 1929 e após 1945, estes deram lugar aos planos de cuidados 
considerados as primeiras expressões do processo de Enfermagem (TANNURE, 2008).
Segundo Santana et al. (2000), o processo de Enfermagem é um paradigma 
científico, sem outra alternativa até o momento atual de que a Enfermagem deve lançar 
mão para ser reconhecida e consolidada. 
Consideramos a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) 
como todo o planejamento registrado da assistência que abrange, 
desde a criação e implantação do manual de normas e rotinas das 
unidades à descrição padronizada dos procedimentos técnicos até, 
finalmente, a adoção do PE (AQUINO; LUNARDI FILHO, 2004, p. 61).
A SAE é todo o planejamento de assistência e traz consigo, a implementação e 
criação de normas e rotinas das unidades, onde a padronização de escrito dos prontuários, 
o registro de Enfermagem e até a implementação (NEVES, 2020).
133
A aplicação da SAE, proporciona ao profissional enfermeiro uma melhora 
significativa na qualidade da assistência prestada ao paciente, permitindo o 
reconhecimento e a valorização da profissão (OLIVEIRA et al., 2019).
“Os instrumentos de implantação e implementação da SAE para a organização do 
cuidado de Enfermagem são aqueles recursos materiais necessários para que se possa 
aplicar uma metodologia de trabalho” (NEVES, 2020, p. 25).
Segundo Schmidt e Duncan (2003), devido a inúmeras inovações na área da 
saúde, a tomada de decisão dos enfermeiros necessita estar pautada em princípios 
científicos, a fim de selecionar a intervenção mais adequada para a situação específica 
de cuidado, uma vez que existem contestações entre esperar que esses avanços 
tenham resultados positivos e em como, de certa forma, podemos garantir a melhor 
funcionabilidade do atendimento ao paciente.
Isso quer dizer que os enfermeiros precisam organizar o cuidado a 
partir de um pensamento crítico, metodológico e sistematizado, 
de certa forma, organizado em etapas que estão internamente 
relacionadas, com passos ou fases que se complementam, além 
de ser, também, necessário ter profissionais de Enfermagem 
(enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem) suficientes em 
quantidade e qualidade para dar continuidade nesse processo de 
trabalho (NEVES, 2020, p. 25).
A organização da SAE requer a utilização de alguns instrumentos de trabalho, 
descritos a seguir:
• Formulários para desenvolver as etapas do PE.
• Prontuário eletrônico ou manual.
• Protocolos assistenciais de cuidados.• Procedimentos operacionais padrões.
• Manual de rotinas (NEVES, 2020, p. 25).
Segundo Neves (2020), de modo a facilitar o entendimento e o aprendizado 
acerca do tema da SAE, podemos considerar a estrutura do filtro d’água. Nessa 
estrutura, a SAE é representada pela água, que é essencial para a vida, assim como 
a SAE é para a assistência de Enfermagem, enquanto a vela, que faz o processo de 
filtragem, é o instrumento de dimensionamento. Assim, ambas são as estruturas básicas 
necessárias que proporcionam o funcionamento de todo o filtro, uma vez que se 
conectam ao método científico, compreendido pelo compartimento que comporta a 
água e faz todo o suporte das outras estruturas; a água que sai pela torneira significa o 
Processo de Enfermagem (PE), o qual é canalização da SAE para a assistência direta ao 
paciente, conforme demonstrado na Figura 2.
134
Figura 2 – Filtro d’água como estrutura para analogia à SAE
Fonte: Neves (2020, p. 28)
No sentido de validar conhecimentos e produzir evidências que subsidiem sua 
aplicação dos instrumentos como a SAE e o PE, surge a necessidade de pesquisas 
que comprovem a efetividade das intervenções atuais, tornando-as mais confiáveis 
(PEDROLO, 2009).
3 PRÁTICAS DE ENFERMAGEM BASEADA EM EVIDÊNCIA
Conforme Sackett et al. (2003), as melhores evidências de estudos clínicos sobre 
a precisão dos exames diagnósticos com o exame clínico demonstram uma eficácia 
na segurança dos esquemas terapêuticos, cuja evidência da qualidade é “praticar com 
base em evidências é integrar as melhores evidências de pesquisa à habilidade clínica do 
profissional e à preferência do paciente” (SACKETT et al., 2003, p. 103).
Segundo Galvão, Sawada e Rossi (2002), a Enfermagem baseada em evidência 
tem a sua origem no movimento da medicina baseada em evidências, no qual é explicito e 
criterioso o uso da melhor evidência para tomar decisões sobre o cuidado individual do 
paciente. 
“A Enfermagem baseada em evidências requer habilidades que não são 
tradicionais na prática clínica, pois exige identificar as questões essenciais nas tomadas 
de decisão, buscar informações científicas pertinentes à pergunta e avaliar a validade 
das informações” (DOMENICO; IDE, 2003, p. 115).
135
Para Cruz e Pimenta (2005), evidência é algo que fornece provas, podendo ser 
a evidência categorizada em níveis (Figura 3).
Figura 3 – Níveis de força de evidências
Fonte: adaptada de Cruz; Pimenta (2005)
“A Enfermagem ainda não dispõe de pesquisas em quantidade e com as 
características necessárias para sustentar a prática baseada em evidências” (GALVÃO; 
SAWADA; ROSSI, 2002, p. 690).
Conforme visto, a Enfermagem é baseada em evidência e, a partir dela, podemos 
construir a SAE. Na prática realizada pelo profissional enfermeiro, primeiramente, 
devemos avaliar quais informações podem ser utilizadas para a elaboração da SAE. 
A primeira etapa da elaboração da SAE consiste na coleta de dados do paciente. 
Para tanto, podemos utilizar vários modelos de formulários, desde que apresentem as 
informações necessárias sobre o paciente, como dados de identificação, escolaridade, 
condições socioeconômicas e informações sobre o seu quadro de saúde (Figura 4).
136
Figura 4 – Dados do paciente
Fonte: SBC (2009, p. 2)
Também é necessário ter o conhecimento sobre o histórico de vida e os 
antecedentes de saúde do paciente, sendo importante para o enfermeiro aplicar as 
informações obtidas na SAE.
137
Figura 5 – Histórico do paciente 
Fonte: SBC (2009, p. 3)
Outra etapa consiste em realizar o exame físico de Enfermagem do paciente, 
pois quanto mais informação conseguirmos obter nesse momento, melhor será a análise 
em relação a sua saúde, o que, consequentemente, facilitará a aplicabilidade da SAE.
138
Figura 6 – Exame físico 
139
140
Fonte: SBC (2009, p. 4-6)
A partir do conhecimento do modelo da SAE para a coleta de dados, precisamos 
entender, na prática, como aplicar essa sequência da SAE, utilizando como exemplo um 
caso clínico de uma paciente, identificada como I.R.B., com 93 anos de idade.
141
3.1 EXEMPLO DE CASO CLÍNICO
Inicialmente, vimos a necessidade de coletar os dados do paciente e, por 
isso, construímos um instrumento de coleta de dados (Quadro 1), de acordo com a 
necessidade da instituição de saúde, que apresenta um layout pouco diferente do que 
vimos anteriormente, porém, de forma mais completa, ou seja, é composto por algumas 
informações mais específicas do caso da paciente I.R.B. 
Quadro 1 – Instrumento de coleta de dados da paciente I.R.B.
Leito: Data da internação: / / Profissão: 
Nome completo: I.R.B. Nasc.: 13/ 06 /1923 Idade: 93 
Sexo: 
(X) F ( ) M
Diagnóstico médico: Úlcera venosa
Motivo Internação na casa asilar? Ficou viúva e a neta não teria condições de cuidar o 
tempo todo, pois trabalha e a filha já faleceu.
Alergias: ( ) sim (X) não A que?
Queixa principal no momento: Não possui
Tratamentos anteriores: Úlceras venosas, fratura no MSD
Doenças crônicas/fatores de risco: ( ) hipotensão (X) HAS ( ) DM ( ) Dislipidemia 
(X) hipotireoidismo ( ) Problemas de Coagulação ( ) Cardiopatia ( ) AVE ( ) neoplasias (X) Outros 
Qual: Úlcera venosa anterior
( ) tabagismo ( ) etilismo (X) obesidade ( ) Outros O quê?
EXAME FÍSICO
SSVV: PA: 120/80 mmHg FC: 59 bcpm FR: 14 mrpm T°: 35 °C Dor: 0 SatO2: 97%
NEUROLÓGICO: 
Comunicação: (X) verbal ( ) não verbal ( ) dificultosa ( ) ausente ( ) impossibilitada
Estado mental: (X) acordado (X) lúcido (X) orientado ( ) sonolento ( ) torporoso 
Pupilas: (X) isocóricas (X) D / (X) E ( ) anisocoria ( ) D / ( ) E ( ) midríase ( ) D / ( ) E ( ) miose ( ) 
D / ( ) E
( X ) fotorreagente (X) D / (X) E ( ) não reagentes ( ) D / ( ) E
______________________________________________________________________
Escala de DOR: Classificação do paciente:
Localização:
Características:
Crânio: (X) sem anormalidades ( ) incisão cirúrgica ( ) drenos Tipo:
Olhos: ( ) visão normal ( ) diminuição da acuidade visual (X) óculos
142
RESPIRATÓRIO:
Respiração: (X) espontânea ( ) Cateter de O2 _____l/m ( ) Máscara de Venturi _____l/m 
( ) traqueostomia 
Expansão Torácica: (X) bilateral ( ) unilateral ( ) diminuída ( ) uso musc. acessória ( ) ausente
Tipo: (X) eupneica ( ) dispneia ( ) Taquipneia ( ) Bradipneia
Ausculta Pulmonar: (X) murmúrios vesiculares presentes (X) D / (X) E ( ) murmúrios vesicu-
lares diminuídos ( ) D / ( ) E ( ) roncos ( ) D / ( ) E ( ) sibilos ( ) D / ( ) E ( ) estertores ( ) D / ( ) E 
CARDIOVASCULAR: 
Pulso: (X) cheio ( ) fino (X) rítmico ( ) arrítmico ( ) lento ( ) acelerado ( ) dicroico 
Local de verificação: radial
Perfusão Periférica: ( ) ↓3seg (X) ↑3seg Local de verificação: mãos e pés
Acesso Venoso: ( ) acesso venoso periférico 
Local: ( ) MSE ( ) MSD ( ) jug. Externa ( ) jug. Interna ( ) Subclávia D ( ) Subclávia E 
Outros:_______________________________________________ 
Dispositivo: Data da punção: 
Flebites: ( ) não ( ) sim Local:
Batimentos cardíacos: (X) normocardia ( ) taquicardia ( ) bradicardia ( ) arritmias 
GASTROINTESTINAL: 
Dieta: (X) VO ( ) Dieta ø ( ) SNG narina ( ) D ( ) E ( ) SNE narina ( ) D ( ) E 
Tipo de dieta: ( ) pastosa ( ) líquida ( ) cremosa (X) livre ( ) com restrições alimentares 
Quais:_____________________________ 
( ) outros tipos Qual:_____________________________
Ausculta abdominal: RHA: (X)+ ( ) - ( ) hiperativos ( ) hipoativos 
Percussão: (X) timpânico ( ) hipertimpânicos (X) maciço ( ) submaciços
Local:____________________________________________________________________________________
Palpação: (X) indolor ( ) Dor à palpação local:____________________________
 (X) flácido ( ) globoso ( ) plano ( ) resistência a palpação (X) massas palpáveis Local: hérnia 
umbilical 
Boa aceitação dieta: (X) sim ( ) não Náuseas/Vômitos: ( ) sim (X) não
Eliminação Intestinal: (X) normais ( ) pouco diminuídas ( ) constipação ( ) colostomia ( ) diarreia 
nº de vezes: Aspecto:
Dificuldadedeglutição: ( ) sim (X) não Por quê? ________________________
GENITURINÁRIO: 
Controle diurese: ( ) sim (X) não
Tempo:_____________________________________________________
Micção: (X) espontânea ( ) fralda ( ) SVA nº:_____ ( ) SVD nº:____ ( ) papagaio ( ) comadre 
( ) via oropen 
Quantidade de urina drenada:__________________________________________________
Hora:__________________________________________________________________________
Características da urina:________________________________________________________
Obs.:
Alterações genitais: não observadas
143
TEGUMENTAR: 
Coloração da pele: ( ) normal ( ) hipocorada ( ) hipercorada ( ) pálida ( ) cianose total 
(X) cianose extremidades ( ) ictérico ( ) rósea ( ) acinzentada ( ) eritema 
( ) outros:____________________________ 
Localização:________________________________________
Hiperemia: (X) sim ( ) não Local: MMII esquerdo
Temperatura: (X) normotérmica ( ) hipotérmica ( ) hipertérmica ( ) pirexia ( ) febre
Turgor: (X) diminuído ( ) normal 
Local da avaliação:__________________________________________ 
Hidratação da pele: ( ) hidratrada (X) desidratada ( ) sudoreica ( ) ressecada 
Local:_______________
Pele: ( ) eritema ( ) prurido ( ) petéquia ( ) fístula ( ) equimoses ( ) presença de curativo 
( ) incisão cirúrgica ( ) pápulas ( ) escoriações 
Localização:_____________________________________ 
Lesão cutânea: (X) hematomas ( ) queimadura ( ) fissuras ( ) lesão por pressão 
( ) sim ( ) não Grau:_______ Localização:__________________________________ 
Edema: (X) sim ( ) não Local: MMII ( ) anasarca 
Hematomas: (X) sim ( ) não Local: MMSS direito e perna direita 
Presença de dreno: ( ) sim (X) não Tipo: Local:
LOCOMOTOR:
Movimentação: ( ) deambula ( ) deambula com dificuldade (X) necessita auxílio ( ) acamado
 ( ) paresia ( ) plegia ( ) hemiparesia ( ) D ( ) E ( ) hemiplegia ( ) D ( ) E ( ) cadeira de rodas
MSSE: __________________________________________________________________
MSSD: __________________________________________________________________
Força muscular: ( ) preservada (X) diminuída ( ) sem contração muscular ( ) com contração 
muscular 
Local: ____________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Posição no leito (descrever): ________________________________________________
Fonte: as autoras
Com base nas informações coletadas do instrumento, podemos descrever os 
seguintes históricos de saúde da paciente I.R.B., contendo a anamnese e o seu exame 
físico.
• Anamnese: paciente I.R.B, 93 anos, sexo feminino, cor branca, religião evangélica. É 
viúva e teve uma filha, que já faleceu, tem uma neta e três bisnetos. Em relação ao 
seu histórico de saúde, relata não possuir alergias, é hipertensa, tem hipotireoidismo 
e possui histórico de úlcera venosa. Relata que se alimenta bem e come tudo que 
é oferecido, e faz uma boa ingesta hídrica. Nas horas de lazer, gosta de assistir à 
televisão e quando recebe a visita de sua neta. 
• Exame físico: sinais vitais – pressão arterial de 120×80 mmHg; frequência cardíaca 
de 59 bcpm; frequência respiratória de 14 mrpm; temperatura de 35 °C; e escala de 
dor de 0.
• Exame neurológico: paciente lúcida, orientada quanto o tempo, espaço e lugar. 
Calma e colaborativa. Pupilas isocóricas, fotorreagentes. Sem queixa álgica. 
144
• Respiratório: eupneica. Respira em ar ambiente, ausculta pulmonar com presença 
de murmúrios vesiculares bilateralmente. Sem abaulamentos do tórax. Respiração 
torácica. Sem desvio de septo.
• Circulatório: normotensa e normocárdica. Bulhas cardíacas audíveis nos quatro focos 
cardíacos. Pulso rítmico. Perfusão periférica maior que 3 segundos em MMII e MMSS. 
• Gastrointestinal: dieta por via oral. Abdome flácido. Obesa. Ruídos hidroaéreos 
presentes. Sons timpânicos em colón ascendente, transverso e maciço no descendente. 
Abdome com massas palpáveis uma hérnia umbilical e indolor a palpação. Nega náusea 
ou vômitos. Usa prótese dentária. Nega alergias ou intolerâncias alimentares.
• Genitourinário: eliminações urinárias espontâneas feitas no banheiro. Eliminações 
intestinais ausentes no momento. Genitália não observada.
• Tegumentar: lesão no calcâneo direito. Cianose de extremidades. Textura fina e 
enrugada pela idade. Turgor da pele diminuído. MIE e MID apresentam hiperemia, 
edema, manchada e com cicatrizes de ulceras venosas anteriores. Possui hematomas 
no braço esquerdo e na perna esquerda. Ferida na reação orbicular da boca no lado 
direito.
• Locomotor: necessita de auxílio para realizar atividades diárias. Com força global 
diminuída.
Podemos observar que, pela descrição do histórico de saúde e do exame físico, 
a paciente apresenta uma idade avançada e suas condições de saúde favorecem a 
aplicação do diagnóstico de Enfermagem, conforme descrito no Quadro 2. 
O termo Diagnostico Esperado (DE) é o julgamento clínico que 
o enfermeiro faz a respeito das respostas atuais e potenciais 
do indivíduo aos seus problemas de saúde. O termo Resultado 
Esperado (RE) refere-se às medidas e às definições padronizadas 
que permitem avaliar os cuidados de Enfermagem com efetividade, 
tornando visível o impacto das suas ações. 
Fonte: http://twixar.me/3MMm. Acesso em: 29 set. 2022.
NOTA
145
Quadro 2 – Diagnósticos de Enfermagem e resultado esperado
DE: perfusão tissular periférica ineficaz relacionada a conhecimento deficiente do processo da 
doença e hipertensão, caracterizado por características da pele alteradas (cor, elasticidade, 
temperatura), edema e tempo de enchimento capilar maior que 3 segundos.
RE: a paciente melhorar a circulação periférica.
DE: risco de queda relacionada à história de quedas e idade acima de 65 anos.
RE: a paciente não apresentar quedas.
DE: integridade da pele prejudicada, relacionada à circulação prejudicada, caracterizada por 
alteração na integridade da pele.
RE: a paciente recuperar a integridade da pele.
DE: risco de integridade da pele prejudicada, relacionada à circulação prejudicada.
RE: a paciente manter a integridade da sua pele.
Fonte: as autoras
Com base no diagnóstico apresentado, faremos as intervenções de Enfermagem 
necessárias para o atendimento do paciente descrito. Observe no quadro a seguir que as 
intervenções de Enfermagem nos dão base para desenvolver a prática e o aprazamento 
de horário de nossas condutas. 
Quadro 3 – Intervenções da Enfermagem a partir do diagnóstico realizado
Intervenções de Enfermagem Aprazamento
Verificar e registrar os sinais vitais a cada 6 horas; se 
alterações, comunicar enfermeiro imediatamente.
12h; 18h; 24h; 6h.
Supervisionar a pele: observar a presença de 
hiperemia, edema, coloração e temperatura a cada 
6 horas. 
12h; 18h; 24h; 6h.
Auxiliar paciente na higiene corporal no mínimo 1 
vez por dia.
10h; 12h; 18h; 6h.
- Paciente deve realizar higiene oral após refeições.
10h; 12h; 16h; 22h.
- Passar cremes hidratantes ou óleos na pele após 
banhos.
12h; 18h; 24h; 6h.
- Passar cremes hidratantes ou óleos na pele após 
banhos.
Conforme a necessidade
- Auxiliar paciente na realização de atividades 
diária para evitar quedas.
Conforme a necessidade
Elevar membros inferiores da paciente, com auxílio 
de coxins, para facilitar circulação sempre que 
estiver deitada.
Conforme a necessidade
Realizar exercícios, pois melhoram a circulação das 
pernas.
Conforme a necessidade
Oferecer água à paciente, para que ela tenha uma 
boa ingesta hídrica.
Conforme a necessidade
Realizar mudança de decúbito a cada 2h 10h; 12h; 14h; 16h; 18h; 20h; 22h; 24h; 6h
Fonte: as autoras
146
Após conhecermos o histórico de saúde, realizarmos o diagnóstico e definirmos 
as intervenções, é necessário que o enfermeiro faça a evolução de Enfermagem, para 
que se possa ter um acompanhamento das condutas e práticas aplicadas ao caso. 
EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
• Paciente lúcida, orientadaquanto ao tempo, ao espaço e ao lugar; calma e cola-
borativa; pupilas isocóricas e fotorreagentes. 
• Eupneica, respirando em ar ambiente, ausculta pulmonar com murmúrios vesi-
culares presentes bilateralmente, expansão pulmonar simétrica e bilateral sem 
alterações no formato do tórax. 
• Normotensa, pulso rítmico, ausculta cardíaca com bulhas audíveis e rítmicas, 
perfusão periférica maior que 3 segundos. 
• Alimentação via oral; eliminações intestinais ausentes no momento; ruídos 
hidroaéreos presentes. 
• Sons timpânicos em colón ascendente, transverso e maciço no descendente. 
• Eliminações vesicais espontâneas. 
• Apresenta hiperemia em perna direita, cicatriz de úlceras venosas anteriores nos 
membros inferiores, ferida na região orbicular da boca no lado D, manchas senis, 
lesão no calcâneo D, hematomas no braço e pernas e hérnia umbilical. 
• Necessita de auxílio, força global motora diminuída.
Após concluída essa etapa, a paciente é encaminhada para atendimento 
médico, sendo a úlcera venosa o desfecho do diagnóstico médico do caso clínico. A 
seguir, estudaremos a fisiopatologia da doença e a sua abordagem terapêutica de forma 
mais detalhada. 
3.2 FISIOPATOLOGIA DA ÚLCERA VENOSA
As úlceras podem apresentar diversas etiologias, podendo ocorrer em pacientes 
com diabetes, insuficiência venosa, insuficiência arterial ou por contato prolongado com 
superfície rígida. Tais ulcerações tornam-se crônicas após um determinado período e 
não apresentam resolução (CUZZELL, 2003).
Trata-se de feridas abertas e profundas nos membros inferiores, em geral, 
pouco dolorosas, que demoram muito a cicatrizar; sua localização se dá, principalmente, 
sobre os ossos dos tornozelos e, gradativamente, aumenta de tamanho. Aparecem 
acompanhadas de varizes, edema e manchas acastanhadas nas pernas, podendo 
haver, ainda, inflamação com hiperemia e presença de secreção purulenta. Também é 
comum existirem áreas de alergias ao redor das feridas (CUZZELL, 2003).
147
O sistema venoso dos membros inferiores é composto pelas veias superficiais 
(localizado acima da musculatura dos membros inferiores), profundas (entre a musculatura) 
e perfurantes (responsáveis pela comunicação entre os dois). Os sistemas venosos 
são compostos por válvulas bicúspides unidirecionais, promovendo o fluxo sanguíneo 
apenas para a direção cefálica e prevenindo o refluxo de sangue (CUZZELL, 2003).
O sangue é direcionado da perna para o coração, pela ação de bomba dos músculos 
da perna. Com a deambulação, os músculos da panturrilha contraem, comprimindo o 
sistema venoso profundo e impulsionando o sangue para direção cefálica. Com a queda da 
pressão no sistema nervoso profundo, as válvulas fecham, prevenindo um fluxo retrógado e o 
aumento da pressão no sistema venoso superficial (CUZZELL, 2003).
Com o relaxamento da musculatura da panturrilha, há o esvaziamento do 
sistema venoso profundo e, consequentemente, uma queda da pressão, promovendo 
abertura de válvulas que direcionam o fluxo do sistema superficial ao profundo. Nos 
pacientes com insuficiência venosa, durante a deambulação, não há a diminuição da 
pressão no sistema venoso profundo, ocasionando um aumento da pressão no local 
e, consequentemente, uma transmissão desse aumento para o sistema venoso dos 
membros inferiores, causando, então, o acúmulo de sangue nessa região, porque 
o sistema não consegue um refluxo suficiente e necessário para manter uma boa 
circulação nos membros inferiores (CUZZELL, 2003).
3.2.1 Tratamento farmacológico da úlcera venosa
No tratamento da úlcera venosa, o médico poderá adotar, em sua conduta, o 
uso de vários tipos de fármacos, como descrito no Quadro 4. 
Quadro 4 – Tratamento farmacológico da úlcera venosa
Medicamento Cuidados de enfermagem
Levotirixina
Classe terapêutica hormônio tireoidiano 
sintético, seu efeito principal é 
aumentar a taxa metabólica nos tecidos 
orgânicos. Indicada como terapia 
de reposição ou suplementação no 
hipotireoidismo. Contraindicada em 
infarto recente e insuficiência adrenal 
não tratada (FERREIRA et al., 2016).
• Atentar para frequência do 
pulso, caso esteja maior 
que 100 bcpm em repouso, 
suspender medicação.
• Avaliar resposta clínica 
durante terapia.
• Instruir paciente a tomar 
a medicação exatamente 
conforme recomendado 
(todos os dias sempre no 
mesmo horário).
148
Alendronato
Fármaco usado para profilaxia da 
osteoporose, derivado do bifosfonado. 
Inibe a reabsorção óssea, por meio 
da ação dos osteoclastos ou seus 
precursores, diminuindo a velocidade 
de reabsorção óssea, acarretando 
aumento indireto da densidade mineral 
óssea (FERREIRA et al., 2016). Indicado 
para prevenção e/ou tratamento 
da osteoporose em mulheres após 
a menopausa. Contraindicado em 
distúrbios da motilidade esofágica, 
pacientes permanentemente acamados 
(FERREIRA et al., 2016).
Administrar nos horários 
adequados.
Citolopram
Antidepressivo, inibidor seletivo da 
recaptação da serotonina nos neurônios 
pré-sinápticos. Indicado no tratamento 
da depressão e para a prevenção 
de recaída ou de recorrência, no 
tratamento do transtorno do pânico e 
do transtorno obsessivo-compulsivo 
(TOT). Contraindicado uso concomitante 
com inibidores da monoamina oxidase 
(MAO) ou 2 semanas da sua suspensão 
(FERREIRA et al., 2016).
• Questionar se paciente tem 
glaucoma.
• Atentar para pacientes com 
insuficiência hepática, pode 
produzir piora.
• Os comprimidos devem ser 
ingeridos com água sem 
serem mastigados.
Omeprazol
Da categoria terapêutica dos inibidores 
de bomba de prótons, antiúlcera 
péptica, derivado benzimidazólico. Seu 
mecanismo de ação inibe a bomba 
de prótons, resultando no bloqueio a 
etapa final da secreção ácida gástrica 
(FERREIRA et al., 2016).
Indicado no tratamento de ulceras 
duodenal ativa, úlcera gástrica benigna 
ativa, tratamento de gastrite, esofagite 
erosiva. Contraindicado nos casos 
em casos de insuficiência hepática 
(FERREIRA et al., 2016).
• Informar ao paciente as reações 
adversas mais frequentes 
(principalmente a diarreia e 
sobre a chance de ocorrer 
alopecia); deve-se informar o 
médico.
• Pode causar boca seca: em 
caso de ocorrências, indica-se 
enxágues orais frequentes e 
boa higiene oral.
• Deve ser administrada antes 
das refeições, em jejum.
As cápsulas não devem ser 
maceradas ou mastigadas, 
mas engolidas inteiras.
Losartana
Anti-hipertensivo antagonista do 
receptor da angiotensina II. Bloqueia 
os efeitos vasoconstritor e secretor de 
aldosterona da angiotensina II. Interage 
de forma reversível com receptores AT1. 
Indicado para tratar hipertensão arterial, 
nefropatia diabética em pacientes com 
DM 2 e com história de HAS, redução 
do risco de acidente vascular encefálico 
(AVE). Contraindicado em casos de 
hipersensibilidade; em disfunção renal 
ou hepática, usar cuidadosamente e de 
hipotensão (FERREIRA et al., 2016).
• Avaliar: hipotensão e 
desequilíbrio hidroeletrolítico.
• Monitorar pressão arterial.
• Pode ser administrado com ou 
sem alimentos.
149
Furosemida
Sua classificação é dos diuréticos de alça, 
e inibe o cotransportador de Na/K/CL, 
inibindo a reabsorção de sódio e cloreto 
na porção espessa da alça ascendente, 
ocorrendo o aumento de excreção de 
água, sódio, cloreto, magnésio e cálcio 
(FERREIRA et al., 2016).
Indicada no tratamento do edema 
associado à insuficiência cardíaca 
congestiva, à hepatopatia ou à 
nefropatia. Pode ser utilizada no 
tratamento da hipertensão arterial 
isoladamente ou em combinação com 
anti-hipertensivos. Contraindicada 
em insuficiência renal aguda que 
não responde a doses altas e 
hipersensibilidade aos componentes da 
fórmula (FERREIRA et al., 2016).
• Informar paciente sobre as 
reações mais frequentes: 
zumbido, dor abdominal, dor 
de garganta e febre.
• Monitorar, durante a terapia, 
o balanço hídrico, o peso, a 
hidratação, a função hepática 
e a glicose em pacientes 
diabéticos.
• Avaliar sinais de hipocalemia 
(fraqueza e cãibras 
musculares).
• Evitar o uso se o pacienteapresentar oligúria. 
• Não misturar com outros 
fármacos, como a dopamina, 
fluconazol, gentamicina, 
dobutamina etc.
Tamarine
É indicado para o tratamento 
sintomático da constipação intestinal 
crônica e secundária; preparação para 
os exames radiológicos e endoscópicos. 
É contraindicado nas retocolites e 
doença de Crohn, síndromes dolorosas 
abdominais de causa desconhecida. 
Hipersensibilidade a qualquer um dos 
componentes da fórmula.
• O uso deve ser feito com 
cautela e, por isso, 
recomenda-se apenas até que 
haja o alívio dos sintomas da 
constipação intestinal.
• O medicamento não deve ser 
partido, aberto ou mastigado.
Óleo Dersani
É um gel hidratante, destinado ao 
tratamento de feridas. Indicado no 
auxílio à cicatrização de feridas secas, 
periféricas ou profundas, com ou sem 
infecção, com necrose ou esfacelo, 
causadas por: úlceras venosas, arteriais 
e por pressão, queimaduras de primeiro 
e segundo grau (de pequena extensão 
com perda parcial ou total de tecidos) e 
áreas pós-trauma. Também usado como 
prevenção.
• Passar na pele sempre com a 
ferida limpa.
• Passar sempre após a troca do 
curativo.
Flavenos
Tratamento das manifestações da 
insuficiência venosa crônica dos 
membros inferiores. Tratamento dos 
sintomas funcionais relacionados 
à insuficiência venosa do plexo 
hemorroidário. Não deve ser utilizado por 
pacientes com hipersensibilidade aos 
componentes da fórmula.
• Administrar medicação 
nas refeições, para evitar 
problemas no trato 
gastrointestinal. 
• O medicamento não deve ser 
partido, aberto ou mastigado. 
Loratadina
Anti-histamínico, antagonista do 
receptor H1 da histamina, reduzindo 
seu efeito. Indicado para o alívio dos 
sintomas nasais e não nasais da renite 
alérgica sazonal, tratamento da urticária 
idiopática crônica. Contraindicado em 
casos de hipersensibilidade, glaucoma, 
úlcera péptica, crise asmática (FERREI-
RA et al., 2016).
Deve ser administrado 1 hora 
antes ou 2 horas após as 
refeições.
150
Amiodarona
Classe dos antiarrítmicos, classe III, 
indicada no tratamento de fibrilação 
ventricular recorrente, potencialmente 
letal ou de taquicardia supraventricular 
refratária a outros agentes 
antiarrítmicos. Contraindicada nos 
casos de disfunção grave do nó sinusal, 
bloqueio atrioventricular (AV) 2º ou 3º, 
bradicardia, ICC, disfunção tireoidiana 
(FERREIRA et al., 2016)
• Atentar para distúrbios visuais.
• Observar se paciente 
apresenta pneumonia, 
dispneia, tosse não produtiva 
e pleurite.
• Recomenda-se o uso de 
protetores solares, para 
prevenção de reações de 
fotossensibilidade.
• Pode causar tontura.
Dipirona 
sódica
Atua como analgésico e antitérmico, 
indicada no tratamento das 
manifestações dolorosas e febre. Seu 
efeito antitérmico e analgésico é devido 
à ação periférica e central, sendo seu 
efeito anti-inflamatório relacionado 
à inibição da COX-2 (FUCHS; 
WANNMACHER, 2010).
• Perguntar se o paciente não 
é alérgico à dipirona e ao 
buscopam.
• Deve ser administrado 
lentamente e diluído, 
pois causa ardência na 
administração.
• Observar sinais de reação 
alérgica. 
• Monitorar pressão arterial; 
pode causar hipotensão 
isolada.
Captopril
Como anti-hipertensivo, inibe 
competitivamente a enzima conversora 
da angiotensina (ECA), diminuindo, 
assim, a conversão da angiotensina I 
em angiotensina II, que é um potente 
vasoconstritor. A queda da angiotensina 
II leva a aumento na atividade da renina 
plasmática e a uma diminuição da 
secreção da aldosterona, levando a um 
pequeno aumento de potássio e sódio 
e a uma maior eliminação de líquidos; 
inibidores da ECA reduzem a resistência 
arterial periférica e podem ser mais 
efetivos em hipertensão com renina alta 
(FUCHS; WANNMACHER, 2010).
• Medir rotineiramente a 
pressão arterial.
• Cuidado com exercícios e 
exposição ao sol, pelo risco 
de desidratação e queda de 
pressão.
• Orientar o paciente a ingerir 
bastante líquidos. 
• Não usar substitutos do sal.
Clonazepam
Antiepilético; anticonvulsivante. 
Age como depressor do sistema 
nervoso central. Acredita-se que 
aumenta ou facilita a ação do ácido 
gama-aminobutírico (GABA), que é 
o maior neurotransmissor inibidor 
do sistema nervoso central (FUCHS; 
WANNMACHER, 2010).
• Monitorar a função renal.
• Administrar medicação 
nas refeições, para evitar 
problemas no trato 
gastrointestinal.
• Orientar o paciente a não 
dirigir e não praticar atividades 
que exijam muita atenção.
• Orientar o paciente que o 
medicamento pode causar 
dependência.
151
Quetiapina
Antipsicótico seu mecanismo não é 
bem compreendido. Provavelmente, 
tem efeito antipsicótico por bloqueio 
dos receptores da serotonina e da 
dopamina no sistema nervoso central 
(FUCHS; WANNMACHER, 2010)
• Não ingerir bebida alcoólica. 
• Cuidado ao dirigir ou executar 
tarefas que exijam atenção.
• Pacientes com tendência 
suicida devem ser 
supervisionados e não ter 
acesso a grandes quantidades 
do produto. 
• Checar, periodicamente, 
exame oftalmológico, para 
detectar eventual catarata.
Varfarina
Anticoagulante, inibe a síntese de fatores 
de coagulação dependentes de vitamina 
K. Não tem ação sobre trombos já 
formados (FUCHS; WANNMACHER, 2010).
• Orientar o paciente a 
descontinuar o uso se 
houver qualquer sinal de 
sangramento ou tendências 
de alergias, bem como 
mostrar sinais de necrose na 
pele ou de outros tecidos.
• Orientar o paciente que o 
medicamento pode alterar a 
cor da urina.
• Orientar o paciente a manter 
uma dieta balanceada, 
evitando alimento rico em 
vitamina K. 
• Orientar a evitar prática de 
esportes ou de atividades 
sujeitas de traumas ou 
acidentes; podem ocorrer 
sangramentos intensos nos 
ferimentos.
Osteofix
Deve ser utilizado em casos em que 
há dietas restritivas e inadequadas de 
cálcio e colecalciferol (vitamina D), por 
pessoas que apresentam deficiência 
destes componentes no organismo, para 
prevenção e tratamento da osteoporose 
(FUCHS; WANNMACHER, 2010).
Administrar medicação nas 
refeições para evitar problemas 
no trato gastrointestinal.
Colírio 
latanoprosta
É indicado para a redução da pressão 
intraocular elevada em pacientes 
com glaucoma de ângulo aberto e 
hipertensão ocular. A substância 
ativa latanoprosta é um análogo da 
prostaglandina F2, um agonista seletivo 
do receptor prostanoide FP, que reduz 
a pressão intraocular, aumentando 
a drenagem do humor aquoso, 
principalmente pela via uveoescleral e 
também da malha trabecular (FUCHS; 
WANNMACHER, 2010).
• Orientar o paciente que, 
após o uso, a visão pode 
ficar embaçada por alguns 
minutos.
• Orientar o paciente a usar com 
as mãos limpas; se houver 
secreção nos olhos, deve-se 
limpar antes.
• Orientar o paciente sobre a 
utilização de dois colírios; 
deve-se esperar 5 minutos 
entre as aplicações.
152
Loção 
Drenison 
Usado no tratamento de inflamações 
e alergias na pele associadas a 
infecções. Os efeitos anti-inflamatórios 
resultam da diminuição da formação, 
da liberação e da atividade de 
mediadores inflamatórios, reduzindo 
as manifestações iniciais do processo 
inflamatório (FUCHS; WANNMACHER, 
2010).
Corticosteroides promovem ação 
vasoconstritora pela reversão 
da dilatação e pelo aumento da 
permeabilidade vascular, diminuindo 
o extravasamento sérico, o edema 
e o desconforto. As propriedades 
imunossupressoras diminuem 
as respostas às reações de 
hipersensibilidade imediatas e tardias 
(FUCHS; WANNMACHER, 2010).
• Orientar o paciente que o uso 
da medicação pode causar 
prurido, irritação, secura da 
pele, dermatite de contato 
alérgica, queimadura, foliculite 
ou alterações na pigmentação 
da pele. 
• Orientar como usar. 
Plasil
Estimula a motilidade no trato gastrin-
testinal superior. Aumenta a pressão no 
esfíncter esofagiano inferior. Acelera o 
esvaziamento do estômago e aumenta 
o trânsito intestinal. Os efeitos contra 
o vômito se devem por antagonizar 
receptores centrais e periféricos da do-
pamina (FUCHS; WANNMACHER, 2010).
Orientar quanto a:fadiga, 
sonolência, náuseas, diarreia 
e incapacidade de se manter 
parado.
Fonte: adaptado de Ferreira et al. (2016); Fuchs; Wannmacher (2010); http://twixar.me/TMMm. 
Acesso em: 10 out. 2022. 
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura do artigo 
Sistematização da assistência de Enfermagem: vislumbrando um 
cuidado interativo, complementar e multiprofissional, disponível em: 
http://twixar.me/ScMm. 
DICA
Caro acadêmico, conhecemos a SAE e exemplificamos a atuação do enfermeiro 
com um caso clínico na íntegra, contemplando todo o processo de Enfermagem que 
deve ser aplicado na atuação com o paciente. 
153
Neste tópico, você aprendeu:
• As etapas da SAE são importantes para a realização do diagnóstico de Enfermagem de 
um paciente.
• A partir da elaboração da coleta de dados do paciente, é possível realizar um exame 
físico de Enfermagem e um diagnóstico detalhado de sua patologia.
• Após a realização da SAE, o paciente é encaminhado para o diagnóstico médico e sua 
conduta terapêutica. 
• Foi explorado, como exemplo, como funciona a fisiologia de um diagnóstico de 
úlcera venosa, de forma detalhada, e quais fármacos podem ser utilizados para o 
restabelecimento do quadro clínico de um paciente com essa doença.
RESUMO DO TÓPICO 1
154
1 A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) tem sido utilizada em algumas 
instituições de saúde como uma metodologia assistencial, por meio do Processo de 
Enfermagem (PE), o qual, por sua vez, pode ser entendido como a aplicação prática 
de uma teoria de Enfermagem na assistência aos pacientes (HERMIDA; ARAÚJO, 
2006). Sobre a autora que introduziu a SAE, no Brasil, na década de 1970, assinale a 
alternativa CORRETA:
Fonte: HERMIDA, P. M. V.; ARAÚJO, I. E. M. Sistematização da assistência de Enfermagem: subsídios para 
implantação. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 59, p. 675-679, 2006.
a) ( ) Wanda de Aguiar Horta.
b) ( ) Florence Nightingale.
c) ( ) Dorothea Orem.
d) ( ) Callista Roy.
e) ( ) Myra Levine.
2 Leia o texto a seguir:
“Isto quer dizer que os enfermeiros precisam organizar o cuidado a partir de um 
pensamento crítico, metodológico e sistematizado, de certa forma, organizado em etapas 
que estão internamente relacionadas, com passos ou fases que se complementam, 
além de ser, também, necessário ter profissionais de Enfermagem (enfermeiros, técnicos 
e auxiliares de Enfermagem) suficientes em quantidade e qualidade para dar continuidade 
nesse processo de trabalho” (NEVES, 2020, p. 25). 
Fonte: NEVES, R. de S (org.). Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE: guia para o cuidado 
organizado. Quirinópolis: Editora IGM, 2020. 356p. Disponível em: https://editoraigm.com.br/wp-content/
uploads/2021/01/Livro-SAE-Rinaldo-v2.pdf. Acesso em: 3 set. 2022.
Os formulários, para desenvolver as etapas de PE, o prontuário eletrônico ou manual, 
os protocolos assistenciais de cuidados, os procedimentos operacionais padrões e o 
manual de rotinas fazem parte de qual instrumento da atividade de Enfermagem?
3 Segundo Neves (2020), para facilitar o entendimento e o aprendizado acerca do 
tema da SAE, podemos utilizar como exemplo a estrutura de um filtro d’água. Nesse 
sentido, pensando na sequência demonstrada no exemplo do filtro d’água, quando 
comparado com a SAE, assinale a alternativa CORRETA:
Fonte: NEVES, R. de S (org.). Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE: guia para o cuidado organi-
zado. Quirinópolis: Editora IGM, 2020. 356p. Disponível em: http://twixar.me/vsMm. Acesso em: 3 set. 2022.
AUTOATIVIDADE
https://editoraigm.com.br/wp-content/uploads/2021/01/Livro-SAE-Rinaldo-v2.pdf
https://editoraigm.com.br/wp-content/uploads/2021/01/Livro-SAE-Rinaldo-v2.pdf
155
a) ( ) SAE, processo de Enfermagem e instrumentos.
b) ( ) SAE, processo de Enfermagem e cuidado direto com o paciente.
c) ( ) SAE, instrumentos, dimensionamento de pessoal, processo de Enfermagem e 
cuidado direto ao paciente.
d) ( ) Apenas SAE e processo de Enfermagem.
4 Leia o texto a seguir: 
“A Enfermagem baseada em evidências requer habilidades que não são tradicionais 
na prática clínica, pois exige identificar as questões essenciais nas tomadas de 
decisão, buscar informações científicas pertinentes à pergunta e avaliar a validade das 
informações” (DOMENICO; IDE, 2003, p. 115). 
Fonte: DOMENICO, E. B. L. de; IDE, C. A. C. Enfermagem baseada em evidências: princípios e aplicabili-
dades. Revista Latino-americana de Enfermagem, v. 11, p. 115-118, 2003. Disponível em: https://doi.
org/10.1590/S0104-11692003000100017. Acesso em: 10 out. 2022.
Conforme as informações apresentadas, descreva quais são os níveis de força de 
evidências.
5 Segundo Schmidt e Duncan (2003), devido a inúmeras inovações na área da 
saúde, os enfermeiros necessitam estar pautados em princípios científicos, a fim de 
selecionar a intervenção mais adequada para a situação específica de cuidado, uma 
vez que existem contestações entre esperar que esses avanços tenham resultados 
positivos e em como, de certa forma, podemos garantir a melhor funcionabilidade 
do atendimento ao paciente. Diante desse texto, uma atitude deve ser tomada pelo 
enfermeiro para a melhor funcionalidade do atendimento. Assinale a alternativa 
CORRETA:
Fonte: SCHMIDT, M. I.; DUNCAN, B. B. Epidemiologia clínica e medicina baseada em evidências. In: ROU-
QUAYROL, M. Z. Epidemiologia e saúde. Rio de Janeiro: Medsi, 2003. p. 193-227.
a) ( ) Tomada de decisão.
b) ( ) Protocolos assistências
c) ( ) Manual e rotinas
d) ( ) Processo de Enfermagem
https://doi.org/10.1590/S0104-11692003000100017
https://doi.org/10.1590/S0104-11692003000100017
156
157
PRINCIPAIS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO 
E TAXONOMIAS – NANDA, NIC, NOC
UNIDADE 3 TÓPICO 2 — 
1 INTRODUÇÃO
A palavra classificar, na Enfermagem, significa desenvolver uma linguagem que 
possa apresentar os julgamentos clínicos pelos quais os enfermeiros são responsáveis. Os 
elementos básicos de uma classificação são: ser útil para a prática, para a educação e 
para a pesquisa, favorecer a mensuração de custos, contribuir para o desenvolvimento 
dos prontuários eletrônicos de clientes e apresentar dados para as estatísticas em 
saúde (TANNURE; PINHEIRO, 2011).
A Enfermagem e, mais precisamente, os enfermeiros devem ter a ciência de que 
precisam utilizar sistemas de classificação para coletar, investigar, arquivar e comunicar a 
informações sobre a sua prática (TANNURE; PINHEIRO, 2011).
As classificações favorecem a coleta de dados da Enfermagem, a síntese desses 
dados, o planejamento, a implementação, e, por fim, a avaliação do cuidado, com linguagens 
uniformes e agrupamento das informações, o que favorece a tomada de decisões sobre o 
cuidado a ser prestado (TANNURE; PINHEIRO, 2011). 
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura do artigo 
Sistemas de classificação de Enfermagem e sua aplicação na assistência: 
revisão integrativa de literatura: http://twixar.me/mMMm. 
DICA
2 SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DE ENFERMAGEM
A profissão da Enfermagem, ao longo do tempo, tem buscado sua consolidação, 
enquanto ciência, e, para alcançar esse objetivo, os profissionais de Enfermagem procuram 
estratégias que visem a alicerçar a sua prática, como a necessidade de estabelecer uma 
linguagem comum, que seja utilizada universalmente pelos enfermeiros e adaptada às 
mais variadas culturas e contextos (TANNURE; PINHEIRO, 2011).
158
Segundo Barros et al. (2015), em 1970, as contribuições que os Sistemas de 
Linguagem Padronizadas (SLP) podem agregar na construção do conhecimento da 
disciplina, no raciocínio e na prática clínica de Enfermagem. Esses sistemas oferecem 
uma estrutura para organizar diagnósticos, intervenções e resultados de Enfermagem, 
sendo considerados instrumentos importantes para lidar com a crescente complexidade 
da Enfermagem, no que diz respeito à produção de conhecimento, ao raciocínio 
clínico e à prática clínica. Dessa forma, os Sistemas de Linguagens Padronizados (SLP) 
proporcionammais do que um método claro de documentação, fornecem orientação 
e apoio para o enfermeiro em seu raciocínio clínico, além de nomear os fenômenos de 
interesse da disciplina de Enfermagem.
Figura 7 – Diagnóstico de Enfermagem
Fonte: http://twixar.me/GMMm. Acesso em: 2 out. 2022.
Reunir classes e grupos respectivos significa classificar, sendo que a utilização 
de classificação está presente no cotidiano do ser humano, uma vez que, continuamente, 
classificamos as nossas atividades, para separar, codificar e ordenar os fenômenos 
(BARROS et al., 2015).
Todo o sistema de classificação deve apresentar as seguintes propriedades 
(BARROS et al., 2015): 
• as características da classificação devem estar claramente definidas e aplicáveis a 
todos os casos; 
• as classes em que podem se localizar os fenômenos não se sobrepõem, ou seja, um 
fenômeno só pode ser incluído em determinada classe; 
• o sistema de classificação deve permitir que todos os fenômenos de interesse sejam 
classificados. 
Para tanto, a criação de sistemas de classificação nas profissões requer a 
identificação de seus propósitos e de seus elementos centrais (BARROS et al., 2015).
159
Assim, a classificações de Enfermagem têm a finalidade de se estabelecer uma 
linguagem comum para os fenômenos da Enfermagem. Entre as vantagens do uso das 
classificações, podem-se citar: 
• a comparação dos dados entre populações, o estímulo às pesquisas de Enfermagem, 
devido à articulação de dados; 
• o estabelecimento da provisão de recursos humanos e materiais; 
• a influência da prática clínica e decisões sobre o cuidado de Enfermagem; 
• a melhora da documentação, sendo imprescindível para a criação de prontuários 
eletrônicos, o estabelecimento da expectativa de tempo gasto e o custo para a 
realização de atividades de Enfermagem.
Além disso, as classificações ajudam o raciocínio clínico. Com a unificação dos 
termos de Enfermagem, os enfermeiros pensam e falam mais claramente no contexto 
do trabalho que desenvolvem sobre os fenômenos de interesse para sua disciplina 
(BARROS et al., 2015).
Em todo o Brasil, temos o destaque dos trabalhos de Wanda de Aguiar Horta, 
que, nos anos de 1960 e 1970, seu modelo teórico, mesmo não sendo considerado 
uma classificação, promoveu a categorização das dificuldades e das atividades de 
Enfermagem, conforme o grau de dependência (BARROS et al., 2015). Observa-se 
que os elementos centrais de que abordam as classificações de Enfermagem estão 
harmônicos com o Processo de Enfermagem (PE), os diagnósticos, as intervenções e os 
resultados de Enfermagem (BARROS et al., 2015).
A classificação NANDA-I (acrônimo para North American Nursing Diagnosis 
Association Internacional), a Classificação de Resultados de Enfermagem (NOC, sigla do 
inglês Nursing Outcomes Classification), a Classificação de Intervenções de Enfermagem 
(NIC, sigla do inglês Nursing Interventions Classification) e a Classificação Internacional para a 
Prática de Enfermagem (CIPE®) são as mais utilizadas na Enfermagem (BARROS et al., 
2015). 
160
Figura 8 – NANDA-I
FONTE: http://twixar.me/dMMm. Acesso em: 1 out. 2022.
3 CLASSIFICAÇÃO NANDA
A classificação de NANDA-I é a organização dos diagnósticos de acordo com nove 
padrões de respostas humanas, sendo elas: trocar, comunicar, relacionar, valorizar, 
escolher, mover, perceber, conhecer e sentir. Com o avanço do conhecimento e o 
aumento do número de diagnósticos, foi aprovada, em 1986, a Taxonomia I da NANDA 
(BARROS et al., 2015).
Figura 9 – Padrões de respostas humanas 
Fonte: as autoras
161
Para aprofundar o seu conhecimento, assista ao vídeo NANDA – aplicação 
dos diagnósticos de enfermagem, disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=xDgpBuUia4Y. 
DICA
Em 1994, após a conferência da bienal, o Comitê de Taxonomia teve certa 
dificuldade para categorizar novos diagnósticos na estrutura da Taxonomia I e reconheceu 
que era necessária e viável uma nova estrutura para a classificação. Em 1998, optou-se 
por utilizar a estrutura dos Padrões Funcionais de Saúde de Gordon. Algumas alterações 
foram introduzidas e, segundo a NANDA, a estrutura taxonômica final não é tão parecida 
com a proposta original de Gordon. Em 2002, foi publicada a Taxonomia II da NANDA-I 
(BARROS et al., 2015).
A Taxonomia II está estruturada em três níveis de abstração: domínios, classes e 
diagnósticos. Atualmente, existem 13 domínios, 47 classes e 221 diagnósticos aceitos. O 
Quadro 5 mostra os domínios e classes da Taxonomia II (BARROS et al., 2015).
Quadro 5 – Domínios e classes da classificação de diagnósticos de Enfermagem NANDA-I 
Fonte: adaptado de NANDA Internacional (2013)
Conforme Barros et al. (2015), a Taxonomia II tem sua consistência em sete eixos, 
nos quais os componentes são combinados para o seguimento e o desenvolvimento 
dos diagnósticos, conforme mostra o Quadro 6.
https://www.youtube.com/watch?v=xDgpBuUia4Y
https://www.youtube.com/watch?v=xDgpBuUia4Y
162
Quadro 6 – Eixos da Taxonomia II
Eixo 1 Foco diagnóstico, ou seja, o termo principal do título do diagnóstico.
Eixo 2 Sujeito do diagnóstico (indivíduo, família, grupo ou comunidade).
Eixo 3 Julgamento (prejudicado, ineficaz).
Eixo 4 Localização (vesical, auditiva, cerebral).
Eixo 5 Idade (bebê, criança, adulto).
Eixo 6 Tempo (crônico, agudo, intermitente).
Eixo 7 Situação do diagnóstico (risco, real, de promoção da saúde e síndrome).
Fonte: adaptado pelo autor Barros et al. (2015)
Os eixos são representados por títulos dos diagnósticos de Enfermagem, como 
enfrentamento comunitário ineficaz, em que podemos ver que o termo enfretamento 
corresponde ao eixo 1 (foco no diagnóstico), comunitário ao eixo 2 (sujeito do diagnóstico) 
e ineficaz ao julgamento do diagnóstico (eixo 3), porém, em alguns diagnósticos, o eixo 
não está explicito, o que sempre deve ser avaliado (BARROS et al., 2015).
Os diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I podem ser reais, os quais 
descrevem respostas humanas a condições de saúde/processos 
vitais que existem em um indivíduo, família, grupo ou comunidade e 
são compostos por título (nome do diagnóstico), definição do título, 
características definidoras (sinais e sintomas) e fatores relacionados 
(causas); diagnósticos de risco, que são julgamentos clínicos sobre 
experiências/respostas humanas a condições de saúde/processos 
vitais que tem elevada probabilidade de ocorrer em um indivíduo, 
família, grupo ou comunidade e são compostos por título, definição do 
título e fatores de risco (fatores que podem tornar o diagnóstico real); 
diagnósticos de promoção da saúde, que são os julgamentos da 
motivação e do desejo de um indivíduo, família, grupo ou comunidade 
de aumentar o bem-estar e concretizar o potencial de saúde 
humana, conforme manifestado em sua disposição e são compostos 
por título, definição do título e características definidoras; e os 
diagnósticos de síndrome são os julgamentos clínicos que descreve 
um grupo específico de diagnósticos de Enfermagem que ocorrem 
simultaneamente e são mais bem tratados em conjunto e por meio 
de intervenções similares e são compostos por título, definição do 
título, características definidoras e fatores relacionados(BARROS et 
al., 2015, p. 67).
O Quadro 7 apresenta exemplos dos tipos de diagnósticos e seus respectivos 
elementos.
163
Quadro 7 – Tipos de diagnósticos de Enfermagem e seus respectivos elementos
Tipo de Diag-
nóstico/ Ele-
mentos
Real De risco
Promoção da 
saúde
Síndrome
Título
Estilo de vida 
sedentário
Risco de 
perfusão 
tissular 
periférica 
ineficaz
Disposição 
para resiliência 
melhorada
Síndrome da 
interpretação 
ambiental 
prejudicada
Definição
Refere-se a um 
hábito de vida que 
se caracteriza por 
um baixo nível de 
atividade física.
Risco de uma 
redução na 
circulação 
sanguínea 
periférica, 
que pode 
comprometer a 
saúde.
Padrão de 
respostas positivas 
a uma situação ou 
crise adversa que 
é suficiente para 
otimizar o potencial 
humano e pode ser 
reforçado
Consistentefalta de 
orientação 
quando a 
pessoa, lugar, 
tempo ou 
circunstâncias 
por mais de 
3 a 6 meses, 
necessitando 
de ambiente 
protetor
Características 
definidoras
Escolhe uma 
rotina diária 
sem exercícios 
físicos; demonstra 
falta de 
condicionamento 
físico etc.
Não tem
Acesso a 
recursos; assume 
responsabilidades 
pelos atos etc.
Desorientação 
consistente, 
estados 
crônicos de 
confusão etc.
Fatores relacio-
nados
Conhecimento 
deficiente sobre 
os benefícios que 
a atividade física 
traz a saúde; falta 
de interesse etc.
Não tem Não tem
Demência; 
depressão etc.
Fatores de 
risco
Não tem
Conhecimento 
deficiente 
de fatores 
agravantes.
Não tem
Conhecimento 
deficiente do 
processo da 
doença etc.
Não tem
Fonte: adaptado de NANDA Internacional (2013)
164
Todos os diagnósticos de Enfermagem são identificados por meio do raciocínio 
clínico e julgamento dos enfermeiros, utilizando-se o processo diagnóstico – em outras 
palavras, o processo diagnóstico consiste na coleta de informações, na interpretação 
dessas informações, no seu agrupamento e na denominação deste agrupamento, o que 
compõe o diagnóstico de Enfermagem. Ressalta-se que a interpretação das informações 
inicia na coleta de dados, na medida em que os dados são confrontados com normas e 
critérios conhecidos e recuperados da memória, sendo realizadas inferências (BARROS 
et al., 2015).
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura do artigo 
Diagnósticos de Enfermagem em terapia intensiva: mapeamento cruzado e 
taxonomia da NANDA-I, disponível em: http://twixar.me/hMMm. 
DICA
4 CLASSIFICAÇÕES NOC E NIC 
A Classificação de Resultados de Enfermagem (NOC) foi criada com os objetivos 
de conceitualizar, qualificar, decidir e classificar os resultados e indicadores sensíveis 
aos cuidados de Enfermagem (BARROS et al., 2015).
Saiba mais sobre as classificações NIC e NOC com a leitura do seguinte 
documento: http://twixar.me/vMMm.
DICA
Conforme Barros et al. (2015), a classificação também é estruturada em três 
níveis: domínios, classes e resultados, sendo que a NOC contém 385 resultados, sete 
2família ou comunidade, que podem ser utilizados em diferentes locais e especialidades 
clínicas. 
165
Figura 12 – Estruturas da NIC
Fonte: as autoras
A Figura 13 apresenta os domínios e as classes da classificação de resultados 
de Enfermagem NIC.
Figura 13 – Domínios e classes da classificação de intervenções de Enfermagem NIC
Fonte: Bulecheck; Butcher; Dochtermann (2010)
As intervenções de Enfermagem são formadas por título, o que permite facilitar, 
no momento da procura, para atuação do enfermeiro, sendo composta por uma lista 
de atividades que podem ser desenvolvidas ou aplicadas ao paciente e que dão base 
científica para a construção da prescrição de Enfermagem. 
166
As intervenções são constituídas de título (nome da intervenção), 
definição da intervenção, uma lista de cerca de 10 a 30 atividades que 
são utilizadas para o desenvolvimento da prescrição de Enfermagem 
(ações dos enfermeiros para implementar uma intervenção) e 
as referências bibliográficas. Por exemplo, Consulta, é o título da 
intervenção e é definida como uso de conhecimentos especializados 
para trabalhar com pessoas que buscam ajuda da solução de 
problemas, de modo a habilitar indivíduos, famílias, grupos ou 
instituições a atingirem as metas identificadas. E algumas atividades 
desta intervenção são: identificar a finalidade da consulta; coletar 
dados e identificar o problema que é o foco da consulta; identificar 
e esclarecer as expectativas de todas as partes envolvidas (BARROS 
et al., 2015, p. 76).
Segundo Barros et al. (2015), todas as intervenções de Enfermagem encontram-se 
em ordem alfabética, por meio dos domínios e das classes da classificação, sendo o 
seu objetivo identificar as intervenções quando o enfermeiro possuir um diagnóstico da 
NANDA-I e precisa ter acesso a uma lista de intervenções de Enfermagem para aquele 
diagnóstico. 
A classificação NIC possui também um tempo estimado para cada intervenção 
e determina qual o profissional necessário para essa execução. 
Ressalta-se que as classificações NANDA, NIC e NOC podem ser utilizadas 
separadamente ou em conjunto (BARROS et al., 2015).
Para aprofundar o seu conhecimento sobre o tema, sugerimos a leitura 
do artigo Processo de Enfermagem aplicado a um portador de Cirrose 
Hepática utilizando as terminologias padronizadas NANDA, NIC e NOC, 
disponível em: http://twixar.me/4MMm. 
DICA
Caro acadêmico, após conhecermos as competências requeridas para 
o trabalho do profissional da Enfermagem e as principais classificações 
utilizadas na assistência ao paciente (NANDA, NOC e NIC), no Tópico 3, 
aprofundaremos o nosso conhecimento com o estudo da Classificação 
Internacional para a prática de Enfermagem, conhecida como CIPE®, e 
da SOAP (acrônimo utilizado para “Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano”).
ESTUDOS FUTUROS
167
Neste tópico, você aprendeu:
• A classificação NANDA-I é a organização dos diagnósticos de acordo com nove 
padrões de respostas humanas, sendo elas: trocar, comunicar, relacionar, valorizar, 
escolher, mover, perceber, conhecer e sentir.
• A Classificação de Resultados de Enfermagem (NOC) foi criada com os objetivos de 
conceitualizar, qualificar, decidir e classificar os resultados e indicadores sensíveis 
aos cuidados de Enfermagem.
• O enfermeiro precisa utilizar de sistemas para fazer a classificação dos paciente 
portanto precisa: coletar, investigar, arquivar e comunicar a informações sobre a sua 
prática.
• A Classificação de Intervenções de Enfermagem (NIC) refere-se às intervenções de 
Enfermagem desenvolvidas e aplicadas pelo enfermeiro.
RESUMO DO TÓPICO 2
168
1 A palavra classificar, na Enfermagem, significa desenvolver uma linguagem que possa 
apresentar os julgamentos clínicos pelos quais os enfermeiros são responsáveis. As 
classificações favorecem a coleta de dados da Enfermagem, a síntese desses dados, 
o planejamento, a implementação e, por fim, a avaliação do cuidado, com linguagens 
uniformes e agrupamento das informações, o que favorece a tomada de decisões 
sobre o cuidado a ser prestado (TANNURE; PINHEIRO, 2011). Sobre os elementos 
básicos de uma classificação, assinale a alternativa CORRETA:
Fonte: TANNURE, M. C.; PINHEIRO, A. M. SAE: Sistematização da Assistência de Enfermagem – guia prático. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
a) ( ) Ser útil para a prática, para a educação e para a pesquisa, favorecer a mensuração 
de custos, contribuir para o desenvolvimento dos prontuários eletrônicos de 
clientes e apresentar dados para as estatísticas em saúde.
b) ( ) Ser útil para a prática, para a educação e para a pesquisa, favorecendo a 
mensuração de custos.
c) ( ) Contribuir para o desenvolvimento dos prontuários eletrônicos de clientes e 
apresentar dados para as estatísticas em saúde.
d) ( ) Apresentar dados para as estatísticas em saúde.
2 Com o avançar do conhecimento e o aumento do número de diagnósticos, foi aprovada, 
em 1986, a Taxonomia I da NANDA (BARROS et al., 2015). A classificação de NANDA-I 
é a organização dos diagnósticos de acordo com nove padrões de respostas humanas. 
Assinale a alternativa CORRETA:
Fonte: BARROS, A. L. B. L. et al. Processo de Enfermagem: guia para a prática. Conselho Regional de 
Enfermagem de São Paulo. São Paulo: COREN-SP, 2015. 113p.
a) ( ) Trocar, comunicar, relacionar, assistir, mover, conferir, estabelecer limites, 
conhecer e valorizar.
b) ( ) Perceber, conhecer, sentir, trocar, mover, assistir, valorizar, comunicar e saber 
identificar problemas.
c) ( ) Valorizar, escolher, mover, comunicar, perceber, trocar, assistir, conferir e analisar.
d) ( ) Trocar, comunicar, relacionar, valorizar, escolher, mover, perceber, conhecer e 
sentir.
AUTOATIVIDADE
169
3 Conforme Barros et al. (2015), a Taxonomia II tem sua consistência em sete eixos, 
nos quais os componentes são combinados para o seguimentoe o desenvolvimento 
dos diagnósticos. Com base nesses eixos e em suas definições, associe os itens, 
utilizando o código a seguir:
Fonte: BARROS, A. L. B. L. et al. Processo de Enfermagem: guia para a prática. Conselho Regional de Enfer-
magem de São Paulo. São Paulo: COREN-SP, 2015. 113p.
I- Eixo 1.
II- Eixo 2.
III- Eixo 3.
IV- Eixo 4.
V- Eixo 5.
VI- Eixo 6.
VII- Eixo 7.
( ) Foco diagnóstico, ou seja, o termo principal do título do diagnóstico.
( ) Sujeito do diagnóstico (indivíduo, família, grupo ou comunidade).
( ) Julgamento (prejudicado, ineficaz).
( ) Localização (vesical, auditiva, cerebral).
( ) Idade (bebê, criança, adulto).
( ) Tempo (crônico, agudo, intermitente).
( ) Situação do diagnóstico (risco, real, de promoção da saúde e síndrome).
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I – II – III – IV – V – VI – VII.
b) ( ) III – IV – II – I – V – VII – VI.
c) ( ) IV – I – VII – III – V – VI – II.
d) ( ) III – II – IV – I – V – VII – VI.
e) ( ) IV – III – II – VI – I – V – VII.
4 A Classificação de Resultados de Enfermagem (NOC) foi criada com os objetivos de 
conceitualizar, qualificar, decidir e classificar os resultados e indicadores sensíveis 
aos cuidados de Enfermagem (BARROS et al., 2015), sendo também estruturada em 
três níveis: domínios, classes e resultados. Descreva a quantidade de cada um dos 
três níveis.
Fonte: BARROS, A. L. B. L. et al. Processo de Enfermagem: guia para a prática. Conselho Regional de 
Enfermagem de São Paulo. São Paulo: COREN-SP, 2015. 113p.
5 Segundo a NIC, a intervenção de Enfermagem é qualquer tratamento baseado no 
julgamento e no conhecimento clínico, realizado por um enfermeiro, para melhorar 
os resultados do paciente/cliente, sendo estruturada em três níveis: intervenções, 
domínios e classes. Descreva a quantidade de cada um dos três níveis.
170
171
TÓPICO 3 — 
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL PARA A 
PRÁTICA DE ENFERMAGEM (CIPE®) 
E SOAP (SUBJETIVO, OBJETIVO, 
AVALIAÇÃO E PLANO)
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, abordaremos a Classificação Internacional para a Prática de 
Enfermagem (CIPE®), considerada um sistema de linguagem de Enfermagem que 
compreende fenômenos, intervenções e resultados de Enfermagem como elementos 
primários de sua construção, contribuindo na sistematização da assistência ao paciente. 
Veremos que a sua aplicabilidade tem por objetivo aperfeiçoar as ações do 
enfermeiro, por meio de atuação mais reflexiva e baseada em evidências científicas, 
aumentando, assim, a efetividade do processo de comunicação e melhorando a 
aproximação dos enfermeiros com os demais profissionais de saúde, a fim de garantir o 
reconhecimento e a visibilidade da profissão de Enfermagem nos diferentes contextos 
e cenários da prática nas instituições de saúde. 
Para aprofundar o seu conhecimento sobre o tema, sugerimos a leitura 
do artigo Perspectivas de incorporação da Classificação internacional 
para a Prática de Enfermagem (CIPE) no Brasil: http://twixar.me/bMMm. 
DICA
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA CIPE® 
A CIPE® surgiu com exigência da Organização Mundial da Saúde (OMS) para 
definir a prática de Enfermagem, trazendo um cuidado padronizado, com a finalidade de 
facilitar comunicação da Enfermagem com todos os profissionais da área da saúde do 
mundo (ENGLER et al., 2020).
A CIPE® é um sistema de linguagem unificado da Enfermagem, com uma 
terminologia funcional para sua prática. Um de seus objetivos é homogeneizar vocabulários 
locais com terminologias existentes mundialmente, como parte de uma infraestrutura de 
informação da Enfermagem, para aprimorar a assistência à saúde da população (CUBAS; 
SILVA; ROSSO, 2010).
172
A CIPE® teve seu marco principal, em 1989, em um congresso quadrienal que 
ocorreu na Coreia do Sul, quando o Conselho Nacional de Representantes do Conselho 
Internacional de Enfermeiros (CNR-CIE) obteve a aprovação da resolução para o 
desenvolvimento da Classificação para a Prática Profissional de Enfermagem, com os 
elementos diagnósticos, resultados e intervenções de Enfermagem (ENGLER et al., 2020).
A CIPE® é uma terminologia ampla bem complexa, que representa o domínio 
da prática da Enfermagem; trata-se de uma norma internacional para facilitar a coleta, o 
armazenamento e o análise de dados de Enfermagem, por meio de definições de saúde, 
idiomas e regiões geográficas distintas (BARROS et al., 2015).
A CIPE® é um sistema de classificação da Enfermagem, em amplo desenvolvimento 
global, com potencial aplicabilidade nos diversos níveis assistenciais, colaborando com o 
armazenamento e a análise de informações relacionadas à assistência de Enfermagem, 
o que confirma a eficácia da profissão por meio da constatação de indicadores sensíveis à 
Enfermagem na prática clínica (GALVÃO, 2020).
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura do 
artigo Classificação internacional para a prática de Enfermagem e a 
contribuição brasileira: http://twixar.me/bMMm.
DICA
Engler et al. (2020) destacam que a CIPE® se tornou uma classificação de 
linguagem padronizada, de forma extensa e complexa, representando a competência na 
prática da Enfermagem de forma mundial. 
Reconhecida como um marco unificador de todos os sistemas de 
classificação dos elementos da prática de Enfermagem (diagnósticos, 
resultados e intervenções de Enfermagem). Compreendida, também, 
como uma tecnologia de informação por favorecer a coleta, 
armazenamento e análise de dados em variados cenários, linguagens 
e regiões, contribui para que a prática dos profissionais da Enfermagem 
seja eficaz e, sobretudo, se torne reconhecida pela sociedade e 
visível no conjunto de dados sobre saúde. A mesma tem sido 
fortemente utilizada como um instrumento pedagógico para reflexão 
e o desenvolvimento de habilidades diagnósticas e como forma de 
qualificar a assistência (ENGLER et al., 2020, p. 147).
Foi planejada para fazer parte de uma infraestrutura global de informação, 
disponibilizando e desenvolvendo dados sobre as práticas de Enfermagem e políticas 
de atenção à saúde, assim como considerando os acontecimentos, as intervenções e 
os resultados de Enfermagem como componentes essenciais para a construção de 
uma linguagem comum (ENGLER et al., 2020). Desde a sua concepção até o presente 
momento, várias versões da CIPE® foram publicadas, sendo possível resumir a trajetória 
histórica da CIPE® conforme mostra a Figura 14 (CUBAS; SILVA; ROSSO, 2010).
173
Figura 14 – Versões da CIPE®
Fonte: https://player.slideplayer.com.br/41/11498149/data/images/img5.jpg. Acesso em: 30 set. 2022.
Desde a sua aprovação, houve várias atualizações da versão alfa (1996), beta 
(1999), versão 1.0 (2005), sendo a última atualização a versão de 2019, que apresenta 
4.475 conceitos pertinentes a diagnósticos ou resultados, intervenções de Enfermagem e 
conceitos primitivos, mostrando a sua importância para os cuidados em saúde e para a 
profissão (ENGLER et al., 2020).
Para aprofundar o seu conhecimento, leia a Resolução Cofen nº 311/2007, 
disponível em: http://twixar.me/wMMm.
DICA
2.1 EIXOS DA CIPE®
A CIPE® contém termos distribuídos em seus sete eixos para a composição de 
diagnósticos, intervenções e resultados de Enfermagem, conforme a área de atuação 
do enfermeiro. São incluídos um total de 4.475 termos, distribuídos entre dez conceitos, 
2.035 conceitos pré-coordenados (relativos a diagnósticos/resultados e intervenções 
de Enfermagem) e 2.430 conceitos primitivos, distribuídos no Modelo de Sete Eixos 
(Quadro 9).
https://player.slideplayer.com.br/41/11498149/data/images/img5.jpg
174
Quadro 9 – Eixos CIPE®
Foco Área de atenção relevante para a Enfermagem.
Julgamento Área de atenção relevante para a Enfermagem.
Meios Maneira ou método de executar uma intervenção.
Ação Processo intencional aplicado a, ou desempenhado por um cliente.
Tempo O ponto, período, momento, intervalo ou duração de uma ocorrência.
Localização Orientação anatômica ou espacial de um diagnóstico ou intervenção.
ClienteSujeito a quem o diagnóstico se refere e que é o beneficiário de uma 
intervenção de Enfermagem.
Fonte: adaptado de Garcia; Nóbrega (2009)
Para uma melhor construção do diagnóstico, o enfermeiro precisa utilizar um 
termo do eixo foco e outro termo no eixo julgamento, ficando a critério do profissional a 
escolha de mais eixos adicionais. “Para compor enunciados de diagnósticos, intervenções 
de Enfermagem deve-se utilizar um termo do eixo foco e um termo do eixo julgamento 
e, ainda, pode-se incluir termos adicionais destes eixos ou de outros eixos” (BARROS et al., 
2015, p. 80).
Segundo Barros et al. (2015), nas intervenções de Enfermagem, orienta-se incluir 
um eixo de ação e, se precisar, termos que são adicionais do eixo ação e de todos os outros 
eixos. Como expandir o conhecimento é a finalidade da CIPE®, o Conselho Internacional 
de Enfermagem (CIE) estimula a produção de subconjuntos terminológicos, que são 
conteúdos de diagnóstico, resultado e intervenções de Enfermagem produzidos para 
áreas especificas da saúde, contribuindo também para atender às exigências práticas à 
elaboração de manuais e prontuário, para uma linguagem padronizada (ENGLER et al., 2020).
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura do artigo 
Mapeamento dos termos dos eixos tempo, localização, meio e cliente entre 
versões da CIPE® e CIPESC®: http://twixar.me/9MMm.
DICA
175
2.2 CIPE® – LINGUAGEM E CUIDADO
Segundo Tannure (2008), a preocupação com a prática assistencial de 
Enfermagem fortaleceu-se nas últimas décadas e tem evoluído, devido ao crescimento 
de pesquisas e à produção teórica, atualmente, voltados para um modelo de prevenção 
e reabilitação. O autor ainda ressalta a importância na uniformização da linguagem, de 
ações realizadas e de resultados analisados como uma classificação única. 
Em Enfermagem, classificar significa desenvolver uma linguagem 
que possa descrever os julgamentos clínicos pelos quais os 
enfermeiros são responsáveis. Em muitos países, têm sido feitos 
esforços para que seja desenvolvida uma linguagem uniformizada de 
Enfermagem que inclua os elementos básicos de uma classificação: 
Ser útil para a prática, para a educação e para a pesquisa, favorecer 
a mensuração de custos, contribuir para o desenvolvimento dos 
prontuários eletrônicos de clientes e fornecer dados que subsidiem 
as estatísticas em saúde (TANNURE, 2008, p. 143).
Contudo, Garcia (2017) evidencia que a padronização da linguagem favorece o 
enfermeiro, como profissional de saúde, no processo de tomada de decisão, auxiliando o 
raciocínio e julgamento, de acordo com o sistema de cuidado, de resultados esperados 
ou a serem alcançados e sobre os quais a intervenção de Enfermagem tem influência.
Engler et al. (2020) afirma que à Enfermagem é atribuído o fato de que o cuidado 
proporcionado pelos enfermeiros está relacionado a bons resultados para o paciente, 
com qualidade e segurança.
A CIPE® tem como principais critérios o poder de ser suficientemente 
ampla e sensível à diversidade cultural e de utilizar em todos práticos 
para a elaboração do diagnóstico e seleção das intervenções que 
facilitam o processo de Enfermagem. Seus elementos primários 
são os fenômenos – diagnósticos, intervenções e resultados de 
Enfermagem e possui flexibilidade e aplicabilidade para composição 
desses elementos (ENGLER et al., 2020, p. 151).
Cada membro da equipe de Enfermagem tem um papel importante para alimentar 
as etapas do processo em Enfermagem do cuidado, seja no histórico, seja na coleta de 
dados, para que a construção de um plano assistencial coerente. Entretanto, quando o 
enfermeiro planeja um diagnóstico de Enfermagem, o seu principal questionamento é 
sobre a eficiência dos resultados que se espera alcançar. 
Para Engler et al. (2020), o enfermeiro precisa ter conhecimento técnico e 
científico durante a atuação ao paciente, com o propósito de segurança, planejamento e 
habilidade. 
Tannure (2008) sugere que, para que o uso da classificação seja efetivo, é preciso 
desenvolver um conceito como base, para organizar o conhecimento de Enfermagem, 
facilitando com que esse sistema de classificação seja utilizado para coletar, arquivar, 
investigar, analisar, comunicar informações e a prática de Enfermagem. 
176
As classificações favorecem a coleta de dados de Enfermagem, 
a síntese desses cuidados, o planejamento, a implementação e a 
avaliação do cuidado, utilizando linguagens uniformizadas, além 
do agrupamento e da comparação desses dados para que se 
possa conclui-lo em sistemas de dados de informação em saúde, 
favorecendo assim a tomada de decisões (TANNURE, 2008, p. 145). 
Desse modo, faz-se importante a valorização do serviço de saúde, reconhecendo e 
motivando a utilização do processo de Enfermagem, com a padronização da linguagem 
terminológica, formando conceitos, desenvolvendo, na prática, habilidades na 
administração da taxonomia e amparando o domínio teórico e prático na Enfermagem 
(TANNURE, 2008).
A CIPE® proporciona a formulação de diagnósticos, resultados e intervenções em 
saúde em classes específicas do cuidado de Enfermagem, como os grupos de diabéticos, 
hipertensos, tabagistas, gestantes, entre outros, que precisem de cuidados específicos.
Quadro 10 – Cuidados de Enfermagem na utilização da CIPE®
Construção do plano de cuidados
Análise dos dados coletados, definição dos 
diagnósticos prioritários, alcance de resultados, 
necessidade de autocuidado e intervenções.
Diagnóstico
Reavaliação diária, intervenções atualizadas 
conforme necessidade da assistência.
Plano de cuidados
Inclusão do plano de cuidados no prontuário 
(eletrônico) com aprazamento das intervenções.
Evolução
Realização da evolução em prontuário com coleta de 
dados e plano de cuidado.
Acompanhamento
Acompanhamento do plano de cuidados, atualização 
quando necessário, mudança das intervenções de 
acordo com complexidade. 
Plantão
Na passagem de plantão, guiar o plano de cuidado 
direcionado, exclusivamente, à Enfermagem, de 
acordo com a atuação do enfermeiro.
Alta
Programar a alta de acordo com resultados 
alcançados; retorno do paciente.
Fonte: adaptado de Neves (2020)
biopsicossociais dos pacientes. A utilização de um método, como 
a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem na 
elaboração de diagnósticos de Enfermagem, qualifica e cientifica as 
decisões clínicas contribuindo para uma prática assistencial segura, 
eficaz e com resultados individualizados (ALVES; SILVA, 2020, p. 307).
A CIPE® possibilita à Enfermagem a documentação dos problemas de saúde 
mais frequentes, com o objetivo estratégico, para que a saúde, como um todo, viabilize 
as classificações usadas (ALVES; SILVA, 2020).
177
A CIPE® é uma linguagem universal e pode ser aplicada pelos 
enfermeiros que prestam cuidados na atenção hospitalar. Percebe-
se ainda, uma tímida aplicação desta classificação nestes ambientes, 
principalmente pelo desconhecimento dos seus fundamentos, como 
também pelas dificuldades de implantação e implementação da SAE 
nas instituições de saúde. Contudo, esta classificação vem sendo 
bastante utilizada por enfermeiros da atenção primária (ALVES; 
SILVA, 2020, p. 317).
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura do artigo 
Avaliação inicial de Enfermagem em linguagem CIPE® segundo as necessidades 
humanas fundamentais, disponível em: http://twixar.me/JMMm.
DICA
3 MÉTODO SOAP (SUBJETIVO, OBJETIVO, 
AVALIAÇÃO E PLANO)
O Método SOAP é utilizado no processo de Enfermagem, servindo como base 
para o registro de Enfermagem. A Resolução Cofen nº 358/2009 dispõe sobre a SAE 
e o PE, e a implantação de ambos em ambientes públicos ou privados, em que ocorra 
o atendimento de Enfermagem (COFEN, 2009). Neves (2020) destaca que a aplicação 
do PE se dá a partir da contribuição teórica, sendo que as etapas de coleta de dados, 
diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação de Enfermagem devem ser 
correlacionadas.
Neves (2020) ainda salienta a importância de o prontuáriodemonstrar a 
paciente novas 
técnicas para 
mudança postural:
• decúbito 
ventral com 
apoio de 
travesseiros 
sob o tórax;
• decúbito 
lateral 
apoiando 
o abdome 
sobre os 
travesseiros;
• colocar 
travesseiros 
sob as pernas 
quando em 
decúbito 
dorsal e 
posição de 
semi-Fowler.
A paciente 
já consegue 
dormir e 
repousar com o 
apoio de 
travesseiros 
como foi 
ensinado
Objetivo
Tentar adaptar a 
paciente a novas 
posições para o 
sono e repouso.
Sistema de 
Enfermagem
De apoio-educação.
Método
Orientação e ensino.
9
Processo 
familiar 
alterado 
relacionado 
à situação de 
transição
Meta
Reduzir o 
desequilíbrio e o 
desajuste familiar.
Orientar a 
paciente e 
seus familiares 
sobre a situação 
transitória que 
estão passando 
e apoiá-los 
nas discussões 
dos problemas, 
através do 
diálogo.
A paciente 
refere que os 
seus pais já 
estão aceitando 
a gravidez e a 
presença do 
companheiro no 
convívio familiar 
(só a mãe), a 
qual
demonstra 
interesse em 
sua gravidez; 
o companheiro 
começou 
a ajudar na 
compra do 
enxoval do 
bebê.
Objetivo
Melhorar o 
relacionamento e o 
convívio familiar.
Sistema de 
Enfermagem
De apoio-educação.
Método Orientação e apoio.
Fonte: adaptado de Torres; Davim; Nóbrega (1999)
O plano de cuidado em Enfermagem está relacionado à Sistematização da 
Assistência de Enfermagem (SAE), sendo o diferencial na atuação do enfermeiro no 
tratamento aos pacientes que buscam atendimento em saúde. 
Desse modo, o processo de Enfermagem fica dividido em cinco etapas, sendo 
elas: coleta de dados, diagnóstico de Enfermagem, planejamento de Enfermagem, 
implementação da SAE e avaliação de Enfermagem, todas as etapas envolvidas em um 
processo sistemático, conforme mostra a Figura 4.
Figura 4 – Etapas da SAE
Fonte: Ribeiro; Pereira; Padoveze (2020, p. 39)
10
Portanto, para o desenvolvimento saudável de um ser humano, o autocuidado é 
essencial. Quando identificamos um déficit no autocuidado, é o momento da Enfermagem 
atuar e, literalmente, entrar em cena para auxílio ao paciente.
4 TEORIA DA ADAPTAÇÃO 
A enfermeira pesquisadora Callista Roy destaca a Enfermagem como ciência 
e prática. O ser humano se adapta às situações ambientais, no âmbito que envolve a 
saúde e a doença (KAMIYAMA, 1984; COELHO; MENDES, 2011). 
Figura 5 – Callista Roy
Fonte: https://nurseslabs.com/wp-content/uploads/2014/08/Sister-Callista-Roy.jpg. Acesso em: 25 set. 2022.
Três aspectos da sua Teoria da Adaptação são fundamentais, segundo Roy:
• Pessoa/grupo: sistema adaptativo em que se manifestam 
os principais mecanismos de adaptação categorizados como 
reguladores, sensoriais ou perceptores e as formas de adaptação 
identificadas: fisiológicas, de autoconceito, desempenho de papel 
e interdependência. 
• Meio: refere-se ao conjunto de três estímulos internos e externos 
inerentes à pessoa ou ao grupo (focal, contextual e residual), ou 
seja, todas as condições, circunstâncias e influências situacionais 
que afetam o desenvolvimento da pessoa/grupo. São estímulos 
importantes, na adaptação humana, o estágio do desenvolvimento 
da pessoa, a família e a cultura. 
• Saúde: o objetivo da Enfermagem é o de promover a adaptação 
e contribuir para a saúde que é um estado e processo do ser 
humano como um todo integrado, que tem o seu estilo peculiar de 
vida (KAMIYAMA, 1984, p. 202-203, grifo nosso). 
https://nurseslabs.com/wp-content/uploads/2014/08/Sister-Callista-Roy.jpg
11
A adaptação é necessária para manter o equilíbrio do ser humano, no âmbito 
da saúde perante as mudanças do meio interno e externo. As respostas adaptativas são 
consideradas estimulantes, diante de todas as alterações do meio e do nível de adaptação da 
pessoa/grupo. A questão comportamental envolve aspectos de sobrevivência, crescimento, 
reprodução e domínio sobre si, de sua vida e do ambiente (KAMIYAMA, 1984; COELHO; 
MENDES, 2011).
Callista Roy expôs o processo de Enfermagem, para assistir a pessoas/grupos, 
como:
• identificação de problemas;
• diagnóstico de Enfermagem ou classificação sumária do compor-
tamento da pessoa/grupo; 
• determinação dos objetivos da assistência; 
• intervenção de Enfermagem; 
• avaliação de Enfermagem (KAMIYAMA, 1984, p. 203).
A teoria de Roy, cada dia mais, tem sido aplicada pela Enfermagem, tendo 
em vista as necessidades patológicas do paciente em recuperação, com base no 
autocuidado em saúde. Assim, podemos evidenciar o avanço científico da atuação do 
enfermeiro. 
 5 TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS (NHB)
A enfermeira brasileira Wanda de Aguiar Horta nasceu em Belém do Pará, em 
1926, estudou na escola de Enfermagem, que ficava no Hospital de Clínicas da Faculdade 
de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), e se tornou professora, em 1959, dessa 
instituição. Aprimorou seus conhecimentos quando criou a Teoria das Necessidades 
Humanas Básicas (GONÇALVES, 1988). 
Figura 6 – Wanda de Aguiar Horta
Fonte: https://portal.uepg.br/noticias.php?id=14804. Acesso em: 25 set. 2022.
https://portal.uepg.br/noticias.php?id=14804
12
Wanda Horta implantou a sua teoria nos atendimentos de saúde, tornando-
os humanizados, ao levar em consideração sentimentos e emoções do paciente, que, 
posteriormente, nortearam a aplicação dos métodos de Enfermagem.
Para saber mais sobre Wanda Horta e a sua teoria, sugerimos a leitura do 
artigo Fragmentos da trajetória pessoal e profissional de Wanda Horta: 
contribuições para a área da Enfermagem: https://www.souenfermagem.
com.br/biblioteca/artigos/Wanda_Aguiar_Horta.pdf.
DICA
Para Horta (1979, p. 133), “Enfermagem é ciência e a arte de assistir o ser humano no 
atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo independente desta assistência 
através da educação; de recuperar, manter e promover sua saúde, contando para isso 
com a colaboração de outros grupos profissionais”. 
Uma frase de destaque da trajetória dessa importante figura na Enfermagem é 
“gente que cuida de gente” (COREN-SP, 2021).
Acadêmico, sugerimos a leitura do livro Processo de Enfermagem, da autora Wanda Horta.
DICA
Figura – Livro Processo de Enfermagem
Fonte: http://twixar.me/MNMm. Acesso em: 23 set. 2022.
Embora tenha sido desenvolvida a partir da Teoria da Motivação Humana de 
Maslow, que se fundamenta nas necessidades humanas básicas, a teoria de Wanda Horta 
foi aplicada à Enfermagem (HORTA, 1979).
https://www.souenfermagem.com.br/biblioteca/artigos/Wanda_Aguiar_Horta.pdf
https://www.souenfermagem.com.br/biblioteca/artigos/Wanda_Aguiar_Horta.pdf
13
Segundo Horta (1979), as leis que dão embasamento à Teoria das Necessidades 
Humanas Básicas são: 
• Lei do equilíbrio: todo universo se manter por processos de 
equilíbrio dinâmico entre seus seres (homeostase e hemodinâmica)
• Lei de adaptação: todos os seres do universo interagem com seu 
meio externo buscando sempre forma de ajustamento para se 
manterem em equilíbrio.
• Lei do holismo: o universo, o ser humano e as células são um 
todo, esse todo não é uma mera soma de partes constituintes de 
cada ser (HORTA, 1979, p. 28, grifo nosso).
TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS
I- A ENFERMAGEM É UM SERVIÇO PRESTADO AO HOMEM
— O Homem é parte integrante do Universo dinâmico e como tal sujeito a todas as 
leis que o regem, no tempo e no espaço.
— A dinâmica do Universo provoca mudanças que o levam a estados de equilíbrio e 
desequilíbrio no tempo e no espaço. Resulta, pois:
1. O Homem como parte integrante do Universo está sujeito a estados de 
equilíbrio e desequilíbrio no tempo e no espaço.
— O Homem se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de 
reflexão, por ser dotado do poder de imaginação e simbo lização e por poder unir 
presente, passado e futuro.
— Essas características do homem permitem sua Unicidade, Autenticidade e 
Individualidade (HORTA, 1974, p. 8).
Fonte: HORTA, W. A. Enfermagem: teoria, conceitos, princípios e processo. Rev. Esc. Enf. USR, v. 5, n. 1, 
p. 7-15, 1974. Disponível em: http://twixar.me/QNMm. Acessoconter o registro de 
Enfermagem, contemplando informações coerentes e completas a respeito das ações 
de Enfermagem. 
Ressalta-se que os registros de Enfermagem correspondem a 50% das 
informações registradas no prontuário referentes à condição clínica 
de um usuário e dos cuidados a ele prestados. Além das variadas 
finalidades associadas ao ensino, pesquisa, auditorias, respaldo legal 
e monitoramento estatístico, os registros de Enfermagem viabilizam 
a comunicação entre os profissionais de Enfermagem e os demais 
membros da equipe de saúde acerca dos eventos documentados e a 
avaliação da qualidade da assistência fornecida (NEVES, 2020, p. 200).
O registro de Enfermagem é uma ferramenta que possibilita a comunicação entre 
equipes multiprofissionais e a equipe de Enfermagem, principalmente na passagem do 
plantão, podendo ser utilizado nas consultas e em outras situações, a fim de possibilitar 
ao profissional a compreensão do quadro clínico do paciente, reforçando a continuidade 
do cuidado (NEVES, 2020).
178
Dessa maneira, a utilização do SOAP – um acrônimo para os métodos Subjetivo 
(S), Objetivo (O), Avaliação (A) e Plano (P) –, é um recurso de anotação de Enfermagem 
em prontuários e a subsequente padronização dos registros em etapas sequenciadas 
(Figura 15). 
Figura 15 – Significado de SOAP 
Fonte: adaptada de Neves (2020)
O propósito da utilização do método SOAP, segundo Neves (2020), é usar 
uma base de dados que auxiliará no planejamento e na administração da informação, 
preconizando o registro individualizado em saúde, utilizando a base de dados: da 
pessoa, lista de problemas ou folha de rosto, notas de evolução clínica ou notas de 
SOAP, fichas de acompanhamento, resumo e fluxograma, integrando a informação e 
elaborando, assim, a melhor estratégia de cuidado em saúde com qualidade.
Se constitui como um instrumento que pode ser aplicado para 
sistematizar o registro de Enfermagem na evolução diária em 
detrimento de suas estruturas de forma simplificada e sequencial. 
Concomitantemente a isso, pode ser implementado com o intuito de 
proporcionar acesso às informações, seja para as consultas cotidianas, 
seja para a contribuição de pesquisas (NEVES, 2020, p. 207).
Nesse sentido, a SOAP contempla informações subjetivas, objetivas e o plano 
de ação, ou seja, avaliação e prescrição de Enfermagem. A efetividade dos registros de 
Enfermagem não depende apenas dos instrumentos existentes nas instituições, pois 
está ligada à capacitação e orientações aos profissionais, à supervisão da equipe e às 
instruções para a sua utilização. Os registros devem ser claros, objetivos e completos 
(ROJAHN et al., 2014).
179
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2018) traz um modelo do sistema SOAP para 
atendimentos para atenção básica. No “Subjetivo”, o enfermeiro deve preencher dados 
no quadro CIAP2 (como cefaleia, vômito), ou seja, o relato do paciente. Assim que o 
profissional confirmar os dados, o sistema inclui os dados do prontuário do paciente, 
criando uma lista de motivos, permitindo ao profissional incluir ou modificar quantos 
forem necessários, para adequar ao relato do paciente (BRASIL, 2018).
Figura 16 – Modelo do sistema SOAP
Fonte: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/Manual_Pec_3_2.pdf. 
Acesso em: 3 out. 2022.
O registro Objetivo (Figura 17) funciona como uma estrutura de anotação 
dos sinais e sintomas que o profissional de saúde percebe durante a realização do 
atendimento, por exemplo: 
• antropometria: perímetro cefálico: registrar em centímetros (cm); 
peso: registrar em quilogramas (kg); altura: registrar em centímetros 
(cm); índice de massa corpórea (IMC): calculado automaticamente a 
partir da inserção dos dados referentes ao peso e à altura do cidadão; 
perímetro da panturrilha: registrar em centímetros (cm). 
• sinais vitais: pressão arterial (PA): o campo para registro da PA é no 
formato SSS/DDD, onde SSS é a pressão sistólica e DDD é a pressão 
diastólica, medidas em milímetros de mercúrio (mmHg); frequência 
respiratória: registrar em movimentos por minuto (mpm); frequência 
cardíaca: registrar em batimentos por minuto (bpm); temperatura: 
temperatura corporal, registrar em graus Celsius (°C); saturação O2: 
saturação do oxigênio no sangue, registrar em percentual (%);
• vacinação: vacinação em dia: campo destinado a informar se a 
vacinação do indivíduo, em qualquer faixa etária, está atualizada ou 
não, observando as normas preconizadas pelo Programa Nacional de 
Imunização (PNI) do Ministério da Saúde sobre o calendário vacinal 
nacional. 
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/Manual_Pec_3_2.pdf
180
• glicemia: glicemia capilar: registrar em miligramas por decilitro 
(mg/dL). É necessário informar se, no momento da coleta, o cidadão 
encontrava-se na situação de jejum, pré-prandial, pós-prandial ou 
não especificado (BRASIL, 2018, p. 235).
Figura 17 – Modelo sistema SOAP
Fonte: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/Manual_Pec_3_2.pdf. 
Acesso em: 3 out. 2022.
Na Figura 18, foi adicionada a opção “feminino” no sistema, que traz um quadro 
para que seja registrado a DUM, sendo possível definir a suspeita ou a confirmação de 
gestação ou mesmo para que o enfermeiro possa avaliar os resultados (BRASIL, 2018).
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/Manual_Pec_3_2.pdf
181
Figura 18 – Adendo do objetivo quando paciente é do sexo feminino
Fonte: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/Manual_Pec_3_2.pdf. 
Acesso em: 3 out. 2022.
Com relação à inclusão de resultados dos esquemas e de que forma devemos 
fazer no sistema, podendo deixar registrado no prontuário do paciente, podemos utilizar 
quatro passos: 
• Passo 1. Clique no botão “Informar Resultado” do exame – o 
sistema apresentará uma tela; 
• Passo 2. o bloco “Solicitação”, será mostrado o nome do exame em 
questão, a data da solicitação, os dados do profissional e UBS que 
realizou a solicitação; 
• Passo 3. No bloco “Resultados”, informe a data de realização, a 
data do resultado e a descrição sobre o(s) resultado(s) do exame; 
• Passo 4. No caso de ser um exame específico, algumas outras 
informações aparecerão no bloco “Resultado de exame específico” 
para serem preenchidas; 
• Passo 5. Para concluir, clique em “Salvar” (BRASIL, 2018, p. 238).
A Figura 19 apresenta alguns os exames complementares que podem ser 
solicitados como auxílio para o diagnóstico do paciente. 
Figura 19 – Exames complementares
Fonte: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/Manual_Pec_3_2.pdf. 
Acesso em: 3 out. 2022.
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/Manual_Pec_3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/Manual_Pec_3_2.pdf
182
A avaliação é registrada pelo profissional da saúde que utilizará raciocínio 
clínico, buscando o melhor diagnóstico. Se o profissional achar necessário fazer um 
acompanhamento, devido à condição do paciente, o sistema apresentará opções para 
avaliar, conforme o seguinte passo a passo:
• Passo 1. Informe o código CIAP2; 
• Passo 2. Após informar o código CIAP2, para registros de 
profissional médico ou odontólogo, é possível marcar a opção 
“Filtro CID10 X CIAP2”, que possibilita restringir a lista de códigos 
CID10 em relação a um código da CIAP2; logo depois, informe o 
CID10; 
• Passo 3. Caso necessário, registre alguma nota relacionada com o 
problema detectado; 
• Passo 4. Se houver necessidade de acompanhar este problema/
condição, marque a opção “Inserir na Lista de Problemas/Condições 
como ativo”; 
• Passo 5. Por último, clique no botão “Confirmar” para concluir 
(BRASIL, 2018, p. 242).
Na Figura 20, podemos conhecer a tela que se refere à avaliação dos resultados 
apresentados, sendo que o enfermeiro precisará de informação para poder registrar no 
formulário eletrônico do paciente. 
Figura 20 – Avaliação
Fonte: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/Manual_Pec_3_2.pdf. 
Acesso em: 3out. 2022
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/Manual_Pec_3_2.pdf
183
Após a identificação do problema do paciente, a última parte do registro do 
método SOAP é o plano de cuidado (Figura 21), no qual o sistema possibilita o registro 
para que o profissional possa descrever os procedimentos realizados, as intervenções, 
os planos de cuidado, o retorno à consulta, os atestados, os exames, a prescrição de 
medicação, as orientações, os encaminhamentos e os lembretes (BRASIL, 2018). 
Figura 21 – Plano de cuidado
Fonte: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/Manual_Pec_3_2.pdf. 
Acesso em: 3 out. 2022
Para compreendermos melhor o processo de Enfermagem, torna-se necessário o 
uso das etapas do SOAP, para que não só o enfermeiro possa utilizar essas informações, 
mas também haja um compartilhamento de toda a equipe de Enfermagem e de 
saúde em geral, diferentemente da SAE. Os registros de Enfermagem, normatizados 
pela Resolução Cofen nº 358/2009, equivalem a um modo sistemático em prestar 
assistência, de forma simplificada e padronizada. Portanto, o método SOAP incentiva 
uma assistência de Enfermagem qualificada, eficiente e eficaz (NEVES et al., 2020).
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/Manual_Pec_3_2.pdf
184
Para aprofundar o seu conhecimento, sugerimos a leitura do artigo 
Análise da evolução dos registros de Enfermagem numa unidade 
cirúrgica após implantação do método SOAP: http://twixar.me/cMMm.
DICA
Caro acadêmico, chegamos ao final da Unidade 3, em que conhecemos as 
principais competências de trabalho a serem executadas, acompanhadas e avaliadas 
pelo profissional enfermeiro. Nosso objetivo, nesta disciplina, foi apresentar um 
panorama de como o atendimento em saúde, quando aplicado de forma sistematizada e 
com base em evidências científicas, pode favorecer para um diagnóstico e uma prática 
terapêutica mais eficazes. 
Além disso, a implementação da prática baseada em evidências na Enfermagem 
possibilita uma melhoria na qualidade da assistência prestada ao paciente, assim como 
aos seus familiares, uma vez que intensifica o julgamento clínico do profissional. 
185
LEITURA
COMPLEMENTAR
PROCESSO DE ENFERMAGEM À PESSOA IDOSA NOS TEMPOS DE 
PANDEMIA DA COVID-19: CIPE®
INTRODUÇÃO
Estima-se que a pandemia da COVID-19, dramaticamente, provoque o aumento 
da pobreza e desemprego; impactos no bem-estar e saúde mental e o trauma de estigma 
e discriminação para com as pessoas idosas. Nesse sentido, desenvolver medidas 
que aliviem, promovam tranquilidade e/ou fortaleçam esses indivíduos, dentro do 
processo de Enfermagem, constitui-se trabalho essencial das equipes atuantes na área 
gerontológica. Por essa lógica, ao se considerar o domicílio, destaca-se que o cuidado 
realizado pelo enfermeiro, embora relevante, seja “incipiente diante da especificidade do 
cenário atual”. Em vista disso, tem-se buscado mais elementos para nortear as ações 
de prevenção do adoecimento e a promoção à saúde da pessoa idosa – de modo a se 
considerar a resiliência, positividade e seu importante papel na sociedade – como base 
para a execução da Sistematização da Assistência de Enfermagem. A Sistematização 
da Assistência de Enfermagem (SAE) instituída pela Resolução nº 358 Enfermagem nos 
âmbitos metodológico, pessoal e instrumental. Esse cuidado é operacionalizado pelo 
Processo de Enfermagem – PE, um recurso metodológico que dispõe de forma ordenada 
e científica não só da realização do cuidado de Enfermagem, mas também do Registro, 
tanto em ambientes públicos quanto privados. O que implica em comprovações da 
realização da prática profissional e, consequentemente, maior autonomia e visibilidade 
do trabalho do enfermeiro. O referido processo deve estar ancorado em uma teoria 
que norteie as etapas, cabendo somente ao enfermeiro a realização dos diagnósticos, 
resultados, intervenções e evoluções de Enfermagem que levem em consideração 
as informações relacionadas à pessoa, família ou coletividade humana. No âmbito da 
Enfermagem gerontológica, essas informações devem considerar, sobretudo, o processo de 
envelhecimento, as características da pessoa idosa, o local onde ela vive, bem como a 
rede de serviços de saúde acessível. Essas variáveis irão ajudar o enfermeiro a executar, 
prioritariamente, ações de prevenção e promoção da saúde dessas pessoas. No 
entanto, para traçar os diagnósticos de Enfermagem, o enfermeiro deverá escolher uma 
terminologia para a padronização do título diagnóstico que embase a sua construção 
intelectual. Para tanto, algumas são amplamente utilizadas, como: NANDA International 
(NANDA-I); Nursing Interventions Classification (NIC); Nursing Outcome Classification 
(NOC); Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®), sendo este o 
único sistema de classificação em Enfermagem reconhecido pela Organização Mundial 
da Saúde. A taxonomia NANDA-I consiste em julgamentos clínicos sobre as respostas 
do indivíduo, família e comunidade a problemas de saúde reais ou potenciais. Com base 
186
nesses problemas, o enfermeiro pode definir as intervenções indicadas para alcançar 
os resultados esperados. A cada dois anos é realizada a conferência da NANDA-I para 
discussão e aprovação de novos diagnósticos. A NIC são intervenções realizadas pela 
Enfermagem para melhorar o resultado do paciente. Uma intervenção é formada 
por várias atividades e informada em evidências. Já a NOC refere-se a condições de 
saúde do paciente, família ou comunidade, com o objetivo de analisar as mudanças 
apresentadas, após as intervenções de Enfermagem.
Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) 
A CIPE® é uma terminologia padronizada, ampla e complexa, que representa o 
domínio da prática de Enfermagem no âmbito mundial. É considerada uma tecnologia 
de informação que proporciona a coleta, o armazenamento e a análise de dados de 
Enfermagem em uma variedade de cenários, linguagens e regiões geográficas. Esta 
terminologia contribui para que a prática dos profissionais da Enfermagem seja eficaz 
e, sobretudo, torne-se visível no conjunto de dados sobre saúde e reconhecida pela 
sociedade. A CIPE® facilita o raciocínio clínico e a documentação padronizada do 
cuidado prestado ao paciente pelo profissional de Enfermagem, seja em prontuários 
eletrônicos ou sistemas manuais de registros. A versão 2019/2020 é a mais recente e 
mantém a representação multiaxial (Modelo de Sete Eixos) para organizar os conceitos 
primitivos do domínio da Enfermagem. Além disso, apresenta conjuntos de conceitos 
pré-coordenados, de diagnósticos/resultados e intervenções de Enfermagem, a fim de 
facilitar a elaboração de Catálogos ou Subconjuntos terminológicos da CIPE®.
 
Fonte: MELO, P. de O. C. et al. Processo de Enfermagem à Pessoa Idosa nos Tempos de Pandemia da 
Covid-19: CIPE. Enfermagem gerontológica no cuidado do idoso em tempos da COVID, v. 19. 
Disponível: http://twixar.me/sMMm. Acesso em: 10 out. 2022.
187
Neste tópico, você aprendeu:
• Os Sistemas de Linguagens Padronizados proporcionam mais do que um método 
claro de documentação, fornecendo orientação e apoio para o enfermeiro em seu 
raciocínio clínico.
• O registro de Enfermagem é uma ferramenta que possibilita a comunicação entre 
equipes multiprofissionais e a equipe de Enfermagem, principalmente na passagem 
do plantão.
• O Método SOAP é utilizado no processo de Enfermagem, servindo como base para o 
registro de Enfermagem.
• A Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) é dividida em 
sete eixos, para facilitar a atuação do enfermeiro, sendo eles: foco, julgamento, meios, 
ação, tempo, localização e cliente.
RESUMO DO TÓPICO 3
188
1 A CIPE® contém termos distribuídos em seus sete eixos, para a composição de 
diagnósticos, intervenções e resultados de Enfermagem, conforme a área de atuação 
do enfermeiro. Em quantos eixos, relacionados ao processo de Enfermagem e à SAE, 
a CIPE® é estruturada e quais são os eixos?2 De acordo com a história, a CIPE® teve seu marco principal, em 1989, em um 
congresso quadrienal que ocorreu na Coreia do Sul, quando o Conselho Nacional 
de Representantes do Conselho Internacional de Enfermeiros (CNR-CIE) obteve 
a aprovação da resolução para desenvolvimento da Classificação para a Prática 
Profissional de Enfermagem. Nesse contexto, a CIPE® passou por várias atualizações. 
Em que ano a versão beta 2 da CIPE® foi lançada?
a) ( ) 2003.
b) ( ) 2002.
c) ( ) 2008.
d) ( ) 2001.
3 Na atenção primária à saúde, a SOAP é um acrônimo de “Subjetivo, Objetivo, Avaliação 
e Plano”, cujo objetivo é auxiliar no registro dos dados do paciente. Descreva o 
significado de cada um desses quatros itens.
4 Segundo Tannure (2008), para que o uso da classificação seja efetivo, é preciso 
desenvolver um conceito como base, para organizar o conhecimento de Enfermagem, 
facilitando com que esse sistema de classificação seja utilizado para _______, 
___________, ___________, _________, _________________ 
e a __________ de Enfermagem. 
Fonte: TANNURE, M. C. Banco de termos da linguagem especial de Enfermagem para Unidade de Terapia 
Intensiva de adultos. Dissertação (Mestre em Enfermagem) – Escola de Enfermagem da UFMG, Belo 
Horizonte, 2008. Disponível em: http://twixar.me/QMMm. Acesso em: 11 out. 2022.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) Comunicar a prática, investigar, identificar, arquivar, escrever e analisar.
b) ( ) Coletar, arquivar, investigar, analisar, comunicar informações e a prática.
c) ( ) Arquivar, identificar, Coletar, prática, Aplicar, investigar problemas e a analisar.
d) ( ) Coletar, identificar, Arquivar, prática, aplicar, comunicar informações e analisar.
AUTOATIVIDADE
189
5 A CIPE® é uma terminologia ampla e complexa, que representa o domínio da prática 
da Enfermagem; trata-se de uma norma internacional para facilitar a coleta, o 
armazenamento e a análise de dados de Enfermagem, por meio de definições de saúde, 
idiomas e regiões geográficas distintas (BARROS et al., 2015). Sobre a terminologia 
CIPE®, assinale a alternativa CORRETA:
Fonte: BARROS, A. L. B. L. et al. Processo de Enfermagem: guia para a prática. Conselho Regional de Enfer-
magem de São Paulo. São Paulo: COREN-SP, 2015. 113p.
a) ( ) Classificação Internacional para o Processo de Enfermagem.
b) ( ) Controle Internacional para o Processo de Enfermagem.
c) ( ) Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem.
d) ( ) Controle Intersetorial para a Prática de Enfermagem.
190
191
AQUINO, D. R.; LUNARDI FILHO, W. D. Construção da prescrição de Enfermagem 
informatizada em uma UTI. Cogitare Enferm. v. 9, n. 1, p. 60-70, 2004. Disponível em: 
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http://departamentos.cardiol.br/dha/ligas/arquivos/ficha-enfermeiroII.pdf
http://departamentos.cardiol.br/dha/ligas/arquivos/ficha-enfermeiroII.pdfem: 28 set. 2021.
A partir da Figura 7, podemos entender melhor a Teoria das Necessidades de 
Maslow, que proporcionou embasamento científico para a Teoria das Necessidades 
Humanas Básicas.
14
Figura 7 – Teoria das Necessidades de Maslow
Fonte: https://www.psicologia.pt/artigos/textos/AOP0443/Piramide_Maslow.jpg. Acesso: 25 set. 2022.
Ainda sobre as necessidades humanas básicas, destacamos o enfoque no 
conceito, nas proposições e nos princípios:
CONCEITO, PROPOSIÇÕES E PRINCÍPIOS
— A ciência da Enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas 
básicas, dos fatores que alteram sua manifestação e atendimento, e na assistência 
a ser prestada.
— Alguns princípios podem também ser deduzidos:
• A Enfermagem respeita e mantém a unicidade, autenticidade e individualidade 
do Homem.
• A Enfermagem é prestada ao homem, e não à sua doença ou desequilíbrio.
• Todo o cuidado de Enfermagem é preventivo, curativo e de reabilitação.
• A Enfermagem reconhece o homem como membro de uma família e de uma 
comunidade.
• A Enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo no 
seu autocuidado.
Para que a Enfermagem atue eficientemente, necessita desenvolver sua 
metodologia de trabalho que está fundamentada no método científico. Esse método 
de atuação da Enfermagem é denominado processo de Enfermagem. 
Fonte: HORTA, W. A. Enfermagem: teoria, conceitos, princípios e processo. Rev. Esc. Enf. USR, v. 5, n. 1, 
p. 7-15, 1974. Disponível em: http://twixar.me/QNMm. Acesso em: 28 set. 2021.
https://www.psicologia.pt/artigos/textos/AOP0443/Piramide_Maslow.jpg
15
Acadêmico, sugerimos a leitura do artigo Enfermagem: teoria, conceitos, 
princípios e processo, para uma melhor compreensão do processo de 
Enfermagem: http://twixar.me/QNMm
DICA
Para Horta (1979, p. 39), as necessidades humanas básicas podem ser descritas 
como “estados de tensões conscientes ou inconscientes, resultantes dos desequilíbrios 
hemodinâmicos dos fenômenos vitais”. 
Acadêmico, neste tópico, tivemos a oportunidade de ampliar o nosso 
conhecimento sobre as teorias de Enfermagem e estudar sobre 
a sua importância para o desenvolvimento de nossas atividades 
profissionais no dia a dia. No Tópico 2, estudaremos a consulta 
de Enfermagem, apresentando quais são as nossas atribuições, 
enquanto profissionais da saúde e membros de equipes, no 
atendimento ao paciente.
NOTA
16
Neste tópico, você aprendeu:
• Florence Nightingale é responsável pela Teoria Ambiental e reconhecida, 
mundialmente, como uma referência na área de Enfermagem. Os principais fatores 
envolvidos no cuidado em saúde nessa teoria: o paciente, o ambiente e o profissional de 
saúde. 
• Wanda de Aguiar Horta criou a teoria das Necessidades Humanas Básicas, que foi 
implantada nos atendimentos de saúde, tornando-os humanizados, ao levar em 
consideração sentimentos e emoções do paciente, que, posteriormente, nortearam a 
aplicação dos métodos de Enfermagem.
• Existem quatro principais teorias de Enfermagem: ambiental, autocuidado, adaptação 
e necessidade humanas básicas.
RESUMO DO TÓPICO 1
17
1 As teorias definem e esclarecem a Enfermagem e a finalidade da sua prática, para 
distingui-la das outras profissões de atendimento, estabelecendo seus limites 
profissionais. Descreva o tema central das teorias de Enfermagem desenvolvidas por 
Florence Nightingale e Dorothea Orem.
2 O uso da teoria de Enfermagem oferece estrutura e organização ao conhecimento 
de Enfermagem e proporciona um meio sistemático de coletar dados para descrever, 
explicar e prever a prática da profissão. Ela confere um propósito mais claro, enunciando 
não apenas o foco dessa prática, mas ainda metas e resultados específicos. Sobre as 
teorias, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) A teoria de Florence Nightingale dá particular importância para a manutenção 
do ambiente, visando a facilitar a execução dos cuidados prestados pelos 
enfermeiros, com destaque para a ventilação, a iluminação, o calor, a limpeza, os 
ruídos, os odores e a alimentação.
b) ( ) A teoria de Orem define três outras teorias sequenciais: teorias do autocuidado, 
do déficit no autocuidado e de sistemas de Enfermagem, sendo a teoria do déficit 
do autocuidado a principal, pois orienta o desenvolvimento das outras duas 
teorias, que devem ser aplicadas, de forma simultânea e sistemática, durante a 
realização do cuidado.
c) ( ) Um metaparadigma representa a visão de mundo de uma disciplina – a 
perspectiva mais global, que subordina visões e abordagens mais específicas 
aos conceitos centrais com os quais a disciplina se preocupa. Acredita-se 
que o metaparadigma da Enfermagem comumente consiste nos conceitos de 
indivíduo, ambiente, saúde e Enfermagem.
d) ( ) A teoria das Necessidades Humanas Básicas, de Wanda de Aguiar Horta, recebeu 
forte influência da teoria de Maslow. Horta classificou as necessidades humanas 
básicas em diferentes níveis: necessidades fisiológicas, de segurança, de 
aceitação, de amor, de estima e de autorrealização.
e) ( ) Florence Nightingale define três categorias dentro da sua teoria: autocuidado, 
déficit no autocuidado e de sistemas de Enfermagem.
3 As teorias de Enfermagem auxiliam a compreensão da realidade, favorecendo a 
reflexão e a crítica, evitando a naturalidade e a banalidade dos fenômenos, com 
base em elementos científicos no entendimento e na análise da realidade. A Teoria 
Ambientalista demonstrou que, com um ambiente limpo, o número de infecções 
diminui. Assinale a alternativa CORRETA sobre a teórica responsável por essa teoria:
AUTOATIVIDADE
18
a) ( ) Wanda de Aguiar Horta.
b) ( ) Joyce Travelbee.
c) ( ) Hildegard Peplau.
d) ( ) Florence Nightingale.
e) ( ) Dorothea Orem.
4 O processo de Enfermagem é instrumento que carece de suporte teórico para a sua 
utilização. Segundo estudos, existem diferentes teorias e modelos teóricos e todos 
eles refletem os conceitos centrais da Enfermagem. Quais são esses conceitos? 
5 A Enfermagem tem como base teórico-científica seus métodos próprios de cuidado 
e teorias que apoiam esse cuidado, fazendo parte de todo o processo de saúde 
aplicado pela equipe de Enfermagem. O Processo de Enfermagem está dividido em 
cinco etapas. Quais são essas etapas?
19
CONSULTA DE ENFERMAGEM
UNIDADE 1 TÓPICO 2 — 
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos a consulta de Enfermagem, que é um conjunto de 
ações realizadas, exclusivamente, pelo enfermeiro, sendo este o único profissional da 
equipe de saúde responsável e habilitado para fazer a consulta – portanto, trata-se de 
uma atribuição privativa do enfermeiro. 
Figura 8 – Consulta de Enfermagem
Fonte: http://twixar.me/xNMm. Acesso em: 25 set. 2022.
A consulta de Enfermagem tem como objetivo identificar possíveis problemas 
de saúde do paciente, podendo fazer uso de algumas prescrições de Enfermagem e 
implantar medidas de Enfermagem que visem à promoção, à proteção, à recuperação e à 
reabilitação do paciente.
A consulta pode ser prestada de forma individual, quando se trata de um 
paciente, e de forma coletiva, quando prestamos atendimento aos familiares e, até 
mesmo, à comunidade, como nos grupo de apoio nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
20
Figura 9 – Acolhimento da comunidade nas UBS
Fonte: https://redehumanizasus.net/95313-unidade-basica-de-saude-ubs/. Acesso em: 26 set. 2022.
Para complementar os seus estudos, acesse a Lei nº 7.498, de 25 de 
junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da 
Enfermagem e dá outras providências: http://twixar.me/6NMm.
INTERESSANTE
Conforme a Lei nº 7.498/1986 (BRASIL, 1986), regulamentada pelo Decreto 
nº 94.406, de 9 de junho de 1987 (COFEN, 1987), determina que cabe ao enfermeiro 
as atividades privativas de consulta de Enfermagem, prescrição e assistência de 
Enfermagem, sendo este profissional o responsável pelo atendimento ao paciente.
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, 
cabendo-lhe: 
I- privativamente: 
a) direção do órgão de enfermagemintegrante da estrutura básica 
da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e 
de unidade de enfermagem; 
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas 
atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses 
serviços; 
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação 
dos serviços da assistência de enfermagem; 
[...]
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de 
enfermagem; 
i) consulta de enfermagem; 
j) prescrição da assistência de enfermagem; 
https://redehumanizasus.net/95313-unidade-basica-de-saude-ubs/
21
l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco 
de vida; 
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que 
exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar 
decisões imediatas (BRASIL, 1986, p. 2-3).
2 CONSULTA DE ENFERMAGEM
Na atenção básica de saúde, os enfermeiros devem garantir a aplicabilidade da 
consulta de Enfermagem, sendo parte da assistência prestada ao paciente.
A consulta de Enfermagem deve ser aplicada para integrar os primeiros 
cuidados de Enfermagem que devemos aplicar ao paciente, sendo assim fazemos o 
acompanhamento, proteção e principalmente nos preocupamos com a bem-estar físico e 
mental do paciente. 
A Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017, do Ministério da Saúde, descreve 
as atribuições de cada profissional na atenção básica e, entre as diversas atribuições do 
enfermeiro, destacam-se:
I- Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias vinculadas 
às equipes e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou 
nos demais espaços comunitários (escolas, associações entre 
outras), em todos os ciclos de vida.
II- Realizar consulta de Enfermagem, procedimentos, solicitar 
exames complementares, prescrever medicações conforme 
protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, ou outras normativas 
técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal 
ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da 
profissão (BRASIL, 2017, s. p.).
Para aprimorar os seus conhecimentos, sugerimos a leitura do artigo 
O conceito de ação comunicativa: Uma contribuição para a consulta de 
Enfermagem, disponível em: http://twixar.me/2NMm.
DICA
A consulta de Enfermagem é de grande importância, seja na atenção básica, 
no ambiente hospitalar e privado. Sousa et al. (2020) destaca a atual relevância na 
assistência prestada pelo enfermeiro com o reconhecimento e crescimento ao prestar a 
consulta de Enfermagem.
22
O grau de satisfação daqueles que recorrem a atenção básica está 
intimamente ligado à capacidade de resolutividade dos enfermeiros 
que os atendem. Neste sentido a resolutividade tem grande 
importância tanto para as diretrizes da Política Nacional de Atenção 
Básica (PNAB) quanto para o enfermeiro (SOUSA et al., 2020, p. 25).
Figura 10 – Atuação do enfermeiro
Fonte: http://twixar.me/xNMm. Acesso em: 25 set. 2022.
No que se refere à consulta de Enfermagem, cabe ao enfermeiro realizar 
ou supervisionar o acolhimento, de forma qualificada, efetuando a classificação de 
risco, estruturar um plano de cuidados, efetuar a estratificação de risco com equipes 
multidisciplinares, elaborar atividades em grupo e realizar o encaminhamento dos 
usuários, quando necessário, a outros serviços de saúde.
Na Figura 11, temos a classificação de risco, bem como os seus resultados na 
forma de escore, para auxiliar o enfermeiro durante a atuação na consulta de Enfermagem. 
23
Figura 11 – Classificação de risco
Fonte: http://twixar.me/HNMm. Acesso em: 27 set. 2022.
Após a aplicação da classificação de risco, cabe ao enfermeiro realizar a 
somatória dos resultados e interpretar a avaliação de escore, que nada mais é do que o 
resultado dos dados coletados do paciente. Assim, o enfermeiro precisa a conduta da 
equipe de Enfermagem, para a atuação no paciente. 
O escore possibilita conduta referente à reavaliação, após a aplicabilidade 
dos resultados, determinando o encaminhamento a ser dado ao paciente, conforme 
podemos observar na Figura 12.
24
Figura 12 – Escore
Fonte: INTS (2021, p. 3)
Compete ao enfermeiro, ainda, gerenciar, planejar e avaliar ações a serem 
realizadas por técnicos ou auxiliares de Enfermagem, agentes de combate às endemias 
(ACE) e agentes comunitários de saúde (ACS), além de supervisionar os procedimentos 
feitos por cada profi ssional envolvido no atendimento ao paciente. 
Figura 13 – Representação de uma equipe de saúde
Fonte: http://twixar.me/kNMm. Acesso: 27 set. 2022.
O enfermeiro deverá implementar e atualizar protocolos, fl uxos e rotinas 
pertinentes a sua área de competência na UBS, assim como exercer as atribuições, 
conforme a legislação vigente, dos profi ssionais na área de atuação (BRASIL, 2017). 
No Quadro 3, apresentamos as principais atribuições do técnico de Enfermagem e do 
enfermeiro na UBS.
25
Quadro 3 – Principais atribuições do técnico em Enfermagem e do enfermeiro
Técnico em Enfermagem Enfermeiro
Prestar assistência de Enfermagem segura, 
humanizada e individualizada aos pacientes, 
sob supervisão do enfermeiro, assim como 
colaborar nas atividades de ensino e pesquisa 
desenvolvidas na instituição.
Direção do órgão de Enfermagem integrante 
da estrutura básica da instituição de saúde, 
pública ou privada, e chefi a de serviço e de 
unidade de Enfermagem.
Coletar e/ou auxiliar o paciente na coleta de 
material para exames de laboratório, segundo 
orientação.
Organização e direção dos serviços de 
Enfermagem e de suas atividades técnicas e 
auxiliares nas empresas prestadoras desses 
serviços.
Realizar exames de eletrodiagnósticos e 
registrar os eletrocardiogramas efetuados, 
segundo instruções médicas ou de 
Enfermagem.
Planejamento, organização, coordenação, 
execução e avaliação dos serviços da 
assistência de Enfermagem.
Orientar e auxiliar pacientes, prestando 
informações relativas a higiene, alimentação, 
utilização de medicamentos e cuidados espe-
cífi cos em tratamento de saúde.
Consultoria, auditoria e emissão de parecer 
sobre matéria de Enfermagem.
Verifi car os sinais vitais e as condições gerais 
do paciente, segundo prescrição médica e de 
Enfermagem.
 Consulta de Enfermagem.
Preparar e administrar medicações por 
via oral, tópica, intradérmica, subcutânea, 
intramuscular, endovenosa e retal, segundo 
prescrição médica, sob supervisão do 
Enfermeiro.
Prescrição da assistência de Enfermagem.
Cumprir prescrições de assistência médica e 
de Enfermagem.
Cuidados diretos de Enfermagem a pacientes 
graves com risco de vida.
Realizar a movimentação e o transporte de 
pacientes de maneira segura.
Cuidados de Enfermagem de maior 
complexidade técnica e que exijam 
conhecimentos científi cos adequados e 
capacidade de tomar decisões imediatas.
Auxiliar nos atendimentos de urgência e 
emergência.
Participação no planejamento, execução e 
avaliação da programação de saúde.
Realizar controles e registros das atividades 
do setor e outros que se fi zerem necessá-
rios para a realização de relatórios e controle 
estatístico.
Participação na elaboração, execução e 
avaliação dos planos assistenciais de saúde.
Efetuar o controle diário do material utilizado, 
bem como requisitar, conforme as normas da 
instituição, o material necessário à prestação 
da assistência à saúde do paciente.
Prescrição de medicamentos, previamen-
te, estabelecidos em programas de saúde 
pública e em rotina aprovada pela instituição 
de saúde.
Efetuar o controle diário do material utilizado, 
bem como requisitar, conforme as normas da 
instituição, o material necessário à prestação 
da assistência à saúde do paciente.
Participação em projetos de construção 
ou reforma de unidades de internação; 
prevenção e controle sistemático da infecção 
hospitalar, inclusive como membro das 
respectivas comissões.
26
Manter equipamentos e a unidade de trabalho 
organizada, zelando pela sua conservação e 
comunicando ao superior eventuais problemas.
Participação na elaboraçãode medidas de 
prevenção e controle sistemático de danos 
que possam ser causados aos pacientes 
durante a assistência de Enfermagem.
Executar atividades de limpeza, desinfecção, 
esterilização de materiais e equipamentos, 
bem como seu armazenamento e distribuição.
Participação na prevenção e controle das do-
enças transmissíveis em geral e nos progra-
mas de vigilância epidemiológica.
Propor a aquisição de novos instrumentos 
para reposição daqueles que estão avariados 
ou desgastados.
Prestação de assistência de Enfermagem à 
gestante, parturiente, puérpera e ao recém-
nascido.
Realizar atividades na promoção de 
campanha do aleitamento materno bem 
como a coleta no lactário ou no domicílio.
Participação nos programas e nas atividades 
de assistência integral à saúde individual e de 
grupos específicos, particularmente daqueles 
prioritários e de alto risco.
Auxiliar na preparação do corpo após o óbito.
Acompanhamento da evolução e do trabalho 
de parto.
Participar de programa de treinamento, quando 
convocado.
Execução e assistência.
participação nos programas de treinamento 
e aprimoramento de pessoal de saúde, 
particularmente nos programas de educação 
continuada.
Executar tarefas pertinentes à área de 
atuação, utilizando-se de equipamentos e 
programas de informática.
Participação em programas e atividades de 
educação sanitária, visando à melhoria de 
saúde do indivíduo, da família e da população 
em geral.
Executar outras tarefas compatíveis com as 
exigências para o exercício da função.
Participação nos programas de higiene e 
segurança do trabalho e de prevenção de 
acidentes e de doenças profissionais e do 
trabalho.
Auxiliar o superior na prevenção e no controle 
das doenças transmissíveis em geral, em 
programas de vigilância epidemiológica e no 
controle sistemático da infecção hospitalar.
Participação na elaboração e na 
operacionalização do sistema de referência e 
contrarreferência do paciente nos diferentes 
níveis de atenção à saúde; participação no 
desenvolvimento de tecnologia apropriada à 
assistência de saúde.
Fonte: adaptado de Brasil (1986)
São inúmeros os tipos de demanda em que o enfermeiro da UBS irá realizar 
a consulta de Enfermagem, porém é importante ressaltarmos alguns deles, como 
atendimento a gestantes de baixo risco, realização do preventivo de coleta de secreção do 
colo uterino (Papanicolau) e orientação para a realização do exame de mamas para a 
prevenção do câncer. 
27
Figura 14 – Modelo de formulário da consulta de Enfermagem
Fonte: http://twixar.me/qNMm. Acesso em: 3 out. 2022.
Na consulta de Enfermagem, deve-se orientar as puérperas, esclarecer as 
dúvidas sobre o aleitamento materno, enfatizar e explicar a cobertura vacinal e sua 
importância para a vida saudável do bebê, sendo este um direito dele, e realizar o 
acompanhamento no desenvolvimento infantil. 
Ainda, na saúde do adulto e do idoso, o enfermeiro irá atuar no controle e 
no monitoramento de comorbidades e morbidades, na manutenção e na autonomia 
desses pacientes (BORGES, 2018), promovendo, assim, o seu reestabelecimento social e 
profissional o mais rápido possível. 
3 PROCESSO DE ENFERMAGEM
A consulta de Enfermagem ocorre, de forma sistematizada, por meio do processo 
de Enfermagem, o qual é usado como uma ferramenta que orienta o profissional no 
cuidado, seja no âmbito público, privado de forma sistemática.
28
Figura 15 – Consulta de Enfermagem sistematizada
Fonte: http://twixar.me/fcMm. Acesso em: 25 set. 2022.
 O processo de Enfermagem ocorre em cinco etapas: coleta de dados de 
Enfermagem ou histórico de Enfermagem, diagnóstico de Enfermagem, planejamento 
de Enfermagem, implementação e avaliação de Enfermagem. 
Quadro 4 – Etapas do processo de Enfermagem
Etapas do processo de Enfermagem
Coleta de dados
Diagnóstico de Enfermagem
Planejamento de Enfermagem
Implementação
Avaliação de Enfermagem
Fonte: as autoras
A primeira etapa é a coleta de dados de Enfermagem , que tem como 
propósito obter informações básicas, como histórico de usuário, família ou comunidade. 
Na coleta de dados, abre-se espaço para o paciente dialogar, criando um vínculo e 
agindo de forma terapêutica. 
Figura 16 – Enfermeiros
Fonte: http://twixar.me/3cMm. Acesso em: 25 set. 2022.
29
A coleta de dados no processo de Enfermagem é considerada a primeira a 
ser aplicada ao paciente, porém, como profissionais de Enfermagem, sabemos que ela 
continua durante todo o tratamento do paciente.
Para realizar a coleta de dados, alguns pontos devem ser seguidos pelos 
enfermeiros:
• Domínio profissional, a partir das suas responsabilidades práticas no atendimento.
• Coletar apenas informações necessárias para o tratamento do paciente.
• Escolha correta na elaboração de perguntas e observações pertinentes ao 
atendimento de saúde do paciente.
Figura 17 – Tipos de coletas de dados
Fonte: adaptada de Tannure; Gonçalves (2008)
A coleta de dados deve iniciar no momento que o paciente chega para o 
atendimento, independentemente do local, seja público ou privado. O enfermeiro pode 
escolher qual tipo de coleta de dado ele prefere utilizar para esse atendimento, porém, 
independentemente da escolha, esta deve ser clara, sem condições para julgamento.
Durante a coleta de dados, o enfermeiro precisa encontrar e identificar dois 
tipos de dados: objetivos e subjetivos.
30
Quadro 5 – Tipos de coleta de dados objetivos e subjetivos
Dados objetivos
Realizados pelo enfermeiro, quando se deve verificar órgãos dos 
sentidos, com auxílio de equipamentos específicos, sendo: balança, 
estetoscópio, esfigmomanômetro, termômetro, entre outros.
Dados subjetivos
Serão obtidos na forma de perguntas ou instrumento científico, no 
qual o paciente irá confirmar os dados. Ao realizar a coleta de dados, 
verificar se o ambiente que será usado se encontra livre de ruídos 
interrupções, sendo bem iluminado e tranquilo. 
Fonte: adaptado de Tannure; Gonçalves (2008)
No processo de coleta de dados, o enfermeiro avaliará, perante a observação e o 
que o paciente relata, a fim de que os dados coletados indiquem uma intervenção sobre a 
presença ou não de um problema (TANNURE; GONÇALVES, 2008, p. 24)
No entanto, os dados coletados precisam apresentar algumas características 
muito importantes: primeiramente, precisam ser válidos, ou seja, representar a resposta 
humana (por exemplo, relatos de dor); a segunda característica é que eles precisam ser 
confiáveis, de preferência, que possam ser coletados a partir de uso de equipamentos 
específicos (por exemplo, balança, esfigmomanômetro); e, por fim, está a relevância 
desses dados para o fechamento do diagnóstico do paciente. 
Quadro 6 – Tipos de dados
Confiáveis
Obtidos por meio de instrumentos acurados e que são 
representativos da resposta humana; nesse caso, pode-se 
considerar desde a utilização de equipamentos calibrados, como 
uma balança ou esfigmomanômetro.
Válidos
Representam as propriedades da resposta humana que está sendo 
julgada; por exemplo, o relato verbal de dor pode ser considerado 
um dado válido para afirmar o diagnóstico dor (aguda ou crônica), 
mas, por outro lado, o relato verbal de ocorrência de edema, ao final 
do dia, não parece ser um dado válido para afirmar o diagnóstico 
débito cardíaco diminuído.
Relevantes
São os dados válidos, porém, levando-se em conta o propósito 
da coleta de dados; por exemplo, a observação da presença de 
edema pode ser um dado válido para o diagnóstico débito cardíaco 
diminuído, porém a informação de que ele ocorre ao final do dia 
torna o dado pouco relevante para esse diagnóstico.
Fonte: adaptado de Barros et al. (2015)
A segunda etapa é o diagnóstico de Enfermagem e consiste em realizar 
o planejamento de atuação e a compreensão com o agrupamento das informações 
coletadas sobre o processo saúde-doença, seja de usuário, família ou comunidade, 
contemplando tudo na tomada de decisão do diagnóstico de Enfermagem. 
31
O diagnóstico de Enfermagem é centralizado no cuidado ao paciente,podendo 
ser realizado a curto, médio e longo prazos.
O enfermeiro usa, como principal referencial, a aplicação de diagnóstico de 
Enfermagem NANDA (acrônimo para North American Nursing Diagnosis Association), 
internacionalmente conhecido como NANDA-I, que utiliza, como padrão, para as 
respostas, o corpo humano na sua essência.
Figura 18 – NANDA
Fonte: http://twixar.me/KcMm Acesso: 27 set. 2022
Ainda no planejamento de Enfermagem, a terceira etapa da consulta de 
Enfermagem é o planejamento, quando os enfermeiros definem as ações e as intervenções 
de Enfermagem que devem ser realizadas e aplicadas no paciente. 
Nessa etapa da consulta de Enfermagem, deve-se enfatizar a promoção, a 
prevenção, a recuperação e a reabilitação da saúde. Portanto, esse planejamento é de 
extrema importância para determinar os resultados que a equipe de Enfermagem busca 
alcançar, já constatados no diagnóstico de Enfermagem.
32
Com a finalidade de estabelecer resultados dos diagnósticos de Enfermagem, 
devemos utilizar a Classificação de Resultados de Enfermagem, conhecida como NOC.
NOC é um tema que será abordado, de forma mais clara, na Unidade 2.
ESTUDOS FUTUROS
Para aprimorar seus conhecimentos sobre os protocolos de Enfermagem, 
acesse: http://twixar.me/ncMm.
DICA
As intervenções de Enfermagem podem ser selecionadas com linguagem 
padronizada, conforme a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem 
(CIPE) ou a Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). 
A quarta etapa se caracteriza pela implementação, a qual é executada pela 
equipe de Enfermagem, composta por enfermeiros, técnicos e auxiliares de saúde. 
Nesse momento, a equipe técnica e auxiliar deve aplicar a prescrição de Enfermagem 
feita pelo enfermeiro.
Nessa etapa do processo, toda a equipe envolvida deve realizar as suas 
anotações no prontuário do paciente, seja físico ou eletrônico.
33
Figura 19 – Prontuário eletrônico
Fonte: http://twixar.me/1cMm. Acesso em: 5 out. 2022.
Na consulta de Enfermagem, a quinta etapa do processo de Enfermagem é 
a avaliação, um método sistemático e contínuo, no qual será analisada a resposta do 
paciente e do quadro clínico, para verificação de mudanças ou adaptações do processo 
de Enfermagem. 
Nesse momento, cabe ao enfermeiro fazer o levantamento das ações, avaliar 
os resultados, observando-se os casos que não obtiveram resultado evidenciados, a 
fim de podermos compreender a evolução do paciente durante todo o processo de 
atendimento da saúde.
34
Figura 20 – Diferenças entre evolução e anotação de Enfermagem
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/711850284846678483/. Acesso: 27 set. 2022.
Segundo Borges (2018), o método SOAP (do acrônimo subjetivo, objetivo, 
avaliação e plano) baseia-se em um suporte teórico, a fim de orientar o processo de 
Enfermagem como um todo, contemplando as ações de Enfermagem a serem utilizadas 
no registro do prontuário do paciente (Quadro 7).
Quadro 7 – SOAP
Subjetivo (S)
Nessa parte, anotam-se as informações recolhidas na entrevista clínica 
sobre o motivo da consulta ou o problema de saúde em questão. Inclui 
as impressões subjetivas do profissional de saúde e as expressadas pela 
pessoa que está sendo cuidada. Se tivermos como referencial o “método 
clínico centrado na pessoa” (MCCP), é nessa seção que exploramos 
a “experiência da doença” ou a “experiência do problema” vivida pela 
própria pessoa, componente fundamental do MCCP.
Objetivo (O)
Nessa parte, anotam-se os dados positivos (e negativos que 
se configurarem importantes) do exame físico e dos exames 
complementares, incluindo os laboratoriais disponíveis.
https://br.pinterest.com/pin/711850284846678483/
35
Avaliação (A)
Após a coleta e o registro organizado dos dados e informações subjetivas 
(S) e objetivas (O), o profissional de saúde faz uma avaliação (A) mais 
precisa em relação ao problema, queixa ou necessidade de saúde, 
definindo-o e denominando-o. Nessa parte se poderá utilizar, se for o caso, 
algum sistema de classificação de problemas clínicos, por exemplo, o CIAP.
Plano (P)
• A parte final da nota de evolução SOAP é o plano (P) de cuidados ou 
condutas que serão tomados em relação ao problema ou necessidade 
avaliada. De maneira geral, podem existir quatro tipos principais de planos:
• Planos Diagnósticos: nos quais se planejam as provas diagnósticas 
necessárias para elucidação do problema, se for o caso.
• Planos Terapêuticos: nos quais se registram as indicações terapêuticas 
planejadas para a resolução ou manejo do problema da pessoa: 
medicamentos, dietas, mudanças de hábitos, entre outras.
• Planos de Seguimento: nos quais se expõem as estratégias de seguimento 
longitudinal e continuado da pessoa e do problema em questão.
• Planos de Educação em Saúde: nos quais se registram brevemente as 
informações e orientações apresentadas e negociadas com a pessoa, 
em relação ao problema em questão.
Fonte: adaptado de http://twixar.me/mcMm. Acesso: 26 set. 2022
Caro acadêmico, chegamos ao final deste tópico, no qual conhecemos todas as 
etapas para realizar a consulta de Enfermagem. 
No Tópico 3, continuaremos nossos estudos sobre como ocorre a visita 
domiciliar e por que ela é tão importante no processo de recuperação 
do paciente.
ESTUDOS FUTUROS
36
Neste tópico, você aprendeu:
• A consulta de Enfermagem é um conjunto de ações realizadas, exclusivamente, 
pelo enfermeiro, sendo este o único profissional da equipe de saúde responsável e 
habilitado para fazer a consulta – portanto, trata-se de uma atribuição privativa do 
enfermeiro.
• A classificação de risco não tem a função de diagnosticar doenças, sendo apenas um 
instrumento para hierarquizar a prioridade do atendimento, conforme a gravidade do 
paciente.
• Escore da escala de classificação de risco: 
◦ Emergência – deve ser feito o encaminhamento direto para a sala de ressuscitação; 
atendimento imediato; e casos de risco de morte muito alto (por exemplo, parada 
cardiorrespiratória, infarto, politrauma, choque hipovolêmico); 
◦ Urgência – paciente deve ser encaminhado para consulta médica imediata, 
avaliação em, no máximo, 30 minutos e elevado risco de morte (por exemplo, 
trauma moderado ou leve, queimaduras menores, dispneia leve a moderada, dor 
abdominal, convulsão, cefaleias, idosos e grávidas sintomáticos). 
◦ Pouca urgência – deve ser feito encaminhamento para consulta médica; urgência 
menor; avaliação em, no máximo, 1 hora; reavaliação periódica; e sem risco de 
morte (por exemplo: ferimento craniano menor, dor abdominal difusa, cefaleia 
menor, doença psiquiátrica, diarreias, idosos e grávidas assintomáticos).
◦ Não urgente – encaminhamento para atendimento por ordem de chegada; não há 
urgência; tempo de atendimento alvo: 2 horas; sem risco de morte (por exemplo, 
dor leve, contusões, distensões, mialgias, escoriações e ferimentos que não 
requerem fechamento).
• A consulta de Enfermagem ocorre, de forma sistematizada, por meio do processo 
de Enfermagem, o qual é usado como uma ferramenta que orienta o profissional no 
cuidado, seja no âmbito público, privado de forma sistemática.
• O processo de Enfermagem ocorre em cinco etapas: coleta de dados de Enfermagem 
ou histórico de Enfermagem; diagnóstico de Enfermagem; planejamento de Enfer-
magem; implementação; e avaliação de Enfermagem.
• O método SOAP (do acrônimo subjetivo, objetivo, avaliação e plano) serve como 
embasamento teórico para a realização do processo de Enfermagem.
RESUMO DO TÓPICO 2
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1 Quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, 
domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, o Processo de Enfermagem 
corresponde ao, usualmente, denominado nesses ambientes como:
a) ( ) Histórico de Enfermagem.
b) ( ) Consulta de Enfermagem.
c) ( ) Planejamento de Enfermagem.
d) ( ) Avaliação de Enfermagem.
2 A consulta de Enfermagem é um conjunto de ações realizadas, exclusivamente, 
pelo enfermeiro, sendo este o único profissional da equipe de saúderesponsável 
e habilitado para fazer a consulta. Sobre a consulta de Enfermagem, assinale a 
alternativa CORRETA:
a) ( ) A consulta de Enfermagem é uma atividade privativa de toda a equipe de 
Enfermagem.
b) ( ) A consulta de Enfermagem utiliza componentes do método científico para 
identificar situações de saúde-doença, prescrever e implementar medidas de 
Enfermagem.
c) ( ) A consulta de Enfermagem apenas pode ser realizada em consultórios formais 
destinados para tal função.
d) ( ) A consulta de Enfermagem apenas está autorizada de forma presencial, não 
sendo permitido ao enfermeiro realizá-la na forma de teleconsulta.
e) ( ) Apenas as etapas de coleta de dados e de diagnósticos conseguem ser realizadas 
durante uma consulta de Enfermagem. As demais etapas apenas são possíveis 
diante de pacientes hospitalizados.
3 Cabe ao enfermeiro as atividades privativas de consulta de Enfermagem, prescrição e 
assistência de Enfermagem, sendo este profissional o responsável pelo atendimento 
ao paciente. Sabendo que o processo de Enfermagem é composto por cinco etapas 
inter-relacionadas, assinale a alternativa CORRETA:
( ) Coleta de Dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem); Diagnósticos 
Médicos; Planejamento de Enfermagem; Prescrição de Enfermagem; e Avaliação de 
Enfermagem.
( ) Coleta de Dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem); Dados Subjetivos; 
Dados Objetivos; Análise de Enfermagem; e Plano de Enfermagem
( ) Coleta de Dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem); Diagnóstico de 
Enfermagem; Planejamento de Enfermagem; Implementação; e Avaliação de 
Enfermagem.
AUTOATIVIDADE
38
( ) Coleta de Dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem); Diagnósticos Médicos; 
Prescrição Médica; Observações Complementares; e Prescrição de Enfermagem.
( ) Observações e Anotações de Enfermagem; Coleta de Dados de Enfermagem 
(ou Histórico de Enfermagem); Diagnóstico de Enfermagem; Implementação; e 
Avaliação de Enfermagem.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) V – F – V – V – F.
b) ( ) F – F – V – V – F.
c) ( ) F – F – V – F – F.
d) ( ) V – V – V – V – V.
4 O Processo de Enfermagem é organizado em cinco etapas inter-relacionadas, 
interdependentes e recorrentes. Qual é a etapa que tem por finalidade a obtenção 
de informações sobre a pessoa, a família ou a coletividade humana e sobre as suas 
respostas em um dado momento do processo saúde e doença?
5 O método SOAP baseia-se em um suporte teórico, a fim de orientar o processo 
de Enfermagem como um todo, contemplando as ações de Enfermagem a serem 
utilizadas no registro do prontuário do paciente. O que significa a sigla SOAP?
39
TÓPICO 3 — 
VISITA DOMICILIAR
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos a visita domiciliar (VD), prevista no Sistema Único de 
Saúde (SUS), na Política Nacional de Atenção Domiciliar, que define a Atenção Domiciliar 
(AD) como uma modalidade de atenção à saúde “substitutiva ou complementar as já 
existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção, 
tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade 
de cuidados e integrada às Redes de Atenção à Saúde (RAS)” (BRASIL, 2012).
Para complementar os seus estudos, acesse a Portaria nº 825, de 
25 de abril de 2016, que redefine a atenção domiciliar no âmbito 
do SUS e atualiza as equipes habilitadas: http://twixar.me/bcMm.
INTERESSANTE
A visita domiciliar, exercida pelo enfermeiro, tem o objetivo de aproximar a equipe 
de Enfermagem (profissionais), o paciente e seus familiares, atuando todos juntos na 
terapêutica do paciente. Além disso, a visita domiciliar de Enfermagem contempla vários 
requisitos, a fim de desenvolver um conjunto de atividades, com a pretensão de determinar 
um plano assistencial, conforme as demandas estabelecidas pelos familiares e paciente, 
tendo o enfermeiro como principal profissional para essa atuação e condução de caso.
2 VISITA DOMICILIAR
A visita domiciliar garante a continuidade da assistência prestada e funciona, de 
forma complementar, com um conjunto de características para a promoção da saúde. 
Proporciona, aos profissionais e usuários, uma maior aproximação, valorizando as práticas 
em saúde, facilitando a comunicação da equipe de saúde e usuários. 
Desse modo, a visita domiciliar possibilita aos profissionais de saúde entender as 
condições de vida das pessoas, a fim de dimensionar e adequar os cuidados, ampliando 
o serviço prestado àqueles que estão restritos ao leito ou ao domicílio. Nesse sentido, 
pode-se dizer que a visita domiciliar visa à aproximação de profissional e usuário, à 
promoção da equidade e à melhora da compreensão do contexto da vida.
40
Para aprimorar os seus conhecimentos, sugerimos a leitura do artigo: 
A contribuição do enfermeiro no contexto de promoção à saúde através da 
visita domiciliar: http://twixar.me/gcMm.
DICA
Figura 21 – Possibilidades da atenção domiciliar
Fonte: Ribeirão Preto (2021, p. 5)
Usuário é cada um daqueles que usam ou desfrutam de alguma coisa 
coletiva, ligada a um serviço público ou particular (SAITO et al., 2013).
Fonte: SAITO, D. Y. T. et al. Usuário, cliente ou paciente? Qual o termo 
mais utilizado pelos estudantes de Enfermagem? Texto Contexto 
Enferm., Florianópolis, v. 22, n. 1, p. 175-183, jan.-mar. 2013.
NOTA
41
Segundo a Resolução Cofen nº 0464/2014, a visita domiciliar de Enfermagem são 
ações desenvolvidas para promoção, prevenção e tratamentos de saúde, abrangendo 
também a reabilitação e cuidados paliativos. Todas as ações no atendimento domiciliar, 
sejam educativas ou assistenciais, destinadas ao paciente ou a seus familiares, são 
desenvolvidas pelos profissionais de Enfermagem. 
Figura 22 – Visita domiciliar do enfermeiro
Fonte: http://twixar.me/wcMm. Acesso em: 24 set. 2022.
As características da visita domiciliar podem ser desempenhadas no campo da 
atenção primeira ou secundária, seja de forma autônoma ou em equipes multidisciplinares 
de instituições públicas, privadas ou filantrópicas.
Todas as condutas de Enfermagem, realizadas durante o atendimento, devem 
ser registradas no domicílio do paciente, assim como a execução de toda SAE e dos 
cuidados de Enfermagem. A visita domiciliar deve ser registrada no prontuário, a fim de 
otimizar a assistência prestada (COFEN, 2014). 
A Figura 23, mostra um modelo de formulário/roteiro que deve ser preenchido 
na visita domiciliar, para a coleta de dados, podendo conter uma forma estrutural mais 
objetiva e de simples preenchimento.
42
Figura 23 – Roteiro visita domiciliar
Fonte: http://twixar.me/9cMm. Acesso em: 29 set. 2022.
43
A visita domiciliar acontece com a atuação da equipe da atenção básica, a 
partir de algumas ações nos domicílios dos pacientes, iniciando por cadastramento dos 
usuários, busca ativa, ações de educação e vigilância em saúde. Há várias maneiras de 
solicitação para inclusão da visita domiciliar, algumas delas podem ser requeridas pela 
unidade de pronto atendimento, pela UBS, pelos hospitais, pelo Serviço de Atendimento 
Móvel de Urgência (Samu), por familiares, pelo próprio paciente ou, até mesmo, por 
demandas judiciais (RIBEIRÃO PRETO, 2021).
Para que a visita domiciliar aconteça de forma efetiva, três questões devem ser 
atendidas:
• A visita domiciliar tem contribuído para melhoria na demanda do usuário?
• Avaliar a aceitabilidade da visita domiciliar.
• Aceitação do usuário e de familiares ao acompanhamento da visita, com comprome-
timento mútuo com tratamento.
A Figura 24 apresenta um fluxograma com as etapas que auxiliam para uma 
melhor compreensão do planejamento da visita domiciliar.
Figura 24 – Etapas do planejamento da visita domiciliar
Fonte: as autoras
Existem alguns tipos de chamados de visita domiciliar, como mostra a Figura 25.
44
Figura 25 – Tipos de visita domiciliar
Fonte: as autoras
Os pacientes que possuem comorbidades controladas ou compensadas, que 
dificultam ou impossibilitam a realização das atividades

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