Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Conceito de Direito Internacional Público
O Direito Internacional ou Direito das Gentes, no sentindo de direito das nações ou dos 
povos, é um conjunto de normas e princípios que disciplinam e orientam o comportamento dos 
Estados.
Características da Sociedade Internacional
Universal: abrange todos os entes/sujeitos do direito internacional.
Paritária: igualdade jurídica artigo 2 da Carta das Nações Unidas.
Aberta: nenhum Estado é obrigado a se relacionar. Não há necessidade de manifestação.
Anárquica/descentralizada: parte da soberania do Estado. Sem a exigência direta de 
cumprimento não é um superestado(não possui poderes).
Direito originário: não se fundamenta em outro direito positivo. Método peculiar(formação 
entre os Estados).
Fundamento do Direito Internacional Público
O principal fundamento do Direito Internacional Público é o consentimento, conhecido 
como Pacta Sunt Servanda, que significa, o dever de honrar as obrigações livremente assumidas, ou 
seja, os Estados estão sujeitos ao direito internacional na medida de seu consentimento com as 
respectivas normas.
Características do Direito Internacional Público
Obrigatoriedade: As regras do Direito Internacional Público são obrigatórias, ou seja, não 
se trata de cortesia internacional.
Fragmentação: A dimensão do domínio material do DIP é flagrante, em decorrência do 
progresso técnico e da interdependência entre os Estados, ou seja, a diversidade de normas 
disciplinando os mais variados assuntos.
Consentimento: Para que um Estado se comprometa com a regra de um tratado, impõe-se o
consentimento dos Estados. O consentimento também é necessário para a submissão de um Estado 
à jurisdição da Corte Internacional de Justiça.
Ausência de poder central: Inexiste, em seara internacional, uma estrutura de repartição de
poderes ao estilo do Estado moderno, ou seja, não há um Poder Legislativo, Executivo ou Judiciário
em nível supranacional.
OBS: A eficácia do DIP depende da ação dos interessados para aplicá-lo, ou seja, torná-lo 
efetivo, chamado de autotutela.
Sujeitos do Direito Internacional Público
Estados: Entidades políticas compostas de três elementos: povo(elemento humano, nação), 
território delimitado e governo(soberano).
Organizações Internacionais: Associações voluntárias de Estados soberanos, criadas por 
tratados, regidas pelo direito internacional, composta de órgãos e instituições próprias por meio dos 
quais realiza os seus objetivos respectivos. Ex: ONU(Organização das Nações Unidas), 
OMC( Organização Mundial do Comércio), OIT(Organização Internacional do Trabalho).
O Indivíduo: Em certas circunstâncias o sujeito do DIP é o indivíduo. Ex: violação de 
direitos humanos praticados pelos Estados. A personalidade do Direito Internacional Público é 
limitada.
Fontes do Direito Internacional Público
As fontes do DIP estão elencadas no artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça;
1- Tratados.
2- Costumes( formas não escritas de expressão do direito internacional): É a prática geral 
aceita como sendo direito, segundo o Estatuto da CIJ, ou seja, é a repartição ao longo do tempo, de 
certo modo de proceder.
3- Princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas: São aceitos por todas 
as nações em foro doméstico, tais como princípios de processo, o princípio da boa-fé e o princípio 
da coisa julgada.
4- Jurisprudência dos Tribunais Internacionais.
5- Doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a 
determinação das regras de direito(Exceção não é a regra mais aplicada).
Fontes não elencadas no artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça;
1- Atos unilaterais de Estados.
2- Decisões das Organizações Internacionais.
Princípios internacionais previstos no artigo 4 da CF/88:
III- Autodeterminação dos povos.
IV- Não-intervenção(não agressão).
VII- Solução pacífica dos conflitos.
Parágrafo único: A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, 
social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
Tratados
Conceito
´´ Tratado é todo acordo formal concluído entre pessoas jurídicas de direito internacional 
público, e destinado a produzir efeitos jurídicos´´ segundo o doutrinador Francisco Rezek.
 Conceito Histórico 
A partir de 1949, no âmbito da ONU, a Comissão de Direito Internacional trabalhou sobre os
tratados, reuni-se em Viena(Áustria), nos anos de 1968 e 1969, celebrando a Convenção de Viena 
sobre o direito dos tratados, conhecida também como; Tratado de alcance universal sobre o direito 
dos tratados, cujo texto foi concluído em 23 de maio de 1969.
 Teorias dos Tratados 
Existem duas correntes doutrinárias referentes a incorporação dos tratados ao ordenamento 
jurídico brasileiro, a primeira é a Monista, que diz que a norma de direito internacional, quando 
aceita por um Estado, já tem aptidão para ser aplicada no direito interno, não necessitando ser 
´´transformada´´ em norma interna, ou seja, há um só direito.
já a segunda corrente é a Dualista, que diz que existem duas ordens jurídicas distintas, 
independentes e que não se misturam, ou seja, direito interno e direito internacional. Ela se divide-
se em duas partes;
 Extrema: Quando o tratado precisa ser transformado em lei interna.
Moderada: Quando o tratado poderá ser incorporado ao ordenamento por Decreto, ato de 
promulgação do Presidente da República. Sendo a corrente dualista e moderada a aplicada no 
ordenamento jurídico brasileiro.
Convenções de Viena sobre o direito dos tratados(Áustria)
Existem duas Convenções de Viena a respeito dos Tratados:
Convenção de 1969: Aplicada apenas para os Estados
Convenção de 1986: Aplicada entre os Estados e as Organizações Internacionais, aplicável a 
tratados celebrados entre um ou mais Estados, Ex: Mercosul e UE e uma ou mais organizações 
internacionais. Ex: Mercosul X Israel.
A Convenção de Viena sobre o direito dos tratados entrou em vigor internacionalmente 
somente em 27/01/1980, quando nos termos de seu artigo 84, chegou-se ao quorum mínimo de 36 
Estados-partes. O Brasil ratificou a Convenção em 25/10/2009, mais de 40 anos depois de tê-la 
assinado, sendo suas disposições observadas, em razão do costume.
Classificação dos Tratados
Quantos ás partes: os signatários podem ser Estados e Organizações Internacionais.
Quanto ao número de partes: Os tratados podem serem bilaterais( formados por duas 
partes) e multilaterais(formados por três ou mais partes).
Quanto ao procedimento de incorporação á ordem jurídica interna;
Executive Agreements: Passa por um procedimento simplificado.
Tratados Solenes: Passa por um procedimento complexo: passa por várias fases.
Procedimento de Incorporação ao direito interno brasileiro
1- O tratado é assinado pelo Presidente da República durante encontro no exterior ou 
durante encontro com autoridade estrangeira no Brasil, conforme o artigo 84, inciso VIII da CF/88.
2- Tem que ser aprovado pelo Congresso Nacional( Câmara dos Deputados e Senado 
Federal), conforme previsto no artigo 49, inciso I da CF/88.
3- Tem ser ratificado pelo Presidente da República.
4- Após ser ratificado, o tratado é promulgado por meio de decreto do Poder Executivo.
5- Publicação no DOU.
Hierarquia dos Tratados na ordem jurídica interna brasileira.
Tratados sobre diversas matérias: São aprovados pelo Congresso Nacional por maioria 
simples. São equiparados ás leis ordinárias federais.
Tratados de direitos humanos: São ratificados pelo Brasil e integram o rol de direitos 
fundamentais previstos no artigo 5 da CF/88, tendo status de norma constitucional.
OBS 1 : Tratados de direitos humanos aprovados pelo quórum previsto no artigo 5, 
parágrafo 3 da CF/88, ou seja, nas duas casas legislativas, em dois turnos, por 3/5 dos membros. 
São equiparados ás Emendas Constitucionais, podendo, pois, modificar os dispositivos 
constitucionais.
OBS 2: Hipóteses de conflitos entre Tratadose leis infraconstitucionais. Segundo 
jurisprudência do STF, os Tratados internalizados possuem a mesma hierarquia de lei interna 
federal. Exceção: os tratados equiparados a Emendas Constitucionais, previsto no artigo 5, 
parágrafo 3 da CF/88, que fica acima das leis infraconstitucionais.
Representantes dos Estados(Diplomatas e Cônsules)
Órgãos responsáveis pelas relações internacionais dos Estado:
1- Chefes de Estado.
2- Chefes de Governo
3- Ministro das relações exteriores(conhecido também como chanceler).
4- Agentes diplomáticos.
5- Agentes consulares.
As funções dos agentes diplomáticos
As funções dos agentes diplomáticos estão previstas no artigo 3 da Convenção de Viena 
sobre Relações Diplomáticas de 1961, sendo elas; 
1- Representar o Estado acreditante perante o Estado acreditado.
2- Negociar com o Governo do Estado acreditado, inteirar-se por todos os meios lícitos das 
condições existentes e da evolução dos acontecimentos no Estado acreditado.
3- Informar a este respeite o Governo do Estado acreditante e promover relações amistosas e
desenvolver as relações econômicas, culturais e científicas entre o Estado acreditante e o Estado 
acreditado.
As funções dos agentes consulares
As funções dos agentes consulares estão previstas no artigo 5 da Convenção de Viena sobre 
Relações Consulares de 1963, sendo elas; 
1- Proteger, no Estado receptor, os interesses das pessoas físicas ou jurídicas, nacionais do 
Estado que o Cônsul representa, dentro dos limites permitidos pelo direito internacional.
2- Fomentar o desenvolvimento das relações comerciais, econômicas, culturais e científicas 
entre o Estado que envia e o Estado receptor e promover ainda relações amistosas entre eles.
3- Informar-se, por todos os meios lícitos, das condições e da evolução da vida comercial, 
econômica, cultural e científica do Estado receptor, informar a respeito o governo do Estado que 
envia e fornecer dados ás pessoas interessadas.
4- Expedir passaportes e documentos de viagem aos nacionais do Estado que envia, bem 
como vistos.
5- Prestar ajuda e assistência aos nacionais, pessoas físicas ou jurídicas do Estado que envia.
6- Agir na qualidade de notário e oficial de registro civil, exercer funções similares, assim 
como outras de caráter administrativo, sempre que não contrariem as leis e regulamentos do Estado 
receptor.
Prerrogativas Funcionais
Os diplomatas e os cônsules gozam de prerrogativas inerentes ás funções desempenhadas, 
são elas:
1- Imunidade de jurisdição.
2- Imunidade tributária.
3- Inviolabilidade de domicílio pessoal e profissional.
OBS: Os diplomatas têm prerrogativas mais amplas que os cônsules.
Imunidade diplomática(conceito, previsão legal e espécies)
A imunidade diplomática é uma garantia de que o agente diplomático não sofrerá abusos, 
coações, pressões e ameaças no país em que desempenha suas funções. Tem previsão legal na 
Convenção de Viena de 1961.
Tendo três principais espécies:
1- Imunidade de jurisdição local.
2- Inviolabilidade pessoal.
3- Isenção de impostos e tributos alfandegários.
Espécies de imunidades diplomáticas
Imunidade de jurisdição: Os diplomatas gozam de ampla imunidade de jurisdição penal, 
civil e administrativa. Exceções: Ação relativa a imóvel particular.
Imunidade tributária: Exceções: o beneficiário do privilégio diplomático deve arcar com 
os impostos indiretos, geralmente incluídos no preço de bens ou serviços, bem como com as tarifas 
decorrentes dos serviços públicos que utilizar. Se possuir um imóvel em seu nome, deverá pagar os 
impostos a ele relativos.
Imunidade de território- inviolabilidade: São fisicamente invioláveis e imunes à 
tributação os locais destinados a missão diplomática com todos os bens ali situados, bem como as 
residências utilizadas pelo quadro diplomático, administrativo e técnico.
Imunidades Consulares
Os Cônsules também gozam de inviolabilidade física e de imunidade ao processo civil e 
penal no que se referir aos atos de ofício, ou seja, atos decorrentes do exercício profissional.
Imunidade de Estado
Nenhum Estado soberano pode ser submetido contra a sua vontade à condição de parte 
perante o foro doméstico de outro Estado. Entretanto, essa regra não é absoluta, pois, o STF na 
apelação Nº 9.696, de maio de 1989, firmou que o Estado estrangeiro não tem imunidade em causa 
de natureza trabalhista.
Nacionalidade
Conceito: ´´É o vínculo político entre o Estado soberano e o indivíduo´´, segundo o 
doutrinador Francisco Rezek. 
Constitui um dos direitos fundamentais da pessoa humana, previsto no artigo 15 da 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 1948.
Formas de aquisição da nacionalidade
Originária: jus soli e jus sanguinis
Derivada: Através da naturalização, prevista na Lei Nº 13.445/2017- Lei de Migração.
Nacionalidade Originária
Jus soli- Nacionalidade do lugar do nascimento
No Brasil está prevista no artigo 12, inciso I, alínea ´´ a´´ da CF/88, que diz: são brasileiros 
natos os nascidos no Brasil, embora de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de 
seu país.
Jus sanguinis- Nacionalidade dos filhos será a mesma dos pais.
O vínculo considerado é o da filiação, ou seja, o indivíduo adquire a nacionalidade de seus 
pais, independentemente do território em que tenha nascido. Está prevista no artigo 12, inciso I, 
alínea ´´ b ´´ da CF/88, que diz: são brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou
mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil.
Já o artigo 12, inciso I, alínea ´´ c ´´ da CF/88, diz: são brasileiros os nascidos no estrangeiro
de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente 
ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela 
nacionalidade brasileira.
Nacionalidade Derivada
Naturalização: A concessão da naturalização é faculdade exclusiva do Poder Executivo e 
far-se-á mediante portaria do Ministro da Justiça.
Pode ser requerida pelo estrangeiro residente, nas situações previstas na Lei 13.445/2017- 
Lei de Migração.
Nacionalidade da Pessoa Jurídica
A nacionalidade da pessoa jurídica no Brasil é definida de acordo com o ato de constituição, 
ou seja, empresa nacional é aquela cuja constituição e manutenção de sua sede social seja no 
território nacional.
O local de constituição da pessoa jurídica ou de sua sede social determina a nacionalidade da
pessoa jurídica, bem como a lei de sua regência.
Espécies de Vistos
As espécies de vistos estão previstas no artigo 12 da Lei Nº 13.445/2017 são elas:
I- De visita: Poderá se concedido ao visitante que venha ao Brasil para estada de curta 
duração, sem intenção de estabelecer residência, para fins de turismo, negócios, trânsito, realização 
de atividades artísticas ou desportivas ou em situações excepcionais, por interesse nacional.
II- Temporário: Também chamado de Residência Temporária, é concedido aquele imigrante, 
pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalhe ou reside e se estabeleça temporária ou 
definitivamente na República Federativa do Brasil, também é possível concedê-lo ao residente 
fronteiriço e ao beneficiário de refúgio. Tendo 15 tipos: para pesquisa, ensino ou extensão 
acadêmica, tratamento de saúde, acolhida humanitária, estudo, trabalho remunerado, programa 
férias-trabalho, atividades religiosas, serviço voluntário, investimentos, realização de atividades 
com relevância econômica, social, científica, tecnológica ou cultural(não regulamentado), reunião 
familiar, artistas e desportistas, Mercosul, nômade digital, aposentadoria e aperfeiçoamento médico.
(disponível em: ) 
III- Diplomático: Concedido a autoridades e funcionários estrangeiros que tenham status 
diplomático e viajem ao Brasil em missão oficial, de caráter transitórioou permanente, 
representando Governo estrangeiro ou organismo internacional reconhecidos pelo Brasil.
IV- Oficial: Concedido a funcionários administrativos estrangeiros que viajem ao Brasil em 
missão oficial, de caráter transitório ou permanente, representando Governo estrangeiro ou 
organismo internacional reconhecidos pelo Governo brasileiro ou aos estrangeiros que viajem ao 
Brasil sob chancela oficial de seus Estados.
V- De cortesia: Concedido a personalidades e autoridades estrangeiras em viajem não oficial
ao Brasil; companheiro(a)s, independentemente de sexo, dependentes e outros familiares que não se
beneficiem de visto diplomático ou oficial por reunião familiar, trabalhadores domésticos de missão
estrangeira sediada no Brasil ou do Ministério das Relações Exteriores e artistas e desportistas 
estrangeiros que viajem ao Brasil para evento de caráter gratuito e eminentemente cultural.
Exclusão do estrangeiro por iniciativa local( previsto na Lei Nº 13.445/2017-Lei de 
Migração)
Repatriação: O estrangeiro é mandado de volta ao seu local de partida, sendo impedido de 
entrar no território nacional.
Deportação: É a saída compulsória do estrangeiro do território nacional, quando o 
estrangeiro se encontra em situação irregular, ou seja, sua estadia no país pode ter sido inicialmente 
regular, mas, se tornou irregular. 
A deportação é ato praticado pelas autoridades policiais, independe de qualquer 
pronunciamento judicial.
Expulsão: Ocorre na hipótese de conduta nociva aos interesses nacionais por parte do 
estrangeiro, por exemplo: atentar contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a 
tranquilidade ou moralidade pública e contra a economia popular.
Nesse caso é necessário ter inquérito policial para a efetiva expulsão e exige decreto do 
Presidente da República.
Expulsão do estrangeiro por cooperação judicial( prevista na Lei Nº 13.445/2017- Lei 
de Migração)
Extradição: É a entrega por um Estado a outro, e a pedido deste, de pessoa que em seu 
território deva responder a processo penal ou cumprir pena. 
Pressupostos da extradição
1- Existência de processo penal contra extraditando.
2- O processo penal ou a condenação que fundamentem o pedido seja referente a crime 
comum( crime político não autoriza a extradição, conforme previsto no artigo 5, inciso LII da 
CF/88).
https://www.gov.br/mre/pt-br/consulado-genebra/servicos-consulares/copy_of_visto-visa/vistos/tipos-de-vistos/visto-temporario-vitem
https://www.gov.br/mre/pt-br/consulado-genebra/servicos-consulares/copy_of_visto-visa/vistos/tipos-de-vistos/visto-temporario-vitem
Requisitos para a Extradição
1- O extraditando necessita ser estrangeiro, pois, a lei brasileira não permite a extradição de 
nacionais, salvo na hipótese de brasileiro naturalizado, quando o fato que originou o pedido de 
extradição seja crime comum praticado antes da naturalização. 
Porém, o artigo 5, inciso LI da CF/88 diz que também pode ser extraditado o brasileiro 
naturalizado, quando o pedido de extradição se fundar em crime de tráfico ilícito de drogas, 
praticado antes ou até mesmo depois da naturalização.
2- Existência de tratado bilateral específico ou promessa de reciprocidade por parte do 
Estado requisitante da extradição.
3- Havendo tratado de extradição com o Estado requisitante, o Estado requisitado tem 
obrigação legal de entregar o extraditando que se encontra em seu território.
4- Quando não houver tratado, deverá existir a reciprocidade entre os Estados.
Asilo
Conceito: É uma instituição de caráter humanitário e independe de reciprocidade.
Espécies de Asilo
Asilo Político
 É o acolhimento, pelo Estado, de estrangeiro perseguido em outro lugar, geralmente, mas 
não necessariamente, em seu próprio país patrial, por causa de dissidência política, de delitos de 
opinião, ou por crimes relacionados com a segurança do Estado, não configuram quebra do direito 
penal comum, segundo o doutrinador Francisco Razek.
Asilo Diplomático
É a forma provisória de asilo político, típica da América Latina, com base no costume 
internacional. É sempre uma medida provisória, ou seja, uma ponte para o asilo territorial político.
Os locais onde esse asilo pode dar-se são as missões diplomáticas, que não sejam repartições
consulares, e os imóveis residenciais do chefe da missão diplomática, cobertos pela inviolabilidade 
da Convenção de Viena de 1961.
Também previsto na Convenção de Caracas(Venezuela) de 1954, que diz: ´´ a autoridade 
local deverá conceder um salvo-conduto para que o asilado possa deixar em condições de segurança
o Estado territorial para asilar-se definitivamente no Estado que se dispõe a recebê-lo´´ . Ainda 
conforme, a Convenção de Caracas em seu artigo XI diz ´´ o governo do Estado territorial, em 
qualquer momento pode exigir que o asilado seja retirado do país, para o que deverá conceder 
salvo-conduto e as garantias estipuladas no artigo V ´´ e o artigo XII diz ´´ concedido o asilo, o 
Estado asilante pode pedir a saída do asilado para território estrangeiro sendo o Estado territorial 
obrigado a conceder imediatamente, salvo caso de força maior, as garantias necessárias a que se 
refere o artigo V e o correspondente salvo-conduto.
Direito Internacional dos Direitos Humanos
É o ramo do Direito Internacional que visa promover e proteger a dignidade humana em 
todo o mundo, consagrando uma série de direitos a todos os indivíduos, sem qualquer distinção.
Existem inúmeros tratados de proteção dos direitos humanos atualmente em vigor.
Característica fundamental: A proteção dos direitos da pessoa humana independentemente
de qualquer condição.
Conceito histórico: Surgiu após a II Guerra Mundial com a criação da ONU em 1945 e 
consequente aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948.
Sistemas Internacionais de proteção aos Direitos Humanos
Sistema Universal: ONU e OIT( Organização Internacional do Trabalho)
Sistemas regionais
Sistema Interamericano: É composto de dois órgãos; a Comissão Interamericana de 
Direitos Humanos e a Corte Interamericana de Direitos Humanos, originada através da Convenção 
Americana de Direitos Humanos(Pacto de San José da Costa Rica).
Sistema Europeu: Corte Europeia de Direitos Humanos, tem um direito comunitário 
supranacional, ou seja, qualquer cidadão pode entrar com ação diretamente na Corte.
Sistema Africano: União Africana
Característica dos Sistemas Internacionais de Proteção aos Direitos Humanos
Eles atuam de forma complementar em relação à tutela nacional.
A proteção internacional é subsidiária, ou seja, só ocorre havendo falha ou omissão da 
jurisdição nacional.
Sistema Interamericano de proteção aos Direitos Humanos( Comissão Interamericana 
de Direitos Humanos, sediada em Washington-DC – EUA). Mesmo local onde é sediada o 
Conselho da OEA( Organização dos Estados Americanos).
1- É incumbida de promover o respeito e a proteção dos direitos humanos, efetua 
recomendações aos Estados, sugere as medidas que considerar apropriadas, prepara estudos e 
relatórios, solicita informações aos governos nacionais e submete um relatório anual à Assembleia 
Geral da OEA.
2- Recebe reclamações apresentadas por indivíduos, grupos de indivíduos ou entidades não 
governamentais- ONG’s sobre violação das normas da Convenção Americana de Direitos 
Humanos- Pacto de San José da Costa Rica.
3- Exige prévio esgotamento dos recursos internos, ou seja, o exame do caso pela justiça 
nacional.
Procedimento da Comissão Interamericana dos DH ao receber a denúncia contra um 
Estado
1- Solicita ao governo do Estado informações a respeito, podendo fazer investigações.
2- Não havendo provas dos fatos: arquiva-se a denúncia.
3- Havendo provas, elabora um relatório expondo os fatos e poderá efetuar recomendações a
serem cumpridas no prazo de 3 meses.
4- Esgotado o prazo, caso o Estado não tenha cumprido as recomendações, o fato será 
levado à Corte Interamericana de Direitos Humanos. Exceto se a Comissão, por maioria absoluta de
votos, decidir em contrário.Composição: A Comissão é composta de 7 juízes, indicados pelos Estados e aprovados 
pelo Conselho Geral da OEA. 
Legitimidade ativa: somente a Comissão e os Estados
As suas decisões judiciais são obrigatórias aos Estados, desde que estes tenham 
expressamente reconhecido a competência da Corte, sendo que o Brasil reconheceu, por força do 
Decreto Legislativo Nº 89 de 03/12/98.
Em caso de decisões condenatórias: As obrigações de fazer ao Estado e/ou pagamento de 
indenização pecuniária ás vítimas.
Curiosidade: Lê o preambulo do Decreto Nº 678 de 06/11/1992( Convenção Americana 
sobre Direitos Humanos( Pacto de São José da Costa Rica).
Casos brasileiros na Corte Interamericana de Direitos Humanos: Ximenes Lopes, Gari 
Baldi, Gomes Lund( ´´ Guerrilha do Araguaia ´´), trabalhadores da fazenda Brasil Verde e Vladimir 
Herzog.

Mais conteúdos dessa disciplina