Ventosaterapia: Conceito e Técnicas

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
UVA 
 
 
 
 
 
TÓPICOS EM TERAPIAS MANUAIS 
MÓDULO: VENTOSATERAPIA 
 
PALESTRANTES: Amanda Holanda, Amanda Santos, Joyce Pereira, Rachel 
Almeida, Thiago Camargo e Vanessa Pina. 
 
 
 
 
 
Profª da disciplina: Viviane Bastos de Oliveira. 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2020 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.Ventosaterapia: Definição e história .......................................................................... 3 
2. Fisiologia ................................................................................................................... 4 
3. Objetivos da técnica .................................................................................................. 6 
 3.1 Mecanismo de ação...............................................................................................6 
4. Instrumentos (ou materiais)...................................................................................... 7 
5. Indicação....................................................................................................................8 
6. Contraiindicação........................................................................................................8 
7. Técnicas da Ventosaterapia ....................................................................................... 9 
 7.1 Flash......................................................................................................................9 
 7.1.2 Ventosa com repuxamento.................................................................................9 
 7.1.3 Ventosa com massagem.....................................................................................9 
 7.1.4 Deslizante...........................................................................................................9 
 7.1.5 Ventosa com vibração........................................................................................9 
 7.2 Tempo de aplicação.............................................................................................10 
8. Precauções................................................................................................................11 
Referências Bibliográficas .......................................................................................... 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. VENTOSATERAPIA: DEFINIÇÃO E HISTÓRICO 
 
No início da técnica, que era utilizada pelos chineses e egípcios e é utilizada até os dias 
atuais, a aplicação era feita com chifres e cuias, mas com o passar do tempo e como a técnica 
foi sendo aperfeiçoada pela Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a aplicação vem sendo feita 
com diversos tipos de ventosas, como as de vidro, acrílico, bambu e plástico. O vácuo no 
interior das ventosas pode ser feito através da aplicação de fogo no interior do copo ou através 
de bomba de sucção. Muitos equipamentos e formas de aplicação usados antigamente são 
utilizados até hoje, mas há exceções, como a utilização de bombas de sucção eletrônicas, 
mecanizadas ou elétricas. (AMARO et al., 2015 e DIAS et al., 2015). 
A Ventosaterapia atua, principalmente, na limpeza do sangue, eliminando gases 
estagnados pelas trocas gasosas mantendo o equilíbrio ácido básico do sangue. Essa troca 
gasosa feita pela ventosa é similar a hematose feita pelos pulmões, onde há a entrada de 
oxigênio pela diferença de pressão que é distribuído por todo corpo, e com a remoção do gás 
carbônico, elevando o pH. Também atua limpando o sangue, o que faz com que aumente a 
resistência do organismo às doenças, melhor respiração da pele, e uma melhor qualidade da 
circulação sanguínea (AMARO et al., 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. FISIOLOGIA 
 
Segunda MTC a ventosa é capaz de purificar o sangue das toxinas que ficam acumuladas 
no corpo devido aos maus hábitos de vida, como má alimentação, uso excessivo de bebidas 
alcoólicas, tabagismo entre outras fontes poluentes. A MTC parte do princípio que a estagnação 
de sangue escuro e sujo (excesso de toxinas) nas articulações e músculos é um dos elementos 
causadores de doença. Além disso, a Ventosoterapia é utilizada para alívio de dores musculares 
através do aumento do aporte sanguíneo no local, aumentando a chegada de nutrientes e de 
oxigênio, e também por produzir o “efeito massagem” quando utilizamos a ventosa no modo 
deslizante geramos uma redução do edema, uma manutenção da flexibilidade e uma redução 
nas adesões dos músculos e fáscias. 
O uso da ventosa pode provocar uma reação na pele conhecida como equimose, que se 
trata de um extravasamento de sangue dos capilares e pequenos vasos sanguíneos, devido a sua 
ruptura, no tecido subcutâneo. Apresentado uma coloração vermelha ou roxeada na pele. 
Contudo, para a MTC as diferentes colorações e alterações que aparecem na pele após o uso da 
ventosa possui uma explicação. Como podemos observar na (figura 1) abaixo: 
 
Figura 1: Coloração da pele. 
 
 Reação Sólida- É caracterizada por uma mancha mais escura e densa na pele que 
ocorre devido ao congestionamento de sangue tóxico. 
 Reação Roxa- É conhecida como sangria que é utilizada para desintoxicar o 
sangue. 
 Reação de Bolhas de água ou sangue- Isso ocorre em caso de saúde mais grave. 
 Reação Úmida- É quando há presença de água durante aplicação da ventosa 
também é sinal de doença grave. 
 Reação Azulada- É quando há acúmulo de toxinas no sangue. 
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 Reação Puntiforme- É quando há pouca concentração de sangue tóxico no corpo. 
 
A ventosa é vastamente utilizada nas Medicinas Orientais como terapia de tratamento 
geral, utilizando-a para o alívio de diversas patologias. Além disso, a ventosa pode ser associada 
a outros métodos de tratamento como a acupuntura, aplicando à nos pontos dos meridianos para 
potencializar o seu efeito terapêutico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. OBJETIVOS DA TÉCNICA 
 
 É uma bomba manual de vácuo e copos de acrílico. 
 Existem diferentes formas e tamanhos para se adaptar em todas as áreas do corpo. 
 Existe uma válvula para soltar o vácuo de maneira simples, gerado pela ventosa. 
 
3.1 Mecanismo de Ação 
A intenção é tracionar a pele para melhorar a troca gasosa e nutrir melhor o tecido, 
deslizando melhor um sobre o outro, ou seja, reduzir a pressão atmosférica sobre a pele e criar 
uma pressão negativa. Quanto maior a pressão negativa, maior será a eliminação das toxinas e 
gases através da epiderme e derme. Existem três formas de ser aplicado o vácuo (Figura 2): 
 Fraco: quando bombeado apenas 1 vez 
 Médio: quando bombeado 2 vezes 
 Forte: quando bombeado de 3 a 4 vezes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Aplicação da ventosa de acordo com a intensidade da sucção. 
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4. INSTRUMENTOS 
Atualmente encontramos Kit ventosa com 15 a 20 copos de variados tamanhos, numa 
maleta e mais a bomba de sucção (figura 3). As ventosas devem ser limpas com detergente e 
água após cada aplicação. Não esterilizar copos de PVC pois podem deformar-se. A válvula 
deve ser limpa puxando de 2 a 3 vezes a bomba com álcool para forçar a sua passagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Bomba de sucção e copos. 
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5. INDICAÇÃO 
 
 Fibromialgia; 
 Contraturas e pontos gatilhos; 
 Dor músculo esquelética; 
 Aderência e retração miofascial (figura 4). 
 
6. CONTRAIINDICAÇÃO 
 
 Câncer (evitar por causa da escassez sobre o assunto). 
 Trombose. 
 Doença Vascular (evitar por causa da escassez sobre o assunto). 
 Suturas. 
 Ulcera (tecido aberto). 
 Edema. 
 Infecção sistêmica ou localizada. 
 Varizes varicosa (risco de ruptura). 
 Idosos/Crianças (fragilidade capilar). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Aderência e retração miofascial. 
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7. TÉCNICAS DA VENTOSATERAPIA 
A ventosaterapiatem diferentes técnicas de aplicação, dentre elas existe: flash, ventosa 
com repuxamento, ventosa com massagem, deslizante e ventosa com vibração. 
 
7.1 Flash 
 Toda em contato com a pele para fazer a pressão. 
1. Colocar em cima da área referida; 
2. Aplicar pressão fraca (bombeando somente uma vez); 
3. Aplicar de forma brusca a mesma é retirada produzindo um som de “POC” usada 
para reduzir pontos de dor e para pontos gatilhos. 
 
7.1.2 Ventosa com Repuxamento 
 Por mais que force a ventosa não vai mais que isso, mobilizando todo tecido adjacente 
de forma superficial. 
1. Colocar na área referida; 
2. Aplicar pressão média (duas vezes); 
3. Puxar o recipiente para cima e solta-lo em seguida sem soltar da pele pode ser um 
dos dois copos sendo puxado simultaneamente ou um de cada vez ajuda a mobilizar o tecido. 
 
7.1.3 Ventosa com Massagem 
1. Colocar em cima da área referida; 
2. Aplicar pressão de média a forte (2 a 3x); 
3. Realizar movimentos rotatórios no copo (esquerda e direita) repetidamente 
essa técnica cria uma tração com o tecido parar ganhar mais flexibilidade. 
 
7.1.4 Deslizante 
1. Colocar creme de massagem ou óleo para ajudar a deslizar; 
2. Colocar em cima da área referida; 
3. Aplicar pressão fraca (1x); 
4. Iniciar os movimentos de deslizamento, é normal sentir um pouco de desconforto 
dependendo da área, seja por tensão muscular ou celulites (principalmente em MMII). 
 
7.1.5 Ventosa com Vibração 
1. Colocar em cima da área referida; 
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2. Aplicar pressão fraca ou média; 
3. Executar movimento giratório (esquerda e direita) e simultâneos para cima e baixo; 
4. Retirar instantaneamente de forma abrupta. 
 
7.2.1 Tempo de aplicação 
 De acordo com a condição física do paciente. 
 Duração de 30s a 5min. 
 Com intervalos de 24h no mesmo local. 
 Aplicação local de 2 a 8 vezes na mesma região. 
 É recomendado moderação nas primeiras sessões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. PRECAUÇÕES 
 
 Evitar após exercícios físicos - pressão arterial. 
 Cuidado em áreas com muito pelos. 
 Usar o calibre correspondente ao caso e a área (figura 5). 
 O paciente deve estar em posição confortável. 
 No caso de associar com Acupuntura, não dobrar a agulha. 
 Não aplicar em pacientes que sofrem de doenças hemorrágicas, em mulheres 
menstruadas. 
 Se aparecer dor ou equimose, fazer massagens suaves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Copo utilizado para região dorsal. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
AMARO, Priscilla Ercícila Queiroz. Ventosaterapia no Tratamento de Acne Vulgar: [online]. 
24 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Pró-Reitoria de Graduação Curso de Biomedicina) - 
Universidade Católica de Brasília, Brasília-DF, 2015. 
 
 
CHIRALI, ILkay Z - Ventosaterapia Medicina Tradicional Chinesa, 2001. 
 
 
COSTA, A. (trad). BENTLEY, B. Uma marca de ventosa não é um hematoma. 2018. 
Disponível em: . Acessado em 31 de Março de 2020, 
às 09:40. 
 
 
CUNHA, Antônio Augusto. Aperfeiçoamento em Acupuntura e Terapias Orientais. 2018. 
Disponível em: https://ebramec.edu.br. Acesso em: 20 mar. 2020. 
 
 
CUNHA, Antônio Augusto. Ventosoterapia Tratamento e Prática. 2012. Disponível em: 
https://www.academia.edu/39815729/Ventosaterapia_Tratamento_e_Pr%C3%A1tica._2_edi 
%C3%A7%C3%A3o_1_._CUNHA_Ant%C3%B4nio_Augusto. Acesso em: 20 mar. 2020. 
 
 
INADA, Tetsuo - TECNICAS SIMPLES QUE COMPLEMENTAM A ACUPUNTURA E 
MOXABUSTÃO, 2003. 
 
 
Journal of Traditional Chinese Medicine, 1999. 
 
 
KIM, Daniel Son - Suma De Diagnósticos Secretos Para Tratamentos Com Ventosaterapia 
2002. 
 
 
Livro: Ventosaterapia Tratamento e Prática. Autor: Antônio Augusto Cunha 
 
 
Site: EBRAMEC: –Material do XI Simpósio Brasileiro de Aperfeiçoamento em Acupuntura e 
Terapias Orientais. Autor: Antônio Augusto Cunha. 
https://www.healthtraditions.com.au/