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Como a ansiedade e a depressão afetam a 
vida acadêmica?
A ansiedade e a depressão podem ter um impacto significativo na vida acadêmica dos estudantes de 
Enfermagem, afetando diversos aspectos do seu desempenho e bem-estar. A dificuldade de 
concentração, a perda de interesse por atividades acadêmicas, a procrastinação e o baixo rendimento 
escolar são alguns dos sintomas que podem estar associados a esses transtornos. Pesquisas recentes 
indicam que até 40% dos estudantes de Enfermagem experimentam níveis significativos de ansiedade 
durante sua formação acadêmica, enquanto cerca de 25% apresentam sintomas depressivos 
clinicamente significativos.
Estudos demonstram que a ansiedade e a depressão podem levar à redução da frequência às aulas, ao 
aumento do absenteísmo, à dificuldade em acompanhar o conteúdo das disciplinas, à redução da 
capacidade de realizar tarefas acadêmicas e à diminuição da participação em atividades 
extracurriculares. Isso pode resultar em baixo desempenho acadêmico, reprovação em disciplinas, 
atraso na conclusão do curso e, em alguns casos, até mesmo abandono da faculdade. Os estágios 
práticos em ambiente hospitalar são particularmente desafiadores, pois combinam a pressão 
acadêmica com a responsabilidade do cuidado direto aos pacientes, podendo intensificar os sintomas 
de ansiedade e depressão.
Além do impacto direto no desempenho acadêmico, a ansiedade e a depressão também podem afetar 
a vida social dos estudantes de Enfermagem. A dificuldade de interação social, o isolamento, a 
sensação de inadequação e a baixa autoestima podem prejudicar a formação de amizades e a 
participação em grupos de estudo, o que é crucial para o aprendizado e o desenvolvimento 
profissional. O medo de julgamento pelos colegas e professores pode levar a um ciclo vicioso de 
isolamento e piora dos sintomas, afetando não apenas o desempenho acadêmico, mas também o 
desenvolvimento de habilidades interpessoais essenciais para a prática da enfermagem.
É fundamental que as instituições de ensino e os profissionais da saúde estejam atentos aos sinais e 
sintomas de ansiedade e depressão nos estudantes de Enfermagem, oferecendo apoio psicológico, 
acompanhamento médico e recursos para o bem-estar mental. A identificação precoce e o tratamento 
adequado podem minimizar os impactos na vida acadêmica e garantir um ambiente mais propício ao 
aprendizado e ao desenvolvimento profissional.
Os programas de suporte estudantil devem incluir estratégias específicas para o gerenciamento do 
estresse acadêmico, como oficinas de gestão do tempo, grupos de apoio entre pares, técnicas de 
relaxamento e mindfulness, além de orientação profissional especializada. Algumas instituições têm 
implementado programas de mentoria, onde estudantes mais experientes auxiliam os mais novos na 
adaptação à vida acadêmica, mostrando resultados promissores na redução dos níveis de ansiedade e 
depressão.
A prevenção também deve ser uma prioridade, com a implementação de políticas educacionais que 
promovam um ambiente acadêmico mais saudável e acolhedor. Isso inclui a flexibilização de prazos 
quando necessário, a disponibilidade de recursos de apoio acadêmico, a promoção de atividades de 
integração social e o desenvolvimento de uma cultura que normalize a busca por ajuda em questões 
de saúde mental. A capacitação dos docentes para identificar e lidar com estudantes em sofrimento 
psíquico também é essencial para criar uma rede de suporte efetiva.

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