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Como Adaptar a Terapia Assistida por
Animais para Pacientes com
Comorbidades?
A terapia assistida por animais (TAA) pode ser especialmente benéfica para pacientes com
comorbidades, ou seja, aqueles que sofrem de mais de um problema de saúde ao mesmo tempo. No
entanto, é crucial adaptar o programa de TAA para atender às necessidades específicas de cada
indivíduo, considerando tanto as limitações físicas quanto as necessidades emocionais e psicológicas.
Para pacientes com doenças crônicas como diabetes, hipertensão ou problemas cardíacos, o terapeuta
deve estar ciente das limitações físicas e necessidades de cuidados especiais. A escolha do animal e a
frequência das sessões podem ser ajustadas para evitar sobrecarga ou riscos à saúde. Por exemplo,
cães de raças menores e mais calmos podem ser mais adequados para pessoas com mobilidade
limitada, enquanto sessões mais curtas e menos intensas podem ser preferíveis para aqueles com
problemas respiratórios. Em casos de pacientes com alergias, gatos hipoalergênicos ou pássaros
podem ser alternativas viáveis.
No caso de pacientes com transtornos mentais como ansiedade, autismo ou TDAH, a TAA pode ser
particularmente útil para promover a interação social, reduzir o estresse e melhorar a autoestima. No
entanto, o terapeuta deve estar atento às necessidades de cada indivíduo e ajustar o programa de
acordo com as características e dificuldades específicas. Por exemplo, para pacientes com autismo, a
presença de um animal pode ser extremamente estimulante, e o terapeuta deve estar preparado para
gerenciar a interação de forma gradual e segura. Já para pessoas com TDAH, atividades estruturadas
com os animais podem ajudar no desenvolvimento da concentração e do autocontrole.
A escolha do animal terapêutico também deve ser cuidadosamente considerada. Enquanto cães são
frequentemente utilizados por sua natureza social e adaptável, outros animais podem oferecer
benefícios específicos: cavalos podem ser excelentes para pacientes que precisam melhorar o equilíbrio
e a coordenação motora; coelhos e hamsters podem ser adequados para pessoas que precisam de
interações mais calmas e controladas; e peixes em aquários podem proporcionar um ambiente relaxante
para pacientes com níveis elevados de ansiedade.
É fundamental que o terapeuta trabalhe em conjunto com a equipe médica do paciente, incluindo
médicos, enfermeiros e psicólogos, para garantir que a TAA seja segura e eficaz. A comunicação entre
os profissionais de saúde é essencial para evitar conflitos ou contraindicações e para garantir que o
programa esteja integrado aos demais tratamentos. Além disso, é importante realizar avaliações
regulares do progresso do paciente e fazer ajustes no programa conforme necessário.
Os terapeutas que trabalham com TAA para pacientes com comorbidades devem ter treinamento
específico e conhecimento aprofundado sobre as condições médicas e psicológicas que estão tratando.
Isso inclui compreender os sintomas, limitações e possíveis complicações de cada condição, bem como
saber identificar sinais de desconforto ou estresse durante as sessões. A formação continuada e a
supervisão regular são elementos importantes para garantir a qualidade e a segurança do tratamento.

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