Prévia do material em texto
ERITROGRAMA Hematócrito: % de hemácias no sangue VCM: tamanho das hemácias CHCM: quantidade de hemoglobina dentro da hemácia Anisocitose: variação no tamanho dos eritrócitos Policromasia: coloração azul-acinzentada dos eritrócitos. Indica presença de reticulócitos no sangue Classificação da anemia: - Índice hematimétrico: VCM e CHCM - Resposta da medula óssea: contagem de reticulócitos - regenerativa: presença de reticulócitos (reticulocitose). Achados: anisocitose, policromasia, metarrubricítos (fase anterior ao reticulócito) e reticulócitos. - arregenerativa: não há presença de hemácias jovens - Fiosiopatogenêse macrocítica – hemácias com tamanho aumentado VCM normocítica – hemácias com tamanho normal microcítica – hemácias com tamanho reduzido CHCM normocrômica – quantidade normal de hemoglobina na hemácia hipocrômica – quantidade reduzida de hemoglobina na hemácia * não existe “hipercrômica”, pois a hemácia não aguenta mais hemoglobina do que o necessário LEUCOGRAMA Leucócitos: - Linfócitos: produzem anticorpos - Neutrófilos: infecções bacterianas; queimaduras; estresse; inflamação - Bastonete: neutrófilo imaturo - Segmentado: neutrófilo maduro - Monócitos: infecções virais; infecções bacterianas crônicas; enfermidades crônicas - Eosinófilos: indicam reação parasitária ou alérgica - Basófilos: indicam processos inflamatórios ou alérgicos *pancitopenia: aumento de todas as populações de leucócitos Neutrofilia (neutrófilos aumentados): Desvio à direita: aumento apenas dos segmentados Desvio à esquerda: aumento dos bastonetes (pode ter aumento ou não dos segmentados) - regenerativo: segmentado MAIOR que bastonete - degenerativo: segmentado MENOR que bastonete PLAQUETOGRAMA Trombocitopenia: plaquetas reduzidas - aumento na destruição - sequestro - utilização plaquetária - redução na produção Trombocitose: plaquetas aumentadas - trombocitose essencial - trombocitose rebote - hemorragia contínua - anemia ferropriva crônica - policitemia vera PROTEÍNAS TOTAIS E FRAÇÕES Albuminas: responsáveis pela pressão oncótica; proteína de transporte Globulinas: imunoglobulinas hiperalbuminemia – desidratação Albumina hipoalbuminemia – queda na produção ou perda URINÁLISE Composição da urina: - 95% água - 5% eletrólitos - soluto: uréia, creatinina, ácido úrico, CL, Na, K, PO4 - outras substâncias: hormônios, vitaminas, medicamentos * elementos que não fazem parte do filtrado plasmático inicial: células, cristais, muco, bactérias Método de coleta: - micção natural - cateterismo vesical (comum encontrar alterações na amostra) - cistocentese Exame físico da urina: 1. volume 2. cor: tipicamente transparente a amarela - variações da cor: hematúria, hemoglobinúria, mioglobinuria e bilirrubinuria 3. odor: nos herbívoros é aromático e mais intenso, nos carnívoros é picante e aliáceo - variações no odor: odor pútrido, odor adocicado, odor amoniacal 4. aspecto/turbidez: influenciada pela concentração urinária - aumento da turbidez: leucócitos, eritrócitos, cristais, bactérias, muco, lipídeos, materiais contaminantes 5. densidade: representa a concentração dos sólidos em solução urinária. Avalia a capacidade do rim de concentrar ou diluir a urina - valor de referência: 1.015 a 1.025 Exame químico da urina: 1. pH - carnívoros: 5,5 a 7,0 (fosfato de sódio e cálcio) - herbívoros: 7,0 a 8,5 (bicarbonato de cálcio) 2. glicose - glicosúria: hiperglicemia, lesão do túbulo renal, diabetes 3. cetonas: não é para ter - cetonúria: distúrbios no metabolismo dos ácidos graxos e carboidratos, jejum prolongado, anorexia, lipidose hepática, cetoacidose diabética, hepatopatias 4. proteínas - proteinúria: glomerulonefropatia, defeitos de transporte tubular, inflamação e infecção no trato urinário 5. bilirrubina - billirubinúria: distúrbios hepáticos e hemolíticos, obstruções das vias biliares (colestase) 6. sangue, hemoglobina e mioglobina Avaliação do sedimento urinário: - células (leucócitos, eritrócitos, células epiteliais) - cilindros - cristais - bactérias - leveduras Urocultura: BIOQUIMICA HEPÁTICA Mensuração da atividade sérica de enzimas que detectam lesão de hepatócitos – ALT, AST, SDH, GLDH Mensuração da atividade sérica de enzimas que detectam colestase – FA, GGT Testes que avaliam a função hepática) – albumina, ureia, ácidos biliares, bilirrubina, fibrinogênio ALT (alanina amino transferase): - também conhecida como TGP (transamina glutâmico pirúvica) - enzima de extravasamento que se apresenta livre no citoplasma dos hepatócitos ↑ de ALT: - morte ou lesão subletal de hepatócitos - necrose ou lesão subletal de células musculares Ex: hipóxia, toxinas bacterianas, inflamação, neoplasia hepática, medicamentos... AST (espartano amino transferase): - também conhecida como TGO (transaminase glutâmico oxaloacética) - não é uma enzima hepatoespecifica -> presente nos hepatócitos e nas células musculares SDH (sorbitol desidrogenase): - enzima de extravasamento que se encontra livre no citoplasma dos hepatócitos - enzima hepatoespecifica - presente em alta concentração nos hepatócitos e em baixa concentração em outros tecidos GLDH (glutamato desidrogenase): - os mesmos tipos de lesões nos hepatócitos que aumentam a ALT, provocam o aumento da GLDH FA ou ALP (fosfatase alcalina): - enzima de indução presente nas células do epitélio biliar e nas membranas dos hepatócitos ↑ de FA: - colestase (ocorre também o aumento de bilirrubina total e de ácidos biliares) - maior atividade osteoblástica - indução por medicamentos - doenças crônicas GGT (A y-glutamiltransferase): - enzima de indução - pode aumentar devido à uma lesão hepática aguda - em cães: + especifica, - sensível comparada à FA - em gatos: + sensível, - especifica comparada à FA - em equinos e bovinos: + sensível comparada à FA Bilirrubina: ↑ de bilirrubina: - aumento da produção de bilirrubina (devido à destruição acelerada de eritrócitos) - menor absorção ou conjugação de bilirrubina pelos hepatócitos - menor excreção de bilirrubina (colestase) Albumina: - sintetizada no fígado - não se constata hipoalbuminemia até que ocorra perda de 60 a 80% da função hepática Ácidos biliares: - sintetizados nos hepatócitos a partir do colesterol ↑ de ácidos biliares: - anormalidades da circulação porta - redução da massa hepática funcional (resultam em lesão de hepatócitos suficiente para prejudicar a absorção de ácidos biliares do sangue portal) - menor excreção de ácidos biliares na bile (decorrente de colestase hepática ou pós- hepática de qualquer causa) Amônia: - removida da circulação pelo fígado ↑ de amônia: - alteração no fluxo sanguíneo ao fígado - quantidade muito reduzida de hepatócitos funcionais