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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSTITUTO DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA – DEGEO
Disciplina: Geografia do Mundo Contemporâneo
Docente: Prof. Dr. Thiago Neto 
Discentes: Marvin D”Lucam Santarém Tavares e Sabrina Nascimento da Fonseca
A GEOGRAFIA E A GLOBALIZAÇÃO CONTEMPORÂNEA
A globalização contemporânea é um fenômeno complexo que molda as dinâmicas econômicas, políticas, sociais e culturais globalmente. Facilitada por avanços tecnológicos, liberalização econômica e intensificação das comunicações globais, a globalização cria um cenário onde as fronteiras nacionais se tornam porosas e as ações locais têm repercussões globais. Esse processo envolve uma crescente integração e interdependência das economias, culturas e populações a nível mundial, impulsionado pelo comércio internacional, fluxos de investimento, migrações e inovações tecnológicas.
No contexto do Sul Global, que compreende países em desenvolvimento, muitas vezes ex-colônias ou com industrialização tardia, a globalização tem gerado uma série de impactos complexos e variados. Em termos econômicos, a globalização oferece várias oportunidades. O acesso a mercados internacionais pode estimular o crescimento econômico ao permitir que esses países exportem seus produtos e serviços. Além disso, a integração global facilita a transferência de tecnologias avançadas, promovendo a inovação e o desenvolvimento industrial. O aumento dos fluxos de investimento estrangeiro direto (IED) pode também impulsionar setores chave da economia, como manufatura e serviços, promovendo a modernização e o desenvolvimento de infraestrutura.
Entretanto, os desafios e as desigualdades estruturais são significativos. A globalização muitas vezes exacerba as desigualdades econômicas, pois as multinacionais podem explorar mão-de-obra barata e recursos naturais nos países do Sul Global, gerando riqueza que não é distribuída de forma equitativa. Além disso, a intensificação das interações globais pode enfraquecer a soberania nacional, limitando a capacidade dos governos de regular suas próprias economias e proteger indústrias locais da concorrência internacional. A dependência econômica de mercados e capitais estrangeiros torna as economias do Sul Global vulneráveis a crises externas e flutuações de mercado.
Social e culturalmente, a globalização promove a disseminação de produtos culturais e valores ocidentais, o que pode levar à homogeneização cultural e ameaçar culturas e tradições locais. A facilidade de migração internacional, embora traga benefícios, também pode resultar em conflitos sociais e desafios na integração de migrantes. No entanto, a globalização tem potencial para amplificar as vozes de movimentos sociais e organizações não-governamentais do Sul Global, proporcionando maior visibilidade e influência no cenário internacional.
A geografia que estuda a globalização contemporânea revela um quadro complexo de interações e impactos no Sul Global. As economias desses países são muitas vezes caracterizadas por estruturas produtivas frágeis e vulneráveis às dinâmicas do mercado global. A inserção no mercado internacional pode reforçar dependências históricas, onde países exportadores de commodities ficam suscetíveis às flutuações dos preços das matérias-primas. Essa volatilidade pode comprometer a estabilidade econômica e limitar o desenvolvimento sustentável a longo prazo.
A liberalização comercial, enquanto oferece oportunidades para crescimento, também coloca pressões competitivas sobre indústrias locais. Em muitos casos, empresas locais não conseguem competir com grandes multinacionais, levando à desindustrialização e ao aumento do desemprego. Além disso, o foco em exportações pode negligenciar o desenvolvimento de mercados internos e setores essenciais como saúde e educação, perpetuando ciclos de pobreza e desigualdade.
A degradação ambiental é outro desafio crítico. A globalização promove a expansão da atividade econômica e a exploração intensiva dos recursos naturais, resultando em impactos ambientais significativos. Países do Sul Global frequentemente possuem capacidades limitadas para mitigar e adaptar-se aos efeitos das mudanças climáticas, exacerbando a vulnerabilidade das suas populações. O desmatamento, a poluição e a perda de biodiversidade são problemas frequentes que afetam não apenas o meio ambiente, mas também a saúde e a subsistência das comunidades locais.
A esfera social e cultural também é profundamente afetada. A disseminação de valores e produtos culturais ocidentais pode levar à modificação de identidades culturais e à perda de diversidade cultural. Esse processo, conhecido como homogeneização cultural, pode enfraquecer tradições locais e modos de vida, contribuindo para um sentimento de alienação entre as populações do Sul Global. Entretanto, a globalização também pode fomentar o intercâmbio cultural e o diálogo intercultural, criando novas formas de expressão e interação que enriquecem o tecido social.
A resposta dos países do Sul Global à globalização é variada. Muitos buscam formas de cooperação e integração regional, como a cooperação Sul-Sul, que visa fortalecer laços econômicos e políticos entre países em desenvolvimento. Essas iniciativas buscam criar um contrapeso às estruturas de poder dominantes, promovendo um desenvolvimento mais autônomo e sustentável. Além disso, há um crescente reconhecimento da importância de políticas públicas que promovam a inclusão social e a sustentabilidade ambiental, mitigando os impactos negativos da globalização.
Compreender os impactos da globalização no Sul Global é essencial para a formulação de políticas eficazes. Mostra que é necessário um equilíbrio para garantir que a globalização promova um desenvolvimento econômico sustentável e equitativo, sem sacrificar a justiça social e a diversidade cultural. As políticas devem focar em criar um ambiente onde os benefícios da globalização possam ser amplamente distribuídos, mitigando as desigualdades e fortalecendo a resiliência das economias e sociedades do Sul Global diante das pressões globais.
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