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Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Farmácia – Departamento de Farmácia 2a Prova de Epidemiologia Ambiental 2010/2 - Valor: 3,0 pontos NOME: 1) ........................................................................................................................ 2) ........................................................................................................................ DATA:......./......../......... 1) Marque a(s) alternativa(s) falsa(s) e circule a(s) palavra(s) que a(s) torna(m) falsa(s). A) A causalidade em epidemiologia é enfraquecida quando o aumento da exposição a um efeito ou agente, causa um aumento do efeito. B) Os estudos de caso-controle têm como vantagens o fato de que são estatisticamente eficientes, permitem testar hipóteses, podem ser rápidos e baratos, além de permitir o estudo de doenças raras e comuns C) Os estudos de coorte são excelentes para avaliar várias exposições e doenças ao mesmo tempo; estão indicados para doenças frequentes e doenças que levam à seleção dos mais saudáveis. D) A medida de efeito no estudo de coorte é a razão de taxa de incidência, comumente referida como ODDS RATIO (OD) E) Podemos definir estudos experimentais como um teste onde há a comparação entre fazer alguma coisa (intervenção) e não fazer nada ou entre fazer alguma coisa e fazer outra diferente para ver qual a melhor. F) O princípio do estudo Ecológico é o de que, nas populações onde a exposição é mais freqüente, a incidência das doenças ou a mortalidade serão maiores G) Os estudos epidemiológicos analíticos são aqueles em que o observador descreve as características de uma determinada amostra, não sendo de grande utilidade para estudar etiologia de doenças ou eficácia de um tratamento, porque não há um grupo-controle para permitir inferências causais. H) O estudo transversal é um tipo de estudo que examina as pessoas em um determinado momento, fornecendo dados de prevalência; aplica-se, particularmente, a doenças comuns e de duração relativamente longa. I) Os estudos de coorte têm a vantagem de ser rápidos e de baixo custo, sendo muitas vezes o ponto de partida para outro tipo de estudo epidemiológico. 2) A diferença fundamental entre um estudo epidemiológico experimental e observacional é: A) Estudos experimentais são realizados em animais e estudos observacionais são realizados em humanos. B) O investigador desconhece se o indivíduo é exposto ou não exposto no estudo experimental, mas não no estudo observacional. C) O investigador tem controle sobre a alocação da exposição dos indivíduos no estudo experimental, mas não no estudo observacional. D) O investigador tem controle sobre a alocação do evento ou doença dos indivíduos no estudo experimental, mas não no estudo observacional. E) No estudo experimental tem que ter obrigatoriamente um grupo controle e no observacional não. Nesta questão vou considerar uma das duas respostas (ficou um pouco confusa) 3) Assinale a alternativa. Incorreta: ( ) São diretrizes do SUS a descentralização e a participação da comunidade. ( X ) São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo às pessoas jurídicas de direito privado a sua regulamentação. ( ) As ações e serviços de saúde serão executados diretamente pelo Poder Público ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. ( ) A saúde é direito de todos e dever do Estado, mas não exclui o dever das pessoas e da sociedade. ( ) As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único. 4) Se o risco relativo de uma associação entre um fator e uma doença em estudo é menor que 1,0 então: A) A randomização seria a estratégia ideal. B) O fator protege contra o desenvolvimento da doença. C) Não há associação entre o fator e a doença em estudo. D) Não há associação positiva nem negativa entre o fator e a doença. 5) Falar em saúde no Brasil é falar no Sistema Único de Saúde (SUS), seja como realidade, seja como utopia, com seus princípios de equidade, descentralização e integralidade. Antes de tudo, o SUS é a impressão, no nosso sistema constitucional e legal, de uma compreensão da saúde forjada em conceitos que, em longo processo, fomos consolidando na saúde coletiva e na epidemiologia. Somente para relembrar, citarei o artigo 196 da nossa Constituição Federal: "A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visam à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação". M. Barreto. Papel da epidemiologia no desenvolvimento do Sistema Único de Saúde no Brasil: histórico, fundamentos e perspectivas – Conferência de Abertura do V Congresso Brasileiro de Epidemiologia. In: Rev. bras. epidemiol. v.5 supl.1, São Paulo. nov./ 2002. (com adaptações). Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens abaixo A- ( E ) A nova compreensão de saúde do SUS veio ampliar e completar a racionalidade médica anteriormente existente no país, a da determinação social da doença, proposta pela saúde coletiva e pela epidemiologia. B- ( C ) Uma das metas da descentralização era ampliar o controle social e a participação popular no SUS, através dos conselhos e conferências de saúde, mantendo-se, porém a gestão dos recursos repassados ainda com regulação central. C- ( E ) Para o SUS, integralidade subentende a abordagem integral do indivíduo em seu ambiente, a articulação das ações de prevenção, promoção, cura e recuperação e a ampliação dos espaços de intervenção. Por outro lado, não contempla o acesso a toda tecnologia capaz de melhorar e prolongar a vida, pois implica em impasses éticos e exige tecnologias, processos e medicamentos de alto custo não fornecidos pelo SUS. D- ( C ) Entre as perspectivas de contribuição da epidemiologia para a consolidação do SUS, pode-se considerar como alguns dos objetivos centrais a redução das desigualdades sociais, a contribuição para os processos regulatórios e a avaliação do impacto de tecnologias. E- ( C ) As medidas preventivas em Saúde Pública são destinadas a evitar as doenças ou suas conseqüências. Boa Prova, Vanja 6) No campo da saúde, há consenso de que a Epidemiologia constitui uma importante disciplina científica de base empírica. Para o teste das suas hipóteses teoricamente elaboradas e logicamente fundamentadas, é necessária uma prática metodológica rigorosa. Isso implica desenvolver processo de produção de dados, aplicando-se estratégias de investigação que, por seu variável grau de estruturação, merecem o nome de “desenhos de pesquisa”. Rouquayrol e Almeida Filho, Desenhos de Pesquisa em Epidemiologia. In: Epidemiologia e Saúde, MEDSI 1999 p.149 (com adaptações). Com base no texto apresentado, considere as afirmações em Falsas ( F ) ou Verdadeiras (V) A- ( F ) De acordo com o texto, os estudos em epidemiologia podem ser observacionais ou de intervenção, ambos podendo ser longitudinais ou transversais. B- ( V ) Os estudos epidemiológicos são classificados de acordo com três eixos, o principal deles deve se referir à unidade de observação e os dois complementares, um ao posicionamento do investigador e o outro estrutura-se a partir da dimensão temporal do estudo. C- ( F ) Consideram-se importantes os denominados experimentos naturais, estudos ecológicos em que houve intervenção não intencional, gerando diferenças nos dados sanitários, como as clássicas investigações de John Snow sobre a cólera em Londres ou as observações que levaram à hipótese do flúor como protetor do esmalte dental a partir de distintas concentrações na água de diferentes regiões. D- ( F ) Estudos seccionaissão assim denominados por serem agregados longitudinais realizados com apenas uma parcela da população para a coleta de dados primários. E- ( V ) Estudos de coorte, também chamados de seguimento ou follow-up, são capazes de abordar hipóteses etiológicas, produzindo medidas de incidência, e por conseguinte, medidas diretas de risco. F- ( V ) Os estudos observacionais-longitudinais podem ser de dois tipos: de coorte ou de caso- controle, sendo os primeiros prospectivos e os segundos retrospectivos. G- ( V ) No que concerne aos aspectos analíticos, o desenho de caso-controle não é capaz de produzir medidas de ocorrência de doenças, porque não utiliza denominadores populacionais. Permite tão- somente estimar uma medida de associação denominada odds ratio. H- ( F ) Nos estudos de caso controle, quando já se dispõe de uma hipótese condutora, deve-se fazer uma varredura de toda a história pregressa de casos e de controles na busca de regularidades significativas ou discrepâncias sistemáticas, em uma modalidade exploratória chamada expedições de caça e pesca. 7) Para se conhecer a prevalência de anemia entre as crianças menores de cinco anos de um município, qual dos seguintes delineamentos é o mais adequado? A) ( ) Estudo de casos e controles entre crianças anêmicas e sem anemia freqüentadoras das creches municipais. B) ( ) Estudo de seguimento das crianças menores de cinco anos freqüentadoras das creches municipais, comparando as crianças que desenvolveram anemia e as que não a desenvolveram C) ( X ) Estudo transversal de uma amostra domiciliar das crianças menores de cinco anos de idade residentes no município. . D) ( ) Estudo transversal dos prontuários de crianças menores de cinco anos de idade atendidas nas unidades de saúde do município. E) ( ) Estudo transversal de uma amostra dos prontuários de crianças menores de cinco anos de idade atendidas nos serviços de saúde do município.
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