Prévia do material em texto
Leptospirose É uma zoonose de ocorrência mundial, tem considerável importância econômica e de saúde pública. É de notificação obrigatória aos órgãos públicos quando acomete humanos, porém todos os animais domésticos estão suscetíveis, e podem ou não adoecer. Fazem a eliminação da bactéria para o meio ambiente. O rato Rattus norvegicus é o mais importante reservatório da leptospira. O cão tem sua importância epidemiológica por sua estreita relação com o ser humano. E os animais de produção manifestam problemas reprodutivos. Os principais hospedeiros são roedores, carnívoros selvagens e L. interrogans (túbulos renais de mamíferos). Comment by Vitoria Lombardi: L. interrogans sorovar pomona: produz exotoxina hemolítica causando anemia hemolítica São referidas duas categorias da doença, porém com implicações diferentes, quando o animal é infectado com um sorovar hospedeiro, adaptado, e se torna um reservatório e quando animais susceptíveis são expostos a sorovares hospedeiros não adaptados, causando a doença acidental, forma comum aos humanos. Existe 13 espécies patogênicas São sensíveis ao ressecamento, congelamento, calor de 50°C por 10 minutos, sabão, detergentes, ácidos biliares, putrefação, suco gástrico por 30 minutos. Resistente em ambientes úmidos, quente e neutro a alcalino. Em solos saturados com água, por exemplo banhados, lama e a pH neutro (6-8) podem permanecer por até 180 dias Fontes de infecção: Animal infectado, urina, aerossóis, excreções genitais, fetos abortados, água, ração, fômites, sêmen, leite, transplacentária, venérea, fluidos placentários, orofaringe, ocular genital, pulmonar e pele. Modo de infecção: Em humanos a exposição a agua contaminada com urina ou tecidos provenientes de animais infectados. Par humanos roedores representam a principal fonte de infecção responsável por 50 % dos casos. A Leptospira sp. Penetra de forma ativa, pelas mucosas, oele escarificada ou mesmo pela pele integra, mas em condições que favoreçam a dilatação dos poros. Multiplicam-se rapidamente após entrar no sistema vascular, espalhando-se pelos órgãos e tecidos como rins, fígado, baço, SNC, olhos e trato genital, levando a um quadro agudo septicêmico denominado de leptospiremia. Causando aborto e complicações reprodutivas como retorno ao cio, natimortos, nascimento de animais fracos, por conta da infecção do feto na fase de leptospiremia da mãe. Sinais clínicos em cães: Febre, icterícia, vômito, diarreia, uremia, hemorragiais, polidpsia, oligúria. Halitose devido a presença de úlceras na boca, dor abdominal, mialgia, petéquias em mucosas e conjuntivas, abortamentos, infertilidade e morte. Dependendo do sorovar infectatante os sinais clínicos podem até ser vagos ou inaparentes. Sinais Clínicos em Felinos: Nos gatos, a leptospirose é menos frequente ou não diagnosticada. Os sinais clínicos são comparáveis aos observados nos cães. Sinais clínicos em Suínos e bovinos: Mais susceptíveis que os equinos, caprinos e ovinos doença é responsável por consideráveis perdas econômicas Ocorrência de abortos, retenção de placenta, infertilidade e mastites Queda na produção de leite e carne • Bovinos: o Em bezerros os principais sinais clínicos são febre, icterícia e hemoglobinúria, apresentando elevada letalidade o Adultos o Abortos ocorrem mais frequentemente no terço final da gestação → feto autolisado e ictérico o Mastite: úbere flácido, dor e indícios de sangue no leite o Diminuição da produção leiteira e infertilidade, mas a letalidade é baixa e ocorre devido a complicações do aborto o Repetição de cio Diagnóstico • Clínico: - Súbita queda na produção de leite - Leite com presença de sangue - Anemia - Hemoglobinúria - Aborto - Icterícia • Material para laboratório: - Animais vivos: o Sangue o Urina o Líquido cérebro espinhal o Líquidos uterinos - Animais mortos e fetos o Rins*** o Fígado*** o Pulmão o Cérebro o Olhos • Cultivo e identificação • Inoculação em animais sensíveis → hamsters • Microscópio de campo escuro para urina • Histopatológico – prata • IF • PCR • ELISA • Teste de aglutinação microscópica (MAT) Testes sorológico – amostras pareadas (ELISA ou MAT) – no início e na fase intermediária da doença • Teste de aglutinação microscópica → utiliza antígenos vivos – sensível e específico • Fixação de complemento Tratamento • Estreptomicina • Tetraciclina • Penicilina G • Fluorquinolonas • Cloranfenicol • Eritromicina • Doxiciclina Controle • Na fonte de infecção - Controle de roedores - Isolamento, diagnóstico e tratamento de animais doentes • Na via de transmissão - Destino adequado das excretas - Limpeza e desinfecção química das instalações - Drenagem de água das pastagens - Não utilizar sêmen suspeito • Nos susceptíveis - Vacinação: evita doença mas não evita portadores e infecção - Há relatos de animais que apresentaram leptospirúria após a vacinação - Não existe vacina para humanos