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MATERIAL DIGITAL!
GIZELA LEITE
TERAPIA 
OCUPACIONAL 
EM CONTEXTOS 
HOSPITALARES 
E CUIDADOS 
PALIATIVOS
Coordenador(a) de Conteúdo 
Viviane Hadlich dos Santos
Projeto Gráfico e Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Daiane Victória Maass
Design Educacional
Cleber Rafael
Revisão Textual
Elaine Machado
Ilustração
Geison Ferreira da Silva
Fotos
Shutterstock e Envato
Impresso por: 
Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.
Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Núcleo de Educação a Distância. LEITE, Gizela.
Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares e Cuidados 
Paliativos / Gizela Leite. - Florianópolis, SC: Arqué, 2024.
180 p.
ISBN papel 978-65-6137-438-5
ISBN digital 978-65-6137-433-0
1. Terapia 2. Hospital 3. Cuidados 4. Paliativos. I. Título. 
CDD - 615.8515
EXPEDIENTE
FICHA CATALOGRÁFICA
N964
03506865
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/20897
RECURSOS DE IMERSÃO
Utilizado para temas, assuntos ou con-
ceitos avançados, levando ao aprofun-
damento do que está sendo trabalhado 
naquele momento do texto. 
APROFUNDANDO
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você 
terá indicações de filmes 
que se conectam com o 
tema do conteúdo.
INDICAÇÃO DE FILME
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você terá 
indicações de livros que 
agregarão muito na sua 
vida profissional.
INDICAÇÃO DE LIVRO
Utilizado para desmistificar pontos 
que possam gerar confusão sobre o 
tema. Após o texto trazer a explicação, 
essa interlocução pode trazer pontos 
adicionais que contribuam para que 
o estudante não fique com dúvidas 
sobre o tema. 
ZOOM NO CONHECIMENTO
Este item corresponde a uma proposta 
de reflexão que pode ser apresentada por 
meio de uma frase, um trecho breve ou 
uma pergunta. 
PENSANDO JUNTOS
Utilizado para aprofundar o 
conhecimento em conteúdos 
relevantes utilizando uma lingua-
gem audiovisual.
EM FOCO
Utilizado para agregar um conteúdo 
externo.
EU INDICO
Professores especialistas e con-
vidados, ampliando as discus-
sões sobre os temas por meio de 
fantásticos podcasts.
PLAY NO CONHECIMENTO
PRODUTOS AUDIOVISUAIS
Os elementos abaixo possuem recursos 
audiovisuais. Recursos de mídia dispo-
níveis no conteúdo digital do ambiente 
virtual de aprendizagem.
4
123U N I D A D E 3
TERAPIA OCUPACIONAL O DIFERENCIAL NA CLÍNICA MÉDICA ADULTO E IDOSO 124
TERAPIA OCUPACIONAL O DIFERENCIAL NA CLÍNICA INFANTOJUVENIL 144
TERAPIA OCUPACIONAL NA SAÚDE MENTAL NO CONTEXTO HOSPITALAR 162
7U N I D A D E 1
DIAGNÓSTICO TERAPÊUTICO OCUPACIONAL 8
ELEMENTOS DE UMA AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA 24
ANAMNESE NAS FASES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 42
61U N I D A D E 2
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO FUNCIONAL/OCUPACIONAL 62
AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO LÚDICO 82
O OLHAR DO TERAPEUTA OCUPACIONAL AO PACIENTE COM DEFICIÊNCIA 102
5
SUMÁRIO
UNIDADE 1
MINHAS METAS
DIAGNÓSTICO TERAPÊUTICO 
OCUPACIONAL
Compreender o papel da Terapia ocupacional dentro do contexto hospitalar.
Conhecer como acontece o processo do diagnóstico ocupacional dentro de um hospital.
Identificar os objetivos da terapia ocupacional dentro do contexto hospitalar.
Reconhecer a importância do trabalho numa equipe multiprofissional.
Fazer a relação dos conteúdos vistos nas disciplinas de base com a prática profissional.
Compreender o significado de finitude por meio dos cuidados paliativos visto sob o foco 
da terapia ocupacional.
Interligar conhecimentos com a prática e o respeito ético ao paciente/cliente.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 1
8
INICIE SUA JORNADA
Vamos iniciar nossa jornada. Chegou o dia tão esperado da formatura e com ele 
as dúvidas, pois você já conseguiu um emprego em um hospital da sua cidade. 
É o seu primeiro emprego como Terapeuta Ocupacional. Quanto orgulho né? 
 Você chega na sua linda sala com vários recursos e se pergunta: 
— O que vou fazer agora?
Respire e revise mentalmente todos os seus conhecimentos, vá com calma que tudo 
vai dar certo. Na dúvida, não faça nada, e volte a estudar sobre isso. Estudaremos 
para o resto de nossas vidas.
Tem vontade de sair correndo, mas não pode, agora você é a terapeuta do 
Hospital Santo André. Enquanto se perde em seus pensamentos o telefone 
toca. Você é chamado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para orientar o 
posicionamento correto do paciente José que acabou de dar entrada na UTI 
devido a um acidente vascular cerebral (AVC).
Está na hora de colocar seus conhecimentos em prática e orientar o melhor 
posicionamento do paciente, visando evitar contraturas, deformidades e lesões 
na pele dele. Você pensa: vou começar logo pela UTI, socorro! Respira e reflita: 
agora sou um profissional, estudei para isso e sou capaz. 
Vamos começar a trabalhar no mundo do contexto hospitalar ? 
Vamos entender um pouco do processo histórico do fazer da terapia ocupacional 
dentro do espaço hospitalar.
Então preste atenção no nosso podcast, assim você vai compreender muito 
da terapia ocupacional. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do 
ambiente virtual de aprendizagem..
PLAY NO CONHECIMENTO
UNIASSELVI
9
TEMA DE APRENDIZAGEM 1
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Em 2013, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), 
que conceitua a atuação do Terapeuta Ocupacional no contexto hospitalar, visa
 “ à proteção, promoção, prevenção, recuperação, reabilitação e Cuida-
dos Paliativos do indivíduo e da coletividade, pautado na concepção 
de integralidade e humanização da atenção à saúde realizada por 
meio do diagnóstico terapêutico ocupacional, bem como à seleção, 
execução e utilização de métodos e técnicas e recursos pertinentes e 
adequados aos contatos hospitalares (CARLO; KUDO, 2018, p. 11). 
O COFFITO considera a atuação da terapia ocupacional no Contexto Hospitalar 
uma especialidade regulada pelo Decreto nº 429 de 8 de julho de 2013.
VAMOS RECORDAR?
Que tal recordar um pouco sobre o objeto da Terapia Ocupacional e seu 
fazer no contexto hospitalar? Segue o link: https://www.youtube.com/
watch?v=TyxMwiPIpL0.
Sugerimos que você conheça essa resolução. Acesse o link: https://www.coffito.
gov.br/nsite/?p=3191.
EU INDICO
Essa resolução norteia o fazer ocupacional nos hospi-
tais, é muito importante conhecer o nosso código de 
ética e as resoluções do COFFITO que normatizam 
o trabalho do terapeuta ocupacional.
Essa resolução 
norteia o fazer 
ocupacional nos 
hospitais
1
1
https://www.youtube.com/watch?v=TyxMwiPIpL0
https://www.youtube.com/watch?v=TyxMwiPIpL0
https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3191
https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3191
O QUE FAZER NA PRIMEIRA CONSULTA DE TERAPIA 
OCUPACIONAL 
Ao iniciar o atendimento é necessário realizar uma primeira consulta. Nessa 
primeira consulta ocorrem a coleta de dados, as avaliações de área, componentes 
e contextos de desempenho ocupacional. 
O processo avaliativo auxilia: 
 ■ a verificar a necessidade de intervenção;
 ■ a definir o diagnóstico terapêutico ocupacional ;
 ■ a identificar o desempenho ocupacional, visando a tomada de decisão 
clínica, dentro do modelo e abordagem ocupacional;
 ■ a estabelecer os objetivos necessários no acompanhamento terapêutico;
 ■ a determinar a necessidade de prescrição de recursos de auxílio, técnica, 
adaptação de espaços e acessibilidade (CARLO; KUDO, 2018). 
AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA OCUPACIONAL 
É o procedimento que identifica as habilidades e limitações dos pacientes que 
afetam o desempenho ocupacional e favorece o diagnóstico terapêutico ocupa-
cional e a elaboração dos objetivos a serem alcançados com o paciente. 
O procedimento de avaliação:
 “ é fundamental para o estabelecimento do diagnóstico ocupacional 
e a elaboração do planoobjetivos. Podemos afirmar que:
a) Identificar habilidades ou comportamentos específicos: a avaliação do desempenho 
ocupacional não realiza um mapeamento desse desempenho de igualdade nas áreas 
e aspectos. 
b) Documentar progresso é desnecessário, pois não é feita a comparação com as avaliações 
anteriores e posteriores: servem de parâmetros se houve ganhos ou perdas e em que é 
necessário focar as intervenções. 
c) Estabelecer linha de base de desempenho: estabelece o desempenho da criança antes 
da efetivação da proposta de tratamento. Não serve de parâmetro para os indicadores 
de mudança no acompanhamento.
d) A identificação precoce de deficiências e/ou incapacidades de uma criança não é ne-
cessária para que possam ser encaminhadas para programas de intervenção precoce.
e) Predizer o desempenho futuro: a predição do desempenho é baseada em estimativas 
de probabilidades, portanto, não devem ser compreendidas como determinantes do 
desempenho futuro.
2. Como é difícil falar da morte e do luto nessa fase da vida, pois vai contra uma ordem criada 
por nós, como natural, em que os mais velhos morrem primeiro. Essa é a primeira dificul-
dade, pois poucas crianças são incluídas nos cuidados paliativos devido ao seu agravo 
clínico, em que não só o paciente é envolvido, mas toda a família, que tem de lidar com 
uma ordem inversa da morte.
Quanto às ações do Terapeuta Ocupacional no cuidado paliativo na infância, analise as afir-
mativas a seguir:
I - O foco deve estar voltado para as ocupações centrais, como brincar, estudar, descansar, 
dormir, atividades diárias, visando a manutenção dos níveis de independência e autonomia.
II - Implementar recursos terapêuticos para auxiliar na autonomia, tais como recursos de 
Tecnologia Assistiva, que se enquadrem na situação avaliada.
III - Proporcionar uma avaliação dos sintomas apresentados e considerar as respostas da 
criança frente aos sintomas.
AUTOATIVIDADE
5
1
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
3. A Avaliação da Terapia Ocupacional na Adolescência e na Fase Adulta é realizada similar-
mente, pois o adolescente já tem características no processo de adoecimento mais próximo 
do adulto. As técnicas de coleta de dados e entrevistas específicas são as mesmas em 
todas as fases do desenvolvimento. Contudo, cada fase, principalmente as das extremida-
des infância e idoso, apresenta uma singularidade mais relevante, devendo ser realizada 
separadamente (CARLOS; KUDO, 2018). 
Com relação aos objetivos da Terapia Ocupacional, assinale a alternativa correta:
a) Favorecer a dependência e a autonomia para a realização de algumas atividades de 
interesse pessoal.
b) Não favorecer a compreensão da doença e dos procedimentos realizados
c) Não intervir no cotidiano do ambiente hospitalar, visando manter a dependência.
d) Estimular o atendimento individualizado.
e) Não pensar na preparação da alta hospitalar.
AUTOATIVIDADE
5
1
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adoles-
cente e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 13 jul. 1990. Disponível em: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 11 abr. 2024.
CARLO, M. M. R. D. P.; KUDO, A. M. Terapia Ocupacional: em contextos hospitalares e cuidados 
paliativos. São Paulo: Paya, 2018.
FIGUEIREDO, M. O. (org). Terapia ocupacional no ciclo de vida da infância: histórico, proposi-
ções atuais e perspectivas futuras. São Paulo: Memnon, 2022.
MANCINI, M. C.; PFEIFER,L; BRANDÃO, M. B, Processo de avaliação de Terapia Ocupacional na 
infância. In: PFEIFER, L. I.; SAN’ANNA, M. M. M. Terapia Ocupacional na infância: procedimentos 
na prática clínica. São Paulo: Memnon, 2020.
5
8
1. Alternativa E.
A alternativa a) está incorreta, pois no quesito: identificar habilidades ou comportamentos 
específicos, a avaliação do desempenho ocupacional realiza um mapeamento desse de-
sempenho em diferentes áreas e aspectos. 
A alternativa b) está incorreta, pois documentar progresso e comparar com as avaliações 
anteriores e posteriores é necessário e serve de parâmetro na identificação de ganhos ou 
perdas e em que é necessário focar as intervenções. 
A alternativa c) está incorreta, pois no quesito: estabelecer linha de base de desempenho, 
é estabelecido o desempenho da criança antes da efetivação da proposta de tratamento, 
servindo de parâmetros para os indicadores de mudança no final do acompanhamento. 
A alternativa d) está incorreta, pois a identificação precoce de deficiências e/ou incapaci-
dades de uma criança é necessária para que possam ser encaminhadas para programas 
de intervenção precoce.
A alternativa e) está correta, pois no quesito: predizer o desempenho futuro: a predição do 
desempenho é baseada em estimativas de probabilidades, portanto, não devem ser com-
preendidas como determinantes do desempenho futuro.
2. Alternativa E. Todas as afirmativas estão corretas.
3. Alternativa B.
A alternativa a) está incorreta, pois a TO visa favorecer a independência e a autonomia para 
a realização de algumas atividades de interesse pessoal.
A alternativa b) está correta, pois favorecer a compreensão da doença e dos procedimentos 
realizados é um dos objetivos da TO.
A alternativa c) está incorreta, pois a TO tem como um dos objetivos intervir no cotidiano do 
ambiente hospitalar, visando promover a autonomia.
A alternativa d) está incorreta, pois a TO visa estimular os atendimentos multidisciplinares.
A alternativa e) está incorreta, pois a TO visa auxiliar na preparação da alta hospitalar.
GABARITO
5
9
UNIDADE 2
MINHAS METAS
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO 
FUNCIONAL/OCUPACIONAL
Compreender por que é importante o papel da Terapia Ocupacional na avaliação do 
desempenho ocupacional.
Conhecer o processo de avaliação dentro do espaço hospital.
Identificar os objetivos da Terapia Ocupacional dentro do contexto hospitalar relacionados 
com o desempenho ocupacional.
Reconhecer a importância do trabalho de uma equipe multiprofissional.
Relacionar os conteúdos vistos nas disciplinas de base com a prática profissional.
Compreender o papel da Terapia Ocupacional com os pacientes reumatológicos.
Interligar conhecimentos com a prática e o respeito ético ao paciente/cliente.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 4
1
1
INICIE SUA JORNADA
Estudante, a ilustração de abertura deste tema de aprendizagem ocasionou dú-
vidas em você? O que tem a ver uma mulher preparando um jantar com o tra-
balho da Terapia Ocupacional no contexto hospitalar? Se fosse no atendimento 
domiciliar até dava para aceitar, não? 
No entanto, o seu grande desafio, aqui, será atender uma Master Chef famosa 
que foi acometida, inesperadamente, por uma patologia autoimune e não pode 
mais realizar suas atividades laborais, nesse momento.
Você chega no apartamento vip do hospital para avaliar a pessoa famosa que está 
sob seus cuidados e se pergunta: 
— O que vou fazer agora?
Respire, pare e revise mentalmente todos os seus conhecimentos. Depois, 
apresente-se a ela e comece a sua avaliação inicial, incluindo uma específica que 
se chama Desempenho Ocupacional .
Normalmente, nos questionamos sobre como uma doença autoimune pode 
acabar com a vida de uma pessoa tão famosa, ou de qualquer pessoa. No entanto, 
ela não acaba com a vida, ela mostra novas possibilidades de aprender e refazer 
algumas atividades que já estavam automatizadas. Quando se fala em doença 
autoimune, a primeira em que pensamos é o câncer. 
Entretanto, o caso da nossa Master Chef , se trata de doença reumatológi-
ca. Hoje, diante dos tratamentos de reabilitação, estudante, você tem um papel 
importante juntamente com os avanços farmacológicos. É possível à paciente 
retornar às funções exercidas antes, mas de forma gradual e respeitosa aos limites 
do corpo. Por meio de planejamento, adaptação das atividades e estratégias para 
manter o desempenho, se garante um retornoseguro e sustentável.
UNIASSELVI
1
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 4
Estudante, você entenderá melhor outras nuances da Terapia Ocupacional a partir 
do depoimento de uma Terapeuta Ocupacional que foi diagnosticada com artrite 
reumatoide após o nascimento de seus dois filhos, um lindo casal de gêmeos, e 
como ela usou seus conhecimentos para a manutenção de sua qualidade de vida.
Este podcast mostrará a você os efeitos do conhecimento da Terapia Ocupacional 
para o próprio benefício do terapeuta que possa estar convalescido. Recursos de 
mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Vamos recordar um pouco os tipos de órteses que podem ser utilizadas nos pacientes 
diagnosticados com doenças reumáticas ou distúrbios musculoesqueléticos. 
Essas órteses são prescritas e confeccionadas por Terapeutas Ocupacionais no 
desempenho de suas atividades no contexto hospitalar ou em consultórios. 
Acesse o link a seguir: https://www.facebook.com/BlogArtriteReumatoide/
videos/1436690710159506.
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Estamos falando de Avaliação do Desempenho Ocupacional, mas como realizar 
essa avaliação, quais dados podemos avaliar para executar um auxílio eficaz? 
Na década de 1970, a avaliação e o olhar Terapia Ocupacional era voltado 
para o tratamento das funções e estruturas do corpo, principalmente nos serviços 
de reabilitação. Os componentes observados eram: força muscular, sensibilidade 
e amplitude de movimento (ADM). O objetivo era observar os déficits das fun-
ções e estruturas do corpo (CAVALCANTI; GALVÃO, 2023).
Na década de 2000, a partir de uma proposta de paradigma da Organização 
Mundial da Saúde (OMS), ocorre um deslocamento do olhar dos profissionais 
de saúde do déficit para a funcionalidade por meio do lançamento de uma nova 
ferramenta; a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saú-
de (CIF), no ano de 2001 (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2019).
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https://www.facebook.com/BlogArtriteReumatoide/videos/1436690710159506
https://www.facebook.com/BlogArtriteReumatoide/videos/1436690710159506
Diante desse novo olhar, proposto pela OMS, a Te-
rapia Ocupacional também se volta para a prática de 
repensar a Avaliação de Desempenho Ocupacional. 
O nosso objeto de estudo é o fazer ocupacional , agre-
gado a ele temos a funcionalidade, manter a pessoa 
funcional, sob nosso cuidados, é o ponto central do processo terapêutico.
 “ O processo de avaliação, no entanto, não se refere a um instrumento 
de testes específicos, mas a uma abordagem conceitual que obte-
nha os dados focalizando: as funções e as estruturas do corpo, as 
habilidades da pessoa para desempenhar uma função ocupacional, 
os padrões de desempenho, as atividade e as ocupações dentro de 
um contexto/ambiente e a interação dinâmica entre todos esses 
constructos de forma a compreender e delinear a identidades ocu-
pacional, a saúde e o bem-estar, assim como a participação social 
(CAVALCANTI; GALVÃO, 2023, p. 172-173).
Diante dessa mudança de olhar, temos a compreensão do elo entre a pessoa, o 
problema de desempenho ocupacional e o contexto desse desempenho. Como 
ocorre a análise desse sujeito dentro da intervenção terapêutica ocupacional? 
Conheça um pouco mais dessa ferramenta oferecida pela OMS a CIF. Hoje todas 
as perícias e avaliações institucionais de recursos beneficiários e até mesmo de 
saúde são embasadas nela. Acesse em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/re-
source/pt/biblio-1348915.
EU INDICO
O nosso objeto de 
estudo é o fazer 
ocupacional
UNIASSELVI
1
5
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1348915
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1348915
TEMA DE APRENDIZAGEM 4
ANÁLISE DE ATIVIDADES VOLTADA PARA A TAREFA
Quais são as habilidades geralmente usadas pelas pessoas para realizar essa atividade 
de uma forma típica? 
Qual é o significado cultural dessa atividade? 
Como essa atividade poderia ser usada terapeuticamente?
ANÁLISE DE ATIVIDADE VOLTADA PARA A TEORIA
Como essa teoria define função, disfunção e alteração? 
Quais são as propriedades da atividade dessa perspectiva teórica? 
Como as atividades podem ser graduadas e adaptadas de acordo com essa teoria?
ANÁLISE DE ATIVIDADES VOLTADAS PARA O INDIVÍDUO
Quem é essa pessoa? 
Quais as atividades importantes para ela? 
Como as atividades podem ser usadas para atender aos objetivos dessa pessoa? 
Como o contexto do tratamento influencia a seleção das atividades?
Essa intervenção ocorre por meio de uma análise detalhada da atividade que 
esse sujeito realiza. Essa Análise da Atividade ocorre em três níveis detalhados, 
segundo Neistadt e Crepeau (2002, p. 122):
Agora vamos detalhar como ocorre cada uma dessas abordagens da Análise da 
Atividade visando o desempenho ocupacional. Esse é o raciocínio clínico que o 
Terapeuta Ocupacional deve ter ao planejar um plano de intervenção que im-
plemente a funcionalidade do desempenho ocupacional.
ANÁLISE DA ATIVIDADE VOLTADA PARA A TAREFA
O objetivo da Análise da atividade voltada para a tarefa é compreender uma 
atividade incluindo as habilidades específicas necessárias para a participação do 
1
1
sujeito no mundo. É uma forma de pensar rapidamente e identificar as demandas 
necessárias para a realização das atividades.
Seus componentes de desempenho são divididos em três áreas: 
• Sensório-motor.
• Integrador cognitivo e cognitivo. 
• Habilidades psicomotoras e psicológicas.
Essas áreas são divididas nas seguintes etapas de raciocínio clínico: 
 ■ verificar a necessidade de intervenção;
 ■ definir o diagnóstico terapêutico ocupacional ;
 ■ identificar o desempenho ocupacional, visando a tomada de decisão clí-
nica, dentro do modelo e abordagem ocupacional;
 ■ estabelecer os objetivos necessários no acompanhamento terapêutico;
 ■ determinar a necessidade de prescrição de recursos de auxílio, técnica, 
adaptação de espaços e acessibilidade (CARLO; KUDO, 2018). 
Como somos seres individuais, cada um realiza a mesma tarefa de maneira dife-
rente, temos nossas singularidades. Pensando na complexidade do ser humano a 
Análise da Atividade voltada para a tarefa não pode descrever todas as variáveis 
possíveis para determinar a singularidade da atividade.
Nosso foco é sempre promover a independência. Logo, ao analisarmos a 
atividade, podemos sugerir adaptações específicas para a manutenção do de-
sempenho ocupacional visando a autonomia e a funcionalidade da atividade.
UNIASSELVI
1
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 4
ANÁLISE DA ATIVIDADE VOLTADA PARA A TEORIA
As teorias usadas determinarão a forma como o profissional irá se graduar ou 
adaptar a atividade para promover a independência.
Nessa visão da atividade, o determinante será o modelo teórico utilizado pelo 
profissional. No modelo biomecânico, teremos que analisar dentro de melhora 
de força muscular, amplitude e movimento, resistência tônus muscular.
• Como essa teoria define função, disfunção e alteração?
• Como essa teoria define os componentes do desempenho 
ocupacional?
• Como as atividades podem ser graduadas e adaptadas de forma 
compatível com essa teoria?
• Qual a relação de múltiplas estruturas de referência? 
• Existem áreas de reforço ou conflito que influenciam o uso da atividade 
em uma sessão de tratamento? (NEISTADT; CREPEAU, 2002, p. 131).
Independentemente da teoria seguida, o importante é conhecer bem os métodos 
a serem utilizados, visando sempre a independência no desempenho ocupacio-
nal. Se questionar sempre.
1
8
Figura 1 – O processo de avaliação terapêutica ocupacional / Fonte: Cavalcanti e Galvão (2007, p. 75).
Descrição da Imagem: a imagem é um infográfico com cinco retângulos que ilustram o Processo de Avaliação 
Terapêutica Ocupacional os quais contém os seguintes elementos – Avaliação Funcional: no centro do primeiro 
retângulo superior, esse título destaca a etapa inicial do processo. Prioridades: uma seta abaixo da Avaliação 
Funcional indica a fluidez do processo, direcionando parao retângulo Análise e Execução da Tarefa, onde as áreas 
de prioridade são definidas. Esse retângulo representa a etapa crucial da avaliação, onde o terapeuta observa e 
registra o desempenho do cliente em tarefas relevantes.
Contexto: uma seta à direita do Análise e Execução da Tarefa aponta para o retângulo Contexto, demonstrando 
a importância da consideração do ambiente e histórico do cliente para uma avaliação completa. Remediação 
e Adaptação: duas setas abaixo do Análise e Execução da Tarefa direcionam para os retângulos Remediação 
e Adaptação, respectivamente. Essas etapas representam as ações tomadas com base na avaliação, visando 
melhorar a funcionalidade do cliente. Fim da descrição.
Análise da atividade voltada para o indivíduo
Nessa visão, o profissional utiliza seu conhecimento associado às prioridades 
terapêuticas para atender o objetivo do paciente. E o processo centrado nas ne-
cessidades do paciente, sendo considerado seus desejos, cultura e questões psi-
cossociais. Também temos que nos questionar sobre:
• Quais são as atividades mais importantes para essa pessoa?
• Como elas foram afetadas por seus problemas funcionais?
• Quais atividades listadas pelo paciente poderiam ser usadas na inter-
venção da terapia ocupacional? (NEISTADT; CREPEAU, 2002, p.132).
Agora que falamos o que é e como ocorre o processo do desempenho ocupa-
cional, vamos fazer um pequeno resumo de tudo que foi falado para fixar esse 
conhecimento-base do processo de avaliação da terapia ocupacional. 
Análise Execução 
da Tarefa
Contexto
Avaliação 
Funcional
Remediação Adaptação
Prioridades
UNIASSELVI
1
9
TEMA DE APRENDIZAGEM 4
A avaliação tem início no processo de coleta de dados. Com essas informações, 
podemos identificar as limitações e disfunções que estão acontecendo e, assim, 
orientar as adaptações necessárias em cada espaço e propor pequenas mudanças 
sempre visando a independência e a funcionalidade da ação.
PADRÕES DE DESEMPENHO OCUPACIONAL
Os padrões de desempenho são hábitos adquiridos, rotinas e rituais que estão en-
volvidos no processo ocupacional ou de atividades cotidianas que podem apoiar 
ou dificultar o desempenho ocupacional.
Nossa prática ocupacional visa manter a capacidade de autonomia, indepen-
dência e funcionalidade do ser humano para que possa desempenhar seus papéis 
ocupacionais na sociedade.
1
1
Ao nos referirmos ao desempenho ocupacional e seus padrões, devemos con-
siderar duas questões básicas e que devem fazer parte do processo de avaliação:
 ■ O perfil ocupacional: serve para conhecermos o nosso cliente, sua his-
tória, interesse, crenças e necessidades. Aqui identificamos as rupturas e 
as prioridades que o cliente necessita para serem trabalhadas e o porquê 
procurou o serviço de terapia ocupacional.
 ■ Análise do desempenho ocupacional: aqui as dificuldades são apontadas 
ao observarmos o contexto para verificar os níveis de suporte, as barreiras e 
as habilidades que levam ao processo de avaliação terapêutica ocupacional.
Como o nosso fazer ocupacional está ligado à ocupação, temos o Modelo da 
Ocupação Humana de Kielhofner, nomeia as habilidades físicas e mentais de 
capacidades de desempenho que se integram ao prazer e a vontade, ao costume 
e ao ambiente para promover o engajamento nas ocupações. Atividade isolada 
não é bem-vinda aqui, sempre se deve avaliar o contexto e conhecer o perfil 
do cliente que atendemos.
O desempenho ocupacional na clínica reumática
VOCÊ SABE RESPONDER?
Depois de todas as informações sobre a avaliação do desempenho ocupacional e 
sua avaliação. O que você, Terapeuta Ocupacional fará para atender a Master Chef 
internada no hospital devido a uma doença reumatológica?
O Terapeuta Ocupacional é o responsável pela melhora do desempenho ocupa-
cional/funcional do paciente. Nossa função, estudante, é auxiliar os pacientes a 
se adaptarem com sucesso ao ambiente, às rupturas em seus estilos de vida e às 
consequências da doença reumatológicas.
 “ De acordo com J. F. Fries, as doenças reumatológicas representam 
um grande desafio clínico, por envolver inúmeros fatores, tais como 
cronicidade, variabilidade, tendências a receber e a regredir, com-
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
plexibilidade bioquímica e imunológica, patogenias desconhecidas, 
respostas variáveis ao tratamento específico e inúmeros outros efeitos 
sobre o estilo de vida do paciente, suas relações familiares, sua au-
toimagem e sua capacidade de obter emprego, tendência essas que se 
combinam e dificultam o tratamento (CARLO; KUZO, 2004, p. 154).
Os distúrbios reumatológicos/musculoesqueléticos podem ser diferenciados por: 
 ■ Segundo a apresentação da doença: como processo inflamatório ou não 
inflamatório.
 ■ Segundo os tipos de acometimentos: em articulares, periarticulares e 
sistêmicos.
 ■ Segundo a fase de evolução da doença: agudo, crônico ou agudo recidivante.
 ■ Quanto aos processos inflamatórios em uma articulação de forma si-
métrica ou assimétrica, se trata de uma monoartrite. Quando ocorre em 
até três articulações é uma oligoartrite. Quando acomete quatro ou mais 
articulações é uma poliartrite. 
 ■ Quanto às características da fase aguda do processo inflamatório das 
doenças reumatológicas temos: edema, elevação da temperatura, rubor, 
dentre outras, como limitação do movimento e dores articulares.
Processo Terapêutico Ocupacional
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Além da coleta de dados, já estudados anamnese, avaliações biomecânicas ne-
cessárias nessa patologia. No entanto, temos também os dados específicos do 
desempenho ocupacional:
 ■ A ocupação profissional e a qualidade de vida.
 ■ A história pregressa da moléstia atual e os motivos da consulta.
 ■ Os desempenhos ocupacionais nas Atividades de vida diária, nas ativi-
dades de vida prática, no trabalho e no lazer.
 ■ Os aspectos psicossociais.
O processo terapêutico deve ser construído no respeito mútuo, e abrange pro-
postas para restaurar não só a capacidade física do desempenho, mas a qualidade 
de vida do paciente.
Algumas dicas para o plano de tratamento:
 ■ Promover a manutenção ou o aumento da capacidade funcional , que 
deve levar à consequente melhora do desempenho ocupacional, com in-
dependência e autonomia.
 ■ Favorecer a diminuição do processo inflamatório, tendo por consequên-
cia a redução da dor e do edema e a prevenção de deformidades.
 ■ Orientar o paciente em relação à conservação de energia e ao uso de téc-
nicas para proteger as articulações e evitar a dor durante o desempenho 
nas atividades cotidianas.
 ■ Indicar ou fabricar equipamentos, como adaptações e órtese, especial-
mente para as atividades que envolvem os membros superiores.
 ■ Assistir o paciente e seus familiares na administração dos problemas 
socioeconômicos e preparação profissional com o intuito de restituir o 
paciente ao seu posto de trabalho ou de colocá-lo em um novo.
 ■ Monitorar a adesão do paciente ao tratamento, oferecendo-lhe suporte 
emocional e esclarecimentos de que necessita (CARLO; KUDO, 2004).
Durante o tratamento, além de desenvolver atividades de diversos tipos, deve-se 
utilizar recursos terapêuticos e equipamentos especiais como técnicas de controle 
de dor e de edemas, proteção articular e conservação de energia. Estabelecer um 
programa de exercícios e repouso, órteses dinâmicas e de repouso e adaptações.
Quanto ao princípio de conservação de energia e proteção articular deve-
mos destacar:
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
 ■ Respeitar a dor, considerando-a um sinal de que a atividade deve ser 
interrompida.
 ■ Equilibrar atividade e repouso.
 ■ Manter a força muscular e a amplitude de movimento.
 ■ Poupar energia.
 ■ Evitar posições de deformidade.
 ■ Usar a articulações maiores e mais fortes.
 ■ Usar cada articulação em seu plano anatômico-funcional mais estável.
 ■ Evitar ficar numa mesma posição por muito tempo. 
 ■ Evitar atividades que não podem ser interrompidas.
 ■ Usar adaptações e órteses.
No programa de exercícios e repouso é necessárioconhecer a condição clínica 
do paciente, conforme a fase em que se encontra. Devemos ter os seguintes ob-
jetivos nessa etapa: 
 ■ Manter ou aumentar a amplitude de movimento.
 ■ Aumentar a força e a resistência muscular.
 ■ Favorecer o retorno venoso, isso reduz o edema.
 ■ Prevenir deformidades.
 ■ Diminuir a rigidez articular.
 ■ Melhorar o condicionamento geral o paciente.
 ■ Melhorar a coordenação motora.
 ■ Prevenir limitações. 
Para alcançar esses objetivos podemos utilizar os seguintes exercícios: exercícios 
passivos, isotônico ativo assistido, isotônico ativo, isotônico ativo resistido, iso-
métrico sem resistência, isométrico com resistência e isocinético. 
Acesse o link e assista ao vídeo para relembrar um pouco os tipos de contração 
muscular para poder traçar um plano terapêutico mais eficaz para a nossa paciente 
do Master chef. Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=Ls8xm3Y6vew.
EU INDICO
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https://www.youtube.com/watch?v=Ls8xm3Y6vew
É necessário sempre fazer a associação com os conhecimentos anteriores para se 
ter um bom raciocínio clínico no planejamento da ação terapêutica ocupacional.
Processo terapêutico ocupacional nos diferentes quadros 
reumatológicos
A seguir, alguns quadros reumatológicos mais comuns que afetam os pacientes 
que procuram a Terapia Ocupacional visando a autonomia e a qualidade de vida.
ARTRITE REUMATOIDE – AR
Doença do tecido conjuntivo, auto imune de etiologia desconhecida, acomete princi-
palmente pessoas do sexo feminino. Masculino, prognóstico variável e imprevisível.
Sinais e sintomas mais comuns da AR: dor, rigidez articular matinal, sinovite, diminuição 
da amplitude de movimento e força. Diminuição da capacidade funcional causada 
pelas limitações do movimento que afetam o alcance, a preensão e a coordenação. 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO – LES
Doença crônica do tecido conjuntivo, crônica que acomete múltiplos órgãos, apresen-
ta período de exacerbação e de remissão das manifestações clínicas prevalência no 
sexo feminino.
Sintomas: perda de peso, febre contínua ou intermitente e dores ou artrite presente 
em cerca de 75% a 80% dos casos.
ESCLERODERMIA
Doença generalizada que acomete pequenos vasos e o tecido conjuntivo, caracte-
riza-se por fibrose, isquemia e alterações degenerativas da pele e em outros órgãos 
internos, coração, pulmão. Doença progressiva altamente incapacitante. O objetivo da 
Terapia Ocupacional é a prevenção das retrações e deformidades por meio de manu-
tenção de amplitude de movimento das articulações. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Doença sistêmica inflamatória crônica que se caracteriza pelo envolvimento da coluna 
vertebral e das articulações sacroilíacas. 
Quadro clínico de dor lombar insidiosa, que melhora com repouso. Pode ocorrer perda 
da mobilidade lombar e a diminuição da expansividade torácica.
FIBROMIALGIA
É uma síndrome crônica, dolorosa, difusa, não inflamatória e não autoimune de etiolo-
gia desconhecida.
O quadro clínico, além da dor musculoesquelética crônica, apresenta rigidez matinal, 
fadiga intensa, sono não restaurador, parestesias e o fenômeno de Raynaud.
Apresentamos alguns dos principais quadros reumatológicos que afetam a qua-
lidade de vida dos pacientes e demandam a intervenção da terapia ocupacional. 
São doenças crônicas, inflamatórias, autoimunes e de causa desconhecida que 
atingem principalmente o tecido conjuntivo e as articulações. 
Os sintomas mais comuns são dor, rigidez, sinovite, diminuição da ampli-
tude de movimento, fadiga e febre. A Terapia Ocupacional tem como objetivo 
promover a autonomia, a funcionalidade e o bem-estar dos pacientes, por meio 
de exercícios, adaptações e orientações.
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem.
EM FOCO
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NOVOS DESAFIOS
Estudante, você está pronto para começar a sua avaliação do desempenho ocupa-
cional/funcional. Aprendeu as etapas de avaliação do desempenho ocupacional 
e que seu foco é a independência. Conheceu também um pouco de algumas 
patologias da clínica reumatológica e os objetivos do Terapeuta Ocupacional ao 
atender pacientes reumatológicos. 
Nosso trabalho no contexto hospitalar sempre é em equipe, em que todos 
têm um único objetivo: restabelecimento do paciente. Então mostre a essa equipe 
o quão é importante a nossa contribuição para o paciente reumatológico, que é 
sempre nosso foco. 
O mercado de trabalho para o Terapeuta Ocupacional é vasto e diversificado, 
com oportunidades em hospitais, clínicas, escolas, centros de reabilitação, insti-
tuições geriátricas, psiquiátricas e penais, creches e empresas.
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1. O raciocínio clínico que o Terapeuta Ocupacional deve ter ao planejar um plano de interven-
ção, visando a funcionalidade do desempenho ocupacional, deve estar centrado na Análise 
da Atividade voltada para a tarefa, para a teoria e para o indivíduo e como ocorrem essas 
abordagens da Análise da Atividade visando o desempenho ocupacional.
Considerando o excerto, assinale a alternativa correta: 
a) Análise voltada para a teoria: seu objetivo é compreender uma atividade incluindo as 
habilidades específicas necessárias para a participação do sujeito no mundo. É uma 
forma de pensar rapidamente e identificar as demandas necessárias para a realização 
das atividades.
b) Na Análise voltada para o indivíduo, as teorias usadas determinarão a forma como o 
profissional irá se graduar ou adaptar a atividade para promover a independência.
c) Na análise voltada para a tarefa, o profissional utiliza seu conhecimento associado as 
prioridades terapêuticas para atender o objetivo do paciente. E o processo centrado nas 
necessidades do paciente, considerando seus desejos, cultura e questões psicossociais.
d) Na análise voltada para a tarefa, seus componentes de desempenhos são divididos em 
três áreas, sensório-motor, integrador cognitivo e cognitivo, habilidades psicomotoras e 
psicológicas. 
e) Na análise voltada para o indivíduo: tem relação com as múltiplas estruturas de refe-
rência.
2. Os padrões de desempenho são hábitos adquiridos, rotinas e rituais que estão envolvidos 
no processo ocupacional ou de atividades cotidianas que podem apoiar ou dificultar o 
desempenho ocupacional.
Com base no texto, analise as afirmativas:
I - A prática ocupacional visa manter a capacidade de autonomia, independência e fun-
cionalidade no ser humano para poder desempenhar seus papéis ocupacionais na so-
ciedade.
II - O perfil ocupacional: com ele podemos conhecer o nosso cliente, sua história, interesse, 
crenças e necessidades. 
III - Podemos pensar em uma atividade isolada sem avaliar o contexto e conhecer o perfil 
do cliente que atendemos.
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É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
3. De acordo com J. F. Fries, as doenças reumatológicas representam um grande desafio 
clínico por envolver inúmeros fatores, tais como, cronicidade, variabilidade, tendências a 
receber e a regredir, complexibilidade bioquímica e imunológica, patogenia desconhecidas, 
respostas variáveis ao tratamento específico e inúmeros outros efeitos sobre o estilo de vida 
do paciente, suas relações familiares, sua autoimagem e sua capacidade de obter emprego, 
tendências essas que se combinam e dificultam o tratamento (CARLO; KUZO, 2004, p. 154).
Os distúrbios reumatológicos/musculoesqueléticos podem ser diferenciados por:
a) Segundo a apresentação da doença: como processo inflamatório e não sistêmico.
b) Segundo a fase de evolução da doença: agudo, crônico ou agudo limitada
c) Quanto aos processo inflamatórios em uma articulação de forma simétrica ou assimétrica 
é uma monoartrite. Quando ocorre em até três articulações é uma oligoartrite. Quando 
acomete quatro ou mais articulações é uma poliartrite. 
d) Segundo os tipos de acometimentos:em articulares, periarticulares e local.
e) Se aguda, do processo inflamatório das doenças reumatológicas, temos: edema, elevação 
da temperatura, rubor. Dentre outras como limitação do movimento e dores articulares.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
CARLO, M. M. R. D. P.; KUDO, A. M. Terapia Ocupacional: em contextos hospitalares e Cuidados 
Paliativos. São Paulo: Paya, 2018.
CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: fundamentação & prática. 2. ed. Rio de Janei-
ro: Guanabara Koogan, 2023.
CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: fundamentação & prática. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2007.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Ado-
lescente Fernandes Figueira. Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e 
Saúde (CIF). 2019. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/58234. Acesso em: 
11 abr. 2024.
NEISTADT, M.; CREPEAU, E. Willard & Spackman – Terapia Ocupacional. 9. Rio de Janeiro: Gua-
nabara Koogan, 2002.
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https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/58234
1. Alternativa D.
a) incorreta, pois a correta é Análise voltada para a Tarefa: seu objetivo é compreender uma 
atividade incluindo as habilidades específicas necessárias para a participação do sujeito no 
mundo. É uma forma de pensar rapidamente e identificar as demandas necessárias para a 
realização das atividades.
b) incorreta, pois a correta é Análise voltada para a teoria: as teorias usadas determinarão a for-
ma como o profissional irá se graduar ou adaptar a atividade para promover a independência.
c) incorreta, pois a correta é Análise voltada para o indivíduo: o profissional utiliza seu co-
nhecimento associado as prioridades terapêuticas para atender o objetivo do paciente. E 
o processo centrado nas necessidades do paciente, considerando seus desejos, cultura e 
questões psicossociais.
e) incorreta, pois a correta é Análise voltada para o indivíduo: não tem relação às múltiplas 
estruturas de referência.
2. Alternativa C. Afirmativa III está incorreta, pois não podemos pensar em uma atividade isolada, 
mas sempre avaliar o contexto e conhecer o perfil do cliente que atendemos.
3. Alternativa C.
GABARITO
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MINHAS METAS
AVALIAÇÃO DO 
COMPORTAMENTO LÚDICO
Compreender porque é importante o papel da Terapia ocupacional na avaliação Lúdica.
Conhecer como acontece esse processo de avaliação dentro do espaço hospital.
Identificar os objetivos da terapia ocupacional, dentro do contexto hospitalar, relaciona-
dos com o comportamento Lúdico.
Reconhecer a importância do trabalho de uma equipe multiprofissional.
Fazer a relação dos conteúdos vistos nas disciplinas de base com a prática profissional.
Explorar o papel da terapia ocupacional junto aos pacientes pediátricos.
Interligar conhecimentos com a prática e o respeito ético ao paciente/cliente.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 5
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INICIE SUA JORNADA
Estudante, ficou intrigado com a ilustração de abertura deste tema? Como possi-
bilitar que crianças internadas em hospitais possam brincar e se divertir, mesmo 
em um ambiente hospitalar?
A hospitalização pode ser um momento difícil e estressante para as crianças 
e suas famílias. A brincadeira é uma atividade fundamental para o desenvolvi-
mento infantil, pois ajuda a criança a lidar com emoções, aprimora habilidades 
sociais e cognitivas, além de ser uma fonte de prazer e diversão. 
A falta de brincadeiras pode levar a criança a desenvolver a síndrome de 
hospitalismo, que é caracterizada por um conjunto de sintomas como apatia, 
tristeza, isolamento e perda de interesse pelas atividades cotidianas.
Nosso foco, neste momento, é o paciente pediátrico. Como você deve per-
ceber, no hospital, atendemos desde o nascimento até o último momento de 
vida. No entanto, nesse momento usaremos nossa energia para possibilitar que 
a criança internada possa brincar dentro do hospital.
É preciso discutir a importância da brincadeira na vida das crianças e como 
ela pode ser utilizada como uma ferramenta terapêutica no ambiente hospitalar. 
Além disso, é importante refletir sobre a necessidade de humanização dos 
hospitais, criando espaços acolhedores e estimulantes para as crianças e suas 
famílias. A brincadeira é um direito de todas as crianças, inclusive daquelas que 
estão hospitalizadas, e cabe a nós garantir que elas possam desfrutar desse direito 
mesmo em um ambiente hospitalar.
Trataremos aqui de internação e a avaliação do lúdico, em que os pacientes são 
crianças e adolescentes. Então vamos falar sobre um recurso garantido pela Cons-
tituição Brasileira em 1988, o brincar dentro do hospital. 
Isso é possível? Sim, em uma Brinquedoteca é possível. Veja o que faz um tera-
peuta na brinquedoteca. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do 
ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Estudante, este tema de aprendizagem discorrerá sobre a Avaliação Lúdica den-
tro do espaço hospitalar. Como podemos realizar essa avaliação, quais os dados 
a serem avaliados por nós, no intuito de um auxílio eficaz? 
O brincar é muito importante para o desenvolvimento do ser humano, prin-
cipalmente para as crianças. Elas têm a garantia do direito de brincar que está 
expressa também na Declaração Universal dos Direitos da Criança, na Organiza-
ção das Nações Unidas (ONU), de 1989. O Princípio 7º determina que “a criança 
terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se”.
Muitos pesquisadores de diferentes áreas estudam para dar uma definição so-
bre o que é o brincar, e outros desenvolveram modelos teóricos de avaliação e de 
atuação. Na década de 1960, a terapeuta ocupacional Mary Reilly, foi a primeira 
a escrever a Teoria do Comportamento Ocupacional, fazendo uma correlação 
entre o brincar. A terapeuta ocupacional Francine Ferland desenvolveu esse mo-
delo Lúdico, que se originou devido à necessidade de redescobrir o potencial do 
Brincar. No modelo lúdico,
 “ o brincar é apresentado sobre um contínuo levar ao trabalho: habi-
lidades e hábitos desenvolvidos no brincar preparam a criança para 
assumir seu futuro papel de trabalhador competente e produtivo 
(FERLAND, 2006, p. 39).
Ferland (2006) pontua, ainda, que quando a criança não brinca, ou não é esti-
mulada a brincar, pode ocorrer comprometimentos em seu desenvolvimento 
neuropsicomotor. Por meio do brincar, estimulamos o aprimoramento de todas 
as habilidades e competências para favorecer o nosso desenvolvimento.
VAMOS RECORDAR?
Vamos recordar um pouco sobre o contexto hospitalar pediátrico para poder 
identificar em sua prática os papéis da criança que estão limitados durante o 
processo de internação. Acesse o link a seguir e assista ao vídeo. https://www.
youtube.com/watch?v=Fq8zs8NAybQ.
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https://www.youtube.com/watch?v=Fq8zs8NAybQ
https://www.youtube.com/watch?v=Fq8zs8NAybQ
Diante disso, Ferland criou esse modelo mostrando como as atividades 
motora, cognitiva, sensorial e social podem intervir no desenvolvimento da 
criança, nesse caso específico. Para aplicar o brincar no plano terapêutico ocu-
pacional, ela criou conceitos-chave que, integrados, formam a base do modelo 
por meio de um mapa conceitual. 
Figura 1 – Infográfico conceitual do Modelo Lúdico / Fonte: Ferland (2006, p.112).
Descrição da Imagem: a imagem é um infográfico representando os conceitos-chave do mapa conceitual de 
Ferland. Temos um círculo que envolve um triângulo feito de setas apontando em ambas as direções. No centro 
do triângulo está escrito brincar. Na parte de cima do triângulo temos escrito interesse com setas para ambas 
as direções (direita e esquerda). Na ponta do triângulo do lado direito, abaixo, temos escrito ação. Na ponta 
esquerda do triângulo, abaixo, está escrito atitude, fechando, assim, o triângulo. Abaixo do círculo que envolve o 
triângulo há uma seta apontando a escrita: prazer da ação e capacidade de agir, e a partir daí, sai uma seta para 
baixo apontandopara as palavras autonomia e bem-estar. Fim da descrição.
BRINCAR
Interesse
Prazer da ação e capacidade de agir
Autonomia e bem-estar
Atitude Ação
Segundo Zen e Omairi (2019), para compreender esse mapa é preciso ver o 
conceito de cada elemento e, assim, ter uma análise completa da ação do Brin-
car no desenvolvimento infantil.
BRINCAR
Atitude de prazer, interesse e espontaneidade se encontram. Não tem um resultado 
esperado.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
ATITUDE LÚDICA
Prazer, curiosidade e senso de humor, pela iniciativa e superação de desafios.
AÇÃO DO BRINCAR
São os componentes instrumentais que possibilitam a atividade do brincar.
INTERESSE PELO BRINCAR
É a ação do brincar.
PRAZER DA AÇÃO
Interesse na atividade.
CAPACIDADE DE AGIR
Realizar a atividade e, caso necessite mudar, se adaptar.
AUTONOMIA
Fazer sozinho e livre, sem regras.
BEM-ESTAR
Sensação de prazer sem pressão.
Com esses conceitos esclarecidos, entendemos que esse mapa conceitual mos-
tra a importância da ação do sujeito levando em conta as habilidades de cada 
um e a sua atitude em relação ao agir, buscando-se a ação do gesto associado à 
ação da mente, autonomia e bem estar. O interesse está envolvido durante toda 
a ação, com o prazer e satisfação que lhe é proporcionado na atividade lúdica 
(ZEN; OMAIRI, 2019).
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O brincar tem sido motivo de aprofundamento nos estudos de muitos tera-
peutas ocupacionais, com a criação de roteiros de avaliações lúdicas. Podemos 
observar que a definição de brincar foi atualizada pela Associação Americana 
de Terapia Ocupacional (AOTA); “o brincar é: qualquer atividade espontânea 
ou organizada que proporciona prazer, diversão, distração, divertimento ou 
entretenimento” (PARHAM; FAZIO, 1997, p. 252).
O brincar é uma atividade fundamental na terapia ocupacional, pois aju-
da a promover o desenvolvimento infantil. Terapeutas ocupacionais utilizam o 
brincar como um recurso terapêutico para ajudar as crianças a desenvolverem 
habilidades físicas, cognitivas e comportamentais.
 “ Enquanto uma ocupação, o brincar é caracterizado, pela exploração 
que consiste em identificar atividades lúdicas, incluindo o brincar 
exploratório, brincar funcional, brincar de faz de conta, jogos com 
regras, brincar construtivo e brincar simbólico, e pela participação, a 
qual inclui participar no brincar, manter um equilíbrio entre o brincar 
e outras ocupações, obter, usar e manter os brinquedos, equipamen-
tos e materiais necessários (CAVALCANTI; GALVÃO, 2023, p. 144).
O brincar é uma linguagem universal da infância e uma atividade que as crianças 
adoram. Ele ajuda as crianças a se comunicarem, interagirem socialmente e ex-
pressarem suas emoções. Além disso, o brincar ajuda as crianças a desenvolverem 
habilidades motoras e de coordenação.
Acesse o link a seguir e conheça um pouco mais da importância do brincar. Acesse 
o link: https://www.youtube.com/watch?v=QZntdPIIZso.
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https://www.youtube.com/watch?v=QZntdPIIZso
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
AVALIAÇÃO DO BRINCAR
Na avaliação do brincar como em qualquer outra avaliação é necessário a co-
leta de dados, como entrevistas estruturadas e não estruturadas, observações 
livres informal e formal. Depois da coleta dessas informações, podemos iniciar 
a parte específica do brincar. 
Para a escolha do instrumento, deve ser levado em conta a demanda espe-
cífica do profissional e a finalidade do documento. Ressaltando que o terapeuta 
ocupacional deve saber, conhecer e identificar a fase de desenvolvimento em que 
a criança que será avaliada está e também o contexto que se encontra deve ser 
avaliado (CAVALCANTI; GALVÃO, 2023).
Algumas avaliações que podem ser utilizadas para o desempenho ocupacio-
nal do brincar. Segundo (CAVALCANTI; GALVÃO, 2023, p. 144): 
• Escala Vineland de Comportamento Adaptativo.
• Battelle DEvelopmental Inventory Screening (BDIS).
• Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI).
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OUTRAS AVALIAÇÕES DO BRINCAR 
Destacaremos, agora, algumas avaliações específicas do Brincar. 
ESCALA LÚDICA PRÉ-ESCOLAR DE KNOX – REVISADA
Avalia crianças de 0 a 6 anos, dividida em nove faixas etárias com intervalos de 6 em 6 
meses. Nessa escala, o brincar é classificado em quatro domínios:
• Espacial – avalia a maneira como a criança compreende a movimentação do pró-
prio corpo e interage com o mundo ao seu redor.
• Material – avalia como a criança manuseia e utiliza os objetos.
• Faz de conta – mensura a maneira pela qual a criança entende o ambiente e o 
mundo por meio da imitação e da diferenciação entre realidade e fantasia.
• Participação – está relacionada à quantidade e à maneira como a criança realiza a interação 
social, incluindo o tipo de interação durante o brincar (CAVALCANTI; GALVÃO, 2023).
AVALIAÇÃO DO FAZ DE CONTA INICIADO PELA CRIANÇA (CHPPA)
Tem o objetivo de avaliar o brincar de faz de conta da criança entre 3 e 7 anos e 11 
meses, a partir de 2 pontos principais.
• Brincar imaginativo convencional – se refere ao uso de material estruturado, como 
bonecas, animais e veículos.
• Brincar simbólico – avalia como a criança utiliza objetos não estruturados durante a 
brincadeira, como caixa de papelão, pedrinhas e pano (CAVALCANTI; GALVÃO, 2023).
TEST OF PLAYFULNESS (TOP) OU TESTE DE ENTRETENIMENTO
Avalia a disposição das crianças e dos adolescentes, na faixa etária entre 6 meses e 
18 anos, para brincar. Os pontos que explicam o brincar nesse modelo são: motiva-
ção intrínseca, controle interno, suspensão da realidade e o enquadramento, que se 
refere à capacidade da criança de dar e ler pistas sociais dentro de uma transferên-
cia lúdica (CAVALCANTI; GALVÃO, 2023).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO LÚDICO (ACL) E ENTREVISTA INICIAL COM 
PAIS (EPI)
Esses testes são derivados do Modelo Lúdico de Ferland. Se destina a crianças de 0 
a 6 anos com foco na avaliação do brincar da criança com deficiência física. Foram 
elaborados com os objetivos de:
• Identificar o interesse e a capacidade de brincar da criança com deficiência física, 
em casa.
• Observar e avaliar como a criança brinca no espaço terapêutico. (CAVALCANTI; 
GALVÃO, 2023).
PLAY ASSESSMENT FOR GROUP SETTINGS (PAGS)
Seu objetivo é mensurar o desempenho das crianças de 2 a 8 anos no brincar, estabe-
lecendo como ela responde aos desafios ocupacionais lúdicos e às possibilidades de 
brincar socialmente em seu ambiente natural .
Essa avaliação tem uma particularidade de ter sido alicerçada nas bases Teóricas 
Cognitivas da Psicologia. Com essa fundamentação teórica assume-se que o brincar é 
resultado do desenvolvimento cognitivo, da alfabetização e do desenvolvimento social.
A PAGS avalia o brincar a partir de dois aspectos: 
• O fazer significativo: expressão de atitudes para o brincar.
• O fazer consciente: criar e se engajar em histórias. 
Esses aspectos não são hierárquicos, são compreendidos como características 
dinâmicas que interagem entre si ao longo do desenvolvimento da criança 
(CAVALCANTI; GALVÃO, 2023).
O Brincar na Terapia Ocupacional 
O livro O Brincar na Terapia Ocupacional aborda algumas expe-
riências do percurso profissional da autora na clínica da terapia 
ocupacional, mais especificamente no atendimento às pessoas 
que têm doenças, lesões neurológicas ou sofreram acidentes 
com consequências no sistema neurológico. 
INDICAÇÃO DE LIVRO
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O Terapeuta Ocupacional que trabalha com crianças em qualquer contexto deve conhe-
cer o papel do brincar no desenvolvimento infantil. O brincar está intimamente ligado ao 
fazer ocupacional da criança, pois essa ação interfere na ação do terapeuta ocupacional. 
Intervenção de Terapia Ocupacional em Oncologia Pediátrica
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer surge a partir de uma 
mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber 
instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes 
especiais, denominadosproto-oncogenes, que a princípio são inativos em células 
normais. Quando ativados, os proto-oncogenes tornam-se oncogenes, responsá-
veis por transformar as células normais em células cancerosas (BRASIL, 2022).
Figura 2 – Como surge o câncer
Fonte: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/o-que-e-cancer. Acesso em: 12 abr. 2024.
Descrição da Imagem: a imagem é um diagrama que ilustra as etapas do desenvolvimento do câncer. Ele mostra 
um semicírculo dividido em quatro seções, cada uma representando uma etapa diferente do processo. Da esquerda 
para a direita, a primeira seção do diagrama mostra uma célula normal, subsequentemente, com setas, mostra a 
formação do tecido, seguindo para o órgão, que é o desenho do pulmão humano. Na outra seção do semicírculo, 
com setas da direita para a esquerda na direção do pulmão desenhado, temos um célula cancerosa, subsequen-
temente um tecido infiltrado, seguindo para o órgão pulmão. Fim da descrição.
Na Figura 2, temos uma representação do órgão pulmão sendo formado por 
células normais e do outro lado o órgão sendo infectado com células cancerosas 
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https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/o-que-e-cancer
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
de um tecido infiltrado. É necessário conhecer o processo fisiológico e patológi-
co para compreender todo o tratamento e poder ter uma noção do processo de 
intervenção terapêutica ocupacional.
Inicialmente, o tratamento oncológico de crian-
ças é realizado em hospitais Nesse espaço são vi-
venciados vários tipos de emoções, sofrimento , 
perda da autonomia, e rotina. 
O cotidiano hospitalar é complexo de rotinas rí-
gidas, procedimentos invasivos, permanecer ligado 
a aparelhos médicos, o que desencadeia angústia, sofrimento, medo, ansiedade, 
atraso no desenvolvimento neuropsicomotor da criança e até a interação social 
é comprometida (PFEIFER; SANT’ANNA, 2020).
VOCÊ SABE RESPONDER?
Diante do exposto, qual será o papel do Terapeuta Ocupacional nesse espaço? 
Inicialmente, 
o tratamento 
oncológico de 
crianças é realizado 
em hospitais
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O objetivo da Terapia Ocupacional é o foco da vida ocupacional e as disfunções 
ocupacionais surgidas devido ao processo de internação, inclusive as atividades 
lúdicas que, dependendo da complexidade do caso, são inexistentes ou limitadas 
(PFEIFER; SANT’ANNA, 2020).
Além desses objetivos, é importante promover informações e orientações 
sobre a patologia, auxiliar na adaptação da nova rotina, que pode ter um tempo 
prolongado até receber a alta hospitalar, apoiar a família nesse processo e realizar 
um trabalho multidisciplinar.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA 
OCUPACIONAL USADOS NA ONCOLOGIA PEDIÁTRICA
No momento da avaliação, é necessário fazer a entrevista seguindo algumas ques-
tões básicas, tais como:
• Dados pessoais.
• Histórico de internações prévias e doenças anteriores, incluindo se já tem 
familiaridade com o hospital.
• História do diagnóstico atual: o nível de conhecimento da patologia.
• Rotina diária.
• Desempenho ocupacional do brincar: com que gosta de brincar. Sempre coisas 
de interesse do paciente e com relevância para ele.
• Rede de apoio familiar e social.
• Como é o sono e o descanso.
• Desenvolvimento neuropsicomotor.
• Exames físicos.
• Questões emocionais.
• Adesão ao tratamento.
• Como sente a dor (PFEIFER; SANT’ANNA, 2020).
A seguir, algumas escalas padronizadas para o atendimento pediátrico: 
 ■ Escala visual de dor.
 ■ Escala Lúdica Pré-escolar de Knox: crianças de 6 meses a 6 anos.
 ■ Escala Karnofsky: maiores de 16 anos.
 ■ Escala de Lansky: menores de 16 anos.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
 ■ Denver I: detecção precoce das condições do desenvolvimento.
 ■ Inventário Portage: crianças de 0 a 6 anos.
Sabemos que a dor é um sinal vital, então propormos uma atividade, ou alguma 
sugestão, é importante para qualquer paciente. Nesse caso, deve-se avaliar a dor 
antes e depois da intervenção. Acesse o link a seguir e conheça a escala de dor: 
https://victorbarboza.com.br/medindo-intensidade-da-dor/.
EU INDICO
Esses instrumentos podem auxiliar na avaliação da criança e seu desenvolvimen-
to, mas não podemos deixar de avaliar o desempenho ocupacional dessa criança. 
O desempenho ocupacional da criança na clínica oncológica
VOCÊ SABE RESPONDER?
Como você, estudante, avaliará a criança que tem sua rotina alterada por motivo da 
internação na clínica oncológica?
O terapeuta ocupacional é o responsável pela melhora do desempenho ocupacio-
nal/funcional do paciente. Nessa clínica, é muito importante que os recursos se-
jam sempre lúdicos, respeitando a faixa etária do paciente e seu desenvolvimento 
motor. É necessário utilizar brincadeiras e atividades prazerosas, visando reduzir 
os impactos negativos do processo de internação e/ou o tratamento ambulatorial.
 “ Na oncologia pediátrica, em todos os níveis de assistência e etapas 
do tratamento, o brincar terá papel central nas intervenções do te-
rapeuta ocupacional, pois é a principal ocupação infantil, intrínseca 
à infância. As brincadeiras podem ser utilizadas com objetivos de 
estimular o desenvolvimento neuropsicomotor (habilidades mo-
toras, cognitivas, emocionais, sociais, sensoriais e de linguagem), 
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https://victorbarboza.com.br/medindo-intensidade-da-dor/
favorecer o enfrentamento do adoecimento, hospitalização e pro-
cedimentos, proporcionar mudança no foco de atenção, aliviando 
sintomas e dor, combater a ociosidade e o isolamento social, pos-
sibilitar expressão de sentimentos e simular e treinar situações da 
vida real cotidiana (PFEIFER; SANT’ANNA, 2020, p. 194).
Os objetivos da Terapia Ocupacional na enfermaria oncológica são: 
 ■ estimular o desenvolvimento neuropsicomotor do paciente;
 ■ criar estratégias de enfrentamentos da hospitalização e do tratamento; 
 ■ manter as atividades significativas do seu papel ocupacional, o brincar e 
o estudar, neste último se tem a pedagogia hospitalar; 
 ■ manter o vínculo familiar durante esse período de internação;
 ■ criar condições da manutenção da autonomia;
 ■ estimular estratégias para alívio de dor;
 ■ trabalhar a imagem e esquema corporal ;
 ■ observar e intervir nas questões de saúde mental (PFEIFER; SANT’AN-
NA, 2020).
Lembrando sempre que o ambiente hospitalar estimula uma despersonalização 
do ser humano, com a perda da sua singularidade, papéis e funções ocupacionais. 
O Terapeuta Ocupacional deve minimizar essa propensão à “igualdade” a que os 
pacientes possam se entregar.
Cuidados Paliativos Oncológicos Infantis 
A adolescência é uma fase da vida cheia de perguntas e questões a serem resol-
vidas emocionalmente, sem contar que nosso organismo está prestes a explodir 
como um vulcão em erupção de tantas mudanças neuroesqueléticas e hormonais.
Pense bem, estudante, nesse turbilhão, ainda temos um diagnóstico onco-
lógico. O que fazer? O que acontecerá com esse adolescente agora, que está no 
início da vida? São questões que passam na cabeça do paciente e seus familiares. 
Conforme Pfeifer e Sant’anna, “as reações ao diagnóstico oncológico dentro da 
família são complexas e particulares a cada membro, mas, em geral, espera-se 
a evolução em três etapas ou períodos: o choque inicial, a luta contra a doença 
e, por fim, a organização e a aceitação” (PFEIFER; SANT’ANNA, 2020, p. 195).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Nesse momento, o terapeuta ocupacional deve ser auspicioso no trato com 
os familiares e com o paciente. Trata-se de um momento delicado, uma situação 
que não se tem certeza de nada, mas muita esperança na recidiva do câncer.
Possibilitar atividades ou momentos em que a fé ou as crenças religiosas 
sejam escutadas e respeitadas, oferecendo apoio. Realizar um trabalho mul-
tiprofissional, encaminhando para os grupos de apoio existentes no hospital, 
para a escuta do psicólogo.
O brincar visa estimular a criança com diagnósticos oncológicos dentro do hospital. A 
terapeuta ocupacional ressalta a importância do desempenho ocupacionale os pa-
péis ocupacionais. Acesse o link e assista ao vídeo que demonstra um pouco da prá-
tica do terapeuta ocupacional: https://www.youtube.com/watch?v=Ic32DRTr99g.
EU INDICO
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https://www.youtube.com/watch?v=Ic32DRTr99g
O terapeuta ocupacional, nessa equipe, tem também o objetivo de acolhimen-
to da família, reorganização das rotinas possíveis no espaço hospitalar. Criar 
estratégias de manutenção de saúde mental por meio de atividades lúdicas e 
prazerosas para os pacientes.
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem.
EM FOCO
NOVOS DESAFIOS
Estudante, você está pronto para começar a sua avaliação do desempenho ocupa-
cional/funcional. Aprendeu as etapas de avaliação do desempenho ocupacional 
e que seu foco é a independência dentro da pediatria.
Nosso trabalho no contexto hospitalar sempre é em equipe, em que todos tem 
um único objetivo: restabelecimento do paciente. Então mostre a essa equipe o 
quão é importante a nossa contribuição para o paciente pediátrico oncológico, 
que é nosso foco no momento. 
O terapeuta ocupacional pode ajudar na promoção de saúde de trabalhadores 
por meio de ações voltadas à prevenção de doenças ocupacionais, a realizar assistên-
cia a crianças com problemas de aprendizagem ou psicomotores, ajudar na reabilita-
ção e na reintegração de idosos no âmbito social, promover, mediante tratamento, a 
inclusão social de pessoas com distúrbios psíquicos, entre outras atividades.
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1. Considerando que a Resolução nº 324/2007 do COFFITO dispõe sobre a atuação do Te-
rapeuta Ocupacional, disserte sobre o que ela regulamenta, a respeito do nosso fazer no 
contexto hospitalar?
2. Ferland criou o modelo lúdico, mostrando como as atividades motora, cognitiva, sensorial 
e social podem intervir no desenvolvimento da criança, nesse caso específico. Para aplicar 
o brincar no plano terapêutico ocupacional, ela criou conceitos-chave que, integrados, 
formam a base do modelo por meio de um mapa conceitual.
Ao observarmos o mapa conceitual do modelo Lúdico de Ferland, podemos dizer que:
a) Ação do brincar: realizar a atividade e se adaptar caso necessite mudar.
b) Brincar: atitude de prazer, interesse e espontaneidade se encontram. Não tem um re-
sultado esperado.
c) Atitude Lúdica: são os componentes instrumentais que possibilitam a atividade do brincar. 
d) Capacidade de agir: é a ação do brincar.
e) Interesse pelo brincar: prazer, curiosidade e senso de humor, pela iniciativa e superação 
de desafios.
3. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer surge a partir de uma mutação ge-
nética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber instruções erradas 
para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados 
proto-oncogenes, que a princípio são inativos em células normais. Quando ativados, os 
proto-oncogenes tornam-se oncogenes, responsáveis por transformar as células normais 
em células cancerosas (BRASIL, 2022).
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Sobre o acompanhamento ao paciente câncer, analise as afirmativas a seguir:
I - Não é necessário que o terapeuta ocupacional conheça o processo fisiológico e pa-
tológico para compreender todo o tratamento. O processo de intervenção terapêutica 
ocupacional pode acontecer sem esses conhecimentos.
II - Inicialmente, o tratamento oncológico de crianças é realizado em hospitais. Nesse es-
paço são vivenciados vários tipos de emoções, sofrimento, perda da autonomia e rotina. 
III - O cotidiano hospitalar é complexo de rotinas rígidas, procedimentos invasivos, perma-
necer ligado a aparelhos médicos, o que desencadeia angústia, sofrimento, medo, an-
siedade, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor da criança e até a interação social 
é comprometida.
Assinale a alternativa correta:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Como surge o câncer. Gov.br, 
2022. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/como-surge-o-cancer. 
Acesso em: 19 dez. 2023.
CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: fundamentação & prática. 2. ed. Rio de Janei-
ro: Guanabara Koogan, 2023.
COFFITO. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Resolução nº 324 de 25 de 
abril de 2007. Dispõe sobre a atuação do Terapeuta Ocupacional na brinquedoteca e outros 
serviços inerentes, e o uso dos Recursos Terapêutico-Ocupacionais do brincar e do brinquedo 
e dá outras providências. Brasília, DF: COFFITO. Disponível em: https://www.coffito.gov.br/nsi-
te/?p=3082. Acesso em: 12 abr. 2024.
FERLAND F. O modelo lúdico do brincar, a criança com deficiência física e a Terapia Ocupacio-
nal. 3. ed. São Paulo: Roca, 2006.
ONU. Organização das Nações Unidas. Convenção internacional sobre os direitos da criança. 
Nova York: Nações Unidas, 1989. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/convencao-so-
bre-os-direitos-da-crianca. Acesso em: 18 dez. 2023.
PARHAM, L. D.; FAZIO, L. S. Play in occupational therapy for children. St. Louis: Mosby, 1997. 
PFEIFER, L. I.; SANT’ANNA, M. M. M. Terapia Ocupacional na infância: procedimentos na prática 
clínica. São Paulo: Memnon, 2020.
TOGNOLI, H. Como usar o método SOAP: o guia absolutamente completo. Communicare Blog, 
[202-?]. Disponível em: https://communicare.com.br/blog/metodo-soap/. Acesso em: 5 nov. 2023.
ZEN, C. C.; OMAIRI, C. O Modelo Lúdico: uma nova visão do brincar para a terapia ocupacional. 
Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar. São Paulo, v. 17, n. 1, p. 43-51, jan./jun. 2009. 
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https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/como-surge-o-cancer
 1989. Disponível em: 
 1989. Disponível em: 
https://www.unicef.org/brazil/convencao-sobre-os-direitos-da-crianca
https://www.unicef.org/brazil/convencao-sobre-os-direitos-da-crianca
https://communicare.com.br/blog/metodo-soap/
1. Essa resolução relata sobre a importância do brincar durante a hospitalização. O Terapeuta 
Ocupacional, nesse ambiente, é o responsável por esse recurso da brinquedoteca. Poderá 
ser relatado também os artigos 1º, 2º e 3º da referida resolução.
2. Alternativa D.
a) Ação do brincar: são os componentes instrumentais que possibilitam a atividade do brincar.
b) Brincar: atitude de prazer, interesse e espontaneidade se encontram. Não tem um resultado 
esperado.
c) Atitude Lúdica: prazer, curiosidade e senso de humor, pela iniciativa e superação de 
desafios.
d) Capacidade de agir: realizar a atividade e se adaptar caso necessite mudar.
e) Interesse pelo brincar: é a ação do brincar.
3. Alternativa D.
A afirmativa I está incorreta, pois é necessário conhecer o processo fisiológico e patológico 
para compreender todo o tratamento e ter noção do processo de intervenção terapêutico 
ocupacional.
As demais afirmativas estão corretas:
II. Inicialmente, o tratamento oncológico de crianças é realizado em hospitais. Nesse espaço 
são vivenciados vários tipos de emoções, sofrimento, perda da autonomia e rotina. 
III. O cotidiano hospitalar é complexo de rotinas rígidas, procedimentos invasivos, permanecer 
ligado a aparelhos médicos, o que desencadeia angústia, sofrimento, medo, ansiedade, atraso 
no desenvolvimento neuropsicomotor da criança e até a interação social é comprometida.
GABARITO
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MINHAS METAS
O OLHAR DO TERAPEUTA 
OCUPACIONAL AO 
PACIENTE COM DEFICIÊNCIA
Compreender o papel da Terapia ocupacional dentro do contexto hospitalar.
Entender o processo do diagnóstico ocupacional da pessoa com deficiência dentro de 
um hospital.
Identificar os objetivos da terapia ocupacional dentro do contexto hospitalar ao receber 
uma pessoa com deficiência.
Reconhecer a importância do trabalho da equipe multiprofissional.
Fazer a relação dos conteúdos vistos nas disciplinas de base com a prática profissional.
Assimilar o significado de finitude,por meio dos cuidados paliativos, visto sob o foco da 
terapia ocupacional.
Interligar conhecimentos com a prática e o respeito ético ao paciente/cliente.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 6
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INICIE SUA JORNADA
Estudante, imagine que há um chamado para atender uma criança com Trans-
torno de Espectro Autista (TEA), que está no Pronto Socorro e agitada. A equipe 
de enfermagem e o médico plantonista não estão conseguindo atendê-la. O que 
você pode fazer para auxiliar a equipe que solicitou a sua ajuda? 
Durante a graduação, você, estudante, tem acesso às patologias e às deficiências 
das mais comuns a algumas mais raras. Dependendo da sua escolha profissional, a 
pessoa com deficiência fará parte de seu cotidiano laboral. 
Na situação do Pronto Socorro, você vai auxiliar, mas se questiona: como a 
equipe de enfermagem e a médica não estão conseguindo acalmar o paciente?
Essas profissões, de forma geral, não têm muito conhecimento em sua grade 
curricular sobre deficiências como a TEA, o que é aprendido é de uma forma 
generalista sem aprofundar na singularidade de cada uma. 
No entanto, lembre-se que o médico prescreve o tratamento e acompa-
nha, a enfermagem realiza seu trabalho de procedimentos de enfermagem 
e os cuidados necessários. Normalmente, o contato desses profissionais, na 
área hospitalar, é com as crianças e recém nascidos. Não estão acostumados 
a cuidar de jovens e adultos.
Agora vamos conhecer a história de um paciente idoso com síndrome de Down 
internado em uma UTI devido a uma broncoaspiração por feijão.
Então preste atenção no nosso podcast, assim você vai compreender muito da 
singularidade de cada deficiência e a importância de terapia ocupacional nessa 
equipe. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual 
de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
VAMOS RECORDAR?
Vamos recordar um pouco sobre o objeto da Terapia Ocupacional e seu fazer , 
segue o link. https://www.youtube.com/watch?v=n_O9ISDHzak.
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Estudante, vamos falar um pouco sobre o que é uma deficiência e os tipos existentes, 
de uma forma superficial, mas sempre é necessário manter-se atualizado e estudando.
Para definir deficiência citaremos a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com 
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), Lei nº 13.146 de julho de 2015. 
No seu Artigo nº 2 define a pessoa com deficiência:
 “ Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impe-
dimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou 
sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode 
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade 
de condições com as demais pessoas (BRASIL, 2015).
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https://www.youtube.com/watch?v=n_O9ISDHzak
Sabemos que existem vários tipos de deficiências, algumas não são visíveis e ou-
tras são mais aparentes. Diante dessa percepção popular, vamos falar um pouco 
dos tipos de deficiência:
Deficiências de natureza física: são alterações completas ou parciais de um 
ou mais segmentos do corpo humano, que acarretam o comprometimento da 
mobilidade e da coordenação geral, podendo também afetar a fala, em diferentes 
graus (PARANÁ, [202-?]).
As deficiências físicas mais comuns são:
PARAPLEGIA
Perda total das funções motoras.
MONOPLEGIA
Perda parcial das funções motoras de um só membro (podendo ser superior ou inferior).
TETRAPLEGIA
Perda total das funções motoras dos membros superiores e inferiores.
HEMIPLEGIA
Perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou esquerdo).
OSTOMIA
É uma intervenção cirúrgica que permite criar uma comunicação entre o órgão interno 
e o externo, com a finalidade de eliminar os dejetos do organismo. Os ostomizados são 
pessoas que utilizam um dispositivo, geralmente uma bolsa, que permite recolher o 
conteúdo a ser eliminado através do ostoma.
AMPUTAÇÃO
É a remoção de uma extremidade do corpo.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
PARALISIA CEREBRAL
Diz respeito a uma lesão cerebral que acontece, em geral, quando falta oxigênio no 
cérebro do bebê durante a gestação, no parto ou até dois anos após o nascimento 
(traumatismos, envenenamentos ou doenças graves). Dependendo do local do cére-
bro em que ocorre a lesão e do número de células atingidas, a paralisia danifica o fun-
cionamento de diferentes partes do corpo. A principal característica é um desequilíbrio 
na contenção muscular que causa tensão, inclui dificuldades de força e equilíbrio e 
comprometimento da coordenação motora.
NANISMO
É uma alteração genética que provoca um crescimento esquelético anormal, 
resultando, no indivíduo, uma altura muito menor do que a altura média de toda a 
população (PARANÁ, [202-?]).
Podemos encontrar pessoas com essas deficiências também no espaço hospitalar, 
necessitando do nosso trabalho. Afinal, para estarem hospitalizados apresentam 
uma perda do seu desempenho ocupacional.
Estudante, acesse o link a seguir e assista ao vídeo sobre deficiência física e a 
acessibilidade no ambiente hospitalar. Acesse o link: https://www.youtube.com/
watch?v=Z0OdqCur7mg.
EU INDICO
DEFICIÊNCIAS DE NATUREZA INTELECTUAL (DI)
Não é uma doença, mas diz respeito ao desenvolvimento que ocorreu de maneira 
diferenciada, manifestando-se, necessariamente, no período até os 18 anos de vida. 
Pessoas com essa especificidade apresentam diferenças significativas em áreas como 
comunicação, comportamento, autocuidado, vida no lar, segurança e saúde, raciocínio, 
resolução de problemas, aprendizagem, entre outras, sendo as diferenças observadas 
em, pelo menos, duas dessas áreas. O desenvolvimento de pessoas com DI nas áreas 
envolvidas fica abaixo da média esperada para a sua faixa etária, o que não significa 
que sua condição é estável (IFPB, 2018).
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https://www.youtube.com/watch?v=Z0OdqCur7mg
https://www.youtube.com/watch?v=Z0OdqCur7mg
DOENÇA MENTAL
A doença mental se manifesta, não raramente, em adultos, podendo ser desenca-
deada por estresse intenso ou outros fatores. A pessoa com doença mental apresenta 
alterações que consistem em anormalidades, sofrimentos ou comprometimentos de 
ordem psicológica e/ou mental, mudanças significativas na personalidade ou no com-
portamento, sem uma razão aparente. A doença mental altera o relacionamento da 
pessoa com o mundo, impacta seu funcionamento nos campos interpessoal, laboral e 
social (IFPB, 2018).
DEFICIÊNCIA DE NATUREZA SENSORIAL
Essa deficiência está relacionada com os sentidos, visão e audição. Temos também as 
disfunções de Integração sensorial. 
DEFICIÊNCIA VISUAL (DV)
Esse termo é usado para definir pessoas com dificuldade para enxergar por conta de 
perda parcial ou total da visão. Diante disso, é considerada deficiência visual quando 
há comprometimento de 40 a 60% da visão. Segundo o CID 11, o que determina essa 
deficiência, ou cegueira, são os valores de acuidade visual, o campo visual (CAVAL-
CANTE; GALVÃO, 2023; SITINKI, 2023). 
BAIXA VISÃO
Trata-se de uma subcategoria na deficiência visual causada quando uma das estrutu-
ras do olho, denominada como fóvea, é acometida severamente. A condição pode ser 
classificada em leve, moderada e profunda. Pelo novo CID 11 o termo baixa visão deve 
ser substituído por deficiência visual leve, moderada ou grave (CAVALCANTE; GALVÃO, 
2023; SITINKI, 2023). 
CEGUEIRA
É caracterizada como uma condição congênita, ou seja, o paciente já nasce cego. 
Nesse caso, sua causa está relacionada à má formação (CAVALCANTE; GALVÃO, 
2023; SITINKI, 2023). 
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https://minutosaudavel.com.br/perfil/rafaela-sarturi/
https://minutosaudavel.com.br/perfil/rafaela-sarturi/
https://minutosaudavel.com.br/perfil/rafaela-sarturi/
TEMA DE APRENDIZAGEM 6
Acesse o link e assista ao vídeo, assim, você aprenderá um pouco mais o que 
é a Deficiência Visual e como o Terapeuta Ocupacional pode auxiliar o paciente. 
Com base nesses conhecimentos, você terá bagagem para trazer as intervençõespara o espaço hospitalar, visando manter o desempenho ocupacional do paciente: 
https://www.youtube.com/watch?v=q4SYscxq-Bc.
EU INDICO
Deficiência Auditiva: é a perda parcial ou total da audição, causada por má-for-
mação (causa genética) ou lesão nas estruturas que compõem o aparelho auditivo. 
Existem pessoas com deficiência auditiva que não usam Libras como forma de 
comunicação e, sim, utilizam a leitura labial ou apresentam um implante coclear 
(equipamento implantado cirurgicamente na orelha, para estimular o nervo au-
ditivo e recriar as sensações sonoras) (PARANÁ, [202-?]).
São classificadas de acordo com a incapacidade de detectar determinado 
nível de decibéis:
 “ Leve: existe dificuldade em compreender a fala humana.
Moderada e Severa: há a necessidade do uso de aparelho ou prótese au-
ditiva e, em alguns casos, torna-se necessário o uso da língua de sinais.
Profunda: torna-se necessário o uso de técnicas de leitura labial e de 
língua de sinais para a comunicação (PARANÁ, [202-?], on-line).
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Figura 1 – Mulher em um quarto de hospital se alimentando / Fonte: https://elements.envato.com/pt-br/
mature-woman-hospitalized-ZBMY45D. Acesso em: 15 abr. 2024.
Descrição da Imagem: a imagem é a fotografia de uma mulher madura em um quarto de hospital. Ela está sentada 
em uma cadeira, com um garfo na mão direita pegando um alimento na bandeja onde há uma pequena variedade 
de alimentos. Ela tem cabelo preto, curto, está acima do peso, usa uma roupa branca, de hospital, para internados, 
e uma camisa roxa clara aberta por cima. Do lado esquerdo, há uma pequena mesa com quatro rodinhas na parte de 
baixo. Do lado direito, temos a cama de hospital levemente inclinada para cima com lençol branco. Fim da descrição.
As Disfunções de Integração Sensorial decorrem quando o processo de inte-
gração sensorial não acontece corretamente. Desse modo, ocorre uma disfunção 
sensorial que acarreta uma alteração no desempenho ocupacional por questões 
táteis, vestibulares, proprioceptivas, auditivas, alimentares dentre outras. 
COMO LIDAR COM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO 
CONTEXTO HOSPITALAR?
No nosso cotidiano acompanhamos as crianças nas clínicas, na estimulação pre-
coce, na escola. Depois de uma certa idade, não fazem mais os acompanhamentos 
que faziam, afinal elas cresceram. De maneira geral, são pessoas clinicamente es-
táveis. As doenças e comorbidades vão aparecendo ao longo da vida, no processo 
do envelhecimento humano. Somente as crianças que são instáveis clinicamente, 
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https://elements.envato.com/pt-br/mature-woman-hospitalized-ZBMY45D
https://elements.envato.com/pt-br/mature-woman-hospitalized-ZBMY45D
TEMA DE APRENDIZAGEM 6
devido a comorbidades graves, é que prolongam os acompanhamentos, pois 
apresentam um elevado histórico de internações.
Diante do exposto, percebemos que cada deficiência tem sua especificidade, e, 
assim, a necessidade de um olhar para a sua causa, comorbidades e complicações 
que podem aparecer durante o desenvolvimento. Essas questões estão diretamen-
te envolvidas com os papéis ocupacionais desse paciente e a necessidade de uma 
avaliação do Terapeuta Ocupacional em todos os espaços que vive. 
Figura 2 – Dois homens com deficiências físicas / Fonte: https://elements.envato.com/pt-br/multiracial-
-friends-with-disability-having-fun-usi-VV7926L. Acesso em: 15 abr. 2024.
Descrição da Imagem: é a fotografia de dois homens com deficiências físicas. Eles estão em um gramado. À 
esquerda, um homem branco sentado, ele tem cabelo curto e barba preta, veste uma camiseta de manga curta 
rosa e bermuda jeans, calça tênis verdes e está com um celular vermelho em suas mãos. A perna direita está 
esticada na grama, e a perna esquerda, flexionada, é uma prótese na cor verde do joelho para baixo e na coxa na 
cor preta. Na sua direita temos uma homem negro sentado em cadeira de rodas. Ele está com o tronco voltado 
para a esquerda olhando o celular do homem de barba que está sentado no chão, suas pernas estão voltadas 
para a direita. Ele tem cabelo preto com tranças curtas, veste camiseta de manga curta cinza, calça jeans azul 
e calça sapatos pretos. No fundo desfocado, percebe-se um prédio com janelas espelhadas. Fim da descrição.
Perceba a complexidade existente no espaço hospitalar e as consequências de 
uma internação com um tempo prolongado. Diante disso, nossa conduta é a 
mesma, iniciar o atendimento e realizar a primeira consulta, com a coleta de 
dados, avaliações de área, componentes e contextos de desempenho ocupacional. 
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https://elements.envato.com/pt-br/multiracial-friends-with-disability-having-fun-usi-VV7926L
https://elements.envato.com/pt-br/multiracial-friends-with-disability-having-fun-usi-VV7926L
A TERAPIA OCUPACIONAL NA DEFICIÊNCIA FÍSICA
Estudante, cada tipo de deficiência tem sua singularidade. Devemos conhecer a 
fisiopatologia de cada deficiência e pensar estratégias para o atendimento. Sempre 
tendo em mente que a primeira etapa é a avaliação do paciente. 
Vamos recordar algumas etapas importantes da avaliação: 
 ■ entrevista inicial;
 ■ avaliação do desempenho ocupacional;
 ■ planejamento das intervenções.
Não esquecendo do objeto da terapia ocupacional que é a promoção em saúde, 
bem-estar e a qualidade de vida do fazer humano.
Atuação do Terapeuta Ocupacional com o paciente com 
Paralisia Cerebral no Contexto Hospitalar
O que é Paralisia Cerebral (PC)? “A paralisia cerebral é um grupo de desordens do de-
senvolvimento do movimento e postura, causando limitação da atividade, atribuídos 
a distúrbios ocorridos no desenvolvimento do cérebro fetal ou infantil” (REIS, 2021). 
Essas alterações são secundárias a uma lesão do cérebro em desenvolvimento 
e podem ocorrer durante a gestação, no nascimento ou no período neonatal, 
causando limitações nas atividades cotidianas.
Para saber as causas da Paralisia Cerebral, acesse o link a seguir. https://www.
youtube.com/watch?v=oo4NIPgqLW4.
EU INDICO
Quando o paciente é um PC leve, possui mobilidade e autonomia para algumas 
coisas. Nosso papel é estimular a autonomia e as questões que apareceram na 
avaliação. Lembre-se, estamos cuidando de pessoas, sempre atender de forma 
potencializadora de sua autoestima e autonomia. 
Nos pacientes que apresentam mobilidade reduzida e necessitam ficar no leito, de-
vemos, em conjunto com a equipe de enfermagem, evitar contraturas e lesões de pele.
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https://www.youtube.com/watch?v=oo4NIPgqLW4
https://www.youtube.com/watch?v=oo4NIPgqLW4
TEMA DE APRENDIZAGEM 6
Para favorecer o posicionamento do paciente podemos indicar coxins de po-
sicionamento, estimular que o paciente participe das atividades de autocuidado 
que consegue realizar. 
Gaby Uma História Verdadeira 
O filme conta a história de Gabriela Brimmer, Gaby, que nas-
ceu com paralisia cerebral que a impede de controlar seu 
corpo e de falar, só conseguindo mexer seu pé esquerdo. 
Gaby usa uma máquina de escrever e uma prancha com o al-
fabeto para se comunicar e tem todo o apoio da família. Gaby 
ingressa na Universidade e participa de uma entrevista de 
emprego, na qual surpreende a todos e acaba por tornar-se 
editora chefe do departamento. 
INDICAÇÃO DE FILME
Quanto à fala e ao treino de alimentação, deve-se trabalhar em conjunto 
com a fonoaudiologia para verificar as contra indicações para a alimenta-
ção, caso de disfagia. Verificar com a família, ou cuidador, como o paciente 
se comunica nos outros espaços, e criar estratégias de comunicação em 
conjunto com a fonoaudiologia. 
Verificar se a cadeira de rodas está bem adaptada para a sua mobilidade. 
O banheiro deve ser acessível, com barras de apoio, cadeira de banho. Preci-
samos também adaptar os espaços para receber os pacientes com segurança.
TERAPIA OCUPACIONAL NAS DEFICIÊNCIA SENSORIAIS 
VOCÊ SABE RESPONDER?
No que o Terapeuta Ocupacional pode auxiliar para melhorar o ambiente para um 
paciente que apresenta transtorno doterapêutico ocupacional, pois permite co-
nhecer a biografia do paciente, a história de vida pessoal e social, 
os problemas resultantes do processo de adoecimento, as perdas 
ocorridas e todas suas implicações psicossociais presentes no con-
texto (CARLO; KUDO, 2018, p. 14).
No caso de pacientes com dificuldades e/ou alterações no desempenho ocupacio-
nal, precisamos de instrumentos mais específicos para avaliar cada situação de-
vido a sua singularidade. Destacamos aqui, alguns instrumentos avaliativos para 
uso de avaliação de atividades de vida diária, e atividades de vida instrumentais.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
 ■ Medida de Independência funcional MIF: a MIF mensura capacidade 
funcional e independência, estimando o grau de dificuldade ou limita-
ções atribuídas a cada pessoa. Foi desenvolvida na década de 1980, por 
uma equipe dos Estados Unidos da América, organizada pela Academia 
Americana de Medicina Física e Reabilitação e pelo Congresso America-
no de Medicina de Reabilitação, com o objetivo de criar um instrumento 
capaz de medir o grau de independência das pessoas com deficiência para 
realização de tarefas motoras e cognitiva (SILVA et al., 2012).
 ■ Questionário de avaliação da saúde:
Visando conhecer o formulário do Questionário de Avaliação da Saúde no link a 
seguir: https://www.cpaqv.org/qv/qvs80.pdf.
EU INDICO
 ■ Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI): foi desen-
volvido em resposta à crescente conscientização de que, embora a habi-
lidade de participar em atividades de vida diária seja o principal objetivo 
para crianças com deficiência e suas famílias, não havia instrumentos que 
pudessem mensurar esses ganhos eficientemente. Segundo Mancini, os 
instrumentos anteriormente existentes, frequentemente, enfatizavam o 
fato de a criança melhorar seu desempenho nessas atividades, tomando 
como referência o fazer da criança sem deficiência. O autor coloca que 
a mensuração deve focar na melhora do desfecho final, independente-
mente dos métodos usados pela criança para desenvolvê-los. A capaci-
dade funcional verdadeira das crianças com deficiência era geralmente 
subestimada, e os resultados funcionais de intervenções não podiam ser 
completamente avaliados. O PEDI oferece informações detalhadas sobre 
as incapacidades e a necessidade de assistência do cuidador no desenvol-
vimento das atividades em três áreas – autocuidado, mobilidade e função 
social (TELES; RESEGUE; PUCCINI, 2016, p. 448).
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https://www.cpaqv.org/qv/qvs80.pdf
Objetivo do Terapeuta Ocupacional no Contexto Hospitalar
O foco da terapia ocupacional é a promoção em saúde, bem-estar e qualidade de 
vida. Os recursos terapêuticos e as ocupações são significativas no fazer ocupa-
cional. Diante do exposto, podemos citar alguns objetivos desse fazer.
ESTIMULAR
O uso de estratégias de enfrentamento durante o período de adoecimento e 
hospitalização;
MELHORAR
A autoestima, bem como o equilíbrio emocional do paciente, utilizando recursos de 
promoção em saúde mental.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
EVITAR
A perda da identidade pessoal, do interesse por ocupações significativas e os 
sentimentos de isolamento.
VALORIZAR
Estratégias de enfrentamento às condições de adoecimento e hospitalização, com a 
valorização da espiritualidade e religiosidade.
OFERECER
Assistência qualificada e que valorize a participação ativa do paciente, dos 
acompanhantes dos familiares e da equipe de atendimento desse paciente.
FAVORECER
Oportunidades de engajamento ocupacional minimizando os impactos da ruptura ou 
privação ocupacional na vida do paciente e seus familiares e /ou cuidadores.
DESENVOLVER
Estratégias de prevenção de: úlceras de pressão, hipotensão ortostática, trombose 
venosa profunda, desorientação temporo-espacial, deformidades, contraturas, 
atrofias por desuso, diminuição da força muscular, da amplitude de movimento e da 
resistência, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, sofrimento e dificuldades 
psicossociais e espirituais.
O Terapeuta Ocupacional no fazer do contexto hospitalar agrega todos os conheci-
mentos que foram vistos separadamente na academia. É necessário que o raciocínio 
crítico e lógico para a unificação dos saberes proporcione uma prática competente 
e com um repertório rico de estratégias que promovam um atendimento humani-
zado e voltado para a qualidade de vida do paciente e seus familiares.
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CUIDADOS PALIATIVOS E A REABILITAÇÃO PALIATIVA
VOCÊ SABE RESPONDER?
O que são os cuidados paliativos?
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são os cuidados de saúde ati-
vos e integrais prestados à pessoa com doença grave, progressiva e que ameaça a 
continuidade de sua vida (BRASIL, 2023, on-line).
O cuidado paliativo também se refere em manter a aparência bonita e com 
isso melhora a autoestima e os hormônios do prazer. Então, porque não fazer as 
unhas dentro do espaço hospitalar? Sempre com os cuidados necessários esta-
belecidos pela Comissão de Infecção hospitalar.
O objetivo é promover a qualidade de vida do paciente e de seus familiares por 
meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce de situações 
possíveis de serem tratadas, da avaliação cuidadosa e minuciosa e do tratamento da 
dor e de outros sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais (BRASIL, 2023).
A morte é um dia que vale a pena viver 
Passamos a vida tentando aprender a ganhar. Buscamos cur-
sos, livros, milhares de técnicas sobre como conquistar bens, 
pessoas, benefícios, vantagens. Sobre a arte de ganhar existem 
muitas lições, mas e sobre a arte de perder? Ninguém quer 
falar a respeito disso, mas a verdade é que passamos muito 
tempo da nossa vida em grande sofrimento quando perdemos 
bens, pessoas, realidades, sonhos. Vivemos buscando discur-
sos que nos mostrem como ganhar. 
O trabalho do terapeuta ocupacional, no momento dos cuida-
dos paliativos, é trabalhar os problemas gerados pelas perdas 
ou os momentos em que a finitude se aproxima. De maneira 
clara e suave, Ana Claudia nos ajuda a ter um novo olhar sobre 
o modo como gastamos o nosso tempo e sobre a nossa ideia 
acerca da vida e da morte.
INDICAÇÃO DE LIVRO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Os cuidados paliativos têm como objetivo a promoção do conforto e alívio dos 
sofrimentos, o controle dos sintomas para o paciente e seus familiares. É uma 
abordagem multiprofissional que visa a elaboração de um plano de cuidado em 
que a visão de cada profissional é respeitada e suas técnicas e modelos próprios 
são utilizados em conjunto, visando o bem estar do paciente e de sua família. 
Figura 1 – Modelo Paralelo de Cuidados Paliativos / Fonte: Carlo e Kudo (2018, p.19).
Descrição da Imagem: a imagem é um infográfico em forma de trapézio na horizontal, que representa o modelo 
de cuidado paliativo. No centro dele está escrito cuidados paliativos, e à sua volta, da esquerda para direita, em 
sentido horário: risco, cuidados para redução de risco, tratamento modificador da doença, finitude da vida (plane-
jamento para a morte), últimas horas de cuidados de vida, cuidados no luto, morte, cuidados paliativos, manejo 
de sintomas /cuidados de apoio, doença, luto (antecipatório), apresentação do diagnóstico, risco e diagnóstico. 
Fim da descrição.
Risco
Diagnóstico
Risco
Cuidados para 
redução de risco
 Tratamento modificador da doença
 Finitude da vida 
(Planejamento para a morte)
Últimas horas de 
cuidados de vida
Cuidados no luto
Morte Luto
Cuidados paliativos
Cuidados paliativos
Manejo de sintomas /
cuidados de apoio
Doença
Luto (antecipatório)
Apresentação 
do Diagnóstico
VOCÊ SABE RESPONDER?
O que faz o Terapeuta Ocupacional nos cuidados paliativos?
O terapeuta ocupacional desempenha um importante papel junto à equipe multi-
disciplinar, uma abordagem capacitadora para identificar papéis e valores ocupa-
cionais e modificá-las à singularidade do momento atual, visando uma qualidade 
de vida satisfatória, inclusive no momentoprocessamento sensorial?
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No ambiente hospitalar, observando de maneira geral, as rotinas são pré-deter-
minadas por terceiros, o ambiente é muito claro, na maioria dos espaços, e há 
uma alternância de sons e cheiros. 
A seguir, apresentaremos algumas dicas de adaptação de ambiente para as 
disfunções de integração sensorial. Essas dicas foram pensadas para a pessoa 
autista, mas podem ser utilizadas com todos os que apresentam transtorno do 
processamento sensorial.
Atendimento ao paciente autista no contexto hospitalar
Sabemos que muitos autistas possuem uma desordem sensorial, que lhe causa 
uma desorganização, o que desencadeia a crise de agitação.
Eles possuem alguns comportamentos e atitudes que precisamos co-
nhecer, tais como:
 ■ rotina pré- estabelecida e rígida;
 ■ escuta tudo, apesar de nem sempre responder;
 ■ alguns são verbais e conversam, outros são não verbais e não falam, mas 
escutam tudo ao seu redor;
 ■ necessitam saber o que vai acontecer – antecipação dos fatos;
 ■ necessitam de pistas visuais, por isso a importância dos adesivos.
Diante dessas características, vamos dar dicas de melhoria de ambiente em algu-
mas unidades de atendimento hospitalar.
Estudante, acesse o link e leia o E-Book Tea no Atendimento em Saúde: um 
cuidado específico com um olhar para o todo: https://ondaautismos.com.br/
blog/tea-saude.
EU INDICO
A construção dessas adaptações é responsabilidade do terapeuta ocupacional, 
pois é o profissional que estudou sobre a integração sensorial. Esse conhecimento 
será o propulsor das adaptações e dos manejos com as crises dos pacientes agi-
tados, em um trabalho cooperativo e multidisciplinar.
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https://ondaautismos.com.br/blog/tea-saude
https://ondaautismos.com.br/blog/tea-saude
TEMA DE APRENDIZAGEM 6
The Good Doctor 
Essa série retrata o cotidiano de um jovem médico com au-
tismo dentro de um hospital. Acompanhando a série, po-
demos ver como algumas situações cotidianas são difíceis 
para o médico. Essa série retrata o contexto hospitalar, e po-
demos identificar várias ações em que o Terapeuta Ocupa-
cional poderia intervir.
INDICAÇÃO DE FILME
Você lembra do caso do paciente agitado, apresentado no início deste tema, em 
que você foi chamado para auxiliar no pronto socorro?
Poderia ser um paciente autista que veio ao hospital por alguma questão 
clínica, nada relacionado ao seu transtorno, mas ao ser examinado, o toque lhe 
causou uma desorganização tátil, levando a uma crise de agitação e agressividade.
Atendimento ao paciente com deficiência auditiva 
No universo hospitalar, se formos procurar entre os colaboradores que sabem 
a Língua Brasileira de Sinais (Libras), é raro achar. Entretanto, a pessoa surda 
também fica doente e precisa ir ao hospital em algum momento da vida.
Como se dará esse atendimento? É um paciente adulto e não precisa de 
acompanhante?
Existem algumas estratégias para auxiliar nessa situação :
 ■ Para iniciar uma conversa com uma pessoa surda, acene ou toque leve-
mente em seu ombro ou braço.
 ■ Pessoas surdas se comunicam de maneira essencialmente visual e pela 
Língua Brasileira de Sinais (Libras).
 ■ Mantenha contato visual durante as conversas, pois, se desviar o olhar, 
poderá dar a entender que a conversa acabou.
 ■ Procure falar de modo natural, mas articulando bem a pronúncia das 
palavras.
 ■ Não é necessário falar pausadamente a menos que seja solicitado.
 ■ Não grite. Fale com tom de voz normal, a não ser que lhe peçam para 
falar mais alto.
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 ■ Evite colocar objetos ou a própria mão na boca, para não atrapalhar a 
leitura labial.
 ■ Se tiver dificuldade para entendê-lo, não tenha receio de pedir que repita.
 ■ Se necessário, comunique-se por meio da escrita ou faça mímicas e gestos 
que possam identificar o que você quer dizer.
 ■ Quando o surdo estiver acompanhado de intérprete, fale diretamente 
com a pessoa surda, não com o intérprete (PARANÁ, [202-?]).
Outra maneira de se comunicar com a pessoa surda, é utilizando os recursos 
da Tecnologia Assistiva, nesse caso um aplicativo chamado Hand Talk app - 
tradutor para libras. Por meio desse aplicativo, o que você fala é traduzido 
para libras. Dessa maneira, podemos garantir um atendimento completo e sem 
dificuldade na comunicação.
Atendimento ao paciente com deficiência visual 
Estudante, alguns pacientes podem ser cegos ou ter alguma deficiência visual 
(baixa visão), leve, moderada ou severa. Podem possuir uma autonomia exem-
plar, se locomovem com a bengala ou utilizando o cão Guia para todos os espaços. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
Contudo, outros, por algumas questões pessoais, não foram estimulados e de-
pendem de um acompanhante para se locomover ou realizar as atividades do 
cotidiano. O Terapeuta Ocupacional pode criar um programa de treinamento 
para orientação de como acolher esse paciente.
 Dentre as principais orientações, temos ( BRASIL, 2020):
 ■ Antes de qualquer auxílio, pergunte ao paciente se necessita de ajuda.
 ■ Ao auxiliar na locomoção, coloque a mão da pessoa, no seu cotovelo 
dobrado. Ela irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você 
vai andando.
 ■ Avisar, antecipadamente, a existência de degraus, pisos escorregadios, 
buracos e obstáculos que apareçam durante o trajeto.
 ■ Para ajudar uma pessoa cega a sentar-se, você deve guiá-la até a cadeira 
e colocar a mão dela sobre o encosto da cadeira, informando se a cadeira 
tem braço ou não. Deixe que a pessoa se sente sozinha.
 ■ Ao explicar direções para uma pessoa cega, seja o mais claro e específico 
possível (à frente, para a direita ou para a esquerda); de preferência, in-
dique as distâncias em metros (exemplo: uns vinte metros a sua frente);
 ■ Por mais tentador que seja acariciar um cão-guia, lembre-se de que esses 
cães têm a responsabilidade de guiar um dono/tutor que não enxerga. O 
cão nunca deve ser distraído do seu papel de guia.
 ■ Quando solicitado para prestar informação, instrução ou preencher fichas 
e formulários, leia pausadamente cada item. Dê o tempo suficiente para 
a resposta, lendo novamente o item, se for necessário (BRASIL, 2022).
Lembrando, estudante, que essas são dicas básicas, é necessário o estudo aprofun-
dado e amplo das deficiências e suas fisiopatologias para poder, ao realizar a ava-
liação terapêutica ocupacional, ter recursos para traçar as metas de tratamento.
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem.
EM FOCO
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NOVOS DESAFIOS
Estudante, você está pronto para começar o seu trabalho por meio de um cuida-
do mais atento às pessoas com deficiência no hospital. É necessário saber o que 
levou o paciente à internação. Na maioria das vezes, não foi a deficiência, mas 
sim o processo natural da vida. 
Lembre-se de que nós contamos um pouco com a prática de outras pessoas, 
faça da sua prática algo brilhante e científico. Você é capaz disso, proporcionamos 
o começo, agora escreva a sua própria história na Terapia Ocupacional. Teremos, 
dessa forma, um profissional com um olhar mais inclusivo, no mercado de trabalho.
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1. As deficiências sensoriais são: deficiência visual e deficiência auditiva. Hoje, já se considera 
as desordens da integração sensorial, conhecidas como disfunção sensorial ou transtorno 
do processamento sensorial (CAVALCANTI; GALVÃO, 2023; PARANÁ, [202-?]).
Quando falamos de Deficiência Auditiva podemos afirmar que:
a) Cegueira: é caracterizada como uma condição congênita, ou seja, o paciente já nasce 
cego. 
b) Moderada e severa: há a necessidade do uso de aparelho ou prótese auditiva, e, em 
alguns casos, torna-se necessário o uso da língua de sinais.
c) Leve: não existe dificuldade em compreender a fala humana.
d) A baixa visão pode ser classificada em leve, moderada e profunda. Pelo novo CID 11, o 
termo baixa visão deve ser substituído por deficiência visual leve, moderadaou grave.
e) Profunda: não é necessário o uso de técnicas de leitura labial, somente a de língua de 
sinais para a comunicação.
2. Para definir deficiência citaremos a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência 
(Estatuto da Pessoa com Deficiência), Lei nº 13.146 de julho de 2015. No seu Artigo nº2 ele 
define a pessoa com deficiência:
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo 
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais 
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de 
condições com as demais pessoas (BRASIL, 2015).
Diante do exposto, podemos dizer que:
I - Deficiências físicas: são alterações completas ou parciais de um ou mais segmentos do 
corpo humano, que acarretam o comprometimento da mobilidade e da coordenação 
geral, podendo também afetar a fala, em diferentes graus.
II - O desenvolvimento de pessoas com Deficiência Intelectual, nas áreas envolvidas, fica 
abaixo da média esperada para a sua faixa etária, o que não significa que sua condição 
é estável.
III - A pessoa com doença mental e/ou deficiência mental apresenta alterações que con-
sistem em anormalidades, sofrimentos ou comprometimentos de ordem psicológica e/
ou mental, mudanças significativas na personalidade ou no comportamento, sem uma 
razão aparente. A doença mental não altera o relacionamento da pessoa com o mundo, 
impacta seu funcionamento nos campos interpessoal, laboral e social.
AUTOATIVIDADE
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É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
3. Deficiências de natureza física são alterações completas ou parciais de um ou mais seg-
mentos do corpo humano que acarretam o comprometimento da mobilidade e da coorde-
nação geral, podendo também afetar a fala, em diferentes graus (PARANÁ, [202-?]).
Com relação às deficiências físicas mais comuns podemos dizer que: 
a) Ostomia: é uma intervenção cirúrgica que permite criar uma comunicação entre o órgão 
interno e o externo, com a finalidade de eliminar os dejetos do organismo. Os ostomi-
zados são pessoas que utilizam um dispositivo, geralmente uma bolsa, que permite 
recolher o conteúdo a ser eliminado através do ostoma.
b) Paralisia cerebral: diz respeito a uma lesão cerebral que acontece, em geral, quando 
falta oxigênio no cérebro do adulto durante a gestação, no parto ou até dois anos após o 
nascimento (traumatismos, envenenamentos ou doenças graves). Dependendo do local 
do cérebro onde ocorre a lesão e do número de células atingidas, a paralisia danifica o 
funcionamento de diferentes partes do corpo. A principal característica é um desequilí-
brio na contenção muscular que causa tensão, inclui dificuldades de força e equilíbrio e 
comprometimento da coordenação motora.
c) Amputação: é o curativo apenas de uma extremidade do corpo.
d) Tetraplegia: perda total das funções motoras dos membros superiores;
e) Nanismo: é uma alteração genética que provoca um crescimento esquelético anormal, 
resultando, no indivíduo, uma altura muito maior do que a altura média de toda a 
população.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Presidência da República. Secretaria-Geral. Lei nº 13.146 de julho de 2015. Institui a Lei 
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponí-
vel em : https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 
26 jan. 2024.
BRASIL. Ministério da Cidadania. Secretaria Nacional de Assistência Social. Secretaria Especial 
do Desenvolvimento Social. Você e a pessoa Com deficiência visual. Brasília, DF: Secretaria 
Nacional de Assistência Social, 2020. Disponível em: http://blog.mds.gov.br/redesuas/wp-con-
tent/uploads/2020/12/Cartilha-Voc%C3%AA-e-a-pessoa-com-defici%C3%AAncia-visual.pdf. 
Acesso em: 27 jan. 2024.
CAVALCANTE, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: fundamentação & prática. 2. ed. Rio de Ja-
neiro: Guanabara Koogan, 2023.
IFPB. Instituto Federal da Paraíba. Ministério da Educação. Deficiência Intelectual x Doença Men-
tal. IFBP.edu.br, 2018. Disponível em: https://www.ifpb.edu.br/assuntos/fique-por-dentro/defi-
ciencia-intelectual-x-doenca-mental. Acesso em: 26 jan. 2024.
PARANÁ. Secretaria do desenvolvimento social e família. Deficiência Física: o que é. Tipos de 
deficiência. PR.Gov.br, [202-?]. Disponível em: https://www.desenvolvimentosocial.pr.gov.br/Pa-
gina/Deficiencia-Fisica. Acesso em: 15 abr. 2024.
REIS, J. Nossa casa celebra dia mundial da paralisia cerebral com live. Campinas. Portal Acesse, 
2021. Disponível em: https://www.portalacesse.com.br/nossa-casa-celebra-dia-mundial-da-
-paralisia-cerebral-com-live/. Acesso em: 26 jan. 2024.
SITINKI, R. S. Deficiência sensorial: o que causa, tipos e quais são os sintomas? Blog Minuto 
saudável, 2023. Disponível em: https://minutosaudavel.com.br/deficiencia-sensorial/. Acesso 
em: 26 jan. 2024.
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
http://blog.mds.gov.br/redesuas/wp-content/uploads/2020/12/Cartilha-Voc%C3%AA-e-a-pessoa-com-defici%C3%AAncia-visual.pdf
http://blog.mds.gov.br/redesuas/wp-content/uploads/2020/12/Cartilha-Voc%C3%AA-e-a-pessoa-com-defici%C3%AAncia-visual.pdf
https://www.ifpb.edu.br/assuntos/fique-por-dentro/deficiencia-intelectual-x-doenca-mental
https://www.ifpb.edu.br/assuntos/fique-por-dentro/deficiencia-intelectual-x-doenca-mental
https://www.portalacesse.com.br/nossa-casa-celebra-dia-mundial-da-paralisia-cerebral-com-live/
https://www.portalacesse.com.br/nossa-casa-celebra-dia-mundial-da-paralisia-cerebral-com-live/
https://minutosaudavel.com.br/deficiencia-sensorial/
1. A alternativa B.
a) Cegueira: é caracterizada como uma condição congênita, ou seja, o paciente já nasce 
cego. Nesse caso, sua causa está relacionada com má formação.
b) Moderada e Severa: há a necessidade do uso de aparelho ou prótese auditiva e, em alguns 
casos, torna-se necessário o uso da língua de sinais.
c) Leve: existe dificuldade em compreender a fala humana.
d) A baixa visão pode ser classificada em leve, moderada e profunda. Pelo novo CID 11, o 
termo baixa visão deve ser substituído por deficiência visual leve, moderada ou grave – não 
se trata de deficiência auditiva.
e) Profunda: torna-se necessário o uso de técnicas de leitura labial e de língua de sinais para 
a comunicação.
2. Alternativa C. 
I. Deficiências físicas: são alterações completas ou parciais de um ou mais segmentos do 
corpo humano, que acarretam o comprometimento da mobilidade e da coordenação geral, 
podendo também afetar a fala, em diferentes graus.
II. O desenvolvimento de pessoas com Deficiência Intelectual, nas áreas envolvidas, fica abaixo 
da média esperada para a sua faixa etária, o que não significa que sua condição seja estável.
III. A pessoa com doença mental apresenta alterações que consistem em anormalidades, sofrimen-
tos ou comprometimentos de ordem psicológica e/ou mental, mudanças significativas na persona-
lidade ou no comportamento, sem uma razão aparente. A doença mental altera o relacionamento 
da pessoa com o mundo, impacta seu funcionamento nos campos interpessoal, laboral e social.
3. Alternativa A.
a) Ostomia: é uma intervenção cirúrgica que permite criar uma comunicação entre o órgão 
interno e o externo, com a finalidade de eliminar os dejetos do organismo. Os ostomizados 
são pessoas que utilizam um dispositivo, geralmente uma bolsa, que permite recolher o 
conteúdo a ser eliminado através do ostoma.
b) Paralisia cerebral: diz respeito a uma lesão cerebral que acontece, em geral, quando falta 
oxigênio no cérebro do bebê durante a gestação, no parto ou até dois anos após o nascimento 
(traumatismos, envenenamentos ou doenças graves). Dependendo do local do cérebro onde 
ocorre a lesão e do número de células atingidas, a paralisia danifica o funcionamento de diferentes 
partes do corpo. A principal característica é um desequilíbrio na contenção muscularque causa 
tensão, inclui dificuldades de força e equilíbrio e comprometimento da coordenação motora.
c) Amputação: é a remoção de uma extremidade do corpo.
d) Tetraplegia: perda total das funções motoras dos membros superiores e inferiores.
e) Nanismo: é uma alteração genética que provoca um crescimento esquelético anormal, 
resultando, no indivíduo, uma altura muito menor do que a altura média de toda a população.
GABARITO
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UNIDADE 3
MINHAS METAS
TERAPIA OCUPACIONAL O 
DIFERENCIAL NA CLÍNICA MÉDICA 
ADULTO E IDOSO
Compreender a importância do papel da Terapia ocupacional na clínica médica.
Avaliar o paciente da clínica médica com foco nos objetivos da Terapia Ocupacional rela-
cionados com o desempenho ocupacional.
Reconhecer a importância do trabalho numa equipe multiprofissional.
Relacionar os conteúdos do tema com a prática profissional.
Explorar o papel da Terapia Ocupacional com os pacientes da clínica médica.
Interligar conhecimentos com a prática e o respeito ético ao paciente/cliente.
Identificar os objetivos da Terapia Ocupacional na clínica médica.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 7
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INICIE SUA JORNADA
Estudante, neste tema de aprendizagem, falaremos da importância da Terapia 
Ocupacional em vários setores do hospital, como será o atendimento aos pa-
cientes neurológicos, cardíacos, dentre outras patologias. Articular o fazer ocu-
pacional é prazeroso, pois se refere à importância da nossa profissão e da forma 
como escolhemos para cuidar do outro.
Imagine o seguinte cenário: você foi chamado para avaliar um paciente que 
está na Unidade de Tratamento Intensivo cardíaca (UTI)
Esse paciente foi revascularizado há 2 dias, progredindo conforme o espe-
rado. Você já atendeu esse paciente um ano antes, mas, somente agora, houve 
a necessidade da cirurgia. Analisando o prontuário do paciente, você encontra 
todo o histórico dele, tanto com você quanto com os demais profissionais. Agora 
você reavaliará a situação, para verificar as alterações e as restrições que serão 
necessárias para o novo acompanhamento.
Após a nova avaliação, você traçará novas intervenções, visando minimizar 
o gasto energético e estimular o mínimo de autonomia. O trabalho do Terapeuta 
Ocupacional dentro do contexto hospitalar é amplo, não se restringindo ao aten-
dimento de pacientes. Você também é peça importante na elaboração de projetos 
para melhorias no atendimento dessa unidade.
Ouça o nosso podcast Dicas para a implementação de projetos voluntários voltados 
para pacientes adultos e idosos, em que apresentamos estratégias de criação de 
projetos, visando a melhora da qualidade de vida. Recursos de mídia disponíveis 
no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Assista ao vídeo a seguir, que se trata do depoimento da Terapeuta Ocupacional 
que trabalha no Instituto Nacional de Cardiologia (INC). https://www.facebook.
com/watch/?v=4597045067054065.
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https://www.facebook.com/watch/?v=4597045067054065
https://www.facebook.com/watch/?v=4597045067054065
TEMA DE APRENDIZAGEM 7
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Estamos falando de patologias específicas. Dentro do hospital, as pessoas com 
essas patologias ficam em espaços separados, para evitar contaminação cruzada 
e facilitar o acompanhamento de toda a equipe de saúde. Nesse sentido, aborda-
remos a atuação da Terapia Ocupacional em algumas clínicas.
Lembrando que sempre, iniciamos com a avaliação inicial e após o his-
tórico ocupacional para identificar a rotina do paciente e os papéis ocupa-
cionais que desempenha.
CARDIOLOGIA E A TERAPIA OCUPACIONAL 
As Doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação, representam 
a principal causa de mortes no Brasil. São mais de 1100 mortes por dia, cerca de 
46 por horas, 1 morte a cada 1,5 minutos. As doenças cardiovasculares causam o 
dobro de mortes que aquelas devidas a todos os tipos de câncer juntos, 2,3 vezes 
mais que as todas as causas externas (acidente e violência), 3 vezes mais que as 
doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as infecções, incluindo a AIDS. 
A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que até o final deste ano 
quase 400 mil cidadãos brasileiros morrerão por doenças do coração e da 
circulação (SBC, [202-?]).
Acesse o conteúdo a seguir para conhecer um pouco mais sobre o tema, consul-
tando as cartilhas do Ministério da Saúde sobre doenças cardiovasculares. https://
bvsms.saude.gov.br/bvs/boletim_tematico/saude_coracao_setembro_2022.pdf.
EU INDICO
Em vista disso, as alas hospitalares exclusivas para a cardiologia estão sempre 
cheias, necessitando do atendimento de toda a equipe multidisciplinar. Diante 
das consequências geradas por essas patologias, ocorrem limitações e mudan-
ças drásticas no cotidiano do paciente, como perda na autonomia e nos papéis 
ocupacionais. De acordo com Carlo e Kudo (2018, p. 18 ),
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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/boletim_tematico/saude_coracao_setembro_2022.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/boletim_tematico/saude_coracao_setembro_2022.pdf
 “ um cenário de desestruturação da vida ativa, impotência às di-
ficuldades e à progressão da doença. O terapeuta ocupacional, 
através de sua especificidade, contribui de maneira decisiva e reso-
lutiva para a reorganização do cotidiano, minimizando as perdas 
e maximizando as potencialidades.
Doenças cardíacas e a Terapia Ocupacional
As doenças cardíacas podem ser classificadas como congênitas, ou seja, nasce-
mos com ela; e adquiridas, que estão sujeitas a fatores de riscos, hereditários, 
ambientais e alimentares. 
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, [202-?]), que faz 
parte da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são 
um grupo de doenças do coração e dos vasos sanguíneos e incluem:
 ■ Doença coronariana: doença dos vasos sanguíneos que irrigam o 
músculo cardíaco.
 ■ Doença cerebrovascular: doença dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro.
 ■ Doença arterial periférica: doença dos vasos sanguíneos que irrigam os 
membros superiores e inferiores.
 ■ Doença cardíaca reumática: danos no músculo do coração e válvulas 
cardíacas devido à febre reumática, causada por bactérias estreptocócicas.
 ■ Cardiopatia congênita: malformações na estrutura do coração existentes 
desde o momento do nascimento.
 ■ Trombose venosa profunda e embolia pulmonar: coágulos sanguíneos nas 
veias das pernas que podem se desalojar e se mover para o coração e pulmões.
Diante dessas doenças, o terapeuta ocupacional deve planejar sua intervenção 
após a realização das avaliações. A conduta será alterada dependendo do fator 
causador da doença, pode ser uma cardiologia congênita ou adquirida. 
O órgão afetado é o mesmo, o coração, mas as limitações são diferentes, cada 
uma interfere no cotidiano do paciente de maneira diversa e alteram seu papel 
ocupacional. Essa intervenção ocorre na forma de uma análise detalhada da 
atividade que esse sujeito realiza.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
Estudante, veja a seguir as principais doenças cardíacas adquiridas e o relevante 
papel da Terapia Ocupacional na abordagem dessas condições. De acordo com 
Cavalcante e Galvão (2007, p. 505): 
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Mudança de hábito de saúde.
Alteração dos fatores de riscos para doenças cardiovasculares e coronarianas.
Avaliação e reorganização da rotina ocupacional.
Técnicas de relaxamentos fisiológicos. 
MIOCARDIOPATIAS E VALVULOPATIAS
Abordagem pré-cirúrgica: atividades educativas e terapêuticas preparatórias para a 
cirurgia, visando promover melhor adaptação psicofísica e ocupacional nesse período.
Abordagem pós-cirúrgica: orientar o retorno gradual às atividades diárias e abordar os 
eventuais distúrbios cognitivos, de postura do tronco superior e de movimentação de 
membros superiores via atividades terapêuticas.
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CARDIOPATIAS ATEROCLERÓTICA CORONARIANA
Não-infarto, assintomático e tratado com revascularização ou angioplastia: Aborda-
gemde previsão secundária em relação aos fatores de risco cardiovasculares; orientar 
o retorno às atividades de vida diária, adaptada à rotina ocupacional mais saudável; 
abordar eventuais distúrbios de postura do tronco superior e de movimentação de 
membros superiores via atividades terapêuticas, tratando com revascularização.
Pós-infarto agudo do miocárdio e/ou portador de angina de peito tratado clinicamente: 
abordagem de prevenção secundária em relação aos fatores de risco; adaptar ativi-
dades de vida diária; adaptar às restrições da capacidade funcional; abordar eventuais 
distúrbios de postura do tronco superior e de movimentação de membros superiores 
via atividades terapêuticas, tratando com revascularização. 
Pós-infarto agudo do miocárdio tratado com revascularização ou angioplastia: abordagem 
de prevenção secundária em relação aos fatores de risco; orientar o retorno às atividades 
de vida diária, adaptada à rotina ocupacional mais saudável; adaptar atividades de vida 
diária; adaptar às restrições da capacidade funcional, se há sequelas da insuficiência car-
díaca; abordar eventuais distúrbios de postura do tronco superior e de movimentação de 
membros superiores via atividades terapêuticas, tratando com revascularização.
Agora vamos detalhar como ocorrem as abordagens para esses pacientes pela 
Terapia Ocupacional na clínica cardiológica. Lembrando que o nosso foco 
durante o processo de avaliação 
é para indicação do plano de tra-
tamento e intervenções. Segundo 
Carlo e Kudo (2018).
Nosso foco com o paciente será a 
orientação de treino e adaptação das 
atividades de vida diária (AVD) e do 
cotidiano, visando a conservação 
de energia e proteção articular por 
meio da posição de simplificação de 
tarefas e definição de prioridades; 
e a indicação de equipamentos de 
Tecnologia Assistiva, com o objetivo 
de potencializar habilidades presen-
tes e diminuir as perdas funcionais, 
decorrentes do processo da doença.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
Assim como a promoção de ações e atividades preventivas dentre outras, que vi-
sam o incremento da qualidade de vida e da capacidade funcional, respeitando a 
condição clínica do paciente, a fim de não gerar desgaste físico e gasto energético 
desnecessário, também devemos definir a proposição de atividades significativas 
para o paciente, que possibilitam o resgate do significado e do sentido da vida 
mediante a ressignificação da história de vida do paciente. Essas atividades estão 
diretamente ligadas aos desejos e necessidades e desejo do paciente.
Deve ser efetuada uma reorganização da rotina com retomada da vida ati-
va e, significativamente, adequada ao estágio da doença, prognóstico, consumo 
energético e limitações presentes; e a estruturação de uma agenda de atividades 
pessoais e sociais, alinhando interesses e necessidades. A retomada da rotina, de 
forma independente e autônoma, potencializa a sensação de volta à vida real e o 
domínio sobre a vida e a si mesmo.
Por fim, o acolhimento, apoio e treino dos familiares/cuidadores, no que diz 
respeito aos cuidados e facilitadores para a relação das atividades rotineiras, em 
virtude das demandas do processo de adoecimento do paciente, que implica 
ser cuidado por terceiros.
O trabalho de Terapia Ocupacional deve ter em foco a reestruturação das atividades 
cotidianas, no intuito da conservação de energia, simplificando as tarefas e a definição 
de prioridade. Sempre com a participação ativa do paciente e da família/cuidador. A 
definição das metas deve se pautar na implementação de estratégias terapêuticas 
que aliviem o sofrimento e facilitem o processo de elaboração da restauração.
Como aprendemos, as doenças cardiovasculares são amplas e cada uma com uma 
singularidade. Nesse sentido, o profissional deve conhecer bem a fisiopatologia 
das complicações cardíacas.
DISFUNÇÕES TRAUMATO-ORTOPÉDICAS E A TERAPIA 
OCUPACIONAL 
Segundo uma análise das mortes por faixa etária mostra que 1/3 são de pessoas 
jovens (até 15 anos) e cerca de 2/3 delas têm menos de 50 anos. Essas ocorrências 
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causam custos superiores a 50 bilhões de reais por ano, o que gera forte impacto 
na economia por conta dos gastos com a previdência e a redução de renda das 
famílias atingidas, além dos altos custos hospitalares e danos patrimoniais. Aci-
dentes com motocicletas respondem por cerca de 44% dos óbitos na faixa de 15 
a 29 anos. As mortes por atropelamento são responsáveis pela maior parte dos 
óbitos envolvendo pessoas com mais de 70 anos (BRASIL, 2023).
Qual a relação dessa matéria jornalística, com o contexto hospitalar e a terapia 
ocupacional? Os pacientes que se encontram internados na Clínica Traumato-or-
topédica, na grande maioria, são provenientes desses acidentes automobilísticos, 
principalmente no caso das motocicletas.
Leia o artigo Fatores associados ao risco de internação por acidentes de trân-
sito no Município de Maringá-PR. Acesse em: https://www.scielosp.org/pdf/
rbepid/2006.v9n2/193-205/pt.
EU INDICO
A atuação da Terapia Ocupacional com pacientes traumato-ortopédicos acontece 
desde o início do século 20. O atendimento acontecia nas enfermarias, ofertando 
as atividades no leito, depois com a evolução do paciente o atendimento e as ativi-
dades aconteciam fora do espaço da enfermaria. Os pacientes eram soldados feri-
dos na Primeira Guerra Mundial, logo, as ocupações eram atividades envolvendo 
ofícios/artesanais, eram voltadas para o desenvolvimento de habilidades e visavam 
estabelecer a sensação do fazer e o sentimento de realização, uma volta à vida, que 
poderiam ser necessárias para o futuro emprego (CARLO; KUDO, 2018).
Na segunda década do século XX, Baldwin, coordenador do Departamento 
de Terapia Ocupacional do Walter Reed Hospital em Washington-DC, apre-
sentou um modelo de prática, visando restaurar as habilidades de movimento, 
a força muscular e a resistência dos soldados atendidos. Para que isso fosse 
alcançado, era necessário trabalhar conceitos de cinesiologia, biomecânica 
e psicologia. Outros fatores influenciavam nas ocupações dos pacientes tais 
como, interesse, atenção e os fatores sociais. O rol de ocupações trabalhadas 
eram atividades diárias e artesanato, elas eram analisadas e graduadas, sendo 
oferecidas de acordo com os interesses dos pacientes (CARLO; KUDO, 2018).
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https://www.scielosp.org/pdf/rbepid/2006.v9n2/193-205/pt
https://www.scielosp.org/pdf/rbepid/2006.v9n2/193-205/pt
TEMA DE APRENDIZAGEM 7
Com esse modelo de atuação, Baldwin considerava que as ocupações desafia-
vam os problemas motores de forma natural, permitiam a iniciativa pessoal, desen-
volviam a coordenação motora, transferiam habilidades e propiciavam a interação 
social. Eles também confeccionavam adaptações e talas (CARLO; KUDO, 2018).
Disfunções traumato-ortopédicas e a Terapia Ocupacional
Pacientes dessa clínica apresentam algumas perdas funcionais comuns, mas lem-
bre-se que cada ser humano é singular. Essas perdas podem ser comprometi-
mentos funcionais na habilidades de mobilidade, cuidado pessoal, na vida social. 
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Essas limitações ocorrem em decorrência de: dor; imobilização; diminuição da 
amplitude de movimento (ADM); alteração da sensibilidade; restrição preventiva 
de movimento; sustentação limitada de peso por períodos prolongados (WIL-
LIARD; SPACKMAN, 2011).
Esse é um paciente que apresenta curativos, trações esqueléticas e fixadores 
externos, dependendo do tipo de lesão. Logo, o cuidado com as infecções são 
mais atentos, todos os materiais utilizados por esse paciente devem permitir uma 
completa higienização, ou devem ser de uso pessoal ou descartado após o uso.
Lembre-se de que qualquer material utilizado pela Terapia Ocupacional tem que 
ter a aprovação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), visando 
garantir a segurança dos pacientes e colaboradores. O perfil do paciente traumato-
ortopédico é de risco alto para infecções. 
Essas limitações acarretam alterações nos desempenhosocupacionais dos pa-
cientes que dependem do tipo de lesão ou restrições, podem ser temporárias ou 
permanentes. Por isso, o Terapeuta Ocupacional na avaliação e no processo de 
intervenção deve conhecer a história clínica, o início das limitações e o prognós-
tico da doença. Devido a essas situações de limitações, é importante que aconteça 
a troca constante entre as equipes, visando garantir a reabilitação e a segurança 
do paciente (WILLIARD; SPACKMAN, 2011).
De forma ampliada, os objetivos no atendimento desse público são:
 ■ melhorar a coordenação motora; 
 ■ melhorar a amplitude de movimento; 
 ■ melhorar a força muscular; 
 ■ melhorar a sensibilidade; 
 ■ prevenir novos agravos e deformidades; 
 ■ colaborar na intervenção sobre o edema, processo cicatricial e a repa-
ração tecidual; 
 ■ avaliar alterações neurológicas (habilidades cognitivas e comportamen-
tais), que devem ser investigadas em pacientes politraumatizados; 
 ■ Favorecer a expressão dos medos e das expectativas; 
 ■ Realizar a intervenção psicossocial com pacientes e familiares (CAR-
LOS; KUDO, 2018).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
O Terapeuta Ocupacional pode e deve colaborar em todo o processo de hospi-
talização do paciente, desde a admissão até a alta hospitalar. Assim, o orientará 
sobre a reorganização da rotina que foi trabalhada na internação, já visando 
esse momento, e o encaminhará para a continuidade do atendimento no âmbito 
ambulatorial. Com relação aos familiares e/ou cuidadores, deve relembrar as 
questões psicossociais que o paciente terá e acolher os cuidadores, visando ga-
rantir a harmonia e fluidez no retorno para casa. 
Por meio do vídeo a seguir, assista a Terapeuta Ocupacional Leilyane Batista apre-
sentando um recurso ocupacional confeccionado para redução de edemas. O re-
curso é utilizado pela Terapia Ocupacional no contexto hospitalar quando neces-
sário. https://www.youtube.com/watch?v=yBQhpqDjiaE.
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https://www.youtube.com/watch?v=yBQhpqDjiaE
MUDANÇA DE PARADIGMA DA TERAPIA OCUPACIONAL 
APÓS A PANDEMIA DE COVID-19 NO CONTEXTO 
HOSPITALAR
Estudante, agora, observe e analise a imagem a seguir.
Figura 1 – Cenário Covid-19
Descrição da Imagem: a imagem é de uma profissional de saúde em um espaço médico. Ela está vestindo um 
uniforme e uma máscara verde, segurando uma máscara de anestesia clara conectada a tubos flexíveis. Ao fundo, 
percebe-se equipamentos médicos. Fim da descrição.
Imagens como essa, ou parecidas, aconteciam no cotidiano hospitalar durante a pan-
demia de Covid-19, que abalou as estruturas mundiais em todos os aspectos possíveis, 
tais como: saúde, socialização, economia, educação e outros que nem imaginamos.
Sabemos que o SUS garante o atendimento de a todos, por isso ele já reconhe-
ceu nas práticas de prevenção a importância da Terapia ocupacional, e agora os hos-
pitais também tiveram essa oportunidade, conforme relatado por Amador (2020):
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
 “ O Sistema Único de Saúde (SUS) já reconheceu, muito antes, a 
importância dos terapeutas ocupacionais para a reabilitação e 
cuidado de pacientes graves. Isso porque a Terapia Ocupacional 
trabalha com a ideia de que o ser humano é social e fisicamente 
condicionado pela sua ocupação. Trabalho, lazer, tarefas diárias 
e cotidianas fazem parte do próprio “ser humano”. O que nós de-
nominamos de ‘ocupação’ nada mais é do que as atividades que 
compõem o dia a dia de cada pessoa. Nós entendemos que o ser 
humano é um ser ocupacional, ou seja, um ser que precisa man-
ter-se o tempo todo envolvido em atividades, e essas atividades 
(que nós chamamos de ocupação) são fatores condicionantes de 
saúde”, explica Eden Ferreira, Terapeuta Ocupacional e vice-pre-
sidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupa-
cional da 12ª Região (Crefito-12) (CREFITO12, 2020, on-line).
Intervenção Terapêutica Ocupacional na enfermaria 
Nesse espaço, as estratégias são de recuperação e capacidade existentes de desem-
penho ocupacional, visando sempre promover maior independência, autonomia 
e qualidade de vida. Estamos falando aqui dos cuidados e intervenções nos pa-
cientes pós COVID-19, mas lembrando que são ações que, quando avaliadas, 
servem para outras situações. As intervenções possíveis são:
 ■ avaliar e adequar o ambiente em busca minimizar os fatores que in-
fluenciam diretamente no bem estar do paciente, como estímulos so-
noros ou iluminação;
 ■ ressignificar as ocupações comprometidas pelo processo de hospitaliza-
ção, adoecimento e limitações funcionais;
 ■ prescrever e confeccionar adaptações de posicionamento adequado do 
paciente no leito, visando promover conforto e segurança;
 ■ realizar uma escuta, acolhimento e a expressão de sentimentos;
 ■ estimular as funções mentais globais e específicas, visando a manutenção 
das habilidades cognitivas;
 ■ estimular as funções neuromusculares por meio da manutenção das ha-
bilidades motoras, associadas às atividades funcionais significativas com 
a história do paciente;
 ■ realizar treino de atividade de vida diária adaptadas ao contexto hospitalar;
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 ■ elaborar cartilha para o pós alta com as explicações e orientações forne-
cidas durante a internação;
 ■ participar de visitas multidisciplinares para discussão com a equipe 
sobre casos clínicos, relatando as metas e as intervenções terapêuticas 
ocupacionais estabelecidas no plano de tratamento de cada paciente 
(CAVALCANTI, 2023).
Intervenção Terapêutica Ocupacional na Unidade de Terapia 
Intensiva UTI 
A UTI é um espaço em que o paciente se encontra hemodinamicamente instável, 
com condições graves, necessitando de medicamentos vasoativos e ventilação 
mecânica, em monitoramento constante da equipe especializada.
É importante que o Terapeuta Ocupacional tenha conhecimentos de alguns pa-
râmetros de saúde utilizados nesse espaço. Ao avaliar o paciente, temos que observar 
também as questões neurológicas, respiratórias, cardiovasculares, hematológicas e 
imunológicas, dentre outros aspectos relacionados com a patologia do paciente.
 Algumas intervenções possíveis nesse espaço:
 ■ prevenir perdas funcionais associadas à imobilidade, aplicando ativida-
des funcionais relacionadas com a mobilização precoce em atividades 
cotidianas e significativas;
 ■ estimular e favorecer a manutenção da habilidades motoras, cognitivas e 
funcionais, assegurando o bem-estar e a independência funcional dentro 
do possível;
 ■ realizar treino de AVD no leito, utilizando técnicas de conservação de 
energia, respeitando a condição do paciente;
 ■ criar estratégias de prevenção e atividades com estimulação cognitiva 
para melhor evolução e prevenção no manejo de delirium;
 ■ implementar abordagem de cuidados paliativos a pacientes considerados 
graves sem reversão clínica, promovendo conforto, bem-estar e qualidade 
de vida (CAVALCANTI; GALVÃO, 2023).
O cenário da pandemia de Covid-19 mostrou como a perda no desempenho 
ocupacional das pacientes internados e pós-covid necessitavam da intervenção 
direta do Terapeuta Ocupacional em todos os setores da saúde.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
A profissão também inovou diante da demanda do mercado. Iniciamos com 
novas estratégias de atendimento, como a implementação de teleconsultas, tele-
monitoramento e teleconsultorias, contribuindo para uma nova forma de signi-
ficado na vida ocupacional. 
Depois de relatar as ações da Terapia Ocupacional nos espaços hospitalares, su-
gerimos esse vídeo sobre o que foi feito pela Terapia Ocupacional, no Pós Co-
vid-19. https://www.youtube.com/watch?v=fF9xNix12RI.
EU INDICO
Com isso, houve também o reconhecimento e a visibilidade da profissão dentro 
da equipe multidisciplinar no processo de cuidado, com prognósticos no de-
sempenho ocupacional das suas atividades cotidianas, favorecendo autonomia, 
independência e qualidade de vida. 
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveisno conteúdo digital do ambiente virtual 
de aprendizagem.
EM FOCO
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https://www.youtube.com/watch?v=fF9xNix12RI
NOVOS DESAFIOS
Agora, estudante, você está pronto para entrar em um hospital e mostrar que o 
Terapeuta Ocupacional faz parte da equipe multiprofissional e que seu fazer faz 
a diferença em conjunto com os demais profissionais.
O fazer ocupacional é aprendido na academia, e quando entramos em um 
hospital ou em uma clínica cardíaca, por exemplo, nós questionamos o que fazer. 
Por isso, recomendamos que inicie com a entrevista, veja o histórico ocupacional 
e busque recordar das atividades do cotidiano, em que estão comprometidas e 
o que tem significado para o paciente. Aos poucos montará o quebra-cabeça de 
conhecimentos e montará uma bela intervenção terapêutica ocupacional. 
Como podemos perceber, a nossa profissão está sendo solicitada, faltam pro-
fissionais no mercado, então vamos nos tornar os melhores e determinar o desem-
penho ocupacional, uma medicação que não pode faltar no contexto hospitalar.
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1. Na segunda década do século XX, Baldwin, que era o coordenador do Departamento de 
Terapia Ocupacional do Walter Reed Hospital, em Washington, DC, apresentou um modelo 
de prática visando a restaurar as habilidades de movimento, a força muscular e a resistência 
dos soldados atendidos (CARLO; KUDO, 2018).
O modelo de atuação apresentado por Baldwin, considerava que as ocupações: 
a) Desafia os problemas motores de forma natural, mas não foca na coordenação.
b) Permite a iniciativa pessoal, trabalha as questões motoras até a exaustão.
c) Não proporciona a interação, permite a iniciativa pessoal.
d) Transfere habilidades, mas não foca na coordenação.
e) Desafia os problemas motores de forma natural, permite a iniciativa pessoa.
2. O órgão afetado é o mesmo, o coração, mas as limitações são diferentes, cada uma in-
terfere no cotidiano do paciente de maneira diversa e altera seu papel ocupacional. Essa 
intervenção ocorre na forma de uma análise detalhada da atividade que esse sujeito realiza 
(GALVÃO; CAVALCANTI, 2007).
Com relação às doenças cardiovasculares adquiridas temos:
I - Hipertensão arterial. 
II - Miocardite e valvulopatias.
III - Aterosclerótica coronariana.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
AUTOATIVIDADE
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3. O órgão afetado é o mesmo, o coração, mas as limitações são diferentes, cada uma in-
terfere no cotidiano do paciente de maneira diversa e altera seu papel ocupacional. Essa 
intervenção ocorre na forma de uma análise detalhada da atividade que esse sujeito realiza 
(GALVÃO; CAVALCANTI, 2007).
Com relação à intervenção da Terapia Ocupacional ao paciente pós-infarto agudo do mio-
cárdio e/ou portador de angina de peito tratado clinicamente, podemos dizer que a inter-
venção correta é:
a) Avaliar as restrições da capacidade funcional, se há sequelas da insuficiência cardíaca.
b) Orientar o retorno às atividades de vida diária.
c) Não há necessidade de adaptação das atividades de vida diária.
d) Abordar eventuais distúrbios de movimentação de membros superiores via atividades 
terapêuticas, tratando com revascularização.
e) Não há necessidade de prevenção secundária, em relação aos fatores de risco.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada: ,Estudo aponta aumento de 13,5% em mor-
tes no trânsito. Gov.br, 2023. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/categorias/45-to-
das-as-noticias/noticias/13899-estudo-aponta-aumento-de-13-5-em-mortes-no-transito. 
Acesso em: 19 fev. 2024.
CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: Fundamentação & Prática. 2. ed. Rio de Ja-
neiro: Guanabara Koogan, 2023.
CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: Fundamentação & Prática. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2007.
CARLO, M. M. R. D. P.; KUDO, A. M. Terapia Ocupacional: em contextos hospitalares e Cuidados 
Paliativos. São Paulo: Paya, 2018. 
CREFITO12. Terapia ocupacional se mostra fundamental durante a pandemia. Crefito12.org., 
2020. Disponível em: https://crefito12.org.br/terapia-ocupacional-se-mostra-fundamental-du-
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OPAS. Organização Pan-americana de Saúde. Doenças cardiovasculares. Paho.org, [202-?]. Dispo-
nível em: https://www.paho.org/pt/topicos/doencas-cardiovasculares. Acesso em: 15 abr. 2024.
SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Mortes por doenças cardiovasculares no Brasil. [202-?]. 
Disponível em: http://www.cardiometro.com.br/sobre-o-cardiometro.asp. Acesso em: 15 abr. 2024.
WILLIARD, H.; SPACKMAN C. Terapia Ocupacional. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
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https://www.ipea.gov.br/portal/
https://www.ipea.gov.br/portal/categorias/45-todas-as-noticias/noticias/13899-estudo-aponta-aumento-de-13-5-em-mortes-no-transito
https://www.ipea.gov.br/portal/categorias/45-todas-as-noticias/noticias/13899-estudo-aponta-aumento-de-13-5-em-mortes-no-transito
1. Alternativa E.
a) Desafia os problemas motores de forma natural, e a coordenação.
b) Permite a iniciativa pessoal, trabalha as questões motoras de forma natural.
c) Proporciona a interação, permite a iniciativa pessoal.
d) Transfere habilidades, foca na coordenação;
e) Desafia os problemas motores de forma natural, permite a iniciativa pessoal.
2. Alternativa E. Todas as alternativas estão corretas.
3. Alternativa A.
a) Avaliar as restrições da capacidade funcional, se há sequelas da insuficiência cardíaca.
b) Orientar o retorno às atividades de vida diária, adaptada à rotina ocupacional mais saudável.
c) Adaptar atividades de vida diária. 
d) Abordar eventuais distúrbios de postura do tronco superior e de movimentação de mem-
bros superiores, via atividades terapêuticas, tratando com revascularização.
e) Abordagem de prevenção secundária em relação aos fatores de risco.
GABARITO
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MINHAS METAS
TERAPIA OCUPACIONAL O 
DIFERENCIAL NA CLÍNICA 
INFANTOJUVENIL
Compreender a importância do papel da Terapia Ocupacional na clínica pediátrica.
Avaliar o paciente pediátrico com o foco nos objetivos da Terapia Ocupacional relaciona-
dos com o desempenho ocupacional.
Reconhecer a importância do trabalho de uma equipe multiprofissional.
Relacionar a teoria com a prática profissional.
Compreender o papel da Terapia Ocupacional com os pacientes pediátricos e adolescentes.
Interligar conhecimentos com a prática e o respeito ético ao paciente/cliente.
Entender o papel da Terapia Ocupacional dentro do contexto hospitalar.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 8
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INICIE SUA JORNADA
Estudante, imagine que você foi contratado para trabalhar com pacientes da pedia-
tria, e nessa clínica temos crianças e adolescentes com patologias variadas, diferen-
temente dos pacientes adultos em que cada patologia específica tem uma clínica.
O seu paciente é uma criança de um ano de idade, usa fraldas, não anda e 
está em isolamento. Brinca somente sentada, mas prefere ficar deitada. Como 
é uma criança, já podemos dizer que o seu papel ocupacional de brincar está 
prejudicado devido à internação. 
Outro fator que chama a atenção são as relações sociais em decorrência do 
isolamento preventivo, para evitar a baixa imunológica. Além da criança, tem a 
questão do acolhimento da família, diante da internação e da possibilidade do diag-
nóstico de um problema relacionado ao sistema autoimune e ao sistema nervoso.
Com essas informações, você saberá, durante a avaliação, como realizar o 
atendimento terapêutico ocupacional, respeitando as limitações clínicas de tra-
tamento do paciente e o desejo dele.
Os pequenos pacientes, quando necessitam de uma internação, seja ela de 
curta, média ou longa duração, já sabemos que terá uma perda no desenvolvi-
mento neuropsicomotor e na área acadêmica, bem como nas questões sociais, 
em que seu círculo social se restringe às equipes cuidadoras, alguns familiares, 
e os colegas de internação.
Agora, ouça o podcast para obter algumas dicasde projetos voltados para o pú-
blico infantojuvenil que podem ser realizados pela equipe de projeto. Recursos 
de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Estudante, assista ao vídeo a seguir e aprenda um pouco mais o fazer da Terapia 
Ocupacional na neuropediatria: https://www.youtube.com/watch?v=RaxiHLDnzJQ.
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https://www.youtube.com/watch?v=RaxiHLDnzJQ
TEMA DE APRENDIZAGEM 8
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Neste tema de aprendizagem, abordaremos patologias que acometem crianças 
e adolescentes que dentro do hospital ficam em espaços separados, para evitar 
contaminação cruzada e facilitar o acompanhamento de toda a equipe de saúde. 
Dessa forma, falaremos da atuação da Terapia Ocupacional em algumas clínicas.
Lembrando que começamos com a avaliação inicial e depois o histórico ocupa-
cional para identificar a sua rotina e seus os papéis ocupacionais que desempenha.
A TERAPIA OCUPACIONAL E AS DESORDENS 
NEUROMOTORAS
Os distúrbios neurológicos estão relacionados com doenças ou lesões que aco-
metem as estruturas do nosso sistema nervoso. Mas você sabe responder como 
é formado o nosso sistema nervoso?
O sistema nervoso é dividido em duas partes: o sistema nervoso central 
(SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo cérebro, 
tronco encefálico e cerebelo, que formam o encéfalo e a medula espinhal. Já o 
SNP é formado por nervos e gânglios, responsáveis por levar a informação dos 
órgãos para o SNC (CIRURGIA FETAL, 2022).
O público infantojuvenil com distúrbios neurológicos é internado em Uni-
dades de tratamento intensivo neonatal e/ou pediátrica. Em alguns casos, essas 
crianças ficam em alas de enfermaria pediátrica, outros necessitam de isolamento 
devido à fragilidade do sistema imunológico. Muitos casos requerem o aten-
dimento de toda a equipe multidisciplinar devido ao desenvolvimento motor 
neurológico que está afetado.
Sabemos que, diante das consequências geradas por essas patologias, ocorrem 
limitações e mudanças drásticas no cotidiano do paciente. Tais mudanças geram 
perdas na autonomia e nos papéis ocupacionais. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
Terapia Ocupacional e Mielomeningocele
Segundo a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Pediátrica (SBNPed, 2024), a 
incidência dessa malformação congênita, no Brasil, é de 1,4 a cada 10 mil nas-
cimentos e vem diminuindo no mundo todo. No entanto, ainda temos crianças 
que nascem com esse agravo e precisam ser tratadas.
Mas o que é mielomeningocele? É uma das malformações congênitas da co-
luna vertebral do feto que ocorre no início da gravidez. Isso faz com que os ossos 
da coluna do bebê não se desenvolvam adequadamente. Desse modo, crianças 
que nascem com uma alteração que pode ser responsável, por exemplo, por uma 
hidrocefalia e paralisia cerebral. 
Essa malformação consiste no não fechamento da parte mais baixa do tubo 
neural, estrutura de onde se origina a medula e o cérebro do feto. Formando, 
uma bolsa nas costas do bebê, deixando expostas a medula, as raízes nervosas e 
as meninges. Como ilustrado na imagem a seguir (CIRURGIA FETAL, 2022).
Figura 1 – Malformação da mielomeningocele / Fonte: Cirurgia Fetal (2022).
Descrição da Imagem: a imagem apresenta o interior de um útero. Dentro, há um feto humano, retratado em 
cores realistas. O feto está na posição fetal, com os joelhos dobrados e as mãos próximas ao rosto. Está cercado 
por um líquido amniótico. Há também um cordão umbilical que conecta o feto à placenta. Há uma seta apontando 
para a coluna do feto, que contém uma bolsa, deixando exposta a medula. Fim da descrição.
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https://www.promatre.com.br/mielomeningocele-saiba-tudo-sobre-essa-condicao/
As sequelas dessas disfunções neurológicas são:
 ■ dificuldade ou ausência de movimentos nas pernas;
 ■ fraqueza muscular;
 ■ perda de sensibilidade para calor ou frio;
 ■ malformação nas pernas ou pés.
 ■ alterações neurológicas, como paralisia, perda de tônus muscular e de 
sensibilidade abaixo do local da lesão;
 ■ disfunções ortopédica, como atrofia e anomalias nas pernas e pés, deslo-
camento de quadril e problemas da coluna (cifose e escoliose);
 ■ alteração no funcionamento da bexiga e dos intestinos, como a inconti-
nência urinária e fecal;
 ■ medula presa, com a aderência da porção final da medula à coluna ver-
tebral, na região lombar;
 ■ hidrocefalia, que consiste no acúmulo de líquor (líquido cefalorraquidia-
no) dentro do crânio;
 ■ malformação de chiari tipo ii, que consiste em uma parte do cerebelo 
(uma das estruturas do cérebro) se desloca para dentro do canal da me-
dula na região cervical;
 ■ as dificuldades cognitivas e de aprendizagem também podem estar pre-
sentes e, geralmente, estão associadas aos quadros de hidrocefalia (CI-
RURGIA FETAL, 2022).
Diante das sequelas, já podemos ter uma noção que essa disfunção neurológica 
necessita de uma equipe multiprofissional para o acompanhamento. Como te-
rapeutas ocupacionais, diante dessas sequelas, identificamos perdas no desem-
penho ocupacional desse paciente, tais como limitação na autonomia, atividades 
de vida diária, questões sociais e escolares.
Um dos métodos que o Terapeuta Ocupacional pode utilizar para trabalhar com 
as disfunções neurológicas é o método Bobath. Vamos aprender um pouco esse 
método, assistindo ao conteúdo a seguir. Acesse em: https://www.youtube.com/
watch?v=jaIzRnGy3sQ.
EU INDICO
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https://www.youtube.com/watch?v=jaIzRnGy3sQ
https://www.youtube.com/watch?v=jaIzRnGy3sQ
TEMA DE APRENDIZAGEM 8
Ações da Terapia Ocupacional 
Nós, terapeutas ocupacionais, utilizamos o método Bobath, com pacientes que 
apresentam disfunções neuromotoras. Nesse caso específico, as sequelas de Mie-
lomeningocele, em que o objetivo é o desenvolvimento das funções ocupacionais 
do cotidiano desse paciente: autonomia, e independência nos seus desempenhos 
e papéis ocupacionais (PFEIFER; SANT’ANNA, 2020).
Jean Piaget, estudioso do desenvolvimento humano, já relatava que o proces-
so de aprendizagem acontece por imitação e repetição, logo, o processo de reabi-
litação dessas etapas do desenvolvimento devem ser estimuladas. Para aprender 
um movimento, explorar um brinquedo, são necessárias várias repetições para 
que isso se torne automatizado pelo cérebro. Em crianças com disfunções neu-
rológicas, o processo que ocorre é a interação entre o paciente e o ambiente. O 
terapeuta é um dos que intervêm, auxiliando nas estratégias para o aprendizado, 
visando o desenvolvimento humano (PFEIFER; SANT’ANNA, 2020).
Para atingir esse desenvolvimento e criar as estratégias, é necessário uma 
avaliação terapêutica ocupacional com instrumentos padronizados para definir 
o plano terapêutico do paciente, abrangendo não só a área neurológica, mas todas 
as áreas que compõem o ser humano; motora, sensorial, cognitiva, social e para 
o processo de aprendizagem (PFEIFER; SANT’ANNA, 2020).
Com relação aos objetivos ocupacionais embasados no modelo Bobath temos:
• Estimular habilidades cognitivas e visuais operacionais.
• Estimular a dissociação de cintura escapular e o alcance, trabalhados com 
manuseio de rolos e bolas, visando à melhora do sinergismo muscular.
• Favorecer a simetria de membros superiores, realizando atividades em cadeia 
fechada.
• Favorecer organização e planejamento motor, por meio de atividades dinâmicas 
e lúdicas com manuseios para modelar as respostas motoras.
• Realizar adaptações necessárias para seu desenvolvimento (PFEIFER; 
SANT’ANNA, 2020).
Embasados nesses critérios, podemos planejar as ações de atendimento para o 
nosso paciente. Lembrando que os objetivos primordiais da Terapia Ocupacional 
são as atividades do cotidiano e as atividades lúdicas, pois são crianças.
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Diante disso, utilizaremos as movimentações e diretrizes do método Bobath 
para atingir os objetivos da terapia ocupacional, que são:
 ■ Favorecer as aquisições percepto-cognitivas paraa idade do paciente.
 ■ Favorecer o desenvolvimento motor, de acordo com o quadro clínico e 
a idade.
 ■ Favorecer o brincar.
 ■ Favorecer a estimulação sensorial funcional dos membros inferiores.
 ■ Prescrever adaptações e órteses de membro superiores, se necessário.
 ■ Favorecer a independência possível para as atividades de vida diária.
 ■ Prescrever equipamentos adequados para a adequação postural em casa, 
e para o transporte.
 ■ Orientar a família (TEIXEIRA, 2002).
A criança com mielomeningocele necessita do atendimento da Terapia Ocupa-
cional no contexto hospitalar e no pós alta, para garantir que seu desempenho 
ocupacional esteja adequado e o mais independente possível.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
O que é Paralisia Braquial Obstétrica?
Esse agravo acontece no recém nascido no momento do parto. É uma lesão do 
plexo braquial, que se caracteriza como uma paralisia flácida parcial ou total do 
membro superior lesionado. Quando lesionado e sem sinais de movimentação 
do membro no primeiro trimestre de vida, o prognóstico é a ocorrência de de-
formidade no membro afetado.
A paralisia obstétrica do plexo braquial é uma lesão menos frequente, com 
uma incidência em torno de 1 a 3:1000 nascidos vivos. Haja vista, as melhorias 
da assistência materno-infantis no país e também ao número excessivo de cesá-
reas realizadas, mas ainda é uma ocorrência preocupante devido às potenciais 
sequelas associadas à lesão (RIBEIRO, 2014).
Estudante, observe no vídeo a seguir como o plexo braquial é formado e quais as 
suas inervações, funções e o fazer da Terapia Ocupacional. Acesse em: https://
www.youtube.com/watch?v=5y9iH5Nh6U0.
EU INDICO
Para entender melhor, a semiologia da lesão do plexo braquial pode decorrer do 
estiramento ou na avulsão das raízes da medula, e os fatores de risco são:
 ■ distocia de ombro: aumenta em quase 100 vezes o risco;
 ■ macrossomia fetal: fetos com mais de 4,5 kg tem 14 vezes maior risco;
 ■ apresentação de vertex; 
 ■ parto com fórceps ou sob instrumentação tem nove vezes mais risco; 
 ■ diabetes; 
 ■ parto prolongado; 
 ■ multiparidade; 
 ■ a cesárea diminui o risco, mas não o elimina totalmente. Entretanto, é 
responsável por apenas 1% dos casos, e parece estar relacionado à uma 
maior hipotonia do feto (RIBEIRO, 2014).
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https://www.youtube.com/watch?v=5y9iH5Nh6U0
https://www.youtube.com/watch?v=5y9iH5Nh6U0
Terapia Ocupacional e Paralisia Braquial obstétrica
O acompanhamento do terapeuta ocupacional deve ocorrer o mais precoce pos-
sível. A primeira intervenção será o posicionamento do membro, imobilizando-o 
de encontro ao tórax por enfaixamento. Esse acompanhamento inicia na ala da 
maternidade. Nos 10 dias de vida, a imobilização promove o repouso do membro, 
visando a reabsorção de hemorragias e do edema. 
Os objetivos da Terapia Ocupacional para esse paciente, de forma geral são:
 ■ garantir um posicionamento correto do membro afetado;
 ■ manter mobilização passiva;
 ■ estimulação para a movimentação ativa;
 ■ estimulação sensorial;
 ■ estimulação para o desenvolvimento motor;
 ■ estimular o brincar;
 ■ estimular as atividades de vida diária, compatível com a faixa etária;
 ■ indicação de órteses;
 ■ estimular o uso de bandagem terapêutica (CAVALCANTI; GALVÃO, 2023).
O acompanhamento da Terapia Ocupacional no hospital vai depender do tempo 
de internação do recém-nascido. A família deve receber todas as orientações 
para continuar o tratamento, visando garantir a recuperação da funcionalidade 
do membro no momento da alta hospitalar.
INFÂNCIA E AS CONSEQUÊNCIAS DA PANDEMIA
O objeto de estudo da Terapia Ocupacional é a ocupação humana. Logo, “o que 
nós denominamos de ‘ocupação” nada mais é do que as atividades que com-
põem o dia a dia de cada pessoa. Nós entendemos que o ser humano é um ser 
ocupacional, ou seja, precisa manter-se o tempo todo envolvido em atividades, 
e essas atividades (que nós chamamos de ocupação) são fatores condicionantes 
de saúde” (CREFITO-12, 2020).
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 Portanto, qualquer fator que venha interferir no envolvimento do indivíduo 
em atividades, interfere também no seu estado de saúde. Não há dúvida que prá-
ticas e conceitos postos, radicalmente, durante a quarentena, como isolamento e 
o distanciamento social, lockdown, entre outros, afetaram drasticamente a nossa 
percepção e as nossas práticas ocupacionais. Se essas mudanças mexeram nas 
pessoas de cognição saudável, imagine os pacientes com deficiências neuroló-
gicas, os idosos e as crianças com déficits de atenção e problemas de ansiedade 
(CREFITO-12, 2020).
A pandemia do Covid-19 não afetou apenas os adultos, as crianças foram 
atingidas em todas as suas habilidades, desempenhos ocupacionais e, principal-
mente, nos seus papéis ocupacionais, que se resumiram a apenas o papel de filho. 
Pensando inicialmente no isolamento que acarretou o distanciamento so-
cial total, e com isso a perda do papel social da criança, outro fator importante 
foi a dependência total dos pais e, assim, as perdas das habilidades de desen-
volvimentos motores e psicossociais que afetam a dependência total dos pais, 
mudanças de rotinas, alimentação. 
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Todas essas limitações, sem um controle de rotina, criaram uma bola de neve 
em que a criança não sabe mais como expressar seus sentimentos, mostrar suas 
frustrações. Surgem comportamentos que os pais desconhecem. Essa bola de 
neve gera uma alteração profunda no desenvolvimento neuropsicomotor das 
crianças (CAVALCANTI; GALVÃO, 2023).
As crianças que, mesmo vivendo o isolamento social e a perda total de sua 
autonomia, necessitaram em algum momento serem internadas, ou pela conta-
minação do vírus da Covid-19, ou por outra situação de urgência? Como essas 
crianças reagiram a tudo isso?
A internação pediátrica em “tempos normais – fora da pandemia” já gera na 
criança uma perda total de sua autoimagem. Na internação devido ao covid-19, 
em que a contaminação do vírus ocorre pelo contato, devido a gotículas de sa-
liva, todas as possibilidades de brincar nos espaços destinados ao lazer foram 
proibidas, diante disso, as crianças ficaram restritas ao leito.
Relembre o papel da Terapia Ocupacional com as questões neurológicas. Acesse 
em: https://youtu.be/PUopN3fSzig?si=IAyO7k396Gl-L4q3.
EU INDICO
O atendimento do terapeuta ocupacional nos déficits funcionais é focado na 
ampliação da capacidade funcional residual e na estimulação das habilidades que 
precisam de reabilitação, resultando em um maior grau possível de autonomia e 
independência (CREFITO-4, 2021).
Dessa forma, o que o terapeuta ocupacional pode fazer para mitigar esse mo-
mento de internação em uma unidade covid? Podemos utilizar como estratégias 
para minimizar essa situação:
 ■ Oferecer ambiente seguro com relações afetivas.
 ■ Reorganizar o ambiente da criança, para diferentes desempenhos ocu-
pacionais.
 ■ Propor atividades e brincadeiras colaborativas envolvendo os familiares.
 ■ Criar momentos de descontração e relaxamento, como contação de his-
tória e músicas.
 ■ Proporcionar momentos e espaços para a expressão dos sentimentos.
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https://youtu.be/PUopN3fSzig?si=IAyO7k396Gl-L4q3
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 ■ Compreender e agir assertivamente nos momentos de crise e angústia.
 ■ Estimular atividades físicas possíveis.
 ■ Orientar os pais quanto às alterações de comportamentos relacionadas 
ao isolamento e internação (CAVALCANTI; GALVÃO, 2023).
 ■ Utilizar de tecnologia assistiva para adaptação de utensílios essenciais 
para manutenção e desempenho das AVDs, como talheres, pentes, escova 
de dentes etc.
 ■ Estimular a execução de todas as atividades, visando a manutenção da 
independência e da autonomia nas AVDs, observando o grau de dificul-
dade e evitando o aumento da fadiga e possível agravamento do quadro.
 ■ Orientar, caso seja possível, a execução das atividades laborais de forma 
estruturada e segura. Se necessário, fazer adaptações (CREFITO4, 2021).
Quanto às questõesdas alterações cognitivas, que também afetaram as crianças, 
estão relacionadas ao efeito neurológico do vírus. É um resultado indireto da 
falta de oxigênio no cérebro ou o subproduto da resposta inflamatória do corpo. 
As principais alterações cognitivas ocorrem na memória, atenção e organização 
temporal/espacial. Podemos ter como estratégias:
 ■ Realizar avaliação de rastreio cognitivo e funcional, identificando as prin-
cipais funções cognitivas que estão comprometidas e o grau de desempe-
nho ocupacional do paciente.
 ■ É importante manter o repertório de atividades que já faziam parte do 
cotidiano da pessoa, a mudança de rotina ou necessidade de novos apren-
dizados podem agravar as funções cognitivas que já estão afetadas.
 ■ Utilizar de recursos tecnológicos (telefone, televisão, tablet e computador) 
para manter e estimular a atividade cognitiva e adaptada à capacidade da 
pessoa (CREFITO-4, 2021).
Acolher a criança e os familiares, nessa situação, é fundamental para a estabili-
zação do quadro clínico e emocional dessa família, pois encontra-se com uma 
saúde mental fragilizada, e além dos cuidados com os demais familiares, ainda 
tem o cuidado com a criança internada.
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NOVOS DESAFIOS
Conhecemos aqui, alguns exemplos de patologias que não são tão comuns no 
nosso dia a dia, seja no contexto hospitalar ou no contexto ambulatorial, mas 
acontecem. Diante disso, precisamos estar preparados para acolher o paciente 
e sua família para lidar com as limitações dos desempenhos ocupacionais dos 
filhos e, desse modo, estimular o máximo possível a sua autonomia e indepen-
dência na sua rotina diária.
Seu desafio é justamente restabelecer a funcionalidade, autonomia e inde-
pendência do paciente e apoiar a família para que mantenha essa estimulação 
no hospital e no pós alta hospitalar.
Como vimos, a nossa profissão está sendo solicitada, faltam profissionais 
no mercado, então vamos nos tornar os melhores, e determinar o desempenho 
ocupacional uma mediação que não pode faltar no contexto hospitalar.
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem.
EM FOCO
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1. O acompanhamento do terapeuta ocupacional deve ocorrer o mais precoce possível. A 
primeira intervenção será o posicionamento do membro, imobilizando-o de encontro ao 
tórax, por enfaixamento. Esse acompanhamento inicia na ala da maternidade. Nos 10 dias de 
vida, a imobilização promove o repouso do membro, visando a reabsorção de hemorragias 
e do edema (CAVALCANTI; GALVÃO, 2023).
Quais as ações de Terapia Ocupacional para o recém-nascido com Paralisia Obstétrica bra-
quial? 
a) Sem necessidade de um posicionamento correto do membro afetado.
b) Estimulação para a movimentação passiva.
c) Estimulação para o desenvolvimento psicológico.
d) Estimular o brincar.
e) Sem necessidade do uso de bandagem terapêutica.
2. A paralisia obstétrica do plexo braquial é uma lesão menos frequente, com uma incidência 
em torno de 1 a 3: 1000 nascidos vivos, haja vista as melhorias da assistência materno-in-
fantis no país e também ao número excessivo de cesáreas realizadas, mas ainda é uma 
ocorrência preocupante devido às potenciais sequelas associadas à lesão (RIBEIRO, 2014).
Com relação à semiologia da PBO, analise as afirmativas a seguir:
I - Parto prolongado.
II - Parto com fórceps ou sob instrumentação, aumenta em 9 vezes o risco.
III - Distocia de ombro, aumenta em quase 100 vezes o risco.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
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3. Nós, terapeutas ocupacionais, utilizamos o Método Bobath, com pacientes que apresentam 
disfunções neuromotoras. Nesse caso específico, as sequelas de Mielomeningocele, em 
que o objetivo é o desenvolvimento das funções ocupacionais do cotidiano desse pacien-
te: autonomia, e independência nos seus desempenhos e papéis ocupacionais (PFEIFER; 
SANT’ANNA, 2020).
Com relação ao Método Bobath, assinale a alternativa correta: 
a) Não estimular habilidades cognitivas e visual operacionais.
b) Não estimular a dissociação de cinturas escapular e o alcance, trabalhados em manuseio 
em rolos e bolas, não visando à melhora do sinergismo muscular.
c) Favorecer a organização e o planejamento motor, por meio de atividades dinâmicas e 
lúdicas com manuseios, para modelar as respostas motoras.
d) Não realizar adaptações necessárias para seu desenvolvimento.
e) Favorecer a simetria de membros superiores, realizando atividades em cadeia abertas.
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REFERÊNCIAS
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CREFITO12. Terapia Ocupacional se mostra fundamental durante a pandemia. Crefito12.org., 
2020. Disponível em: https://crefito12.org.br/terapia-ocupacional-se-mostra-fundamental-du-
rante-a-pandemia/. Acesso em: 15 abr. 2024.
CREFITO-4. Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional 4ª Região. Diretrizes de 
reabilitação terapêutica ocupacional na síndrome pós-covid-19. Crefito4.org., 2021.Disponível 
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PFEIFER, L. I.; SANT’ANNA, M. M. M. Terapia Ocupacional na infância: procedimentos na prática 
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SBNPed. Sociedade Brasileira de Médicos Neurocirurgiões Pediátricos. SBNPed, 2024. Disponí-
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TEIXEIRA, E. (org). Terapia Ocupacional na reabilitação física. São Paulo: Roca, 2003. 
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https://www.sbnped.com.br/pt/
1. Alternativa D.
a) Garantir um posicionamento correto do membro afetado.
b) Estimulação para a movimentação ativa.
c) Estimulação para o desenvolvimento motor.
d) Estimular o brincar.
e) Estimular o uso de bandagem terapêutica.
2. Alternativa E. As afirmativas I, II e III estão corretas.
3. Alternativa C. Favorecer organização e planejamento motor, por meio de atividades dinâmicas 
e lúdicas com manuseios, para modelar as respostas motoras.
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MINHAS METAS
TERAPIA OCUPACIONAL 
NA SAÚDE MENTAL NO 
CONTEXTO HOSPITALAR 
Compreender a importância do papel da Terapia ocupacional na saúde mental.
Trabalhar na promoção da Saúde mental no espaço hospitalar. 
Reconhecer a importância do trabalho da equipe multiprofissional.
Relacionar as disciplinas de base com a prática profissional.
Interligar conhecimentos com a prática e o respeito ético ao paciente/cliente.
Compreender o papel da Terapia ocupacional dentro do contexto hospitalar.
Explorar o processo do diagnóstico ocupacional da pessoa deficiente dentro de um 
hospital.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 9
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INICIE SUA JORNADA
Estudante, suponha o seguinte cenário: o Terapeuta Ocupacional Renato foi 
acionado para comparecer ao Pronto Socorro, pois deu entrada via SAMU um 
paciente psiquiátrico em crise. Cláudio, o paciente, tem registro de internações 
anteriores na clínica médica, e ao entrar no hospital grita pelo nome de Renato.
Na internação anterior, Renato já trabalhava no hospital e construiu um vín-
culo terapêutico com o paciente. Isso explica o fato de o paciente chamar o nome 
do terapeuta quando entra no Pronto Socorro.
Quando o Terapeuta Ocupacional inicia um atendimento em qualquer espa-
ço hospitalar, o seu contatocom o paciente apesar de todo o processo avaliativo, 
só ocorre com sucesso quando se cria entre paciente e terapeuta o que chamamos 
de vínculo terapêutico.
Ao reencontrar Claudio, Renato já inicia seu processo de avaliação, ao per-
guntar o que aconteceu, qual o gatilho para a nova crise de agitação. Essa rea-
valiação é embasada nas informações anteriores dos atendimentos e do registro 
no histórico do paciente.
Renato, nesse momento, verifica o que aconteceu, acolhe o paciente e pro-
move uma escuta qualificada da fala de Cláudio. Em outro momento, quando o 
paciente já está medicado na enfermaria, dará início ao processo de avaliação e 
planejamento de metas e encaminhamentos. Como podemos ver, o processo de 
avaliação, ou reavaliação, ocorre o todo o tempo. 
O fazer ocupacional é importante dentro da área da Saúde Mental, pois, desse 
modo, podemos construir um significado das questões emocionais com a rea-
lização da atividade proposta, esse é o grande diferencial do nosso fazer dentro 
do contexto hospitalar.
Acesse o nosso podcast e aprofunde seus conhecimentos. Recursos de mídia dis-
poníveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Estudante, dentro do ambiente hospitalar, temos algumas ações de saúde em que 
podemos atuar, como o Programa de Cuidado com o Colaborador. Nesse projeto, 
podemos criar estratégias que visam a promoção da saúde mental do trabalhador, 
tendo em vista garantir o bem-estar dele com aumento da sua autoestima, melhora 
nas condições de saúde, de maneira geral, e uma queda no absenteísmo e afasta-
mento por questões de saúde mental. Outra ação é a atuação direta com os pacien-
tes com transtornos mentais internados no hospital ou que chegam via SAMU.
A saúde mental está diretamente ligada à saúde geral do paciente. Lembrando 
que sentimentos e emoções não curados e sem tratamento adequado podem ser 
os gatilhos para doenças clínicas, que consequentemente afetarão a sua rotina e 
seus papéis ocupacionais.
Para o Terapeuta Ocupacional Rui Chamone, referência na saúde mental da 
Terapia Ocupacional, o conceito de saúde consiste em “um estado que se alcança 
a cada minuto da vida, pela capacidade que temos de adquirir a cada momento 
um novo conhecimento de nós mesmos e do mundo, das possibilidades e nossos 
limites em nos organizarmos para a vida pela autocrítica, a fim de toda a tera-
pêutica” (CAVALCANTI; GALVÃO, 2007, p. 73). 
PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL NO HOSPITAL 
Diante dos movimentos da Reforma Psiquiátrica no século XX, e as mudanças 
resultantes desse movimento, como o fechamento dos grandes hospitais psi-
quiátricos espalhados pelo Brasil, ponderamos: qual o lugar da saúde mental 
nos hospitais, hoje? 
VAMOS RECORDAR?
Acesse o link a seguir para uma retrospectiva a respeito da Saúde mental no Brasil 
e o fazer da Terapia Ocupacional com esses pacientes. https://www.youtube.
com/watch?v=6VJXHFAa5J4.
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https://www.youtube.com/watch?v=6VJXHFAa5J4
https://www.youtube.com/watch?v=6VJXHFAa5J4
Lugar esse que faz parte de uma rede de atendimento psicossocial voltada 
para atender às demandas do adoecimento mental, tais como, enfermarias es-
pecializadas em Hospitais Gerais. Locais em que a saúde mental é parte inte-
grante do ser humano, com sentimento de bem-estar, felicidade e prazer. Um 
atendimento à saúde mental que foca o sujeito, independentemente de quem 
ele seja (paciente, funcionário, familiar) e abrange todos os espaços do contexto 
hospitalar (CARLO; KUDO, 2018).
No contexto da Saúde Mental, temos que verificar os dados estatísticos que 
nos mostram como está esse panorama. De acordo com a Organização Mundial 
da Saúde (OMS), cerca de 10% da população mundial sofre com transtornos 
mentais, o que representa, aproximadamente, 720 milhões de pessoas. O Brasil 
lidera o ranking de ansiedade e depressão na América Latina, com quase 19 
milhões de pessoas com sofrimento mental (JULIANA, 2023)
Além disso, o Brasil tem o terceiro pior índice de saúde mental dentro de um 
ranking com 64 países, à frente apenas do Reino Unido e a África do Sul, e 11 pontos 
abaixo da média geral. O levantamento mostrou ainda que a população global não 
se recuperou dos transtornos e sofrimentos da pré-pandemia (JULIANA, 2023).
Figura 1 – Objetivos da Política Nacional de Promoção da Saúde / Fonte: Carlo e Kudo (2018, p. 366).
Descrição da Imagem: a figura é composta por quatro círculos. No círculo central está escrito: promoção de saúde. 
Na parte superior do círculo central, há uma seta apontando para um segundo círculo com a escrita: educação. 
Do lado direito do círculo central, há uma seta apontando para um terceiro círculo com a escrita empoderamento. 
Do lado esquerdo do círculo central, consta uma seta apontando para um quarto círculo com a escrita: mudanças 
de hábitos de vida. Fim da descrição.
Educação
Mudança de 
hábitos de vida
Empoderamento
Promoção de saúde
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Esses conceitos são estabelecidos pela política de promoção em saúde, como 
podemos ver, de forma esquemática, na Figura 1. Essas ações foram incorpo-
radas como prioridades em 2014 ao Programa Nacional de Humanização do 
SUS, como proposta de humanizar e priorizar as ações de educação em saúde 
(CARLO; KUDO, 2018).
Com essa proposta de redução para mudança de hábito, é necessário a mo-
dificação do paradigma de que no hospital o único foco é a doença, passando a 
ter uma observação mais cuidadosa para a saúde. Transforma o cuidado em um 
ato a ser cuidado (CARLO; KUDO, 2018).
Mesmo com essas mudanças, ainda temos um espaço hospitalar que mantém 
sua característica de intervir nos agravos agudos com uma visão reabilitadora, 
sem processo, ou indicadores, de promoção em saúde. Essa relação simbiótica 
de saúde/doença necessita mudar para que haja um cuidado em saúde e não 
somente na falta dela, na doença (CARLO; KUDO, 2018).
Na Figura 2, observamos como será o fluxo de implementação desse modelo 
de saúde mental voltado à promoção de saúde.
Figura 2 – Modelo de atenção à Saúde mental com ênfase na promoção de saúde / Fonte: Carlo e Kudo 
(2018, p. 367).
Descrição da Imagem: a imagem é composta por quatro retângulos e dois círculos. Do lado esquerdo, há um 
retângulo com a escrita promoção. Do lado direito desse retângulo, consta um círculo com a escrita saúde Mental. 
Do lado direito desse círculo, há duas setas, a primeira apontando para cima e a segunda para baixo. Após as 
setas, do lado direito, um segundo círculo, com a escrita doença mental. Por fim, do lado direito do segundo círculo, 
constam distribuídos verticalmente três retângulos com a escrita prevenção, tratamento e cura, respectivamente. 
Fim da descrição.
Promoção
Prevenção
Tratamento
Cura
Saúde mental Doença mental
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O FAZER TERAPÊUTICO OCUPACIONAL E SAÚDE MENTAL
O olhar do Terapeuta Ocupacional é embasado no fazer humano, na ocupação 
cotidiana e no desempenho de seus papéis ocupacionais. Isso vem de sua for-
mação em que o modelo da ocupação humana corre pelas veias desse profissio-
nal. Com esse olhar que visa à promoção da saúde, pensamos em um cotidiano 
saudável, que leve o ser humano a viver da melhor maneira que a vida oferece e 
aprenda em como lidar com o estresse.
Na saúde mental, esse fator está relacionado com as limitações causadas pelo 
adoecimento, seja ele físico ou psíquico, as quais interferem no cotidiano com a 
quebra de rotina, das relações sociais e produtivas do paciente. 
Podemos verificar que essa relação de adoecimento e perda do desempe-
nho ocupacional no depoimento da Terapeuta Ocupacional Leidiane (CARLO; 
KUDO, 2008, p. 370): 
 “ Como Terapeuta Ocupacional da enfermaria especializada em aten-
dimento a usuários de Álcool e outras drogas, percebi o quanto era 
latente a questão social e a falta de uma rede de apoio comunitária. 
Propus ao Hospital o desenvolvimento de um projeto social, intitu-
lado AVD,da morte.
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Diante disso, temos como competência desse profissional nos cuidados 
paliativos: 
 ■ realizar avaliação integral e multidimensional, considerando os aspec-
tos físicos, emocionais e espirituais do paciente/familiares;
 ■ participar de um plano de cuidado junto à equipe do plano de cuidado 
do paciente e familiares;
 ■ promover bem-estar e qualidade de vida por meio do resgate e/ou participa-
ção de ocupações significativas, a fim de minimizar tensões e auxiliar na regu-
lação emocional do paciente e familiares (CAVALCANTE; GALVÃO, 2023).
A REABILITAÇÃO PALIATIVA
Quando pensamos na reabilitação e cuidados continuados. 
Figura 2 – Cuidados Paliativos, Cuidados Continuados e Reabilitação / Fonte: Carlo e Kudo (2018, p. 21).
Descrição da Imagem: a figura é um infográfico com dois círculos se entrecruzando. Temos escrito da esquerda 
para a direita: Foco: (in)capacidade e (in)dependência, Reabilitação e cuidados continuados (dentro do círculo da 
esquerda); Cuidados paliativos (dentro do círculo da direita) e Foco: qualidade de vida na finitude. Fim da descrição.
Foco: 
(in)capacidade e
(in)dependência
Foco: 
qualidade de vida
na finitude
Cuidados 
paliativos
Reabilitação 
e cuidados 
continuados
Os seus objetivos são realistas e relacionados com o estágio da doença, o estado 
clínico do paciente e o prognóstico e orientações ao paciente e familiares na 
preparação para o momento final da vida. 
Com relação à finitude, temos que pensar em todo o ciclo vital pelo qual 
os seres vivos passam. Nascimentos, perda e morte são fenômenos universais e 
acontecimentos únicos da experiência humana (POTTER, 2002).
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 O Cuidar envolve ações interativas e os seus objetivos dependem do momento da 
situação e das experiências de cada um dos indivíduos. As ações interativas que 
determinam o cuidar terapêutico ocupacional pressupõem dinâmicas na com-
preensão dos fatores psicossociais inerentes ao processo saúde, doença, vida e mor-
te. Citando Boff (1999, p. 33), “cuidar é mais que um ato: é uma atitude. Portanto, 
abrange mais que um momento de atenção e zelo e de desvelo. Representa uma 
atitude de ocupação, de responsabilidade e de envolvimento efetivo com o outro”.
A Roda da Vida 
Elisabeth Kübler-Ross foi uma médica à frente de seu tempo, 
responsável por mudar a forma como o mundo enxergava a 
morte. Por meio de seus vários livros e muitos anos de trabalho 
dedicados a crianças, pacientes com aids e idosos com doen-
ças terminais, ela trouxe consolo e compreensão para milhões 
de pessoas que tentavam lidar com a própria morte ou com a 
de entes queridos. 
INDICAÇÃO DE LIVRO
Os Terapeutas Ocupacionais devem estar preparados para esses momentos, 
primeiro ter resolvido suas questões pessoais acerca desse assunto e depois 
poder lidar com os pacientes e familiares, sem usar seu próprio juízo de valor.
Convidamos você a assistir nosso vídeo e enriquecer seus estudos. Neste vídeo, 
vamos falar a respeito de temas relevantes para a área. Recursos de mídia dispo-
níveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EM FOCO
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NOVOS DESAFIOS
Agora você está pronto para começar o seu trabalho no hospital. Conheceu o 
fazer do terapeuta ocupacional nesse espaço tão envolto de emoções alegres e 
tristes. O estudo teórico é importante para que você, estudante, esteja capacitado 
para inserir a prática da Terapia Ocupacional. 
Lembre-se, contamos aqui um pouco da prática de outras pessoas, faça da 
sua prática algo brilhante e científico. Você é capaz disso, o passo inicial foi dado, 
agora escreva a sua própria história na Terapia Ocupacional. 
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1. Ao iniciar o atendimento, é necessário realizar uma primeira consulta. Nesta primeira con-
sulta ocorrem a coleta de dados, avaliações de área, componentes e contextos de desem-
penho ocupacional (CARLOS; KUDO, 2018).
Você conhecerá o paciente e, nesse primeiro contato, precisa estabelecer algumas ações 
para realizar seu plano terapêutico. Diante disso, assinale a alternativa que indica essas ações: 
a) Verificar a pressão arterial.
b) Estabelecer os objetivos do plano clínico do médico e da equipe de enfermagem.
c) Identificar o desempenho ocupacional, visando a tomada de decisão clínica dentro do 
modelo e abordagem ocupacional. 
d) Determinar se a prescrição médica está de acordo com a prescrição da Terapeuta Ocu-
pacional.
e) Conhecer e intervir somente embasado no diagnóstico clínico.
2. O foco da terapia ocupacional é a promoção em saúde, bem-estar e qualidade de vida. Os 
recursos terapêuticos e as ocupações são significativas no fazer ocupacional (CAVALCANTI; 
GALVÃO, 2023). 
Diante do exposto, podemos citar alguns objetivos desse fazer. Podemos dizer que os se-
guintes objetivos estão corretos?
I - Estimular o uso de estratégias de enfrentamento durante o período de adoecimento e 
hospitalização.
II - Melhorar a autoestima, bem como o equilíbrio emocional do paciente utilizando recursos 
de promoção em saúde mental.
III - Auxiliar na perda da identidade pessoal, do interesse por ocupações significativas e os 
sentimentos de pertencimento no período de internação.
AUTOATIVIDADE
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É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
3. O Terapeuta Ocupacional no fazer do contexto hospitalar agrega todos os conhecimentos 
que foram vistos separadamente na academia. É necessário que o raciocínio crítico e lógico 
para a unificação dos saberes proporciona uma prática competente e com um repertório 
rico de estratégias que promovam um atendimento humanizado e voltado para a qualidade 
de vida do paciente e seus familiares.
Analisando o excerto, podemos dizer que o Terapeuta Ocupacional no contexto hospitalar 
precisa ter como base o conhecimento e um raciocínio clínico para poder atuar. Quais os 
conhecimentos que precisamos ter para atender em um hospital?
a) Anatomia, fisiologia e filosofia.
b) Antropologia , história do SUS, Anatomia. 
c) Ética, anatomia , fisiologia , patologia.
d) Ética estatística, patologia, fisiologia.
e) Nenhuma das citadas.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
BOFF, l. Saber cuidar: ética do humano-compaixão pela terra. 11. ed. Petrópolis: Vozes,1999.
BRASIL. Ministério da Saúde . Instituto Nacional do Câncer (INCA). Cuidados paliativos. Gov.br, 
2023. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tratamento/cuidados-
-paliativos. Acesso em: 3 nov. 2023.
CARLO, M. M. R. D. P; KUDO, A. M. Terapia Ocupacional: em contextos hospitalares e cuidados 
paliativos. São Paulo: Paya, 2018.
CAVALCANTE, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: fundamentação & prática. 2. ed. Rio de Ja-
neiro: Guanabara Koogan, 2023.
COFFITO. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.  Resolução nº 429 de 8 de 
julho de 2013. Reconhece e disciplina a especialidade de Terapia Ocupacional em Contextos 
Hospitalares, define as áreas de atuação e as competências do terapeuta ocupacional especia-
lista em Contextos Hospitalares e dá outras providências. Brasília, DF: COFFITO. Disponível em: 
https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3191. Acesso em: 2 nov. 2023.
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Grande tratado de enfermagem prática clínica e prática hospitalar. 
3. ed. São Paulo: Santos, 2002.
SILVA, G. A. et al. Avaliação funcional de pessoas com lesão medular: utilização da escala de 
independência funcional (MIF). Texto Contexto Enferm, Florianópolis, v. 21, n. 4, p. 929-36, 
out./dez. 2012. 
TELES.F. M.; RESEGUE, R.; PUCCINI,R. F. Necessidades de assistência à criança com deficiência: 
uso do inventário de avaliação pediátrica de incapacidade. Rev. paul. pediatr., [s. l.], v. 34, n. 4, 
out./dez. 2016. 
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https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tratamento/cuidados-paliativos
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https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3191
1. Alternativa C.
Alternativa a) incorreta, pois se verificaonde a sociedade é convidada a realizar ações pontuais 
em conjunto com os usuários. Ações como contar sua experiên-
cia de vida, pintar uma parede juntos, trocar ações e emoções em 
pequenas atividades cotidianas. O objetivo é diminuir a distância 
social típica dessa condição de saúde e possibilitar aos assistidos e à 
população desenvolverem ações autônomas de cuidado e qualidade 
de vida. O meu papel de Terapeuta Ocupacional é o de perceber as 
potencialidades, ser articuladora, mediadora facilitadora do proces-
so de promoção de saúde mental no âmbito hospitalar.
Tendo em vista criar um programa de promoção de saúde, o Terapeuta Ocupa-
cional tem como objetivos: 
 ■ Encorajar a mudança no estilo da vida, utilizando técnicas de relaxamento 
e controle de estresse.
 ■ Auxiliar no planejamento econômico, para o pós-alta hospitalar.
 ■ Treinar ou estimular a autonomia nas atividades de vida diária e vida prática. 
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 ■ Proporcionar ações mais educativas e terapêuticas, respeitando as neces-
sidades e o paciente. 
No momento da internação seu desempenho ocupacional e seus papéis ocupacio-
nais estão debilitados. Aos poucos vamos trabalhando a sua autonomia, mesmo que 
mínima, e restabelecendo uma rotina diária. Estamos favorecendo para o restabe-
lecimento clínico desta paciente e com isso proporcionando a transição do pré-alta 
para o pós-alta hospitalar com uma melhora em seu desempenho ocupacional.
No contexto hospitalar, a atuação do terapeuta ocupacional, seja no individual 
ou no grupo é: proporcionar o melhor bem-estar aos pacientes durante o tempo 
de internação devido à agudização de seu agravo (físico ou psíquico); transformar 
a hospitalização em um estratégia de promoção de saúde; utilizar atividades que 
possibilitem a aproximação do sujeito com o seu cotidiano, sua história de vida, 
proporcionando o fazer, pensar e sentir, mesmo dentro de uma rotina hospitalar.
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Dependendo das nossas atitudes, podemos ser promotores de saúde ou produto-
res de sofrimento. Ao traçar as metas do tratamento, devemos ter ciência se esta-
mos promovendo saúde ou ofertando uma possibilidade de piora do sofrimento. 
Intervimos diretamente no comportamento e na rotina da pessoa hospitalizada 
e geramos ações e consequências no pós-alta.
Com relação à promoção de saúde mental em Terapia Ocupacional no con-
texto hospitalar, temos três fases bem definidas (CARLO; KUDO, 2018, p. 372):
FASE 1
Mapeamento e avaliação do perfil do hospital/cliente/grupo, podendo valer-se de 
avaliações de qualidade de vida e saúde mental.
Diagnóstico terapêutico ocupacional.
Definição de estratégia-ação.
Identificação dos apoiadores.
FASE 2
Desenvolvimento da proposta de promoção em saúde mental: desenvolver postura e 
conduta (sensibilização dos profissionais; respeito às singularidades; escuta; acolhimento).
FASE 3
Reavaliação da prática.
Divulgação dos resultados e indicadores.
Construção de novas práticas e aperfeiçoamento das antigas.
Saúde mental no Hospital Geral
A saúde mental abrange um espectro amplo, influenciando diretamente o de-
sempenho ocupacional, papéis sociais, afetivos e familiares. Essa interconexão 
demonstra a importância de cuidar da mente para o bem-estar geral. No hospital 
todos esses papéis estão limitados, e em muitas situações o paciente não sabe 
quem ele é, pois há uma despersonalização de todos os papéis e rotinas cotidia-
nas. Logo, sua saúde mental e a de seus familiares necessita de apoio.
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Em uma pesquisa realizada nos hospitais gerais, verificou-se que de 20 a 60% 
dos pacientes que não possuem diagnósticos psiquiátricos no hospital geral apre-
sentam transtornos mentais e fatores psicossociais e biológicos que podem estar 
gerando no paciente questões físicas e alterações psicopatológicas (GERAIS, 2022).
Com relação a uma das principais causas do adoecimento, Carlo e Kudo 
(2018, p. 379) manifestam que “a doença sempre representa uma avaria ao 
nosso narcisismo, uma ferida no sentimento de onipotência e imortalidade e 
uma vivência de fragilidade”.
Cada ser humano tem sua história singular de adoecimento, ligada ao conjunto de 
histórias familiares de como adoecem e como enfrentam esse adoecimento com 
motivações individuais, mas construídas a partir de um coletivo social familiar.
Então o Terapeuta Ocupacional tem ações voltadas para a singularidade do 
sujeito, mesmo com seu legado coletivo de maneiras de ver o processo de adoe-
cimento. Diante disso, destacamos que suas ações são:
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 ■ Relacionadas às mudanças de rotinas e hábitos.
 ■ Relacionadas com a dinâmica da relação com a equipe, familiares e 
pacientes.
 ■ Relacionadas a situações de finitude, ao processo de morte (CARLO; 
KUDO, 2018).
Em um hospital geral, o domínio de áreas afins é crucial para o sucesso do pro-
fissional. Isso inclui a compreensão profunda da fisiopatologia das doenças pre-
valentes no ambiente, o conhecimento abrangente sobre o cuidado integral do 
paciente e a capacidade de avaliar seu estado de saúde de forma precisa.
Logo, é fundamental ter os seguintes objetivos, para promover um bom aten-
dimento terapêutico ocupacional e realizar uma intervenção no hospital geral:
 ■ Conhecer a condição do paciente, pois dessa ação parte seu bem-estar 
ou suas dificuldades.
 ■ Compreender a saúde e as possibilidade do paciente para compreender 
seu quadro clínico.
 ■ Compreender a visão do paciente sobre saúde e doença, mente e corpo. 
(CARLO; KUDO, 2018).
Segundo Benetton, Tedesco e Ferrari, o Terapeuta Ocupacional (CARLO; KUDO, 
2018, p. 381):
 “ Deve considerar a saúde, particularmente a ampliação da saúde mental, 
para dar conta da construção de um cotidiano possível. Sabemos que 
frente à doença e à hospitalização, a construção de um novo jeito de vi-
ver o cuidado se faz necessária, pressupondo-se que, no contexto onde 
a vida está em risco e se está morrendo, é importante pensar em saúde.
Conforme a colocação dos Terapeutas Ocupacionais citados anteriormente, 
consideramos importante pensar em ações, após o processo de avaliação, que 
nos auxiliem junto ao paciente a tecer a sua trama da vida naquele momento. 
Nesse contexto, o papel principal do Terapeuta Ocupacional é o de garantir ao 
paciente a possibilidade de exercer suas potencialidades e criar novas rotinas 
e papéis ocupacionais. Manter a sua saúde mental estável gerará ganhos im-
portantíssimos para a sua saúde geral.
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CUIDADOS PALIATIVOS E SAÚDE MENTAL 
Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicada em 
1990 e revisada em 2002 e 2017, cuidados paliativos é uma abordagem que me-
lhora a qualidade de vida de pacientes (adultos e crianças) e suas famílias, que en-
frentam problemas associados a doenças que ameaçam a vida. Previnem e aliviam 
o sofrimento por meio da identificação precoce, avaliação correta e tratamento da 
dor e de outros problemas físicos, psicossociais e espirituais (BRASÍLIA, 2024).
Esse Cuidado acontece envolvendo toda a equipe multidisciplinar do hospital e 
a qualidade de vida ligada às questões físicas, emocionais e o alívio de dores. Engloba 
o paciente, familiares e cuidadores, visando a manutenção da saúde mental de todos.
No que se refere à finitude, término de uma expectativa de vida, sempre pen-
samos na ordem natural da vida, do idoso para o bebê. Contudo, sabemos que 
em algumas situações no processo saúde-doença, a ordem dita natural não é 
seguida, e com suas ações dos cuidados paliativos também não. 
O cuidado paliativo é singular para cada paciente. Logo, há diferenças entre 
as ações a serem planejadas para os adultos e para as crianças. A seguir, alguns 
motivos de algumas dessas diferenças:
 ■ O número de pacientes infantis é menor que os pacientes adultos, mas, 
ao mesmo tempo, o número de doenças é maior nas crianças, sendo que 
várias patologias que acometem as crianças são doenças raras.
 ■ O tempo de acompanhamentoé imprevisível: alguns vivem anos e outros dias.
 ■ Muitas doenças familiares, sendo necessário dar suporte a mais membros 
da família.
 ■ Os pais são os cuidadores e representantes legais e por isso são eles que 
tomam as decisões pelos filhos.
Propomos a você, estudante, um vídeo que apresenta a função das atividades 
no fazer ocupacional sob o olhar da saúde mental. Confira! https://www.youtube.
com/watch?v=qReJGcalyig.
EU INDICO
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https://www.youtube.com/watch?v=qReJGcalyig
https://www.youtube.com/watch?v=qReJGcalyig
 ■ As crianças em CP continuam com seu desenvolvimento neuropsicomo-
tor gerando um acompanhamento mais próximo, pois esse desenvolvi-
mento pode interferir no tratamento.
 ■ Existência limitada de tratamento farmacológico.
 ■ O luto é complexo, pois vai contra a ordem natural da vida e exige cuida-
dos precoces para a criança, pais e irmãos (FIGUEIREDO, 2022).
O foco de atuação da Terapia Ocupacional será:
 ■ Verificar as atividades ocupacionais características da faixa etária da 
crianças.
 ■ Fortalecer a assistência familiar e a criação de vínculo com todos.
 ■ Implementar uma rotina, alternando atividade e descanso, visando a con-
servação de energia.
 ■ Implementar recursos de tecnologias assistivas, visando melhorar a au-
tonomia nas atividades.
 ■ Acolher e apoiar os familiares no período pós-óbito, auxiliando na re-
construção dos significados (FIGUEIREDO, 2022).
A atuação da Terapia Ocupacional seja na saúde mental especificamente ou nas 
condições em que a saúde mental é posta à prova, o Terapeuta Ocupacional 
intervém nos papéis ocupacionais e na rotina que foram despersonalizados, au-
xiliando o paciente a se encontrar ou a reconstruir uma nova rotina.
O olhar do terapeuta ocupacional não se limita a ver o que é permitido, vi-
sível, vai além, ao que não é visível no paciente e, diante disso, sempre se ques-
tionando. “Este olhar cria sentido para aquilo o qual se debruça e envolve este 
sentido” (PFEIFER, 2020, p. 205).
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem.
EM FOCO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
NOVOS DESAFIOS
Estudante, quando nos referimos à saúde geral e à saúde mental não temos como 
separá-las, pois o ser humano é um ser complexo. Uma interfere na outra dire-
ta ou indiretamente. Afinal, somos seres neuropsicomotores e sensoriais, esses 
adjetivos andam juntos de forma inseparável, logo um influencia o outro direta 
ou indiretamente. 
Logo, o nosso fazer também é influenciado, mas pode ter ações diretas em 
partes separadas para atingir o global. Somos as pessoas que orientam a agulha 
para tecer a trama da vida de cada paciente que atendemos, seja no contexto 
hospitalar ou em qualquer outra área de atuação da Terapia Ocupacional.
Para atingir os objetivos terapêuticos, não esqueça das avaliações, observe as 
perdas ocupacionais existentes e, juntos, planejem as ações que serão executadas, 
respeitando o quadro de saúde geral, mas estimulando a melhora da saúde mental.
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1. Com relação à promoção de saúde mental em Terapia Ocupacional no contexto hospitalar, 
temos três fases bem definidas (CARLO; KUDO, 2018). 
Sobre as fases da promoção de saúde, podemos dizer que pertencem à fase 2 as seguintes 
afirmativas:
I - Definição de estratégia-ação.
II - Construção de novas práticas sem o aperfeiçoamento das antigas.
III - Desenvolvimento da proposta de promoção em saúde mental: desenvolver postura e 
conduta (sensibilização dos profissionais; respeito às singularidades; escuta; acolhimento.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
2. O cuidado paliativo é singular para cada paciente. Logo, há diferenças entre as ações a 
serem planejadas para os adultos e para as crianças. (FIGUEIREDO, 2022).
Dentre as diferenças nos cuidados paliativos para crianças e adultos, podemos afirmar que:
a) O número de pacientes infantis é igual aos pacientes adultos, mas ao mesmo tempo o 
número de doenças é maior nas crianças, sendo que várias patologias que acometem 
as crianças são doenças raras.
b) Há muitas doenças familiares, mas não é necessário dar suporte a mais membros da 
família.
c) As crianças em CP continuam com seu desenvolvimento neuropsicomotor, mas esse 
fato não interfere no quadro clínico.
d) Fortalecer a assistência familiar e a criação de vínculo com todos.
e) O luto não é complexo, pois vai na ordem natural da vida e exige cuidados precoces 
para a criança.
AUTOATIVIDADE
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3. Deve-se considerar a saúde, particularmente a ampliação da saúde mental, para dar conta 
da construção de um cotidiano possível. Sabemos que frente à doença e à hospitalização, a 
construção de um novo jeito de viver o cuidado se faz necessária, pressupondo-se que, no 
contexto em que a vida está em risco e se está morrendo, é importante pensar em saúde 
(CARLO; KUDO, 2018).
Diante do excerto, em relação ao papel principal do Terapeuta Ocupacional, assinale a al-
ternativa correta:
a) Garantir ao paciente a possibilidade de exercer suas potencialidades. 
b) Mantê-lo com as rotinas e papéis ocupacionais.
c) Manter a sua saúde mental alterada.
d) Gerar ganhos para a sua saúde geral cria uma fadiga na saúde mental.
e) Compreender a saúde e as possibilidade do paciente para compreender seu quadro 
clínico.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
BRASÍLIA. Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Atendimento de Cuidados Paliativos. Saúde.
df.gov, 2024. Disponível em: https://www.saude.df.gov.br/cuidados-paliativos-2 Acesso em: 16 
abr. 2024.
CARLO, M. M. R. D. P.; KUDO, A. M. Terapia Ocupacional: em contextos hospitalares e Cuidados 
Paliativos. São Paulo: Paya, 2018. 
CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: fundamentação & prática. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2007.
FIGUEIREDO, M. O. (org.). Terapia Ocupacional no ciclo de vida da infância. São Paulo: Memnon, 
2022.
GERAIS, L. F. G. A ansiedade decorrente da hospitalização pelos portadores adultos de doen-
ças crônicas não transmissíveis. 2022, 33 p. TCC (Graduação em Enfermagem) – Pontifícia Uni-
versidade Católica de Goiás, Goiás, 2022.
JULIANA. Panorama da saúde mental no Brasil. Wellbe.co, 20 set. 2023. Disponível em: https://
wellbe.co/2023/09/20/panorama-da-saude-mental-no-brasil/. Acesso em: 16 abr. 2024.
PFEIFER, L. I.; SANT’ANNA, M. M. M. Terapia ocupacional na infância: procedimentos na prática 
clínica. São Paulo: Memnon, 2020.
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https://www.saude.df.gov.br/cuidados-paliativos-2
1. Alternativa B.
I. Definição de estratégia-ação; fase 1.
II. Construção de novas práticas e aperfeiçoamento das antigas: fase 2.
III. Desenvolvimento da proposta de promoção em saúde mental: desenvolver postura e con-
duta (sensibilização dos profissionais; respeito às singularidades; escuta; acolhimento: fase 2.
2. Alternativa D.
a) O número de pacientes infantis é menor do que os pacientes adultos, mas, ao mesmo 
tempo, o número de doenças é maior nas crianças, sendo que várias patologias que aco-
metem as crianças são doenças raras.
b) Muitas são as doenças familiares, sendo necessário dar suporte a mais membros da família.
c) As crianças em CP continuam com seu desenvolvimento neuropsicomotor, gerando um 
acompanhamento mais próximo, pois esse desenvolvimento pode interferir no tratamento.
d) Fortalecer a assistência familiar e criação de vínculo com todos
e) O luto é complexo, pois vai contra a ordem natural da vida e exige cuidados precoces 
para a criança.
3. Alternativa A.
a) Garantir ao paciente a possibilidade de exercer suas potencialidades. 
b) Criar, juntamente com o paciente, novas rotinas e papéis ocupacionais.
c) Manter a sua saúde mental estável.
d) Gerar ganhos importantíssimos para a sua saúde geral.
e) Compreender a saúde e as possibilidade do paciente para compreender seu quadro clínico.
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS ANOTAÇÕES
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	unidade 1
	DIAGNÓSTICO TERAPÊUTICO OCUPACIONAL
	ELEMENTOS DE UMA 
	AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA
	ANAMNESE NAS FASES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
	unidade 2
	AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO FUNCIONAL/OCUPACIONAL
	AVALIAÇÃO DO 
	COMPORTAMENTO LÚDICO
	O OLHAR DO TERAPEUTA OCUPACIONAL AO 
	PACIENTE COM DEFICIÊNCIA
	unidade 3
	TERAPIA OCUPACIONAL O DIFERENCIAL NA CLÍNICA MÉDICA ADULTO E IDOSO
	TERAPIA OCUPACIONAL O DIFERENCIAL NA CLÍNICA INFANTOJUVENIL
	TERAPIA OCUPACIONAL 
	NA SAÚDE MENTAL NO 
	CONTEXTO HOSPITALAR 
	Button 28: 
	Forms - Uniasselvi:a pressão arterial somente quando realizar alguma 
atividade de esforço e o quadro solicitar um controle da PA.
Alternativa a) incorreta, pois se estabelece os objetivos do plano terapêutico ocupacional 
não os planos clínico do médico e da equipe de enfermagem.
Alternativa c) está correta, pois identificar o desempenho ocupacional, visando a tomada de 
decisão clínica dentro do modelo e abordagem ocupacional é a sua prática.
Alternativa d) incorreta, pois é necessário conhecer e entender para determinar a prescri-
ção de terapia ocupacional com os recursos terapêuticos necessários e não ficar preso a 
prescrição médica. 
Alternativa e) incorreta, pois conhecer e intervir também com um olhar atento ao diagnóstico 
clínico e não somente com esse olhar.
2. Alternativa C.
Afirmativas I e II corretas.
Afirmativa III Incorreta. O correto é: evitar a perda da identidade pessoal, do interesse por 
ocupações significativas e os sentimentos de isolamento no período de internação.
3. Alternativa C.
Alternativa a) incorreta, pois precisamos, sim, da anatomia, fisiologia, porém a filosofia não 
se aplica nesse espaço como conceito básico.
Alternativa b) incorreta, pois conhecimentos como Antropologia, história do SUS e Anatomia 
são importantes, porém a antropologia não se aplica nesse espaço como conceitos básicos.
Alternativa c) está correta. Ética, anatomia, fisiologia, patologia. Todos são fundamentais. Os 
critérios éticos estão em todo o fazer da profissão.
Alternativa d) está incorreta, pois ética estatística, patologia, fisiologia se aplicam, porém, a 
estatística não se aplica nesse espaço como conceito básico.
GABARITO
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MINHAS METAS
ELEMENTOS DE UMA 
AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA
Entender o que é uma avaliação terapêutica ocupacional.
Compreender as estruturas necessárias para uma avaliação.
Conhecer tipos de avaliações iniciais já existentes e utilizadas em hospitais.
Diferenciar as avaliações respeitando a singularidade do paciente atendido.
Avaliar a importância dos roteiros para a prática clínica.
Desenvolver o histórico ocupacional e a mapa ocupacional. 
Assimilar a aplicação das avaliações.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 2
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INICIE SUA JORNADA
Estudante, como devemos abordar um paciente? Devemos ser gentis e simpáticos 
com ele? Ou apenas profissionais e “frios” ao tratar com um paciente?
Quando vamos atender um paciente pela primeira vez, temos que considerar 
a maneira como conheceremos ele. Precisamos ser gentis, atenciosos, mas tam-
bém profissionais. Para isso, é necessário ter um recurso prático que seja avaliado 
por todos os profissionais terapeutas ocupacionais. 
Sim! O nosso fazer é diferenciado, pois leva em conta quem somos, de onde 
viemos e para aonde vamos. Por isso, existem vários tipos de profissionais, mas 
o recurso utilizado é o mesmo.
Aqui estamos falando de um protocolo de avaliação pré-estabelecido em 
ambientes de saúde. Cada hospital tem seu programa próprio de avaliação e 
evolução. Hoje, tudo é registrado em uma plataforma digital, mas você é um 
profissional atento às mudanças dos tempos e deve ter algum entendimento em 
tecnologia. Saberá conversar com o pessoal da tecnologia da informática para 
colocar sua avaliação no sistema. 
Entretanto, é necessário conhecer o modelo de evoluções padrões do hospital 
para mostrar os avanços do paciente que é atendido pelo setor da Terapia Ocu-
pacional. Bom, agora vamos compreender como isso tudo funciona! 
Estudante, para aprimorar seus conhecimentos, ouça o nosso podcast sobre a Clas-
sificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Recursos de 
mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Vamos recordar um pouco dos papéis ocupacionais e como a avaliação pode 
ocorrer em um consultório e sua a relação com o Modelo da ocupação humana. 
Esse modelo é a base da Terapia Ocupacional, pois fala dos papéis ocupacionais. 
Acesse em: https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=VtguCQhYp4E.
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https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=VtguCQhYp4E
TEMA DE APRENDIZAGEM 2
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Temos alguns modelos de avaliações iniciais (anamnese) que realizamos para 
conhecer o paciente e depois para registrar a sua evolução. Algumas são padrões 
e muito utilizadas por todos os profissionais de saúde, as famosas Anamneses 
que também são consideradas avaliações iniciais. 
Essa anamnese é realizada por partes: as etapas e as perguntas. 
QUEIXA PRINCIPAL (QP)
É a razão maior pela qual o paciente buscou ajuda médica. Não se trata de um diagnóstico 
de outro médico, por exemplo, mas quais os sintomas e sinais indicados pelo paciente 
que o levaram até ali. É recomendado anotar nos termos descritos pelo próprio paciente.
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HMA)
Quando e como esse sintoma começou? Nessa etapa, o objetivo é que o paciente 
conte a história da sua queixa atual, da forma mais livre e com menor interferência 
possível. É recomendado utilizar a terminologia médica para avaliar pontos como a 
data de início dos sintomas, a evolução temporal, a intensidade, o que agrava e o que 
alivia aquele sintoma.
HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA E HISTÓRIA FAMILIAR ( HPP E/OU HF) 
Aqui a intenção é levantar informações sobre doenças manifestadas no passado, tanto 
pelo paciente quanto por seus familiares. É possível diagnosticar patologias não trata-
das, interações medicamentosas e doenças hereditárias na família. Questionamos pro-
cedimentos cirúrgicos realizados, vacinas tomadas, internações, uso de medicamentos, 
alergias e problemas familiares como questões psiquiátricas, diabetes e câncer.
PERFIL DO PACIENTE 
Por fim, mas não menos importante, buscamos identificar os hábitos e a rotina de 
vida do paciente. Fuma? Bebe? Faz uso de drogas? Como é sua dieta e rotina de 
exercícios? São perguntas que, junto com a análise da frequência e variações desses 
hábitos, podem fornecer informações esclarecedoras sobre o quadro de saúde do 
paciente (GABRIEL, 2022).
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Esse modelo é o mais utilizado pelos profissionais de saúde, pois, por meio dele, 
abordamos o histórico do paciente e o que o levou a nos procurar, ou a ser internado. 
Muitas instituições de saúde utilizam essas etapas da anamnese descrita de outra 
forma; a forma de Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano (SOAP). Afinal o que é 
e como se registra o SOAP? SOAP é uma abreviação de alguns quesitos a serem 
observados pelo profissional .
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
SUBJETIVO (S)
Em uma entrevista temos que incluir dados de antecedentes pessoais, antecedentes 
familiares, hábitos de vida etc. O importante é utilizarmos a terceira pessoa do singular, 
pois sempre devemos colocar o que foi narrado sob o ponto de vista do paciente. Mo-
tivos de consulta: nesse espaço colocamos todos os motivos que levaram a pessoa à 
consulta. Cabe colocar aqui, o que, além de sinais e sintomas, podem ser motivos de 
consulta, ou seja, tudo que pode ser considerado um problema E a queixa principal? 
Bom, esse modelo de queixa principal é oriundo do modelo biomédico, é adequado 
quando estamos em um ambiente hospitalar, por exemplo. Na prática de consultório, 
destacar a queixa principal não faz tanto sentido, pois é muito frequente que o pacien-
te venha com mais de uma demanda, e muitas vezes não relacionada, mas igualmente 
importante para o paciente. Lembrando-se sempre que no subjetivo tudo que importa 
é o ponto de vista do paciente e não o nosso. Além do que, é muito interessante prio-
rizar os motivos de consulta, principalmente quando são muitos, de acordo com o que 
o paciente achar mais importante.
OBJETIVO (O)
Após ouvirmos toda a história do paciente, de acordo com o ponto de vista dele, che-
ga o momento de partirmos para dados objetivos que possam corroborar com hipóte-
ses diagnósticas e possíveis manejos que estejamos pensando. Aqui entram todas as 
informações que podem, de alguma forma, serem mensuradas por nós. Não cabem,nesse momento, interpretações, e nada pode ser interferido/alterado diferentemente 
daquilo que o paciente narrou. 
O objetivo serve apenas para apoiar o raciocínio clínico, a partir dos motivos de con-
sulta do paciente e possíveis suspeitas diagnósticas. Mesmo que não foram trazidos 
como motivos de consulta. Por exemplo, realizar a palpação da tireoide, mesmo se o 
paciente não tiver queixas. Assim, no método SOAP, o objetivo é dividido em apenas 
duas partes: exame físico, quando necessário para o Terapeuta Ocupacional. Resulta-
do de exames complementares: os quais são trazidos pelo paciente.
AVALIAÇÃO (A)
É o momento da concretização das hipóteses e dos diagnósticos. Independentemente 
de quando e como falaremos para o paciente e/ou seus familiares sobre os proble-
mas dele, é nesse momento que listamos todas as nossas impressões sobre aquela 
consulta; lista de problemas e as hipóteses diagnósticas, que auxiliarão no manejo 
terapêutico posterior. 
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https://communicare.com.br/blog/como-consultamos/
https://communicare.com.br/blog/registro-clinico/
https://communicare.com.br/blog/registro-clinico/
Esses conceitos e tipos de avaliações/anamnese norteiam a nossa prática profis-
sional, e a partir deles realizamos os nosso próprios instrumentos de avaliação.
COMO FAZER A COLETA DE DADOS NA TERAPIA 
OCUPACIONAL
Agora falaremos da entrevista, ou coleta dos dados, utilizada pelo terapeuta ocu-
pacional. Anteriormente, citamos os roteiros preestabelecidos nos serviços de 
saúde, mais especificamente no contexto hospitalar. 
Como em toda profissão há uma especificidade, aqui abordaremos a especifi-
cidade da Terapia Ocupacional em colher dados para o planejamento do seu diag-
nóstico ocupacional e determinar o plano de tratamento que deverá ser utilizado.
PLANO (P)
Depois da elaboração da lista de problemas e das hipóteses diagnósticas, chega o 
momento de iniciarmos uma proposta terapêutica. É interessante chamar de proposta 
terapêutica. Dessa forma, podemos pensar na autonomia e no poder de decisão que 
o paciente terá nesse momento. Não se deve confundir a autonomia do paciente com 
o que é importante e necessário ser feito. Todavia, é primordial tentar equilibrar ao 
máximo o necessário e o possível (TOGNOLI, [202-?]).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
A terapia ocupacional e a avaliação no contexto da Saúde
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), além das patologias, 
devemos ter um olhar ampliado para o universo em que esse paciente vive; 
suas questões pessoais, familiares, história de vida. Os valores ambientais, 
sociais, familiares, educacionais e culturais são fatores que influenciam di-
retamente o ser humano que nos tornamos e a qualidade de vida que temos. 
Com relação à saúde, essas questões podem ser consideradas facilitadores 
ou obstáculos no desenvolvimento das potencialidades do indivíduo/pa-
ciente (CAVALCANTI; GALVÃO, 2007).
Acesse o link e leia o artigo científico Intervenções Terapêuticas Ocupacionais com 
pacientes renais crônicos no contexto hospitalar: uma análise da prática. https://
pdfs.semanticscholar.org/e703/3b754f73db1579c2764d09ed2af04a0160a1.pdf.
EU INDICO
Devemos ver o ser humano como um todo, com potencialidades e dificul-
dades e, diante disso, elaborar ações com finalidade de facilitar o processo 
de autonomia e potencialidade, tentando sempre trabalhar as dificuldades e 
fortalecer as potencialidades com o fim de restabelecer seus papéis ocupa-
cionais (CAVALCANTI; GALVÃO, 2007).
Para atingir os nossos objetivos temos que:
 ■ desconsiderar nossos preconceitos e prejulgamentos;
 ■ assumir uma atitude aberta a todas as manifestações observadas ou ditas;
 ■ não adiantar explicações, nem deixar se conduzir pelas aparências;
 ■ alcançar uma compreensão global dos fatos apresentados.
A avaliação no modelo: entrevista aberta
Entrevista aberta é uma forma de colher informações baseadas na fala do pacien-
te. É necessário que ele consiga se expressar sobre sua vida, com singularidade 
quanto à historicidade das ações, concepções e ideias. A escuta é ativa e todas as 
informações prestadas são respeitadas (CAVALCANTI; GALVÃO, 2007).
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https://pdfs.semanticscholar.org/e703/3b754f73db1579c2764d09ed2af04a0160a1.pdf
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Essas informações serão avaliadas e transformadas no plano de ação, impor-
tantes para o acompanhamento terapêutico ocupacional no período da interna-
ção e a preparação da alta hospitalar (CAVALCANTI; GALVÃO, 2007).
A avaliação no modelo: história de vida
Essa técnica também se embasa no discurso livre, em que o paciente faz uma nar-
rativa de sua vida pessoal, seus sentimentos vividos e de toda sua trajetória de vida. 
Ela se caracteriza por uma narrativa de vida (CAVALCANTI; GALVÃO, 2007).
Tais informações serão a base para a elaboração de seu plano terapêutico, não 
esquecendo as questões dos agravos de saúde que lhe trouxeram para o hospital . 
Os elementos da narrativa são fundamentais para proporcionar um plano de tra-
tamento, respeitando a singularidade do paciente, mas sem esquecer as questões 
pertinentes à sua patologia (CAVALCANTI; GALVÃO, 2007; 2023).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
A avaliação no modelo: observação
Na técnica de coleta de dados via observação, é necessário constar as seguintes 
informações: 
 ■ marcar dia, hora, local, pessoas que estavam junto;
 ■ narrar os diálogos observados, com fidelidade;
 ■ por que escolheu esse modelo; 
 ■ descrever o ambiente.
Diferentemente das outras técnicas, essa não é neutra, ou seja, o terapeuta inter-
fere no ambiente só de estar presente, pois a dinâmica do cotidiano muda. Esse 
fator também deve ser levado em conta na realização da análise do conteúdo 
observado e no planejamento das intervenções que serão adotadas.
A avaliação no modelo: estudo de caso
Muitas vezes, a indicação para a avaliação do terapeuta ocupacional surge no 
momento do estudo de caso com a equipe que atua nessa situação. Trata-se da 
investigação de vários fatores, e ocorre o cruzamento de diferentes informações 
com a finalidade de elaborar estratégias mais profundas e complexas da proble-
matização (CAVALCANTI; GALVÃO, 2007; 2023).
Nesse estudo, muitas vezes, a equipe percebe a importância da participação do te-
rapeuta ocupacional em contribuir com seu olhar nos papéis ocupacionais, qualidade 
de vida e a funcionalidade da intervenção no caso. Como membro da equipe, o seu 
fazer contribui nessa problematização para a implementação de um plano de trata-
mento multidisciplinar que atenda a todas as necessidades do paciente em questão.
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Figura 1 – Processo de Terapia Ocupacional / Fonte: adaptada de Carlo e Kudo (2018).
Descrição da Imagem: temos uma ilustração de vários círculos. No círculo central está escrito: colaboração 
entre terapeuta e cliente. Desse círculo central saem três círculos que formam um triângulo. Na base, temos 
um círculo com a escrita: apoio à saúde e participação na vida através do envolvimento na ocupação. Na ponta 
direita temos: perfil ocupacional e análise do desempenho ocupacional. Na ponta esquerda: plano de intervenção, 
implementação da intervenção, revisão da intervenção. Por fora, temos setas que circulam os círculos e se inter-
comunicam temos escrito: avaliação, intervenção e resultados. Por fora desse círculo, há um quadrado em que 
na parte superior direita está escrito: ambiente, e na inferior: contexto. Já na parte superior esquerda: contexto 
e inferior: ambiente. Fim da descrição.
Colaboração 
entre terapeuta 
e cliente
Perfil ocupacional 
e análise do 
desempenho 
ocupacional
Plano de 
intervenção
 Implementação 
da intervenção
Revisão da 
intervenção
Apoio à saúde e 
participação na vida através 
do envolvimento 
na ocupação
Contexto Ambiente
ContextoAmbiente
Resultados
Av
al
ia
çã
o
 Intervenção
Esse infográfico resume o que falamos da avaliação na terapia ocupacional, pois 
após a coleta de dados, quegera a avaliação, temos a intervenção e o alcance dos 
resultados esperados, independentemente do roteiro que utilizamos para realizar 
a avaliação. Sempre levando em consideração o contexto em que estamos traba-
lhando e o próprio ambiente, pois ambos são fatores que interferem no processo 
final dos resultados. Diante disso, entendemos que há uma ligação entre todos 
os elementos, como podemos observar no gráfico.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
A avaliação no cuidado paliativo
Não podemos deixar de falar da avaliação no cuidado paliativo e das consequên-
cias do processo de internação na vida do paciente e familiares.
A internação é um período que varia de acordo com a patologia e a sua ca-
pacidade de recuperação. O paciente adoece, mas sua família também, devido à 
mudança de sua rotina diária e à limitação de uma vida social para estar presente 
no hospital cuidando do seu ente querido.
 Essa mudança de rotina, do seu lar para o ambiente hospitalar, afeta todo o 
contexto da família e da pessoa: cansaço, instabilidade e/ou conflitos nas relações 
familiares, o medo da morte e da perda. É uma vida ou várias vidas viradas do 
avesso, sem referência da rotina que mantinha o mundo no eixo .
O terapeuta ocupacional, nesse momento, deve procurar entender como essa 
alteração da rotina interfere no bem estar dos envolvidos. Diante disso, deve 
questionar: ocorreram muitas mudanças? Quais? Como essas mudanças intera-
gem com os interesses, preferências, desejos, medos e expectativas do paciente e 
seus familiares? (CARLO; KUDO, 2018).
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Cuidado paliativo: nas condições de perda e luto 
No luto, ficamos com as emoções totalmente desreguladas. Algumas pessoas reagem 
como se nada tivesse acontecido e outras já apresentam comportamentos opostos. 
 O luto é um processo individual e complexo, com fases distintas, mas não 
necessariamente lineares. No início, é comum vivenciar uma mistura de emoções, 
como negação, isolamento, raiva, barganha, depressão e aceitação. Essa confusão 
de sentimentos é natural e faz parte da elaboração da perda.
Vamos compreender, por meio do artigo O papel da Terapia Ocupacional no Cuida-
do Paliativo. Acesse em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/
refacs/article/view/6443/6317.
EU INDICO
Segundo Neistadt e Crepeau, a Terapia Ocupacional é a arte e a ciência que se 
propõe a ajudar as pessoas a realizarem atividades que são importantes para si. 
É um campo de conhecimento e intervenção social, em saúde e em educação e 
que reúne tecnologias destinadas à emancipação e autonomia de pessoas que, 
por razões ligadas a diferentes problemáticas, como comprometimento e/ou 
alterações físicas, sensoriais, psíquicas, cognitivas, sociais, entre outros, podem 
desencadear temporariamente ou definitiva dificuldade de inserção e participa-
ção na vida social” (FRIZZO; CORREA, p. 391 apud CARLO; KUDO, 2018).
Nesse sentido, a assistência terapêutica ocupacional, além de identificar 
as questões clínicas, deve ter como objetivo avaliar as condições das perdas, 
compreender os valores das experiências ocupacionais anteriores e posteriores 
à perda. Mostrar a importância de manter a ocupação para manter-se conec-
tada ao mundo. O simples fato de ter a autonomia de se salientar sozinho é 
algo muito significativo nesse momento. Ressignificar as ações operacionais 
mínimas para minimizar a fase da dissolução ocupacional para os que ficam. 
Nesse momento de passagem, é necessário o terapeuta ocupacional olhar 
para o familiar que perde um ente querido, ressignificando o fazer ligado aos 
desejos do paciente.
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https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/refacs/article/view/6443/6317
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
NOVOS DESAFIOS
Agora você já tem conhecimento de alguns roteiros de avaliação em saúde utiliza-
dos nos hospitais e ambulatórios. Descrevemos também avaliações utilizadas por 
terapeutas ocupacionais e alguns tipos de recursos para avaliação e coleta de dados.
Falamos, ainda, do olhar cuidadoso que devemos ter aos pacientes com inter-
nações de longa data, que tem o prognóstico reservado, e a equipe o classificou 
para os cuidados paliativos. Nesse estágio, o nosso olhar é ampliado também para 
todo o núcleo familiar, que perde a referência de uma rotina e de uma definição 
preestabelecida de papéis ocupacionais que deverão ser reconstruídos, como 
também a sua própria estrutura familiar; como a rotina recriada. 
Estudante, é necessário estudar, pois, como profissional, terá que ter um ra-
ciocínio eficiente para saber qual roteiro clínico usará e como fará sua coleta 
de dados visando um ótimo planejamento das metas de atendimento e, assim, 
mostrando que a terapia ocupacional tem seu lugar garantido no contexto hos-
pitalar e cuidados paliativos. 
Convidamos você a assistir ao nosso vídeo e enriquecer os seus estudos. Neste 
vídeo, falaremos a respeito de temas relevantes para a área. Recursos de mídia 
disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EM FOCO
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1. O SOAP é um modo de coleta de dados em que seguimos um padrão. SOAP é uma abre-
viação de alguns quesitos a serem observados pelo profissional (TOGNOLI, [202-?]).
Quanto ao SOAP, é correto afirmar:
a) Plano (P); temos uma entrevista, incluir dados de antecedentes pessoais, antecedentes 
familiares, hábitos de vida etc.
b) Objetivo (O): serve apenas para apoiar o raciocínio clínico, a partir dos motivos de consulta 
do paciente, e possíveis suspeitas diagnósticas.
c) Subjetivo (S): é o momento da concretização das hipóteses e dos diagnósticos. Indepen-
dentemente de quando e como falaremos para o paciente e/ou seus familiares sobre 
os problemas dele. É nesse momento que listamos todas as nossas impressões sobre 
aquela consulta. 
d) Avaliação (A): depois da elaboração da lista de problemas e das hipóteses diagnósticas, 
chega o momento de iniciarmos uma proposta terapêutica. 
e) O SOAP é utilizado somente em consultórios e nunca em hospitais.
2. Foram apresentados dois modos de coleta de dados utilizados pelos profissionais de saúde, 
inclusive o terapeuta ocupacional. Ambas podem ser utilizadas em qualquer ambiente que 
necessite colher dados para conhecer o cliente e desenvolver um plano ocupacional de 
tratamento (GABRIEL, 2022; TOGNOLI, [202-?]). 
Com base no excerto, analise as afirmativas a seguir:
I - Esses conceitos e tipos de avaliações/anamnese são importantes, pois norteiam a 
nossa prática profissional e a partir deles realizamos os nossos próprios instrumentos 
de avaliação.
II - Como temos dois modos de coleta de dados podemos dizer que o SOAP é mais completo 
que a Anamnese.
III - A anamnese é mais eficaz que o SOAP no momento da entrevista inicial.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
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3. Com relação à entrevista, ou coleta de dados, utilizada pelo terapeuta ocupacional, 
anteriormente, citamos os roteiros pré-estabelecidos nos serviços de saúde, mais 
especificamente no contexto hospitalar. Em toda profissão há uma especificidade, aqui 
tratamos da especificidade da Terapia Ocupacional em colher dados para o planejamento 
do seu diagnóstico ocupacional e determinar o plano de tratamento que deverá ser utilizado 
(CAVALCANTI; GALVÃO, 2007).
Com relação à coleta de dados específica que a terapia ocupacional utiliza, assinale a 
alternativa correta:
a) O SOAP é de exclusividade médica e não pode ser utilizado por outro profissional de 
saúde.
b) O estudo de caso é uma ação individualizada de cada membro da equipe hospitalar.
c) As coletas de informações são restritas a cada profissional e não há uma interação entre 
eles.
d) Nosso olhar deve estar voltado não somente para as patologias, mas ampliado para o 
universo em que esse paciente vive; suas questões pessoais, familiares, história de vida. 
Os valores ambientais,sociais, familiares, educacionais e culturais são fatores que in-
fluenciam diretamente sobre o ser humano que somos e na qualidade de vida que temos. 
e) Para o terapeuta ocupacional não há necessidade de seguir roteiro para coleta de dados, 
pois seu foco é apenas voltado ao desempenho ocupacional.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
CARLO, M. M. R. D. P; KUDO, A. M. Terapia Ocupacional: em contextos hospitalares e cuidados 
paliativos. São Paulo: Paya, 2018.
CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: fundamentação & prática. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2007.
CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: fundamentação & prática. 2. ed. Rio de Janei-
ro: Guanabara Koogan, 2023.
GABRIEL, K. B.O que é anamnese e como é feita. Portal telemedicina, 2022. Disponível em: ht-
tps://portaltelemedicina.com.br/o-que-e-anamnese-e-como-e-feita. Acesso em: 5 nov. 2023.
TOGNOLI, H. Como usar o método SOAP: o guia absolutamente completo. Communicare Blog, 
[202-?]. Disponível em: https://communicare.com.br/blog/metodo-soap/. Acesso em: 5 nov. 2023.
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https://portaltelemedicina.com.br/o-que-e-anamnese-e-como-e-feita
https://portaltelemedicina.com.br/o-que-e-anamnese-e-como-e-feita
https://communicare.com.br/blog/metodo-soap/
1. Alternativa B. 
Subjetivo (S): temos uma entrevista, incluir dados de antecedentes pessoais, antecedentes 
familiares, hábitos de vida etc.
Avaliação (A): é o momento da concretização das hipóteses e dos diagnósticos. Independente-
mente de quando e como falaremos para o paciente e/ou seus familiares sobre os problemas 
dele. É nesse momento que listamos todas as nossas impressões sobre aquela consulta. 
Plano (P): depois da elaboração da lista de problemas e das hipóteses diagnósticas, chega 
o momento de iniciarmos uma proposta terapêutica. 
O SOAP é utilizado tanto em consultórios como em hospitais.
2. Alternativa A. Não existe um modelo melhor de que o outro tanto a anamnese e o SOAP 
coletam dados iguais, mas com formas diferentes de obter a informações.
3. Alternativa D. 
Alternativa a) está incorreta, pois o SOAP é um instrumento utilizado pelos profissionais de 
saúde.
Alternativa b) incorreta, pois o estudo de caso é uma ação multidisciplinar que ocorre com 
a equipe hospitalar.
Alternativa c) está incorreta, pois as coletas de informações são realizadas por cada profis-
sional individualmente e as informações que não são sigilosas são registradas nos sistemas 
de prontuário e ocorre uma interação entre eles.
Alternativa e) está incorreta, visto que, para o terapeuta ocupacional, há a necessidade de 
seguir um roteiro para coleta de dados, para conhecer o paciente em todos os aspectos 
biopsicossociais e, com essas informações, desenvolver seu plano de acompanhamento 
voltado ao desempenho ocupacional, qualidade de vida e autonomia.
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS METAS
ANAMNESE NAS FASES DO 
DESENVOLVIMENTO HUMANO
Conhecer o processo de avaliação na infância.
Entender o processo de avaliação na adolescência e fase adulta.
Assimilar o processo de avaliação no idoso.
Relacionar a avaliação nas fases específicas respeitando os marcos do desenvolvimento.
Compreender o papel do terapeuta ocupacional nas etapas do desenvolvimento.
Explorar os cuidados paliativos em cada fase.
Correlacionar as alterações no desenvolvimento devido ao processo de hospitalização.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 3
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INICIE SUA JORNADA
Estudante, imagine que você é o único profissional da área de Terapia Ocupacio-
nal no hospital em que trabalha. Esse hospital é referência em neurologia, orto-
pedia e oncologia. Atende, ainda, a pediatria e a psiquiatria. Você está preparado 
para atender a esses perfis de clientes? 
Você é o responsável por atender todas as clínicas médicas e a Unidade de 
Terapia Intensiva (UTI) adulto, infantil e de neonatologia. Nessa posição, deverá 
ter uma visão generalista do fazer ocupacional, pois atenderá todos os encami-
nhamentos feitos para sua avaliação e acompanhamento.
Como profissional, é necessário que conheça as fases humanas do desenvolvimento, 
suas singularidades, valores e desejos. Entretanto, também deverá dominar os 
conteúdos clínicos referentes às áreas de internação nas clínicas.
É recomendado que sempre haja articulação entre o conhecimento específico 
da terapia ocupacional, e o seu objeto de trabalho, com as questões clínicas ou 
limitações que afligem os pacientes. Dessa forma, o profissional poderá ter uma 
visão ampla do seu fazer, proporcionando, dentro das possibilidades, a autono-
mia, rotina e a qualidade de vida do paciente, mesmo no ambiente hospitalar.
Estudante, você está preparado para essa aventura de conhecimentos associa-
da à prática, para proporcionar o melhor ambiente para o seu paciente mesmo em 
um local em que o ser humano perde seus referenciais, identidades, autonomia 
e a rotina é preestabelecida por outras pessoas ?
Estudante, um recurso muito utilizado pela Terapia Ocupacional são as Tecnolo-
gias Assistivas. São recursos tecnológicos e inclusivos que visam à promoção da 
autonomia das pessoas, além e contribuir para a comunicação, também, dentro 
do ambiente hospitalar. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do 
ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Aprenderemos um pouco mais da avaliação focada em cada fase do desenvolvimen-
to humano e nos aprofundaremos nesse tema a partir de artigos científicos que rela-
tam estudos ou pesquisas da intervenção no contexto hospitalar nas referidas fases. 
VAMOS RECORDAR?
Você terá a oportunidade, por meio do vídeo a seguir, de desvendar a Avaliação 
na Terapia Ocupacional no mundo da criança. Acesse o link e observe como se 
estrutura uma boa avaliação da criança com o olhar da terapia ocupacional. Acesse 
o link: https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=VtguCQhYp4E.
Sugerimos agora um aprofundamento da importância do trabalho multidisciplinar 
sobre as fases do desenvolvimento humano. Acesse o link a seguir para ler o arti-
go Desenvolvimento humano e formação interdisciplinar: possibilidades de encontro 
entre os cursos de Psicologia e Terapia Ocupacional. https://www.scielo.br/j/ic-
se/a/wP54Pbkd6n65vKvMjwrVDym/.
EU INDICO
O artigo indicado anteriormente se trata de uma experiência de trabalho entre 
a Terapia Ocupacional e a psicologia. Essas duas ciências trabalham muito pró-
ximas dos pacientes dentro da unidade hospitalar.
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https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=VtguCQhYp4E
https://www.scielo.br/j/icse/a/wP54Pbkd6n65vKvMjwrVDym/
https://www.scielo.br/j/icse/a/wP54Pbkd6n65vKvMjwrVDym/
A AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA INFÂNCIA
Nessa fase, falaremos, especificamente, das questões da infância. Não esquecendo 
sempre que a avaliação em terapia ocupacional está embasada nos pressupostos 
do objeto de estudo da profissão, logo a avaliação está amarrada no perfil ocupa-
cional e na análise do desempenho ocupacional (MANCINI; BRANDÃO, 2020).
Caracterização do perfil ocupacional
O perfil ocupacional engloba as experiências de vida 
do paciente, no caso de o paciente ser uma criança, 
igualmente o padrão de vida diária, prioridades, inte-
resses, valores , necessidades e as características rela-
cionadas ao contexto de vida, o que facilita e as dificul-
dades encontradas. (MANCINI; BRANDÃO, 2020).
A partir do perfil ocupacional, podemos delinear uma prática centrada no 
cliente em que o processo posterior de intervenção possa ser individualizado 
considerando as singularidades de cada uma. Nesse caso da criança que é o 
nosso cliente (MANCINI; BRANDÃO, 2020).
Para que avaliar? Qual seu objetivo?
Já sabemos que a avaliação é uma coleta de dados que nos auxiliará no conhe-
cimento do paciente e no planejamento do nosso plano de ações terapêuticas.
Outra forma de olhar a avaliação é a considerar como um procedimento de tria-
gem ou para avaliar mais a fundo os problemas e as habilidades de nossos pacientes.Essa avaliação mais aprofundada do desempenho ocupacional pode servir a 
diferentes objetivos, como: 
 ■ Estabelecer a linha de base de desempenho: estabelece o desempenho da 
criança antes da efetivação da proposta de tratamento. Servindo de pa-
râmetro para os indicadores de mudança no final do acompanhamento.
 ■ Documentar progresso e comparar com as avaliações anteriores e poste-
riores: servem para medir se houve ganhos ou perdas e onde é necessário 
focar as intervenções. Quando as adaptações são implementadas, podem 
O perfil ocupacional 
engloba as 
experiências de vida 
do paciente
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
acompanhar o processo de independência da criança nessa área funcional 
(MANCINI; BRANDÃO, 2020).
 ■ Identificar habilidades ou comportamentos específicos: a avaliação do 
desempenho ocupacional realiza um mapeamento desse desempenho 
em diferentes áreas e aspectos. A identificação precoce de deficiências e/
ou incapacidades de uma criança é necessária para que possam ser enca-
minhadas para programas de intervenção precoce.
 ■ Predizer o desempenho futuro: a predição do desempenho é baseada em 
estimativas de probabilidades. Portanto, não devem ser compreendidas 
como determinantes do desempenho futuro.
Atuação do Terapeuta Ocupacional em UTI e Unidade 
Neonatal (UN)
Na UTI neonatal se encontram os recém nascidos (RN) prematuros com baixo 
peso, ou seja, peso inferior a 2500 Kg, que apresentam intercorrências clínicas 
e que necessitam dos cuidados intensivos. Esses são os nossos pacientes, nesse 
espaço tão temido por pais e familiares.
No imaginário das pessoas, é um local onde a morte está presente, e se o pa-
ciente está ali é porque não tem mais esperança. No entanto, isso é um mito. Sim, 
o estado do paciente é grave, por isso, na UTI, ele tem um cuidado mais atento e 
imediato, por conseguinte, intensivo, visando sempre manter a vida e evitar a morte.
Nas UTIs, os bebês nascidos a pré-termo têm mais riscos de apresentar 
alterações no seu desenvolvimento que podem causar diferentes graus de com-
prometimentos, por exemplo, surdez, paralisia cerebral, deficiência intelectual, 
dificuldades de aprendizagem dentre outras (FIGUEIREDO, 2022).
Esse bebês estão expostos, constantemente, a estímulos excessivos, tais como: 
sonoros, luminosos, dolorosos, devido a intervenção do cuidados, diminuição 
do contato com os pais, tão importante para a criação do vínculo familiar (FI-
GUEIREDO, 2022).
Nesse espaço, o terapeuta ocupacional deve focar na relação com o bebê e os 
pais, nas ocupações cotidianas e significativas do contexto hospitalar. Assim, o 
objetivo é focar nas coocupações de pais e bebês.
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 “ Segundo a AOTA (2020), “são ocupações compartilhadas por duas 
pessoas ou mais que incluem alto nível de intencionalidade e de 
envolvimento físico e/ou emocional, As ocupações relacionadas 
ao cuidado materno e paterno são exemplos de coocupações, pois 
envolvem participação ativa do cuidador e de quem recebe o cui-
dado” (FIGUEIREDO, 2022, p. 194).
O principal objetivo do terapeuta ocupacional, nesse espaço, é promover o for-
talecimento dos pais com o filho e o desenvolvimento neurocomportamental 
do RN, promovendo e potencializando o desenvolvimento infantil e intervindo 
com o posicionamento do bebê .
O profissional que atua na UTI deve ter conhecimento acerca de seu fun-
cionamento, cuidados, equipamentos etc. Logo, é primordial que o terapeuta 
ocupacional adquira esses conhecimentos preliminarmente.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Figura 1 – Aspectos a serem avaliados no contexto de UTIP / Fonte: Carlo e Kudo (2018, p. 332).
Descrição da Imagem: a figura se trata de um infográfico. Temos no centro a palavra avaliação destacada. Para 
cima segue uma linha até terapia ocupacional. No lado direito da avaliação, temos três quadros. No primeiro está 
escrito histórico ocupacional, no segundo : rede familiar de suporte, e no último, impacto da internação (pacien-
te/cuidador). Do lado esquerdo, temos: condições clínicas, nível de consciência, alterações percepto-cognitivas. 
Saindo da parte inferior, outros três quadrados: avaliações neuromusculares esqueléticas, desenvolvimento 
neuropsicomotor, e avaliação no desempenho ocupacional. Fim da descrição.
Avaliação
Terapia 
Ocupacional
Condições Clínicas Histórico ocupacional
Nível de consciência Rede familiar de suporte
Desenvolvimento 
neuropsicomotor
Alterações 
neuromusculares
esqueléticas
Alteração no 
desempenho
ocupacional
Alteração 
percepto-cognitiva
Impacto da internação 
(paciente/cuidador)
O terapeuta necessita se aprofundar no processo do desenvolvimento neuropsico-
motor desses pacientes, visando oferecer cuidado e promover o seu desenvolvimento.
Cuidados paliativos na infância 
Com relação aos cuidados paliativos na infância, entendemos que se trata, se-
gundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), da fase da infância de 0 a 
12 anos de vida (BRASIL, 1990).
Como é difícil falar da morte e do luto nessa fase da vida, pois vai contra uma 
ordem criada por nós, como natural, em que os mais velhos morrem primeiro. 
Essa é a primeira dificuldade, pois poucas crianças são incluídas nos cuidados 
paliativos devido ao seu agravo clínico, em que não só o paciente é envolvido, 
mas toda a família, que tem de lidar com uma ordem inversa da morte.
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O terapeuta ocupacional, para atuar nessa área, deve adquirir o conhecimento 
prévio das práticas multidisciplinares, fármacos necessários e seus efeitos. Agregan-
do esses conhecimentos aos seus, para proporcionar um atendimento de qualidade. 
Sempre considerando a fase do desenvolvimento e os marcos dessa faixa etária.
As ações do terapeuta ocupacional no cuidado paliativo na infância: 
 ■ ter domínio dos conhecimento específicos de sua área;
 ■ proporcionar uma avaliação dos sintomas apresentados e considerar as 
respostas da criança frente aos sintomas;
 ■ o foco deve estar voltado para as ocupações centrais, como brincar, es-
tudar, descansar, dormir, atividades diárias, visando a manutenção dos 
níveis de independência e autonomia;
 ■ investir em vínculos e estabelecer estratégias de vivência do adoecimento e 
do agravamento da condição de saúde. Um olhar e um fazer humanizado;
 ■ estabelecer uma assistência familiar separadamente;
 ■ implementar recursos terapêuticos para auxiliar na autonomia, como 
recursos de Tecnologia Assistiva, que se enquadrem na situação avaliada.
A Terapia Ocupacional é uma área de grande importância no cuidado paliativo 
infantil. O terapeuta ocupacional deve ter domínio dos conhecimentos espe-
cíficos de sua área e proporcionar uma avaliação dos sintomas apresentados, 
considerando as respostas da criança frente aos sintomas. 
Os cuidados paliativos geram muitas angústias nos profissionais e nos familiares, 
mas se compreendermos o tabu da morte, e do fim, podemos realizar um ótimo 
trabalho com o nosso paciente.
Por isso, indico o documentário Antes do pôr do sol se pôr, que ele se refere à finitu-
de e ao trabalho de cada profissional/pessoa ao cuidar de alguém em que a vida 
ainda está presente, mas com uma probabilidade de iminente finitude. Acesse o 
link: https://www.youtube.com/watch?v=6mJStV0tgOQ.
EU INDICO
O foco do terapeuta, no atendimento às crianças, deve estar voltado para as ocupa-
ções centrais, como brincar, estudar, descansar, dormir, atividades diárias, visando 
a manutenção dos níveis de independência e autonomia Além disso, é importante 
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https://www.youtube.com/watch?v=6mJStV0tgOQ
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
investir em vínculos e estabelecer estratégias de vivência do adoecimento e do 
agravamento da condição de saúde, com um olhar e um fazer humanizado.
A AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA 
ADOLESCÊNCIA E FASE ADULTA
Nessa etapa, falaremos da adolescência e da fase adulta. Mas porque juntar os 
dois se são etapas diferentes do desenvolvimento? Porque o adolescente já tem 
características no processo de adoecimento mais próximasdo adulto. 
As técnicas de coleta de dados e entrevistas específicas são as mesmas em 
todas as fases do desenvolvimento. Contudo, cada fase, principalmente as das 
extremidades infância e idoso, apresenta uma singularidade mais relevante, de-
vendo ser realizada separadamente.
Quando falamos de avaliação própria da Terapia Ocupacional precisamos buscar re-
cursos e instrumentos próprios para cada fase de vida e para o contexto em que o 
paciente/cliente se encontra. Indicamos a leitura do artigo científico Instrumentos de 
avaliação da Terapia Ocupacional para crianças e adolescentes no Brasil: uma revisão 
da literatura. https://www.scielo.br/j/cadbto/a/RbwKRv5FnJvhhqBXsyjySpQ/.
EU INDICO
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https://www.scielo.br/j/cadbto/a/RbwKRv5FnJvhhqBXsyjySpQ/
O objetivo primordial da avaliação é o desempenho ocupacional e as atividades 
de vida diária, proporcionando autonomia e independência. É imprescindível 
compreender e relacionar os agravos patológicos com os objetivos da Terapia 
Ocupacional sempre visando proporcionar a sua autonomia e independência.
Disfunções traumato-ortopédicas e os objetivos da Terapia 
Ocupacional 
No ambiente da clínica traumato-ortopédica, seja ela apartamento ou enfermaria, 
a característica básica é a permanecia restrita no leito e os procedimentos inva-
sivos necessários, como o fixador externo e/ou as trações esqueléticas, associada 
às alterações motoras e funcionais.
A faixa etária pode influenciar o modo como se percebe a doença e a restrição 
momentânea ou permanente da lesão. O maior público desse tipo de lesão são os 
adolescentes e adultos jovens. Quando há a necessidade de uma amputação traumá-
tica, há uma perda da funcionalidade e um quadro de problemas de saúde mental 
após o retorno para casa que agora foi totalmente mudada (CARLO; KUDO, 2018).
Neste pequeno vídeo, você verá como é importante o papel da Terapia Ocupacio-
nal ao atender um paciente com sepse (infecção generalizada), as indicações e 
o trabalho em equipe multidisciplinar. Acesse em: https://reabilitasepse.com.br/
terapia-ocupacional/.
EU INDICO
Não podemos desconsiderar a singularidade de cada ser humano, mas vamos 
relatar alguns objetivos da Terapia Ocupacional em clínica. 
 ■ favorecer a independência e a autonomia para a realização de algumas 
atividades de interesse pessoal;
 ■ favorecer a compreensão da doença e dos procedimentos realizados;
 ■ intervir no cotidiano do ambiente hospitalar, visando promover a 
autonomia;
 ■ estimular os atendimentos multidisciplinares;
 ■ auxiliar na preparação da alta hospitalar (CARLO; KUDO, 2018).
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https://reabilitasepse.com.br/terapia-ocupacional/
https://reabilitasepse.com.br/terapia-ocupacional/
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
A AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO IDOSO
Nessa etapa da vida, já temos muitas limitações físicas, sensoriais, cognitivas e 
até mesmo sociais. Para algumas pessoas, dependendo do modo como enxerga 
a vida, é o momento de espera pela morte. No entanto, ainda temos vida, e com 
ela pulsando temos que garantir a autonomia e a independência para viver até o 
último minuto que nos resta.
Indico o artigo científico Atuação de terapeutas ocupacionais com idosos frágeis, 
mostrando o fazer da Terapia Ocupacional nessa vertente. Acesse em: https://
www.scielo.br/j/cadbto/a/rm98LQVXLs5gRwN9JzwHpFt/.
EU INDICO
Quando falamos de idosos, pensamos na finitude. Entretanto, hoje, com o aumen-
to da expectativa de vida, há pessoas com mais de 90 anos em pleno gozo de suas 
atividades ocupacionais e vivendo com autonomia e independência. Contudo, 
também temos alguns idosos frágeis que necessitam de um cuidado mais atento. 
A avaliação do idoso no contexto hospitalar
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https://www.scielo.br/j/cadbto/a/rm98LQVXLs5gRwN9JzwHpFt/
https://www.scielo.br/j/cadbto/a/rm98LQVXLs5gRwN9JzwHpFt/
Na internação, o idoso começa a perceber, em alguns casos, seu corpo e suas 
limitações físicas, iniciando-se as queixas. Por isso, é importante um acompa-
nhamento multidisciplinar para atender todas as demandas desse ser humano 
que está sob os nossos cuidados.
O terapeuta ocupacional, ao fazer sua avaliação deve verificar as causas orgâ-
nicas, funcionais e as questões psicossociais que afligem o paciente para traçar o 
plano de atendimento. Nesse momento, são utilizados instrumentos de avaliação 
funcional das estruturas mentais, emocionais, e sociais, além do desempenho na 
realização das atividades de vida diária, e a autonomia do idoso.
Na avaliação, o terapeuta deve estabelecer algumas estratégias a serem reali-
zadas no plano de atendimento. Algumas delas são: 
PREVENIR
Prevenir o aparecimento de deformidades por meio de mobilização no leito.
MELHORAR
Melhorar as funções sensório-motores e físicas com estímulos sensoriais e 
proprioceptivos.
FACILITAR 
Facilitar a melhora da capacidade motora, evitando, se possível, a permanência por 
tempo prolongado no leito.
MELHORAR
Melhorar a capacidade funcional para a realização das atividades de vida diária.
ESTIMULAR
Estimular as funções cognitivas e motoras, caso estejam comprometidas.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Outros componentes importantes que o terapeuta ocupacional deve trabalhar é 
com o cuidador formal e os familiares. Eles estão em contato com o paciente dia-
riamente e podem nos auxiliar a manter o posicionamento correto. Por exemplo, 
nos informar das mudanças cognitivas, das desorientações tempo-espaço, que é 
muito comum depois de uma internação longa.
Quando se percebe a necessidade pode-se indicar como recursos terapêuticos 
as órteses de posicionamento, recursos da tecnologia assistiva. Caso haja impos-
sibilidade de comunicação, indicar a prancha de comunicação, dentre outros 
recursos, com a fonoaudióloga que faz parte da equipe. 
Para Sempre Alice 
O grande mérito do filme Para Sempre Alice é mostrar as per-
cepções dos sintomas a partir de quem tem Alzheimer, tornando 
o enredo muito interessante para ajudar a entender a doença.
Com o avanço do Alzheimer, a pessoa vai perdendo suas habili-
dades, que lhe dão autonomia. O terapeuta ocupacional, nesse 
caso, trabalha a perda das habilidades e da memória, sempre 
pensando na qualidade de vida mínima desse paciente e no 
auxílio à família a partir dessa nova rotina que muda a cada dia.
INDICAÇÃO DE FILME
O olhar do terapeuta deve ser sempre atento, pois as complicações no idoso acon-
tecem muito rápidas, mesmo em ambientes controlados como o hospital. Uma 
simples baixa ingesta de água pode levar o idoso a uma crise de desorientação 
cognitiva até a crises de delírios.
Convidamos você a assistir ao nosso vídeo e enriquecer os seus estudos. Neste 
vídeo, falaremos a respeito de temas relevantes para a área. Recursos de mídia 
disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EM FOCO
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NOVOS DESAFIOS
Estudante, você está quase pronto para entrar no hospital e sair avaliando os pa-
cientes encaminhados. Quase, pois é necessário, além do conhecimento próprio, 
fazer as relações dos conteúdos específicos das patologias que estão levando os 
pacientes a adoecerem e que, os quais, estarão sob o seu cuidado.
Como percebemos, os profissionais da área a saúde necessitam de um conhecimento 
prévio para adentrarem e atuarem nos espaços hospitalares, como no caso das 
UTIS, leitos de isolamento, serviços de hemodiálises. 
Estudante, diante do que está aprendendo, você já tem a possibilidade de corre-
lacionar teoria e prática e criar um raciocínio clínico efetivo para o bom desem-
penho clínico no cuidar do seu futuro paciente, seja qual for a fase do desenvol-
vimento humano que ele se encontra.
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1. Com o perfil ocupacional, podemos delinear uma prática centrada no cliente, em que o 
processo posterior de intervenção possa ser individualizado considerando as singularida-
des de cada uma. Nesse caso, da criança que é o nosso cliente (MANCINI; PFEIFER, 2020).
Essa avaliação mais aprofundada do desempenho ocupacional pode servir a diferentes

Mais conteúdos dessa disciplina