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Aula 11 - Profª. 
Alessandra Lopes
 CNU - Desafios do Estado de Direito -
2024 (Pós-Edital)
Autor:
Alessandra Lopes, André Rocha,
Equipe André Rocha, Ricardo
Torques
20 de Março de 2024
02849056235 - nazare maciel da silva
 
 
 
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SUMÁRIO 
Introdução ........................................................................................................................................................ 2 
1. Como é constituído o Sistema Político ................................................................................................ 2 
2. Sistema de Governo ................................................................................................................................ 5 
3. Presidencialismo – Noções Gerais ........................................................................................................ 6 
3.1 Características Básicas do Presidencialismo (perspectiva do Direito Constitucional) ............... 8 
3.2 Controle dos e entre os Poderes ..................................................................................................... 10 
4. Capacidade Governativa ...................................................................................................................... 11 
5. História do Presidencialismo no Brasil: Um Panorama Geral ......................................................... 16 
6. Especificidade do presidencialismo Brasileiro .................................................................................. 18 
6.1 Presidencialismo de Coalizão ........................................................................................................... 20 
6.1.1Tensões nas coalizões .................................................................................................................. 25 
6.2 Presidencialismo: Abordagem das Crises ................................................................................. 26 
7. À guisa de uma conclusão ................................................................................................................... 28 
Lista de questões sem comentários ........................................................................................................... 29 
Gabarito .......................................................................................................................................................... 40 
Lista de Questões com comentários .......................................................................................................... 40 
 
 
Alessandra Lopes, André Rocha, Equipe André Rocha, Ricardo Torques
Aula 11 - Profª. Alessandra Lopes
 CNU - Desafios do Estado de Direito - 2024 (Pós-Edital)
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INTRODUÇÃO 
2.3 - Presidencialismo como sistema de governo: noções gerais, capacidades governativas e 
especificidades do caso brasileiro 
Queridas e queridos, 
Este último capítulo do nosso curso se dedica ao exame do Presidencialismo, um pilar fundamental do 
sistema político, mais especificamente dos sistemas de governo contemporâneos e, particularmente, da 
estrutura política brasileira. Veja que se trata do estudo sobre o Estado Brasileiro. 
É uma aula teórica, com abordagem na Ciência Política, mas que deve manter um diálogo com a realidade 
da história brasileira na medida em que o edital colocou "especificidades do caso brasileiro". 
Alerto para o fato de que não temos questões de Cesgranrio desse tema. A maioria das questões de concurso 
são do Direito Constitucional, pegando as competências constitucionais do Poder Executivo. Esse 
conhecimento do DC é importante sim, mas essa prova deve extrapolar essa perspectiva. 
Assim, começaremos definindo o que é sistema político para, então, partir para cada uma das engrenagens 
dele nos aproximando do sistema de governo presidencialista. 
Vamos lá! 
1. COMO É CONSTITUÍDO O SISTEMA POLÍTICO 
 
O sistema político de um país é formado pelo conjunto de instituições políticas que 
existem para definir a constituição do poder político do Estado, garantir a 
organização administrativa e os processos políticos de tomada de decisão. 
 
Foi para compreender essa complexidade política que os pensadores foram separando em camadas os 
diferentes aspectos do sistema e, dessa forma, chegamos às noções de Forma de Governo, Sistema de 
Governo e Regimes Políticos. Não vamos esquecer que representação política, sistemas partidários e 
eleitorais também fazem parte das engrenagens do sistema. 
Alessandra Lopes, André Rocha, Equipe André Rocha, Ricardo Torques
Aula 11 - Profª. Alessandra Lopes
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→ Forma de Estado se refere à organização espacial e territorial do poder político dentro de um país. 
Esse conceito destina-se a descrever como o poder é distribuído geograficamente e como o Estado é 
estruturado em termos de centralização ou descentralização. As formas de Estado mais comuns 
incluem: Estado Unitário e Estado Federado. 
→ A Forma de Governo determina a estrutura fundamental de como um país é governado. Isso pode 
envolver questões como quem detém o poder, qual é a sua base de legitimidade e como a autoridade 
é transmitida. Assim, a palavra chave é aqui AUTORIDADE. 
 
→ Sistema de Governo se refere a como o poder político está dividido e como os detentores do poder 
se relacionam. É preciso lembrar de que a discussão sobre sistema de governo foi chave no momento 
de formulação dos Estados Constitucionais. Assim, buscava-se encontrar um sistema de governo que 
impedisse a concentração de poderes e garantisse a proteção dos direitos e liberdades. Portanto, a 
grande pergunta era (e tem sido, sobretudo, nos momentos de crise do sistema político): qual sistema 
de governo gera melhor equilíbrio entre o poderes? Aqui a noção chave é DIVISÂO e RELAÇÃO ENTRE 
PODERES. 
 
→ Regime Político diz respeito à estrutura global da realidade política, com todo o seu complexo 
institucional e ideológico, segundo Maurice Duverger. Diz o estudioso francês:"no sentido amplo 
chama-se regime político a forma que, num dado grupo social, assume a distinção entre governantes 
governados." Assim, aqui estamos falando da forma como o poder é exercido, quais as regras e as 
instituições usadas para estabelecer o exercício do poder político do Estado. 
Forma de 
Estado
Federado 
Unitário
Forma de 
Governo
Monarquia
República
Sistema de 
Governo
Presidencialista
Parlamentarista
Regime 
Político
Democracia
Ditadura
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 Brasil é: 
 Estado Federado 
 Forma de Governo: República 
 Sistema de Governo: Presidencialista 
 Regime Político: Democrático 
 Confere a definição constitucional: 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem 
como fundamentos:1 
Para os objetivos da sua prova, vamos agora passar aos estudos do Sistema de Governo, ok. Mas quero 
lembrar que esta aula deve ser relacionada às nossas duas primeiras aulas, ok? 
Vamos lá. 
 
1 BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: 
Presidência da República, [2016]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ 
Constituiçao.htm. Acesso em: 02/10/2023. 
Estado
Forma 
de 
Governo
Sistema 
de 
governo
Regime 
Político 
(ou 
regime 
de 
governo)
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2. SISTEMA DE GOVERNO 
Vamos retomar: Sistema de Governo se refere a como o poder político está dividido e 
como os detentores do poder se relacionam. É preciso lembrar de que a discussão sobre 
sistema de governo foi chave no momento de formulação dos Estados Constitucionais. 
Assim, buscava-se encontrar um sistema de governo que impedisse a concentração de 
poderes e garantisse a proteção dos direitos e liberdades. Portanto, a grande pergunta 
era (e tem sido, sobretudo, nos momentos de crise do sistema político): qual sistema de governo gera melhor 
equilíbrio entre o poderes? Aqui a noção chave é DIVISÂO e RELAÇÃO ENTRE PODERES. 
 Assim, vejamos a sistematização de dois aspectos centrais em relação ao sistema de governo : 
 Divisão de Poderes: O Sistema de Governo trata da divisão de poderes. Há três poderes distintos: 
Executivo, Legislativo e Judiciário. A distribuição desses poderes e suas respectivas funções visam a 
evitar a concentração excessiva de autoridade em um único órgão e a proteger os direitos individuais. 
 
 Relação entre os Poderes: Além da divisão de poderes, o Sistema de Governo determina como esses 
ramos interagem entre si. Em sistemas parlamentaristas, o Executivo e o Legislativo estão 
intimamente ligados, enquanto em sistemas presidencialistas, eles geralmente operam de forma 
mais independente. 
 
Assim, é impossível debater o sistema de governo sem considerar a questão da separação de 
poderes. O sistema de governo não pode ser desvinculado da forma como o poder é dividido 
e exercido pelas instituições governamentais. Daí decorre a discussão intrínseca ao sistema de 
governo: a relação entre os poderes. 
A forma como o poder político se dividiria e seria executado deu origem às definições de parlamentarismo e 
presidencialismo. Por isso, é importante trazer à luz as nuances desses dois sistemas. 
 No parlamentarismo, uma parte das funções executivas é transferida para o Poder Legislativo. Assim, 
o Legislativo não apenas legisla, mas também assume funções executivas. Isso resulta em uma 
concentração de poder no Legislativo, colocando-o em posição superior à do Executivo. No entanto, 
o Executivo ainda retém uma fração de atividades executivas, principalmente as relacionadas à 
representação do Estado nas relações internacionais. 
 
 No presidencialismo puro, ocorre uma distribuição mais equitativa de competências entre os ramos 
do governo: o Legislativo legisla, o Executivo administra, tanto interna quanto externamente, e o 
Judiciário julga. Contudo, lembre-se de que, na disciplina de Direito Constitucional, cada um dos 
poderes tem funções típicas e atípicas. 
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Perceberam como o sistema de governo está intrinsecamente ligado à divisão do 
poder e mais precisamente sobre a execução, ou seja, a competências dos poderes? 
Segundo Paulo Bonavides2, o parlamentarismo pode ser considerado uma derivação 
da teoria tradicional da tripartição de poderes, enquanto o presidencialismo se alinha 
mais com a distribuição igualitária de competências entre os ramos do governo. 
3. PRESIDENCIALISMO – NOÇÕES GERAIS 
 Origens: 
Origens Históricas: O presidencialismo tem suas origens na filosofia política dos Estados Unidos e, em 
particular, na Constituição dos Estados Unidos de 1787. A Constituição dos EUA estabeleceu um sistema 
presidencialista com uma clara separação de poderes entre o Legislativo (Congresso), o Executivo 
(presidente) e o Judiciário (Suprema Corte) com definição clara das competências de cada poder na 
Constituição. 
Relação com a Tripartição de Poderes: No presidencialismo, a distribuição de competências é mais equânime 
em comparação ao parlamentarismo. Cada ramo do governo tem funções distintas e poderes 
independentes. O Legislativo é responsável pela elaboração de leis, o Executivo é encarregado da 
administração do governo, tanto interna quanto externamente, e o Judiciário é responsável pela 
interpretação das leis e pela aplicação da justiça. Essa distribuição equilibrada de competências reflete a 
ideia de separação de poderes preconizada por Montesquieu, na França do final do século XVIII. 
 Definição: 
O presidencialismo é caracterizado, principalmente, pela separação e independência entre os poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário. Esta divisão funcional visa a um equilíbrio de poder, prevenindo abusos e 
promovendo uma governança equilibrada. 
 
2 BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. São Paulo: Ed. Malheiros, 2010, p. 317 
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No coração deste sistema está a figura do presidente, que detém as funções de chefe de 
estado, representando a nação em questões diplomáticas e simbólicas, e de chefe de 
governo, dirigindo a administração pública e a execução de políticas. 
Diferentemente de outros sistemas, no presidencialismo, o presidente é eleito diretamente pelo povo, para 
um mandato fixo, o que atribui um forte senso democrático e de legitimidade ao seu governo, já que não 
pode ser facilmente removido do poder antes do término de seu mandato, exceto em casos de impeachment 
sob circunstâncias graves. 
O Presidente traça a política geral e dirige a administração de maneira autônoma em relação ao Parlamento, 
portanto, o Presidente é plenamente responsável pelos atos de governo e da administração pública. Por 
isso, quando falarmos em "capacidade governativa", veremos a centralidade do Poder Executivo e do 
Presidente. 
Além disso, é o Presidente é capaz de montar seu próprio ministério. Por isso, os ministros devem seguir a 
política do presidente e não sua ou do seu partido. Importante reparar nisso, especialmente para o caso do 
Brasil que, em geral, vemos que os ministérios são fruto de alianças e acordos políticos entre o chefe do 
Poder Executivo, seu partido e os partidos de sua base aliada. 
A separação dos poderes é um princípio chave no presidencialismo. Este modelo busca garantir que 
nenhum braço do governo tenha poder excessivo capaz de levar a um desgoverno ou a uma tirania. O 
Executivo, liderado pelo presidente, é responsável pela implementação das leis e pela condução da política 
externa e interna. O Legislativo, composto por duas casas– uma câmara baixa (como uma Câmara dos 
Deputados representante do povo) e uma câmara alta (como um Senado, representante dos Estados 
federados) –, tem a função de criar leis, enquanto o Judiciário interpreta essas leis e julga sua conformidade 
com a constituição. 
 
Darcy Azambuja ressalta que essa separação não é oposição entre eles, mas sim ausência 
de subordinação, são independentes dentro das atribuições que a Constituição lhes 
outorga, colaborando sempre um com o outro.3 
 
3 AZAMBUJA, Darcy. Introdução à Ciência Política. São Paulo, Ed. Globo, 2008, p. 307 
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Nessa relação com os poderes e a capacidade de controlar um ao outro, ao Presidente cabe a prerrogativa 
do poder de veto - isto é: negar totalmente ou parcialmente a aprovação das leis criadas pelo Legislativo. 
Lembrando que o Legislativo tem o poder de derrubar o veto. 
 
3.1 Características Básicas do Presidencialismo (perspectiva do 
Direito Constitucional) 
 Chefe de Estado e Chefe de Governo Único: 
 No presidencialismo,o Presidente da República é tanto o Chefe de Estado quanto o Chefe de 
Governo, acumulando ambas as funções. 
 
 Chefia de Governo Unipessoal: 
 A responsabilidade pela definição de diretrizes do poder executivo cabe exclusivamente ao 
Presidente da República. 
 
 Escolha Direta pelo Povo: 
 O Presidente da República é escolhido diretamente pelo povo em eleições populares, não apenas 
pelos parlamentares. 
 Mesmo que um partido receba menos votos, ainda pode eleger o Presidente, pois o voto é na figura 
do candidato, caracterizando o personalismo. 
 
 Prazo Determinado para o Mandato: 
 Um prazo determinado é estabelecido para o mandato do Presidente da República, evitando uma 
monarquia eletiva. No caso do Brasil, há a "rotatividade", pois uma mesma pessoa somente pode ser 
Presidente de forma sucessiva apenas em um segundo mandato de reeleição. 
 
 Poder de Veto do Presidente: 
 O Presidente tem o poder de veto para evitar o risco de uma ditadura legislativa, permitindo-lhe 
interferir no processo legislativo por meio do veto. Vale lembrar que o Presidente também tem 
capacidade de iniciativa legislativa, seja por propor matérias de competência geral, seja por 
apresentar proposições legislativas de competência privativa. 
 
 Princípio da Derivação dos Poderes da Nação (Conforme Paulo Bonavides): 
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 Historicamente, o presidencialismo adotou o princípio clássico da separação de poderes. 
 O Presidente deriva seus poderes diretamente da Nação. 
 
 
 
VUNESP - 2022 - Procurador Jurídico (DAE Bauru) 
 O Brasil adotou na Constituição de 1988 o sistema presidencialista de governo, o qual difere 
do sistema parlamentarista. A esse respeito, é correto afirmar: 
A)no sistema parlamentarista, a Chefia de Estado cabe a um Monarca vitalício e hereditário, 
cabendo ao Primeiro Ministro a função de Chefe de Governo. 
B)o sistema presidencialista no Brasil é tratado como cláusula pétrea, não podendo ser objeto 
de emenda constitucional. 
C)a função de Chefe de Governo do Presidente da República concentra tanto a gerência dos 
negócios internos de natureza política quanto dos negócios internos de natureza 
administrativa. 
D) o sistema parlamentarista de governo não é compatível com a existência de um Presidente 
da República. 
Comentários: 
A)Esta afirmação está incorreta. No sistema parlamentarista, o Chefe de Estado pode ser um 
monarca (como em monarquias parlamentaristas) ou um presidente (como em repúblicas 
parlamentaristas). O Primeiro Ministro geralmente desempenha a função de Chefe de 
Governo. 
B) Esta afirmação está incorreta. O sistema presidencialista não é uma cláusula pétrea na 
Constituição brasileira e, portanto, pode ser objeto de emenda constitucional, embora seja um 
tema político importante que pode ser controverso. 
C) Esta afirmação está correta. No sistema presidencialista, o Presidente da República 
desempenha o papel de Chefe de Estado e Chefe de Governo, concentrando tanto a gerência 
dos assuntos políticos quanto dos administrativos do país. 
D) Esta afirmação está incorreta. O sistema parlamentarista é compatível com a existência de 
um Presidente da República em repúblicas parlamentaristas, onde o Presidente é muitas vezes 
uma figura cerimonial, enquanto o poder executivo real é exercido pelo Primeiro Ministro, que 
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é o líder do partido majoritário no parlamento. Portanto, a coexistência de um Presidente e 
um sistema parlamentarista é possível em certos arranjos políticos. 
Gabarito: C 
 
 3.2 Controle dos e entre os Poderes 
A separação dos poderes é fundamental para gerar equilíbrio, proteger os direitos e garantir estabilidade. Já 
vimos isso, certo? Contudo, como garantir que as pessoas no Governo não irão abusar de seu poder? Essa 
era - e contina sendo - uma pergunta fundamental da discussão sobre sistema político e, mais 
especificamente, sobre sistema de governo. Essa é a pergunta que norteia esta seção - e também poderia 
ser motivo de cobrança em sua prova. 
Vamos recorrer à leitura das elaborações dos Federalistas, no contexto, da elaboração da Constituição dos 
Estados Unidos porque os mecanismo defendidos por eles influenciaram a organização do sistema político 
de boa parte do mundo Ocidental. 
Tudo começa, para os Federalistas, com a discussão sobre a natureza humana e sua relação com o exercício 
do poder. "Afinal, o que é o próprio governo senão o maior de todos os reflexos da natureza humana? Se os 
homens fossem anjos, não seria necessário haver governos." Esta afirmação de James Madison, presente no 
"O Federalista" n. 51, encapsula a visão dos autores deste documento sobre a natureza humana, que serve 
como fundamento para suas reflexões profundas. Eles adotaram uma abordagem realista, às vezes até 
pessimista, em relação ao comportamento humano, uma visão que permeia diversas passagens de "O 
Federalista". 
Em outro exemplo, no "O Federalista" n. 6, Alexander Hamilton lembra-nos que nunca devemos esquecer 
de que os seres humanos são, por natureza, "ambiciosos, vingativos e ávidos". Ignorar essa realidade, para 
o autor, seria negar a longa trajetória da experiência humana ao longo dos séculos. 
Essa abordagem sobre a natureza humana é um recurso de argumentação fundamental para justificar a 
necessidade de estabelecer um Estado e, mais importante, de criar controles rigorosos sobre aqueles que 
detêm o poder. Afinal, como Madison nos lembra, os seres humanos não são governados por anjos, mas sim 
por seus semelhantes, o que torna essencial o controle sobre o poder que eles detêm. 
Quando um governo é formado por indivíduos que têm autoridade sobre seus compatriotas, a grande 
dificuldade é capacitá-los a controlar aqueles que governam e, em seguida, obrigá-los a exercer 
autocontrole. Portanto, as estruturas internas do governo (as instituições) devem ser projetadas de forma 
a funcionar como um mecanismo de defesa contra a inclinação natural do poder em se tornar arbitrário e 
tirânico. 
Nesse ponto, o argumento dos Federalistas americanos segue de perto as máximas do pensamento liberal 
e constitucional, às quais os autores se alinham como expoentes. Reconhecendo que, dada a natureza 
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humana, qualquer indivíduo que detenha poder tem tendência a abusar dele, os autores argumentam que 
o poder deve ser eficazmente controlado para que não ultrapasse os limites estabelecidos. 
Para alcançar essa limitação do poder, dada sua tendência inerente à usurpação, é necessário que haja um 
contrapoder - sistema de freios e contrapesos. É aqui que "O Federalista" se aproxima do pensamento de 
Montesquieu e desenvolve a teoria da separação de poderes e dos múltiplos controles. No entanto, a 
abordagem apresentada em "O Federalista" traz nuances específicas que a diferenciam. Vejamos na 
sequência. 
Enquanto Montesquieu ainda estava ligado à ideia de um "governo misto", no qual diferentes grupos sociais 
detinham diferentes poderes, os Federalistas buscavam novas bases para defender um governo popular nos 
Estados Unidos, onde as condições sociais para um "governo misto" não se aplicavam - uma vez que não 
havia aristocracia nobre. Assim, os autores enfatizaram a aplicação do princípio da separação de poderes 
como uma medida constitucional para garantir a liberdade e maisprofundamente o sistema de 
representação como forma de organizar o sistema político. 
A separação de poderes, conforme apresentada pelos Federalistas não é baseada na premissa de um povo 
virtuoso, como alguns sugeriram. Em vez disso, ela se apoia na necessidade de conter os interesses e 
ambições pessoais dos seres humanos, que buscam acumular poder. Para isso, é essencial que os diferentes 
ramos do governo sejam dotados de força suficiente para resistir às ameaças uns dos outros e, assim, garantir 
que cada um permaneça dentro dos limites estabelecidos pela Constituição. 
 
Portanto, podemos afirmar que o controle sobre os poderes, a fim de garantir a liberdade 
e evitar a tirania e todo tipo de abuso de poder não é de ordem moral, mas sim 
institucional. 
4. CAPACIDADE GOVERNATIVA 
Independentemente da ideologia política, os governantes brasileiros se deparam com 
desafios similares, como o ajuste econômico e a reforma do Estado, influenciados tanto 
por fatores exógenos (crises internacionais, como os choques do petróleo e a crise da 
dívida externa) quanto por questões internas (o esgotamento do modelo 
desenvolvimentista baseado na substituição de importações e a crise do modelo estatal 
associado). 
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A solução para essas questões vai depender muito da capacidade governativa desses atores. 
Mas o que é capacidade governativa, professora? 
A capacidade governativa, conforme discutida por Maria Helena de Castro Santos4, refere-se à habilidade de 
um sistema político em formular e implementar políticas públicas que respondam eficazmente às 
necessidades da sociedade. Este conceito é proposto pela autora como uma maneira de sintetizar e superar 
as ambiguidades encontradas nos termos governabilidade e governança, fornecendo uma perspectiva mais 
integrada que abrange tanto aspectos operacionais quanto políticos do Estado. 
Entenda a diferença entre os conceitos: 
→ Governabilidade refere-se às condições sistêmicas e institucionais sob as quais o poder é exercido. 
Esse conceito está relacionado às características estruturais do sistema político, como a forma de 
governo, as relações entre os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), o sistema de intermediação 
de interesses (como partidos políticos e grupos de pressão) e a arquitetura institucional do Estado. 
Historicamente, o termo "governabilidade" tem sido usado para discutir a capacidade ou dificuldade 
dos governos de implementar suas agendas políticas dentro dessas estruturas sistêmicas. Por isso, 
está diretamente relacionado à legitimidade do governo, já que se ele e exitoso será mais legítimo. 
 
 
 
 
 
 
→ Governança (ou Governance), originalmente refere-se ao modo como a autoridade é exercida na 
administração dos recursos econômicos e sociais de um país. No entanto, com o tempo, o conceito 
de governança ampliou-se para incluir práticas e mecanismos que promovem a eficiência, a 
transparência, a responsabilidade e a participação no processo de gestão pública. Governança 
envolve tanto os aspectos administrativos e gerenciais do governo quanto as interações entre o 
Estado e a sociedade civil, abordando questões como regulamentação, políticas públicas, 
participação cidadã e parcerias entre setores público e privado. 
 
 
 
4 SANTOS, Maria Helena de Castro. Governabilidade, governança e capacidade governativa: algumas 
notas. Brasília: Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), 2001. (Texto para discussão, 11). 
Disponível em: [file:///C:/Users/ale.lopes/Desktop/EC/CNU%20-/capacidade%20governativa.pdf]. 
Acesso em: [19/03/2024]. 
OPERACIONAL 
POLÍTICA 
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Capacidade Governativa é um conceito proposto por Santos para integrar e superar as limitações dos 
conceitos de governabilidade e governança. A capacidade governativa refere-se à habilidade do sistema 
político de formular e implementar políticas públicas eficazes que atendam às necessidades da sociedade. 
Este conceito abrange tanto a dimensão operacional e administrativa do Estado (ligada à governança) 
quanto sua dimensão política e institucional (ligada à governabilidade). Inclui a capacidade de identificar 
problemas sociais, formular respostas políticas, mobilizar recursos e apoio político, e implementar soluções 
de maneira eficiente e democrática. Portanto, a capacidade governativa engloba as habilidades necessárias 
para conduzir o governo de maneira eficaz, responsiva e inclusiva, mantendo o equilíbrio entre eficiência 
administrativa e legitimidade democrática. 
 
Em suma, enquanto "governabilidade" se concentra nas condições sistêmicas que permitem o exercício do 
poder, "governança" foca no exercício prático desse poder e nas interações entre Estado e sociedade. 
"Capacidade governativa", por outro lado, é um termo mais abrangente que une ambos os aspectos, 
destacando a habilidade do governo de responder efetivamente aos desafios sociais e políticos dentro de 
um quadro democrático. 
 
OPERACIONAL POLÍTICO
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Essa definição geral de capacidade governativa serve bem aos nossos propósitos. Por um lado, 
engloba tanto características operacionais do Estado, em que se analisam a eficiência de sua 
máquina administrativa, novas formas de gestão pública, mecanismos de regulação e controle, 
como sua dimensão política, em que se investigam as características das coalizões de 
sustentação do governo, do processo decisório, das relações Executivo-Legislativo, do sistema 
partidário, além da atuação do Judiciário como ator político e a capacidade de liderança e 
coordenação do governo.5 
 
5 SANTOS, Maria Helena de Castro. Governabilidade, governança e capacidade governativa: algumas 
notas. Brasília: Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), 2001. (Texto para discussão, 11). 
Capacidade 
governativa
Aspectos 
Operacionais
Implementação de 
Política Públicas
gestão, regulação, 
controle
Aspectos Políticos
Formação de alianças 
e coalizões de apoio
relação entre 
poderes
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 Aspectos Principais da Capacidade Governativa: 
Formulação de Políticas Públicas: Envolve a capacidade do sistema político de identificar problemas sociais 
e econômicos e de desenvolver estratégias e políticas eficazes para solucioná-los. Este processo requer um 
entendimento profundo das necessidades da sociedade, bem como conhecimento técnico e criatividade 
política para desenhar soluções adequadas. 
Implementação de Políticas: Refere-se à habilidade do governo de colocar em prática as políticas 
formuladas, mobilizando os recursos políticos, administrativos e financeiros necessários. A implementação 
efetiva depende da competência administrativa do Estado, da colaboração entre diferentes níveis de 
governo e da capacidade de engajar outros atores sociais e econômicos no processo. 
Desenvolvimento de Coalizões de Apoio: Destaca a importância da habilidade política do governo em 
construir e manter coalizões de apoio que possam sustentar suas políticas. Essa capacidade é crucial, 
especialmente em sistemas democráticos, onde a negociaçãoe o compromisso entre diferentes grupos e 
interesses são fundamentais para a governabilidade. 
Contexto Democrático: A capacidade governativa está relacionada à forma como o Estado interage com a 
sociedade e como as decisões políticas são tomadas e implementadas dentro de um quadro democrático. 
Isso envolve a participação da sociedade nas decisões políticas, a transparência dos processos 
governamentais e o respeito aos direitos humanos e às liberdades civis. 
Eficiência Operacional do Estado: Inclui aspectos como a qualidade da administração pública, os 
mecanismos de regulação e controle, e as práticas de gestão pública. A capacidade governativa está 
intrinsecamente ligada à capacidade do Estado de operar de maneira eficiente e transparente. 
No contexto brasileiro, Santos argumenta que a capacidade governativa é particularmente desafiadora, dado 
o complexo cenário político, econômico e social do país. A formação de coalizões políticas, a negociação 
entre diferentes níveis de governo e a gestão de recursos em um ambiente de restrições fiscais são 
aspectos que demandam habilidades específicas dos governantes. Além disso, o desafio de manter a ordem 
democrática e promover o desenvolvimento social e econômico sustentável requer uma abordagem 
integrada que combine eficiência administrativa com legitimidade política. 
Além disso, a literatura da Ciência Política traz a noção de que o Poder Executivo tem grande capacidade de 
agenda6. Contudo, sem formação de maioria parlamentar não há aprovação. Assim, vamos debater 
capacidade governativa, na prática, ao estudarmos sobre o presidencialismo brasileira, o presidencialismo 
de coalizão e a relação entre poder executivo e legislativo. 
 
 
Disponível em: [file:///C:/Users/ale.lopes/Desktop/EC/CNU%20-/capacidade%20governativa.pdf]. 
Acesso em: [19/03/2024]. 
6 FIGUEIREDO, Argelina; LIMONGI, Fernando. Poder de Agenda e Políticas Substantivas. 
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5. HISTÓRIA DO PRESIDENCIALISMO NO BRASIL: UM 
PANORAMA GERAL 
O presidencialismo no Brasil possui uma trajetória singular, moldada por eventos históricos e contextos 
sociais específicos. Seu início remonta à Proclamação da República em 1889, um movimento 
predominantemente militar que destituiu a monarquia e estabeleceu as bases para os primeiros governos 
republicanos. Esses primeiros anos da república, muitas vezes chamados de "República Velha", foram 
caracterizados por governos autoritários e um cenário político marcado por baixa participação popular, um 
eleitorado restrito e uma forte fragmentação política. O poder estava largamente nas mãos de oligarquias 
locais, refletindo os interesses da elite agrária em uma sociedade ainda majoritariamente rural. 
Durante esse período, o modelo brasileiro de governo estava longe do ideal democrático delineado nas 
"Poliarquias" de Robert Dahl, onde pluralismo político e participação cidadã são essenciais. No Brasil, a 
política era dominada por poucos, com eleições frequentemente manipuladas para garantir a continuidade 
do poder nas mãos de um seleto grupo de líderes regionais. 
A história do presidencialismo brasileiro também experimentou um breve interlúdio parlamentarista entre 
1961 e 1963. Esse período foi marcado pela tentativa de implementar um sistema de governo em que o 
presidente da República era escolhido indiretamente pelo Congresso Nacional. Essa mudança surgiu como 
uma solução de compromisso após a crise política que envolveu a renúncia do presidente Jânio Quadros e a 
subsequente resistência à posse do vice-presidente João Goulart. No entanto, essa experiência 
parlamentarista foi de curta duração, terminando com o retorno ao presidencialismo em 1963 após um 
plebiscito no qual o eleitorado escolheu o presidencialismo. 
Durante o regime Militar (1964-1985) houve o fortalecimento do papel do presidente da República 
ampliando sua capacidade de iniciativa e formulação de agenda. 
O capítulo mais recente da história do presidencialismo brasileiro começa com a Constituição de 1988, 
elaborada no contexto da redemocratização do país após duas décadas de regime militar. Durante os 
trabalhos da Assembleia Constituinte, houve debates significativos sobre a forma de governo que o Brasil 
deveria adotar. Embora o projeto inicial sugerisse um modelo parlamentarista, com importantes poderes 
atribuídos ao presidente da República (um formato semipresidencialista), a opção pelo presidencialismo 
acabou prevalecendo. Essa escolha foi posteriormente reafirmada pelo plebiscito de 1993, no qual a 
população brasileira votou pela manutenção do sistema presidencialista. 
 
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Olha que interessante esse artigo de Michel Temer escrito para o Jornal Folha de São Paulo, no contexto da 
Constituinte Brasileira, em 1987, para defender o presidencialismo como o sistema de governo capaz de 
gerar maior equilíbrio entre os poderes e, com isso, garantir estabilidade de governo e o processo 
democrático. 
No parlamentarismo desloca-se uma parcela da atividade executiva para o Poder 
Legislativo. Este, sobre legislar, passa, também, a executar. No parlamentarismo, 
portanto, há uma concentração de poder no Legislativo (enquanto soma de 
competências), que o coloca em nível superior ao do Executivo. A este remanesce, 
apenas, uma- fração da atividade tradicionalmente executiva: a de representar o Estado 
nas suas relações internacionais. Estamos falando, até agora, do parlamentarismo puro. 
No presidencialismo (puro) há uma distribuição mais equânime de competências entre 
os órgãos do poder: o Legislativo legisla, o Executivo administra, interna e externamente, 
e o Judiciário julga. O presidencialismo com ela (teoria da tripartição) consoa, já que é 
igualitária a distribuição de competências entre os órgãos do poder. A democracia, 
portanto, no Brasil, tem a ver com o sistema de equilíbrio de poderes. E diferente da 
hipótese de alguns países que não têm forte tradição presidencialista, como o Brasil. Aqui, 
equilibrados os poderes, assegura-se a prática democrática. Basta que o Legislativo 
utilize, com vigor, a figura do impedimento do presidente da República e de outras 
autoridades do Executivo. Que o "impeachment" não fique recoberto por teias de aranha, 
mas que seja invocado a todo instante em que a autoridade executiva se desmande. Que 
haja efetivo controle, pelo Congresso Nacional, do desempenho doso detentores dos 
Poderes Executivo, Judiciário. E que se estabeleçam mecanismos constitucionais de 
autocontrole do Legislativo. Até mesmo" com a fixação, no novo texto magno, da 
possibilidade de certo número, de eleitores deflagrar, perante a Câmara dos Deputados, 
o processo de responsabilização política de qualquer governante. Se o momento da 
Constituinte é uma oportunidade histórica para a mudança do sistema de governo, como 
querem os parlamentaristas, também o é, para o estabelecimento de um sistema de 
equilíbrio de poderes em que nenhum deles seja superior ao outro. E isto pode dar-se 
com o presidencialismo. De toda forma, como as instituições, para serem fortes, devem 
ter apoio popular, insisto na tese de que sistema de governo deva ser plebicitado7. Só 
assim pode iniciar e solidificar-se uma tradição.8 
 
 
7 Temer aqui defende a realização de um plebiscito sobre o sistema de governo, que de fato foi previso 
pela Constituição e realizado em 1993. 
8 TEMER, Michel. Sistema de governo e separação de poder. Folha de São Paulo. 21-09-1987. Disponível 
em https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/127639/Setembro%2087%20-%200241.pdf?sequence=1 
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Veja que Michel Temer, à época deputado federal pelo PMDB, além afirmar a tradição do 
presidencialismo no Brasil, defende que se constituam mecanismos de controle sobre os 
poderes como o impeachment o plebiscito. Isso nos remete ao próximo ponto: os 
mecanismos de controle de um poder sobre o outro. 
 
 
Há um consenso entre os cientistas políticos sobre uma continuidade institucional no que se refere aos 
poderes significativamente concentrados na figura do presidente. Apesar disso, e combinando com isso, 
consolidou-se um sistema de representação multipartidário. 
Assim, desde a promulgação da Constituição de 1988, o Brasil viveu sob um presidencialismo de coalizão. 
Este modelo tem sido caracterizado por um intenso processo de negociação entre o Executivo e o 
Legislativo para a formação de maiorias governamentais. 
A influência e a força política dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva ilustram 
o papel central do chefe de Estado no presidencialismo brasileiro pós-1988, marcando períodos de 
significativas transformações políticas, econômicas e sociais no país, como apontam vários especialistas. 
Ah, sim, ainda tivemos um plebiscito em 1993 para que a população decidisse, dentre outras questões, se 
continuaríamos com o presidencialismo ou se, dali para frente, o Brasil passaria a adotar o parlamentarismo. 
Venceu a manutenção do presidencialismo. 
Passemos, agora, a compreender o presidencialismo mais recente marcado por essas características acima 
descritas, de modo que isso nos possibilitará refletir sobre capacidade governativa no atual presidencialismo 
brasileiro. 
6. ESPECIFICIDADE DO PRESIDENCIALISMO BRASILEIRO 
Quando falamos de especificidade do caso brasileiro, precisamos considerar tudo o que é típico do 
presidencialismo mais as condições institucionais que o determinam. 
A primeira delas é considerar a força do Poder Executivo na elaboração da agenda 
política. 
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A Constituição Brasileira de 1988 estabelece uma série de mecanismos que atribuem ao Poder Executivo, 
especialmente à figura do Presidente da República, um papel significativo no processo legislativo. Esses 
mecanismos contribuem para o controle da agenda legislativa pelo Executivo. 
Vamos a alguns mecanismos constitucionais principais: 
→ Iniciativa de Leis (Artigos 61 e 62): A Constituição estabelece que o Presidente da República possui a 
iniciativa exclusiva para leis que versam sobre temas específicos, como a organização administrativa 
e judiciária, matéria tributária, orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração direta e 
autárquica. 
 
→ Medidas Provisórias (Artigo 62): As Medidas Provisórias representam um dos mecanismos mais 
expressivos de poder de agenda do Executivo, permitindo ao Presidente da República expedir normas 
com força de lei sobre questões de relevância e urgência, que entram em vigor imediatamente após 
sua publicação. O Congresso Nacional precisa então apreciar essas medidas em um prazo estipulado, 
transformando-as em lei ou rejeitando-as. 
 
→ Pedido de Urgência para Projetos de Lei (Artigo 64): O Presidente da República pode solicitar 
urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa. Se o Congresso Nacional não deliberar sobre 
a proposta em até 45 dias, ela passa a trancar a pauta, ou seja, impede a deliberação sobre as demais 
proposições legislativas, com exceção daquelas que não sejam suscetíveis de gerar despesas ou 
aumentar receitas. Esse mecanismo de urgência é uma ferramenta estratégica que o Executivo utiliza 
para acelerar a aprovação de projetos considerados prioritários e é um exemplo claro do poder de 
agenda que a Constituição confere ao Presidente. 
 
→ Veto Presidencial (Artigo 66): Após a aprovação de projetos de lei pelo Congresso, o Presidente tem 
a prerrogativa de vetar, total ou parcialmente, quaisquer propostas legislativas. Embora o veto possa 
ser derrubado pelo Congresso, é necessária uma maioria qualificada para tal, o que confere ao 
Presidente uma posição de influência considerável no processo legislativo final. 
 
→ Processo Orçamentário (Artigos 165 a 169): A Constituição confere ao Executivo o papel central na 
elaboração do orçamento, estipulando que o Presidente envie ao Congresso Nacional o plano 
plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. Embora o Legislativo possa emendar 
essas propostas, existem restrições significativas às emendas, sobretudo em relação a aumentos de 
despesas. 
 
 
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A combinação dos mecanismos de iniciativa de leis, processo orçamentário, medidas 
provisórias, veto presidencial, e o pedido de urgência constitui um conjunto robusto de 
ferramentas que fortalecem a posição do Executivo no sistema político brasileiro. Eles 
permitem que o Presidente tenha uma influência considerável no processo legislativo, 
refletindo o poder significativo concedido ao Executivo na Constituição Brasileira de 1988. 
Na Ciência Política definimos isso como : o poder de agenda do Presidente da República 
Conforme ensina Lúcio Rennó9 , a Constituição do Brasil configura um arranjo institucional que dota o Poder 
Executivo de diversos instrumentos de influência sobre a pauta legislativa. Entretanto, a mesma Carta 
Magna também consagra o Poder Legislativo como o cenário decisivo para o diálogo e a ratificação de 
legislações. 
Este cenário sugere que, para uma governança efetiva, o Executivo deve buscar o alinhamento e colaboração 
do Legislativo, implicando na imprescindível formação de uma base de apoio majoritária por meio da 
articulação de coalizões no Congresso Nacional. 
Esse framework institucional sublinha uma dinâmica de interdependência entre os poderes, na qual o 
Executivo, apesar de seus recursos de poder significativos para direcionar a agenda legislativa, permanece 
condicionado ao diálogo e à concordância do Legislativo para a concretização de suas propostas e projetos. 
Tal necessidade molda o cenário político, enfatizando a importância estratégica das alianças e negociações 
partidárias. 
Daí temos que entender um pouco mais profundamente o Presidencialismo de Coalizão, cujo conceito 
procura explicar esse processo político e seus desdobramentos. 
6.1 Presidencialismo de Coalizão 
Não há sombra de dúvidas de que quando se quer fazer referência à "especificidade do presidencialismo 
brasileiro" está a se referir ao conceito de Presidencialismo de Coalizão. 
Falamos sobre isso na aula anterior, mas vamos retomá-lo agora com mais profundidade. 
 
 
9 RENNÓ, Lúcio R. Críticas ao presidencialismo de coalizão no Brasil : processos institucionalmente 
constritos ou individualmente dirigidos? In: Reforma política no Brasil. Belo Horizonte : Ed. UFMG ; 
Brasília : PNUD, 2006. p. 259-269. 
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Primeiro, tenha em mente a definição de coalizões políticas, na teoria mais geral: As 
coalizões governamentais são acordos em que os partidos políticos e seus líderes 
concordam em compartilhar recursos políticos a fim de alcançarmetas em comum 
 
Presidencialismo de Coalizão: 
 
O Poder Executivo, com capacidade de montar o gabinete ministerial e fazer nomeações 
de cargos diretivos, distribui esses postos aos partidos políticos que passam a fazer parte 
de sua base aliada no Congresso Nacional. O Presidente espera obter em troca fidelidade, 
na prática é atuar no legislativo segundo a agenda política do Governo. 
 
Mas, para pensar nessas coalizões no presidencialismo devermos contextualizá-las no quadro institucional e 
estrutural mais amplo do país. No caso do Brasil, o professor Sérgio Abranches chama a atenção para esses 
elementos a fim de entender a especificidade do caso brasileiro. 
Para o autor, o Brasil é o único país, entre as democracias liberais mais estáveis, em que há associação entre 
representação proporcional, multipartidarismo e presidencialismo10 em um cenário de estrutural social 
heterogêneo, de baixo recurso de representação política, graves conflitos distributivos, disparidades de nível 
de renda, entre outros elementos determinados pelo processo de formação do Brasil. 
Em síntese, a situação brasileira contemporânea, à luz de seu desenvolvimento histórico, indica as 
seguintes tendências: (a) alto grau de heterogeneidade estrutural, quer na economia, quer na 
sociedade, além de fortes disparidades regionais; (b) alta propensão ao conflito de interesses, 
cortando a estrutura de classes, horizontal e verticalmente, associada a diferentes manifestações 
de clivagens inter e intra-regionais; (c) fracionamento partidário-parlamentar, entre médio e 
mediano, e alta propensão à formação de governos baseados em grandes coalizões, muito 
provavelmente com índices relativamente elevados de fragmentação governamental; (d) forte 
tradição presidencialista e proporcional. A primeira indicando, talvez, a inviabilidade de 
consolidação de um regime parlamentarista puro. A segunda, apontando para a natural necessidade 
de admitir à representação os diversos segmentos da sociedade plural brasileira; (e) insuficiência 
e inadequação do quadro institucional do Estado para resolução de conflitos e inexistência de 
mecanismos institucionais para a manutenção do “equilíbrio constitucional”11 
 
10 Hoje em dia, a literatura prova que o Brasil não é o único caso e que presidencialismo de coalizão 
marca a política latino-americana, por exemplo, isso porque são Sistema de Governo Presidencialista 
combinado com sistema de representação multipartidário. 
11 ABRANCHES, Sérgio. 
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Para Abranches, as regras de representação e o sistema partidário brasileiro são expressões diretas dessa 
diversidade, ilustrando como a estrutura política do país é incapaz de simplificar ou homogeneizar uma 
realidade que é, em sua essência, estruturalmente heterogênea. Esse cenário implica que o modelo político 
brasileiro deve ser flexível o suficiente para abraçar essa pluralidade, algo que o presidencialismo de 
coalizão procura fazer. 
 
No presidencialismo de coalizão descrito por Abranches, a formação de coalizões é um processo 
tridimensional que começa com a aliança eleitoral, seguida pela constituição do governo, e culmina com 
a formação da coalizão governante propriamente dita. 
 
Multipartidarismo
Representação Proporcional
Presidencialismo
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Esta última fase é crucial, mais complexa e dinâmica pois é onde as verdadeiras dinâmicas de poder se 
revelam: os partidos integrantes da coalizão engajam-se em um jogo complexo de negociações, buscando 
cargos e influência decisiva na formulação e implementação da agenda política do governo. 
Ao mesmo tempo, o Presidente precisa garantir apoio contínuo do Congresso Nacional para aprovar 
legislação e implementar a agenda política. 
Dado o multipartidarismo e a fragmentação política comuns no Brasil, isso frequentemente 
requer a formação de uma coalizão governante mais ampla, envolvendo negociações 
detalhadas com vários partidos. 
Assim sendo, esta etapa envolve concessões, negociações de cargos em diferentes níveis do governo (além 
dos ministérios), e compromissos sobre a agenda legislativa. O foco aqui está em manter uma base de apoio 
estável que permita ao governo funcionar efetivamente, negociando e reajustando constantemente os 
termos da coalizão para assegurar a governabilidade e a implementação de políticas. 
👀É nessa etapa que conseguimos perceber a relação entre o presidencialismo de 
coalizão e a capacidade governativa do Governo, percebe? 
1- Aliança 
Eleitoral
Constituição 
de Governo -
Formação do 
Gabinete 
Ministerial
Formaçãoda 
coalização 
(acordos 
com a base 
aliada 
partidária 
no 
Congresso)
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Assim, olhando para a governabilidade, vale a pena chamar sua atenção para o fato 
de que não existe propriamente uma disputa de Poder Executivo versus Poder 
legislativo na elaboração da agenda política. O que existe segundo os eminentes 
cientistas políticos Fernando Limongi e Argelina Figueiredo é uma Agenda da Maioria. 
 
 Teoria da Agenda Dual: O texto "Poder de Agenda e Políticas Substantivas" de Fernando Limongi e 
Argelina Figueiredo12 contesta a ideia de que existiriam duas agendas completamente 
independentes e competitivas – uma do Executivo e outra do Legislativo. Em vez disso, argumenta-
se que a realidade brasileira mostra uma agenda de políticas substancialmente compartilhada e 
complementar, onde Executivo e Legislativo colaboram mais do que competem. 
 
 Agenda da Maioria: Os autores propõem uma mudança de perspectiva da "Agenda do Executivo" 
para a "Agenda da Maioria", indicando que as políticas são formuladas e apoiadas por uma coalizão 
governamental que inclui atores tanto do Executivo quanto do Legislativo. Esta abordagem sugere 
uma fusão de agendas que reflete uma governança integrada e colaborativa, mais do que a imposição 
unilateral de políticas pelo presidente. 
 
Em uma palavra, argumentamos que não existiria uma agenda formulada em um primeiro 
momento para a qual, em um momento posterior, buscar-se-ia obter apoio. A fusão de poderes 
que caracteriza o presidencialismo brasileiro implica na fusão das agendas. A agenda do 
Executivo seria na realidade a agenda da maioria, ou alternativamente, a agenda do governo. Ao 
longo do texto, usaremos agenda da maioria e agenda do governo como sinônimos. Note-se, de 
passagem, que na literatura sobre sistemas parlamentaristas, usa-se com maior frequência esta 
última denominação.13 
 
 
 
12 FIGUEIREDO, Argelina; LIMONGI, Fernando. Poder de Agenda e Políticas Substantivas. 
13 Idem. 
Presidencialismo 
de coalizão
"Fusão" de 
Poderes
Fusão de 
agendas
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6.1.1Tensões nas coalizões 
Reflita aqui comigo: esta dinâmica do presidencialismo de coalização ressalta as negociações contínuas e, 
por vezes, ocorrem as tensões dentro da coalizão, onde cada partido tenta maximizar sua influência e 
garantir que suas prioridades sejam refletidas nas políticas governamentais. 
Leia o que o professor cientista político José Álvaro Moisés afirma, ao analisara retomada do 
presidencialismo de Coalizão : 
“O presidente, eleito sem maioria, oferece, então, participação em Ministérios e postos oficiais aos 
partidos em troca de seu apoio nas votações de projetos de interesse do governo. O problema é 
que esse esquema dá aos parlamentares, que em tese apoiam o governo, um enorme 
poder de veto que tende a estimular o abuso de poder, como a corrupção. Os apoiadores podem 
cobrar um preço pela manutenção de sua lealdade”.14 
 
 
Veja que interessante - na análise do professor , os parlamentares da base aliada detém PODER 
DE VETO na elaboração da agenda política do governo. 
Vemos, então, que dentro do sistema de presidencialismo de coalizão, a formação de uma base aliada no 
Congresso é essencial para o governo conseguir aprovar sua agenda legislativa. No entanto, essa base aliada 
também detém um poder de veto significativo, já que a falta de apoio de um ou mais partidos dentro da 
coalizão pode dificultar ou até impedir a aprovação de medidas propostas pelo Executivo. 
Esse poder de veto da base aliada funciona como um mecanismo de negociação e equilíbrio, forçando o 
presidente a considerar e incorporar as demandas e interesses de seus aliados políticos. 
A ameaça de retirada de apoio ou de rejeição de proposições governamentais no Congresso serve como uma 
ferramenta de influência política para os partidos da coalizão, moldando significativamente a política e a 
agenda governamentais. 
 
14 Presidencialismo de coalizão abre espaço para crises políticas e institucionais. Entrevista com professor 
José Álvaro Moisés. Radio USP. https://jornal.usp.br/?p=619488 Publicado em 22/03/2023. Acesso em 
18/03/2024 
 
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6.2 Presidencialismo: Abordagem das Crises 
“A experiência reatualiza uma observação do cientista político espanhol Juan Linz sobre a rigidez 
do sistema presidencialista, pois, diferente do sistema parlamentarista, em situações de crise 
política disruptiva, o presidencialismo brasileiro tem apenas duas portas de saída: 
eleição ou os processos de impeachment […] a primeira alternativa só está à disposição dos 
eleitores de quatro em quatro anos, quando se renovam os mandatos presidenciais; e a segunda, 
além de ser demorada e de paralisar as atividades de governo, tem o potencial de detonar efeitos 
como descritos […] embora seja o remédio constitucional previsto para situações-limite, em ambos 
os casos a qualidade da democracia fica comprometida.” 
Esta citação do professor José Álvaro Moisés ressalta uma crítica fundamental ao sistema presidencialista, 
especialmente na versão praticada no Brasil, conforme observado por Juan Linz15. 
A rigidez do sistema é apontada como uma desvantagem em comparação com o parlamentarismo, 
particularmente em contextos de crise política significativa - como as que vimos no Brasil com especial 
atenção para os últimos anos. 
No presidencialismo, as opções para resolver crises políticas são limitadas: eleições regulares, que ocorrem 
em intervalos fixos, ou processos de impeachment, que são complexos e demorados. 
As eleições periódicas, que acontecem a cada quatro anos, significam que os eleitores têm oportunidades 
limitadas para expressar sua vontade de mudança de maneira imediata. Isso pode levar a uma sensação de 
impotência ou frustração entre a população, especialmente em momentos de insatisfação generalizada com 
o governo. 
Por outro lado, o impeachment, embora seja uma ferramenta constitucional para lidar com transgressões 
sérias por parte do presidente, é um processo que consome tempo e recursos, podendo paralisar as 
atividades do governo. Além disso, o processo de impeachment pode ser decisivo, exacerbando tensões 
políticas e sociais e podendo prejudicar a estabilidade e a funcionalidade das instituições democráticas. 
Portanto, a citação destaca um dilema central do presidencialismo brasileiro: a dificuldade de lidar com 
crises políticas de maneira ágil e eficaz sem comprometer a qualidade da democracia. Essa rigidez 
estrutural pode levar a um impasse político e a um desgaste da confiança nas instituições, desafiando a 
resiliência da democracia brasileira. 
 
 
 
 
15 LINZ, Juan. The Perils of Presidentialism. Journal of Democracy Johns Hopkins University Press 
Volume 1, Number 1, Winter 1990 pp. 51-69 
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 O Direito Constitucional em Perspectiva 
Vamos aproveitar e sistematizar o contorno básico que tende a disciplinar a posição do Presidente em face 
do Congresso, segundo Paulo Bonavides16: 
a) nenhuma ingerência do titular do poder executivo nas prerrogativas que tem o Congresso de determinar 
por iniciativa própria, conforme as disposições eventualmente estabelecidas pela Constituição, as datas as 
períodos de convocação e reunião do poder legislativo; 
 b) ausência de faculdade que permita ao Presidente por competência própria efetuar dissolução do 
Congresso; 
c) inexistência de participação ou quando muito a menor participação possível do Presidente, nos sistemas 
autenticamente presidencialistas, em matéria de iniciativa de leis, que, por força do princípio da separação 
de poderes, cabe principalmente ao poder legislativo; cumpre a este, sobretudo tocante à matéria 
orçamentária, trabalhar porém em estreita conexão e harmonia com o poder executivo, a fim de afiançar a 
legislação mais conveniente aos interesses essenciais da ordem administrativa; 
d) consagração do direito de veto como meio de contrabalançar a competência legislativa do Congresso, 
colocando assim nas mãos do Presidente uma técnica familiar a Bolingbroke e ao próprio Montesquieu, que 
distinguiu no capítulo VI do livro II da obra Do Espírito das Leis entre a "faculdade de impedir e a "faculdade 
de estatuir" incluindo-se o veto na primeira e não em a última, esta sim privativa do órgão elaborador - o 
poder legislativo; 
e) caráter relativo daquela faculdade, meramente impeditiva, sem efeito absoluto, podendo o Congresso, 
por seu turno, tolher os efeitos do ato executivo, mediante rejeição do veto presidencial, o que via de regra 
se dá através de votação legislativa, por maioria de dois terços, ficando assim a última palavra com o 
Congresso, que aceitará ou rejeitará o veto do Presidente; 
f) nomeação pelo Presidente dos ministros da mais alta corte de justiça, sujeita porém à aprovação do 
Senado; 
g) direção da política exterior pelo Presidente da República, cabendo porém ao Senado exercer importante 
controle nessa política, mediante ratificação dos tratados, por maioria ordinariamente de dois terços. 
 
 
16 Op. cit. P. 320 
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Atenção: Semipresidencialismo 
Está em debate no Brasil, mais especificamente na Câmara dos Deputados, discussões 
sobre implantação do semipresidencialismo. 
O semipresidencialismo é o sistema de governo no qual o presidente da República 
compartilha o poder com um primeiro-ministro, eleito pelo Congresso Nacional. 
Para que seja implantado, é preciso mudar a Constituição, que define o atual sistema 
político do Brasil. 
Fonte: Agência Câmara de Notícias 
 
7. À GUISA DE UMA CONCLUSÃO 
Após o exame das dinâmicas políticas brasileiras, é possível perceber que a relação entre o presidencialismo 
de coalizão e a capacidade governativa no Brasil é profundamente interligada e complexa.Esta relação 
reflete as nuances do sistema político brasileiro e suas implicações para a formulação e implementação de 
políticas públicas. 
Como vimos, o presidencialismo de coalizão, característico do Brasil, surge como resposta à fragmentação 
partidária e à diversidade política inerentes ao sistema representativo do país. A necessidade de formar e 
manter coalizões governamentais abrangentes é fundamental para assegurar a governabilidade e a 
estabilidade política, dado que raramente um único partido detém a maioria no Congresso. Este cenário 
obriga o Executivo a negociar constantemente com diferentes partidos para formar uma base aliada capaz 
de apoiar sua agenda legislativa. 
A capacidade governativa, por outro lado, refere-se à eficácia com que um governo consegue formular, 
aprovar e implementar políticas que atendam aos interesses e às necessidades da população. No contexto 
do presidencialismo de coalizão, essa capacidade é diretamente influenciada pela habilidade do Executivo 
em construir e manter alianças políticas sólidas e funcionais. A habilidade de negociar, comprometer-se e 
manter um diálogo constante com os partidos da coalizão é essencial para assegurar a aprovação de 
legislações importantes e para a efetiva implementação de programas governamentais. 
Entretanto, o presidencialismo de coalizão pode apresentar desafios para a capacidade governativa. As 
negociações para a formação de coalizões podem resultar em concessões políticas que afetam a coesão e a 
consistência da agenda governamental. O constante equilíbrio entre atender às demandas dos partidos 
aliados e manter um rumo político claro pode levar a compromissos que diluem a eficácia das políticas ou 
que desviam o governo de suas prioridades iniciais. 
 
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Além disso, a necessidade de negociar extensivamente com múltiplos atores políticos pode resultar em 
lentidão e ineficiência na tomada de decisões, comprometendo a capacidade do governo de responder 
prontamente a desafios emergentes e de implementar políticas de maneira efetiva. A formação de 
coalizões amplas e heterogêneas também pode levar a uma certa volatilidade política, onde o apoio ao 
governo pode ser frágil e sujeito a mudanças rápidas devido a interesses partidários divergentes. 
No entanto, quando bem gerenciado, o presidencialismo de coalizão pode fortalecer a capacidade 
governativa ao promover a inclusão e a representatividade nas decisões políticas. A formação de coalizões 
pode levar à colaboração entre diferentes segmentos políticos, enriquecendo o debate e a formulação de 
políticas com diversas perspectivas. Além disso, ao assegurar o apoio de uma ampla base no Congresso, o 
governo pode obter a estabilidade necessária para implementar sua agenda e promover mudanças 
significativas. 
Por fim, a interação entre o presidencialismo de coalizão e a capacidade governativa no Brasil é marcada por 
um equilíbrio delicado entre cooperação e compromisso. A habilidade de navegar neste cenário complexo, 
mantendo a integridade da agenda governamental e respondendo às necessidades da população, é 
fundamental para o sucesso da capacidade governativa no contexto político brasileiro. 
 
LISTA DE QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
1. CESGRANRIO - 2009 - Professor de Educação Básica (SEDUC TO)/Sociologia 
 Um grupo de alunos que se preparava para um exame estava debatendo sobre o poder do 
Estado no Brasil, que é dividido entre os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. Com a 
orientação do professor de Sociologia, o grupo concluiu que no sistema brasileiro de governo 
atual 
A)há uma separação dos cargos de Chefe de Estado e Chefe de Governo. 
B)há um governo de gabinete em que o poder Executivo é confiado ao Gabinete e seus 
ministros. 
C)o Presidente governa por Decreto-Lei, prescindindo da participação do Legislativo e do 
Judiciário. 
D)o Poder Executivo é exercido pelo Presidente, que é auxiliado pelos Ministros de Estado. 
E)o Poder Legislativo participa da escolha do Presidente da República. 
2. CESGRANRIO - 2009 - Administrador (FUNASA) (e mais 13 concursos) 
 Accountability, Governabilidade e Governança são categorias muito utilizadas pelos cientistas 
políticos e por profissionais especializados na área de administração pública, cujos conceitos 
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são importantes para a compreensão da formulação e da implementação das políticas públicas. 
Nesse contexto, como se caracteriza o conceito de Governabilidade? 
A)Conjunto dos mecanismos e procedimentos para lidar com a dimensão participativa e plural 
da sociedade, o que implica expandir e aperfeiçoar os meios de interlocução e de administração 
do jogo de interesses. 
B)Capacidade governativa em sentido amplo, envolvendo a capacidade de ação estatal na 
formulação e implementação das políticas, tendo em vista a consecução de metas coletivas. 
C)Condições sistêmicas mais gerais sob as quais se dá o exercício do poder numa dada 
sociedade, refletindo características do sistema político, como a forma do governo, as relações 
entre os poderes, o sistema partidário e de intermediação de interesses. 
D)Efetividade das políticas públicas elaboradas por governos, caracterizadas pelo rigor dos 
mecanismos que induzem os decisores a prestar contas dos resultados de suas ações, 
garantindo a transparência. 
E)Prestação de contas pelo governo à Sociedade como fator de exposição pública das políticas. 
3. FUMARC - 2023 - Analista Legislativo (ALMG)/Consultor do Processo Legislativo 
O presidencialismo de coalisão, concepção brasileira deste sistema de governo, está 
corretamente associado ao seguinte traço característico: 
A)Alcance do referido sistema apenas na esfera federal. 
B)Independência política irrestrita do Poder Executivo, na formação dos Ministérios e das 
Secretarias, tal como no modelo clássico. 
C)Multipartidarismo na composição do poder Legislativo. 
D)Sistema majoritário de composição do Legislativo. 
4. FUMARC - 2023 - Analista Legislativo (ALMG)/Analista de Projetos Educacionais (e mais 22 
concursos) 
 O sistema de governo adotado pelo Estado brasileiro, sob a Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988, considerando a relação entre os poderes legislativo e executivo, 
pode ser classificado como: 
A)Absolutista. 
B)Ditatorial. 
C)Parlamentarismo. 
D)Presidencialismo. 
5. CEBRASPE (CESPE) - 2012 - Analista Legislativo (CAM DEP)/Técnica Legislativa 
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 Com relação ao presidencialismo, julgue o item a seguir. 
O presidencialismo de coalizão ocorre em sistemas multipartidários quando o partido a que 
pertence o presidente possui ampla maioria no parlamento para aprovar seus projetos e 
implementar suas políticas. 
C Certo 
E Errado 
6. QUADRIX - 2018 - Assistente (CRM DF)/Administrativo 
 Com relação ao Poder Executivo na CF, julgue o item a seguir. 
 A expressão presidencialismo de coalizão designa a importância de o chefe do Poder Executivo, 
no contexto da heterogeneidade representativa e do sistema proporcional de lista aberta, 
construir uma base de apoio no Congresso Nacional que viabilize um governo operante. 
C Certo 
E Errado 
 
7. Instituto AOCP - 2019 - Auxiliar de Perícia Médico-Legal (PC ES) 
 Na estrutura do Poder Executivo, verifica-se a existência de duas funções primordiais diversas,quais sejam, a de Chefe de Estado e de Chefe de Governo. Sobre esse assunto, assinale a 
alternativa correta. 
a)O Chefe de Governo representa o país nas suas relações internacionais, bem como corporifica 
a unidade interna do Estado. 
b)O Chefe de Estado exercerá a liderança da política nacional, pela orientação das decisões 
gerais e pela direção da máquina administrativa. 
c)Tanto no presidencialismo como no parlamentarismo, ocorre a acumulação dessas funções 
(Chefe de Governo e Chefe de Estado) em uma única pessoa. 
d)O texto constitucional brasileiro expressamente adotou o presidencialismo, proclamando a 
junção das funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo, a serem realizadas pelo Presidente 
da República, prevendo-as no art. 84 da Constituição Federal. 
e)E m alguns países, a função de chefe de Governo é exercida pelo Monarca e a de chefe de 
Estado, pelo Primeiro Ministro que chefia o gabinete. 
8. IDECAN - 2022 - Assistente (UFBA)/Administração 
 Presidencialismo — É o sistema de governo em que o Chefe de Estado não é o Chefe de 
Governo. Nesse Sistema de Governo é necessário ter o apoio da maioria no Poder Legislativo 
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(parlamento) para governar. Quando o governo perde esta maioria, pode o parlamento exigir 
a dissolução do governo, substituindo-o. 
C Certo 
E Errado 
9. FUMARC - 2014 - Analista Legislativo (ALMG)/Consultor Legislativo/Área I - Interlocução Social 
e Desenvolvimento de Projetos Institucionais 
 Segundo Figueiredo e Limongi, é correto afirmar, EXCETO: 
A)O presidencialismo de coalizão brasileiro concentra poderes de agenda nas mãos do 
presidente da República. 
B)O presidencialismo de coalizão brasileiro concentra poderes de veto nas mãos do presidente 
da República. 
C)O Regimento Interno da Câmara dos Deputados brasileira concentra poderes de agenda nas 
mãos das lideranças partidárias. 
D)O arranjo institucional brasileiro, que combina representação proporcional, 
multipartidarismo e representação proporcional, é uma combinação explosiva. 
10. CEBRASPE (CESPE) - 2002 - Consultor Legislativo (SEN)/Assessoramento 
Legislativo/Administração Pública 
As instituições políticas brasileiras conformam um modelo de federalismo, forma e sistema de 
governo. 
Com relação a esse assunto, julgue o seguinte item. 
O fisiologismo é um grande risco do presidencialismo de coalisão, uma vez que as lealdades 
podem depender de favores, cargos e privilégios. 
C Certo 
E Errado 
11. CEBRASPE (CESPE) - 2006 - Juiz do Trabalho (TRT 5ª Região) 
Acerca das características do presidencialismo, assinale a opção incorreta. 
A) O presidente da República exerce plenamente o Poder Executivo, acumulando as funções de 
chefe de Estado, chefe de governo e chefe da administração pública. 
B) O eventual plano de governo, mesmo quando aprovado por lei, depende exclusivamente da 
coordenação do presidente da República. 
C) O governo é responsável ante o parlamento, o que significa que o governo depende de seu 
apoio e confiança para governar. 
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D) No presidencialismo, as relações entre os Poderes Executivo e Legislativo são mais rígidas 
que em outros sistemas de governo, prevalecendo o princípio da separação de poderes 
independentes e autônomos, embora estes possam ser harmônicos. 
E) O presidencialismo é um sistema típico das repúblicas. 
12. CEBRASPE (CESPE) - 2022 - Agente de Investigação (PC PB) 
Tendo em vista que as características de sistemas de governo, formas de governo e formas de 
Estado se entrelaçam e geram combinações bastante conhecidas entre as nações ocidentais, 
assinale a opção correta a esse respeito. 
A) O parlamentarismo está atrelado a regimes republicanos com a participação da população 
na escolha do chefe de governo. 
B) O semipresidencialismo une características do presidencialismo e do parlamentarismo; por 
isso, nesse sistema, o presidente é eleito pelo povo em caráter simbólico e com poderes 
limitados. 
C) No presidencialismo, ocorre o acúmulo das funções de chefe de Estado e de chefe de 
governo em um único indivíduo. 
D) No parlamentarismo, o chefe de Estado pode dissolver o parlamento, bem como nomear e 
demitir o primeiro-ministro. 
E) No presidencialismo, o Poder Executivo é legitimado pelo Poder Legislativo. 
13. CEBRASPE (CESPE) - 2023 - Notário e Registrador (TJ SC)/Provimento 
Tendo em vista que, atualmente, o Brasil é uma República federativa e segue o modelo 
presidencialista de governo, assinale a opção correta. 
A) No presidencialismo existente no Brasil, a nomeação de ministros de Estado depende da 
aprovação formal do Poder Legislativo. 
B) O Poder Legislativo brasileiro segue o modelo estadunidense, razão pela qual é unicameral, 
ou seja, há apenas uma assembleia geral. 
C) A eleição presidencial brasileira é feita por voto direto e universal, mas a aprovação do 
resultado das urnas necessita do aval de um colégio eleitoral, à maneira da realidade 
estadunidense. 
D) O Poder Executivo brasileiro, no âmbito da União, é exercido pelo presidente da República, 
auxiliado pelos ministros de Estado; nos estados, pelos governadores; nos municípios, pelos 
prefeitos. 
E) O Poder Judiciário brasileiro, cuja posição mais elevada é ocupada pelo Superior Tribunal de 
Justiça, é responsável pela elaboração das leis relativas ao direito penal. 
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14. CEBRASPE (CESPE) - 2018 - Oficial de Inteligência/Área 3 
No que se refere ao sistema presidencialista adotado no Brasil, no qual o governo opera por 
meio de coalizões partidárias, julgue o próximo item. 
A ocupação de cargos públicos e a alocação de verbas do orçamento, apesar de constituírem 
recursos para as negociações presidenciais, não são expedientes válidos para consolidar a 
coalizão de apoio no presidencialismo multipartidário brasileiro. 
Certo 
Errado 
15. CEBRASPE (CESPE) - 2014 - Analista Legislativo (CAM DEP)/Consultor Legislativo/Área XIX 
 Em relação ao sistema político brasileiro, julgue o item subsequente. 
 A expressão presidencialismo de coalizão, na sua formulação original, designa a combinação 
de presidencialismo, multipartidarismo e federalismo. 
Certo 
Errado 
16. QUADRIX - 2016 - Auxiliar Operacional (CRA AC) 
Os debates acerca de propostas para uma reforma política no Brasil têm sido extremamente 
efervescentes nos últimos anos. Diariamente, vemos alguns temas recorrentes nos principais 
meios de comunicação nacionais. Com base em seus conhecimentos acerca do sistema político 
brasileiro, assinale a alternativa que apresente um elemento atualmente pertencente à 
estrutura política brasileira. 
A) Financiamento totalmente público de campanha. 
B) Voto distrital. 
C) Candidatura avulsa. 
D) Sistema de governo parlamentarista. 
E) Presidencialismo de coalizão. 
17. ESAF - 2005 - Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (MPOG)/Gestão e 
Políticas Públicas (e mais 1 concurso) 
A experiência democrática brasileira desde a promulgação da Constituição de 1988 tem sido 
analisada, no que se refere à representação política, à dinâmica parlamentar e à 
governabilidade como tendente à instabilidade. Com acento em aspectos diferentes, o foco 
tem sido colocado na natureza do Presidencialismo e na relação entre o Presidente e o 
Legislativo 
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As afirmações a seguir referem-se a essas questões: 
1- O Presidencialismo brasileiro tem características plebiscitárias, o que gera uma tendência a 
formar ministérios numerosos e heterogêneos. 
2- A relação política entre o Presidente e o Legislativo faz com que se diga que o Brasil tem um 
Presidencialismo de coalizão. Essa circunstância internaliza divergências, que o presidente é 
obrigado a arbitrar, entre partidos, interesses regionais transpartidários, afetando as relações 
entre as bancadas e os governos estaduais. 
3- A amplitude das coalizões de governo tem outras causas, além da falta de maioria 
parlamentar. Entre eles a representação proporcional, o federalismo, o bicameralismo e o 
pluripartidarismo amplo. 
4- No presidencialismo de coalizão, o presidente assume a condição de árbitro tanto das 
divergências internas à aliança que o respalda no Legislativo, como das forças políticas 
regionais representadas na mesma aliança. 
5- Apesar das características plebiscitárias de sua eleição e da condição de árbitro em relação 
às forças que compõem sua base parlamentar, o presidente, ao exercer o cargo sob constante 
risco de desintegração dessa base, tem seu poder e sua autoridade fragilizados. 
Em relação a essas afirmações pode-se dizer que: 
A) estão todas incorretas. 
B) apenas a nº 1 está correta. 
C) apenas a nº 2 está correta. 
D) apenas a nº 3 está correta. 
E) estão todas corretas. 
18. ESAF - 2010 - Analista de Planejamento e Orçamento (MPO)/Geral 
Sérgio Abranches consagrou o termo 'Presidencialismo de Coalizão' para se referir ao sistema 
político brasileiro em artigo de 1988. Nessa perspectiva, o Poder Executivo se fortalece 
politicamente com base em grandes coalizões no Parlamento. Para alguns autores, como 
Fernando Limongi & Argelina Figueiredo, que seguem uma linha mais institucionalista, a 
Relação de Poderes, no Sistema Político, apresenta as características citadas a seguir, as quais 
são decisivas para a compreensão do funcionamento do sistema político brasileiro. 
Assinale a opção que corresponde ao pensamento de Fernando Limongi & Argelina Figueiredo. 
A) O sistema partidário brasileiro caracteriza-se por ser multipartidário e fragmentado, com 
partidos frágeis e incapazes de dar sustentação política às propostas do governo. 
B) Há falta de governabilidade no Brasil, com o governo dando mostras de ser incapaz de 
governar. 
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C) O Parlamento é o centro das decisões do sistema político brasileiro, de onde provêm as 
orientações e inclusive a origem das políticas públicas que serão adotados pelo Poder 
Executivo, que é subordinado ao Poder do Parlamento. 
D) Os Deputados atuam de forma pessoal, reforçando o caráter Personalista do sistema político 
brasileiro, não seguindo a orientação dos líderes partidários. 
E) Há um predomínio do Executivo sobre a produção legislativa. O Poder Executivo é bem-
sucedido na arena legislativa porque conta com o apoio sólido de uma coalizão partidária. A 
disciplina partidária é a norma no Parlamento brasileiro. 
19. ESAF - 2012 - Auditor Federal de Finanças e Controle (CGU)/Prevenção da Corrupção e Ouvidoria 
"Presidencialismo de coalizão" é uma expressão cunhada pelo cientista político Sérgio 
Abranches logo após a entrada em vigor da Constituição de 1988 e foi incorporada ao debate 
político. Os enunciados a seguir referem-se à vigência desse sistema de governo no Brasil. 
indique a opção incorreta. 
A) Segundo Abranches, o presidencialismo de coalizão é um sistema instável e de alto risco. 
B) Segundo Abranches, o presidencialismo de coalizão está associado a uma crise fiscal 
estrutural e ao clientelismo. 
C) Outros autores, como Limongi, veem no presidencialismo de coalizão uma maneira do 
Presidente superar o problema da fragmentação partidária no Parlamento. 
D) O arranjo característico do presidencialismo se reproduz nos estados e municípios com 
pequenas diferenças. 
E) As Medidas Provisórias são um recurso de poder dos presidentes nas negociações com suas 
coalizões. Este é um recurso de que os governadores não dispõem, pois nenhum governador 
pode editar medidas provisórias. 
20. CEBRASPE (CESPE) - 2014 - Analista Legislativo (CAM DEP)/Consultor Legislativo/Área XIX 
 Em relação ao sistema político brasileiro, julgue o item subsequente. 
Os críticos do presidencialismo de coalizão, na forma como vigora no Brasil, apontam a 
heterogeneidade das coligações governistas e a indisciplina partidária como obstáculos à 
governabilidade e como fontes de instabilidade política. 
Certo 
Errado 
21. AOCP - 2010 - Gestor de Políticas Públicas (Pref Camaçari) 
O poder irrestrito de demissão dos ministros é uma constante universal dos regimes 
presidencialistas. Mas observa-se alguma variação nos poderes formais de nomeação. Por 
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==274356==
 
 
 
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exemplo, nos EUA, o presidente tem que obter o consentimento de 2/3 do Senado para nomear 
os chamados secretários de Estado. Mas, do ponto de vista substantivo, o chamado 
consentimento senatorial pouco afeta a capacidade do chefe do Executivo de conseguir o 
gabinete que deseja. Essa regra não se aplica ao Brasil. Em suma, os poderes de demissão e 
nomeação ministerial no presidencialismo são sempre extensos e quase sempre absolutos. No 
que tange aos poderes legislativos dos presidentes, porém, verifica-se impressionante 
variação. Identificam-se dois tipos de poderes legislativos: os reativos e os proativos. Os 
reativos são aqueles poderes com os quais o Executivo pode sustentar o status quo mesmo 
diante de uma legislatura com preferências distintas. O veto presidencial é um poder reativo 
por excelência, cuja extensão depende das maiorias exigidas para derrubar um veto e de se o 
chefe do Executivo tem a capacidade apenas de vetar leis inteiras ou partes delas também. No 
Brasil, o presidente possui o veto parcial e o total, mas uma maioria absoluta do Congresso 
pode derrubá-los. 
O texto acima trata de 
A) Governança. 
B) Poder de veto. 
C) Repartição dos poderes. 
D) Governabilidade. 
E) Constituição Federal. 
22. ESAF - 2009 - Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (MPOG)/Gestão e 
Políticas Públicas 
O termo "presidencialismo de coalizão" é usado para designar o arranjo político estabelecido 
no Brasil em função das relações entre Executivo e Legislativo. A expressão é pertinente porque 
o sistema político brasileiro tem características híbridas do presidencialismo e do 
parlamentarismo, entre as quais: 
1. o Presidente da República conta com recursos de poder como a execução do orçamento, que 
não é de aplicação compulsória. 
2. o Executivo necessita do apoio do Legislativo para ter sua agenda aprovada e para governar. 
3. o Presidente tem a prerrogativa de editar Medidas Provisórias com força de lei, mas a 
iniciativa legislativa é exclusividade do Congresso. 
4. o Presidente impõe sua agenda legislativa porque as lideranças partidárias são frágeis e suas 
orientações raramente são seguidas por seus liderados. 
Os enunciados acima são: 
A)todos verdadeiros. 
B)todos falsos. 
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65 
C)verdadeiros o 3 e o 4. 
D)verdadeiros o 1 e o 2. 
E)verdadeiros o 2 e o 4. 
23. FGV - 2022 - Assistente em Saúde (SEMSA Manaus)/Assistente em Administração/30h 
A respeito do nosso sistema presidencialista de governo, analise as afirmativas a seguir e 
assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa. 
( ) O Poder Executivo é chefiado pelo Presidente da República que é auxiliado pelos Ministros 
de Estado, no âmbito federal. 
( ) O Presidente da República é o único que acumula as funções de Chefe de Estado e Chefe 
de Governo. 
( ) O Presidente da República age como Chefe de Estado quando celebra tratados 
internacionais ou declara guerra. 
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente, 
a) V – V – V. 
b) V – F – V. 
c) F – F – V. 
d) F – V – V. 
e) V – V – F. 
24. FGV - 2021 - Perito Legista (PC RJ)/Medicina (e mais 3 concursos) 
Marília, estudante de direito, tinha sérias dúvidas a respeito do sentido das expressões chefe 
de Estado e chefe de governo, principalmente ao considerar a atividade desempenhada pelo 
presidente da República como chefe da Administração Pública federal. 
Everardo, seu professor, informou-lhe, corretamente, que se tratava de atividade típica de: 
a) chefe de governo, designativo utilizado, em sistemas parlamentaristas, para indicar o agente 
que desempenha funções próprias de primeiro-ministro; 
b) chefe de Estado, designativo utilizado, em sistemas parlamentaristas, para indicar o agente 
que desempenha funções próprias de primeiro-ministro; 
c) chefe de governo, que costuma ser escolhido, em sistemas parlamentaristas, no âmbito do 
órgão legislativo, e que desempenha maior número de poderes apenas simbólicos; 
d) chefe de Estado, designativo utilizado, em sistemas presidencialistas e parlamentaristas, 
para indicar o primeiro mandatário, responsável pelas principais decisões políticas; 
e) chefe de Estado, designativo adotado em conjunto com o de chefe de governo apenas em 
regimes semipresidenciais, nos quais prepondera a escolha popular do primeiro mandatário. 
25. FGV - 2019 - Especialista em Políticas Públicas (Pref Salvador) 
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65 
O sistema de governo está relacionado com a maneira como funciona a relação entre os 
Poderes Legislativo e Executivo de um país, tendo sido adotado no Brasil o tipo presidencialista. 
 Em relação ao sistema presidencialista, tem-se como pressuposto a ideia de que 
a) inexiste a tipicidade de funções, dado que o Presidente pode exercer tipicamente tanto a 
capacidade executiva, quanto a legislativa e jurisdicional. 
b) a separação dos Poderes delimita a atividade estatal de legislação, acarretando em uma 
relação dependente e harmônica entre os organismos políticos. 
c) a administração pública é interpretada de forma subjetiva, considerando-se apenas os 
órgãos administrativos, em detrimento das ações efetivamente governamentais. 
d) o sistema de freios e contrapesos garante a soberania de cada poder, viabilizando a 
arbitrariedade administrativa ao Presidente da República. 
e) a chamada dupla função do Presidente da República ocorre quando ele exerce as funções de 
Chefe de Estado e Chefe de Governo. 
26. FCC - 2018 - Consultor Legislativo (CL DF)/Redação Parlamentar 
 O Estado de Direito se caracteriza pela divisão dos poderes, atribuições específicas distribuídas 
entre órgãos do Estado. Graças a essa divisão, com os poderes limitando uns aos outros, o 
governo fundado na lei, ou seja, a liberdade, torna-se possível. As três ordens de poderes são: 
o parlamento (o legislativo), que faz as leis; o executivo, que aplica as leis, executando as 
normas estabelecidas pelo legislativo e o judiciário, que as aplica exercendo sua função de 
resolver conflitos entre os componentes da sociedade e entre estes e o Estado. No entanto, 
essa separação não pode ser considerada uma prática rígida, pois na conformação do Estado 
contemporâneo o princípio da interdependência e o controle mútuo levam a práticas que 
relativizam a divisão ou separação dos poderes. 
(Adaptado de: MOSCA, G. e BOUTHOUL, G. História das Doutrinas Políticas desde a 
Antiguidade. Zahar Editores, 1962, cap. XXIX, pp 200-204) 
São exemplos de aplicação do princípio da interdependência e de controle mútuo entre os 
poderes: 
A)a fiscalização dos atos do Poder Executivo pelo Legislativo, a nomeação de juízes de instâncias 
intermediárias pelo Poder Executivo e a possibilidade de processar membros do Executivo e do 
Legislativo nas Instâncias Inferiores do Judiciário. 
B)o uso de decretos legislativos pelo Poder Executivo, aprovados ou não pelo parlamento, a 
aprovação ou rejeição de contas do Poder Executivo (ouvidos órgãos de controle) e o poder do 
Judiciário de fixar o próprio orçamento. 
C)a interferência mútua por meio de poderes, de veto do Executivo a Leis, fiscalização do 
Legislativo em relação ao cumprimento das Leis pelo Executivo e o poder do Judiciário de 
declarar inconstitucionais Leis feitas pelo Legislativo. 
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D) a definição de competências para instâncias do Judiciário pelo Legislativo, o poder do 
Executivo de instaurar o processo constituinte, a fixação de prazos para apresentação de 
relatórios de gestão do executivo pelo Judiciário. 
E)a realização e controle do processo eleitoral pelo Judiciário, a instauração de processo de 
destituição de Ministros do Judiciário, o poder de veto de atos do Executivo pelo Legislativo, 
após processo formal instaurado no Parlamento. 
GABARITO 
1. D 
2. C 
3. C 
4. D 
5. ERRADO 
6. CORRETO 
7. D 
8. ERRADO 
9. D 
10. CERTO 
11. C 
12. C 
13. D 
14. ERRADO 
15. CERTO 
16. E 
17. E 
18. E 
19. E 
20. CERTO 
21. D 
22. D 
23. A 
24. A 
25. E 
26. C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUESTÕES COM COMENTÁRIOS 
1. CESGRANRIO - 2009 - Professor de Educação Básica (SEDUC TO)/Sociologia 
 Um grupo de alunos que se preparava para um exame estava debatendo sobre o poder do 
Estado no Brasil, que é dividido entre os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. Com a 
orientação do professor de Sociologia, o grupo concluiu que no sistema brasileiro de governo 
atual 
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A)há uma separação dos cargos de Chefe de Estado e Chefe de Governo. 
B)há um governo de gabinete em que o poder Executivo é confiado ao Gabinete e seus 
ministros. 
C)o Presidente governa por Decreto-Lei, prescindindo da participação do Legislativo e do 
Judiciário. 
D)o Poder Executivo é exercido pelo Presidente, que é auxiliado pelos Ministros de Estado. 
E)o Poder Legislativo participa da escolha do Presidente da República. 
Comentários 
Vamos analisar cada uma das alternativas com base no sistema de governo brasileiro atual: 
 
A. Há uma separação dos cargos de Chefe de Estado e Chefe de Governo. 
Incorreta. No Brasil, o sistema de governo é o presidencialismo, no qual o Presidente da República exerce 
simultaneamente as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo. 
 
B. Há um governo de gabinete em que o poder Executivo é confiado ao Gabinete e seus ministros. 
Incorreta. O governo de gabinete, também conhecido como sistema parlamentarista, não é o sistema 
adotado no Brasil. No sistema brasileiro, o poder Executivo é centralizado na figura do Presidente da 
República, emboraeste seja auxiliado por ministros de Estado. 
C. O Presidente governa por Decreto-Lei, prescindindo da participação do Legislativo e do Judiciário. 
Incorreta. No Brasil, o Presidente pode emitir Medidas Provisórias em casos de relevância e urgência, mas 
estas precisam ser convertidas em lei pelo Congresso Nacional em um prazo determinado. Além disso, os 
decretos-leis eram um mecanismo utilizado durante o regime militar e não se aplicam ao sistema 
democrático atual. O Presidente não governa independentemente do Legislativo e do Judiciário. 
D. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente, que é auxiliado pelos Ministros de Estado. 
Correta. Esta afirmação está correta e reflete o sistema de governo brasileiro atual. O Presidente da 
República exerce o poder Executivo e é auxiliado pelos Ministros de Estado, que gerenciam diferentes áreas 
do governo. 
E. O Poder Legislativo participa da escolha do Presidente da República. 
Incorreta. No Brasil, o Presidente da República é eleito diretamente pelo povo, por meio de eleições, e não 
pela participação direta do Poder Legislativo no processo de escolha. 
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Gabarito:D 
2. CESGRANRIO - 2009 - Administrador (FUNASA) (e mais 13 concursos) 
 Accountability, Governabilidade e Governança são categorias muito utilizadas pelos cientistas 
políticos e por profissionais especializados na área de administração pública, cujos conceitos 
são importantes para a compreensão da formulação e da implementação das políticas públicas. 
Nesse contexto, como se caracteriza o conceito de Governabilidade? 
A)Conjunto dos mecanismos e procedimentos para lidar com a dimensão participativa e plural 
da sociedade, o que implica expandir e aperfeiçoar os meios de interlocução e de administração 
do jogo de interesses. 
B)Capacidade governativa em sentido amplo, envolvendo a capacidade de ação estatal na 
formulação e implementação das políticas, tendo em vista a consecução de metas coletivas. 
C)Condições sistêmicas mais gerais sob as quais se dá o exercício do poder numa dada 
sociedade, refletindo características do sistema político, como a forma do governo, as relações 
entre os poderes, o sistema partidário e de intermediação de interesses. 
D)Efetividade das políticas públicas elaboradas por governos, caracterizadas pelo rigor dos 
mecanismos que induzem os decisores a prestar contas dos resultados de suas ações, 
garantindo a transparência. 
E)Prestação de contas pelo governo à Sociedade como fator de exposição pública das políticas. 
Comentários 
Vamos analisar cada alternativa à luz do conceito acadêmico e prático de Governabilidade: 
A. Conjunto dos mecanismos e procedimentos para lidar com a dimensão participativa e plural da sociedade, 
o que implica expandir e aperfeiçoar os meios de interlocução e de administração do jogo de interesses. 
Incorreta. Embora importante, esta definição está mais próxima do conceito de governança, que envolve os 
mecanismos de interação entre Estado e sociedade, do que de governabilidade, que se refere mais a 
condições sistêmicas para o exercício do poder. 
B. Capacidade governativa em sentido amplo, envolvendo a capacidade de ação estatal na formulação e 
implementação das políticas, tendo em vista a consecução de metas coletivas. 
Incorreta. Essa definição alude mais à capacidade de um governo de realizar efetivamente suas políticas e 
programas — frequentemente referida como "capacidade governativa" ou "capacidade de governar" —, não 
à governabilidade per se. 
C. Condições sistêmicas mais gerais sob as quais se dá o exercício do poder numa dada sociedade, refletindo 
características do sistema político, como a forma do governo, as relações entre os poderes, o sistema 
partidário e de intermediação de interesses. 
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Correta. Esta definição encapsula adequadamente o conceito de governabilidade, que se refere às condições 
sob as quais o poder é exercido em uma sociedade, incluindo a estrutura política e institucional que permite 
o governo operar de forma eficaz. 
D. Efetividade das políticas públicas elaboradas por governos, caracterizadas pelo rigor dos mecanismos que 
induzem os decisores a prestar contas dos resultados de suas ações, garantindo a transparência. 
Incorreta. Esta definição se relaciona mais com a eficácia das políticas públicas e com a responsabilidade e 
transparência governamental, aspectos que são importantes, mas não definem a governabilidade em si. 
E. Prestação de contas pelo governo à Sociedade como fator de exposição pública das políticas. 
Incorreta. Embora seja um componente importante da boa governança e da democracia, a prestação de 
contas se refere mais à responsabilidade e transparência do governo do que à sua governabilidade. 
Gabarito: C. 
3. FUMARC - 2023 - Analista Legislativo (ALMG)/Consultor do Processo Legislativo 
O presidencialismo de coalisão, concepção brasileira deste sistema de governo, está 
corretamente associado ao seguinte traço característico: 
A)Alcance do referido sistema apenas na esfera federal. 
B)Independência política irrestrita do Poder Executivo, na formação dos Ministérios e das 
Secretarias, tal como no modelo clássico. 
C)Multipartidarismo na composição do poder Legislativo. 
D)Sistema majoritário de composição do Legislativo. 
Comentários 
Vamos analisar cada uma das alternativas em relação ao conceito de presidencialismo de coalizão no 
contexto brasileiro: 
A. Alcance do referido sistema apenas na esfera federal. 
Incorreta. Enquanto o termo "presidencialismo de coalizão" é frequentemente aplicado ao nível federal, os 
princípios de negociação e formação de alianças podem se manifestar em diferentes níveis de governo. No 
entanto, essa característica não é o traço distintivo primário do presidencialismo de coalizão. 
B. Independência política irrestrita do Poder Executivo, na formação dos Ministérios e das Secretarias, tal 
como no modelo clássico. 
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Incorreta. Na verdade, no presidencialismo de coalizão brasileiro, a independência política do Executivo não 
é irrestrita; ao contrário, a formação dos Ministérios e das Secretarias frequentemente reflete a necessidade 
de negociar e acomodar os interesses dos partidos da coalizão governante. 
C. Multipartidarismo na composição do poder Legislativo. 
Correta. O presidencialismo de coalizão no Brasil está intimamente associado ao multipartidarismo no 
Congresso. A fragmentação partidária no Legislativo exige que o Presidente negocie com diversos partidos 
para formar uma base de apoio estável, o que é uma característica central do presidencialismo de coalizão. 
D. Sistema majoritário de composição do Legislativo. 
Incorreta. O sistema eleitoral para o Legislativo no Brasil não é majoritário, mas proporcional. A confusão 
pode surgir do fato de que as eleições presidenciais são majoritárias, mas isso não se aplica ao Legislativo. 
Além disso, o sistema eleitoral não é um traço característico do presidencialismo de coalizão. 
Gabarito: C. 
4. FUMARC - 2023 - Analista Legislativo (ALMG)/Analista de Projetos Educacionais (e mais 22 
concursos) 
 O sistema de governo adotado pelo Estado brasileiro, sob a Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988, considerando a relação entre os poderes legislativo e executivo, 
pode ser classificadocomo: 
A)Absolutista. 
B)Ditatorial. 
C)Parlamentarismo. 
D)Presidencialismo. 
Comentários 
O sistema de governo estabelecido pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é o 
presidencialismo. Neste sistema, o Presidente da República exerce tanto o papel de Chefe de Estado quanto 
de Chefe de Governo, sendo eleito de forma direta pela população para mandatos fixos. O Presidente tem a 
prerrogativa de nomear ministros, conduzir a política externa e interna, e é responsável pela administração 
pública federal. 
Gabarito:D 
5. CEBRASPE (CESPE) - 2012 - Analista Legislativo (CAM DEP)/Técnica Legislativa 
 Com relação ao presidencialismo, julgue o item a seguir. 
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O presidencialismo de coalizão ocorre em sistemas multipartidários quando o partido a que 
pertence o presidente possui ampla maioria no parlamento para aprovar seus projetos e 
implementar suas políticas. 
 
C Certo 
E Errado 
 
Comentários 
O presidencialismo de coalizão, especialmente no contexto brasileiro, não implica que o partido do 
presidente possua uma ampla maioria no parlamento. Pelo contrário, ocorre justamente em cenários 
multipartidários onde nenhum partido, incluindo o do presidente, detém maioria absoluta no Legislativo. 
Nesses sistemas, para aprovar projetos e implementar políticas, o presidente precisa formar alianças com 
outros partidos, criando uma coalizão governamental. Essas coalizões são essenciais para assegurar apoio 
legislativo suficiente para a agenda governamental, dada a fragmentação partidária. Portanto, a afirmação é 
incorreta, pois o presidencialismo de coalizão é caracterizado pela necessidade de negociação e formação 
de alianças, não pela existência de uma maioria ampla pertencente ao partido do presidente. 
Gabarito: Errado 
6. QUADRIX - 2018 - Assistente (CRM DF)/Administrativo 
 Com relação ao Poder Executivo na CF, julgue o item a seguir. 
 A expressão presidencialismo de coalizão designa a importância de o chefe do Poder Executivo, 
no contexto da heterogeneidade representativa e do sistema proporcional de lista aberta, 
construir uma base de apoio no Congresso Nacional que viabilize um governo operante. 
 
C Certo 
E Errado 
Comentários 
A expressão "presidencialismo de coalizão" de fato descreve a necessidade do chefe do Poder Executivo, 
especialmente em um contexto político marcado pela heterogeneidade representativa e pelo sistema 
proporcional de lista aberta, como o do Brasil, de construir uma base de apoio no Congresso Nacional. Esta 
base de apoio é crucial para garantir a governabilidade e possibilitar a implementação efetiva das políticas 
do governo. No presidencialismo de coalizão, dada a fragmentação partidária e a ausência de maiorias 
automáticas no Legislativo, o presidente precisa negociar e formar alianças com diferentes partidos para 
assegurar uma maioria que apoie sua agenda legislativa e administrativa. Portanto, a afirmação é correta. 
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Gabarito: Correto. 
7. Instituto AOCP - 2019 - Auxiliar de Perícia Médico-Legal (PC ES) 
 Na estrutura do Poder Executivo, verifica-se a existência de duas funções primordiais diversas, 
quais sejam, a de Chefe de Estado e de Chefe de Governo. Sobre esse assunto, assinale a 
alternativa correta. 
A) O Chefe de Governo representa o país nas suas relações internacionais, bem como 
corporifica a unidade interna do Estado. 
B) O Chefe de Estado exercerá a liderança da política nacional, pela orientação das decisões 
gerais e pela direção da máquina administrativa. 
C) Tanto no presidencialismo como no parlamentarismo, ocorre a acumulação dessas funções 
(Chefe de Governo e Chefe de Estado) em uma única pessoa. 
D) O texto constitucional brasileiro expressamente adotou o presidencialismo, proclamando a 
junção das funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo, a serem realizadas pelo 
Presidente da República, prevendo-as no art. 84 da Constituição Federal. 
E)E m alguns países, a função de chefe de Governo é exercida pelo Monarca e a de chefe de 
Estado, pelo Primeiro Ministro que chefia o gabinete. 
Comentários 
Vamos analisar cada uma das alternativas com base nos conceitos de Chefe de Estado e Chefe de Governo, 
bem como a estrutura do Poder Executivo em diferentes sistemas de governo: 
 
A. O Chefe de Governo representa o país nas suas relações internacionais, bem como corporifica a unidade 
interna do Estado. 
Incorreta. Esta descrição se aplica mais adequadamente ao Chefe de Estado, especialmente em sistemas 
parlamentaristas. O Chefe de Estado, em muitos contextos, é quem representa o país internacionalmente e 
simboliza a unidade nacional. 
B. O Chefe de Estado exercerá a liderança da política nacional, pela orientação das decisões gerais e pela 
direção da máquina administrativa. 
Incorreta. Esta descrição se encaixa mais ao papel do Chefe de Governo, especialmente em sistemas 
presidencialistas, onde é ele quem lidera a política nacional e dirige a administração do Estado. 
C. Tanto no presidencialismo como no parlamentarismo, ocorre a acumulação dessas funções (Chefe de 
Governo e Chefe de Estado) em uma única pessoa. 
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Incorreta. Esta afirmação não é verdadeira. No presidencialismo, as duas funções podem ser acumuladas na 
mesma pessoa (o Presidente), mas no parlamentarismo, elas são geralmente divididas entre duas figuras 
distintas (por exemplo, o Monarca ou Presidente como Chefe de Estado e o Primeiro Ministro como Chefe 
de Governo). 
D. O texto constitucional brasileiro expressamente adotou o presidencialismo, proclamando a junção das 
funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo, a serem realizadas pelo Presidente da República, prevendo-
as no art. 84 da Constituição Federal. 
Correta. No sistema brasileiro, adotado pela Constituição Federal de 1988, o Presidente da República 
acumula as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo, conforme expresso no artigo 84 da CF. 
E. Em alguns países, a função de chefe de Governo é exercida pelo Monarca e a de chefe de Estado, pelo 
Primeiro Ministro que chefia o gabinete. 
Incorreta. Esta descrição está invertida. Em sistemas parlamentaristas onde existe um monarca, este 
geralmente exerce a função de Chefe de Estado, enquanto o Primeiro Ministro atua como Chefe de Governo. 
Gabarito: D. 
8. IDECAN - 2022 - Assistente (UFBA)/Administração 
 Presidencialismo — É o sistema de governo em que o Chefe de Estado não é o Chefe de 
Governo. Nesse Sistema de Governo é necessário ter o apoio da maioria no Poder Legislativo 
(parlamento) para governar. Quando o governo perde esta maioria, pode o parlamento exigir 
a dissolução do governo, substituindo-o. 
 
C Certo 
E Errado 
Comentários: 
Esta descrição está incorreta em relação ao presidencialismo. No sistema presidencialista, o Chefe de Estado 
é também o Chefe de Governo; as duas funções são exercidas pela mesma pessoa, tipicamente o Presidente. 
Esta é uma das características distintivas do presidencialismo em comparação com o parlamentarismo. 
Além disso, no sistema presidencialista, o governo não precisa do apoio da maioria no parlamento para 
permanecer no poder, ao contrário do que acontece no parlamentarismo. No parlamentarismo, se o governo 
perde a maioria, o parlamento pode de fato exigira sua dissolução ou forçar a renúncia do governo através 
de uma moção de desconfiança. No entanto, no presidencialismo, o Presidente geralmente permanece no 
cargo por um mandato fixo e não pode ser removido simplesmente porque perdeu a maioria parlamentar; 
ele só pode ser removido por processos específicos como impeachment, sob circunstâncias muito específicas 
definidas na constituição ou nas leis do país. 
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Portanto, a declaração apresentada descreve incorretamente o presidencialismo e parece mais alinhada com 
características do sistema parlamentarista. 
Gabarito: Errado 
9. FUMARC - 2014 - Analista Legislativo (ALMG)/Consultor Legislativo/Área I - Interlocução Social 
e Desenvolvimento de Projetos Institucionais 
 Segundo Figueiredo e Limongi, é correto afirmar, EXCETO: 
 
A)O presidencialismo de coalizão brasileiro concentra poderes de agenda nas mãos do 
presidente da República. 
B)O presidencialismo de coalizão brasileiro concentra poderes de veto nas mãos do presidente 
da República. 
C)O Regimento Interno da Câmara dos Deputados brasileira concentra poderes de agenda nas 
mãos das lideranças partidárias. 
D)O arranjo institucional brasileiro, que combina representação proporcional, 
multipartidarismo e representação proporcional, é uma combinação explosiva. 
Comentários 
Analisemos cada alternativa com base nos trabalhos e teorias de Figueiredo e Limongi sobre o 
presidencialismo de coalizão no Brasil: 
 
A. O presidencialismo de coalizão brasileiro concentra poderes de agenda nas mãos do presidente da 
República. 
Correto. Figueiredo e Limongi argumentam que no presidencialismo de coalizão brasileiro, o Presidente tem 
consideráveis poderes de agenda, especialmente através da iniciativa de leis em áreas-chave e do uso de 
Medidas Provisórias. 
B. O presidencialismo de coalizão brasileiro concentra poderes de veto nas mãos do presidente da República. 
Correto. Eles também destacam que o presidente possui poderes significativos de veto, permitindo-lhe 
influenciar a legislação e as políticas públicas. 
C. O Regimento Interno da Câmara dos Deputados brasileira concentra poderes de agenda nas mãos das 
lideranças partidárias. 
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Correto. De acordo com as observações de Figueiredo e Limongi, o regimento interno confere às lideranças 
partidárias um papel importante na determinação da agenda legislativa, embora este aspecto seja mais 
relacionado à organização interna do Congresso do que ao presidencialismo de coalizão per se. 
D. O arranjo institucional brasileiro, que combina representação proporcional, multipartidarismo e 
representação proporcional, é uma combinação explosiva. 
Errado (a afirmativa a ser EXCETUADA, portanto correta nesta context). Embora Figueiredo e Limongi 
discutam os desafios do sistema político brasileiro, incluindo representação proporcional e 
multipartidarismo, eles não caracterizam necessariamente essa combinação como "explosiva". O termo 
"combinação explosiva" não é tipicamente usado por Figueiredo e Limongi para descrever o sistema 
brasileiro. Eles de fato discutem as dificuldades e desafios do sistema, mas seu trabalho geralmente 
apresenta uma visão mais matizada, indicando que, sob certas condições, o sistema pode funcionar e 
proporcionar estabilidade política, mesmo que não seja ideal. 
Gabarito:D 
10. CEBRASPE (CESPE) - 2002 - Consultor Legislativo (SEN)/Assessoramento 
Legislativo/Administração Pública 
 As instituições políticas brasileiras conformam um modelo de federalismo, forma e sistema de 
governo. 
Com relação a esse assunto, julgue o seguinte item. 
O fisiologismo é um grande risco do presidencialismo de coalisão, uma vez que as lealdades 
podem depender de favores, cargos e privilégios. 
C Certo 
E Errado 
Comentários 
O fisiologismo, prática na qual o apoio político é trocado por favores, cargos e privilégios, é de fato 
considerado um risco significativo dentro do modelo do presidencialismo de coalizão, especialmente no 
contexto brasileiro. No presidencialismo de coalizão, onde o governo muitas vezes precisa negociar apoio 
com diversos partidos políticos para formar uma maioria no Congresso, pode surgir a tentação de oferecer 
posições no governo, influência ou recursos em troca de apoio legislativo. 
Essa prática pode levar à distribuição de cargos e benefícios com base em lealdades políticas em vez de 
mérito ou competência, prejudicando a eficiência e a integridade da administração pública. Além disso, o 
fisiologismo pode enfraquecer a responsabilidade política, uma vez que os membros do Congresso podem 
apoiar o governo não com base em convicções ideológicas ou no interesse público, mas sim em troca de 
ganhos pessoais ou partidários. 
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Portanto, a afirmativa é correta: o fisiologismo representa um grande risco para o presidencialismo de 
coalizão, já que pode comprometer a qualidade da governança e a representatividade democrática. 
Gabarito: Certo. 
11. CEBRASPE (CESPE) - 2006 - Juiz do Trabalho (TRT 5ª Região) 
 Acerca das características do presidencialismo, assinale a opção incorreta. 
A) O presidente da República exerce plenamente o Poder Executivo, acumulando as funções de 
chefe de Estado, chefe de governo e chefe da administração pública. 
B) O eventual plano de governo, mesmo quando aprovado por lei, depende exclusivamente da 
coordenação do presidente da República. 
C) O governo é responsável ante o parlamento, o que significa que o governo depende de seu 
apoio e confiança para governar. 
D) No presidencialismo, as relações entre os Poderes Executivo e Legislativo são mais rígidas 
que em outros sistemas de governo, prevalecendo o princípio da separação de poderes 
independentes e autônomos, embora estes possam ser harmônicos. 
E) O presidencialismo é um sistema típico das repúblicas. 
Comentários 
A)Correta. No sistema presidencialista, especialmente o brasileiro, o presidente realmente acumula essas 
funções 
B)Correta. Embora o plano de governo possa ser influenciado pelo debate legislativo, a coordenação e 
implementação do plano dependem em grande medida da liderança do presidente. 
C)Incorreta. Esta é uma característica do parlamentarismo, não do presidencialismo. No sistema 
parlamentarista, o governo deve manter a confiança do parlamento para permanecer no poder. No 
presidencialismo, o presidente tem um mandato fixo e não depende da confiança contínua do parlamento 
para governar, embora possa buscar o apoio do parlamento para aprovar legislação. 
D)Correta. O presidencialismo caracteriza-se pela separação clara e rígida entre os poderes, com sistemas 
de freios e contrapesos projetados para manter a independência e autonomia de cada um. 
E)Correta. Geralmente, o sistema presidencialista é adotado por repúblicas, onde um presidente serve como 
chefe de Estado e chefe de governo. 
Gabarito: C. 
12. CEBRASPE (CESPE) - 2022 - Agente de Investigação (PC PB) 
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Tendo em vista que as características de sistemas de governo, formas de governo e formas de 
Estado se entrelaçame geram combinações bastante conhecidas entre as nações ocidentais, 
assinale a opção correta a esse respeito. 
A) O parlamentarismo está atrelado a regimes republicanos com a participação da população 
na escolha do chefe de governo. 
B) O semipresidencialismo une características do presidencialismo e do parlamentarismo; por 
isso, nesse sistema, o presidente é eleito pelo povo em caráter simbólico e com poderes 
limitados. 
C) No presidencialismo, ocorre o acúmulo das funções de chefe de Estado e de chefe de 
governo em um único indivíduo. 
D) No parlamentarismo, o chefe de Estado pode dissolver o parlamento, bem como nomear e 
demitir o primeiro-ministro. 
E) No presidencialismo, o Poder Executivo é legitimado pelo Poder Legislativo. 
Comentários 
a) Incorreta. No sistema parlamentarista, o chefe de governo, geralmente o Primeiro-Ministro, é 
escolhido pela maioria parlamentar e não diretamente pela população. Além disso, o 
parlamentarismo pode existir tanto em repúblicas quanto em monarquias. 
b) Incorreta. Embora o semipresidencialismo combine elementos de presidencialismo e 
parlamentarismo, o presidente em um sistema semipresidencialista tipicamente detém poderes 
significativos, que não são meramente simbólicos. O grau de poder pode variar, mas geralmente 
inclui responsabilidades além do simbólico. 
c) Correta. Esta é uma característica definidora do sistema presidencialista. O presidente cumpre ambos 
os papéis, liderando tanto o governo quanto o Estado. 
d) Incorreta. Enquanto o chefe de Estado no parlamentarismo pode dissolver o parlamento em algumas 
circunstâncias, geralmente ele não possui a autoridade unilateral para nomear e demitir o primeiro-
ministro. Essas ações dependem das condições políticas e, em muitos casos, da maioria parlamentar. 
e) Incorreta. No presidencialismo, o Poder Executivo é diretamente legitimado pelo voto do povo, não 
pelo Legislativo. O presidente é eleito de forma independente do parlamento. 
Gabarito: C 
13. CEBRASPE (CESPE) - 2023 - Notário e Registrador (TJ SC)/Provimento 
Tendo em vista que, atualmente, o Brasil é uma República federativa e segue o modelo 
presidencialista de governo, assinale a opção correta. 
A No presidencialismo existente no Brasil, a nomeação de ministros de Estado depende da 
aprovação formal do Poder Legislativo. 
B) O Poder Legislativo brasileiro segue o modelo estadunidense, razão pela qual é unicameral, 
ou seja, há apenas uma assembleia geral. 
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C) A eleição presidencial brasileira é feita por voto direto e universal, mas a aprovação do 
resultado das urnas necessita do aval de um colégio eleitoral, à maneira da realidade 
estadunidense. 
D) O Poder Executivo brasileiro, no âmbito da União, é exercido pelo presidente da República, 
auxiliado pelos ministros de Estado; nos estados, pelos governadores; nos municípios, pelos 
prefeitos. 
E) O Poder Judiciário brasileiro, cuja posição mais elevada é ocupada pelo Superior Tribunal de 
Justiça, é responsável pela elaboração das leis relativas ao direito penal. 
Comentários 
a) Incorreta. No Brasil, o presidente da República tem a prerrogativa de nomear os ministros de Estado 
sem a necessidade de aprovação formal pelo Poder Legislativo. 
b) Incorreta. O sistema legislativo brasileiro é bicameral, composto pelo Senado Federal (câmara alta) e 
pela Câmara dos Deputados (câmara baixa), diferente do modelo unicameral. 
c) Incorreta. No Brasil, a eleição presidencial é feita por voto direto e universal, sem a necessidade do 
aval de um colégio eleitoral para aprovação dos resultados. 
d) Correta. Esta afirmação está correta e reflete a estrutura do Poder Executivo no Brasil, conforme 
estabelecido pela Constituição Federal. 
e) Incorreta. A posição mais elevada no Poder Judiciário brasileiro é ocupada pelo Supremo Tribunal 
Federal, não pelo Superior Tribunal de Justiça. Além disso, o Poder Judiciário não é responsável pela 
elaboração das leis, que é uma atribuição do Poder Legislativo, de forma típica, do Executivo de forma 
atípica. Vale lembrar que o Judiciário até tem competência para propor determinado projetos de lei, 
porém, também de forma atípica. 
Gabarito: D 
14. CEBRASPE (CESPE) - 2018 - Oficial de Inteligência/Área 3 
No que se refere ao sistema presidencialista adotado no Brasil, no qual o governo opera por 
meio de coalizões partidárias, julgue o próximo item. 
A ocupação de cargos públicos e a alocação de verbas do orçamento, apesar de constituírem 
recursos para as negociações presidenciais, não são expedientes válidos para consolidar a 
coalizão de apoio no presidencialismo multipartidário brasileiro. 
Certo 
Errado 
Comentários 
Na realidade do sistema presidencialista brasileiro, especialmente sob o modelo de presidencialismo de 
coalizão que predomina, a ocupação de cargos públicos e a alocação de verbas do orçamento são, de fato, 
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expedientes frequentemente utilizados para consolidar a coalizão de apoio no presidencialismo 
multipartidário. 
Esses recursos são partes integrantes das negociações presidenciais para garantir a governabilidade e apoio 
legislativo, em especial em um contexto caracterizado pela fragmentação partidária. O oferecimento de 
cargos em ministérios e outras posições de governo para os partidos que compõem a coalizão, bem como a 
destinação de recursos orçamentários para projetos de interesse desses partidos, são práticas comuns 
destinadas a manter ou expandir o apoio ao governo no Congresso. 
Embora essas práticas possam levantar questões sobre ética e eficiência governamental, elas constituem, na 
prática, ferramentas importantes para a consolidação da base de apoio parlamentar no sistema político 
brasileiro atual. Portanto, a afirmação é considerada errada no contexto das normas convencionais da 
política brasileira. 
Gabarito: Errado 
15. CEBRASPE (CESPE) - 2014 - Analista Legislativo (CAM DEP)/Consultor Legislativo/Área XIX 
 Em relação ao sistema político brasileiro, julgue o item subsequente. 
 A expressão presidencialismo de coalizão, na sua formulação original, designa a combinação 
de presidencialismo, multipartidarismo e federalismo. 
Certo 
Errado 
Comentários 
A expressão "presidencialismo de coalizão", cunhada e amplamente difundida na análise política brasileira, 
realmente designa a combinação específica de presidencialismo, multipartidarismo e federalismo, 
características marcantes do sistema político brasileiro. 
No presidencialismo de coalizão: 
Presidencialismo: Refere-se ao sistema de governo no qual o Presidente da República acumula as funções de 
chefe de Estado e chefe de Governo, sendo eleito diretamente pela população e responsável pela 
administração pública e pela direção das políticas nacionais. 
Multipartidarismo: O sistema político brasileiro é caracterizado pela existência de múltiplos partidos políticos 
com representação significativa, o que torna raras as ocasiões em que um único partido detém a maioria no 
Congresso Nacional. Isso exige que o presidente forme alianças, ou coalizões, com outros partidos para 
garantir apoio legislativo suficiente para aprovar leis e implementar a agenda governamental. 
Federalismo: O Brasil é uma República Federativa, o que significa que os poderes são divididos entre a União, 
os estados e os municípios. Essa divisão de poderes adiciona outra camada de complexidade às negociações 
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políticas, já que os interesses regionais e locais frequentemente influenciam as alianças partidárias e as 
negociações no nível federal. 
Assim, o termo "presidencialismo de coalizão" encapsula essas três dimensões fundamentais que interagem 
e moldam a governança e a dinâmica política no Brasil. Portanto, o item está correto. 
Gabarito: Certo 
16. QUADRIX - 2016 - Auxiliar Operacional (CRA AC) 
Os debates acerca de propostas para uma reforma política no Brasil têm sido extremamente 
efervescentes nos últimos anos. Diariamente, vemos alguns temas recorrentes nos principais 
meios de comunicação nacionais. Com base em seus conhecimentos acerca do sistema político 
brasileiro, assinale a alternativa que apresente um elemento atualmente pertencente à 
estrutura política brasileira. 
A) Financiamento totalmente público de campanha. 
B) Voto distrital. 
C) Candidatura avulsa. 
D) Sistema de governo parlamentarista. 
E) Presidencialismo de coalizão. 
Comentários 
a) Incorreta. O Brasil não possui um sistema de financiamento de campanha que seja totalmente 
público. Há elementos de financiamento público, como o Fundo Especial de Financiamento de 
Campanha (FEFC), mas as campanhas podem receber, dentro de certos limites, contribuições de 
pessoas físicas. 
b) Incorreta. O Brasil utiliza principalmente o sistema proporcional para as eleições legislativas federais 
e estaduais. O voto distrital não é a metodologia principal para eleições legislativas no Brasil. 
c) Incorreta. No Brasil, para se candidatar a um cargo eletivo, é necessário estar filiado a um partido 
político. Candidaturas avulsas (sem filiação partidária) não são permitidas pelo sistema eleitoral atual. 
d) Incorreta. O Brasil adota um sistema de governo presidencialista, conforme definido pela 
Constituição de 1988. 
e) Correta. O "presidencialismo de coalizão" é uma característica do sistema político brasileiro, onde o 
presidente da República, para garantir a governabilidade e o avanço de sua agenda, forma alianças 
com diversos partidos políticos, geralmente por meio da distribuição de cargos no governo e de 
outras negociações políticas. 
Gabarito: E 
17. ESAF - 2005 - Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (MPOG)/Gestão e 
Políticas Públicas (e mais 1 concurso) 
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A experiência democrática brasileira desde a promulgação da Constituição de 1988 tem sido 
analisada, no que se refere à representação política, à dinâmica parlamentar e à 
governabilidade como tendente à instabilidade. Com acento em aspectos diferentes, o foco 
tem sido colocado na natureza do Presidencialismo e na relação entre o Presidente e o 
Legislativo 
As afirmações a seguir referem-se a essas questões: 
1- O Presidencialismo brasileiro tem características plebiscitárias, o que gera uma tendência a 
formar ministérios numerosos e heterogêneos. 
2- A relação política entre o Presidente e o Legislativo faz com que se diga que o Brasil tem um 
Presidencialismo de coalizão. Essa circunstância internaliza divergências, que o presidente é 
obrigado a arbitrar, entre partidos, interesses regionais transpartidários, afetando as relações 
entre as bancadas e os governos estaduais. 
3- A amplitude das coalizões de governo tem outras causas, além da falta de maioria 
parlamentar. Entre eles a representação proporcional, o federalismo, o bicameralismo e o 
pluripartidarismo amplo. 
4- No presidencialismo de coalizão, o presidente assume a condição de árbitro tanto das 
divergências internas à aliança que o respalda no Legislativo, como das forças políticas 
regionais representadas na mesma aliança. 
5- Apesar das características plebiscitárias de sua eleição e da condição de árbitro em relação 
às forças que compõem sua base parlamentar, o presidente, ao exercer o cargo sob constante 
risco de desintegração dessa base, tem seu poder e sua autoridade fragilizados. 
Em relação a essas afirmações pode-se dizer que: 
A) estão todas incorretas. 
B) apenas a nº 1 está correta. 
C) apenas a nº 2 está correta. 
D) apenas a nº 3 está correta. 
E) estão todas corretas. 
Comentários 
Vamos analisar cada item. 
1. Esta afirmação é considerada correta no contexto brasileiro, onde as eleições presidenciais, sendo 
diretas e universais, possuem características plebiscitárias, conferindo ao presidente eleito um forte 
mandato popular. Isso, combinado com a necessidade de formar coalizões no sistema 
multipartidário, resulta frequentemente em ministérios grandes e compostos por membros de 
diversos partidos para assegurar apoio legislativo. 
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2. Esta afirmação também é correta, descrevendo adequadamente a dinâmica do Presidencialismo de 
coalizão no Brasil, onde o presidente precisa negociar constantemente com diferentes partidos e 
interesses para manter o apoio do Legislativo e governar efetivamente. 
3. Esta afirmação é verdadeira. A necessidade de amplas coalizões no Brasil é influenciada por vários 
fatores institucionais e estruturais, incluindo o sistema eleitoral de representação proporcional, que 
tende a resultar em uma fragmentação partidária, e o federalismo, que traz uma variedade de 
interesses regionais ao Congresso. 
4. Esta afirmação é correta e reflete o papel do presidente no presidencialismo de coalizão brasileiro, 
onde ele precisa mediar conflitos dentro de sua própria base de apoio e entre diferentes facções e 
interesses regionais. 
5. Esta afirmação é correta, pois apesar do mandato forte obtido nas urnas, o presidente enfrenta o 
desafio contínuo de manter coesa sua base de apoio no Congresso. A possibilidade de desintegração 
dessa base representa uma constante ameaça à estabilidade de seu governo. 
 Gabarito: E. 
18. ESAF - 2010 - Analista de Planejamento e Orçamento (MPO)/Geral 
Sérgio Abranches consagrou o termo 'Presidencialismo de Coalizão' para se referir ao sistema 
político brasileiro em artigo de 1988. Nessa perspectiva, o Poder Executivo se fortalece 
politicamente com base em grandes coalizões no Parlamento. Para alguns autores, como 
Fernando Limongi & Argelina Figueiredo, que seguem uma linha mais institucionalista, a 
Relação de Poderes, no Sistema Político, apresenta as características citadas a seguir, as quais 
são decisivas para a compreensão do funcionamento do sistema político brasileiro. 
Assinale a opção que corresponde ao pensamento de Fernando Limongi & Argelina Figueiredo. 
A) O sistema partidário brasileiro caracteriza-se por ser multipartidário e fragmentado, com 
partidos frágeis e incapazes de dar sustentação política às propostas do governo. 
B) Há falta de governabilidade no Brasil, com o governo dando mostras de ser incapaz de 
governar. 
C) O Parlamento é o centro das decisões do sistema político brasileiro, de onde provêm as 
orientações e inclusive a origem das políticas públicas que serão adotados pelo Poder 
Executivo, que é subordinado ao Poder do Parlamento. 
D) Os Deputados atuam de forma pessoal, reforçando o caráter Personalista do sistema político 
brasileiro, não seguindo a orientação dos líderes partidários. 
E) Há um predomínio do Executivo sobre a produção legislativa. O Poder Executivo é bem-
sucedido na arena legislativa porque conta com o apoio sólido de uma coalizão partidária. A 
disciplina partidária é a norma no Parlamento brasileiro. 
Comentários 
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a) Incorreta. Embora o sistema partidário brasileiro seja de fato multipartidário e fragmentado, Limongi 
e Figueiredo argumentam que, através do presidencialismo de coalizão, o Executivo consegue formar 
coalizões que sustentam suas propostas no Congresso 
b) Incorreta. Limongi e Figueiredo, em suas análises, não sustentam que há uma falta geral de 
governabilidade; pelo contrário, eles destacam como o Executivo consegue, através de negociações 
e coalizões, assegurar governabilidade. 
c) Incorreta. Esta descrição é mais alinhada com um sistema parlamentarista, não refletindo a visão de 
Limongi e Figueiredo sobre o sistema político brasileiro, onde o Executivo tem um papel central. 
d) Incorreta. Embora exista um aspecto personalista na política brasileira, Limongi e Figueiredo 
destacam a importância e eficácia das coalizões partidárias e da disciplina partidária na condução 
legislativa. 
e) Correta. Esta afirmação está alinhada com as análises de Limongi e Figueiredo. Eles destacam que, 
no presidencialismo de coalizão brasileiro, o Executivo desempenha um papel predominante na 
produção legislativa, contando com o apoio de coalizões partidárias. Além disso, eles apontam a 
disciplina partidária como um aspecto importante na dinâmica parlamentar brasileira, contrariando 
a ideia de um Congresso desorganizado e ineficaz. 
Gabarito: E 
19. ESAF - 2012 - Auditor Federal de Finanças e Controle (CGU)/Prevenção da Corrupção e Ouvidoria 
"Presidencialismo de coalizão" é uma expressão cunhada pelo cientista político Sérgio 
Abranches logo após a entrada em vigor da Constituição de 1988 e foi incorporada ao debate 
político. Os enunciados a seguir referem-se à vigência desse sistema de governo no Brasil. 
indique a opção incorreta. 
A) Segundo Abranches, o presidencialismo de coalizão é um sistema instável e de alto risco. 
B) Segundo Abranches, o presidencialismo de coalizão está associado a uma crise fiscal 
estrutural e ao clientelismo. 
C) Outros autores, como Limongi, veem no presidencialismo de coalizão uma maneira do 
Presidente superar o problema da fragmentação partidária no Parlamento. 
D) O arranjo característico do presidencialismo se reproduz nos estados e municípios com 
pequenas diferenças. 
E) As Medidas Provisórias são um recurso de poder dos presidentes nas negociações com suas 
coalizões. Este é um recurso de que os governadores não dispõem, pois nenhum governador 
pode editar medidas provisórias. 
Comentários 
a) Correta. Sérgio Abranches de fato argumentou que o presidencialismo de coalizão, devido à 
necessidade de negociar constantemente o apoio entre múltiplos partidos, pode levar a uma 
instabilidade política e é considerado de alto risco. 
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b) Correta. Abranches também discutiu como o presidencialismo de coalizão no Brasil pode levar a 
problemas como a crise fiscal estrutural e a práticas de clientelismo, devido à negociação política 
envolvida na formação e manutenção das coalizões. 
c) Correta. Fernando Limongi e outros cientistas políticos consideram que, apesar de seus problemas, o 
presidencialismo de coalizão serve como um mecanismo pelo qual o Presidente pode superar a 
fragmentação partidária e garantir governabilidade. 
d) Correta. No Brasil, o sistema presidencialista de governo se estende aos estados e municípios, onde 
governadores e prefeitos, respectivamente, seguem um modelo semelhante de governança, embora 
com algumas diferenças devido às especificidades locais. 
e) Falso, pois governadores também podem editar medidas provisórios desde que, segundo o STF, o 
mecanismo esteja previsto nas respectivas constituições estaduais. 
Gabarito: E 
20. CEBRASPE (CESPE) - 2014 - Analista Legislativo (CAM DEP)/Consultor Legislativo/Área XIX 
 Em relação ao sistema político brasileiro, julgue o item subsequente. 
Os críticos do presidencialismo de coalizão, na forma como vigora no Brasil, apontam a 
heterogeneidade das coligações governistas e a indisciplina partidária como obstáculos à 
governabilidade e como fontes de instabilidade política. 
Certo 
Errado 
Comentários 
Os críticos do presidencialismo de coalizão, tal como praticado no Brasil, frequentemente apontam a 
heterogeneidade das coligações governistas e a indisciplina partidária como grandes desafios para a 
governabilidade. Eles argumentam que a diversidade ideológica e política dentro das coalizões governistas 
pode levar a conflitos e a uma falta de coesão, o que dificulta a aprovação de legislação e a implementação 
de políticas. Ademais, a indisciplina partidária, onde membros de partidos não seguem as linhas partidárias 
nas votações e decisões, pode enfraquecer a base de apoio do governo no Parlamento, contribuindo para a 
instabilidade política e dificultando a governança. Portanto, a afirmação é Certo. 
Gabarito: Certo 
21. AOCP - 2010 - Gestor de Políticas Públicas (Pref Camaçari) 
O poder irrestrito de demissão dos ministros é uma constante universal dos regimes 
presidencialistas. Mas observa-se alguma variação nos poderes formais de nomeação. Por 
exemplo, nos EUA, o presidente tem que obter o consentimento de 2/3 do Senado para nomear 
os chamados secretários de Estado. Mas, do ponto de vista substantivo, o chamado 
consentimento senatorial pouco afeta a capacidade do chefe do Executivo de conseguir o 
gabinete que deseja. Essa regra não se aplica ao Brasil. Em suma, os poderes de demissão e 
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nomeação ministerial no presidencialismo são sempre extensos e quase sempre absolutos. No 
que tange aos poderes legislativos dos presidentes, porém, verifica-se impressionante 
variação. Identificam-se dois tipos de poderes legislativos: os reativos e os proativos. Os 
reativos são aqueles poderes com os quais o Executivo pode sustentar o status quo mesmo 
diante de uma legislatura com preferências distintas. O veto presidencial é um poder reativo 
por excelência, cuja extensão depende das maiorias exigidas para derrubar um veto e de se o 
chefe do Executivo tem a capacidade apenas de vetar leis inteiras ou partes delas também. No 
Brasil, o presidente possui o veto parcial e o total, mas uma maioria absoluta do Congresso 
pode derrubá-los. 
O texto acima trata de 
A) Governança. 
B) Poder de veto. 
C) Repartição dos poderes. 
D) Governabilidade. 
E) Constituição Federal. 
Comentários 
O texto aborda vários aspectos dos regimes presidencialistas, incluindo os poderes de nomeação e demissão 
de ministros pelo presidente e os diferentes tipos de poderes legislativos, especificamente os poderes 
reativos e proativos. Enquanto a discussão sobre a capacidade do presidente de nomear e demitir ministros 
e sobre os poderes legislativos, incluindo o veto, é relevante, é importante determinar qual conceito geral o 
texto está mais próximo. 
 
A. Governança. Embora o texto mencione aspectos que poderiam se enquadrar na governança, 
especialmente no contexto dos poderes do presidente, a discussão não se concentra exclusivamente nos 
mecanismos ou na prática da governança em si. 
 
B. Poder de veto. O texto menciona o poder de veto como um exemplo de um poder legislativo reativo que 
os presidentes podem ter. No entanto, o poder de veto é apenas um dos muitos temas tratados. 
C. Repartição dos poderes. O texto toca em questões relacionadas à repartição dos poderes, especialmente 
ao discutir os poderes distintos do Executivoe suas interações com o Legislativo, mas isso é apenas parte do 
conteúdo. 
D. Governabilidade. O texto, ao discutir os poderes de nomeação, demissão e legislativos do presidente, 
aborda implicitamente a capacidade do chefe do Executivo de governar efetivamente, apesar de não usar o 
termo "governabilidade" diretamente. A capacidade de sustentar o status quo diante de um Congresso de 
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preferências diferentes e a capacidade de formar o governo como desejado refletem aspectos da 
governabilidade. 
E. Constituição Federal. Embora o texto mencione práticas constitucionais, especialmente ao comparar os 
sistemas dos EUA e do Brasil, a discussão principal não se foca na Constituição em si, mas nas capacidades e 
limitações do Poder Executivo dentro do sistema presidencialista. 
Gabarito: D 
22. ESAF - 2009 - Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (MPOG)/Gestão e 
Políticas Públicas 
O termo "presidencialismo de coalizão" é usado para designar o arranjo político estabelecido 
no Brasil em função das relações entre Executivo e Legislativo. A expressão é pertinente porque 
o sistema político brasileiro tem características híbridas do presidencialismo e do 
parlamentarismo, entre as quais: 
1. o Presidente da República conta com recursos de poder como a execução do orçamento, que 
não é de aplicação compulsória. 
2. o Executivo necessita do apoio do Legislativo para ter sua agenda aprovada e para governar. 
3. o Presidente tem a prerrogativa de editar Medidas Provisórias com força de lei, mas a 
iniciativa legislativa é exclusividade do Congresso. 
4. o Presidente impõe sua agenda legislativa porque as lideranças partidárias são frágeis e suas 
orientações raramente são seguidas por seus liderados. 
 
Os enunciados acima são: 
A)todos verdadeiros. 
B)todos falsos. 
C)verdadeiros o 3 e o 4. 
D)verdadeiros o 1 e o 2. 
E)verdadeiros o 2 e o 4. 
Comentários 
Vamos analisar cada um dos enunciados para verificar sua veracidade no contexto do sistema político 
brasileiro: 
1. Verdadeiro. No Brasil, o presidente tem a prerrogativa de executar o orçamento, que pode incluir a 
retenção ou realocação de recursos, embora dentro de certas limitações legais e constitucionais. Isso 
significa que nem toda alocação orçamentária é obrigatoriamente executada conforme aprovada. 
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2. Verdadeiro. Isso reflete a essência do presidencialismo de coalizão, onde o presidente precisa formar 
alianças com diferentes partidos no Congresso para assegurar a aprovação de sua agenda legislativa 
e garantir governabilidade. 
3. Falso. Enquanto é verdade que o Presidente pode emitir Medidas Provisórias com força de lei, a 
iniciativa legislativa não é exclusiva do Congresso. O Presidente e outras entidades, como o Supremo 
Tribunal Federal e os tribunais superiores, também têm o poder de iniciar legislações em 
determinadas áreas. 
4. Falso. A afirmação de que o presidente impõe sua agenda devido à fraqueza das lideranças partidárias 
simplifica demais a dinâmica complexa do presidencialismo de coalizão. Na realidade, a agenda 
legislativa é muitas vezes o resultado de negociações e acordos, não apenas a imposição unilateral 
do presidente. 
Portanto, os enunciados verdadeiros são o 1 e o 2, o que torna a alternativa correta a D: verdadeiros o 1 e o 
2. 
Gabarito: D. 
23. FGV - 2022 - Assistente em Saúde (SEMSA Manaus)/Assistente em Administração/30h 
A respeito do nosso sistema presidencialista de governo, analise as afirmativas a seguir e 
assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa. 
( ) O Poder Executivo é chefiado pelo Presidente da República que é auxiliado pelos Ministros 
de Estado, no âmbito federal. 
( ) O Presidente da República é o único que acumula as funções de Chefe de Estado e Chefe 
de Governo. 
( ) O Presidente da República age como Chefe de Estado quando celebra tratados 
internacionais ou declara guerra. 
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente, 
a) V – V – V. 
b) V – F – V. 
c) F – F – V. 
d) F – V – V. 
e) V – V – F. 
Comentários 
(V) Essa afirmação destaca a estrutura do Poder Executivo na República Federativa do Brasil, 
que segue o modelo presidencialista. Vamos detalhar: 
Poder Executivo: É um dos três poderes fundamentais de um Estado, responsável pela 
execução das leis e administração pública. 
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Presidente da República: O chefe do Poder Executivo é o Presidente da República, eleito 
democraticamente pelos cidadãos brasileiros. O Presidente exerce tanto o papel de Chefe de 
Estado quanto o de Chefe de Governo. 
Ministros de Estado: O Presidente é auxiliado pelos Ministros de Estado, que são nomeados 
por ele. Cada Ministro é responsável por uma área específica do governo, como Saúde, 
Educação, Justiça, entre outras. Os Ministros compõem o gabinete presidencial. 
Portanto, a afirmação destaca que o Presidente da República, como chefe do Poder Executivo, 
tem o suporte dos Ministros de Estado para conduzir as políticas públicas e administrar o país 
em diversas áreas. Essa estrutura é uma característica marcante do sistema presidencialista 
brasileiro. 
(V) No presidencialismo, o Presidente desempenha tanto o papel de Chefe de Estado quanto 
o de Chefe de Governo, ao contrário do parlamentarismo, onde essas funções podem ser 
separadas. 
(V) correto, pois no plano das relações internacionais essas atividades competem à chefia do 
Estado. 
Gabarito: A 
24. FGV - 2021 - Perito Legista (PC RJ)/Medicina (e mais 3 concursos) 
Marília, estudante de direito, tinha sérias dúvidas a respeito do sentido das expressões chefe 
de Estado e chefe de governo, principalmente ao considerar a atividade desempenhada pelo 
presidente da República como chefe da Administração Pública federal. 
Everardo, seu professor, informou-lhe, corretamente, que se tratava de atividade típica de: 
a) chefe de governo, designativo utilizado, em sistemas parlamentaristas, para indicar o agente 
que desempenha funções próprias de primeiro-ministro; 
b) chefe de Estado, designativo utilizado, em sistemas parlamentaristas, para indicar o agente 
que desempenha funções próprias de primeiro-ministro; 
c) chefe de governo, que costuma ser escolhido, em sistemas parlamentaristas, no âmbito do 
órgão legislativo, e que desempenha maior número de poderes apenas simbólicos; 
d) chefe de Estado, designativo utilizado, em sistemas presidencialistas e parlamentaristas, 
para indicar o primeiro mandatário, responsável pelas principais decisões políticas; 
e) chefe de Estado, designativo adotado em conjunto com o de chefe de governo apenas em 
regimes semipresidenciais, nos quais prepondera a escolha popular do primeiro mandatário. 
Comentários 
a) Correto, pois o primeiro-ministro, em conjunto com o parlamento, tem atribuições de 
cuidar da administração e executar políticas públicas. 
b) Falso, é o chefe de governo que tem essas atribuições. 
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c) A parte final está errada, pois o papel simbólico é atribuído ao chefe de Estado. 
d) Falso, pois a afirmação se refereao chefe de governo. 
e) Falso, pois os termos também são usados nos sistemas parlamentaristas e presidencialistas. 
Gabarito: A 
25. FGV - 2019 - Especialista em Políticas Públicas (Pref Salvador) 
O sistema de governo está relacionado com a maneira como funciona a relação entre os 
Poderes Legislativo e Executivo de um país, tendo sido adotado no Brasil o tipo presidencialista. 
 Em relação ao sistema presidencialista, tem-se como pressuposto a ideia de que 
a) inexiste a tipicidade de funções, dado que o Presidente pode exercer tipicamente tanto a 
capacidade executiva, quanto a legislativa e jurisdicional. 
b) a separação dos Poderes delimita a atividade estatal de legislação, acarretando em uma 
relação dependente e harmônica entre os organismos políticos. 
c) a administração pública é interpretada de forma subjetiva, considerando-se apenas os 
órgãos administrativos, em detrimento das ações efetivamente governamentais. 
d) o sistema de freios e contrapesos garante a soberania de cada poder, viabilizando a 
arbitrariedade administrativa ao Presidente da República. 
e) a chamada dupla função do Presidente da República ocorre quando ele exerce as funções de 
Chefe de Estado e Chefe de Governo. 
Comentários 
a) No sistema presidencialista, as funções são tipificadas, e o Presidente da República exerce 
predominantemente funções executivas. As funções legislativas e jurisdicionais são atribuídas 
a outros órgãos, sendo que todos têm funções típicas e atípicas. 
b) Incorreta: A separação dos Poderes visa evitar a concentração de poder, não uma relação 
dependente e harmônica. Cada Poder (Executivo, Legislativo e Judiciário) deve atuar de forma 
independente, fiscalizando e equilibrando o funcionamento do Estado. 
c) Incorreta: A administração pública engloba tanto os órgãos administrativos quanto as ações 
governamentais. O Presidente, como Chefe de Governo, desempenha um papel crucial na 
formulação e execução das políticas públicas. 
d) Incorreta: O sistema de freios e contrapesos visa evitar a arbitrariedade, garantindo que 
cada Poder exerça suas funções sem extrapolar seus limites constitucionais. Não se destina a 
viabilizar arbitrariedade. 
e) Correto. A alternativa está correta porque, no sistema presidencialista, o Presidente da 
República desempenha a chamada "dupla função", ocupando simultaneamente os cargos de 
Chefe de Estado e Chefe de Governo. Essa característica diferencia o sistema presidencialista 
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do parlamentarismo, onde essas funções são separadas entre o monarca (ou presidente) como 
Chefe de Estado e o chefe do governo (primeiro-ministro). 
Chefe de Estado: Nessa função, o Presidente representa a unidade nacional, simbolizando a 
continuidade e estabilidade do Estado. Ele desempenha papéis cerimoniais, representativos e 
diplomáticos. Chefe de Governo: Nessa função, o Presidente exerce o comando do Poder 
Executivo, sendo responsável pela condução das políticas públicas, administração e tomada de 
decisões executivas. 
Gabarito: E 
26. FCC - 2018 - Consultor Legislativo (CL DF)/Redação Parlamentar 
 O Estado de Direito se caracteriza pela divisão dos poderes, atribuições específicas distribuídas 
entre órgãos do Estado. Graças a essa divisão, com os poderes limitando uns aos outros, o 
governo fundado na lei, ou seja, a liberdade, torna-se possível. As três ordens de poderes são: 
o parlamento (o legislativo), que faz as leis; o executivo, que aplica as leis, executando as 
normas estabelecidas pelo legislativo e o judiciário, que as aplica exercendo sua função de 
resolver conflitos entre os componentes da sociedade e entre estes e o Estado. No entanto, 
essa separação não pode ser considerada uma prática rígida, pois na conformação do Estado 
contemporâneo o princípio da interdependência e o controle mútuo levam a práticas que 
relativizam a divisão ou separação dos poderes. 
(Adaptado de: MOSCA, G. e BOUTHOUL, G. História das Doutrinas Políticas desde a 
Antiguidade. Zahar Editores, 1962, cap. XXIX, pp 200-204) 
São exemplos de aplicação do princípio da interdependência e de controle mútuo entre os 
poderes: 
A)a fiscalização dos atos do Poder Executivo pelo Legislativo, a nomeação de juízes de instâncias 
intermediárias pelo Poder Executivo e a possibilidade de processar membros do Executivo e do 
Legislativo nas Instâncias Inferiores do Judiciário. 
B)o uso de decretos legislativos pelo Poder Executivo, aprovados ou não pelo parlamento, a 
aprovação ou rejeição de contas do Poder Executivo (ouvidos órgãos de controle) e o poder do 
Judiciário de fixar o próprio orçamento. 
C)a interferência mútua por meio de poderes, de veto do Executivo a Leis, fiscalização do 
Legislativo em relação ao cumprimento das Leis pelo Executivo e o poder do Judiciário de 
declarar inconstitucionais Leis feitas pelo Legislativo. 
D) a definição de competências para instâncias do Judiciário pelo Legislativo, o poder do 
Executivo de instaurar o processo constituinte, a fixação de prazos para apresentação de 
relatórios de gestão do executivo pelo Judiciário. 
E)a realização e controle do processo eleitoral pelo Judiciário, a instauração de processo de 
destituição de Ministros do Judiciário, o poder de veto de atos do Executivo pelo Legislativo, 
após processo formal instaurado no Parlamento. 
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Comentários 
A) Falsa. Esta opção menciona a nomeação de juízes de instâncias intermediárias pelo Poder Executivo, o 
que não é comum em sistemas democráticos. Além disso, não há menção à possibilidade de veto de atos do 
Executivo pelo Legislativo. 
B) Falsa. Embora mencione alguns aspectos relacionados ao controle e equilíbrio de poderes, não aborda 
adequadamente a fiscalização mútua e a interdependência entre os poderes. 
C) Verdadeira. Esta opção descreve corretamente exemplos de aplicação do princípio da interdependência 
e do controle mútuo entre os poderes, como o veto do Executivo a leis, a fiscalização do Legislativo em 
relação ao cumprimento das leis pelo Executivo e o poder do Judiciário de declarar inconstitucionais leis 
feitas pelo Legislativo. 
D) Falsa. Esta opção menciona aspectos que não são exemplos típicos de aplicação do princípio da 
interdependência e do controle mútuo entre os poderes, como a definição de competências para instâncias 
do Judiciário pelo Legislativo e a instauração do processo constituinte pelo Executivo. 
E) Falsa. Embora mencione algumas ações dos poderes, não aborda adequadamente a interdependência e o 
controle mútuo entre eles. 
D)a definição de competências para instâncias do Judiciário pelo Legislativo, o poder do Executivo de 
instaurar o processo constituinte, a fixação de prazos para apresentação de relatórios de gestão do executivo 
pelo Judiciário. 
E) a realização e controle do processo eleitoral pelo Judiciário, a instauração de processo de destituição de 
Ministros do Judiciário, o poder de veto de atos do Executivo pelo Legislativo, após processo formal 
instaurado no Parlamento. 
Gabarito: C 
 
 
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