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Introdução ao banco de dados geográfico Prof. Dr. Fabio C. Alves fabio.alves@ufob.edu.br Disciplina: Geoprocessamento Barreiras, Bahia 2024 AVISOS GERAIS Prova dia 09/12 (segunda-feira) Todo o conteúdo até a aula de hoje (banco de dados geográfico). Dia 16/12/2024 (segunda-feira) Atividade prática valendo nota (Georreferenciamento) que deverá ser enviada por e-mail até o dia 18/12. Aulas anteriores: 1. Como ferramenta para produção de mapas; Câmara e Queiroz (2004) Há pelo menos três grandes maneiras de utilizar um SIG 2. Como suporte para análise espacial de fenômenos; e 3. Como um banco de dados geográfico, com funções de armazenamento e recuperação de informação espacial. http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/cap3-arquitetura Nível baixo Nível alto (próximo ao usuário) Intermediário Visão geral de um SIG Armazenamento e recuperação ou consulta de dados H ie ra rq u ia - Mapas - Gráficos - Relatórios Aulas anteriores: BANCO DE DADOS GEOGRÁFICO O que é um Banco de Dados (BD) Convencional? “Um Banco de Dados (BD) é uma coleção volumosa de dados relacionados entre si, em um ambiente computacional” “Um banco de dados é uma coleção de dados inter- relacionados, representando informações sobre um domínio específico” (Elmasri e Navathe, 2019). Ou seja, sempre que for possível agrupar informações que se relacionam e tratam de um mesmo assunto, teremos um banco de dados. Aplicações geográficas atualmente são intensivas tanto em termos de dados quanto de computação. Elas requerem o armazenamento de grandes volumes de dados tradicionais (alfanuméricos) e não tradicionais (objetos geométricos, imagens, séries temporais). Nenhuma aplicação geográfica irá rodar de maneira eficiente sem um BD espacial acoplado. Banco de Dados Fonte: adaptado do material da Profa. Dra. Lúbia Vinhas (INPE) “Um banco de dados GEOGRÁFICO pode ser definido como um catálogo que armazena dados referenciados espacialmente”. BD convencional dados não espaciais (atributos / tabela com informações alfanuméricas) BD geográfico atributos + componente espacial (geometrias - ponto, linha ou polígono) O que é um Banco de Dados Geográfico - BDG? A tecnologia de BDs tem sido um componente fundamental em quase todos os tipos de aplicações: Difusão da tecnologia de BDs - Conta bancária: depósitos e saques - Reservas de passagens aéreas - Reservas em hotéis - Mercados e Supermercados - Aplicativos de carro (Uber, 99, Ubiz Car) Fonte: adaptado do material do Prof. Dr. Gilberto R. Queiroz (INPE) O conceito de BDs evoluiu ao longo das décadas e os BDs se tornaram o coração de muitos sistemas de informação. Como os dados eram armazenados ? - Arquivos físicos - Arquivos digitais - Nuvem Evolução tecnológica Download download upload 1960 1970 1980 1990 2000 2010 Banco de Dados Hierárquico Banco de Dados Relacionais Orientado a Objeto Objeto Relacional Geoespacial Evolução das tecnologias de banco de dados - BD relacionais (R) ou objeto relacionais (OR) são os mais populares no mercado. - A linguagem de consulta estruturada (SQL) é usada para adicionar, editar, excluir e fazer consultas. NoSQL / Não-relacionais / Pós-relacionais Fonte: adaptado do material do Prof. Dr. Gilberto R. Queiroz (INPE) Banco de dados relacionais Relação TABELA Um banco de dados relacional é organizado em uma coleção de relações (ou TABELAS) possivelmente relacionas entre si. Fonte: adaptado do material do Prof. Dr. Gilberto R. Queiroz (INPE) Banco de dados relacionais As linhas também são conhecidas por: - Tuplas ou registros As colunas de uma tabela são também chamadas de: - campos, domínios ou atributos Cada coluna possui um nome e deve ter um tipo de dado associado: - numérico, texto, data e hora, etc. Fonte: adaptado do material do Prof. Dr. Gilberto R. Queiroz (INPE) Chave Primária é um campo (ou conjunto de campos) em uma tabela que identifica de forma única cada registro nessa tabela. Requisitos não pode ser nula e não pode se repetir. Ex: CPF de uma pessoa, placa de um carro. Em SIG ID ou id (identificador), OBJECTID, FID, etc. Relacionamento entre tabelas Chave primária Por que não é possível usar o nome ou a data de nascimento como chave primária? Chave Estrangeira é um campo em uma tabela que estabelece um vínculo com a chave primária de outra tabela. Obs as linhas da chave estrangeira podem se repetir e podem ser nulas. Papel da chave estrangeira permitir que as tabelas se relacionem. Chave primária da tabela “Estados” Chave estrangeira da tabela “Cidades” referenciando a chave primária “id_estado“ da tabela "Estados" Chave primária da tabela “Cidades” VERDADEIRO OU FALSO Banco de dados geográfico é uma criação das geotecnologias. VERDADEIRO OU FALSO? VERDADEIRO ou FALSO Não é o BD que é geográfico, mas os dados que são de natureza espacial / geográfica. O BD convencional foi anexado / acoplado as tecnologias dos SIGs. Estrutura de um SIG... Sistema de Gerenciamento de Banco de dados ou SGBD Um BD é controlado por um SGBD SGBD O QUE É UM SGBD? Conjunto de programas com recursos específicos para facilitar a manipulação dos dados em um BD Um SGBD inclui um conjunto de softwares que ajudam o administrador do BD a criar, organizar, proteger, editar e acessar as informações armazenadas no BD Os SGBDs oferecem interfaces que permitem o usuário incluir, alterar e fazer consultas sobre o BD Elmasri, R., Navathe, S.B. Sistemas de Banco de Dados, 7ª Ed., Pearson University, 2019. SGBD - Acesso e consultas - Inserção / edição - Alteração - Exclusão Por que usar um SGBD? Um SGBD tem uma série de vantagens: - Tornar as consultas mais eficientes (menor tempo); - Controlar a redundância de dados; - Segurança dos dados: recuperar falhas e fazer cópias de reserva (backups) e - Restringir e controlar os acessos dos usuários; - Integridade dos dados um único usuário edita o dado ao invés de dois ao mesmo tempo. *Alguns SGBDs são gratuítos, enquanto outros são pagos. * Extensões espaciais são recursos adicionais aos SGBDs que tem por objetivo gerenciar dados geográficos de maneira tão eficiente quanto dados convencionais. Exemplos de SGBDs mais usados no mercado e em SIG Sistema de Banco de Dados Hardware + Software Usuários Componentes: Arquitetura Dual Arquitetura Integrada Arquitetura Integrada (extensões espaciais) SIG Geometrias Geometrias SIG e SGBD Como se dá a integração entre o SIG e o SGBD? 3 tipos de arquiteturas... SIG e SGBD Componentes espaciais eram armazenados separadamente dos atributos. Desvantagens: - Dificuldade de controle e manipulação - Problemas de integridade - Problemas de processamento - Problemas de interoperabilidade (SIGs com formatos proprietários) Geometrias Ex de SIGs antigos que usavam a arquitetura dual ArcView / ArcInfo e SPRING Arquitetura Dual: Todos os dados estão juntos no SGBD. Vantagens: - Controle e manipulação de objetos espaciais - Consultas mais rápidas - Controle de integridade - Utilização de BLOBs (campos binários longos) *Limitações da linguagem SQL para tratar dados geográficos com BLOBs. Geometrias SIG e SGBD Arquitetura Integrada: Desenvolvidos sobre um SGBD-OR (Objeto- relacional). Vantagens: - Definição de tipos de dados espaciais - Operadores específicos (topológicos + métricos) - Métodos de acesso específicos Exemplos: - Oracle Spatial - PostGIS Geometrias Geometrias Operações espaciais SIG e SGBD Arquitetura Integrada com Extensões Espaciais: SIG “Desktop” SIG Distribuído (multiusuários) Servidores WEB - Ênfase aos mapeamentos - SIG instalado em PC pessoal. Não permite acesso remoto por outros computadores. - Arquitetura Dual 1ª Geração 2ª Geração 3ª Geração (Atual) - Grande interesse das corporações no uso de SIGs com SGBD- Arquitetura Integrada - Aproximação dos SIGs com a internet - Grandes bases de dados geográficos - Publicação e acesso de dados via internet Fonte: adaptado do material da Profa. Dra. Karine R. Ferreira (INPE) Relembrando a aula de SIG... TENDÊNCIA ATUAL: Webmaps, aplicações web, etc. No contexto da 3ª geração de SIGs Tempo P ro d u ç ã o d e d a d o s e in fo rm a ç õ e s g e o g rá fi c a s - Diariamente são produzidos grandes volumes de dados e informações geográficas em arquivos e em banco de dados (ex: imagens de satélite, pontos de GPS, informações em aplicativos diversos). - Dados encontrados de forma isolada, em formatos diversos e em sistemas que não se conversam entre si (interoperabilidade). Desafio: como realizar a INTEGRAÇÃO desses dados multi-fonte e realizar a INTEROPERABILIDADE entre os BDGs? Alguns dos seus padrões geoespaciais mais importantes incluem o acesso a servidores de banco de dados geográficos na internet via serviços web (web services) ou geosserviços O que é a OGC? Consórcio formado por empresas, universidades e agências governamentais Objetivo da OGC Promover o desenvolvimento de padrões abertos no uso de dados geográficos que facilitem a interoperabilidade entre diferentes sistemas e tecnologias de Geoinformação Em 1994 surge a Open Geospatial Consortium Serviços web (web services) ou geosserviços Qual a importância de se utilizar um geosserviço ? Resposta: consumir dados DIRETAMENTE DA FONTE, com a garantia de estar usando os dados mais ATUALIZADOS. Três protocolos: Web Map Service (WMS) permite o compartilhamento de mapas através da internet Web Feature Service (WFS) permite o acesso e edição de arquivos vetoriais na internet Web Coverage Service (WCS) permite o acesso de dados em formato matricial na internet Algumas especificações da OGC para serviços web https://inde.gov.br/CatalogoGeoservicos Como usar os geosserviços em SIG? Exemplo WMS do INPE: https://terrabrasilis.dpi.inpe.br/geoserver/ows?service=wms&version=1.3.0&requ est=GetCapabilities PARTE 2: DEMONSTRAÇÃO DE CONSULTAS ESPACIAIS EM SIG Explorar a função “Select by attributes...” que acessa e realiza consultas sobre a tabela de atributos dos arquivos vetoriais Operadores padrão usados para a consulta Espaço para construir a expressão da consulta espacial Shapefile Campos / colunas do shapefile Valores da coluna Importante: tanto os campos, como os valores devem ser informados corretamente para a consulta funcionar (ex: BA, ba, Ba). Explorar a função “Select by attributes...” que acessa e realiza consultas sobre a tabela de atributos dos arquivos vetoriais Arquivos vetoriais que iremos usar nesta aula: Shp de Municípios IBGE Shp de Unidades de Conservação (UCs) do Cerrado MMA Shp de Terras Indígenas (TIs) do Cerrado FUNAI EXEMPLOS DE CONSULTAS: o Listar todos os municípios do estado da Bahia; o Selecionar todos os municípios dos estados da Bahia e Amazonas; o Na Bahia, selecionar apenas os municípios com área superior a 4.000 km²; o Na Bahia, selecionar apenas o município de Barreiras; o Na Bahia, selecionar os municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães; o Exibir as estatísticas da área dos municípios da Bahia; Faça as seguintes consultas: o Listar os municípios do estado do Mato Grosso do Sul o Listar os municípios de SP com área maior que 1.400 km². Listar os municípios com área menor que 1.000 km² o Listar apenas as TIs com etnia Guarani Kaiowá o Listar as TIs com áreas entre 700 e 1.000 km² o Listar as UCs na categoria Área de Proteção Ambiental (APA) o Exibir as estatísticas de área das UCs na categoria Estação Ecológica VAMOS PRATICAR!!