Prévia do material em texto
PSICOLOGIA HUMANISTA Carlos é o professor responsável pela unidade curricular Psicologia Humanista de uma faculdade e estava organizando os materiais para a atividade final do semestre. Ele gostava de resgatar alguns dados do período em que atuava na área clínica para que grupo pudesse vivenciar um pouco da prática profissional. Relato de caso No resgate, Carlos optou pelo caso de uma mulher com dificuldade em ficar sem consultar o telefone celular. Já estava com dificuldades para dormir, algumas amigas a evitavam e o namorado cansava de pedir que ela o ouvisse com atenção, principalmente nas refeições. A mulher estava a cada dia pior, mas não conseguia dessa situação. Então, uma das amigas a convenceu a buscar ajuda profissional e agendaram um horário com Carlos. Ela estava com receio de ser julgada pelo psicólogo ou de que sua queixa fosse entendida como algo sem relevância. Mas Carlos tinha como referência a psicologia humanista e a recebeu com atenção, com uma compreensão e ambiente terapêutico acolhedor. Carlos lembrou como foi importante estabelecer um ambiente terapêutico pautado na compreensão com uma escuta desprendida de julgamentos, e experienciar de modo claro o que foi vivenciado pela cliente. Assim, escolheu esse caso como referência para a atividade final dos estudantes. Na aula programada, o grupo recebeu as informações e se dividiu em equipes. Eles teriam duas semanas para preparar os detalhes cênicos e teóricos que fundamentariam somatório da avaliação final. Atividade em grupo Na aula programada, as equipes realizaram as apresentações com um comprometimento interpretativo e técnico excelente. Carlos pediu para que a equipe dos estudantes Rita, Letícia e João retomasse uma parte do diálogo. Depois, iria reforçar os aspectos teóricos. Olá! Eu sou a Rita, trabalho como representante comercial e namoro há 8 anos. No geral, faço atividades rotineiras semelhantes às de outras pessoas, das minhas amigas. Mas, nos últimos dois anos, tenho causado um pequeno mal-estar nas pessoas com as quais convivo. Fico muito Rita (a cliente) tempo atenta ao celular. Na verdade, ando agarrada nesse aparelho. Se ficar 20 minutos sem acessá-lo, meu humor muda. Esse comportamento tem deixado pessoal chateado. Mas eu não vejo nada demais. É só olhar um pouco no celular, e logo já presto atenção em tudo de novo. Que mal Olá, Rita. Percebo a tua situação. Realmente, o telefone celular facilita muito as nossas atividades diárias, e é mesmo rápido dar uma olhada nas novidades, ver se tem mensagem, às vezes, até uma nova demanda de trabalho, ou um convite para uma festa de aniversário. João (o Exatamente! É nesse sentido que falo. Uma olhada estratégica para logo poder dar o retorno, caso seja necessário. Claro que, também, poder participar virtualmente do dia a dia de algumas pessoas. Rita (a cliente) Rita, é importante partilhar essa tua vivência, de como te sentes ao estar conectada, de como te sentes ao receber a crítica das pessoas do teu convívio. São pessoas que parecem essenciais na tua vida hoje. João (o Rita concordou e João indicou que deveriam dar seguimento a essa conversa. Considerações Seguindo a apresentação, a aluna Letícia estava realizando os apontamentos pertinentes, quando indicado. Mas, nesse momento, o professor Carlos pediu para que os enfoques de ordem teórica fossem realizados por ele. Assim, todo o grupo estaria atento. Após a encenação do grupo de estudantes, Carlos parabenizou a todos e enfatizou o compromisso que tiveram com os pontos principais da psicologia humanista. Com a atividade, o grupo pôde perceber a importância da empatia na constituição da relação psicólogo-cliente, como também do espaço terapêutico.