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INTERNATIONAL NURSING CONGRESS 
Theme: Good practices of nursing representations 
In the construction of society 
May 9-12, 2017 
 
 
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A atuação do enfermeiro no tratamento de feridas crônicas 
 
Geovano Morgado da Silva (Discente de enfermagem da Universidade Tiradentes), 
E-mail: mnge2016@hotmail.com 
Danielle Silva Dida (Discente de enfermagem da Universidade Tiradentes), 
E-mail: danielle_dida@hotmail.com 
Deisiane Rodrigues de Araújo (Discente de enfermagem da Universidade Tiradentes), 
E-mail: deisianearaujo.enf@outlook.com.br; 
José Hunaldo de Oliveira Júnior (Discente de enfermagem da Universidade Tiradentes), 
E-mail: hunaldojunior@hotmail.com 
Larissa Keylla Almeida de Jesus (Orientador, docente de enfermagem da Universidade Tiradentes, 
Doutoranda em saúde e ambiente/UNIT), 
E-mail: larissakeyllaa@gmail.com 
 
Linha Assistencial 02 – Modelos e impactos do cuidado de enfermagem nas condições de saúde da 
população. Sublinha de pesquisa: Impacto do cuidado de enfermagem ambulatorial, domiciliar e na 
Estratégia de Saúde da Família frente às condições de saúde da população. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A pele é o maior órgão do corpo humano e 
cuidar dela é fundamental para a manutenção da 
normalidade de todos os outros sistemas. Ela 
desempenha, portanto, diversas funções, dentre 
elas: protege contra agressões físicas 
(evaporação de água, bactérias, substâncias, 
químicas), promove termorregulação corporal, 
fornece isolamento, contém uma extensa rede de 
nervos responsáveis pela percepção de pressão, 
calor, frio, dor e promove uma pequena absorção 
através dos poros. Ferida é uma ruptura na 
continuidade deste tecido. Fatores extrínsecos, 
como cirurgias ou traumas, ou intrínsecos, 
infecções podem ser os causadores dessa 
descontinuidade (GOMES et al., 2013; 
FERREIRA et al., 2008) 
É crucial ao enfermeiro, aliado a uma equipe 
multidisciplinar, identificar qual o fator motivador 
da lesão para que a melhor forma de tratamento 
seja administrada. O profissional da enfermagem 
é quem tem um contato maior com o paciente no 
transcurso de hospitalização, logo, possui 
destaque no processo de tratamento. Ele orienta 
e/ou executa a melhor forma tratamento, realiza 
os curativos, acompanha a evolução da lesão, 
destarte participa de todos os processos desde 
diagnóstico à total reconstituição do tecido e 
eliminação dos sintomas (FARIA et al., 2016; 
MORAIS et al., 2008). 
Em se tratando de caracterização quanto ao 
tempo as feridas podem ser: agudas, quando são 
recentes, ou crônicas, quando tem um tempo de 
cicatrização mais demorado. Deve-se levar em 
consideração que feridas crônicas possuem 
resistência a diversos tipos de tratamento e 
evoluem muito rapidamente, daí a importância da 
otimização do processo de terapêutica. Quando 
crônicas o cuidado é ainda mais intenso, o 
profissional de enfermagem atua muito na 
prevenção de patologias, todavia, nem sempre 
tudo é previsível, e se for o caso, é papel dele 
desenvolver um plano de cuidados que melhor se 
adeque à situação (SANTOS et al., 2011). 
Cuidar de feridas é um processo dinâmico e 
complexo, faz-se necessária uma assistência 
global/multidisciplinar para que haja excelência no 
atendimento e otimização da eficiência do 
processo de tratamento (BRITO et al., 2013). 
 
OBJETIVOS 
 
Compreender a importância do enfermeiro 
frente à avaliação e tratamento de feridas 
crônicas, bem como descrever a sua atuação 
diante a sistematização da assistência de 
enfermagem no processo do cuidado. 
 
MATERIAL E MÉTODOS 
 
Trata-se de uma revisão integrativa na qual é 
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caracterizada pela análise da literatura que 
possibilita discussões a cerca de metodologias, 
resultados e conclusões de forma geral e 
específica sobre o tema “A atuação do enfermeiro 
no tratamento de feridas crônicas”, além de 
possibilitar a reflexão sobre futuramente construir 
novas pesquisas baseado em tal tema. 
A revisão integrativa é dividida em seis etapas: 
1. Identificação do tema e seleção da hipótese ou 
questão de pesquisa para a elaboração da 
revisão integrativa; 2. Estabelecimento de 
critérios para inclusão e exclusão de estudos, 
amostragens e busca na literatura; 3. Definição 
das informações a serem extraídas dos estudos 
selecionados e categorização dos estudos; 4. 
Avaliação dos estudos incluídos na revisão 
integrativa; 5. Interpretação dos resultados; 6. 
Apresentação da revisão e síntese do 
conhecimento. 
A pesquisa foi elaborada a partir de 
levantamento bibliográfico nas bases de dados 
científicos das bibliotecas virtuais Scielo, Lilacs e 
BVS, levantamento este que foi realizado no 
período de 09/03/2017 a 22/04/2017, com 
delimitação de ano de publicação entre 2008 e 
2016. 
Foram encontrados 11 artigos, sendo que 04 
deles não possuíam estudos de forma específica 
para a construção desta pesquisa. Sendo assim, 
foram utilizados pelos autores 08 artigos. Os 
critérios de exclusão foram artigos que não 
estavam dentro da delimitação de ano de 
publicação e/ou que não possuíam conhecimento 
específico a cerca do tema abordado. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O enfermeiro juntamente com sua equipe é de 
fundamental importância no tratamento das 
feridas crônicas, sendo que, na maioria dos casos 
a nível primário e ambulatorial a realização dos 
curativos é feita pela equipe de enfermagem em 
um processo ativo e progressivo, fazendo-se 
necessário domínio dos conhecimentos teórico e 
prático para um acompanhamento e tratamento 
eficaz, pois a escolha de um método inadequado 
pode prolongar ainda mais a regressão da ferida 
(OLIVEIRA, et al., 2013). 
Os enfermeiros têm um importante papel a 
desempenhar no tratamento de feridas crônicas e 
precisam estar cientes de suas 
responsabilidades. É evidente que o processo 
deve ser visto no contexto de equipe 
multidisciplinar em prol da otimização da 
reabilitação do paciente. Diferentes 
especialidades médicas também estão envolvidas 
no tratamento de feridas, de modo que os 
membros da equipe variam de acordo com as 
necessidades do paciente (OLIVEIRA, et al., 
2013). 
Assim como nas demais patologias é 
necessário a sistematização da assistência de 
Enfermagem. Primeiramente o enfermeiro irá 
buscar o histórico da ferida daquele paciente, 
fazendo a inspeção, ou seja, avaliar a superfície, 
os sinais de cicatrização, a temperatura do 
paciente, as características definidoras, e 
posteriormente um diagnóstico de enfermagem 
será levantado, que juntamente com o 
diagnóstico médico determinará as possíveis 
causas e fatores que estão associados. Logo em 
seguida, o enfermeiro irá desenvolver um plano 
de cuidados, as metas e os resultados esperados 
são estabelecidos e, a partir das metas, é feito o 
planejamento das terapias de acordo com a 
gravidade, o tipo de ferida e a presença de 
alguma condição que cause complicação como 
infecção, má nutrição, imunossupressão e 
diabetes, capaz de afetar a cicatrização da ferida 
(ADRIANO et al, 2008). 
Quanto às causas as feridas crônicas, que são 
um agravamento das agudas, podem ser 
cirúrgicas, traumáticas, ulcerativas, dentre outras. 
Falando de tratamento existem vários tipos de 
coberturas que agilizam o processo de 
cicatrização, dentre eles: o hidrogel (mantém o 
meio úmido, promove debridação autolítica e 
estimula a cicatrização), o aginato de cálcio 
(auxilia o debridamento, tem alta capacidade de 
absorção, induz a hemostasia), o filme 
transparente (protege de proeminência óssea e 
serve como cobertura secundária em curativos 
oclusivos), o hidrocoloide extrafino (usado no 
tratamento de feridas abertas não infectadas e 
pouco exsudativas), a papaína (tratamento de 
feridas abertas e desbridamento de tecido 
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desvitalizados) e a sulfadiazinade Prata 
(administrada em queimaduras, lesões infectadas 
ou com tecido necrótico) (SANTOS et al., 2011). 
 
CONCLUSÕES 
 
O enfermeiro é um ícone essencial na 
avaliação e tratamento de feridas crônicas, pois é 
ele quem acompanha desde a admissão do 
paciente até sua alta, assim, sabe de tal maneira 
atender as necessidades do paciente, avaliando-o 
de forma holística. Dessa forma, induz-se que o 
enfermeiro e sua equipe de colaboradores são os 
profissionais mais interligados aos procedimentos 
que envolvem os curativos em geral e específicos 
em feridas crônicas, sendo indispensáveis na 
recuperação e bem estar do paciente. 
A fim de pôr em prática uma assistência de 
enfermagem com qualidade ao paciente portador 
de lesões crônicas, conclui-se que além do 
conhecimento teórico-científico é necessário 
aperfeiçoamento, capacitação dos colaboradores 
e supervisão direta dos enfermeiros, pois, a partir 
das dificuldades identificadas iniciar-se-á um 
processo de aperfeiçoamento das técnicas de 
tratamento, eliminando assim os tratamentos 
comprovadamente prejudiciais no processo de 
cicatrização, realizando diagnóstico precoce, 
avaliando os fatores intrínsecos e extrínsecos que 
levam a abertura de lesão, promovendo 
atividades de prevenção e buscando apoio de 
uma equipe multidisciplinar. 
 
Palavras-chaves: Enfermeiro, ferimentos e 
lesões, ações terapêuticas. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ADRIANO, F.M. et al. O enfermeiro e o tratamento de feridas: Em 
busca da autonomia e do cuidado. Arq. Ciênc Saude. Jul-Set; 
15(3):105-9,2008. 
 
BRITO, K. K. G. de, et al. Feridas Crônicas: Abordagem da 
enfermagem na produção científica da pós-graduação. Rev 
enferm UFPE on line., Recife, 7(2):414-21, fev., 2013. 
 
FARIA, G. B. G. de et al. Conhecimento e prática dos enfermeiros 
sobre o cuidado de feridas. Rev enferm UFPE on line., Recife, 
10(12):4532-8, dez., 2016. 
 
FERREIRA, A. M. et al. O Enfermeiro e o tratamento de feridas: 
em busca da autonomia do cuidado. Arq Ciênc Saúde julho-
set;15(3):105-9, 2008 
 
GOMES, A. A. A et al. Tratamentos das úlceras venosas e 
assistência de enfermagem: revisão bibliográfica. São Sebastião 
do Paraíso, v. 3, n. 2, p. 62-71, dez., 2013. 
 
MORAIS, G. F. C. et al. Avaliação de feridas pelos enfermeiros de 
instituições hospitalares da rede pública. Texto Contexto Enferm, 
Florianópolis, 2008 Jan-Mar; 17(1): 98-105. 
 
SANTOS, J. B. et al. Avaliação e tratamento de feridas, 
orientações aos profissionais de saúde. P.44, 2011.

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