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Direito Constitucional 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
SUMÁRIO 
Sumário .............................................................................................................................................. 2 
Disposições gerais ............................................................................................................................ 3 
Ministério Público ............................................................................................................................. 3 
Princípios institucionais do Ministério Público ....................................................................... 4 
Garantias do Ministério Público ............................................................................................... 5 
Organização do Ministério Público .......................................................................................... 7 
Garantias e vedações ............................................................................................................... 8 
Atribuições do Ministério Público ............................................................................................ 9 
Ministério Público Especial de Contas .................................................................................. 11 
Conselho Nacional do Ministério Público .............................................................................. 12 
Advocacia Pública ...........................................................................................................................13 
Advocacia ........................................................................................................................................15 
Defensoria Pública ..........................................................................................................................15 
Jurisprudência Destacada .............................................................................................................16 
Súmulas do Supremo Tribunal Federal .................................................................................. 16 
Teses com repercussão geral ................................................................................................ 17 
Exercícios .........................................................................................................................................20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
Funções essenciais à Justiça 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
No Capítulo IV, do Título IV da Constituição Federal, foram alocadas as chamadas "Funções 
essenciais à Justiça". São elas: o Ministério Público (artigos 127 a 130-A); a Advocacia Pública (131 
e 132); a Advocacia (133) e a Defensoria Pública (134). 
Nenhuma dessas instituições, órgãos ou pessoas integra o Poder Judiciário, mas todos exercem 
as suas atividades junto ao Judiciário, para que, mediante provocação, esse Poder saia da inércia 
e preste o exercício da jurisdição. 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
Nos termos do artigo 127 da Constituição Federal, o Ministério Público é instituição permanente, 
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime 
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
Diz-se "instituição permanente", porque o Ministério Público não pode ser extinto e nem sofrer 
mitigação de suas atribuições nem mesmo por emenda à Constituição, consubstanciando, assim, 
verdadeira cláusula pétrea da Constituição, uma limitação material ao poder reformador. 
O Ministério Público atua em defesa da sociedade, para garantir direitos coletivos como saúde, 
educação, segurança pública, assistência social, dentre outros. 
É também papel do Parquet defender direitos individuais indisponíveis, tanto de pessoas 
vulneráveis como idosos e crianças, quanto interesses de todo e qualquer indivíduo que possua um 
bem indisponível (a vida, por exemplo). Nesse sentido, os tribunais têm entendido que o direito à 
vida e à saúde são direitos individuais indisponíveis, motivo pelo qual o Ministério Público é parte 
legítima para ajuizar ação civil pública visando o fornecimento de medicamentos de uso contínuo. 
 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis. 
1. O Supremo Tribunal Federal, na ADI 4.768, decidiu que a prerrogativa dos membros do Ministério 
Público de se apresentar no mesmo plano e à direita dos magistrados nas audiências e sessões de 
julgamento não afronta aos princípios da isonomia, do devido processo legal, da ampla defesa e do 
contraditório ou comprometimento da paridade de armas entre defesa e acusação. 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
2. Os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal têm legitimidade para propor e atuar 
em recursos e meios de impugnação de decisões judiciais em trâmite no STF e no STJ, oriundos 
de processos de sua atribuição, sem prejuízo da atuação do MPF. 
(RE 985.392, Tema 946, com mérito julgado). 
 
PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
§ 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a 
independência funcional. 
Unidade: os membros de cada ramo do Ministério Público integram um só órgão, sob direção de 
um mesmo procurador. Trata-se de unidade funcional, uma vez que dentro do Ministério Público 
Federal, por exemplo, cada membro atua como MPF, como instituição. Por outro lado, não se fala 
de unidade orgânica, porque o MP está organizado em Ministério Público da União (MPF, MPDFT, 
MPM, MPT) e Ministério Público dos Estados. 
Indivisibilidade: os membros do Ministério Público não ficam vinculados aos processos em que 
atuam, de forma que podem ser substituídos uns pelos outros, conforme o regramento legal. Com 
efeito, os atos processuais devem ser atribuídos ao Parquet como instituição e não ao agente que 
o praticou. Assim, um membro pode se fazer representar por outro, sem nenhum prejuízo para o 
processo e sem implicar em descontinuidade da atividade. Evidentemente, do mesmo modo da 
unidade, a indivisibilidade deve ser considerada em cada ramo do Ministério Público. 
Independência funcional: no exercício de suas atribuições constitucionalmente estabelecidas, cada 
membro do MP atua com liberdade de consciência, de maneira que nem mesmo dentro da 
instituição haverá a sujeição funcional de um membro em relação ao outro, uma vez que a relação 
de hierarquia dentro do Ministério Público é meramente administrativa (e não funcional). Se, por 
exemplo, o promotor, ao analisar um fato, entender que não há crime e não oferecer denúncia, não 
poderá o Procurador-Geral de Justiça obrigá-lo a agir, pois a subordinação entre eles é apenas 
administrativa e não funcional. 
Em decorrência dos princípios institucionais da unidade e da indivisibilidade, nas situações em que 
houver a divergência interna entre órgãos do Ministério Público, segundo o Supremo Tribunal 
Federal, caberá ao próprio Ministério Público (e não ao Judiciário) identificar e afirmar as 
atribuições investigativas de cada um dos seus órgãos em face do caso concreto. 
A última decisão do STF em relação a este objeto se deu com o julgamento da ACO 843/SP, cujo 
resultado foi no sentido de que o conflito de atribuição entre diferentes Ministérios Públicos será 
dirimido pelo CNMP. 
Com efeito, o conflito de atribuições entre membros do MP deverá ser resolvido da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
MPF 
 
MPE 
 
CNMP 
MPU (ramo 1) 
 
MPU (ramo 2) 
 
PGR 
MPF 
 
MPF 
 
CCR (com recurso ao PGR) 
MPE (Estado Z) 
 
MPE (Estado Z) 
 
PGJ 
MPE (Estado Z) MPE (estado Y) 
 
CNMP 
 
GARANTIAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado 
o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviçosPúblico possui poder de requisitar 
informações. 
B) A resposta institucional deveria ser pelo indeferimento, porque a Defensoria Pública estadual 
não possui autonomia funcional a permitir comando mandatório dirigido à Assembleia Legislativa. 
C) A Defensoria Pública pode expedir requisição ao particular, mas não a órgãos e agentes públicos, 
sendo, portanto, o caso de não prestação de informação. 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
 
D) A Defensoria Pública pode emitir requisições a órgãos e agentes públicos da estrutura do Poder 
Executivo, já que inserta no mesmo, mas não a órgãos e agentes públicos situados no Poder 
Legislativo ou no Poder Judiciário, sob pena de violação à separação de poderes. 
E) A requisição deve ser atendida, porquanto aplicável a teoria dos poderes implícitos e a Defensoria 
Pública é instituição autônoma e instrumentaliza a tutela dos direitos fundamentais, como acesso 
à Justiça. 
 
25. (2024/FGV/AL-PR/Analista Legislativo – Advogado) A Defensoria Pública é instituição 
permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e 
instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos 
direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e 
coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do Art. 5º da 
Constituição Federal de 1988. 
Diante do exposto e da sistemática constitucional, assinale a afirmativa correta. 
A) A independência funcional não é princípio institucional da referida instituição. 
B) A referida instituição tem legitimidade para a propositura de ação civil pública que vise a 
promover a tutela judicial de direitos difusos e coletivos de que sejam titulares, em tese, pessoas 
necessitadas. 
C) Não é devido o pagamento de honorários sucumbenciais à referida instituição, quando 
representa parte vencedora em demanda ajuizada contra qualquer ente público, inclusive aquele 
que integra. 
D) O valor recebido a título de honorários sucumbenciais deve ser destinado ao rateio entre os 
membros da referida instituição. 
E) A capacidade postulatória do membro da referida instituição decorre da inscrição na Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
 
26. (2023/FGV/Câmara dos Deputados/Consultor Legislativo) Em sede de ação civil pública 
ajuizada em face da União, o Juiz Federal competente proferiu decisão liminar, determinando, sob 
pena de multa diária, que a Defensoria Pública da União lotasse um Defensor Público Federal na 
Seção Judiciária Alfa. Por entender que a decisão afrontou prerrogativas e a forma de organização 
da Defensoria Pública da União, conforme previstas na Constituição da República, essa Instituição 
ingressou com suspensão de liminar perante o Supremo Tribunal Federal. 
Considerando a sistemática estabelecida na Constituição da República de 1988, é correto afirmar 
que 
 
 
 
 
 
 
 34 
 
 
A) a decisão proferida, ao assegurar a garantia constitucional de acesso à justiça, não apresenta 
qualquer irregularidade. 
B) como a autonomia administrativa da Defensoria Pública da União foi afrontada, a Instituição tem 
legitimidade para ingressar com a suspensão de liminar. 
C) a Defensoria Pública da União só tem legitimidade para atuar em juízo no exercício de suas 
atribuições, não para se insurgir contra a implementação de direitos fundamentais. 
D) a representação judicial da União, que figura no polo passivo da relação processual, é privativa 
da Advocacia-Geral da União, órgão que deveria aferir a conveniência, ou não, de ingressar com a 
suspensão de liminar. 
E) na medida em que a Defensoria Pública da União está integrada à União, não tendo personalidade 
jurídica, ela somente teria legitimidade para insurgir-se, em juízo, contra atos desse ente federativo, 
o que não é o caso. 
 
27. (2023/FGV/DPE-RS/Técnico - Área Administrativa) No âmbito do Estado Alfa, determinada 
sociedade empresária, que oferecia o fretamento de ônibus para fins de transporte coletivo 
destinado à população de baixa renda, locou diversos veículos que se encontravam em condições 
precárias. Por tal razão, esses veículos se envolveram em acidentes que acarretaram a morte de 
diversas pessoas. Sensibilizado pelo clamor público e convicto da necessidade de 
responsabilização dos autores, o governador do Estado Alfa, em coletiva de imprensa, informou 
que colocaria a Defensoria Pública em regime de plantão especial, de modo a atender, com a maior 
celeridade possível, os familiares das vítimas, com o correlato ajuizamento das ações de reparação 
de danos. 
À luz da sistemática constitucional, a narrativa acima se mostra: 
A) certa, considerando que o governador do Estado deve definir as grandes linhas das políticas 
públicas a serem adotadas no território estadual; 
B) certa, considerando que o governador do Estado ocupa a chefia do Poder Executivo, tendo 
ascendência hierárquica sobre as estruturas orgânicas que integram esse Poder; 
C) certa, considerando que a Defensoria Pública, embora tenha autonomia funcional, carece de 
autonomia administrativa, estando sujeita às diretrizes estabelecidas pelo governador do Estado; 
D) errada, pois a atuação da Defensoria Pública é primordialmente direcionada à tutela coletiva dos 
interesses indisponíveis, não à tutela individual de interesses disponíveis, 
E) errada, pois a autonomia administrativa da Defensoria Pública afasta qualquer ingerência do 
governador do Estado em relação à organização e à alocação dos recursos humanos dessa 
instituição. 
 
 
 
 
 
 
 35 
 
 
 
28. (2023/FGV/DPE-RS/Analista - Área Jurídica – Processual) O Estado Alfa fez editar uma lei 
complementar com vistas a consagrar garantias constitucionais e outros aspectos pertinentes e 
importantes para o funcionamento da Defensoria Pública Estadual. 
Considerando o tratamento atualmente conferido à Defensoria Pública Estadual pela Constituição 
da República de 1988, à luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal, é inconstitucional a 
norma elaborada pelo Estado Alfa que estabeleça o(a): 
A) garantia da inamovibilidade para os defensores públicos estaduais; 
B) iniciativa da Defensoria Pública Estadual para a sua proposta orçamentária dentro dos limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
C) exigência de inscrição na Ordem dos advogados do Brasil para que os defensores públicos 
estaduais tenham capacidade postulatória; 
D) direito do defensor, no interesse do representado, de ter acesso amplo aos elementos de prova 
que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de 
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa; 
E) prerrogativa da Defensoria Pública de requisitar documentos, informações e demais 
providências necessárias ao desempenho de sua função institucional, ressalvados os elementos 
de informação que dependam de autorização judicial. 
 
29. (2023/FGV/PGM – Niterói/Analista Processual) O governador do Estado Alfa, ao avaliar a 
atuação dos defensores públicos no Estado, entendeu que determinada tese jurídica adotada nos 
processos criminais se mostrava inadequada, pois impunha elevado sofrimento à vítima, 
contribuindo, em diversas ocasiões, para a absolvição de criminosos contumazes. Por tal razão, 
decidiu que a melhor forma de superar esse estado de coisas seria a expedição de uma 
determinação de caráter geral fixando a tese a ser seguida. Ao levar esse entendimento ao 
conhecimento de sua assessoria, foi corretamente explicado ao chefe do Poder Executivo que a 
referida determinação: 
A) pode ser expedida pelo governador do Estado, considerando a sua condição de chefe da 
administração pública estadual; 
B) pode ser expedida, mas apenas pelo defensor público geral, que exerce a chefia da Defensoria 
Pública; 
C) não pode ser expedida, por estar em frontal colidência com o princípio da divisibilidade 
institucional; 
 
 
 
 
 
 
 36 
 
 
D) não pode serexpedida, por estar em frontal colidência com o princípio da independência 
funcional; 
E) pode ser expedida, por estar em total harmonia com o princípio da unidade. 
 
30. (2022/FGV/SEJUSP-MG/Agente de Segurança Penitenciário) A Defensoria Pública é uma 
instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado, presente tanto no âmbito da 
União como dos Estados-membros da Federação e do Distrito Federal. 
Acerca dessa instituição e à luz da Constituição Federal de 1988, assinale a afirmativa correta. 
A) Compete às defensorias públicas também a defesa extrajudicial de direitos individuais e 
coletivos, de forma integral e gratuita, dos necessitados. 
B) Os defensores públicos não têm assegurada a garantia da inamovibilidade. 
C) Cabe ao Governador a iniciativa da proposta orçamentária das Defensorias Públicas Estaduais. 
D) São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a divisibilidade e a independência 
funcional. 
E) Lei ordinária federal prescreverá as normas gerais para organização das Defensorias Públicas 
Estaduais. 
 
1. D 2. D 3. B 4. D 5. A 6. B 7. D 8. B 9. B 10. B 
11. A 12. A 13. C 14. D 15. E 16. E 17. B 18. B 19. D 20. A 
21. C 22. D 23. C 24. E 25. B 26. B 27. E 28. C 29. D 30. Aauxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política 
remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. 
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na 
lei de diretrizes orçamentárias. 
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo 
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de 
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, 
ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. 
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os 
limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para 
fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou 
a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos 
suplementares ou especiais. 
 
A Constituição Federal assegura ao Ministério Público autonomia funcional, administrativa e 
financeira. 
O Ministério público somente se subordina à Constituição e às leis e não está subordinado a 
nenhum dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). 
A autonomia administrativa autoriza o Ministério Público, observado o disposto no artigo 169 da 
Constituição Federal quanto às limitações de despesa com pessoal ativo e inativo, a propor ao 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
 
Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso 
público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira. No 
exercício dessa autonomia, o MP organiza a sua folha de pagamento, adquire bens, celebra 
contratos, promove licitações, contrata serviços. Cabe, ainda, ao Parquet elaborar o seu regimento 
interno, para definir a sua organização e funcionamento. 
O STF, na ADI 1.757, decidiu que a iniciativa legislativa prevista no art. 127, § 2º, da Constituição 
para a criação de cargos e serviços auxiliares, a política remuneratória e os planos de carreira do 
Ministério Público é privativa do Procurador-Geral de Justiça, no âmbito estadual, e do PGR, na 
esfera federal. 
Por último, a autonomia financeira é o que permite o Ministério Público elaborar sua proposta 
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Não se trata de 
poder de iniciativa em relação à lei orçamentária, que é da competência privativa do Presidente da 
República, mas de apresentar uma proposta ao Executivo, a fim de que conste no orçamento geral 
que será encaminhado ao Legislativo. 
Considerando a estrutura da União, a iniciativa das leis orçamentárias é privativa do Presidente da 
República (artigo 165, caput, da CF), sendo que o projeto de lei orçamentária deve ser encaminhado 
ao Congresso Nacional até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e 
devolvido para a sanção até o encerramento da sessão legislativa (artigo 35, III, do ADCT). No 
âmbito dos Estados, a iniciativa é do Governador e o projeto deve ser encaminhado à Assembleia 
Legislativa. 
Não obstante a inciativa seja privativa do Chefe do Executivo, o Ministério Público elaborará a sua 
proposta orçamentária dentro dos limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias. Note: o 
primeiro aspecto da autonomia financeira do MP é o encaminhamento ao Executivo de suas 
propostas orçamentárias. 
Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo 
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de 
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, 
ajustados de acordo com os limites contidos na LDO e estipulados conjuntamente com os demais 
Poderes. Perceba aqui o segundo aspecto da autonomia financeira: ainda que o Ministério Público 
perca o prazo para mandar a sua proposta, será respeitada a sua autonomia ao se considerar os 
valores contidos na lei vigente. 
Caso a proposta orçamentária seja encaminhada em desacordo com os limites estipulados na lei 
de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de 
consolidação da proposta orçamentária anual e, em seguida, mandará o projeto ao Congresso 
Nacional para apreciação. 
Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a 
assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, 
exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
 
A autonomia financeira do Ministério Público contempla também a execução concreta do 
orçamento, sem a interferência de outro Poder. Nota-se, aqui, o terceiro aspecto da autonomia 
financeira do parquet. 
 
ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
Art. 128. O Ministério Público abrange: 
I - o Ministério Público da União, que compreende: 
a) o Ministério Público Federal; 
b) o Ministério Público do Trabalho; 
c) o Ministério Público Militar; 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; 
II - os Ministérios Públicos dos Estados. 
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo 
Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a 
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 
dois anos, permitida a recondução. 
§ 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, 
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice 
dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que 
será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma 
recondução. 
O art. 128, § 3º, da Constituição e o art. 9º da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público indicam 
que a formação da lista tríplice se dará na forma da lei respectiva, em referência às leis 
complementares que organizam o Ministério Público da União e de cada estado-membro, cuja 
iniciativa foi facultada ao procurador-geral de justiça (art. 125, § 5º, CF/88). 
Segundo o Supremo tribunal Federal, é válida a estipulação de critérios adicionais à composição da 
lista tríplice para a escolha do chefe do Ministério Público estadual, desde que a eleição se dê entre 
membros da carreira. 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
 
No caso concreto analisado na ADI 6.551, o STF declarou a constitucionalidade de norma estadual 
paulista que determinou que a lista tríplice só poderia ser constituída por procuradores de justiça, 
membros mais experientes e com maior tempo de carreira, conforme se presume dos casos dos 
que foram promovidos ao cargo de procurador de justiça. 
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos 
por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. 
 
GARANTIAS E VEDAÇÕES 
§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos 
Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério 
Público, observadas, relativamente a seus membros: 
I - as seguintes garantias: 
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença 
judicial transitada em julgado; 
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado 
competente do MinistérioPúblico, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada 
ampla defesa; 
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 
37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; 
II - as seguintes vedações: 
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas 
processuais; 
b) exercer a advocacia; 
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; 
e) exercer atividade político-partidária; 
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades 
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. 
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
 
 
ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
O artigo 129 da Constituição Federal enumera em rol exemplificativo as funções institucionais do 
Ministério Público. Diz-se exemplificativo porque o Parquet pode exercer outras funções que lhe 
forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação 
judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas (IX). 
A Lei 13.300/2016, por exemplo, deu ao Ministério Público a prerrogativa de impetrar mandado de 
injunção coletivo. Na mesma linha, o Supremo Tribunal Federal, no RE 631.111, em que se discutiu 
se o Ministério Público tinha legitimidade para defender contratantes do seguro obrigatório DPVAT 
(referente à indenização de vítimas de acidentes de trânsito), admitiu a legitimação do MP para 
promover a tutela coletiva de direitos individuais homogêneos, mesmo os de natureza disponível, 
quando estes se enquadrem como subespécie de direitos coletivos indisponíveis e desde que haja 
relevância social. Foi formulada a seguinte tese: 
"Com fundamento no art. 127 da Constituição Federal, o Ministério Público está legitimado a 
promover a tutela coletiva de direitos individuais homogêneos, mesmo de natureza disponível, 
quando a lesão a tais direitos, visualizada em seu conjunto, em forma coletiva e impessoal, 
transcender a esfera de interesses puramente particulares, passando a comprometer relevantes 
interesses sociais." 
A atual Carta Constitucional ampliou significativamente as atribuições do Ministério Público, 
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis. Suas funções institucionais vão desde atribuições administrativas, à 
atuação como dominis litis e custos legis. Destaca-se, também, a atuação do Parquet nas ações de 
controle de constitucionalidade. 
 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos 
assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; 
A respeito da ação penal pública, cabe ao Ministério Público dar a última palavra sobre sua 
deflagração ou não, exceto nos casos em que houver inércia do órgão ministerial, pois nesse caso 
o ofendido poderá ingressar com a ação penal subsidiária da pública, nos termos do artigo 5º, inciso 
LIX, da CF/88. 
 
 
 
 
 
 
 10 
 
 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, 
do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; 
Nos termos da jurisprudência do STF, poderá o Ministério Público promover a ação civil pública 
para requerer: I) a declaração de ilegalidade de reajuste de mensalidade escolar; II) a redução de 
preço de passagem em transporte coletivo; III) a declaração de abuso na cobrança de juros em 
cartão de credito; IV) o tratamento de esgoto jogado em águas fluviais; V) direitos sociais 
relacionados ao FGTS; VI) a anulação de ato administrativo de aposentadoria que importe em lesão 
ao patrimônio público. 
Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal não admitiu a legitimidade do Ministério Público para 
impugnar, por meio de ação civil pública, taxa de iluminação pública do Município, uma vez que não 
se enquadra na hipótese de direito difuso, mas de interesse de sujeitos passivos de obrigação 
tributária cuja impugnação só pode ser feita por eles próprios (RE 213.631). 
 
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União 
e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; 
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; 
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando 
informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; 
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no 
artigo anterior; 
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os 
fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; 
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, 
sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. 
“O Ministério Público dispõe de atribuição concorrente para promover, por autoridade própria, e por 
prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que 
assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado. Devem ser 
observadas sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, 
também, as prerrogativas profissionais da advocacia, sem prejuízo da possibilidade do permanente 
controle jurisdicional dos atos, necessariamente documentados (Súmula Vinculante 14), praticados 
pelos membros dessa Instituição (tema 184).” (ADI 2.943) 
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de 
terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
 
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que 
deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. 
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e 
títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-
se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas 
nomeações, a ordem de classificação. 
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. 
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL DE CONTAS 
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as 
disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. 
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas não integra o Ministério Público Comum, nem o da 
União, cujos ramos foram enumerados pela Constituição Federal em rol taxativo (MPT, MPF, MPM, 
MPDFT), nem o Ministério Público dos Estados. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas é 
instituição especial, de modelo jurídico heterônomo fixado pela Constituição Federal. 
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas está vinculado administrativamente ao Tribunal 
de Contas, de modo que é atribuição do próprio Tribunal a iniciativa de lei (nesse caso, a lei é 
ordinária) sobre sua organização, estrutura interna, criação de cargos e funcionamento. 
Em decorrência do fato de o MPTC ser classificado como instituição especial, membros do 
Ministério Público Comum não podem exercer perante as Cortes de Contas as atribuições daquele 
Ministério Público (ADI 328). De igual modo,os membros do Ministério Público junto ao Tribunal de 
Contas não têm legitimidade processual extraordinária e independente do Ministério Público 
Comum, sendo as suas atribuições limitadas ao controle externo (Rcl-AgR 24.156/DF). 
Os membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas têm, por garantia constitucional, 
os membros direitos, vedações e forma de investidura dos membros do Ministério Público Comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
 
 
CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros 
nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do 
Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: 
I o Procurador-Geral da República, que o preside; 
II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de 
suas carreiras; 
III três membros do Ministério Público dos Estados; 
IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de 
Justiça; 
V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos 
Deputados e outro pelo Senado Federal. 
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos 
Ministérios Públicos, na forma da lei. 
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e 
financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, 
cabendo lhe: 
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos 
regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; 
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos 
atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos 
Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências 
necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas; 
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União 
ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar 
e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a 
remoção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla 
defesa; 
IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério 
Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano; 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
 
V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do 
Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista 
no art. 84, XI. 
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do 
Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que 
lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: 
I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério 
Público e dos seus serviços auxiliares; 
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; 
III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar 
servidores de órgãos do Ministério Público. 
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao 
Conselho. 
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para 
receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do 
Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao 
Conselho Nacional do Ministério Público. 
 
ADVOCACIA PÚBLICA 
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, 
representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que 
dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento 
jurídico do Poder Executivo. 
1. “A instituição de Procuradorias municipais depende da escolha política autônoma de cada 
município, no exercício da prerrogativa de sua auto-organização. É inconstitucional a interpretação 
de norma estadual que conduza à obrigatoriedade de implementação de Procuradorias municipais, 
eis que inexiste norma constitucional de reprodução obrigatória que vincule o poder legislativo 
municipal à criação de órgãos próprios de advocacia pública. É materialmente inconstitucional 
dispositivo de Constituição Estadual que estabeleça a possibilidade de contratação direta e 
genérica de serviços de representação judicial e extrajudicial, por ferir a regra constitucional de 
concurso público.” (ADI 6.331) 
2. "Considerando-se a natureza do cargo, é constitucional a necessidade de ordem ou autorização 
expressa do Advogado-Geral da União para manifestação do advogado público sobre assunto 
 
 
 
 
 
 
 14 
 
 
pertinente às suas funções, ressalvadas a liberdade de cátedra e a comunicação às autoridades 
competentes acerca de ilegalidades constatadas”. (ADI 2.820) 
 
§ 1º A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo 
Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico 
e reputação ilibada. 
“A regra estabelecida no art. 131, § 1º, da CF/1988 para a escolha do Advogado-Geral da União não 
é aplicável aos Estados-membros por simetria. Assim, os demais entes públicos podem editar 
normas que fixem requisitos diversos para a escolha de seus Procuradores-Gerais.” 
[ADI 3.056]. Assim, não ofende a Constituição Federal a previsão, em ato normativo estadual, de 
obrigatoriedade de escolha do Procurador-Geral do Estado entre os integrantes da respectiva 
carreira. 
§ 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á 
mediante concurso público de provas e títulos. 
§ 3º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à 
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. 
 Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o 
ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos 
Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria 
jurídica das respectivas unidades federadas. 
Segundo posicionamento do Supremo Tribunal Federal, não há óbice à existência de procuradoria 
especial na Assembleia Legislativa, desde que a atuação da referida procuradoria há de se limitar 
aos casos em que o Poder Legislativo atua em defesa de sua autonomia, de suas prerrogativas e 
de sua independência. 
Na mesma linha, é constitucional a instituição de órgãos, funções ou carreiras especiais voltadas à 
consultoria e assessoramento jurídicos dos Poderes Judiciário e Legislativo estaduais, admitindo-
se a representação judicial extraordinária exclusivamente nos casos em que os referidos entes 
despersonalizados necessitem praticar em juízo, em nome próprio, atos processuais na defesa de 
sua autonomia, prerrogativas e independência face aos demais Poderes, desde que a atividade 
desempenhada pelos referidos órgãos, funções e carreiras especiais remanesça devidamente 
apartada da atividade-fim do Poder Estadual a que se encontram vinculados. 
(ADI 6.433) 
Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos 
de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãospróprios, após relatório 
circunstanciado das corregedorias. 
 
 
 
 
 
 
 15 
 
 
 
ADVOCACIA 
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e 
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. 
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, 
já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia 
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. (Súmula Vinculante 14) 
 
DEFENSORIA PÚBLICA 
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a 
orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e 
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, 
na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. 
1) a Defensoria Pública é instituição permanente e não pode ser extinta nem mesmo por emenda à 
Constituição, uma vez que a sua principal finalidade é assegurar a assistência judicial e extrajudicial 
aos desamparados; 
2) faz parte das atribuições da Defensoria Pública e dos direitos dos necessitados a orientação 
jurídica e não apenas a atuação contenciosa; 
3) a atuação da Defensoria Pública não é apenas no âmbito judicial, mas também extrajudicial. 
4) É inconstitucional norma estadual que confere à Defensoria Pública o poder de requisição para 
instaurar inquérito policial. 
5) A Defensoria Pública, segundo o STF, também tem Legitimidade ativa para ajuizar ação civil 
pública em defesa de interesses transindividuais (coletivos stricto sensu e difusos) e individuais 
homogêneos, não havendo exclusividade do Ministério Público para a proposição da ação. (ADI 
3.943). 
6) Decidiu, ainda, o STF que a Defensoria Pública, do mesmo modo do Ministério Público, tem a 
garantia de estar em juízo para defesa de suas prerrogativas e funções institucionais, não se 
mostrando necessário, nessa hipótese, que sua representação judicial fique a cargo da Advocacia-
Geral da União (SL 866 AgR). 
 
 
 
 
 
 
 16 
 
 
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos 
Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, 
providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus 
integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições 
institucionais. 
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a 
iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. 
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal. 
§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a 
independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no inciso II 
do art. 96 desta Constituição Federal. 
 Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo 
serão remunerados na forma do art. 39, § 4º. 
 
JURISPRUDÊNCIA DESTACADA 
SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
SÚMULA VINCULANTE 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo 
disciplinar não ofende a Constituição. 
SÚMULA VINCULANTE 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo 
aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão 
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
SÚMULA VINCULANTE 47: Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do 
montante principal devido ao credor consubstanciam verba de natureza alimentar cuja satisfação 
ocorrerá com a expedição de precatório ou requisição de pequeno valor, observada ordem especial 
restrita aos créditos dessa natureza. 
SÚMULA 643: O Ministério Público tem legitimidade para promover ação civil pública cujo 
fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares. 
SÚMULA 644: Ao titular do cargo de procurador de autarquia não se exige a apresentação de 
instrumento de mandato para representá-la em juízo. 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
 
 
TESES COM REPERCUSSÃO GERAL 
Tema 561: Legitimidade do Ministério Público para ajuizamento de ação civil pública que visa a 
anular ato administrativo com fundamento na defesa do patrimônio público. 
Tese: O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar Ação Civil Pública que vise anular ato 
administrativo de aposentadoria que importe em lesão ao patrimônio público. 
 
Tema 184: Poder de investigação do Ministério Público. 
Tese: O Ministério Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por 
prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que 
assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, 
sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, também, as 
prerrogativas profissionais de que se acham investidos, em nosso País, os Advogados (Lei nº 
8.906/94, art. 7º, notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade - 
sempre presente no Estado democrático de Direito - do permanente controle jurisdicional dos atos, 
necessariamente documentados (Súmula Vinculante nº 14), praticados pelos membros dessa 
Instituição. 
 
Tema 1063: Constitucionalidade dos arts. 5º e 18 da Lei nº 9.527/97, os quais estabeleceram que 
as férias dos advogados da União são de trinta dias por ano. 
Tese: Os Advogados da União não possuem direito a férias de 60 (sessenta) dias, nos termos da 
legislação constitucional e infraconstitucional vigentes. 
 
Tema 850: Legitimidade do Ministério Público para a propositura de ação civil pública em defesa 
de direitos relacionados ao FGTS, tendo em vista a vedação contida no art. 1º, parágrafo único, da 
Lei 7.347/1985. 
Tese: O Ministério Público tem legitimidade para a propositura de ação civil pública em defesa de 
direitos sociais relacionados ao FGTS. 
 
Tema 946: Legitimidade dos Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal para propor e 
atuar em recursos e meios de impugnação de decisões judiciais em trâmite no Supremo Tribunal 
 
 
 
 
 
 
 18 
 
 
Federal e no Superior Tribunal de Justiça, oriundos de processos de sua atribuição, sem prejuízo da 
atuação do Ministério Público Federal. 
Tese: Os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal têm legitimidade para propor e 
atuar em recursos e meios de impugnação de decisões judiciais em trâmite no STF e no STJ, 
oriundos de processos de sua atribuição, sem prejuízo da atuação do Ministério Público Federal. 
 
Tema 1074: Exigência de inscrição de Defensor Público nos Quadros da Ordem dos Advogados do 
Brasil para o exercício de suas funções públicas 
Tese: É inconstitucional a exigência de inscrição do Defensor Público nos quadros da Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
 
Tema 607: Legitimidade da Defensoria Pública para propor ação civil pública em defesa de 
interesses difusos. 
Tese: A Defensoria Pública tem legitimidade para a propositura da ação civil pública em ordem a 
promover a tutela judicial de direitos difusos e coletivos de que sejam titulares, em tese, pessoas 
necessitadas. 
 
Tema 1054: Controvérsia relativa ao dever, por parte da Ordem dos Advogados do Brasil, de prestar 
contas ao Tribunal de Contas da União. 
Tese: O Conselho Federal e os Conselhos Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil não estão 
obrigados a prestar contas ao Tribunal de Contas da União nem a qualquer outraentidade externa. 
 
Tema 1002: Discussão relativa ao pagamento de honorários à Defensoria Pública, em litígio com 
ente público ao qual vinculada. 
Tese: I. É devido o pagamento de honorários sucumbenciais à Defensoria Pública, quando 
representa parte vencedora em demanda ajuizada contra qualquer ente público, inclusive aquele 
que integra; 
II. O valor recebido a título de honorários sucumbenciais deve ser destinado, exclusivamente, ao 
aparelhamento das Defensorias Públicas, vedado o seu rateio entre os membros da instituição. 
 
 
 
 
 
 
 
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Tema 561: Legitimidade do Ministério Público para ajuizamento de ação civil pública que visa a 
anular ato administrativo com fundamento na defesa do patrimônio público. 
Tese: O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar Ação Civil Pública que vise anular ato 
administrativo de aposentadoria que importe em lesão ao patrimônio público. 
 
Tema 262: Legitimidade do Ministério Público para ajuizar ação civil pública que tem por objetivo 
compelir entes federados a entregar medicamentos a portadores de certas doenças. 
Tese: O Ministério Público é parte legítima para ajuizamento de ação civil pública que vise o 
fornecimento de remédios a portadores de certa doença. 
 
Tema 510: Teto remuneratório de procuradores municipais. 
Tese: A expressão ‘Procuradores’, contida na parte final do inciso XI do art. 37 da Constituição da 
República, compreende os Procuradores Municipais, uma vez que estes se inserem nas funções 
essenciais à Justiça, estando, portanto, submetidos ao teto de noventa inteiros e vinte e cinco 
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
 
Tema 258: Competência para processar e julgar execuções ajuizadas pela OAB contra advogados 
inadimplentes quanto ao pagamento de anuidades. 
Tese: Compete à Justiça Federal processar e julgar ações em que a Ordem dos Advogados do 
Brasil, quer mediante o Conselho Federal, quer seccional, figure na relação processual. 
 
Tema 471: Legitimidade do Ministério Público para propor ação civil pública em defesa de 
interesses de beneficiários do DPVAT. 
Tese: Com fundamento no art. 127 da Constituição Federal, o Ministério Público está legitimado a 
promover a tutela coletiva de direitos individuais homogêneos, mesmo de natureza disponível, 
quando a lesão a tais direitos, visualizada em seu conjunto, em forma coletiva e impessoal, 
transcender a esfera de interesses puramente particulares, passando a comprometer relevantes 
interesses sociais. 
 
Tema 241: Exigência da prévia aprovação no exame da OAB para exercício da advocacia. 
 
 
 
 
 
 
 20 
 
 
Tese: O Exame, inicialmente previsto no artigo 48, inciso III, da Lei nº 4.215/63 e hoje no artigo 8º, 
inciso IV, da Lei nº 8.906/94, mostra-se consentâneo com a Constituição Federal. Com ela é 
compatível a prerrogativa conferida à Ordem dos Advogados do Brasil para aplicação do exame de 
suficiência relativo ao acesso à advocacia. 
 
EXERCÍCIOS 
1. (2024/FGV/TJ-RR/Técnico Judiciário) Assinale o ente a seguir que não compõe o Ministério 
Público da União. 
A) Ministério Público Federal. 
B) Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. 
C) Ministério Público Militar. 
D) Ministério Público Eleitoral. 
E) Ministério Público do Trabalho. 
 
2. (2024/FGV/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) O TCU tem sede no Distrito Federal e compõe-
se de nove ministros, nomeados pelo Presidente da República, dentre os quais um terço, mediante 
aprovação do Senado Federal, e dois terços indicados pelo Congresso Nacional. (...) Junto ao 
Tribunal, funciona um Ministério Público especializado, composto por um Procurador-Geral, três 
Subprocuradores-gerais e quatro Procuradores. (ZIMLER, Benjamin. Direito Administrativo e 
Controle. Ed. Forum, p. 171). 
Sobre o Ministério Público especializado a que se refere o texto, assinale a afirmativa correta. 
A) Possui autonomia financeira e administrativa. 
B) Possui personalidade judiciária, inclusive para propor ações de inconstitucionalidade perante os 
Tribunais Superiores. 
C) Possui autonomia para gerir e prover seus recursos humanos, inclusive quanto ao pessoal de 
apoio administrativo. 
D) Ao Ministério Público junto ao TCU se aplicam os princípios institucionais da unidade, da 
indivisibilidade e da independência funcional. 
 
 
 
 
 
 
 21 
 
 
E) Poderá ajuizar a ação civil pública e outras ações de tutela coletiva perante o Tribunal de Contas 
da União. 
 
3. (2024/FGV/CGE-PB/Auditor de Contas Públicas - Auditoria Contábil e Finanças Públicas) O 
Ministério Público de Contas do Estado Gama impetrou mandado de segurança contra acórdão do 
Tribunal de Contas daquele Estado que determinou a extinção e o arquivamento de representação 
promovida pelo Parquet de Contas para se apurar supostas irregularidades em procedimento 
licitatório relativo a contrato de edificação da nova sede administrativa do mencionado Tribunal. 
Diante do exposto, é correto afirmar que o Ministério Público de Contas: 
A) tem legitimidade para impetrar mandado de segurança em face de acórdão do Tribunal de 
Contas perante o qual atua, em razão de lhe serem conferidas as mesmas prerrogativas jurídicas 
inerentes, no plano institucional, ao Ministério Público comum; 
B) não tem legitimidade para impetrar mandado de segurança em face de acórdão do Tribunal de 
Contas perante o qual atua, em razão da ausência de autonomia institucional do Parquet de Contas; 
C) tem legitimidade para impetrar mandado de segurança em face de acórdão do Tribunal de 
Contas perante o qual atua, em razão da existência de autonomia institucional do Parquet de 
Contas; 
D) não tem legitimidade para impetrar mandado de segurança em face de acórdão do Tribunal de 
Contas perante o qual atua, em razão da existência de autonomia institucional do Parquet de 
Contas; 
E) tem legitimidade para impetrar mandado de segurança em face de acórdão do Tribunal de 
Contas perante o qual atua, pois há previsão legal autorizando o Parquet de Contas a atuar nesse 
sentido. 
 
4. (2024/FGV/SES-MT/Advogado) O Ministério Público é instituição permanente e essencial à 
função jurisdicional do Estado. Sobre tal instituição, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) 
para a verdadeira e (F) para a falsa. 
( ) Diferente do Procurador-Geral da República, chefe do Ministério Público da União, o Procurador-
Geral de Justiça é o chefe do Ministério Público estadual, cuja escolha se dá, primeiro, a partir da 
formação de uma lista tríplice dentre membros da instituição que, depois, é encaminhada para o 
Governador do Estado escolher um dos três integrantes. 
( ) A destituição do Procurador-Geral de Justiça, chefe do Ministério Público estadual, não é 
admitida pela Constituição, por causa do princípio da autonomia administrativa do Parquet. 
 
 
 
 
 
 
 22 
 
 
( ) Conquanto o Ministério Público seja considerado constitucionalmente uma função essencial à 
Justiça, diversas de suas atribuições se dão no plano extrajudicial. 
As afirmativas são, respectivamente, 
A) V, V e V. 
B) F, F e F. 
C) V, F e F. 
D) V, F e V. 
 
5. (2024/FGV/CGM de Belo Horizonte – MG/Auditor Interno – Direito) Com o objetivo de cumprir 
compromissos de campanha, o Governador do Estado Alfa, logo após a posse, encaminhou projeto 
de lei complementar, à Assembleia Legislativa, criando órgãos de execução no Ministério Público 
do referido Estado, com atribuição exclusiva de combater os crimes cibernéticos. Além disso, 
informou à população que estabelecera as metas de desempenho a serem observadas pela 
Instituição no combate à referida espécie de ilícito. Por fim, ressaltou que o cumprimento das 
referidas metas de desempenho ensejaria a percepção de uma gratificação de produtividade pelos 
respectivos membros. Essas três medidas foram amplamente comemoradas por alguns setores 
da sociedade, mas duramente criticadas por outros, que ressaltavam a sua incompatibilidadecom 
a ordem constitucional. 
À luz da sistemática estabelecida na Constituição da República de 1988, é correto afirmar, em 
relação às três medidas adotadas pelo Governador do Estado, que 
A) todas são inconstitucionais. 
B) somente a definição das metas de desempenho é inconstitucional. 
C) somente a apresentação do projeto de lei complementar é compatível com a ordem 
constitucional. 
D) somente a definição das metas de desempenho e a percepção da gratificação são 
inconstitucionais. 
 
6. (2024/FGV/MPE-GO/Promotor de Justiça Substituto) O Ministério Público do Estado Alfa ajuizou 
ação civil pública contra o Estado Alfa e um policial militar, sob o fundamento da tutela do 
patrimônio público, postulando a anulação do ato administrativo que transferiu o referido policial 
para a reserva, porquanto ele não contava com tempo de serviço suficiente para esse fim, além de 
 
 
 
 
 
 
 23 
 
 
pleitear a exclusão do pagamento de gratificações e limitação da remuneração ao teto salarial 
estadual. 
Diante do exposto e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a afirmativa correta. 
A) A referida ação não merece prosperar, pois há restrição, de ordem constitucional, que veda ao 
Ministério Público a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. 
B) A referida ação merece prosperar, pois o Ministério Público possui legitimidade concorrente com 
o ente estatal para, na qualidade de substituto processual de toda a coletividade, exercer a tutela 
do patrimônio público. 
C) A referida ação não merece prosperar, pois a extensão material do conceito de patrimônio 
público se limita aos bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico. 
D) A referida ação merece prosperar, pois é função institucional do Ministério Público a defesa do 
patrimônio público e social, desde que não titularizado por uma pessoa jurídica de direito público. 
E) A referida ação não merece prosperar, pois entende-se que o direito deduzido nos autos é 
individual e disponível, falecendo legitimidade ao Ministério Público para exercer a sua defesa em 
juízo. 
 
7. (2024/FGV/TJ-SC/Técnico Judiciário Auxiliar) João e Antônio, proprietários de duas importantes 
fazendas confinantes, localizadas em zona rural, tinham divergências quanto ao limite territorial da 
propriedade de cada qual. Como as fazendas eram muito produtivas, alterações de limites 
importariam em grande impacto financeiro, sendo que ambos, apesar de ricos, não aceitavam ter 
qualquer espécie de redução dos seus ganhos. Já saturado com a situação e entendendo que teria 
provas que lhe permitiriam descrever, com exatidão, os limites territoriais de sua Fazenda, João 
decidiu ajuizar uma ação em face de Antônio para definir os referidos limites. 
À luz da sistemática vigente, é correto afirmar que: 
A) a presença de interesses difusos indica que a ação deve ser ajuizada pelo Ministério Público; 
B) João precisa de um profissional com capacidade postulatória para o ajuizamento da ação, que 
pode ser tanto um Defensor Público como um advogado; 
C) por dizer respeito ao direito de propriedade, que tem a natureza de direito fundamental, a ação 
pode ser ajuizada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública; 
D) por se tratar de interesse privado e em razão da situação pessoal de João, ele precisa de um 
advogado para o ajuizamento da ação, não de um Defensor Público; 
 
 
 
 
 
 
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E) em razão do princípio do livre acesso à justiça, João tem liberdade para escolher se a ação deve 
ser ajuizada pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou por advogado. 
 
8. (2024/FGV/TJ-AP/Técnico Judiciário - Área Judiciária – Administrativa) Em determinada 
comarca, foram detectados três problemas: (1) um morador escutava música em volume acima do 
aceitável, o que incomodava o seu confrontante; (2) uma indústria emitia gases poluentes na 
atmosfera, sem qualquer filtragem prévia, o que causava problemas respiratórios em todos que 
moravam ou passavam pela cidade; e (3) os adquirentes do produto X, da sociedade empresária Y, 
reclamavam de falhas no seu funcionamento. 
À luz das atribuições constitucionais do Ministério Público na área cível, a instituição deve atuar: 
A) em todas as situações descritas; 
B) somente nas situações 2 e 3; 
C) somente nas situações 1 e 3; 
D) somente na situação 2; 
E) somente na situação 1. 
 
9. (2024/FGV/CGM de Belo Horizonte – MG/Auditor Interno – Direito) A Associação Beta ingressou 
com representação no âmbito do Ministério Público, descrevendo uma série de atos afrontosos aos 
direitos sociais, relacionados ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, que afetavam os direitos 
dos trabalhadores. A Associação solicitou, ainda, a promoção das medidas necessárias, de caráter 
litigioso ou consensual, para que esse estado de injuridicidade fosse superado. 
Ao receber a representação, o órgão de execução do Ministério Público concluiu, corretamente, que 
A) sua atuação estaria circunscrita à proteção de interesses difusos e coletivos, o que não é o caso. 
B) a instituição tem legitimidade para adotar as medidas necessárias à superação do quadro de 
injuridicidade. 
C) a temática abordada versa sobre direitos disponíveis, o que afasta a atribuição do Ministério 
Público para atuar. 
D) como Beta tem legitimidade para ajuizar a ação civil pública, a representação deve ser indeferida, 
considerando a ausência de interesse na atuação do Ministério Público. 
 
 
 
 
 
 
 
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10. (2023/FGV/Receita Federal/Analista-Tributário) Ana, servidora de certo Ministério Público, 
recebeu três expedientes com a incumbência de realizar uma verificação preliminar em relação 
àqueles em que a Instituição, por imposição constitucional, deveria atuar. O expediente 1 versava 
sobre a necessidade de se proibir o despejo de resíduos sólidos, por uma indústria, em um rio. O 
expediente 2 versava sobre o desvio de recursos públicos em determinado órgão federal, o que 
exigia a punição dos responsáveis na esfera cível, pois a responsabilização penal e o ressarcimento 
do dano já foram promovidos. Por fim, o expediente 3 dizia respeito à emissão de sons, em nível 
superior ao permitido, em determinada residência situada na área urbana de certo Município, o que 
vinha causando grande incômodo ao único morador confrontante, de modo que deveriam ser 
adotadas medidas cabíveis para a cessação dessa emissão. 
Em relação às atribuições constitucionais do Ministério Público, Ana concluiu corretamente que a 
Instituição deveria atuar 
A) nos três expedientes, considerando a natureza dos bens jurídicos a serem tutelados, atuando 
como substituto processual dos respectivos titulares. 
B) apenas nos expedientes 1 e 2, sendo possível que o particular, preenchidos os requisitos 
constitucionais exigidos, também ajuíze uma ação para perquirir o objetivo do expediente 1. 
C) apenas os expedientes 1 e 3, considerando a natureza difusa dos bens jurídicos tutelados, o que 
caracteriza uma situação de atribuição do Ministério Público, não sendo possível que o particular 
busque a sua tutela em juízo. 
D) apenas o expediente referido em 1, considerando a natureza coletiva do respectivo bem jurídico, 
sendo possível que o particular, preenchidos os requisitos constitucionais exigidos, também ajuíze 
uma ação com o mesmo objetivo. 
E) apenas o expediente referido em 2, considerando a natureza difusa do bem jurídico tutelado, 
podendo a atuação se estender ao expediente 1 caso seja demonstrado que há relevância social, 
afetando o abastecimento de água da cidade lindeira ou comprometendo a fauna aquática. 
 
11. (2022/FGV/Prefeitura de Manaus – AM/Advogado) Um grupo de moradores do Bairro XX 
compareceu perante o Ministério Público do Estado Alfa e narrou uma série de problemas que têm 
sido detectados na localidade, solicitando a adoção das medidas necessárias à sua solução. 
Entre os problemas narrados estavam os seguintes:I. construção de torres de observação, por um morador excêntrico, o que vinha afetando a 
privacidade dos vizinhos, residentes nos imóveis confrontantes; 
II. diminuição da qualidade do ar, em razão das atividades desenvolvidas por uma indústria 
existente no bairro; 
 
 
 
 
 
 
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III. veiculação de propaganda sabidamente enganosa, relacionada a produtos direcionados a 
diversas camadas da população, por meio de outdoors distribuídos pelo bairro; e 
IV. aumento expressivo da criminalidade, com sério comprometimento da segurança pública, o que 
era potencializado pelo fato de o Bairro XX também ser um importante centro comercial, atraindo 
pessoas de diversas localidades. 
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que 
A) os itens II, III e IV descrevem a afronta a interesses difusos, passíveis de serem investigados com 
a instauração, pelo Ministério Público, de inquérito civil. 
B) os itens II e IV descrevem a afronta a interesses difusos, sendo que a proteção do último deles, 
com o ajuizamento de ação civil pública, é privativa do Ministério Público. 
C) os itens I e III descrevem a afronta a interesses coletivos, passivos de serem protegidos, pelo 
Ministério Público e por outros legitimados, com o ajuizamento de ação civil pública. 
D) os itens I, II, III e IV descrevem a afronta a interesses coletivos lato sensu, podendo ser 
protegidos, pelo Ministério Público e por outros legitimados, com o ajuizamento de ação civil 
pública. 
E) os itens I e IV descrevem interesses coletivos, passivos de serem tutelados pelo Ministério 
Público e por outros legitimados, com a instauração de inquérito civil e o ajuizamento de ação civil 
pública. 
 
12. (2022/FGV/TJ-DFT/Analista Judiciário – Administração) A estrutura administrativa do Estado 
brasileiro possui peculiaridades constitucionalmente definidas considerando-se os poderes 
independentes, suas atribuições e funções. 
A esse respeito, é uma atribuição do Ministério Público: 
A) defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses no âmbito dos direitos sociais 
e coletivos, independentemente de provocação; 
B) propor leis ao Congresso, entre elas o orçamento anual, editar, em casos de emergência, medidas 
provisórias que têm de imediato o valor de leis; 
C) realizar atividade jurisdicional de resolução de conflitos mediante provocação das partes; 
D) representar o país internacionalmente e manter relações e tratados com países estrangeiros; 
E) ser o guardião da Constituição, julgando ações diretas de inconstitucionalidade ou ações contra 
membros dos demais Poderes da União. 
 
 
 
 
 
 
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13. (2022/FGV/PC-AM/Investigador de Polícia) A Constituição da República estabelece que o 
exercício do controle externo da atividade policial, na forma da lei, é função institucional do 
A) Tribunal de Contas, a quem também cabe requisitar diligências investigatórias e a instauração 
de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas decisões colegiadas. 
B) Poder Judiciário, a quem também cabe requisitar diligências investigatórias e a instauração de 
inquérito policial, além de oferecer denúncia, nos crimes de ação penal pública incondicionada. 
C) Ministério Público, a quem também cabe requisitar diligências investigatórias e a instauração de 
inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais. 
D) Defensoria Pública, a quem também cabe requisitar diligências investigatórias e a instauração 
de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais. 
E) Poder Legislativo, a quem também cabe requisitar diligências investigatórias e a instauração de 
inquérito policial, além de oferecer denúncia, nos crimes de ação penal pública incondicionada. 
 
14. (2022/FGV/MPE-BA/Estagiário de Direito) O Ministério Público do Estado da Bahia recebeu 
representação dando conta de que o supermercado Beta, de forma recorrente, estava vendendo 
alimentos impróprios para o consumo e fora da validade. Na esfera extrapenal, o Ministério Público 
instaurou o procedimento próprio cabível e reuniu provas ratificando os fatos noticiados. 
Assim sendo, deve o promotor de Justiça: 
A) impetrar mandado de segurança individual em face do supermercado Beta; 
B) impetrar mandado de segurança coletivo em face do supermercado Beta; 
C) ajuizar representação de inconstitucionalidade em face do supermercado Beta; 
D) ajuizar ação civil pública em face do supermercado Beta; 
E) ajuizar ação popular em face do supermercado Beta. 
 
15. (2023/FGV/TJ-RN/Técnico Judiciário - Área Judiciária) Em razão de uma grave crise financeira, 
a continuidade dos serviços públicos a cargo do Estado Alfa foi seriamente comprometida, daí 
decorrendo o ajuizamento de inúmeras demandas, especialmente pelo Ministério Público do 
Estado Alfa. Com o objetivo de evitar o crescimento das demandas, o secretário de Estado de 
Fazenda sugeriu ao governador do Estado que determinasse ao procurador-geral de Justiça a 
elaboração de um parecer, no qual seria analisada de maneira detalhada a situação do Estado e os 
pontos de tensão existentes em relação ao entendimento do Ministério Público. 
 
 
 
 
 
 
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A sugestão do secretário de Estado de Fazenda mostra-se: 
A) constitucional, considerando que compete exclusivamente ao governador do Estado, conforme 
o seu juízo de conveniência e oportunidade, decidir em que situações o procurador-geral de Justiça 
deve apresentar pareceres; 
B) constitucional, considerando que, entre as atividades finalísticas do Ministério Público, está a de 
responder às perguntas que lhe forem formuladas pelas estruturas estatais de poder; 
C) inconstitucional, considerando que toda a atuação do Ministério Público, por imposição da 
ordem constitucional, deve se desenvolver no plano judicial, não no extrajudicial; 
D) constitucional, pois a manifestação do procurador-geral de Justiça terá potencial para reduzir a 
litigiosidade, com a consequente redução do número de processos judiciais; 
E) inconstitucional, considerando ser vedado ao Ministério Público o desenvolvimento de atividade 
da natureza daquela descrita no enunciado. 
 
16. (2024/FGV/ADAB/Fiscal Estadual Agropecuário) O Ministério Público é instituição permanente, 
essencial à função jurisdicional do Estado. 
Acerca da referida instituição, é correto afirmar que 
A) é autorizado ao Membro do Ministério Público o exercício da Advocacia. 
B) o Ministério Público da União compreende o Ministério Público Federal e o Ministério Público do 
Trabalho. 
C) o Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo 
Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a 
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Conselho Nacional de Justiça. 
D) ao Ministério Público não é assegurada autonomia funcional e administrativa, cabendo ao Poder 
Legislativo propor a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares. 
E) os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice 
dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que 
será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma 
recondução. 
 
17. (2024/FGV/PC-SC/Psicólogo Policial Civil) Após ficar inconformado com uma reportagem que 
mencionava que determinado agente público não poderia perder o cargo senão em decorrência de 
 
 
 
 
 
 
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sentença judicial transitada em julgado, diante da vitaliciedade assegurada pela Constituição, 
Ptolomeu decidiu entender melhor tal garantia, vindo a tomar conhecimento de que ela é adquirida 
após dois anos de exercício, apenas para os cargos especificados na Lei Maior, entre os quais é 
correto apontar o de 
A) delegado de polícia. 
B) promotor de justiça. 
C) defensor público. 
D) procurador do estado.E) analista judiciário. 
 
18. (2023/FGV/AL-MA/Técnico de Gestão Administrativa) O Ministério Público irá elaborar a 
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Se o 
Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo 
estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Poder Executivo irá considerar, para fins de 
consolidação da proposta orçamentária anual, ajustados de acordo com os limites estipulados, 
A) uma estimativa elaborada internamente. 
B) os valores aprovados na lei orçamentária vigente. 
C) a média dos valores considerados nos três exercícios anteriores. 
D) a média dos valores considerados nos três exercícios anteriores, corrigidos pela inflação no 
período. 
E) as receitas e as despesas dos três últimos exercícios, escolhendo o menor montante em relação 
às receitas e o maior em relação às despesas. 
 
19. (2022/FGV/MPE-SC/Auxiliar do Ministério Público) Ana, promotora de Justiça da Comarca Alfa, 
instaurou procedimento investigatório criminal para apurar a conduta de João, filho de um influente 
político que tinha sua base eleitoral na região. Insatisfeito com a postura de Ana, o político solicitou 
que sua assessoria analisasse se a promotora pode ser removida compulsoriamente do seu órgão 
de execução, sendo-lhe corretamente respondido que: 
A) a garantia da inamovibilidade veda a remoção compulsória de Ana em qualquer hipótese; 
B) apenas o procurador-geral de Justiça pode decidir pela remoção compulsória de Ana; 
 
 
 
 
 
 
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C) apenas o Conselho Nacional do Ministério Público pode decidir pela remoção compulsória de 
Ana; 
D) apenas por decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, por motivo de 
interesse público, pode ser determinada a remoção compulsória de Ana; 
E) apenas por decisão do procurador-geral de Justiça ou do órgão colegiado competente do 
Ministério Público pode ser determinada a remoção compulsória de Ana. 
 
20. (2021/FGV/TJ-RO/Técnico Judiciário) Maria, Promotora de Justiça, que ingressara na carreira 
do Ministério Público do Estado Alfa há cinco anos, em razão de sua elevada expertise na área dos 
direitos humanos, foi convidada pelo Governador do Estado a ocupar o cargo de Secretária Estadual 
de Direitos Humanos. 
À luz da sistemática constitucional, Maria: 
A) não pode exercer qualquer outra função pública, incluindo a de Secretária de Estado, salvo uma 
de magistério; 
B) pode ocupar o cargo de Secretária de Estado, desde que haja aquiescência expressa do 
Procurador-Geral de Justiça; 
C) pode ocupar o cargo de Secretária de Estado, independentemente da aquiescência de qualquer 
órgão do Ministério Público; 
D) não pode exercer outra função pública, incluindo a de Secretária de Estado, salvo se for 
temporariamente afastada do cargo de Promotora de Justiça; 
E) pode ocupar o cargo de Secretária de Estado, desde que haja compatibilidade de horários com o 
cargo de Promotora de Justiça e a soma das remunerações não ultrapasse o teto. 
21. (2024/FGV/MPE-GO/Promotor de Justiça Substituto) Dispositivo da Constituição do Estado 
Gama estabelece que o chefe da Procuradoria-Geral daquele estado deve ser escolhido entre os 
integrantes da carreira. 
Diante do exposto e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que a norma 
da Constituição estadual é 
A) constitucional, pois Procuradoria-Geral do Estado é instituição de Estado, com função essencial 
à Justiça, relacionada ao controle dos atos administrativos, devendo obrigatoriamente o 
Procurador-Geral do Estado ser integrante da carreira. 
 
 
 
 
 
 
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B) inconstitucional, pois a Procuradoria-Geral do Estado é vinculada ao chefe do Poder Executivo, e 
apesar de instituição de Estado, com função essencial à Justiça, não é dotada de autonomia e 
independência. 
C) constitucional, uma vez que inserida na margem de conformação atribuída ao constituinte 
estadual no exercício de sua auto-organização, norma que restringe a escolha do procurador-geral 
aos integrantes da carreira da advocacia pública local. 
D) inconstitucional, por violação ao princípio da simetria, a previsão, em ato normativo estadual, de 
obrigatoriedade de escolha do Procurador-Geral do Estado entre os integrantes da carreira da 
advocacia pública local. 
E) constitucional, em observância ao princípio da simetria, a previsão, em ato normativo estadual, 
de obrigatoriedade da escolha de seu procurador-geral aos integrantes da carreira da advocacia 
pública local. 
 
22. (2023/FGV/TJ-PR/Juiz Substituto) Determinada legislação do Estado Alfa, de iniciativa do 
governador, concedeu auxílio destinado ao aperfeiçoamento profissional de membros da 
procuradoria estadual, durante o prazo em que subsistirem as condições que deram causa à sua 
instituição, devendo ser pago durante período determinado e estar vinculado estritamente à 
participação do procurador em cursos que guardem nexo causal com as suas atividades 
institucionais. 
Diante do exposto e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a referida legislação estadual 
é: 
A) inconstitucional, pois os membros da procuradoria estadual, remunerados sob a forma de 
subsídio, não podem receber verba extra destinada ao aperfeiçoamento profissional; 
B) constitucional, pois os membros da procuradoria estadual não são remunerados sob a forma de 
subsídio e podem receber verba destinada ao aperfeiçoamento profissional; 
C) inconstitucional, pois a iniciativa para projeto de lei que trate de remuneração dos procuradores 
do Estado deve ser realizada pelo procurador-geral do Estado, uma vez que a Procuradoria do 
Estado é órgão independente e autônomo; 
D) constitucional, pois está caracterizada a natureza indenizatória da verba destinada ao 
aperfeiçoamento profissional de membros da procuradoria estadual, remunerados sob a forma de 
subsídio; 
E) inconstitucional, pois a remuneração de todos os servidores do Estado deve seguir o regime 
jurídico único estadual e não é permitida a criação de benefícios exclusivos a servidores 
específicos. 
 
 
 
 
 
 
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23. (2024/FGV/ADAB/Fiscal Estadual Agropecuário) A advocacia foi prevista na Constituição 
Federal de 1988, para representar os entes políticos, judicial e extrajudicialmente, bem como 
desempenhar as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. 
Diante do exposto, assinale a afirmação correta. 
A) Ao Advogado Público é vedado receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, 
percentagens ou custas processuais. 
B) São princípios institucionais da Advocacia Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência 
funcional. 
C) Os Procuradores dos Estados serão organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de 
concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em 
todas as suas 
D) A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, integrante da carreira da 
Advocacia Pública da União, nomeado pelo Presidente da República. 
E) Aos procuradores do Estado é assegurada estabilidade após dois anos de efetivo exercício, 
mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das 
corregedorias. 
 
24. (2024/FGV/AL-TO/Procurador Jurídico) A Defensoria Pública do Estado do Tocantins, após ser 
procurada por diversas pessoas, instaurou procedimento próprio para perquirir eventual violação 
ao direito fundamental de reunião de seus assistidos, concernente a estar presente nas galerias do 
Parlamento estadual, a fim de presenciarem o debate no plenário a respeito de determinado 
hospital público regional. Para aprofundar sua análise, fez requisições à Assembleia Legislativa do 
Estado. Endereçado o ofício requisitório, o tema foi ao Procurador da Casa Legislativa. 
Assinale a opção que apresenta a orientação para o caso descrito. 
A) A requisição deveria ser negada, pois apenas o Ministério

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