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Minuteria, Temporizador 555 e uso de relé, para acionamento em 127 V Leandro Rodrigues C. Viana, Victor Croisfelt Rodrigues, Vinı́cius Cesar de C. Diori Departamento de Engenharia Elétrica, Universidade Estadual de Londrina Londrina/PR - Brasil 17 de Agosto de 2015 Resumo O laboratório consistiu na implementação de uma minuteria com a utilização do clock obtido anteriormente a fim de se verificar o funcionamento da minuteria e o acionamento de lâmpada de fi- lamento com um rele. Observou-se o funcionamento do temporizador 555 na minuteria, calculando- se o valor do resistor e capacitor para se obter o perı́odo desejado. 1 Introdução Os dispositivos que começaram a surgir por volta de 1820 e 1830 são relés, temporizadores e contado- res, sendo projetados pelo cientista norte-americano Joseph Henry que estudava a ação dos eletroı́mas, dispositivos capazes de gerar campo magnético. Após isso, desevolveu-se os estudos na área, até sur- girem contadores sı́ncronos, assı́ncronos e temporizadores, alcançando-se a tecnologia dos dias atuais. Em laboratório, observou-se o funcionamento de uma minuteira a cada passo da implementação do circuito, utilizando contadores e temporizadores. 2 Experimento Os equipamentos utilizados em laboratório foram: • Fonte regulável; • Multı́metro digital; 1 2 EXPERIMENTO 2 • Matriz de contatos. Os materiais utilizados foram: • CI 74LS112 (FF JK); • CI 74LS47 (Decodificador); • CI 555; • BC548; • Display de 7-segmentos comum; • LED; • Relé 12 V ; • Lâmpada 127 V com soquete; • LDR; • Resistores (10 kΩ, 1 MΩ, 560 Ω, 1 mΩ); • Diodo 1N4148; • Capacitores (10 nF , 10 pF , 100 nF ). 2.1 Minuteria A implementação da minuteria ocorreu em etapas, a fim de se compreender o funcionamento de cada parte do circuito. 2.1.1 Etapa 1 - LED para identificação de luz Inicialmenete ajustou-se a fonte para 5 V , em seguida, implementou-se um circuito simples a fim de se observar quando havia luz ou não. O esquemático do circuito está indicado na Figura 1. Figura 1: Etapa 1 da minuteria. Nesse circuito, na ausência de luz o LED acendia e na presença de luz ele permanecia apagado. 2 EXPERIMENTO 3 2.1.2 Etapa 2 - Contador na ausência de luz A partir do clock de 1 Hz obtido no laboratório anterior, implementou-se o circuito indicado no es- quemático da Figura 2. Figura 2: Etapa 2 da minuteria. Realizou-se a lógica do LDR e o clock do laboratório anterior, ligando-se à entrada CP0 do CI74LS93 utilizado anteriormente. 2.1.3 Etapa 3 - Permanência da contagem Nesta etapa, implementou-se o circuito a fim de continuar a contagem do display mesmo com o retorno da luz. O esquemático do circuito está mostrado na Figura 3. Figura 3: Etapa 3 da minuteria. Utlilizou-se o CI74LS112 para esta implementação. Usou-se a lógica do FF JK onde a borda de descida do clock era ativa quando havia ausência de luz no LDR. A entrada J sempre ficava em alto e K em baixo e a saı́da Q na mesma lógica da etapa anterior, onde ligou-se esta saı́da em uma porta NAND com o clock de 1 segundo, ligando-se em outra NAND para inverter o sinal e em seguida na entrada CP0 do CI 74LS93. 2 EXPERIMENTO 4 2.1.4 Etapa 4 - Resetar contagem Montou-se o circuito indicado pelo esquemático da Figura 4. Figura 4: Etapa 4 da minuteria. A lógica realizada neste circuito foi a de zerar o display quando a contagem chegasse em 10 (ou A). Sendo assim, a contagem reiniciaria somente quando houvesse outra borda de descida, ou seja, quando o LDR detectasse ausência de luz. Sendo assim, a partir do CI74LS112, realizou-se a lógica com uma porta NAND com as entradas sendo Q1 e Q3 (saı́das do CI74LS93 para a contagem), onde o display zeraria somente quando Q1 = 1 e Q3 = 0, ou seja, N = 10. 2.1.5 Etapa 5 - Minuteria Por fim, implementou-se a minuteira finalizada. O esquemático está indicado na Figura 5. Figura 5: Minuteria finalizada. Nesta etapa, utilizou-se apenas mais uma lógica, onde a contagem deveria ser zerada quando as saı́das Q1 e Q3 fossem igual a 1 ou quando o LDR detectasse ausência de luz, caracterizando-se assim, uma minuteria. 2.1.6 Etapa 6 - Relé acionando lâmpada Nesta prática, implementou-se o circuito mostrado pela Figura 9. 2 EXPERIMENTO 5 Figura 6: Uso do relé acionando a lâmpada. Utilizou-se o relé a fim de se observar o acionamento da lâmpada de filamento quando o LDR detec- tasse a ausência de luz. Ligou-se o resistor de 10 kΩ na saı́da Q do flip flop JK utilizado, substituindo o LED que se encontrava nesta saı́da durante a implementação da minuteria. Em seguida utilizou-se o transistor BC548 e o diodo 1N4148 para acrescentar a lâmpada de 127 V no circuito com a utilização de cabos banana-banana e banana-jacaré. 2.2 Uso do 555 com Timer da minuteria Montou-se o circuto mostrado na Figura 7. Conectou-se o LDR no pino 2 do CI. Em seguida, calculou- se o valor do produto de R com C a fim de se obter um perı́odo próximo de 10 segundos. Com isso, conectou-se o relé mostrado na seção 2.1.6 na saı́da OUT do CI, obtendo-se uma minuteria de modo simplificado. Figura 7: Uso do 555 com Timer. 3 TEORIA 6 3 Teoria 3.1 Foto-resistor LDR A resistência elétrica sobre tal sensor diminui de acordo com a incidência luminosa. Sendo que a resistência do LDR varia de forma inversamente proporcional a quantidade de luz, podendo ter sua curva caracterı́stica descrita por uma reta decrescente, de acordo com da Figura 8. Figura 8: Curva caracterı́stica de um LDR. Os LDRs possuem sua superfı́cie coberta de Sulfeto de Cádmio (CdS) elemento que compõem a resistividade de acordo com a luminosidade. Apesar de apresentar uma grande utilidade e trabalhar com correntes elétricas relativamente elevadas tal componente apresenta velocidade de resposta relati- vamente baixa operando bem apenas em velocidades abaixo de 15 kHz [2]. 3.2 Relé Os relés são dispositivos comutadores eletromecânicos. A bobina é o principal componente do relé, visto que a operação só acontece com o campo gerado pela corrente que passa pela mesma. Sob efeito do campo magnético, a região denominada armadura alterna o jogo de contatos entre, normalmente abertos (NA) ou normalmente fechados (NF). De acordo com a Figura 9: Sendo que, através de uma corrente denominada de controle pode-se abrir ou fechar os contatos do relé. O mesmo pode ser ligado a dois circuitos e servir como comutador além de também poder ser usado para retransmissão de sinais [1]. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 7 Figura 9: Esquemático de um relé. 4 Resultados e Discussões 4.1 Minuteria Através do diagrama apresentado na Figura 5, implementou-se a minuteria, no entanto, a elaboração deste circuito ocorreu em etapas. Primeiramente, utilizou-se a onda gerada pelo circuito astável de cristal que passou por sucessivas divisões (por meio de FF’s JK) para obter um clock de saı́da com 1 Hz de frequência, exibido na Figura 2. Para analisar o funcionamento do LDR, elaborou-se um circuito simples através da lógica NOT, que ligava o LED, quando estava escuro e apagava no claro, diagrama referente à Figura 1. Posteriormente, utilizando um LDR como acionamento do circuito, implemetou-se um contador que constasse na ausência de luz. Portanto, por meio de um lógica entre o LDR em série á um resistor e o clock, a saı́da desta foi ligado ao CP0 do contador BCD. Desta maneira, o contador só obteria borda de descida para iniciar a contagem se o LDR estivesse no escuro, assim permitindo a passagem do clock (permissividade), etapa referente à Figura 3. Após a realização deste passo, procurou-se implementar um circuito que continuasse a contar mesmo após que a luz voltasse, ou seja, ele iniciava a contagem no escuro e se ficasse claro ele a continuava (prı́ncipio de uma minuteria). Implementou-se esse raciocı́nio através de um FF JK, que receberia como o clock o sinal referente ao LDR, com J em alto eK em baixo e sua saı́da Q receberia a lógica anterior (Figura 3). Essa etapa está representada na Figura 4. Com o passo anterior, detêm um circuito que quando o LDR não recebe luz, indepedente se conti- nuará apagado ou não, o contador contará até 9. Porém agora precisariamos resetar a contagem, para 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 8 que ele continue contando se caso tiver outra ausência de luz. Portanto, liga-se em seu clear uma NAND com as saı́das Q1 e Q3, resetando o circuito quando a contagem chegar á 10 (prı́ncipio do contador BCD 0 a 9). A ultima implemetação lógica referente a minuteria, seria pegar o contador obtido após as etapas anteriores e efetuar o seguinte racı́ocinio: se caso o LDR for acionado (escuro) novamente durante o meio da contagem, o contador volta a zero. Portanto, utilizando as entras MR1 e MR2 do CI74LS93, empregou a lógica referente a Figura 5. Por último, para acionar de fato a lâmpada, é necessário utilizar um circuito com relé (Figura 5) na saı́da das lógicas apresentadas nas etapas anteriores (Q). Portanto, obtem-se a Minuteria (Figura 12) pensando nas lógicas de seus prı́ncipios, porém implementou-se o mesmo circuito de maneira mais simplória com o timer 555. Figura 10: Minuteria. 4.2 Minuteria implementada através do Temporizador 555 Com intuito de utilizar o CI 555 como um timer, elaborou-se o circuito referente a Figura 7. Logo, para que esse dispositivo obtivesse um resultado equivalente ao obtido na subseção 4.1, foi necessário determinar a configuração do circuito para que tal obtivesse um perı́odo de 10 segundos. Para alcançar esse valor, calculou-se os valores de R e C, através da seguinte equação, f = 1 0, 693.R.C . (1) Desta maneira, determinou os valores de R e C para a frequência(f ) equivalente a 0, 1 Hz; para R utilizou uma resistência na ordem dos MΩ para menor probabilidade de erros, R = 1, 5MΩ, 5 CONCLUSÕES 9 C = 10pF. Porém, o capacitor utilizado era eletrólitico, é possı́vel que esse dispositivo acumule cerca de 50% de erro em circuitos temporais. Portanto a frequêcia obtida foi equivalente à 0, 06 Hz. Aplicando esse circuito ao LDR em série à um resistor como entrada e junto ao circuito para o acionamento da lâmpada, obtem-se a minuteria. Figura 11: Minuteria com o timer 555 acionado por um LDR. O mesmo experimento foi realizado para um microfone ao invés do LDR como acionador do cir- cuito, assim ao emitir um som, a luz ficava acesa por cerca de 17 segundos (o inverso da frequência obtida). Figura 12: Minuteria com o timer 555 acionado por um microfone. 5 Conclusões Atráves das análises realizadas, pode-se firmar a comprovação da teoria, obtendo-se uma minuteria com funcionamento aproximado de 10 segundos, sendo que tal perı́odo variou para o circuito implementado com o temporizador 555 devido aos erros dos componentes, resistores e capacitores envolvidos. Além REFERÊNCIAS 10 disso observou-se a lentidão envolvida no processo de comutação do sensor LDR, visto que o mesmo depende de um certo tempo de resposta. O relé utilizado serviu como alerta para o acionador da lâmpada proporcionando um controle mecânico para o circuito. Por fim, o trabalho implementado em partes proporcionou um entendimento completo do funcionamento do projeto. Referências [1] R. J., WIDMER, N.S., MOSS, G.L Sistemas Digitais: Princı́pios e Aplicações., Prentice-Hall, São Paulo, 11a. Ed. (2011). [2] THOMAZINI, Daniel. ALBUQUERQUE, Pedro U. B. Sensores Industriais - Fundamentos e Aplicações. 5aedição, São Paulo: Érica,2005.