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8/22/11 1 METABOLISMO METABOLISMO - conjunto de reações químicas coordenadas que ocorrem com propósitos determinados METABOLISMO - é um conjunto de vias metabólicas onde cooperam inúmeros SME Metabolismo global envolve digestão, absorção e metabolismo intermediário (metabolismo celular) INTRODUÇÃO FUNÇÕES DO METABOLISMO ü Obter energia pela degradação dos nutrientes ricos em energia (endógenos e exógenos) ü Converter nutrientes em unidades monômeras precursoras de macromoléculas celulares ü Sintetizar macromoléculas e outras substâncias necessárias às funções especializadas das células VIAS METABÓLICAS 1- VIAS CATABÓLICAS 2- VIAS ANABÓLICAS 3- VIAS ANFIBÓLICAS 1-VIAS CATABÓLICAS É a fase degradativa do metabolismo Moléculas orgânicas (endógena ou exógena) são degradadas enzimaticamente a produtos finais mais simples (CO2, H2O e NH3) Ø Convergem para poucos produtos finais 1-VIAS CATABÓLICAS - CATABOLISMO Ø Produção de ATP Ø Ocorrem processos oxidativos Ø Transferência de H+ e elétrons para o NAD+ e FAD+ produzindo NADH e FADH2 8/22/11 2 1-VIAS CATABÓLICAS - CATABOLISMO Ø NADH e FADH2 na CR produzem H2O e energia (ATP) Ø Produção de NADPH - transportador de energia para os processos de biossíntese 2 - VIAS ANABÓLICAS Constituem as vias de biossíntese Ø Moléculas menores são transformadas em macromoléculas Monossacarídios Polissacarídios Aminoácidos Proteínas AG + glicerol Lipídios (BN + ribose + fosfato)n Ácidos Nucleicos Ø Requer fornecimento de energia - Gasto de ATP Ø Ocorrem processos redutivos - NADPH é o doador de H+ e elétrons Ø Poucas moléculas precursoras produzem uma variedade de macromoléculas 2 - VIAS ANABÓLICAS 3 - VIAS ANFIBÓLICAS Ø Vias que participam do catabolismo e do anabolismo Ø Ex: ciclo do ácido cítrico - ciclo de Krebs Ø Utilizada para completar a degradação Ø Fornecer moléculas precursoras para biossíntese de aa, AG e carboidratos REVERSIBILIDADE DAS VIAS METABÓLICAS ü Vias catabólicas e anabólicas correspondentes não são idênticas ü Para permitir que as duas vias sejam reguladas de forma independente Quanto a reversibilidade as vias anabólicas e catabólicas podem: Ø Seguir rotas independentes (rotas diferentes) Ex: degradação e biossíntese de AG e prots Ø Seguir passos enzimáticos comuns - devem apresentar pelo um passo enzimático diferente para permitir a regulação das vias Ex: degradação e biossíntese da glicose REVERSIBILIDADE DAS VIAS METABÓLICAS 8/22/11 3 VIAS CENTRAIS E SECUNDÁRIAS DO METABOLISMO VIAS METABÓLICAS CENTRAIS: Vias onde o fluxo de metabólitos é grande Vias de degradação de COH, lip, prot e AN Pequeno número e idênticas na maioria dos organismos animais Vias onde o fluxo de metabólitos é pequeno São vias bastante diversificadas Envolvidas na biossíntese de CoE, Hormônios,neurotransmissores e outras VIAS CENTRAIS E SECUNDÁRIAS DO METABOLISMO VIAS METABÓLICAS SECUNDÁRIAS: VIAS GERAIS DO METABOLISMO DA GLICOSE CARBOIDRATOS EXÓGENOS TGI DIGESTÃO E ABSORÇÃO GLICOSE SANGUÍNEA 1 GLICOGÊNIO G1P G6P G GAL FRUTOSE MAN HEPATÓCITOS CITOPLASMA PIRUVATO LACTATO R5P ÁC.GLICURÔNICO ÁC ASCÓRBICO GLICEROL P LIPÍDIO PIRUVATO ACETIL CoA CK 2CO2 NADH, FADH2 CR O2 ENERGIA ADP + Pi ATP FO MITOCÔNDRIA H2O 2 2a 5 6 7 3 9 10 8 8 8 aa 11 3a 3b 3c 3d 4 X PRINCIPAIS VIAS METABÓLICAS DA GLICOSE DEGRADAÇÃO DA GLICOSE G Pyr Glicólise ou via Glicolítica G CO2 + H2O Degradação total da G - Met aeróbico G Lac Fermentação anaeróbica Fermentação láctica G R5P Via das Pentoses Shunt das Pentoses DEGRADAÇÃO DO GG Gn Gn-1 + G Glicogenólise BIOSSÍNTESE DO GG Gn + G Gn+1 Glicogênese BIOSSÍNTESE DE GLICOSE Compostos não glicídicos Gliconeogênese G PRINCIPAIS VIAS METABÓLICAS DA GLICOSE 8/22/11 4 GLICONEOGÊNESE I-DEFINIÇÃO Via anabólica onde a G é sintetizada a partir de precursores não glicídicos Tecidos que necessitam de suprimento contínuo de Glicose: Cerébro, hemácias, renal, cristalino, córnea e músculo em exercício Necessidade diária de um adulto humano – cérebro: 120g glicose GLICONEOGÊNESE Glicogênio hepático atende as necessidades de G por 8-10h de jejum. Jejum prolongado o gg é exaurido e a G é sintetizada pela GLICONEOGÊNESE • Lactato, piruvato, glicerol, aminoácidos gliconeogênicos (ex: alanina), intermediários do CK. III-COMPOSTOS GLICONEOGÊNICOS II- LOCALIZAÇÃO CELULAR • Ocorre no citossol e na mitocôndria das células GLICONEOGÊNESE Lactato LACTATO convertido em PIRUVATO PIRUVATO convertido em GLICOSE (Gliconeogênese) Alanina Proteína Alanina PIRUVATO NH3 Glicerol Triacilglicerol (TAG) glicerol DHAP 2PG PGM ADP ATP 3PG PGK ENO PEP H2O ADP ATP PK PYR NAD+ NADH+H+ Pi GAPDH 1,3DPG TIM DHAP 3GAP ALD 1,6FDP ATP ADP PFK PGI F6P G ATP ADP HK G6P LAC NAD+ NADH+H+ LDH oxaloacetato malato fumarato succinato succinil CoA α cetoglutarato isocitrato citrato Glicose PEP 8/22/11 5 V- OCORRÊNCIA Obs: álcool inibe a gliconeogênese- alcóolatras são hipoglicêmicos • Recuperação do exercício muscular • Jejum prolongado • 90% da gliconeogênese ocorre no fígado e 10% nos rins. IV-CONSUMO DE ATP • Bastante ativa nos diabéticos • Gliconeogênese consome energia (ATP) Diabéticos • Degradam lipídios como fonte de energia (ATP) • Degradam proteínas e utilizam os aminoácidos gliconeogênicos para síntese de Glicose Jejum prolongado • Degradam proteínas e utilizam os aminoácidos gliconeogênicos para síntese de Glicose • Degradam lipídios como fonte de energia (ATP) • Recuperação da atividade física Músculo esquelético GLICOSE Fermentação anaeróbica Fígado LACTATO LACTATO GLICOSE Gliconeogênese 6ATP 2ATP ATIVIDADE MUSCULAR RECUPERAÇÃO DA ATIVIDADE MUSCULAR V- REAÇÕES ESPECÍFICAS DA GLICONEOGÊNESE • Gliconeogênese não é simples reversão da glicólise • Compartilham 7 passos enzimáticos e diferem em 3 outros passos (reações irreversíveis da glicólise) • Glicólise e gliconeogênese são reguladas de forma independentes e opostas • Gliconeogênese apresenta 3 desvios da glicólise (Desvios I, II e III) ADP ATP 3PG PGK 2PG PGM ENO PEP H2O ADP ATP PK PYR NAD+ NADH+H+ Pi GAPDH 1,3DPG TIM DHAP 3GAP ALD 1,6FDP ATP ADP PFK PGI F6P G ATP ADP HK G6P LAC NAD+ NADH+H+ LDH piruvato oxaloacetato CO2 NADH + H+ NAD+ malato malato piruvato carboxilase malato desidrogenase MITOCÔNDRIA ATP ADP + Pi oxaloacetato NADH + H+ NAD+ fosfoenolpiruvato GTP GDP CO2 malato desidrogenase fosfoenolpiruvato carboxiquinase 1,3- DIFOSFOGLICERATO 3 -FOSFOGLICERATO2-FOSFOGLICERATO ATP ADP + Pi enolase fosfoglicerato mutase fosfoglicerato quinase GLICERALDEIDO 3-POSFATO DIHIDROXIACETONA FOSFATO NAD+ NADH + H+ GAP desidrogenase aldolase GLICONEOGÊNESE frutose 1,6-difosfato II Frutose 6-fosfato+ Pi H2O frutose 1,6-difosfatase Glicose 6-fosfato glicose + Pi III glicose 6-fosfatase I GLICOSE GLICOSE 6- FOSFATO FRUTOSE 6 -FOSFATO FRUTOSE 1,6-DIFOSFATO II III fosfoglicoisomerase H2O 8/22/11 6 C C CH2 O O− OPO3 2− C C CH3 O O− O ATP ADP + Pi C CH2 C C O O O− O−O HCO3− GTP GDP CO2 piruvato oxaloacetato PEP Piruvato Carboxilase PEP Carboxiquinase CO2 DESVIO I frutose-1,6-bisfosfate frutose-6-fosfate Frutose-1,6-bisfosfatase CH2OPO3 2− OH CH2OH H OH H H HO O CH2OPO3 2− OH CH2OPO3 2− H OH H H HO O H2O 6 5 4 3 2 1 + Pi DESVIO II Frutose 1,6-difosfato Frutose 6-fosfato Frutose 1,6-difosfatase H O OH H OHH OH CH2OH H OH HH O OH H OHH OH CH2OPO3 2− H OH H H2O1 6 5 4 3 2 + Pi glucose-6-phosphate glucose Glucose-6-phosphatase DESVIO III Glicose 6-fosfato Glicose Glicose 6-fosfatase GLICONEOGÊNESE e GLICÓLISE GLICOSE GLICOSE 6- FOSFATO FRUTOSE 6 -FOSFATO FRUTOSE 1,6-DIFOSFATO GLICERALDEIDO 3-POSFATO 1,3- DIFOSFOGLICERATO 3 -FOSFOGLICERATO 2-FOSFOGLICERATO FOSFOENOLPIRUVATO PIRUVATO DIHIDROXIACETONA FOSFATO I piruvato oxaloacetato CO2 ATP ADP + Pi NADH + H+ NAD+ malato malato oxaloacetato NADH + H+ NAD+ fosfoenolpiruvato GTP GDP CO2 I piruvato carboxilase malato desidrogenase malato desidrogenase fosfoenolpiruvato carboxiquinase II frutose 6-fosfato + Pi II frutose 1,6 difosfato H2O frutose 1,6-bifosfatase III glicose + Pi glicose 6-fosfato III H2O glicose 6-fosfatase mitocôndria ATP ADP + Pi NAD+ NADH + H+ GASTO ENERGÉTICO DA GLICONEOGÊNESE • Gliconeogênese é muito despendiosa • Transformação de Pyr a G Piruvato oxaloacetato -2ATP Oxaloacetato PEP -2ATP 3 fosfoglicerato 1,3 difosfoglicerato -2ATP 1,3 difosfoglicerato Gliceraldeído 3-fosfato -5ATP TOTAL -11ATP GASTO ENERGÉTICO DA GLICONEOGÊNESE • Transformação de Lac a G Piruvato oxaloacetato -2ATP Oxaloacetato PEP -2ATP 3 fosfoglicerato 1,3 difosfoglicerato -2ATP 1,3 difosfoglicerato Gliceraldeído 3-fosfato -5ATP TOTAL -6ATP Lactato piruvato +5ATP 8/22/11 7 VI-REGULAÇÃO HORMONAL • Glucagon - Ativa a gliconeogênese Inibe a glicólise • Insulina - Ativa a glicólise Inibe a gliconeogênese VII-EQUAÇÃO GERAL DA GLICONEOGÊNESE 2Pyr + 4ATP +2GTP + 2NADH + 2H+ + 4H2O G + 4ADP +2GDP +2NAD++6Pi 2Pyr G GASTO DE 11 ATP 2Lac + 4ATP + 2GTP + 4H2O G + 4ADP + 2GDP + 6Pi 2Lac G GASTO DE 6 ATP SHUNT DAS PENTOSES (VIA DAS PENTOSES) SHUNT DAS PENTOSES VIA DAS PENTOSES • Via alternativa da degradação da G • A G é transformada em Ribose 5-fosfato (R5P) com produção de NADPH • Ocorre no citoplasma das células • Via muito ativa nos eritrócitos, tecido adiposo, fígado, glândulas mamárias, córtex adrenal • Ausente no músculo esquelético R5P é empregada na síntese de: FUNÇÃO DA RIBOSE 5-FOSFATO • Nucleotídeos • Ácidos nucleicos • Coenzimas- NAD, FAD, CoA, etc. O H OH H CH2 H H OH 1 ’ 2’ 3’ 4’ 5’ O P O OH OH OH FUNÇÃO DO NADPH • NADPH – é CoE das enzimas redutivas que participa na biossíntese de lipídios, colesterol, hormônios, etc • NADPH: - Mantém o átomo de Fe da Hb no estado reduzido (Fe+2) - evita a metahemoglobinemia PROTEÇÃO DOS ERITRÓCITOS - Degrada o H2O2 e impede a lipoperoxidação da membrana das hemácias - evita a hemólise VIA DAS PENTOSES GLICOSE 6 P NADP+ NADPH+H+ -O-C=O C- -C C- C- H2C-O-P H2C-OH C=O C- C- H2C-O-P H-C=O H C-OH C- C- H2C-O-P H- C=O C- - C C- C- H2C-O-P H2O 6 FOSFOGLICONATO RIBULOSE 5 P RIBOSE 5 P glicose 6 P desidrogenase 6 fosfogliconato desidrogenase ribulose fosfato isomerase NADP+ NADPH+H+ CO2 • VIA OXIDATIVA- Produz 1 molécula de R5P 2 moléculas de NADPH 8/22/11 8 VIA DAS PENTOSES • Em alguns tecidos só ocorre a via oxidativa e a equação final é: Glicose 6-fosfato + 2NADP+ + H2O Ribose 5-fosfato + CO2 + 2NADPH + 2H+ • Função da VIA NÃO OXIDATIVA • Células que utilizam mais NADPH do que R5P • O acúmulo de R5P é reconvertido em G6P através de enzimas (transcetolases e transaldolases) • Nessa via 6 C5 são convertidas em 5 C6 6 Pentoses 5 Hexoses Glicose 6-fosfato Ribulose 5-fosfato • Via não oxidativa epimerase (6) (6) (6) (2) (2) (2) (2) (2) (2) (2) (2) (2) (2) XU5P (2) R5P (6 ) G6P (6) 6PGlc (6) RU5P 6 NADPH 6 NADPH 6CO2 6 PENTOSES 5 GLICOSES 6 P 6 C5 5 C6 (2) F6P (2) E4P transaldolase 2 (2) F6P transcetolase (2) 3GAP G6P (2) G6P 3 (2) XU5P epimerase (2) S7P (2) 3 GAP 1 transcetolase • Via não oxidativa isomerase (2) G6P epimerase
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