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ENSINO RELIGIOSO Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Biografia de isaías 2 BIOGRAFIA DE ISAÍAS 1 O profeta Isaías, cujo nome significa "Yah é salvação", é uma figura central na história e literatura profética do Antigo Testamento. Ele teria vivido entre 765 a.C. e 681 a.C., durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, e foi testemunha de eventos cruciais, como a destruição de Samaria pela Assíria e o cerco de Jerusalém por Senaqueribe em 701 a.C. 3 BIOGRAFIA DE ISAÍAS 2 Isaías exerceu seu ministério no reino de Judá. Seu chamado para o ofício profético, descrito no capítulo 6 do livro que leva seu nome, ocorreu por meio de uma visão do trono de Deus, onde seus lábios foram purificados por um serafim com uma brasa viva. Após esta purificação, Isaías aceitou a missão de transmitir as mensagens de Deus ao povo. 4 BIOGRAFIA DE ISAÍAS 3 O livro de Isaías é dividido em duas grandes partes: Capítulos 1-39: Esta seção contém principalmente mensagens de punição e julgamento para os pecados de Israel, Judá e das nações vizinhas, além de eventos específicos durante o reinado de Ezequias. Capítulos 40-66: Estes capítulos transmitem palavras de perdão, conforto e esperança. 5 BIOGRAFIA DE ISAÍAS 4 Isaías é frequentemente citado em discussões sobre profecias messiânicas. Os capítulos 7:14 e 9:6 são particularmente controversos: Isaías 7:14: A profecia sobre uma jovem mulher ("haalmah") dar à luz um filho foi tradicionalmente interpretada pelos cristãos como uma previsão do nascimento virginal de Jesus. No entanto, o contexto histórico sugere que a referência imediata era ao nascimento de Ezequias, filho do rei Acaz. Isaías 9:6: Os títulos atribuídos ao menino ("Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz") também são vistos por muitos cristãos como descrições do Messias, mas alguns estudiosos defendem que se referem a Ezequias. A interpretação judaica, por outro lado, vê o "servo sofredor" de Isaías 53 não como o Messias, mas como uma referência ao próprio povo de Israel, enquanto os cristãos interpretam esta passagem como uma prefiguração do sofrimento e morte de Jesus pelos pecados da humanidade. 6 BIOGRAFIA DE ISAÍAS 5 Isaías condena fortemente a hipocrisia religiosa e a injustiça social. Ele critica aqueles que oferecem sacrifícios a Deus enquanto cometem injustiças sociais, e clama por um culto genuíno que inclua a prática da justiça e da defesa dos oprimidos, como órfãos e viúvas (Isaías 1:10-20). 7 BIOGRAFIA DE ISAÍAS 6 A autoria do livro de Isaías é tema de debate acadêmico: Teoria Tradicional: Defende que Isaías escreveu todo o livro entre 740 a 681 a.C. Crítica Bíblica Moderna: Sugere que o livro foi escrito por múltiplos autores ao longo de vários séculos. A divisão geralmente aceita é: Proto-Isaías (Capítulos 1-39): Atribuído ao próprio Isaías. Dêutero-Isaías (Capítulos 40-55): Atribuído a um profeta anônimo durante o exílio babilônico. Trito-Isaías (Capítulos 56-66): Provavelmente escritos por vários autores no período pós-exílico. 8 BIOGRAFIA DE ISAÍAS 7 Em 2018, arqueólogos anunciaram a descoberta de uma bula (selo) com o nome de Isaías, próximo ao local onde foi encontrado o selo do rei Ezequias, sugerindo uma possível confirmação da existência histórica do profeta. No entanto, a fragmentação do selo deixa algumas dúvidas sobre sua identificação completa. 9 BIOGRAFIA DE ISAÍAS 8 Isaías é uma figura complexa cuja vida e mensagens continuam a influenciar tanto o judaísmo quanto o cristianismo. Sua condenação da injustiça social e da falsa religiosidade, junto com suas visões de um futuro messiânico, fazem dele um dos profetas mais importantes e estudados da Bíblia. 10 Biografia de daniel 11 BIOGRAFIA DE DANIEL 1 Daniel (em hebraico: דָּנִיֵּאל Dāniyyēl; em grego: Δανιήλ Daniḗl), também chamado de Beltessazar (em acádio: 𒊩𒆪𒈗𒋀 Beltu-šar-uṣur), é o principal personagem do Livro de Daniel. Segundo a narrativa bíblica, Daniel foi um jovem nobre judeu de Jerusalém levado como prisioneiro de guerra pelas tropas babilônicas após a conquista do reino de Judá. Ele tornou-se uma figura proeminente na corte babilônica e permaneceu fiel ao Deus de Israel, servindo ao rei Nabucodonosor II e seus sucessores com lealdade e competência até o momento em que a Babilônia foi conquistada pelo rei persa Ciro, o Grande. Ele não é considerado um profeta no Judaísmo, mas os rabinos o consideravam o membro mais ilustre da diáspora babilônica, insuperável em piedade e boas ações, firme em sua adesão à Lei apesar de estar cercado por inimigos que procuravam sua ruína. Daniel é considerado um profeta no Cristianismo e, embora não seja mencionado no Alcorão, fontes muçulmanas o descrevem como um profeta. 12 BIOGRAFIA DE DANIEL 2 O nome Daniel significa "Aquele que é julgado por Deus" ou "Deus assim julgou", ou ainda, "Deus (El) é meu juiz". Enquanto o Daniel mais conhecido é o herói do Livro de Daniel que interpreta sonhos e recebe visões apocalípticas, a Bíblia também menciona brevemente três outros indivíduos com este nome: Daniel é um filho de Davi mencionado em 1 Crônicas 3:1. Esdras 8:2 menciona um sacerdote chamado Daniel que foi da Babilônia a Jerusalém com Esdras. O Livro de Ezequiel (14:14, 14:20 e 28:3) refere-se a um lendário Daniel famoso por sua sabedoria e justiça. No versículo 14.14, Ezequiel diz da pecaminosa terra de Israel que "ainda que estes três, Noé, Daniel e Jó, estivessem nela, eles livrariam apenas as suas próprias vidas pela sua justiça." No capítulo 28, Ezequiel zomba do rei de Tiro, perguntando retoricamente: "Você é mais sábio do que Daniel?". O autor do Livro de Daniel parece ter escolhido esta figura lendária, conhecida por sua sabedoria, para servir como seu personagem humano central. 13 BIOGRAFIA DE DANIEL 3 As únicas informações sobre Daniel encontram-se no livro bíblico que leva seu nome. Nenhuma menção é feita, entretanto, do local de nascimento ou da família de Daniel. Não se sabe se ele pertencia à família real judaica ou de uma família nobre do Reino de Judá. E nada se sabe sobre os primeiros anos de sua vida, exceto que ele foi levado para a Babilônia na adolescência. 14 BIOGRAFIA DE DANIEL 4 Jeoaquim, rei de Judá, no terceiro ano de domínio babilônico sobre seu reino, rebelou-se e declarou independência. Nabucodonosor II, imperador da Babilônia, atacou Jerusalém, e os seus soldados cercaram a cidade. Nabucodonosor conquistou a cidade e tomou os objetos de valor que havia no Templo de Jerusalém para que fossem conduzidos ao templo do seu deus, na sala do tesouro. Então Nabucodonosor, segundo o relato bíblico, chamou Aspenaz, o chefe dos seus eunucos, e ordenou que escolhesse entre os jovens prisioneiros israelitas das famílias que haviam liderado a rebelião judaica, ou seja, da família real e dos nobres. Todos eles deviam ter boa aparência e não ter defeito físico; deviam ser cultos e instruídos. E precisariam aprender a língua e estudar os escritos dos babilônios, a fim de prepará-los para o serviço governamental. Entre os que foram escolhidos estavam Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Aspenaz lhes deu outros nomes babilônicos, isto é, Beltessazar, Sadraque, Mesaque e Abednego, respectivamente. Eles moraram no palácio real, hoje identificado com o sítio arqueológico de Kasr, na margem ocidental do Eufrates. Após um treinamento de três anos, Daniel e seu companheiros foram apresentados a Nabucodonosor que, segundo o relato: “os achou dez vezes melhores do que todos os mágicos e astrólogos em seu reino.” 15 BIOGRAFIA DE DANIEL 5.1 No segundo ano de seu reinado, Nabucodonosor teve um sonho que o deixou profundamente angustiado, então convocou seus sábios, adivinhos, astrólogos e feiticeiros para que interpretassem seu sonho. Na ausência de uma resposta satisfatória, o rei ficou irritado e ordenou que todos os sábios do reino fossem executados.Daniel, que não estava presente naquele episódio, também foi preso, mas, ao saber do ocorrido, falou com Arioque, chefe da guarda, e pediu prazo para responder ao soberano. O pedido foi atendido. Daniel e seus companheiros oraram a Deus pedindo-lhe que revelasse o sonho do rei. Naquela noite, em uma visão, o sonho do rei foi revelado a Daniel e, no dia seguinte, o profeta apresentou-se ao rei posteriormente contando o sonho de Nabucodonosor, bem como sua interpretação correspondente. Fazendo isso, Daniel salvou da execução a si mesmo e os outros sábios. Este fato marcou o reconhecimento de Daniel, que foi nomeado governador da província da Babilônia e chefe dos sábios. Da mesma forma, os três jovens judeus receberam cargos importantes na administração imperial. 16 BIOGRAFIA DE DANIEL 5.2 Não se sabe ao certo por que Daniel não estava também envolvido na questão da integridade com que se confrontaram seus companheiros, Sadraque, Mesaque e Abednego, quando mandados adorar a imagem de ouro erigida na planície de Dura. A Bíblia não comenta este assunto. O proceder anterior de Daniel, bem como sua posterior lealdade a Deus, mesmo sob risco de vida, dão plena certeza de que, se é que esteve presente, e em quaisquer circunstâncias, Daniel não transigiu por se curvar diante da imagem. De acordo com a tradição rabínica, Daniel não foi obrigado a adorar a imagem porque foi enviado pelo rei a um país distante. Três anos depois, Daniel interpretou o segundo sonho de Nabucodonosor sobre uma grande árvore que foi cortada, o qual predisse a humilhação e restauração do rei. Após o seu retorno da expedição, o profeta compartilhou novamente com seus companheiros a elevada posição de consideração e poder de que gozava na corte. 17 BIOGRAFIA DE DANIEL 6.1 Daniel desaparece da narrativa por algum tempo, até aparecer de novo, já um homem idoso, por volta de 80 anos, durante a festa de Belsazar. O rei havia se banqueteado e louvado seus deuses utilizando-se das taças de ouro que Nabucodonosor havia retirado do templo em Jerusalém. No mesmo instante, surgiram dedos de mão humana escrevendo na parede do palácio. O monarca, aterrorizado, chamou seus sábios e prometeu uma recompensa a quem interpretasse a mensagem. Então a rainha (provavelmente a rainha-mãe) lembrou ao rei sobre Daniel, o qual interpretou a mensagem e anunciou a queda de Babilônia e a morte de Belsazar. “Naquela mesma noite Belsazar, o rei dos caldeus, foi morto. E Dario, o medo, ocupou o seu trono com a idade de sessenta e dois anos.” 18 BIOGRAFIA DE DANIEL 6.2 Dario organizou o reino, nomeando 120 sátrapas supervisionados por três ministros, e Daniel estava entre eles. De acordo com o relato bíblico, “Daniel se destacou tanto entre os ministros e os sátrapas, por suas grandes qualidades, que o rei planejava colocá-lo à frente do governo de todo o império.” Foi então que, por inveja, os demais ministros e sátrapas conspiraram contra Daniel, mas “não conseguiram achar motivo algum para acusá-lo, pois ele era fiel. Não era desonesto nem negligente.” Decidiram, então, engendrar uma armadilha, propondo um decreto segundo o qual “todo aquele que orar a qualquer deus ou a qualquer homem, nos próximos trinta dias, exceto a ti, ó rei, será lançado na cova dos leões.” Dario assinou o decreto. Apesar disso, Daniel continuou orando como de costume, e foi acusado perante o rei. Dario, contrariado, procurou uma forma de livrar Daniel, mas os conspiradores o pressionaram e Daniel foi lançado na cova dos leões, onde permaneceu a noite inteira. O rei passou a noite em claro, sem conseguir dormir, e na manhã seguinte apressou-se para ver se Daniel havia sobrevivido. Ao chegar na cova, chamou por Daniel e, ao saber que o profeta estava vivo, ordenou que fosse retirado da cova, e no lugar dele foram lançados os acusadores e suas famílias, os quais “morreram antes de chegar ao fundo da cova.” Em seguida, Dario promulgou um decreto pelo qual todos os súditos do império deveriam honrar e reverenciar o Deus de Daniel. 19 BIOGRAFIA DE DANIEL 7 Daniel manteve-se no governo até o primeiro ano do reinado de Ciro. Segundo a tradição, permaneceu em Babilônia até a morte, embora alguns afirmem que ele voltou para a Pérsia, onde foi sepultado. Durante este tempo, ele teve diversas visões apocalípticas registradas nos capítulos finais do livro que leva o seu nome. Daniel foi um instrumento da revelação divina. Ele foi “escolhido” por Deus para levar a efeito certos desígnios divinos na Terra. No caso de Daniel, entre outras tarefas que Deus lhe confiou, este homem foi feito o protótipo, o exemplo a ser seguido por outros crentes em épocas futuras, pois a história dele é apresentada como se tivesse ocorrido no "tempo do fim", um tempo determinado, o “tempo do juízo final", e "tempo da ressurreição". 20 OBRIGADO PELA ATENÇÃO image1.jpg image2.png image3.jpg image4.jpg