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01. Slides - 01 - Histórico da Previdência Social (2)

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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 23/03/2015
1
AULA 01
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
5º Período de Direito - FACEG -
Prof. Joilson Silva
� Bacharel em Direito pela Faculdade Evangélica 
de Goianésia (FACEG, 2008/2012)
� Pós-graduação em Direito Previdenciário 
(Uninhanguera/UNIDERP, 2013/2014)
� Pós-graduação em Direito Tributário 
(Uninhanguera/UNIDERP, 2013/2014)
� Pós-graduação em Metodologia do Ensino de 
Filosofia e Sociologia (FAEL/PR 2007/2008)
� Bacharel e Licenciado em História (UFGO 
2003/2006)
� Advogado (2013)
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� Seguridade social:
� SAÚDE
� PREVIDÊNCIA
� ASSISTÊNCIA
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“Art. 194. A seguridade social 
compreende um conjunto integrado de 
ações de iniciativa dos Poderes Públicos e 
da sociedade, destinadas a assegurar os 
direitos relativos à saúde, à previdência
e à assistência social”.
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� “Art. 196. A saúde é direito de todos e 
dever do Estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à redução do 
risco de doença e de outros agravos e ao 
acesso universal e igualitário às ações e 
serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação”.
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� “Art. 201. A previdência social será 
organizada sob a forma de regime geral, de 
caráter contributivo e de filiação 
obrigatória, observados critérios que 
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e 
atenderá, nos termos da lei, a”(...)
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“Art. 203. A assistência social será prestada a 
quem dela necessitar, independentemente 
de contribuição à seguridade social, e tem 
por objetivos”(...).
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� A saúde é direito social universal. TODOS, 
independentemente de contribuição e de 
condição social, tem direito à prestação 
estatal à saúde. 
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� A assistência social é direito social 
destinado a TODOS os que comprovarem 
estado de necessidade, independentemente 
de contribuição. 
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� A previdência social é direito social 
destinado aos trabalhadores e seus 
dependentes e aos demais filiados ao Regime 
Geral de Previdência Social que verterem 
contribuições ao custeio do sistema 
previdenciário. 
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� Família como primeiro núcleo natural de 
proteção do homem. 
� Advento do Estado de Direito: século XVIII –
Revoluções Burguesas – ideais revolucionários 
e ideologias liberais versus proteção 
social: incompatibilidade. 
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� Migração maciça de mão-de-obra do campo 
para a cidade. 
� Desagregação familiar, contingente elevado e 
mão-de-obra disponível, carga horária 
escorchante e aumento de acidentes e 
doenças relacionadas ao labor. 
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� Advento da Revolução Industrial: migração 
do modelo teórico e político do Estado de 
Direito para o Estado Social e Democrático de 
Direito. 
� Reconhecimento da vulnerabilidade como 
ameaça à paz social. 
� Vulnerabilidade: risco de se sujeitar à miséria. 
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� Ideal revolucionário marxista versus reforma 
social. 
� O modelo proposto por Bismarck: universal 
de proteção social custeado por impostos. 
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� Rejeição da proposta bismarckiana e 
implementação de um modelo contributivo e 
não universal. 
� Proteção restringida aos trabalhadores da 
indústria. 
� Risco social: doença.
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� Sistema de proteção social financiado pelos 
empregadores e pelos empregados por meio 
de contribuições específicas. 
� O Estado não seria onerado. 
� Modelo bismarckiano e contrato de seguro: 
contributividade, solidariedade de grupo e 
proporcionalidade entre o benefício e a 
contribuição. 
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� Inglaterra: 1941/1942 – Sir Willian Beveridge: 
modelo de proteção social universalista e não 
contributivo financiado por impostos. 
� Modelo beveridgeano: proteção social do 
mínimo existencial. 
� O objetivo é a garantia da dignidade da 
pessoa humana e não do padrão de qualidade 
de vida. 
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� Modelo de proteção social brasileiro: 
Bismarckiano ou Beverigdeano?
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� No que concerne à seguridade social 
brasileira, o modelo de proteção é misto:
� SAÚDE E ASSISTÊNCIA – beveridgeano. 
� PREVIDÊNCIA - bismarckiano
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� Lei Eloy Chaves – Decreto 4.682 de 24 de 
janeiro de 1924: instituição das Caixas de 
Aposentadoria e Pensão. 
� A proteção social ficava a cargo da iniciativa 
privada. 
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� Inconsistências: rotatividade de 
trabalhadores, massa crítica e sobrevivência 
do sistema. 
� Anos 1930: Getúlio Vargas pretendia 
industrializar o País. 
� Transformação das Caixas de Aposentadoria 
e Pensão em Institutos de Aposentadoria e 
Pensão (IAP´s). 
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� Os IAP´s eram organizados por categorias 
profissionais: 
� Industriários
� Marítimos
� Bancários
� Ferroviários
� Comerciários 
� Etc. 
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� Cada IAP tinha sua própria legislação, 
estrutura e corpo de servidores. 
� Anos 1940: emerge a ideia de unificação dos 
institutos. 
� Obstáculo! Os institutos eram verdadeiros 
“feudos”. 
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� Anos 1960: Lei Orgânica da Previdência Social 
(LOPS – 3.807 de 26 de agosto de 1960). 
� Unificação da legislação referente à 
previdência social. 
� Os IAP´s continuam a existir, mas sob uma 
única legislação de regência. 
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� Anos 1966: Decreto-lei 72 de 21 de novembro 
de 1966: unificação dos IAP´s e criação dos
� INPS – Instituto Nacional de Previdência Social.
� INAMPS – Instituto Nacional de Assistência 
Médica da Previdência Social
� IAPAS – Instituto de Administração Financeira da 
Previdência e Assistência social.
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� A saúde não era um direito universal. 
� Só teria direito ao atendimento público de 
saúde quem era filiado ao INPS. 
� Os não filiados recorriam ao atendimento 
público de saúde nas Santas Casas de 
Misericórdia. 
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� Em 1977 foi criado o SINPAS (Sistema 
Nacional de Previdência e Assistência Social), 
que abrangia, entre outros, o INPS e o IAPAS. 
� Em 1988: promulgação da Constituição da 
República Federativa do Brasil.
� Criação do sistema se SEGURIDADE 
SOCIAL, abrangendo os direitos à saúde, 
assistência e previdência social. 
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� Anos 1990: unificação do sistema de custeio 
e benefícios e promulgação das leis 
referentes à seguridade social: 
� Lei 8.029/90 – criou o INSS (Instituto 
Nacional do Seguro Social), unificando o INPS 
e o IAPAS. 
� Lei 8.080/90- criou o SUS (Sistema Único de 
Saúde). 
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8� Lei 8.212/91 – Instituiu o plano de custeio 
da seguridade social. 
� Lei 8.213/91 – Instituiu o plano de 
benefícios e serviços da previdência social. 
� Decreto 3.048/99 – regulamentou a 
Previdência Social. 
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� Universalidade da cobertura e do 
atendimento
� Uniformidade e equivalência dos benefícios e 
serviços às populações urbanas e rurais
� Seletividade e distributividade
� Irredutibilidade do valor dos benefícios
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� Equidade de participação no custeio
� Diversidade da base de financiamento
� Gestão quadripartite
� Solidariedade
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� Precedência da fonte de custeio
� Orçamento diferenciado
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� Os princípios da seguridade social, elencados 
como objetivos no art. 194, parágrafo único 
da Constituição Federal, aplicam-se ao tripé 
saúde-previdência-assistência. 
� Os princípios setoriais da previdência social 
estão no elenco do art. 201 da Constituição 
Federal. 
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“Art. 194. A seguridade social compreende um 
conjunto integrado de ações de iniciativa dos 
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a 
assegurar os direitos relativos à saúde, à 
previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, 
nos termos da lei, organizar a seguridade 
social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do 
atendimento”.
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� Vertente objetiva: a seguridade social 
deverá cobrir, se possível, todas as 
contingências sociais que possam afetar o 
indivíduo (morte, invalidez, velhice, 
desemprego, prisão, maternidade, 
paternidade, doença, acidente, miséria etc.). 
� Vertente subjetiva: a seguridade social 
deverá amparar o maior número possível de 
indivíduos (trabalhadores urbanos, 
trabalhadores rurais, não trabalhadores)
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O princípio em estudo 
tem um viés 
bismarckiano ou 
beveridgeano? 
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� Se o princípio tem pretensão universalizante, 
certamente é de viés beveridgeano. 
� Porém, não se pode olvidar que o modelo 
previdenciário brasileiro é essencialmente 
bismarkiano. 
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ANALISE O SEGUINTE CASO HIPOTÉTICO:
O Senador Mauricio Deveras (PDT/MT), é autor 
de PEC que pretende abolir a aposentadoria 
por invalidez e aumentar de 65 para 90 anos a 
aposentadoria por idade. Questiona-se: no 
atual contexto, a proposta viola o princípio da 
universalidade da cobertura e do atendimento?
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� Resposta:
� Em relação à abolição da 
aposentadoria por invalidez, a 
proposta seria inconstitucional por 
representar claro retrocesso social 
e por vilipendiar o princípio em 
estudo. 
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� Em relação à substancial modificação 
da aposentadoria por idade, a 
proposta seria inconstitucional no 
atual contexto, eis que tal norma 
frustraria, na prática, a concessão 
dessa prestação previdenciária, tendo 
em vista a atual expectativa de vida 
dos brasileiros. 
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� Exemplos de dispositivos que primam pela 
realização do princípio em estudo:
� Art. 13 da Lei 8.213/91: filiação na qualidade 
de segurado facultativo de pessoas maiores 
de 14 anos. 
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� Celebração de Tratados Internacionais pelo 
Brasil, visando o reconhecimento do tempo 
de contribuição prestado por brasileiros no 
exterior (MERCOSUL, Grécia, Itália, Portugal, 
Japão etc.).
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� Art. 201, §§ 12 e 13 da CRFB, com redação 
dada pela EC 47/05, que tratam do sistema 
especial de inclusão previdenciária dos 
trabalhadores de baixa renda e dos que 
exercem trabalho doméstico sem renda 
própria. 
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“Art. 201. (...)
(...)
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de 
inclusão previdenciária para atender a 
trabalhadores de baixa renda e àqueles sem 
renda própria que se dediquem exclusivamente 
ao trabalho doméstico no âmbito de sua 
residência, desde que pertencentes a famílias 
de baixa renda, garantindo-lhes acesso a 
benefícios de valor igual a um salário-mínimo”.
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“Art. 201. (...)
(...)
§ 13. O sistema especial de inclusão 
previdenciária de que trata o § 12 deste artigo 
terá alíquotas e carências inferiores às vigentes 
para os demais segurados do regime geral de 
previdência social”.
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� O dispositivo em estudo foi parcialmente 
regulamentado pelo art. 21, § 2º, b e § 4º da 
Lei 8.212/91.
� A alíquota incidente sobre a base de cálculo é 
de 5% para os indivíduos de baixa renda. 
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� É necessário o cadastro no CadÚnico –
Cadastro Único para Programas Sociais do 
Governo Federal e a renda não pode ser 
superior a 2 (dois) salários mínimos mensais. 
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“Art. 194. (...)
(...)
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, 
nos termos da lei, organizar a seguridade 
social, com base nos seguintes objetivos:
(...)
II - uniformidade e equivalência dos 
benefícios e serviços às populações urbanas e 
rurais;
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� O princípio em estudo cuida da concretização 
do princípio da isonomia no sistema de 
seguridade social. 
� Benefícios são obrigações de pagar 
quantia certa. 
� Serviços são obrigações de fazer, prestadas 
no âmbito securitário (habilitação e/ou 
reabilitação profissional). 
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� A uniformidade significa que todos os riscos 
sociais protegidos pelo sistema de 
seguridade social aos trabalhadores urbanos, 
deverão, também, proteger os trabalhadores 
rurais. 
� A equivalência traduz a possibilidade de 
tratamento diferenciado, desde que o fator de 
discrímen seja justificável diante de uma 
situação concreta. 
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� Exemplos concretos:
� Lei 8.212/91 – art. 25: prevê alíquotas de 
contribuição inferiores para o empregador 
rural e segurado especial. 
� Lei 8.213/91 – art. 48, § 1º: reduz em cinco 
anos as idades do homem e da mulher para 
aposentadoria por idade. 
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Art. 194 (...)
(...)
Parágrafo único. (...)
(...)
III - seletividade e distributividade na 
prestação dos benefícios e serviços;
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� A SELETIVIDADE orienta a escolha feita 
pelo legislador no que diz respeito aos:
� Riscos sociais
� Beneficiários
� Benefícios
� Serviços
� Critérios de concessão
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� As necessidades sociais são ilimitadas. Mas 
os recursos disponíveis são limitados. Incide 
o princípio da reserva do possível. 
� A seletividade funciona como baliza ao 
princípio da universalidade. 
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� Exemplos concretos de aplicação do 
princípio:
� Restrição do auxílio-reclusão e salário-
família para os dependentes do segurado de 
baixa renda(art. 201, IV, CF, com redação 
dada pela EC 20/98); 
� A incapacidade temporária para o trabalho 
autoriza a prestação previdenciária do 
auxílio-doença e não aposentadoria por 
invalidez
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� A distributividade é princípio que coloca a 
seguridade social como sistema realizador da 
justiça social. 
� Por meio da concessão de benefícios 
previdenciários ou assistenciais, distribuiu-se 
a renda, mormente tendo em vista o caráter 
solidário da seguridade social. 
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� Exemplo concreto do princípio da 
distributividade:
� As pessoas idosas e/ou deficientes carentes 
que não podem trabalhar e nem tem quem 
lhes garanta a manutenção, poderão receber 
benefício assistencial de até um salário 
mínimo. 
5º Período de Direito - FACEG -
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Art. 194 (...)
(...)
Parágrafo único. (...)
(...)
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
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� O princípio em estudo se desdobra em duas 
vertentes:
� IRREDUTIBILIDADE NOMINAL
� IRREDUTIBILIDADE REAL
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� A Constituição Federal garante somente a 
irredutibilidade nominal dos benefícios 
assistenciais, tais como o BPC/LOAS e bolsa 
família: 194, parágrafo único, IV. 
� Para os benefícios previdenciários, além da 
irredutibilidade nominal, a Constituição 
garante a irredutibilidade real: art. 201, §
4º. 
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Art. 201. (...)
(...)
4º É assegurado o reajustamento dos 
benefícios para preservar-lhes, em caráter 
permanente, o valor real, conforme critérios 
definidos em lei.
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� O art. 41-A da Lei 8.213/91 regulamenta o 
dispositivo em análise.
� Vejamos:
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� Art. 41-A. O valor dos benefícios em 
manutenção será reajustado, anualmente, na 
mesma data do reajuste do salário 
mínimo, pro rata, de acordo com suas 
respectivas datas de início ou do último 
reajustamento, com base no Índice Nacional 
de Preços ao Consumidor - INPC, apurado 
pela Fundação Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística - IBGE.
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� OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
� O art. 7º, IV da Constituição veda a vinculação 
do salário-mínimo para qualquer fim. 
� Quem se aposenta com um salário mínimo, 
terá o benefício reajustado anualmente com 
base no novo salário mínimo: 201, § 2º.
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� Quem se aposentar com mais de um salário-
mínimo, terá o seu benefício reajustado 
conforme o art. 41-A da Lei 8.213/91.
� Se sobrevier reajuste do salário-mínimo de 
modo que o valor do benefício previdenciário 
fique inferior aquele patamar, deve ser 
observado o disposto no art. 41-A da Lei 
8.213/91 e, simultaneamente, o art. 202, §
2º da Constituição.
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� Exemplo concreto:
JOÃO DA SILVA se aposentou em janeiro de 
2014 com uma renda mensal inicial de R$ 
735,00, quando o salário-mínimo era de R$ 
724,00. Em 2015, o salário-mínimo passou 
para R$ 788,00. O índice de inflação pelo INPC 
foi de 6,23%. Qual deverá ser o novo valor da 
aposentadoria de JOÃO DA SILVA? 
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� REFLETINDO
1. Como a Constituição Federal veda a 
vinculação ao salário-mínimo para qualquer 
fim, tem-se que, a princípio, deva ser 
aplicado o índice inflacionário de 6,23%. 
2. Aplicado o índice, a nova renda de JOÃO DA 
SILVA seria de R$ 780,79.
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3. Porém, em prestígio à redação prevista no 
art. 201, § 2º, o valor da aposentadoria de 
JOÃO DA SILVA deverá ser reajustada para R$ 
788,00. 
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Art. 194 (...)
(...)
Parágrafo único. (...)
(...)
V - eqüidade na forma de participação no 
custeio;
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� O custeio da seguridade social é realizado, 
entre outros, por meio do pagamento de 
contribuições social-previdenciárias. 
� Aludidas contribuições tem natureza jurídica 
tributária, a exceção da contribuição paga 
pelo segurado facultativo. 
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� Equidade é a aplicação da justiça no caso 
concreto. 
� Quem dispõe de mais recursos, deverá 
contribuir de maneira mais acentuada. 
� Quem provoca a cobertura da seguridade 
social também deve contribuir de maneira 
mais acentuada. 
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� Concretização do princípio:
� As instituições financeiras contribuem com o 
acréscimo de 2,5% em razão da alta 
lucratividade e da mecanização no setor, que 
é elevada (art. 22, § 1º, 8.212/91)
� As empresas que desenvolvem atividade de 
risco contribuem mais, pois haverá 
probabilidade maior de concessão de 
benefícios acidentários.
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Art. 194 (...)
(...)
Parágrafo único. (...)
(...)
VI - diversidade da base de financiamento
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� O princípio em estudo tem por objetivo a 
garantia da solvibilidade do sistema. 
� Além dos recursos injetados pelas entidades 
políticas, o art. 195, I a IV da Constituição 
Federal, prevê diversas fontes de custeio. 
� Desde a Constituição de 1934, é tradicional 
no Brasil o tríplice custeio da seguridade 
social (empregados, empregadores e poder 
público)
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� São fontes de financiamento da seguridade social 
(art. 195, incisos I a IV):
1. Empregador, empresa e entidade a ela 
equiparada na forma da lei.
2. Trabalhador e demais segurados da previdência 
social. 
3. Apostadores (receita de concurso de 
prognósticos)
4. Importador de bens ou serviços do exterior. 
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Art. 194 (...)
(...)
Parágrafo único. (...)
(...)
VII - caráter democrático e descentralizado da 
administração, mediante gestão quadripartite, 
com participação dos trabalhadores, dos 
empregadores, dos aposentados e do Governo 
nos órgãos colegiados
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� A gestão quadripartite demanda a 
participação nos órgãos colegiados de 
representante dos:
1. TRABALHADORES
2. EMPREGADORES
3. APOSENTADOS
4. PODER PÚBLICO
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� O princípio em tela decorre do art. 10 da 
Constituição Federal, que assegura a 
participação dos trabalhadores e 
empregadores nos colegiados de órgãos 
públicos em que seus interesses profissionais 
ou previdenciários sejam objeto de 
discussão. 
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� Os principais órgãos colegiados da 
seguridade social são:
� CNPS – Conselho Nacional da Previdência 
Social (art. 3º, Lei 8.213/91).
� CNAS – Conselho Nacional da Assistência 
Social (art. 17, Lei 8.742/93).
� CNS – Conselho Nacional da Saúde (art. 12, 
Lei 8.080/90)
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� ATENÇÃO!
� Os aposentados só terão assento no 
Conselho Nacional de Previdência Social. 
� Inexiste previsão constitucional de 
representantes dos pensionistas nos órgãos 
colegiados do CNPS,
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21
� O Conselho Nacional da Seguridade Social,criado pela Lei 8.212/91 foi extinto pela 
Medida Provisória nº 2.166-37/2001.
� O Projeto de lei 178/07, de autoria do 
Senador Eli Correa Filho (DEM/SP), pretende 
recriar o CNSS.
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� Base legal: art. 3º, I, CRFB.
� Na seguridade social, há verdadeira 
socialização dos riscos com toda a sociedade. 
� Fundo único: art. 250 CRFB.
� Pacto intergeracional
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Art. 195. (...)
(...)
§ 5º. Nenhum benefício ou serviço da 
seguridade social poderá ser criado, majorado 
ou estendido sem a correspondente fonte de 
custeio total.
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� Gestão responsável da seguridade social: 
garantia da solvência do sistema. 
� Equilíbrio entre receitas e despesas públicas.
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� ALGUMAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
� O princípio em estudo não se aplica à 
previdência privada (STF, AI 530.944).
� Se o benefício da seguridade social for 
instituído pela própria Constituição, não terá 
aplicação o princípio em estudo. (STF, RE 
385.397).
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� A Constituição Federal previu no art. 165, §
5º uma peça orçamentária exclusiva para a 
seguridade social. 
� Os recursos da seguridade social são 
afetados ao custeio do sistema, não podendo 
ser utilizados para outras despesas da União, 
em regra. 
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� O art. 76 do ADCT, com redação dada pela EC 
68/11, autoriza a União a desvincular até 20% 
da receita de contribuições sociais até 31 de 
dezembro de 2015.
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01. (TRT RN / Técnico Judiciário / 2010)
A previdência social, por seu caráter 
necessariamente contributivo, não está 
inserida no sistema constitucional da 
seguridade social. 
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02. (PGE AL / Procurador do Estado / 2008). A 
formação de um sistema de proteção social no 
Brasil, a exemplo do que se verificou na 
Europa, se deu por um lento processo de 
reconhecimento da necessidade de que o 
Estado intervenha para suprir deficiências da 
liberdade absoluta – postulado fundamental do 
liberalismo clássico -, partindo do 
assistencialismo para o seguro social, e deste 
para a formação da seguridade social. 
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03.(Município de Natal / Procurador /2008) A 
seguridade social compreende um conjunto 
integrado de ações de iniciativa dos poderes 
públicos e da sociedade destinadas a assegurar 
os direitos relativos à saúde, previdência e 
assistência social, sendo certo que o acesso a 
tais direitos ocorre mediante contribuição do 
beneficiário. 
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04. (DPU/Defensor Público da União/2007). A 
seguridade social é um conjunto integrado de 
ações de iniciativa dos poderes públicos e da 
sociedade, destinado a assegurar direitos que 
proporcionem a dignidade da pessoa humana. 
Nesse contexto, as políticas públicas de ações 
afirmativas destinadas à população negra, 
representadas, entre outras, pelo sistema de cotas 
para negros, que garante vagas em universidade 
pública para um segmento que, durante bastante 
tempo, foi excluído pelas dinâmicas sociais, são 
exemplo de atendimento do mandamento 
constitucional para a seguridade social. 
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05. (PGE CE/Procurador do Estado/2007). O 
legislador constituinte originário, com objetivo 
de dar maior abrangência e cuidado possíveis à 
questão dos riscos sociais, estabeleceu que as 
ações presentes no Título da Ordem Social, da 
Constituição Federal, corresponderiam às 
iniciativas dos poderes públicos e da sociedade 
para proteção do direito ao bem-estar social, 
representados pelas ações que integram a 
seguridade social. 
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06. (Município de Aracaju/Procurador/2007). A 
positivação do modelo de seguridade social na 
ordem jurídica nacional ocorreu a partir da 
Constituição de 1937, seguindo o modelo do 
bem-estar social, em voga na Europa naquele 
momento. No caso brasileiro, as áreas 
representativas dessa forma de atuação são 
saúde, assistência e previdência. 
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07. (TRF 1ª Região/Juiz Federal/2011). 
Conforme previsão constitucional, nenhum 
benefício ou serviço da seguridade social ou 
previdência social ou de previdência privada 
poderá ser criado, majorado ou estendido sem 
a correspondente fonte de custeio total. 
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08. (TRF 5ª Região/Juiz Federal/2011). Com 
base no princípio constitucional de 
irredutibilidade do valor dos benefícios, não se 
admite redução do valor nominal do benefício 
previdenciário pago em atraso, exceto na 
hipótese de índice negativo de correção para 
os períodos em que ocorra deflação. 
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09. (INSS/Perito Médico/2010). É 
perfeitamente admissível que se estabeleça 
uma base única de financiamento para a 
seguridade social, desde que a administração 
do sistema se mantenha democrática de 
descentralizada. 
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10. (PGM RR/Procurador/2010). A equidade na 
forma de participação no custeio é princípio 
constitucional atinente à seguridade social, no 
entanto, as entidades beneficentes de 
assistência social que atenderem às exigências 
estabelecidas em lei serão isentas de 
contribuição para a seguridade social. 
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