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Automação da Manufatura SENAI- SP, 2001 Trabalho elaborado pela Escola SENAI Roberto Simonsen – do Departamento Regional de São Paulo. Coordenação Geral Dionisio Pretel Coordenação Laur Scalzaretto Valdir Peruzzi Elaboração Rinaldo Ferreira Martins Revisão técnica João Carlos Voltarelli Organização Adriano Ruiz Secco Écio Gomes Lemos da Silva Silvio Audi Escola SENAI Roberto Simonsen Rua Monsenhor Andrade, 298 – Brás CEP 03008-000 - São Paulo, SP Tel. 011 3322-5000 Fax 011 3322-5029 E-mail: senaibras@sp.senai.br Home page: http://www.sp.senai.br Sumário página Eficiência e competitividade 3 A importância estratégica da manufatura Controle numérico computadorizado Controle numérico distribuído CAD – Computer aided disign CAM – Computer aided manufacture CAE – Computer aided engineering Robôs Industriais Sistema flexível de manufatura Preenchendo a lacuna entre o planejamento e o chão-de-fábrica das empresas Manufacturing execution systems 5 8 19 26 36 47 56 68 82 88 3 Eficiência e competitividade O Brasil a despeito de todos os contratempos, é hoje a oitava economia do mundo. Dependendo de nossa atuação, podemos vir a ser uma das primeiras economias industriais. A empresa nacional, privada ou estatal, precisa se conscientizar do seu papel no progresso econômico da Nação. A empresa do futuro será uma empresa extremamente eficiente, sem refugos ou desperdícios e com absoluto aproveitamento de seus recursos materiais e humanos. Nessa corrida pela eficiência, as empresas se tornarão competitivas e assim o fazendo, dominarão os mercados. A eficiência é a chave para competitividade e, como tal, deve ser objetivo máximo de todos os empresários brasileiros. Como os processos de manufatura constituem uma das bases de apoio da competitividade, a eficiência da manufatura é, obviamente, um alvo a atingir no menor prazo possível. A eficiência de qualquer atividade econômica depende vitalmente da qualidade e da disponibilidade das informações pertinentes. Sem informações precisas, confiáveis e rápidas, nenhum processo de manufatura, nenhuma operação industrial poderá ser eficiente. 4 Não há mais lugar para os métodos convencionais. A manufatura está mudando, o gerenciamento da manufatura tem que mudar. Precisamos eliminar todos os desperdícios, simplificando as operações, modernizando os métodos, tornando a manufatura mais produtiva, flexível e com alto nível de qualidade. 5 A importância estratégica da manufatura Vivemos hoje um mercado em mutação. Até há pouco tempo, o sucesso de um fabricante no mercado, dependia de duas características básicas: preço e qualidade de seus produtos. Esse quadro já começou a mudar para muitas empresas que perceberam, entre outras coisas que: 1) Boa parte de seus clientes passou a exigir menores prazos de entrega como condição para colocação de pedidos; 2) O conteúdo tecnológico de processos e produtos passou a ser focalizado pelos clientes como fundamental para a redução de custos e aumento da confiabilidade dos produtos comprados. Para citar um exemplo, o Departamento de Defesa dos EUA passou a exigir que seus fornecedores se alistem em programas de modernização tecnológica, visando redução de custos e melhoria da confiabilidade. Como conseqüência, a fórmula para o sucesso passou a ter quatro componentes básicos: qualidade, preço, prazo de entrega e tecnologia. Por outro lado não é necessário elaborar muito sobre esses quatro itens para se concluir que todos eles dependem diretamente do sistema de manufatura utilizado na produção. Um bom sistema de manufatura deve ser considerado como aquele que “utilize de forma otimizada os recursos mínimos necessários para consecução dos objetivos estratégicos da companhia”. 6 Ora, os objetivos estratégicos de qualquer companhia manufatureira compreendem uma estratégia de produtos (resposta tecnológica às necessidades do mercado), uma política mercadológica (resposta comercial as necessidades do mercado) e um sistema de manufatura que permita atender a tudo isso. Vemos pois, que o sistema de manufatura passa a ser enfocado como uma questão da maior importância estratégica para as empresas, pois que é básico para a eficiência e, em conseqüência, para a competitividade. Assim o empresário moderno passa a ser aquele que se preocupa com o planejamento da manufatura, da mesma forma como se preocupa com os aspectos comerciais e financeiros de sua empresa. A competitividade requer que se estabeleçam estratégias de longo prazo e uma atitude de inovação tecnológica constante. Soluções de curto prazo apenas garantem a sobrevivência ou, no máximo, levam a uma posição de liderança efêmera e inconsistente. A disputa pelo mercado não é uma corria de velocidade mas uma maratona de persistência: ganha quem tiver mais fôlego e melhores pernas ou, em outras palavras, o sucesso será daquelas companhias que estiverem preparadas para responder, por longo prazo, às necessidades do mercado. Não é suficiente se falar apenas em produtividade e sobrevivência. Produtividade pode significar apenas um ganho temporário de 10% em custo de mão-de-obra, enquanto que será necessário obter reduções maiores e permanentes para que possamos ser realmente competitivos internacionalmente. Não basta fazer com que cada operário produza mais 10% de peças por hora de trabalho se a empresa continua com processos deficientes ou com filosofias administrativas ultrapassadas. Sobrevivência, por seu turno, reflete uma postura defensiva e negativa. Há pouca distância entre ser o último no mercado e ficar de fora dele. 7 A palavra chave é competitividade. Ela requer uma estratégia global dentro da qual o sistema de manufatura precisa se transformar em um conjunto harmônico e perfeitamente integrado, desde o chão de fábrica até a alta direção da companhia 8 Controle Numérico Computadorizado Introdução Antes de se iniciar o curso torna-se necessário conhecer os itens básicos que compõe um Processo de Fabricação: Energia dissipada Produto final Refugo Energia Processo de fabricação Matéria - Prima Meios auxiliares Dados do projeto Dados de fabricação Definições: Máquina Operatriz: manipulador de matéria-prima: Computador: manipulador de dados; Mão-de-obra: manipulador de meios auxiliares. Controle Numérico Máquina Operatriz Sistema de Controle e Automação 9 Controle Numérico: É um processo no qual as máquinas são comandadas por mais de uma série de instruções codificadas. Histórico: MÁQUINAS FERRAMENTAS: 1775 – WATT E WILKINSON (Pistões) ~1800 – ELI WHITNEY (Mosquetes) INTERCAMBIALIDADE: 1853 – SAMUEL COLT (Revolver) ~1860 – HENRY FORD (Linha de Montagem) CONTROLES: 1650 – SOM (Pianola) 1700 – INDUSTRIA TÊXTIL COMPUTADORES: 1800 – CHARLES BABBAGE (Matemático) 1945 – 1º COMPUTADOR CONTROLE NUMÉRICO: U.S.A. • Força Aérea Americana (U.S.A.F.), necessidade de confecção das hélices de helicóptero. • Parsons Company (1952) gerou solução utilizando uma fresadora de controle numérico. • M.I.T. (Massachussets Institute Tecnology) ALEMANHA • Começam a trabalhar com torno de controle numérico em substituição a operadores mortos na guerra, para que houvesse agilização da produção. BRASIL • Clark Equipamentos (1ªFabrica, ~ na década de 70) • Embraer • U.F.S.C. (Santa Catarina) • GRUCON(Grupo de Controle Numérico de Santa Catarina) 10 Desvantagens do controle numérico • Controle Numérico não é vantajoso quando não necessário na produção: • Componentes simples; • Grandes lotes; • Sem operações complexas ou com dispositivos especiais; • Grandes tolerâncias. • Controle Numérico não é vantajoso quando a estrutura não é adequada para aproveitar a nova tecnologia. • Controle Numérico é um prejuízo quando necessário e não usado. Porém usado pelo concorrente. Vantagens do controle numérico Aumento considerável na produtividade devido a redução de tempos secundários; 30% 70% 5% 95% 30% ao lado da máquina 70% peça “passeando” pela fabrica 5% produzindo 95% tempos secundários (troca de ferramenta, “passeio” do operador). • Possível eliminação das operações de acabamento dada a capacidade de operar com tolerâncias bastante reduzidas; • Operações do equipamento em vários turnos (por não necessitar tanto acompanhamento humano); 11 • Processar lotes de peças diferentes não havendo número mínimo de peças para considerar lote econômico; • Maior facilidade na previsão e determinação dos tempos de fabricação; • Maior facilidade de otimização da fabricação; • Redução do número de ferramentas e possibilidade de utilizar ferramentas padronizadas para executar operações especiais; • Simplificação e eliminação de dispositivos especiais de fabricação; • Redução de refugos e problemas advindos da falta de ajuste na montagem; • Redução do espaço ocupado pela máquina e serviços gerais (água, luz, óleo refrigerante, etc...); • Maior flexibilidade no planejamento e controle da produção; • Diminuição dos estoques intermediários; • Diminuição do custo de fabricação; Repetibilidade Qualidade (precisão) Versatilidade Controle Numérico Aplicações • Produção de lotes pequenos e médios; • Fabricação de peças complexas; • Quando precisão e repetibilidade de precisão são exigidas; • Peça de execução difícil e matéria-prima de custo alto; • Onde manutenção de estoque é antieconômico; • Na fabricação de protótipo; • Usinagem de peças com imagem especular (simétrica); • Quando o espaço para a instalação do equipamento é pequeno; • Operações em condições insalubres e perigosas. 12 LIMITAÇÃO QUANTO A UTILIZAÇÃO: • Investimento de modo geral elevado; • Custo de manutenção mais elevado (componentes eletrônicos); • Uma melhor e mais racional organização do que a comumente encontrada. Como técnicos temos por principal objetivo de administração, se manter no mercado, ou seja, atender bem as clientes, manter os empregados e manter o meio que estamos e com isso atingir outro objetivo que é obter lucros. Daí advém a necessidade de uma melhor administração organizacional de produção tendo um melhor planejamento e possivelmente a automação da produção. Lembrando-se sempre que os objetivos básicos de um técnico são: aumentar a produtividade com qualidade e baixo custo. 13 MUDANÇAS NECESSÁRIAS NA EMPRESA PROJETO X MANUFATURA X CONTROLE NUMÉRICO • Projeto (desenho) − Cotas (partir de uma referência) − Liberdade (dentro da realidade da produção) − Integração (com a área de processos) • Planejamento de Processos − Peças complexas − Pequenos lotes (diminuir necessidade de dispositivos) − Ferramental complexo (eliminar) − Tolerâncias reduzidas − “Peças caras” (podendo diminuir seu custo) Para que isso seja gerenciado foi desenvolvido o software do C.A.P.P. (Computer Aided Process Plaining) ou seja, Planejamento de Processo Assistido por Computador com a vantagem de ser o mais geral possível e com um grande número de variáveis. Em função da evolução da evolução e do desenvolvimento dos equipamentos de controle numérico, já quase não existe estudos sobre o assunto e sim estudos de usinabilidade (ferramentas, materiais, entre outros). E para isso torna-se necessário a Tecnologia de Grupo (buscar peças gerando famílias, ou seja, peças semelhantes) ou ainda FEATURES (similaridade entre partes de peças). 14 • Ferramental e Dispositivos de Fixação − Simplicidade e flexibilidade (por reduzir o contato humano) − Menor SETUP (tempo de fixação da peça) − Menor tempo de preparação da máquina • Inspeção − Menor número de medições em processo − Maior precisão • Manutenção − Multi-disciplinar − Treinamento − Corretiva (deve ser reduzida) x Preventiva x Preventiva − Instalação • Lay Out − Organização − Espaço Físico (diminuição de estoque) − Fluxo do material Quando se fala em máquina operatriz de controle numérico o operador passa a ser o profissional que avalia o processo de fabricação. Estrutura de uma máquina C.N. ...... ...... ...... ...... ...... ...... ..... . ..... . ..... ..... ..... ..... ..... ..... . ..... . . ..... . . ..... . . ..... . . ..... . . ..... . Programa Máquina (periférico) (Computador) Controle 15 Característica estrutural do programa Série de Instruções Codificadas: Instruções: • Tecnológicas (processo) • Geométricas (dimensões) Geométricas Tecnológicas Decodificador Interpolador Interface Comparador Máquina Servo Motores Sistema de medição Evolução do controle numérico 1952 – 1º C.N. por válvulas (confiabilidade baixa) 1955 – Utilização de relês (muito usado no mercado) 1960 – Utilização de transistor (diminuição de tamanho) 1965 – Circuitos integrados (confiabilidade) 1968 – D.N.C. (Controle Numérico Direto) ~1970 – C.N.C. (microprocessadores) Controle numérico Circuito de comando é de lógica (hardware) por ligação física, resultando em gabinete específico para a máquina. 16 Controle numérico direto D.N.C. Ligação da máquina ferramenta de controle numérico a um computador Controle numérico computadorizado C.N.C. Utilização de microprocessadores, todo o processamento é executado por uma unidade central, segundo um programa interno (software) armazenado em memória fixa. Meios de entrada e saída de dados: Entrada: • Programa − painel − fita perfurada − fita magnética − discos magnéticos − ligação física com o computador Saída: • Programa − informação sobre o programa em execução (painel) − diagnóstico de erros, de defeitos Sistema de posicionamento Abertos Utilizam normalmente motores, passo a passo elétrico ou elétrico-hidráulico. O motor gira de um incremento angular fixo, cada vez que um sinal de entrada é aplicado mantendo a posição até que o novo sinal seja aplicado. Fechado: O sinal de comando é constantemente comparado com o sinal que vem do dispositivo de leitura da posição relativa ferramenta- peça, captadores de posição e a diferença ou erro serve de sinal de entrada, para acionar o motor até que este erro se anule. 17 Captadores de posição • Captadores Absolutos − Cada posição da mesa corresponde a um determinado valor físico. • Captadores Incrementais ou Relativos − Não existe relação unívoca e sim emissão de impulsos, à distância percorrida será proporcional ao número de impulsos recebidos. Funcionamento dos captadores de posição • Captadores Lineares − Estão adaptados para medidas lineares • Captadores Angulares − Estão adaptados para medidas angulares • Tipos de Memória − ROM – Armazena dados em memória fixa do computador − RAM – Armazena dados enquanto a máquina está ligada. Características construtivas do equipamento de controle numérico • Parafuso construído para funcionar com uma porca de esferas recirculantes, tendo como principais vantagens um menor atrito e uma menor potência de acionamento;• Guias de baixo atrito; • Estrutura de alta rigidez; • Sistemas de medidas eficientes; • Motores de elevada potência; • Troca automática de ferramentas; • Transportadora de cavacos. Algumas máquinas que se utilizam o Controle Numérico: • Tornos; • Fresadoras; • Centros de Usinagem; 18 • Jateamento de Areia; • Cortes de Chapas; • Soldagem; • Estamparia; • Eletro-erosão; • Metrologia; • Fiação de Circuitos; • Dobramento de Tubos, entre outras. Formas de programação Manual Deve ser programada toda a informação, numa linguagem que a máquina entenda. Assistida Existe o apoio de um computador, onde define-se a geometria, o caminho da ferramenta e condições da máquina. Sistema (Sistema Especialista) Após a definição geométrica, através das informações tecnológicas existentes no pós-processador é definida a melhor forma de trabalho. Exemplo: ferramenta, dispositivo, condições da máquina, etc. 19 D.N.C. Controle numérico distribuído Introdução A evolução da Automação Industrial, objetiva, dentre suas inúmeras aplicações, a integração de informações. O conceito de redes locais de comunicação estendido ao setor industrial abre perspectivas para a interligação de diversos Comandos Numéricos e sistemas computacionais entre si. Desta forma, configura-se um sistema de Controle Numérico Distribuído, implantado efetivamente em industrias mecânicas. Entre as diversas frentes da informática industrial, a integração de informações vem assumindo posição de ascendente importância. Este fato decorre do grande potencial que essa integração traz consigo no sentido de agilizar decisões, racionalizar o uso de recursos, etc. A usinagem com máquinas CNC como parte do processo de fabricação de um produto, é beneficiada diretamente através de um sistema DNC naquilo que lhe é mais importante sob o aspecto “informação”: o programa de usinagem CN. O que é controle numérico distribuído (DNC) É um sistema que utiliza um computador central para transmitir informações via cabo, além de comandar várias máquinas simultaneamente. A função principal do computador é acompanhar permanentemente o trabalho de cada máquina, garantindo a ela o suprimento de dados necessários para o bom desempenho de suas funções. 20 Como funciona o controle numérico distribuído (DNC) O programador gera no CAD/CAM o programa de execução de uma determinada peça e o insere na memória do computador central que comanda as máquinas CNC. Desta forma o computador passa a assumir funções de uma leitora/perfumadora de fitas, e envia o programa (via cabo) para as máquinas que realizarão o trabalho de usinagem. Como veremos a seguir, dependendo do grau de automatização do processo, o operador se responsabiliza ou não pelo preparo da máquina e o envio das informações. 21 Tipos de DNC (quanto ao grau de automatização) Temos 3 tipos: • DNC Básico • DNC Automático • DNC com supervisão do processo. a) DNC Básico - Em uma configuração básica, o computador, no qual estão armazenados os programas, assume apenas a função de leitora/perfumadora de fitas. Deste modo, a transmissão de informações requer ao operador do CNC a realização de todas as tarefas correspondentes a entrada/saída pelo painel do CNC. 22 É necessário aqui um meio de comunicação entre operadores dos computadores e do CNC (telefone, indicadores luminosos) para que se estabeleça a seqüência de operações entre os equipamentos. b) DNC Automático – Em grau maior de automatização, o DNC permite que a sua programação para entrada/saída de programas e dados seja realizada por sinais de controles externos (diretamente pela Interface ou via CLP) atuados pelo computador. Além dessas funções, é possível também partir a execução do programa CN. c) DNC com Supervisão de Processo – Nessa alternativa, CNC e CLP permitem um amplo acesso a ferramentas, magazines, peças, sinais de estado e de controle. A integração desses recursos aos já mencionados do DNC Automático tem em vista atender Sistemas Flexíveis de Fabricação (FMS), onde um computador pode supervisionar a operação de cada máquina, ferramentas e demais equipamentos, buscando e enviando informações necessárias para a condução de todo o processo de fabricação. 23 Tipos de DNC (quanto ao meio de transmissão) Temos 2 tipos: • Conexão Ponto-a-Ponto • Conexão Via Rede Local a) Conexão Ponto-a-Ponto b) Conexão Via Rede Local a) Conexão Ponto-a-Ponto – A comunicação direta entre o CNC e computador encontra um severo compromisso com velocidade, distância e confiabilidade. Um sistema DNC configurado com conexões ponto-a-ponto apresenta a possibilidade de sobrecarga do computador hospedeiro e problemas de expansão do sistema. Por isso é utilizado para controlar uma pequena quantidade de máquinas CNC. b) Conexão via Rede Local – Neste caso, os diversos equipamentos servem de um meio físico (cabo) para estabelecer transações de comunicação entre si. A rede possui características próprias (cabo, velocidade) e possui como elemento de Interface aos diversos equipamentos, as correspondentes Estações de Acesso a Rede (EAR). 24 Vantagens do DNC Os sistemas DNC oferecem as seguintes vantagens: • Dispensa do uso do leitor de fita (maior velocidade e segurança), que é um dos maiores motivos de manutenção e conseqüente parada das máquinas. • Maior facilidade e rapidez de acesso a programas armazenados no computador, com finalidades de edição e revisão. • Interação mais eficiente entre programador e máquina. • Monitoramento total do sistema. • O mesmo computador que é usado para gerenciar as operações das máquinas pode ser usado para tarefas secundárias (Ex.: Levantamento de tempos, desempenho da máquina, compensação de erros que ocorrem devido ao aquecimento excessivo da máquina, etc.). • Melhor organização e maior capacidade disponível para armazenamento de programa. • Maior racionalização do trabalho e rapidez na tomada de decisões, conforme os recursos de DNC implantado. Vantagens do sistema DNC via rede local • Expansibilidade – facilidade de inclusão de um CNC adicional à Rede Local. • Maior Alcance – Estendendo de dezenas de metros para centenas de metros. Maior velocidade de transferência de programas. • Confiabilidade – Interface elétrica com meio físico mais seguro contra interferências eletromagnéticas. • Possibilidade de implementação de funções para monitoração de falhas no sistema. • Facilidade de instalação e manutenção. • Minimização da sobrecarga. Quanto as DESVANTAGENS, podemos dizer que o DNC é recomendado apenas para empresas de médio/grande porte, devido ao custo de implantação s\do sistema e treinamento de pessoal. 25 Conclusão: A evolução tecnológica nas diversas áreas do conhecimento humano tem sido espantosa nas últimas décadas. Os processos de fabricação também acompanharam esta evolução para produzirem com a maior eficiência, rapidez, precisão e menor custo. ODNC está, sem dúvida, inserido dentro deste contexto evolutivo de ciência e tecnologia. Porém, não se deve esquecer que representa apenas uma parcela de todo o processo. Por isso, deve estar perfeitamente integrado a uma grande quantidade de outros elementos sem os quais a programação, assistida ou não por computador e a posterior distribuição dos programas via DNC, corre o risco de não atingir os índices de produtividade esperados. Especial atenção deve ser dada à equipe de operadores e programadores que, com grande antecedência, deverá ser treinada teórica e praticamente para que, ao chegar a primeira máquina, ela comece a ser utilizada plenamenteno menor espaço de tempo possível, aumentando a possibilidade de um retorno rápido do investimento feito. A empresa que não investir no treinamento não terá condições de tirar do equipamento tudo aquilo que esta tecnologia moderna pode oferecer, reduzindo então consideravelmente sua capacidade de competir no mercado. O projeto e a implantação da Rede Local de Comunicação para aplicações industriais foi um passo decisivo para a atualização e desenvolvimento da tecnologia, o que permitirá acompanhar os esforços para padronização e interconexão. A configuração alternativa proposta, na qual a EAR assume também as funções de comunicação com o operador do CNC, é seguramente uma solução para aplicação generalizada, apresentando um grande potencial para caracterizar-se como um produto. 26 CAD Computer aided design Considerações preliminares: Vive-se em uma época na qual a informação adquire uma importância estratégica fundamental. As atividades humanas se tornam cada vez mais dependentes da precisão e rapidez com que é processado o maior número possível de informações, necessárias ao seu desempenho. Planilhas e matrizes proliferam na maioria das atividades econômicas e mesmo em algumas atividades sociais. Uma vez esgotados os procedimentos determinístico, o homem se preocupa em cada vez mais modelar o acaso ou, pelo menos, em reduzir seu impacto. Dentro do avanço e desenvolvimento atual da informática, através do qual se chegam a criar perspectivas de modelar e reproduzir por meio de computadores, o próprio raciocínio da natureza humana, o problema da gestão de empresa, passa a se situar em um novo plano. Cada vez mais a solução para o problema passa a ser a escolha e adoção de sistemas integrados, que possibilitem o relacionamento entre as diversas atividades da gestão e que apresentem um compromisso entre precisão, rapidez e custos. O que é CAD CAD é a sigla de computer aided design, ou seja, desenho auxiliado por computador. Corresponde à execução da atividade de utilizando o computador acrescido de equipamentos especiais. 27 Entende-se aqui por projeto o processo de concepção, análise e especificação detalhada de sistemas físicos a serem construídos/fabricados/montados. Um desenho de engenharia pode ser preparado por meios que não usem instrumentos convencionais. Tradicionalmente, instrumentos para projetar têm sido usados para aplicar grafite ou tinta em papel vegetal ou poliéster. Agora, a alternativa popular é preparar o desenho com o auxílio do computador. Sistemas de desenho auxiliado por computador foram introduzidos em 1964,quando a IBM tornou-os comerciáveis. O primeiro sistema completo (turnkey system), ficou disponível em 1970 pela Applicon Incorporated. Contudo, só recentemente o forte impacto desse novo instrumento técnico foi sentido. No final de 1981, por exemplo, menos de 5000 sistemas de CAD estavam sendo usados na industria norte americana. Apesar da implementação do CAD, no começo de década de 80, ter ocorrido apenas nas grandes companhias, ele agora afeta sensivelmente todas as facetas da industria. A projeção de mercado era de que o número de estações de trabalho adicionadas a cada ano crescer de 12000 em 1983 para mais de 63000 em 1988. Portanto, a revolução técnica dessa tecnologia avançada continua, e a taxa de crescimento exponencial que o CAD vem tendo ao longo da década de 80 é importante. Uma queda desse nível como resultado de uma saturação no mercado de sistema CAD não é esperada nesse período. Estrutura do sistema CAD Tendo como base estas considerações preliminares, tentaremos agora descrever brevemente a estrutura de um sistema CAD, entendido como um conjunto de componentes de hardware e de software necessários para a mecanização dos procedimentos atinentes ao departamento de projetos. 28 Os ambientes aplicativos nos quais se pode inserir um sistema CAD são múltiplos. Entre estes lembremos: • engenharia civil • arquitetura • eletrônica • topografia • engenharia de instalações • mecânica Este último é, obviamente, para nós o ambiente mais interessante. Do ponto de vista do hardware um posto de CAD se constitui dos seguintes elementos: • Um computador (falamos genericamente de uma unidade central de processamento, sem fazer referência a configurações e estruturas particulares, obviamente dependentes das características e do nível de sofisticação do software). • Um vídeo gráfico, necessário para dirigir e controlar a fase de geração do projeto. • Um instrumento de input, que representa uma interface entre o operador e o sistema de processamento. Normalmente se entre os seguintes: - Digitalizador (prancheta gráfica) - Mouse - Joystick Através dos instrumentos de input o operador comunica aos sistemas, tendo como base um menu de opções disponíveis às escolhas necessárias para completar um novo projeto. Um periférico gráfico (plotter), para a produção em papel dos documentos coerentes com os padrões e convenções normalmente previstas para os vários ambientes aplicativos. Estas, em linhas gerais, sem entrar em detalhes exagerados, é um posto de CAD do ponto de vista do hardware. 29 Do ponto de vista do software, uma descrição sintética de um sistema CAD se torna mais complexa. Antes de mais nada é importante fazer um primeira distinção: • sistema CAD tridimensionais, isto é, aqueles que permitem considerar um objeto inscrito no espaço cartesiano • sistema CAD bidimensionais, isto é, aqueles que limitam a representação de um objeto ao plano cartesiano. • os sistemas CAD tridimensionais permitem tratar de objetos no espaço mediante o uso de modeladores. Os modeladores disponíveis são redutíveis às seguintes classes: • Modeladores do tipo Wire Frame • Modeladores de superfície • Modeladores do tipo Solid Modelling Os modeladores do tipo Wire Frame (isto é, tipo arame) permitem tratar o modelo por representação de contornos, sem reconhecer superfícies nem distinguir entre partes cheias e vazias. Os modeladores de superfície permitem identificar um modelo mediante reconhecimento das superfícies que o delimitam, e também não distingue as parte cheias das vazias. Os modeladores sólidos, no momento atual, constituem a solução mais avançada em termos de realização completa de um projeto, pois permitem tratar globalmente um objeto em toda a sua complexidade. Permitem reconhecer o volume com distinção entre partes cheias e vazias, portanto determinam qualquer seção do objeto considerado. Teoricamente dispõe de todos os elementos necessários à produção de peças projetadas, sobretudo no que se refere à produção destas em máquinas a comando numérico. 30 Normalmente, são integrados com módulos para cálculo estrutural mediante o Método dos elementos finitos (FEM), sobretudo em função do dimensionamento das peças projetadas. Entre os sistemas CAD disponíveis, são os mais complexos em utilização e os de assimilação mais difícil, ao menos para poder desfrutar plenamente toda potencialidade resolutiva. Os sistema CAD bidimensionais permitem definir superfícies em duas dimensões mediante reconhecimento do contorno (perfil) dos mesmos. Mais que sistemas de projeto, isto é, aptos a desenvolver todas as funções típicas de um departamento de projetos, são sistemas de desenho automatizado. Nem por isso são menos significativos, sobretudo para quem acessa pela primeira vez a estes sistemas, nem pretende, ao menos na fase inicial, prever grandes investimentos a estas novas metodologias de trabalho. Para nos mantermos em um nível descritivo geral e esquemático, as funções desenvolvidas por um sistemaCAD são as seguintes: • Funções gráficas elementares • Funções de edição • Funções gráficas de nível superior • Funções de sistema As funções gráficas elementares são aquelas que permitem a geração dos primitivos gráficos, com base nos quais será gerado o desenho: isto é, necessárias a criação dos componentes elementares do desenho, tipo pontos, retas, círculos, arcos de círculo, segmentos, etc 31 As funções de edição (Editing) permitem modificar as estruturas gráficas já criadas, mediante operações de cancelamento seletivo, acréscimo, inserção, transformações de elementos, etc. As funções gráficas de nível superior permitem a utilização de macrocomponentes de desenho, que são reagrupados, manipulados e tratados como se fossem elementos singulares. Particularmente interessantes a esse propósito são os símbolos, isto é, elementos gráficos de utilização freqüente no desenvolvimento da atividade de projeto, que podem ser arquivados sob a forma paramétrica (portanto não ligados a dimensões regidas e pré-determinadas), e invocados quando necessário. Entre as funções de nível superior, lembramos: • Cotagem • Hachura de áreas fechadas (Hatching) • Modificação de dimensões de figuras(Stretching) • Introdução de textos explicativos As funções de sistemas constituem o conjunto das prestações que são típicas de um sistema CAD e que, em sue todo, concorrem para qualificar um produto orientado para a geração e o tratamento de imagens de maneira interativa, ergonômica e operativamente simples e ao mesmo tempo completo e abrangente. Vantagens da computação gráfica “Um desenho vale mais que mil palavras” A frase acima, incorpora ao jargão popular, já indicada pro si própria o porque da computação gráfica: o auxílio visual como forma de comunicação , uma mídia natural e eficiente para o ser humano. 32 Em termos mais objetivos, pode-se dizer que as imagens: • Permitem a operação mental que procede do simples para o complexo de grandes volumes de dados • São as formas usuais de comunicação em diversas arcas • Representam uma forma mais natural de comunicação para o ser humano Outros pontos positivos aferidos pelo uso da computação gráfica: • Facilidade na geração de imagens, nas áreas onde elas são meios usuais de comunicação • Substituição de extensos relatórios e tabelas por gráficos sintéticos e de fácil interpretação • Facilidade na alteração de imagens previamente geradas, simplificando diversas atividades de projeto • Produção de desenhos de melhor qualidade e menor tempo do que pelos processos manuais • Possibilidade, em certos casos, de solução de problemas, cuja resolução seria impossível pelos processos tradicionais • Economia direta de custos • Alta precisão (até um milésimo de unidade) • Uso de biblioteca padrão para rápida repetição de cópias Aspecto negativo do CAD A implantação do sistema CAD tem um grande valor positivo, mas existem aspectos negativos a serem considerados. Além de aspectos sociais e do custo inicial, atualmente existe o fenômeno de dowtime: em certas ocasiões você não será capaz de usar o sistema. O dowtime (tempo de atraso) pode ocorrer devida à sobrecarga da unidade por pedidos simultâneo de uso (se os computadores estiverem ligados em rede) ou devido a um componente estar fora de serviço. 33 Se um componente tem problemas maiores, o dowtime também pode ser grande. Pode durar por várias horas, ou mesmo dias, até que uma pessoa especializada possa reparar o dano. Em ambos os casos, o desenhista tradicional não se confrontaria com esse tipo de situação. Outro aspecto negativo a considerar é o temor de risco à saúde. Da mesma maneira com que o aparelho de televisão comum, ocorre à emissão de níveis bem baixos de radiação, mas isso é considerado dentro dos limites de segurança. A radiação óptica é, de fato, menor que um indivíduo recebe de luz solar. Fadiga ocular também é uma consideração, assim como sempre foi para realização de projetos tradicionais. Devido ao alto custo do equipamento, muitas companhias adotaram o esquema de turnos para o desenhista. A possibilidade de te de trabalhar no segundo ou terceiro turno é considerado por muitos como uma distinta vantagem. • Tempo perdido devido à falta do equipamento; • Espera na fila devido a outras requisições de uso do computador; • Alto custo tanto no equipamento como do treinamento adicional; • Fadiga óptica; • Devido ao trabalho em potencial (turnos extras e ou revezados) O efeito sobre o desenhista e projetista tem sido dramático. A conseqüência foi um treinamento de funcionários atuais e uma mudança no treinamento de futuros funcionários. Uma forte experiência de desenho e projeto ainda é necessária para operar o equipamento CAD. A técnica do desenho, contudo, tem sido desenfatizada. O computador, que é apenas um instrumento, desenha e escreve pra nós. 34 Composição de um sistema CAD Um sistema CAD é feito da combinação de vários equipamentos. Iss é verdadeiro para aplicações em sistemas pequenos, médios e grandes. O pacote especifico selecionado depende muito das necessidades do usuário. Vários tipos de desenhos denominados cópias finais (ou cópias físicas – hardcopy), podem ser preferidos por certas companhias. Outras podem não exigir nenhum desenho. Isso significa que uma companhia escolherá um tipo de equipamento que prepare o desenho, de modo que, a outra escolherá um que use outro método para a apresentação de desenho. Geralmente, cada parte de equipamento pode ser categorizada como um dos dois tipos seguintes: Estações de trabalho Possibilitam ações interativas do usuário como o modelo do artefato em projeto, o qual em determinado instante está representado por informações devidamente estruturadas no processador do sistema. A ergonomia das estações de trabalho recebe atenção especial por parte dos fornecedores visando dar ao projetista o conforto adequado ao desempenho de suas funções de maneira mais produtiva Estações de produção Tem por finalidade produzir as saídas úteis do sistema, que se constituem nos resultados finais do projeto. São compostas de “plotters” de alto desempenho, unidades de perfuração de fitas de papel, fitas magnéticas, unidades geradoras de microformas, fotoplotters. Etc. Processadores Representam a capacidade central de computação. Incluindo o computador central, as unidades de memória e os periféricos padrões, necessários ao seu funcionamento. Banco de padrões Constituem-se em dados essenciais à utilização do sistema, que são estruturados adequadamente. 35 Conclusão Para evitar maiores problemas, há uma recomendação básica aos futuros usuários de sistema de processamento de imagens: Antes de adquirir qualquer equipamento, deve ser feito um estudo cuidadoso e intensivo das necessidades da empresa, bem como um estudo dos estágios para aplicação do sistema e a relação custo-benefício. Outro cuidado está na escola do softwares (programas) necessários. É fundamental que o software seja adequado aos fins pretendidos, que já são programas extremamente complexos e caros, além de estarem sujeito as constantes mudanças e melhorias que surgem a todo o momento. Atualmente no exterior, o desenvolvimento de sistemas de processamento de imagens alcançou um elevado grau de sofisticação e as empresas fornecedoras possuem pacotes diversificados, desde os mais simples até os extremamente elaborados. No mercado nacional já existem fornecedores que produzem alguns itens, mas os equipamentos disponíveis não permitem a utilização de todos os periféricos existentes no exterior. A variedade de equipamentos e de softwares também está representada na variação de custos. Émuito difícil de se calcular custos de um sistema processador de imagens, pois há uma faixa muito grande que pode ser atendida por um sistema. Na realidade o custo do investimento pode variar entre US$ 1 milhão, ou mais. 36 CAM Computer aided manufacture Introdução: Os países industrializados têm procurado sistemas de manufatura cada vez mais alternativos para viabilizar sua concorrência, durante muito tempo a busca de produtividade só encontrava soluções na fabricação de grandes lotes. Assim o custo desta automação era compensado pelo grande número de peças produzidas com pouca diversificação. Para as que trabalhavam com pequenos e médios lotes, 75% das industrias metalmecânica isso era desfavorável porque há uma maior variedade de peças e, onde as máquinas automáticas são de difícil adaptação a mudanças freqüentes de lotes e possuem especialização que tornam difícil o rateio por um número pequeno de peças. É fato que a vida dos produtos estão diminuindo sensivelmente à proporção que sua variedade aumenta, não que estes sejam de baixa qualidade mas ficam ultrapassados, e sempre se quer uma nova tecnologia, um novo tipo, um novo modelo. Este quadro social exige das empresas uma adaptação as exigências de mercado, é um objetivo que pode ser alcançado se a empresa tiver flexibilidade em todas as suas áreas. Em outras palavras, a flexibilidade tornou-se tão importante quanto a produtividade. CAM: Surgimento e o que é Toda essa revolução não aconteceu por acaso, o desenvolvimento da tecnologia proporcionou-a. Por trás de tudo isso está o crescente desenvolvimento dos computadores, propiciando a automação flexível por programação. 37 Depois do CN, veio o CNC, conseqüentemente o DNC onde várias máquinas a CNC são acionadas diretamente por um computador central com conexão direta e em tempo real, a partir daí estavam abertos os horizontes para a automação flexível, depois o próximo passo foi o CAD onde o computador auxilia o projeto. O ramo que tratamos de grande desenvolvimento tecnológico se deu no gerenciamento e organização da produção criando como um todo o contexto da fabricação assistida por computador. O conceito de CAM fica bem claro como sendo a aplicação de sistemas computacionais em diversos ramos da fabricação mecânica com o objetivo de se aumentar a produtividade e a flexibilidade. Característica de um sistema (Máster CAM CNC software inc. USA) • Sistema de desenho e construção geométrica tridimensional, eliminando muitas vezes a necessidade do CAD. • Fácil operação, com comandos via menus. • Interface bidirecional com sistemas CAD de grande ou pequeno porte, via IGES, DXF, CADL, ASCII e outros, e ligação DNC com máquinas operatrizes. • Simulação gráfica da peça, do caminho da ferramenta e da animação da ferramenta. • Extensa relação de pós-processadores. • Biblioteca de materiais e ferramentas definidas pelo usuário, para cada máquina. Cálculo de avanços e velocidades automáticos. • Cálculo automático dos tempos de usinagem, levando em conta tempos de troca de ferramentas, aceleração, desaceleração, etc. • Pós-processadores reversos permitindo recuperar a geometria da peça e o caminho da ferramenta a partir de programa de máquinas já existentes. 38 Vantagens Ao decidir a implantação de um sistema CAM várias perguntas devem antes ser respondidas, entre elas podemos destacar: • Qual a produção diária? • Quais as variações do produto? • Quais as seqüências de operações para as diferentes partes? • Quais os tempos das operações? Isso serve como critério para a seleção da estrutura do sistema, bem como preocupação com setores essenciais, que auxilia o bom funcionamento do CAM, exemplos: • Ferramentaria capacitada • Manutenção eficiente • Treinamento e investimentos em mão de obra especializada • Investimento em máquinas e ferramental apropriados Essa análise pode por si só beneficiar a empresa sem que mesmo haja a implantação do sistema. Depois de instalado o sistema e em bom funcionamento algumas de suas vantagens serão: • Altas produtividades aliadas a grandes diversificações • Menor inventário em processo • Menores prazos de adaptação em novos produtos • Produção menos dependente de STAFF • Maior organização das informações Desvantagens O cuidado na implantação é de alta importância pois se, o sistema implantado corresponder por completo, às necessidades produtivas isso apagará rapidamente a desvantagem que é o alto custo. 39 Apesar da variação de produtos ser mútua, contínua e crescente sempre haverá produção de peças do mesmo tipo em massa, aí a implantação do CAM não corresponderá ao seu potencial, portanto é inviável. Tempo perdido (fenômeno Down Time) Funcionamento do CAM Usando como exemplo a usinagem de uma matriz de forjaria Entrada de dados Atualmente, a troca de informações entre empresas, na maioria dos casos, ainda é feita através de desenhos técnicos. Portanto, foi feito a partir de um desenho o modelamento da geometria externa da peça a ser forjada. Neste caso não foi encontrado nenhum erro significativo no desenho. Normalmente, para geometrias mais complexas as primeiras limitações são identificadas no desenho do produto. Para diferentes partes da peça o desenho contém informações redundantes ou omite dados. A geração da geometria no sistema CAD/CAM com base em um desenho e um trabalho que tende a deixar de existir, pois cada vez mais empresas estão se equipando com sistema CAD e a troca de informações passará a ser realizada diretamente entre sistemas a partir dos padrões existentes (IGES, SET, VDA, DXF, etc.) agindo desta forma, elimina-se à parte mais demorada de todo o processo que é a interpretação do desenho, além de eliminar possíveis alterações na geometria original pois a representação bidimensional não permite uma total definição do produto. 40 Definição da geometria do produto A partir de um desenho foram obtidas as dimensões par geração dos perfis e secções tridimensionais que definam as formas básicas da peça. Essas formas utilizadas para geração de um modelo sólido, cuja finalidade é obter rapidamente propriedades de massa bem como uma visualização das formas do produto. Para a definição da movimentação da ferramenta a representação aproximada (sólida) não é suficiente. Tal definição só é possível a partir de um modelamento de superfície, o qual também é disponível no sistema EUCLID-IS. Definição da geometria intermediária Pré- forjado O processo de forjaria é composto de várias etapas, iniciando-se com uma aproximação grosseira da peça até a sua forma definitiva. A quantidade de passos entre as duas etapas depende da complexidade da geometria a ser forjada. A idéia básica é manter o volume de matéria-prima aproximadamente constante entre as várias etapas. O aplicativo constrói, a partir de secções obtidas da geometria da etapa posterior, secções circulares ou elípticas da área equivalente, que servirão de base par a formação da geometria do pré-forjado. O aplicativo permite ainda que se forneça um valor determinado para a variação de área ente uma etapa e outra. 41 Definição da geometria a se usinada Como modelo tridimensional gerado traduz fielmente a peça a ser produzida, apenas pequenas modificações são necessárias. Por exemplo, definir as cavidades da matriz de forjaria a partir do modelo. Tais alterações são a nível de complementação da geometria e são efetuadas para a geração da usinagem. Aqui os dados fornecidos anteriormente não são alterados e a definição do produto é matematicamente garantida através da unicidade do banco de dados do sistema EUCLID-IS, que pela sua filosofiaimpossibilita a duplicação de informações. A complementação do modelo geométrico pode e deve ser executada em conjunto com as áreas de engenharia e manufatura da empresa, para que eventuais alterações sejam processadas de acordo com as especificações técnicas da peça, e não simplesmente para tornar a geometria usinável. Outro item de vital importância para a produção de matrizes de forjaria é a contração do forjado durante o processo de resfriamento. Essa variação dimensional deve ser levada em consideração na produção da matriz. O sistema EUCLID-IS oferece ferramentas que permitem alterar a geometria em todas as direções, paralelamente a um eixo o perpendicularmente a um plano. Tais funções podem ser aplicadas na peça como um todo, ou em determinadas regiões do produto onde a contração do produto é mais acentuada. 42 Definição da usinagem Após a complementação do modelo e tendo sido consideradas as contrações da peça, estão prontas para iniciar a programação da usinagem. O SURFAPT calcula o caminho da ferramenta sobre a superfície previamente modelada, garantindo assim a consistência da informação durante todo o processo de desenvolvimento. A usinagem foi dividida em três fases principais: desbaste, pré- acabamento e acabamento. Para o desbaste foram definidas as dimensões do material a ser usinado (matéria-prima em bruto), e a superfície final da peça. A partir desses parâmetros listados abaixo, o SURFAPT gera automaticamente a seqüência de desbaste. • Dimensões da matéria-prima • Superfície final • Limites físicos da usinagem • Distância entre caminhos da ferramenta • Tolerância para cálculo do desvio de corda • Sobremetal • Plano de usinagem • Sentido da usinagem • Ponto de entrada • Profundidade de corte 43 Para o pré-acabamento e acabamento final os itens possíveis de serem definidos são, entre outros: • Superfície final • Áreas não usinadas • Plano de usinagem • Direção de usinagem • Salto entre regiões usinadas • Eventuais colisões a serem evitadas • Superfície de segurança • Pontos inicial e final O acabamento é gerado sem que seja necessária a intervenção do operador. O aplicativo gera caminhos da ferramenta que seguem direções pré-definidas ou a curvatura natural da superfície em questão, movimentando a ferramenta em 3 ou 5 eixos simultaneamente. À distância entre os caminhos no acabamento é calculada automaticamente levando em conta a altura máxima de crista estabelecida pelo operador. 44 Pós-processamento do programa de usinagem O SURFAPT possui dois utilitários SIRUS e EDITOR que complementam o processo de geração do programa. O Editor é utilizado para a geração do programa de usinagem no formato da máquina a ser utilizada, podendo ser considerado um pós- processador genérico. Este pós-processador pode ser fácil e altamente alterado visando sua adaptação aos diferentes códigos de máquinas existentes. Ficou claro neste trabalho a inviabilidade de utilizar fita perfurada como meio de transferência de dados. Teriam sido gerados aproximadamente 3000 metros de fita. O programa para usinagem de superfícies complexas aqui apresentadas possui 1.3 megabytes, este fato sugere um estudo detalhado de várias possibilidades existentes para a transmissão de dados entre o equipamento de programação e a máquina. Os programas de usinagem de 3 eixos, na sua maioria são definidos pelo deslocamento ponto a ponto da ferramenta requerendo pouca complexidade dos pós-processadores e controladores. O SURFAPT possibilita ainda a definição do deslocamento da ferramenta a partir da formulação matemática das curvas a serem percorridas, gerando assim, programas mais compactos. Nas usinagens em 5 eixos, além das coordenadas da posição da ferramenta, essa informação deve ser complementada pela inclinação do eixo da mesma, gerando assim programas bem maiores (cerca de duas vezes do que para o caso de 3 eixos aqui analisado). O pós-processamento ou edição dos arquivos gerados demanda um tempo desprezível em relação ao tempo total do processo. 45 Verificação do programa gerado O outro utilitário mencionado no item anterior – SIRUS – é utilizado para a verificação do percurso da ferramenta, após o pós-processamento do programa. Esse utilitário gera elementos tridimensionais correspondentes a trajetória desenvolvida pela ferramenta durante a usinagem da peça. Como é possível fazer todo o cálculo da usinagem, através do Sirus podemos visualizar todo o programa de usinagem, antes de envia-lo à máquina. O teste do programa gerado no SURFAPT foi executado em resina especial (material para try out de usinagem). O tempo total de usinagem dói cerca de duas horas, pois o material em questão possibilita velocidades de avanço elevadas em comparação às definidas para usinagem de material dura. Conclusão Fica definido então, que CAM é um sistema computadorizado que auxilia a manufatura em todas as suas áreas, seja no desenvolvimento do produto a usinar, no seu gerenciamento, auto controle, e demais setores ligados à produção de uma empresa para que esta venha a fazer uma ligação extremamente forte entre produtividade e flexibilidade. Atualmente a dificuldade mais sobressalente de viabilização da produção com o sistema CAM tem sido a interpretação do desenho mecânico, que é a parte mais demorada do processo, onde, se todo o sistema fosse alimentado diretamente, o trabalho diminuiria ainda mais. 46 E, para quem pensa que a maior barreira para se atualizar as empresas com este sistema é a financeira, engana-se, pois o que se precisa é de um plano de conscientização de empresários e investidores, principalmente das industrias brasileiras. 47 CAE Computer aided engineering O CAE (Engenharia Assistida por Computador) é uma ferramenta poderosa no trabalho de análise de condições de serviço de um determinado produto, e pode ser aplicado a uma extensa gama de problemas associados a componentes mecânicos (individuais ou que fazem parte de uma determinada montagem) como por exemplo: • Bolas de tênis e raquetes • Pistões • Blocos de motores • Tanques pressurizados • Chassis de caminhões • Suportes diversos Usando as tecnologias do CAE nesses problemas poderão ser respondidas questões tais como (observe a seqüência de exemplos acima): • A pressão interna da bola de tênis é compatível com a espessura do material que forma a bola? Ou ainda: a tensão aplicada às cordas da raquete pode ser suportada pela estrutura? E a vibração da mesma raquete na hora do choque? • Qual é a distribuição de temperatura no corpo do cilindro? • Qual o nível de tensões que aparece no bloco do motor? • O tanque, além de resistir à pressão de serviço, possui a melhor forma e é o mais leve possível? • Em movimento, que tipo de vibração o chassis estará imprimindo à cabine do caminhão; como alterar corretamente a suspensão (mola e amortecedores) em função da rigidez do chassis e da massa da carga a ser transportada? 48 • O suporte projetado deverá entrar em ruína após quantas horas de serviço? Para os problemas acima poderão ser utilizados como ingredientes: • Um engenheiro conhecedor do produto • Um laboratório onde se obtém dados • Um bom programa de elementos finitos • Recursos computacionais adequados Em um ambiente ideal onde dispomos dos recursos de CAD, o engenheiro encarregado de responder às perguntas acima poderá tirar vantagem do processo e receber, de forma automática, quase todas as perguntas necessárias à aplicação do CAE, ou seja: • Pontos (considerados chaves) • Retas e arcos • Superfícies • Volumes Essas entidades já foram projetadas pelos recursosde drafting e design e podem ser transmitidas diretamente ao programa de análise. O engenheiro assim não terá que e criar a peça, mas aproveitará todo o arquivo de entidades gráficas e passará a exercer a atividade de análise através do método dos elementos finitos. O que é métodos dos elementos finitos O método dos elementos finitos (MEF ou FEM na notação inglesa Finite Element Method) é a generalização do método dos deslocamentos para análise estrutural de problemas bi e tridimensionais. O conceito básico do MEF é baseado no fato de que qualquer estrutura pode sempre ser considerada como uma montagem de regiões discretas, chamados elementos, que são conectados entre si por um elemento finito de pontos (ou nós).Ao imaginar- se a estrutura real o número de nós é infinito. 49 No entanto, a viabilidade do processo numérico (convergência do método e recursos computacionais disponíveis e capacidade do programa) acaba determinando que a grande maioria dos problemas de engenharia necessite apenas de um número discreto de elementos conectado por um número discreto de nós. Tendo a estrutura sida subdividida em elementos bi ou tridimensionais, é possível analisar toda a estrutura por um procedimento similar aquele usado na teoria de barras. Apesar de sabermos que a natureza física do modelo da estrutura é uma aproximação, o processo matemático utilizado na análise é exato. Aplicado o princípio da energia mínima, é possível escolher apropriadamente uma função (ou campo) de deslocamento para um elemento e daí chegar à correlação entre as forças nodais e deslocamentos nodais. A essa função, relacionando forças e deslocamentos nodais, chamamos de matriz de rigidez. Podemos então formar um sistema de equações algébricas lineares, já que impomos as condições de equilíbrio para qualquer nó, onde as incógnitas são os deslocamentos. As tensões e deformações podem ser obtidas, para cada elemento, a partir dos deslocamentos nodais (após a solução do sistema de equações formado). Este processo pode ser resumido nas seguintes etapas: 1. Definir a idealização estrutural (elementos e nós) 2. Formar a matriz de rigidez de cada elemento 3. Montar e analisar as equações de equilíbrio 50 Etapas da utilização do MEF Pré-processamento Nessa fase o engenheiro prepara os dados do seu problema e interativamente vai fornecendo-os ao programa, por exemplo: • Geração de coordenadas nodais • Geração de conectividade entre os elementos • Intersecção de superfícies • Constantes dos materiais • Constantes de contorno (vinculações) • Carregamentos Através de recursos gráficos e impressos (mensagens), o modelo é checado para evitar inconsistências. Alguns recursos de plotagens bastante úteis são: • Mudança de vista do observador • Hidden lines (corpo opaco) • Shrink (variação volumétrica negativa) Ainda nessa fase é importante um processamento apenas de data check para se obter as mensagens do programa sobre possíveis erros e/ou advertências. Solução É a fase que mais exige recursos de computação (CPU, memória principal, memória de disco, etc.) Os programas mais sofisticados permitem-nos realizar diversos tipos de análise que, por sua vez, ordem exigir mis recursos de computação, dependendo da complexidade do trabalho, como por exemplo: • Análise estática linear • Análise dinâmica linear • Análise estática não-linear − Grandes deformações − Plasticidade 51 • Análise de flambagem • Análise térmica • Análise dinâmica não-linear • Análise de fluídos • Análise acústica • Análise eletromagnética • etc. Pós-processamento Nessa fase, após o processamento bem sucedido, obtemos um arquivo que contém todos os resultados úteis para fins de pós- processamento que será feito de modo interativo: • Plotagem de: − Deslocamento e rotações − Tensões diversas (contornos a cores) − Temperaturas, etc − Manutenção contínua dos programas − Comunidade de usuários Otimização estrutural Nessa fase o engenheiro, de posse dos resultados obtidos, deverá exercer sua observação e análise para, repetidamente, modificar o modelo inicial buscando a otimização do sue produto. Programas mais modernos permitem estabelecer na entrada de dados: • Variáveis de projeto • Variáveis de estado • Função objetiva Estabelecendo loops controlados podemos obter automaticamente estruturas, por exemplo, com peso mínimo. Exemplos As ilustrações a seguir mostram alguns problemas analisados pelo MEF. Lembramos que o out put a cores, nesse caso, fica prejudicado por se tratar de cópia. 52 Biela projeto original CAD Malha gerada Cálculo de uma Biela: Tipo de elemento: 3D Sólidos Número de nós: 496 Número de elementos: 242 Número de incógnitas: 1146(translação em X,Y e Z) Tempos de execução: − Micros IBM-PC/AT 29 minutos − VAX 11/780 9 minutos 53 54 Anexo I Tipos de softwares C.A.D. Roda em: Aplicações Empresa/ Telefone Software Versão Origem M ai n fra m e M in i Su pe rm ic ro M ic ro W o rk st at io n ist a de m at er ia is El em e n to s fin ito s Co nt ro le n u m ér ico M o de la ge m de s ól id o n te rfa ce d ire ta c om CA M Co m u n ic aç ão c / o ut ro s CA D Setores em que o software está sendo utilizado Axad (011) 282-6355 AutoCAD Apacom (011) 458-8755 Tango (1) Accel/EUA • • Industria eletroeletrônica Cadkey 3D 5.0 Cadkey/EUA • • • • • • • • Industria mecânicas, metalúrgicas, de plástico MasterCAM 3D 4.0 CNC Software/EUA • • • • • Projetos de produtos e programação de máquinas CNC DataCAD A.E.C 4.0 Cadkey/EUA • • • • Layout industrial, instalações Mflink V-20 Software Ventures/EUA • • Industria plástica PEP 2.0 Measurement Masters/EUA • • • • Corte de chapas Ascongraph (011) 814-5300 Lerotex 3.0 Ascondata/Brasil • • • Comunicação de dados/programa entre CNC e micro CNC Autoexec (021) 224-0727 Design CAD 2D/3D American Small/EUA • • • • • • Projetos Camanho (011) 570-1154 Moidflow/Austrália 7.0.3-14 Moldflow/Australia • • • • • Injeção de plástico CDB (011) 256-1411 CEM Control Data/EUA • • • • • • Indústria mecânicas CAD Overay ESP 4.0 Mage Systems/EUA • • Aplicativo para uso com o AutoCAD Cimporp (011) 815-1855 AutoCAD 12 Autodesk/EUA • • • • • Metal-mecânico, engenharia estrutural Cinpograph (011) 533-2447 Microstation PC 4.0 Ptergraph/EUA • • Genérico Classe A (011) 531-3581 DesignCAD 2D/3D 4.0.5.0B American Small/EUA • • • • • Construção naval, projetos mecânicos Compucad (011) 533-6196 OrCAD 4.1 OrCAD/EUA • • • • • Mecânico e eletrônico Compugraf (011) 285-3322 Euclid-IS 2.3 Matra Datavision/França • • • • • • • • Metal-mecânico, eletroeletrônico Digicon (011) 421-1655 AutoCAD 12 Autodesk/EUA • • • • Engenharia mecânica, eletroeletrônica Exxen (011) 299-6887 Duct 5 5.1.06 Delcam/Inglaterra • • • • • • Metal-mecânico Adams 6.0 EUA • • • • Metal-mecânico, aeroespacial Ansys 4.4A EUA • • • • • • • Metal-mecânico, aeroespacial MI (011) 820-0388 Flotran 2.0 EUA • • • • • • • Metal-mecânico, aeroespacial Conpetics (011) 920-1911 AHP LeitstandV 3 AHP/Alemanha • • Metal-mecânico, eletroeletrônico 55 Anexo I Tipos de softwares C.A.D. Roda em: Aplicações Empresa/ Telefone Software Versão Origem M ai n fra m e M in i Su pe rm ic ro M ic ro W o rk st at io n ist a de m at er ia is El em e n to s fin ito s Co nt ro le n u m ér ico M od el ag em de s ól id o n te rfa ce d ire ta c om CA M Co m u n ic aç ão c / o ut ro s CA D Setores em que o software está sendo utilizado UniCAM 3.1 GHL/Brasil • • • • Metal-mecânico UniCAD 2.1 UniCAD/Brasil • • • Metal-mecânico GHL (021) 249-4061 DOT 2.5 Tecnosoft/Itália • • • • Metal-mecânico Tool Box Softdesk/EUA • • Mecânico Projeto Trevo 3.1 Micro s/Brasil • • • Mecânico Grapho (051) 337-1622 AutoCAD 12 Autodesk/EUA • • Mecânico Catia 3.2.4 Dassauit/França • • • • • • • Mecânico e projetos/instalações industriais Cadam 3.3.1 Cadam/EUA • • • • • • • • Mecânico BM (011)886-3122 DAEDS 4.1 SDRC/EUA • • • • • • • Injeção de plástico, análise estrutural Maveroy (011) 261-7311 Euklid V4 2 Fides/Suíça • • • • • • Metal-mecânico MCS (011) 421-4771 MCS CAM 3.20 MCS/Brasil • • • Metal-mecânico MD (011) 572-9904 Unicad 3.1 Unicad/Brasil • • • • • Metal-mecânico Micros s (011) 458-5055 Projeto Trevo 3.1 Micro s/Brasil • • • • • Processo e manufatura Dimension III V 8.0 Computervision/EUA • • • • Plant. design, AEC, projetos industriais Multicad (011) 223-2355 I-DEAS V1 SDRC/EUA • • • • • • • Industrias mecânica, eletroeletrônica, aeroespacial Politek (011) 414-6911 C. Mold 3.1 EUA • • • Análise integrada de peças plásticas Proequipo (011) 570-4281 EE Designer III 3.0 Team Visionic/EUA • • • • Eletroeletrônico, ensino I/SEM 2.0 Intergraph/EUA • • Metal-mecânico, aeronáutico, naval I/NC, I/Maxmill, I/Mill(2) 2.0 Intergraph/EUA • • Metal-mecânico, aeronáutico, naval I/FEM RASNA I/FEM HANA 2.0 Intergraph/EUA • • Metal-mecânico, aeronáutico, naval I/IGES, I/VDA I/DXF, I/SET 2.0 Intergraph/EUA • • Metal-mecânico, aeronáutico, naval I/DNC 2.0 Intergraph/EUA • • Metal-mecânico, aeronáutico, naval Sisgraph (011)887-5300 I/PDM, I/PDU 2.0 Intergraph/EUA Metal-mecânico, aeronáutico, naval 56 Robôs industriais O prédio da embaixada de um país europeu amanheceu com uma bomba estrategicamente colocada em sua porta de entrada. Todas as emissoras de televisão da cidade miraram suas lentes no encarregado de desarmar o mecanismo. Ao invés de pernas, o encarregado tinha esteiras, no lugar dos olhos, uma câmera de vídeo. E, para completar, dois braços mecânicos. Era um tipo de robô que, por ser comandado a distância, é conhecido como tele-operador. Aproximou-se do local, guiado por controle remoto por um especialista em explosivos. De longe, com a ajuda de alavancas, botões e uma tela de televisão, o especialista iniciou seu trabalho. Mas alguma coisa deu errado. Alguns minutos depois, a bomba explodiu, transformando o robô num amontoado fumegante de aço retorcido. O especialista ficou assustado. Devia sua vida àquela máquina. Contribuição Os robôs industriais seguem o mesmo princípio de controle das máquinas-ferramenta CNC, mas sua estrutura mecânica é bastante diferente. 57 Alguns conceituam robô como um manipulador mecânico reprogramável. Para outros, o robô é um mecanismo automático universal. Seja como for, a idéia principal é a de que os robôs são máquinas controladas numericamente, destinadas a executar uma grande diversidade de operações. Máquina universal A maior parte dos robôs, espalhados pelo mundo, desenvolve atividades de soldagem, manipulação de peças e pintura. Distribuição de robôs entre várias tarefas industriais Robôs: realidade e ficção Tendemos a crer que robôs são máquinas construídas à semelhança do homem, com inteligência privilegiada. Mas a tecnologia atual ainda não é capaz de igualar a realidade à ficção científica. 58 Os robôs industriais são surdos, mudos, feios e burros. A maioria deles é cega e os poucos que possuem sistemas de visão artificial acabam distinguindo apenas contrastes entre áreas claras e escuras. Mas os robôs atuais são máquinas bastante úteis e, desde 1961, quando o primeiro robô foi empregado numa indústria automobilística, vêm evoluindo. Anatomia dos robôs industriais Um conceito importante no estudo dos robôs é o de volume de trabalho, ou seja, o conjunto de todos os pontos que podem ser alcançados pela garra de um robô, durante sua movimentação. Assim, os componentes que fazem parte do seu local de trabalho devem ser arranjados para ficarem dentro desse volume de trabalho. Os robôs são classificados de acordo com o volume de trabalho. Assim, existem os robôs cartesianos, cilíndricos, esféricos ou polares e os articulados ou angulares. Essas configurações são chamadas de clássicas ou básicas. Elas podem ser combinadas de modo a formar novas configurações. Configurações de robôs industriais 59 A grande maioria dos robôs é acionada por meio de servomotores elétricos. O acionamento elétrico, ao contrário do pneumático ou hidráulico, é mais facilmente controlável e oferece maior precisão de posicionamento. Os robôs podem apresentar vários movimentos. Cada movimento, realizado por meio de um servomotor elétrico, corresponde ao que chamamos de grau de liberdade. Os graus de liberdade de um robô podem estar associados ao corpo ou ao punho. No corpo: A: movimento angular do antebraço B: movimento angular do braço C: rotação da base No punho: E: movimento angular P: rotação do punho Portanto, este é um robô de cinco graus de liberdade: três graus de liberdade no corpo e dois graus de liberdade no punho. Os graus de liberdade do corpo do robô definem a posição do centro da flange do punho. Assim, quando movemos os eixos A, B e C do robô, cada qual num determinado ângulo, a posição do centro da flange fica perfeitamente definida. Conhecida essa posição, os graus de liberdade do punho (E e P) definem, então, a orientação da flange, ou seja, o ângulo que a flange forma com o antebraço do robô. 60 Alguns robôs possuem punhos com três graus de liberdade. Desenho esquemático do punho de um robô Para executar seu trabalho, o robô necessita de uma ferramenta que pode ser simples, como uma pistola de solda a ponto ou uma lixadeira. Ou de uma ferramenta complicada, como as utilizadas para manusear pára-brisas de automóveis. Essa ferramenta, denominada órgão terminal, é fixada na flange do punho do robô. Exemplos de órgãos terminais O conjunto dos movimentos do corpo e do punho dos robôs define a posição e a orientação do órgão terminal, possibilitando a execução da tarefa. 61 Dependendo do número de graus de liberdade, a estrutura mecânica de um robô pode ser mais ou menos complexa. Ela consiste basicamente de peças que se unem umas às outras por articulações ou juntas. O acionamento de cada uma das juntas é realizado por meio de um servomotor elétrico e de sistemas de transmissão mecânica que variam em função da configuração do robô. Utilizam-se fusos de esferas circulantes, iguais aos empregados em máquinas-ferramenta,engrenagens, polias e correias dentadas (também chamadas sincronizadoras), barras articuladas e redutores de velocidade de elevada taxa de redução. Quanto aos redutores de velocidade, dois tipos bastante utilizados são os redutores planetários e os cicloidais, devido ao fato de apresentarem uma elevada taxa de redução em relação ao volume ocupado. Esses redutores são normalmente aplicados no acionamento dos movimentos do corpo do robô (base, braço e antebraço). Substituem os fusos de esferas, utilizados no acionamento do braço e do antebraço dos robôs articulados mais antigos, possibilitando robôs mais compactos. Controle Os robôs industriais são, na verdade, como já dissemos, espécies de máquinas de comando numérico. Seu sistema de controle funciona de maneira similar ao das máquinas- ferramenta CNC. Malha de controle de um dos eixos de um robô 62 Controlar os movimentos de um robô consiste, basicamente, em fazer com que seus motores girem, associados a cada uma das juntas da estrutura do robô, de modo que o órgão terminal atinja posição e orientação desejadas. Esse controle, à primeira vista, pode parecer fácil. Na verdade, é complicado pois envolve aspectos mecânicos, eletrônicos e de computação. Não se trata apenas de um ponto, mas de uma série deles, formando uma trajetória a ser percorrida pelo órgão terminal. E a cada ponto o órgão terminal pode apresentar uma orientação diferente. O sistema de controle ainda deve considerar a massa que está sendo manuseada pelo robô, as acelerações e desacelerações, os atritos entre os componentes mecânicos. E todos esses cálculos devem ser feitos durante a movimentação do robô ou, como se costuma dizer, em tempo real. O desenvolvimento de controles numéricos com velocidades de processamento cada vez maiores, bem como o surgimento de novos componentes mecânicos e materiais mais leves e resistentes, vem contribuindo para que os robôs fiquem mais rápidos, confiáveis e precisos. Mesmo assim, a precisão desse tipo de máquina continua sendo pior do que a das máquinas-ferramenta CNC, que normalmente apresentam estruturas mais rígidas e um arranjo mais simples de componentes mecânicos. Além disso, os robôs ainda continuam sendo máquinas pouco inteligentes. Não têm capacidade suficiente para se adaptar a situações imprevistas. Os robôs atuais ainda seguem, passo-a- passo, todas as instruções fornecidas pelo homem. Não podem se desviar do que lhes foi previamente estabelecido, a menos que este desvio também tenha sido previsto. 63 Os robôs não pensam. Apenas obedecem cegamente aos comandos do homem. Esta característica faz com que eles só possam ser usados em ambientes padronizados, não sujeitos a variações imprevistas. Caso contrário, ficarão sujeitos a acidentes que acabarão por inviabilizar a operação automática. Programação O maior número de graus de liberdade dos robôs, quando comparados às máquinas-ferramenta CNC, também influi nos métodos de programação utilizados. Os métodos de programação de robôs dividem-se em dois tipos: off-line e on-line. Na programação off-line ou “fora-de-linha”, usam-se linguagens de programação semelhantes às utilizadas na programação de máquinas-ferramenta CNC. Por meio das linguagens de programação, pode-se controlar os movimentos do robô numa sala, longe do ambiente de trabalho real da máquina. Num robô encarregado de executar a solda a ponto de uma carroceria de automóvel, alguns dos pontos de solda estão localizados em regiões de difícil acesso. Para levar seu órgão terminal a esses locais, o robô precisa ser capaz de efetuar vários movimentos. Portanto, apesar do progresso no desenvolvimento de métodos de programação off-line, as dificuldades ainda persistem e acabaram popularizando a programação on-line, em que se diz que o robô é ensinado. Utilizamos um pequeno painel de controle manual chamado teaching box, que podemos traduzir como “caixa de ensinamento” ou, mais tecnicamente, “painel de controle manual”. 64 Com o auxílio desse painel de controle, movimentamos os eixos do robô até o primeiro ponto da trajetória desejada e armazenamos a posição desse ponto na memória do comando numérico. Em seguida, deslocamos o órgão terminal para o ponto seguinte da trajetória e armazenamos esse novo ponto. Repetimos o procedimento para todos os pontos que formam a trajetória, como a da soldagem de pára-lamas de automóvel. Assim, “ensinamos” ao robô a trajetória que deve ser percorrida, bem como a orientação do órgão terminal em cada um desses pontos. Exemplo de aplicação de programação “on-line” Durante a operação automática, simplesmente mandamos o robô repetir o que lhe foi ensinado e pronto. A desvantagem desse método de programação, no entanto, está na necessidade de interromper o trabalho normal de produção do robô para ensinar-lhe uma nova tarefa. Aplicação As possibilidades de aplicação de robôs industriais são muito amplas. Apesar de se concentrarem em áreas determinadas, a cada dia, graças a sua característica de máquina universal, os robôs ganham uma nova aplicação, substituindo o homem como uma máquina-ferramenta. 65 Manipulação de material A função principal de um robô é manipular materiais. Isto não acrescenta valor ao produto, mas somente custo. Portanto, deve ser cuidadosamente estudado para se obter uma forma de manuseio eficiente e barata. Entre as operações de manuseio mais comuns, realizadas pelos robôs, estão as de carregamento e descarregamento de máquinas, bem como as de paletização e despaletização. Paletizar significa distribuir ou arranjar peças sobre um pallet. Pallet é o nome que se dá à bandeja ou estrado sobre o qual podem ser dispostos elementos como peças, sacos, caixas. Despaletizar é retirar esses elementos do pallet, para serem processados, armazenados, embalados. Robô movimentando peças Os robôs também podem manusear peças para a montagem de um determinado produto. É o que ocorre quando se ajusta um pára-brisa na carroceria de um automóvel. Soldagem Os processos de soldagem MIG e por resistência elétrica (solda a ponto) são as aplicações mais populares dos robôs industriais. O principal usuário dos robôs de solda a ponto é a indústria automobilística. 66 A figura mostra, esquematicamente, uma estação de soldagem de carrocerias de automóveis formada por robôs. Em algumas das linhas, é possível associar-se a cada carroceria um sistema de identificação. A carroceria, ao passar pela estação, é identificada como sendo deste ou daquele veículo. Com essa informação, aciona-se o programa de soldagem apropriado. Assim, uma mesma linha pode trabalhar com tipos diferentes de automóveis, de modo flexível. Estação de soldagem de carrocerias de automóveis Atividades perigosas Além das aplicações industriais típicas, o robô tem aplicação bastante promissora em atividades perigosas ou insalubres ao homem. Utilizam-se robôs para a exploração espacial (um exemplo é o braço mecânico usado pelos ônibus espaciais americanos para colocar satélites em órbita ou repará-los). Os robôs também são enviados para lugares onde ninguém pode ou quer ir: recolhem tesouros em navios afundados a grandes profundidades, medem temperaturas e fazem análise de gases em crateras de vulcões ou lidam com produtos radiativos em usinas nucleares. Teste sua aprendizagem. Faça os exercícios e confira suas respostas com as do gabarito. 67 Exercícios Marque com X a resposta correta. 1- Os robôs são espécies de máquinas: a) ( ) APT; b) ( ) CNC; c) ( ) CPU; d) ( ) DOS. 2- Os robôs desenvolvem principalmente atividades de: a) ( ) usinagem; b)
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