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Tecnologia Mecânica SENAI- SP, 2000 Trabalho elaborado pela Escola SENAI Roberto Simonsen - Centro Nacional de Tecnologia em Mecânica, do Departamento Regional de São Paulo. Adaptado de: Metalmecânica – Teoria Caminhão Betoneira – V 1 e 2 Escola SENAI Roberto Simonsen Rua Monsenhor Andrade, 298 – Brás CEP 03008-000 - São Paulo, SP Tel. 011 3322-5000 Fax 011 3322-5029 E-mail: senaibras@sp.senai.br Home page: http://www.sp.senai.br Coordenação Geral Coordenação Conteúdo Técnico Editoração Dionisio Pretel Paulo Roberto Martins Laur Scalzaretto Valdir Peruzzi Adriano Ruiz Secco João Carlos Voltarelli Rinaldo Ferreira Martins Adriano Ruiz Secco Écio Gomes Lemos da Silva Silvio Audi ������� página Fresadora 3 Torneamento 18 Balanceamento de linha 32 Custos industriais 95 3 ���������� A fresagem é uma operação de usinagem na qual o material é removido por meio de uma ferramenta giratória chamada de fresa e que apresenta múltiplas arestas cortantes. Cada aresta remove uma pequena quantidade de material a cada volta do eixo no qual a ferramenta é fixada. A máquina que realiza essa operação chama-se fresadora. ���������� A fresadora é uma máquina-ferramenta de movimento contínuo que realiza a usinagem de materiais por meio de uma ferramenta de corte chamada de fresa. 4 A fresadora permite realizar operações de fresagem de superfícies planas, côncavas, convexas e combinadas. � �������������� �� Para que haja corte de um determinado material por meio de uma ferramenta, é necessário que o material ou a ferramenta se movimente um em relação ao outro. O modo para determinar ou comparar a rapidez desse movimento é a velocidade de corte, representada pelo símbolo Vc. Velocidade de corte é, portanto, o espaço percorrido pela ferramenta ou peça em uma unidade de tempo. A Vc pode variar de acordo com o tipo e a dureza da ferramenta e também com a resistência à tração do material a ser usinado. 5 Matematicamente a velocidade de corte é representada pela fórmula: t e =Vc Nessa fórmula, Vc é a velocidade de corte, e é o espaço percorrido pela ferramenta e t é o tempo gasto. A velocidade de corte é, geralmente, indicada para uso nas máquinas-ferramenta e se refere à quantidade de metros dentro da unidade de tempo (minuto ou segundo): 25 m/min (vinte e cinco metros por minuto) e 40 m/s (quarenta metros por segundo). Em algumas máquinas-ferramenta onde o movimento de corte é rotativo, por exemplo o torno, a fresadora e a furadeira, a peça ou a ferramenta é submetida a um movimento circular. Por isso, a velocidade de corte é representada pelo perímetro do material ou da ferramenta (�d), multiplicado pelo número de rotações (n) por minuto em que o material ou ferramenta está girando. Matematicamente, pode-se dizer que, em uma rotação: t dVc �� Em “n” rotações: t dnVc �� Nessa fórmula, �� é igual a 3,14 (valor constante), d é o diâmetro da peça ou da ferramenta e n é o número de rotações por minuto. 6 Como o número de rotações é determinado a cada minuto, a Vc pode ser representada: 1min dnVc �� ou Vc = �dn O diâmetro da peça é dado, geralmente, em milímetros. Assim, para obter a velocidade teórica em metros por minuto, é necessário converter a medida do diâmetro em metros: 1000 dnVc �� m/min Observação 1m = 1000mm A velocidade de corte depende de uma série de fatores como: � tipo de material da ferramenta; � tipo de material da peça a ser usinada; � tipo de operação a ser realizada; � condições da refrigeração; � condições da máquina etc. A velocidade de corte é um dado muito importante para a operação das máquinas-ferramenta porque é ela que determina o desempenho da máquina e a durabilidade da ferramenta. Na maioria dos casos, ela não precisa ser calculada porque é um valor de tabela facilmente encontrado em catálogos, manuais e outras publicações técnicas, elaboradas depois de numerosas experiências, baseadas em avanços preestabelecidos. Porém, a maioria das máquinas apresenta caixa de velocidades em rotações por minuto. Por isso, exige-se que o operador determine esse valor, por meio de cálculos ou nomogramas a fim de regular a máquina. Isso significa que, na maioria das vezes, os cálculos que o operador deve fazer são para determinar a quantidade de rotações ou de golpes por minutos. A tabela a seguir indicam valores de velocidade de corte de acordo com operações de usinagem e materiais empregados. 7 8 ������������ ���������� ������������ ��� Para que uma ferramenta corte um material, é necessário que um se movimente em relação ao outro a uma velocidade adequada. Na indústria mecânica, as fresadoras, os tornos, as furadeiras, as retificadoras e as plainas são máquinas operatrizes que produzem peças por meio de corte do material. Esse processo se chama usinagem. Para que a usinagem seja realizada com máquina de movimento circular, é necessário calcular o número de rotações por minuto da peça ou da ferramenta que está realizando o trabalho. Quando se trata de plainas, o movimento é linear alternado e é necessário calcular a quantidade de golpes por minuto. Esse tipo de cálculo é constantemente solicitado ao profissional da área de mecânica. As unidades de rotações e de golpes por minuto são baseados no Sistema Internacional (SI), expressas em 1/min ou min-1, isto é, o número de rotações ou de golpes por um minuto. As antigas abreviações r.p.m. (rotações por minuto) e g.p.m. (golpes por minuto), estão em desuso, porque não caracterizam uma unidade. Assim, 1 600 rpm = 1/min rpm = 600/min 1 50 gpm = 1/min gpm = 50/min �� �� ������� ������������������ ��� Para calcular a rotação (nr) em função da velocidade de corte, usa-se a seguinte fórmula: min][1 d 1000Vc =nr / �� � ou [min-1] Nesta fórmula, nr é o número de rotações; Vc é a velocidade de corte; d é o diâmetro da ferramenta (fresa) e � é 3,14 (constante). 9 Como o diâmetro das ferramentas é dado em milímetros e a velocidade de corte é dada em metros por minuto, é necessário converter milímetros em metros. Por isso, o fator 1000 é usado na fórmula de cálculo. Observando a fórmula, é possível perceber que os valores 1000 e 3,1416 são constantes. Dividindo-se esses valores, temos: d Vc318n d Vc318,3 3,1416d 1000Vc d 1000Vc =n r r �� �� � � � �� � A aproximação neste caso é necessária para facilitar os cálculos e se justifica porque a velocidade de corte é baseada em experiências práticas e a gama de rotações das máquinas operatrizes normalmente é fixa. Exemplo Calcular o número de rotações para fresar em desbaste uma peça de aço ABNT 1045 com resistência até 700 N/mm2 com um cabeçote para fresar de 125 mm de diâmetro. Dados da máquina: 50; 80; 100; 125; 250; 315; 400; 500; 630; 800; 1000; 1250/min. d = 125 mm n 318 Vc d 318 62 125 n 318 Vc d 318 80 125 r r � � � � � � � � � � Vc: 62 a 80 m/min (dados da tabela) nr = 157,72/min nr = 203, 52/min O número de rotações-máquina ideal deve estar entre 157,72/min e 203,52/min. Como a fresadora não apresenta em sua gama de rotações nenhum valor igual a esse, a rotação-máquina escolhida deve ser a imediatamente inferior à mínima rotação calculada com a finalidade de preservar a ferramenta no início da usinagem, ou seja, 125/min. 10 O operador deve sempre analisara condição de corte (refrigeração, rigidez da máquina, rigidez da fixação, etc.) e verificar se é possível utilizar uma rotação maior, considerando-se também a vida útil da ferramenta. ���������� Nomograma é um gráfico que contém dados que permitem obter o valor da rotação pela localização de um ponto de encontro entre suas coordenadas. Esse tipo de gráfico é encontrado em catálogos e publicações técnicas e agiliza as consultas. ��������� � �� ��� ��� ���� � ���� �� �� � � Neste nomograma de rotações por minuto para fresamento a consulta consiste em, projetar uma linha vertical a partir do valor do diâmetro da fresa até que ela encontre a linha do valor de 11 velocidade de corte correspondente e em seguida, projetar uma linha horizontal até a escala de rotações. Assim, por exemplo, a rotação para fresar uma peça de aço com velocidade de corte de 32m/min, com um cabeçote de fresar de 160 mm de diâmetro, é 64/min. ������������� ����������������������� ��� Avanço é o percurso realizado pela ferramenta segundo a direção de avanço em cada revolução ou curso, originando um levantamento repetido ou contínuo de cavaco. Nos manuais, catálogos e demais documentos técnicos, o avanço é indicado pela letra s e o seu valor normalmente é expresso em milímetros por minuto (mm/min), milímetros por rotação (mm/r) ou milímetros por golpe (mm/g). Seleciona-se o avanço em função de vários fatores: material da peça, material da ferramenta, operação que será realizada, rugosidade esperada e raio da ferramenta. ������������� �������������� ����� ���� �� ��� Ferramentas multicortantes são ferramentas em que o número de arestas de corte ou dentes é igual ou maior que dois. Entre as ferramentas multicortantes mais utilizadas na Mecânica, citam-se as brocas e as fresas. 12 ������������������ Nas ferramentas multicortantes, especialmente nas fresas, são definidos três tipos diferentes de avanço: avanço por rotação, avanço por dente e avanço de mesa. O avanço por rotação (sn), é a distância percorrida pela peça de trabalho em cada rotação da ferramenta ou, matematicamente, sn = sz . z; onde: sn � avanço por rotação em mm/r sz � avanço por dente em mm/d z � número de dentes da fresa Para exemplificar a aplicação dessa fórmula, pergunta-se: qual o valor do avanço de uma fresa com 14 dentes e avanço por dente de 0,2mm/d? sn = sz . z � sn = 0,2 . 14 � sn = 2,8mm/r O avanço por dente (sz), é igual ao avanço por rotação (sn) dividido pelo número de dentes da ferramenta (z) ou, matematicamente sz = sn z Como exemplo de aplicação dessa fórmula, pergunta-se: qual o valor do avanço por dente de uma fresa com cinco dentes e avanço por rotação de 0,25 mm/r? sz = sn z � sz = 5 0,25 � sz = 0,1mm/d Os fabricantes de ferramentas, com base em dados empíricos, criaram tabelas que trazem o avanço por dente adequado ao tipo de fresa, ao material e ao tipo de usinagem como exemplo, cita- se a tabela a seguir: 13 Tabela de avanço por dente para fresa (mm/d) Tipo de fresa cilíndrica e cilíndrica frontal de pastilhas intercambiá- veis circular de aço rápido perfil constante de topo de aço rápido Operação des- baste acaba mento des- baste acaba mento des- baste acaba- mento des- baste acaba- mento des- baste acaba mento Material Avanço para profundidade de até 3mm Aço de 900 a 1100 N/mm2 0,1 0,04 0,1 0,05 0,05 0,02 0,02 0,01 0,02 0,03 Aço de 600 a 900 N/mm2 0,15 0,05 0,2 0,1 0,06 0,02 0,03 0,01 0,02 0,03 Aço até 600 N/mm2 0,2 0,08 0,25 0,1 0,07 0,03 0,04 0,02 0,04 0,08 Ferro fundido até 180 HB 0,2 0,08 0,3 0,1 0,07 0,03 0,03 0,01 0,03 0,06 Ferro fundido acima de 180HB 0,1 0,04 0,2 0,1 0,07 0,03 0,03 0,01 0,03 0,05 Bronze 0,15 0,06 0,5 0,15 0,06 0,03 0,04 0,02 0,04 0,08 Latão 0,2 0,1 0,5 0,15 0,06 0,03 0,04 0,02 0,04 0,08 Ligas de alumínio 0,1 0,05 0,5 0,15 0,07 0,03 0,03 0,01 0,04 0,08 O avanço da mesa (s’) é a distância percorrida pela peça de trabalho em cada minuto, em relação à ferramenta de corte ou, matematicamente, s’ = sn . n onde: s’ � avanço da mesa em mm/mim sn � avanço por rotação em mm/r n � rotação por minuto Exemplo: Qual o avanço da mesa para usinar uma peça de aço com uma fresa que possibilita o avanço de 0,5mm/r com rotação de 200/min? s’ = sn . n s’ = 0,5 . 200 14 Para calcular diretamente o avanço da mesa (s’) em função do avanço por dente, normalmente apresentado em tabelas empíricas, utilizam-se a associação das fórmulas já apresentadas. sn = sz . z n = d 1000 .Vc � � � s’ � sn . n Substituindo, temos s’ = d 1000 Vc z sz � � � ... Onde: s’ � avanço da mesa em mm/min sz � avanço por dente em mm/d z � número de dentes da fresa Vc � velocidade de corte m/min d � diâmetro externo da fresa em mm � � 3,14 1000 � fator de conversão de milímetros para metros Para exemplificar a aplicação da fórmula, pergunta-se: qual o avanço da mesa em mm/min para usinar em desbaste uma peça de aço ABNT 1045, com 700N/mm2 de resistência à tração, utilizando uma fresa cilíndrica frontal de diâmetro externo de 63mm e 6 dentes, sabendo-se que a velocidade de corte desse material é de 22m/min? s’ = d 1000 Vc z sz � � � ... � s’ = 63 3,14 1000 22 6 0,15 . ... � � s’ = 100,09mm/min O avanço ideal será 100,09mm/min; no entanto, se a gama de avanços da fresadora não tiver esse avanço , tomar o valor imediatamente inferior, com a finalidade de preservar a ferramenta no início da usinagem. 15 Como a velocidade de corte e o avanço por dente são dados empíricos o operador pode analisar as condições gerais de corte (lubrificação, resistência do material, dureza da ferramenta, rigidez da máquina) e aumentar o avanço de mesa, gerando maior produção, considerando também a vida útil da ferramenta. ������������ �� Também chamado de tempo principal, é aquele em que a peça se transforma tanto por conformação (tirar material) como por deformação. Neste trabalho só trataremos do cálculo do tempo de corte (Tc), onde a unidade usual e adequada é o segundo ou o minuto. Tc = [s; min] �� �� ����� ����������� �� ��!� O tempo t necessário para um movimento é o quociente de uma distância S (comprimento de corte) para uma velocidade (avanço) V. Exemplo Um comprimento de 60mm deve ser percorrido por uma ferramenta com a velocidade (avanço) de 20mm/min. Qual o tempo necessário para percorrer essa distância? Solução Fórmula geral: Velocidade = Tempo Espaço � t SV � � V S t � mm20 min mm60 t �� �� � . = 3min � ��� � ��� �� �� �� � Sabendo que a velocidade de avanço da mesa (s’) é a distância percorrida pela peça de trabalho em cada minuto, em relação à ferramenta de corte ou matematicamente expresso pela fórmula s’ = sn . n [mm/min] 16 Substituindo, temos a fórmula para o cálculo do tempo de corte na fresagem. n sn ST . �c [min] Conforme o desenho e a notação da figura abaixo e levando em conta o número de passes (i), podemos ter a fórmula completa Tc = n ns i L . . [min] ou Tc= s' i L . [min] Onde: L = � + ea + cp L = curso completo da ferramenta ea = espaço anterior ep = espaço posterior � = comprimentoda peça Os espaços ea e ep poderão ser calculados a partir de fórmulas trigonométricas, obtidas por ocasião do ajuste da máquina ou por tabelas específicas. Exemplo Calcular o avanço da mesa em mm/min e o tempo de corte (Tc) para um fresamento tangencial de dois passes, utilizando uma fresa cilíndrica de 63mm de diâmetro e 6 facas. 17 Dados Vc = 10m/min sz = 0,2mm/d Solução 1. Cálculo do avanço da mesa (s’) s’ = d 1000 Vc z sz � � � ... � s’ = 63 3,14 1000 10 6 0,2 . ... � � s’ = 60,66 mm/min 2. Cálculo do tempo de corte (Tc) L = � + ea + ep L = 380mm + 20mm + 1mm L = 401mm Tc= s' i L . � Tc = 60,66 2 401 . � Tc = 13,22 min 18 ��������� �� É um processo de usinagem com retirada de cavacos que permite modificar as superfícies das peças. Para tanto, emprega- se uma ferramenta monocortante. A seguir os elementos necessários para o dimensionamento de um processo de torneamento em condições de melhor aproveitamento da máquina, ferramenta e melhoria da produtividade. 1) Cálculo do diâmetro médio (Dm) Para garantir não sobrecarregar a máquina e também que a máquina seja usada em condições satisfatória e não muito abaixo de seu limite. 2 Da DbDm � Onde: Dm - Diâmetro médio (mm) Db - Diâmetro bruto (mm) Da - Diâmetro acabado (mm) 2) Cálculo da profundidade de corte Visa a retirada de material garantindo vida útil da ferramenta, utilização da máxima capacidade da máquina e maior produtividade. 2 Da Dbp � 19 Onde: p - Profundidade de corte (mm) Db - Diâmetro bruto (mm) Da - Diâmetro acabado (mm) 3) Cálculo de velocidade de corte Elemento que irá influir na potência ideal do motor da máquina para que haja o melhor aproveitamento e produtividade. 1000 n Dm Vc .. � � Onde: Vc - Velocidade de corte (m/min) � - 3,14 (adimensional) Dm - Diâmetro médio (mm) n - Rotação (min-1) 1000 - Constante de conversão de m para mm 4) Usando os avanços apresentados nas tabelas a seguir começamos o cálculo de dimensionamento da usinagem onde vamos trabalhar com o avanço maior mais próximo do problema em comparação ao da tabela. 20 Tabelas de Velocidades de Corte Velocidade de corte no torneamento em m/min, segundo AWF - 158 Avanço (sn) mm/r sn = 0,1 sn = 0,2 sn = 0,4 Tempo de usinagem (min) MATERIAL Dureza ou resistência (kgf/mm2) Ferra- menta 60 240 480 60 240 480 60 240 480 SS 315 280 250 60 43 36 45 32 27 S1 280 236 212 250 200 180 S2 200 170 150 180 140 125 St 34.11; St 37.11; St 42.11; St 50.11 (SAE 1010); (SAE 1025) Até 50 S3 118 95 85 SS 31 48 34 28 36 25 21 S1 300 240 224 265 212 190 224 180 160 S2 180 140 125 150 118 106 St 50.11 (SAE 1035) 50 – 60 S3 54 100 80 71 SS 40 38 24 30 21 18 S1 250 200 180 212 170 150 S2 280 236 212 150 118 106 125 100 90 St 60.11 (SAE 1045) 60 – 70 S3 85 67 60 SS 32 22 19 24 17 14 S1 250 200 180 212 170 150 170 132 118 S2 125 100 90 100 80 71 St 70.11 (SAE 1060) 70 – 85 S3 125 100 90 67 53 49 SS 25 18 15 19 18 11 S1 212 170 150 180 140 125 140 112 100 S2 106 85 75 85 67 60 St 85 85 – 100 S3 56 45 40 SS 30 21 18 21 15 13 S1 212 170 150 170 132 118 S2 250 200 180 125 100 90 100 80 71 70 – 85 S3 67 53 48 SS 24 17 14 17 12 10 S1 190 150 132 150 118 116 118 95 85 S2 190 150 132 90 71 63 71 56 50 85 – 100 S3 90 71 63 48 38 34 SS 16 11 9 11 8 7 S1 95 75 67 75 60 53 S2 118 95 85 56 45 40 45 36 32 100 – 140 S3 30 24 21 SS 9,5 6,7 5,6 6 4,2 3,5 S1 60 48 43 48 38 34 S2 36 28 25 28 22 20 Aço Mn AÇO Cr – Ni AÇO Cr – Mo E OUTROS AÇOS-LIGA S3 75 60 53 36 28 23 19 15 13 21 Velocidade de corte no torneamento em m/min, segundo AWF - 158 Avanço (sn) mm/r sn = 0,1 sn = 0,2 sn= 0,4 Tempo de usinagem (min) MATERIAL Resistênci a ou dureza (kgf/mm2) Ferra- menta 60 240 480 60 240 480 60 240 480 S1 112 90 80 90 71 63 71 56 50 S2 53 43 38 43 34 30 AÇO INOXIDÁVEL 60 – 70 S3 28 28 22 20 SS 9 6.3 5.3 5 3.5 3 S1 50 40 36 40 32 28 S2 30 24 21 24 19 17 AÇO FERRAMENTA 150-180 S3 63 50 45 16 13 11 S1 32 28 32 25 22 S2 40 19 17 19 15 13 AÇO DURO AO MANGANÊS S3 63 40 36 24 19 17 13 SS 48 34 28 27 19 16 GG 12 GG 14 ATÉ 200 HB G1 220 140 118 170 118 100 132 95 80 SS 150 106 90 32 22 19 18 13 11 GG 18 GG 26 200-250 HB SS 150 106 90 125 90 75 106 75 63 SS 106 75 63 24 17 14 15 11 9 FERRO FUNDIDO LIGA 250-400 HB H1 106 75 63 90 63 53 75 53 45 SS 150 106 90 43 30 25 28 20 17 FERRO FUNDIDO TEMPERADO S1 150 106 90 125 90 75 120 75 63 FERRO FUNDIDO PURO 65-90 Shore H1 30 21 18 24 17 14 21 15 13 SS 1120 500 335 63 53 48 45 38 34 COBRE G1 1120 500 335 1000 350 300 850 375 250 COBRE ELETROLÍTICO G1 425 236 180 335 190 140 230 180 118 SS 1320 600 400 125 90 80 85 63 53 LATÃO 80-120 HB G1 1320 600 400 1180 530 355 1000 450 300 SS 710 500 425 85 63 53 63 48 40 BRONZE PARA MÁQUINA G1 710 500 425 630 450 375 530 375 315 SS 630 355 265 63 48 40 53 40 34 BRONZE FUNDIDO G1 630 353 265 500 280 212 425 286 180 SS 90 43 30 85 40 28 80 38 27 ZINCO E SUAS LIGAS G1 500 250 180 475 236 170 450 224 160 Velocidade de corte no torneamento em m/min, segundo AWF - 158 Avanço (sn) mm/r sn = 0,1 sn = 0,2 sn= 0,4 Tempo de usinagem (min) MATERIAL Resistênci a ou dureza (kgf/mm2) Ferra- menta 60 240 480 60 240 480 60 240 480 SS 400 224 170 300 170 125 200 112 85 ALUMÍNIO G1 2060 1320 1000 2000 1120 850 1700 950 710 SS 100 56 43 67 38 28 45 25 19 LIGA Al - Si (11 – 13% Si) G1 500 224 150 43 190 125 355 160 106 LIGA PARA PISTÃO G1 100 50 35 90 45 32 80 40 28 LIGA GAL (11 – 13% Si) G1 50 25 18 45 22 16 40 20 14 EBONIT G1 600 300 212 560 280 200 500 250 185 BORRACHA BAKELIT PERTINAX MOVOTAX G1 560 280 200 425 212 150 335 170 118 22 Velocidade de corte no torneamento em m/min, segundo AWF - 158 Avanço (sn) mm/r sn = 0,8 sn = 1,6 sn= 3,2 Tempo de usinagem (min) MATERIAL Dureza ou resistência (kgf/mm2) Ferra- menta 60 240 480 60 240 480 60 240 480 SS 34 24 20 25 18 15 19 13 11 S1 212 170 150 S2 150 118 106 125 100 90 St 34.11 St 37.11 St 42.11 Até 50 S3 100 80 71 85 67 60 71 56 50 SS 27 19 16 20 14 12 15 11 9 S1 190 150 132 S2 125 100 90 106 85 75 St 50.11 (SAE 1035) 50 – 60 S3 85 67 60 71 56 50 60 48 43 SS 22 16 13 17 12 10 13 9 7,5 S1 180 140 125 S2 106 86 75 90 71 63 St 60.11 (SAE 1145) 60 – 70 S3 71 56 50 60 48 43 50 40 36 SS 18 13 11 13 9 8 10 7 6 S1 132 106 95 S2 80 63 56 63 50 45 St 70.11 (SAE 1060) 70 – 80 S3 53 43 38 43 34 30 34 27 24 SS 14 10 8,5 11 7,5 6,3 8 5,6 4,8 S1 112 90 80 S2 67 53 48 53 43 38 St 85 85 – 100 S3 45 36 32 36 38 25 28 22 20 SS 15 11 9 11 7,5 6,3 7,5 5,3 4,5 S1 132 106 95 S2 80 63 56 63 50 45 AÇO MANGANÊS AÇO CROMO AÇO NÍQUEL 70 – 85 S3 53 43 38 43 34 30 24 27 24 SS 12 8,5 7,1 8,5 6 5 6 4,2 3,5 S1 95 75 67 S2 56 45 40 45 36 32 AÇO CROMO 80 - 100 S3 38 30 27 30 34 21 25 20 18 SS 8 5,6 4,8 5,6 4 3,4 S1 63 50 45 S2 38 30 27 30 24 21 OUTROS AÇOS 100 – 140S3 25 20 18 20 16 14 16 13 12 SS S1 40 32 28 S2 24 19 17 19 15 13 LIGAS 140 – 180 S3 16 13 11 13 10 9 10 8 7,1 23 Após a correção do valor tabelado com os dados do problema, inicia-se o cálculo da 1ª tentativa. 5) Cálculo da secção do cavaco Usando o avanço adotado e a profundidade de corte calculada, define-se a seção do cavaco que irá influir nos esforços de usinagem, portanto diretamente na potência do motor. S = p . sn Onde: S - seção do cavaco (mm²) p - profundidade de corte (mm) sn - Avanço (mm/r) 6) Cálculo da potência do motor Sabe-se que em toda relação mecânica existem perdas, portanto deve-se dimensionar a potência real do motor. N = Nm . � Onde: N - potência final do motor (cv) Nm - potência nominal do motor (cv) � - rendimento (%) 7) Cálculo da pressão específica de corte Valor tabelado que influi diretamente nos esforços de corte relacionados com o material e ser usinado. Ks = Ks1 . h-z 24 Onde: Ks - pressão específica de corte (kgf/mm²) Ks1 - constante do material z - expoente experimental, em função do material h - espessura do cavaco (mm - medida normalmente a superfície de corte segundo a direção de corte, h = sn . sen � ) Pressão específica de corte segundo Kienzle Ks = Ks1 . h-z Descrição do material Tensão de ruptura kgf/ mm2 Expoente Z Pressão de corte Ks1 St 50.11 (SAE 1035) 52 0.26 190 St 60.11 (SAE 1054) 62 0.17 200 St 70.11 (SAE 1060) 72 0.30 215 CK 45 (SAE 1045 TREF) 67 0.14 215 CK 60 (SAE 1060 TREF) 77 0.18 216 16 MN Cr 5 9SAE 8620) 77 0.26 200 18 Cr Ni 6 63 0.30 215 42 Cr Mo 4 (SAE 4140) 73 0.26 240 34 Cr Mo 4 (SAE 4130) 60 0.21 215 50 Cr V 4 (SAE 6150) 50 0.26 215 55 Ni Cr Mo V 6 94 0.24 165 55 Ni Cr Mo V 6 352 HB 0.24 185 EC Mo 80 59 0.17 220 Meehanite A 36 0.26 115 FOFO DURO 46 RC 0.19 185 FOFO GG (SAE 1200 200 HB 0.26 105 8) Cálculo da potência útil de usinagem Esta é a potência que o motor deve transmitir, descontadas as perdas mecânicas (N). 75 60 Vc S KsNu . .. � 25 Onde: Nu - Potência útil de usinagem (cv) Ks - Pressão específica de corte (kgf/mm²) Vc - Velocidade de corte (m/min) S - Seção do cavaco (mm²) 60 e 75 - constantes de conversão 9) Cálculo de potência efetiva Este valor deverá ser menor ou igual à potência nominal do motor. � NuNe Onde: Ne - Potência efetiva (cv) Nu - Potência útil de usinagem (cv) - Rendimento da máquina (%) Observação Caso o valor encontrado não seja satisfatório, alterar os valores de Vc para conseguir melhor utilização da máquina. 10) Cálculo do tempo de torneamento total Tem-se que garantir a melhor utilização da máquina para que se reduza o tempo de corte. s' LTc � ou n sn LTc . � Onde: Tc - Tempo de corte (min) L - Comprimento total de usinagem (mm) s’ - avanço do carro (mm/min) sn - avanço (mm/r) n - rotação (min-1) 26 Exemplo Determinar as condições ideais para o torneamento. Dados da máquina - torno mecânico: sn - 0,04/0,08/0,16/0,32/0,64/1,28/2,56/5,12/10, 24/10,60 mm/r n - 30/60/90/120/150/300/600/1200/2400/4800 min-1 Nm - 10 cv - 60 % (máquina velha) Dados do material a ser usinado: Aço manganês (Aço Mn) Dimensões: Comprimento do torneado = 550 mm Diâmetro bruto = 115 mm Diâmetro acabado = 107mm Ferramenta: metal duro Solução � Cálculo do diâmetro médio (Dm) � � 2 Da DbDm � � 2 107 115Dm �� 2 222Dm 111mmDm � � Cálculo da profundidade de corte (p) � � 2 Da Dbp � � 2 107 115p �� 2 8p 4mmp � � Cálculo das velocidades de corte (Vc) � � � 1000 n Dm Vc .. ��� 1000 n 111 Vc .. n 0,3487Vc .� n = 30 min-1 � Vc = 10,461 m/min n = 60 min-1 � Vc = 20,922 m/min n = 90 min-1 � Vc = 31,382 m/min n = 120 min-1 � Vc = 41,844 m/min n = 150 min-1 � Vc = 52,305 m/min 27 n = 300 min-1 � Vc = 104,610 m/min n = 600 min-1 � Vc = 209,220 m/min n = 1200 min-1 � Vc = 418,440 m/min n = 2400 min-1 � Vc = 836,880 m/min n = 4800 min-1 � Vc = 1673,760 m/min Usando os avanços apresentados vamos para as tabelas de velocidade de corte. Material Aço Manganês. Adotado a) sn = 0,2mm/r (t = 60 min) -Vc = 30 m/min (tabela) quando n = 90 min-1 avanço + próximo foi de sn = 0,32mm/r dado no problema � Cálculo da 1ª tentativa Dados da tabela sn = 0,2 mm/r corrigindo para sn= 0,32 mm/r dado na máquina e n = 90 min-1 � Cálculo da seção do cavaco S = p . sn � S = 4 . 0,32 � S = 1,28 mm² � Cálculo da potência do motor N = Nm . � N = 10 . 0,6 � N = 6 cv � Cálculo do Ks - fazendo interpolação tabela 35 h = sn . sen � � h = 0,32 . sen 45� � h = 0,32 . 0,707 � h = 0,2264 mm Ks = Ks1 . h-z � Ks = 215 . 0,2264-0,30 � Ks = 335,789 Kgf/mm² 28 � Cálculo da potência útil de usinagem �� 75 60 Vc S KsNu . .. �� 75 60 31,382 1,28 335,789Nu . .. �� 4500 15530,525Nu cv 3,00Nu � � Cálculo da potência efetiva � � NuNe �� 0,6 3,00Ne Ne = 5,0 cv (muito baixo) b) sn = 0,2 mm/r (t=60 min ) Vc = 212 m/min (tabela) quando n = 600 min-1 avanço mais próximo foi de sn=0,32mm/r dado no problema. � Cálculo da seção do cavaco S = p . sn � S = 4 . 0,32 � S = 1,28 mm² � Cálculo da potência do motor N = Nm . � N = 10 . 0,6 � N = 6,0 cv � Cálculo do Ks , fazendo interpolação tabela 35 h = sn . sen � � h = 0,32 . 0,707 � h = 0,22624 Ks = Ks1 . h-z � Ks = 215 . 0,22624-0,30 � Ks = 335 Kgf/mm² � Cálculo da potência útil de usinagem �� 75 60 Vc S KsNu . .. �� 75 60 209,220 1,28 335Nu . .. �� 4500 89713,53Nu Nu = 19,90 cv (muito alta) 29 c) dados da tabela sn = 0,2 mm/r corrigindo para sn = 0,32 mm/r dados da máquina n = 150 min-1 � Cálculo da seção do cavaco S = p . sn � S = 4 . 0,32 � S = 1,28 mm² � Cálculo da potência do motor N = Nm . � N = 10 . 0,6 � N = 6,0 cv � Cálculo de Ks fazendo interpolação tabela 35 h = sn . sen � � h = 0,32 . 0,707 � h = 0,2264mm Ks = Ks1 . h-z � Ks = 215 . 0,2264-0,30 � Ks = 335,789 Kgf/mm² � Cálculo da potência útil de usinagem �� 75 60 Vc S KsNu . .. �� 75 60 52,305 1,28 335,789Nu . .. �� 4500 22481,208Nu Nu = 4,9 cv (valor máximo ideal) � Cálculo da potência efetiva � � NuNe �� 0,6 4,9Ne Ne = 8,166 cv (rendimento total) � Cálculo do tempo de torneamento total �� s' LTc �� n sn LTc . �� 150 0,32 550Tc . Tc = 11,450 min 30 �������������������� Fórmula geral taf)(ttf Z nt Z tp ta ts tc tt � � Onde: tt = tempo total de confecção da peça tc = tempo de corte ts = tempo secundário de usinagem (como tempo secundário, podemos considerar: apanhar a peça; colocar e fixar a peça; controle da peça; apertar e retirar a peça da máquina.) ta = tempo de aproximação e afastamento da ferramenta tp = tempo de preparação da máquina (quando a máquina é preparada para se produzirum certo lote de peças, este tempo deve ser dividido pelo lote de peças.) ttf = tempo de troca da ferramenta taf= tempo de afiação da ferramenta (quando a afiação da ferramenta é feita em setor próprio de afiação taf = 0) Sendo: Z = lote de peças. nt = número de troca ou afiação para confeccionar as Z peças. Zt = número de peças fabricadas para uma vida T da feramenta. T = vida da ferramenta em minutos. Z = (nt + 1) . Zt. tc T Zt � Z = (nt + 1) . tc T = tc = (nt + 1) . Z T nt = T Z .tc - 1 31 Dimensionando nt: tc T Zt � � � Z T 1) (nttc T 1 nt Z tc � ��� � 1 T Z .tc nt � Substituindo nt na fórmula geral, temos: � min/peça t taf)(ttf Z 1 T tc t Z tp ta ts t tc tt 321 � � � � � � � � � � � ��� ���� �� ����� t1 = tempo de corte efetivo; t2 = tempo improdutivo ou tempo “morto”; t3 = tempo de troca da ferramenta. 32 "� �������� ����� ��#�� O trabalho em linha (produção e montagem) desenvolveu-se nos últimos anos. É um meio de se produzir grandes quantidades de produtos padronizados a baixo custo. O trabalho em linha é basicamente um arranjo de área de trabalho. Descreveremos princípios, conceitos e orientações que devem ser levadas em consideração num planejamento de trabalho em linha, tanto em relação ao homem quanto ao trabalho em si, formando juntos um sistema de trabalho. Embora não existam duas empresas que trabalhem de maneira exatamente iguais, além das variações de natureza do produto, requisitos e recursos de linha para linha, apresentaremos os quesitos principais que devem ser seguidos num trabalho em linha. A expressão balanceamento de linhas em uma industria significa balancear, isto é, nivelar, com relação a tempos, uma linha de produção ou montagem dando a mesma carga de trabalho às pessoas ou máquinas em um fluxo de fabricação. O balanceamento anula os “gargalos” de produção, proporcionando o máximo de produtividade e eficiência, eliminando as “esperas” e mantendo o ritmo de trabalho do conjunto. Tem como base para cálculos: � Roteiro de fabricação ou montagem da peça ou produto � Os tempos padrões das operações � programa de produção/dia � tempo de trabalho/dia 33 De posse desses dados, um balanceamento objetiva: � Melhoria da produtividade e da eficiência � Aumento da produção com a mesma ou menor quantidade de pessoas � Melhoria de leiaute � Aproveitamento máximo do homem � Aproveitamento máximo da máquina � Manter um ritmo cadenciado de trabalho � Facilitar a supervisão � Possibilitar um controle de produção do trabalho � Possibilitar a produção de altas séries de fabricação de maneira ordenada, a baixo custo. Tem sua aplicação prática mais comum, em industrias de produção seriada. $��#�������������� Uma das aplicações típicas da técnica, é o balanceamento de linhas de produção, sendo necessário, para um melhor entendimento, conhecermos as suas características e peculiaridades. O que caracteriza uma linha de produção, possibilitando a análise com relação ao seu balanceamento, é a fabricação diária de um único tipo de peça sendo produzida por várias máquinas que, somente são utilizadas para usinar esse único item. Exemplo Croqui da peça usinada (sem escala) 34 Leiaute da linha de produção (sem escala) Onde: 1. Torno tornear � 10 mm, furar � 3 mm e cortar 2. Furadeira furar � 5 mm 3. Fresadora fresar rebaixo 15 x 3 mm 4. Bancada tirar rebarbas da fresa 5. Rosqueadora roscar � 5 mm 6. Fresadora abrir canal 5 x 5 mm 7. Bancada tirar rebarbas do canal 8. Retífica retificar � 10 mm Verificamos portanto, que uma linha de produção é bastante caracterizada pela produção de um único tipo de peça, onde cada máquina componente da linha, tem uma tarefa a realizar sobre a mesma peça. Além das características que definem uma linha de produção, com relação a um balanceamento, existem certas peculiaridades, da mesma forma relativas, que necessitam ser determinados, quais sejam: � Referência para usinagem de cada operação bem definidas. Significando que para se executar uma operação específica é necessário ter como referência outra operação já realizada, para manter as medidas e tolerâncias do projeto da peça. � Predominância de tempos de máquina Sendo predominantes os tempo de máquinas, não existe maleabilidade para o balanceamento, os tempos dos postos de trabalho são determinados pelos tempos das máquinas. 35 � Menor mobilidade nas alterações do programa de produção Quando da alteração do programa de produção existe uma menor mobilidade de alteração da linha, cuja causa é justamente os tempos fixos determinados pelas máquinas. � Uma peça entra bruta no inicio da linha e sai pronta no final. Uma linha de produção age diretamente sobre a matéria- prima, modificando a sua forma. Quando da análise de uma linha de montagem, com relação a um balanceamento estas mesmas peculiaridades serão analisadas, para uma perfeita comparação e compreensão das diferenças entre uma e outra. %��� ��#�������� ����� Outra aplicação típica da técnica, é o balanceamento de linhas de montagem, sendo necessário também, para um melhor entendimento, conhecermos as suas características peculiaridades. O que caracteriza uma linha de montagem, possibilitando a análise com relação ao seu balanceamento, é a união de peças, formando um único produto, em um trabalho realizado pelo ser humano, com pouca ou nenhuma interferência de máquinas. Exemplo Croquis de um posto de montagem Linha de montagem seccionada - planta leiaute de um posto de montagem 36 Linha de montagem seccionada – elevação Esquema de leiaute da linha de montagem Notas 1. A cada 2,5 minutos sai da linha de montagem um produto pronto. 2. Se trabalharmos 500 minutos/dia, saem 200 produtos prontos, que é o programa de produção/dia. 37 3. Verificamos portanto, que uma linha de montagem é bem caracterizada pela montagem de um produto, onde em cada ponto de trabalho, são anexadas ao conjunto determinadas peças, componentes desse único produto. Além das características que definem uma linha de montagem, com relação a um balanceamento, existem certas peculiaridades, da mesma forma relativas, que necessitam ser determinadas, quais sejam: � Referências para montagem de cada peça Unicamente seguir uma referência geral que é a da não montagem de uma peça, dificultando a montagem posterior de outro componente. � Predominância de tempos manuais Sendo predominante os tempos manuais, existe uma maior maleabilidade de balanceamento, os tempos dos postos de trabalho podem ser bem determinados. � Maior mobilidade nas alterações dos programas de produção Quando da alteração do programa de produção, existe uma maior mobilidade de alteração da linha, cuja causa é justamente a predominância de tempos manuais. � A carcaça do produto entra no inicio da linha e o conjunto sai pronto no final Uma linha de montagem limita-se a união de peças, formando o conjunto que denominamos produto. ���� ����� A diferença entre um balanceamento de uma linha de produção, do balanceamento de uma linha de montagem, é que no primeiro o número de pontos de trabalho é determinado pelos tempos das operações das máquinas, são tempos fixos que não podem ser alterados. Em uma linha de montagem há maior facilidade de balanceamento, por se tratar de trabalho manual, podemosdiminuir ou aumentar o tempo de cada posto a nosso critério conforme necessidade. 38 Existe maior mobilidade nas alterações dos programas de produção, podendo-se determinar postos a mais ou a menos. � �&�������������������������� ���� O fluxo de produção de um complexo industrial assemelha-se de todas formas a uma linha de produção, com relação a um balanceamento, não importando que tipos de produtos fabrique, se em produção seriada sob encomenda, sofrerão as conseqüências de um desbalanceamento, com todas as agravantes de um estrangulamento, quando um setor específico não der vazão ao volume de produção. Como também há necessidade de saber aproveitar eficientemente setores onde existam ociosidade, devido as “esperas” causadas pelo desbalanceamento. Um caso típico de desbalanceamento, em um fluxo de produção de uma industria de fabricação de produtos sob encomenda, era causado por duas máquinas, uma guilhotina e um torno revólver, limitando o faturamento da empresa, devido a alta carga de trabalho dessas máquinas, estrangulando o fluxo da produção. Após tomadas de providências, no sentido de sanar o problema, essa industria ultrapassou com facilidade as cifras anteriores de faturamento. Verifiquemos de várias maneiras, como pode um desbalanceamento afetar a produção de uma industria. � Industria metalúrgica fabricando vários tipos de produtos em produção seriada. 39 Esquema do fluxo de produção Seções de Origem ESTAMPARIA TORNOS FUNDIÇÃO AUTOMÁTICOS ACABAMENTO DAS SETOR PEÇAS INTERMEDIÁRIO As peças seguem ALMOXARIFADO diretamente para PEÇAS PRONTAS a seção de montagem MONTAGEM FINAL ���������������������������� Um kardex ou um computador controla a quantidade de peças estocadas no almoxarifado. Esse almoxarifado é um pulmão, conforme a montagem dos produtos, as peças são requisitadas ao almoxarifado e da quantidade existente é dado baixa a quantidade requisitada. Se a quantidade existente de determinado tipo de peça no almoxarifado cai abaixo de um estoque mínimo previamente determinado, não existindo nenhum lote em processo, emite-se uma ordem de serviço às seções de origem, para fabricação de um novo lote. ���������� �� �������’� �������� �� Se o setor de acabamento das peças, não estiver bem dimensionado, com relação ao volume de produção e se esta não for controlada corretamente será, cada vez maior, o número de peças que vão diretamente a montagem sem passar pelo pulmão, cuja causa é o desbalanceamento no fluxo de produção, estando o “gargalo” nesse setor intermediário. 40 Em industrias de produção com um fluxo contínuo Fábrica de papel Fábrica Máquina Rebobin. Conversão Cliente Celulose Papel Siderúrgica Aciaria Fornos Laminação Recuperação Forno reaquecim. Desbaste tarugos reaquecim. Cliente Tratamento Controle Laminação Acabamento Qualidade barras No que não havendo um perfeito balanceamento nesse tipo de produção, existirão estrangulamentos que afetarão de forma definitiva todo o fluxo. Genericamente, os fatores que afetam o balanceamento correto de um fluxo de produção industrial são: � Falta de controle da produção � Baixa eficiência e produtividade � Dimensionamento incorreto da Carga de M. O . � Dimensionamento incorreto da carga da maquina � leiaute inadequado � Fluxo de produção inadequado A solução para saneamento de todos esses problemas, está na estruturação de um Departamento de Racionalização, que deverá determinar: � Meios de controle da produção eficientes � Cálculo correto da eficiência e da produtividade � Dimensionamento correto da carga da máquina � Dimensionamento correto da carga da mão de obra � Racionalização do leiaute � Fluxos adequados da produção. 41 Sem a atuação de um órgão específico e atuante, que padronize e normalize os procedimentos adequados para a organização da produção, uma industria cedo ou tarde sofrerá as conseqüências de um desbalanceamento no seu fluxo de fabricação. "� �������� ��������� ��#�������������� Neste capítulo, procuraremos mostrar passo a passo, como se analisa e se executa um balanceamento de uma linha de produção. Tomaremos como exemplo, a linha de produção já vista anteriormente. Croqui da peça usinada (sem escala) Leiaute da linha de produção (sem escala) 1. Torno tornear � 10 mm, furar � 3 mm e cortar 2. Furadeira furar � 5 mm 3. Fresadora fresar rebaixo 15 x 3 mm 4. Bancada tirar rebarbas da fresa 5. Rosqueadora roscar � 5 mm 6. Fresadora abrir canal 5 x 5 mm 7. Bancada tirar rebarbas do canal 8. Retífica retificar � 10 mm 42 (� ����������’���������������� O roteiro de fabricação da peça, também chamada de rotina de trabalho, é descrição seqüencial de cada fase de fabricação da peça nessa linha, onde a supervisão de produção, encontrará todos os detalhes relativos a cada fase, com relação a descrição da operação, máquinas, dispositivos, ferramentas, calibres, tempos padrões e outros detalhes necessários ao desenvolvimento do processo de produção. Note que sem a ajuda da rotina de trabalho a chefia de produção estaria impossibilitada de desenvolver o processo de trabalho de maneira padronizada e econômica. 43 44 45 A rotina de trabalho portanto, fornece todo o detalhamento de fabricação da peça. É uma ferramenta valiosa, quando da análise do balanceamento da linha. )��������� Cada operação é uma fase distinta do processo de produção, caracterizada por um trabalho definido no ciclo de fabricação, sendo executada com o auxílio de uma máquina ou manualmente, composta de vários movimentos manuais e de máquina, modificando a forma da peça. A rotina de trabalho, que é confeccionada para o detalhamento das operações tem como base o projeto da peça, este é o determinante de cada fase do processo, com relação as especificações técnicas como medidas e tolerâncias. A seqüência das operações no ciclo de trabalho, depende das referências de uma sobre as outras, podendo ser alterada a ordem seqüencial, desde que não afete o objetivo final, que é a peça fabricada conforme especificada no projeto. O controle de qualidade, entra como operação somente no final do ciclo de trabalho, apesar de que a ação da qualidade possa existir durante todo o processo, com inspeções volantes em cada fase da fabricação. A numeração de cada operação na rotina de trabalho é feita por dezena, possibilitando o acréscimo de outras operações, se necessário, sem afetar a numeração das existentes, o que causaria transtornos a todos os setores envolvidos. ��������������� Para cada operação constante na rotina de trabalho é calculado um tempo padrão que determina a quantidade de peças que devem ser produzidas. O tempo padrão é a ferramenta básica no estudo de um balanceamento de linha. Sem ele não existe a possibilidade de uma organização da linha de produção. 46 Tempo padrão é o tempo necessário para executar uma operação de acordo com um método estabelecido, em condiçõesdeterminadas, por um operador apto e treinado, possuindo habilidade média, trabalhando com esforço médio, durante todas as horas de serviço. Tempo padrão é sempre determinado para uma unidade de produção (peça, Kg, I, m, t, m², m³), no nosso caso específico, foi determinado em min/peça. ������ � � ������’���������������� A soma dos tempos padrões de todas as operações executadas na fabricação de determinada peça, nos fornece o tempo total de fabricação da peça. No caso analisado um resumo de tempos, nos daria o seguinte resultado: Operação T.P. (min/peça) 10 1,60 20 0,95 30 1,00 40 0,55 50 0,60 60 0,90 70 0,60 80 3,20 Soma 9,40 min/peça Portanto, para a fabricação da peça específica, temos um tempo total de 9,40 min/peça. *�������������������� Baseado na quantidade de vendas dos produtos da industria, é determinado um programa diário, para atender a demanda. Nota-se que pode haver variações no programa de produção, dependendo da diminuição ou aumento das vendas. Normalmente trabalha-se com um programa/dia de produção. 47 No nosso exemplo, especifiquemos que o programa de produção por mês seja de 7500 peças, com o trabalho de 25 dias úteis, significando que a nossa produção diária é de 300 peças. Portanto, o nosso programa de produção/dia será de 300 peças. O programa de produção é outro dado imprescindível no estudo de balanceamento de linhas. ��������� ��’� #����� ��#�� Consideramos como tempo de trabalho normal de uma linha de produção, o tempo básico de trabalho de uma pessoa, qual seja 8,88 h por dia, equivalente a 533 min/dia. (8,88 h x 60 min = 532,8 533 min.) Deveremos deduzir das horas disponíveis as perdas: rejeições, ajustes, manutenção, atrasos, etc. No nosso caso consideraremos as perdas em 10%, então: 533 min/dia x 0,90 = 480 min/dia. Portanto, tomaremos 480 minutos de trabalho diário da linha, para os nossos cálculos. ������ ���� ����� ��#���� ������ ’� �������� �� Analisemos como essa linha de produção se comporta antes de um balanceamento imaginado que nenhuma análise foi realizada, objetivando uma melhoria nos métodos de trabalho, não existindo nem mesmo os tempos padrões, com relação aos seguintes fatores: � Carga de mão de obra � Carga de máquina � Controle da produção � Produtividade da mão-de-obra � Eficiência � Distribuição do pessoal 48 ��� � ����� � ����� � ��� � ���� � Se não existem os tempos padrões, para a determinação de uma carga de mão de obra, isto é, a quantidade de pessoas necessárias à linha para o cumprimento do programa de produção, o número de pessoas é determinada sem critério, ficando cada pessoa trabalhando em cada máquina, conforme leiaute a seguir: Leiaute da linha (sem escala) Sabendo-se que a produção é de 300 peças/dia, aquela que não produz no dia essa quantidade, fará horas extras, sendo esse o critério adotado pela chefia de produção, se não existirem dados para o cálculo da carga de mão de obra. ��� � ����� � ����� � ������� � Se não existirem tempos padrões, para o cálculo da carga da máquina, como saber quanto tempo cada máquina deverá trabalhar para cumprir o programa de produção diário. É uma incógnita que somente será solucionada, se existirem dados para o cálculo de carga de máquina. ��� � ����� �� ��� ��� �� �����������Pode ser controlada superficialmente, pela quantidade que cada máquina produza durante um dia de trabalho, sem levar em consideração a produtividade e eficiência. No exemplo, o máximo de produção que se consegue é de 250 peças/dia. 49 ��� � ����� � ����� ������ �� ��� � ���� � Não há possibilidade de calcular. ��� � ����� � ������������Da mesma forma, não existe possibilidade de controle.� ��� � ����� � �� �������� �� � ��� �� ����� � A distribuição é feita de qualquer maneira, sem um critério definido. "� �������� �� O objetivo do balanceamento é justamente eliminar todas as desvantagens e dificuldades citadas anteriormente, determinando uma carga de mão de obra, a carga de máquinas, facilitar o controle da produção, possibilitar o cálculo da produtividade e da eficiência, distribuir o pessoal racionalmente, ritmando e cadenciando a produção e consequentemente reduzindo custos e aumentando a produção. +��,-���������� �� ��� Já temos todos os dados em mão para os cálculos necessários, foram determinadas a rotina de trabalho e os tempos padrões. � Determinação da carga de mão de obra O primeiro passo na seqüência de cálculos, é a determinação da carga de mão de obra, que é dada pelo: dia / pessoa / trabalho de Tempo fab./pç de total tempo x prod./dia de Prog.pessoas de N �� pessoa / dia / min 480 dia / minutos 2820 � = 5,9 (6 pessoas) Sabemos então, que essa linha deverá trabalhar com 6 pessoas, para a produção de 300 peças/dia. Observação 50 Trabalha atualmente com 8 pessoas, produzindo 250 peças/dia. � Determinação do tempo padrão balanceado O tempo padrão balanceado é o tempo utilizado para a análise do balanceamento. O cálculo para sua obtenção é o seguinte: O.) M. de (Carga pessoas deN pç da Fabricação de Total Tempo T.P.B. � � pessoas 6 pç / min 9,40 � = 1,56 min/pessoas Portanto o nosso T.P.B. (tempo padrão balanceado), para a análise da linha em estudo é de 1,56 min / pessoa. O T.P.B. define um posto de trabalho, então, cada posto de trabalho terá 1,56 min. Outra forma de cálculo do T.P.B. : pessoa / min 1,60 diapç / 300 dia / min 480 TPB �� Observação T.P.B. também é chamado de tempo teto, módulo de balanceamento. *�� ������ ��’� #�� Um posto de trabalho foi definido, para este exemplo, com 1,56 min, portanto será desenvolvido em cada posto desta linha, trabalhos com tempos iguais ou próximos de 1,56 min. O balanceamento é feito seguindo o seguinte critério: � Quando o T.P. da operação for igual ou próximo ao T.P.B., significa que aquela operação, já é um posto de trabalho. 51 � Quando o T.P. da operação for menor que o T.P.B., existe a necessidade de acoplar-se outras máquinas ou trabalhos, para que o tempo do posto fique próximo ao T.P.B. possibilitando o balanceamento da linha. � Quando o T.P. da operação for maior que o T.P.B., é necessário completar o trabalho com horas extras ou incluir outro turno de trabalho, possibilitando cumprir o programa de produção. Analisemos cada posto da nossa linha em estudo: *�� ��.� A primeira operação da rotina de trabalho é realizada em um torno revólver, com um tempo de 1,60 min/peça. O T.P.B. é de 1,56 min/peça, portanto podemos considerar a 1ª operação como o 1° Posto de trabalho da linha. Croqui do 1° Posto (sem escala) Op. 10 Torno revólver T.P.B. - 1,56 min N° pessoas - 1 pessoa Produção/h - 38 pç. Produção/dia - 304 pçs/8 horas 52 *�� ��/� A segunda operação é realizada em uma furadeira, com um tempo de 0,95 min/peça, portanto menor que o T.P.B. de 1,56 min. Deve ser acrescido a esta operação outro trabalho, para aproximar do T.P.B.. Porém, o tempo da terceira operação é o da fresadora com 1,00 min/peça, que somando ao tempo de 1,95 min, maior que o T.P.B. Há que analisar-se neste caso, qual operação que pode ser acoplada à segunda, para que o tempo do 2° posto aproxime-se do T.P.B. Analisemos a rotina de trabalho: OPERAÇÃO MÁQUINA T.P. (min/pç) 10 Torno revólver 1,60 20 Furadeira 0,95 30 Fresadora 1,00 40 Bancada 0,55 50 Rosqueadora 0,60 60 Fresadora 0,90 70 Bancada0,60 80 Retífica 3,20 Após a análise verificamos que a operação 50 - realizada na rosqueadora com um tempo de 0,60 min/pç se somada ao tempo da operação 20, que é 0,95 min/pç, perfaz um total de 1,55 min/pç, próximo ao T.P.B., verificamos também que não há inconveniente em mudarmos a seqüência das operações sendo no novo ciclo de fabricação, a operação da rosqueadora, sendo feito logo após a operação da furadeira, definido o 2° posto de trabalho. 53 Croqui do 2° Posto (sem escala) T.P.B. - 1,56 min. N° pessoas - 1 pessoa Produção/h - 38 pç Produção/dia - 304 pç/ 8 h No 2° posto foi feito um acoplamento, com 1 pessoa trabalhando com 2 máquinas. A inclinação dada ao equipamento é para facilitar o trabalho de uma pessoa trabalhando com duas máquinas. *�� ��0� A soma dos tempos das operações 30 e 40 perfaz um total de 1,55 min, portanto bem próximo do T.P.B. de 1,56 min., definindo o 3° posto de trabalho. Croqui do 3° Posto (sem escala) T.P.B. - 1,56 min N° pessoas - 1 pessoa Produção/h - 38 pç Produção/dia - 304 pç/ 8hs. 54 *�� ��1� Da mesma forma, a soma dos tempos das operações 60 e 70, perfaz um total de 1,50 min, próximo do T.P.B. de 1,56 min, podendo ser considerado o 4° posto de trabalho. Croqui do 4° Posto (sem escala) T.P.B. - 1,56 min N° pessoas - 1 pessoa Prod./h - 38 pç Prod./dia - 304 pç/ 8hs. *�� ��2� O tempo da operação 80 é de 3,20 min./pç, significando o dobro do T.P.B. de 1,56 min, portanto há necessidade de 2 retíficas para cumprir o programa de produção ou o trabalho em dois turnos de 8 horas cada. A retífica define o 5° posto de trabalho, com uma retífica trabalhando em 2 turnos. Croqui do 5° Posto (sem escala) T.P. - 3,20 min/pç N° pessoas - 1 pessoa Prod./h - 19 pç Prod./turno = 152 pç/ 8hs x 2 = 304 pç/ 16hs 55 Quadro da carga homem A B C OPERAÇÃO NO TP OPERAÇÃO MIN TPB MIN CARGA HOMEM 10 1,60 1,56 1,02 20 0,95 1,56 0,61 30 0,60 1,56 0,38 40 1,00 1,56 0,64 50 0,55 1,56 0,35 60 0,90 1,56 0,58 70 0,60 1,56 0,38 80 3,20 1,56 2,00 TOTAIS 9,40 - 5,96 Quadro resumo do balanceamento OPERAÇÃO A TP MIN B TPB MIN C CARGA HOMEM NO DE OPERÁ- RIOS D PEÇAS P/ HORA E PEÇAS DIA POSTO 10 1,60 1,56 1,02 1 38 304 1 20 0,95 1,56 0,61 1 38 304 2 50 0,55 1,56 0,35 30 0,60 1,56 0,38 40 1,00 1,56 0,64 1 38 304 3 60 0,90 1,56 0,58 1 38 304 4 70 0,60 1,56 2,00 80 3,20 1,56 2,00 2 38 304 5 TOTAL 9,40 - 5,96 6 - - - (D= 60 min � B E= 8h x 38 Observações 1. As pequenas diferenças existentes entre T.P. e T.P.B., não afetam o balanceamento. 2. Para possibilitar o balanceamento, foi modificada a seqüência do ciclo de produção, passando-se a execução da operação 50, a ser feita logo após a operação 20, sem afetar a fabricação da peça, conforme projeto. 3. A operação 80, com o dobro do tempo do T.P.B., determina o que o trabalho deva ser executado em 2 turnos, se possuímos apenas uma retífica, para o cumprimento do programa de produção especificado. C = A � B D = 60 min. � B E = 8h x D 56 Temos então, definido teoricamente o balanceamento da linha. Será analisado em seguida o leiaute da mesma. $���� ����� ��#��������������’� �������� O leiaute da linha balanceada, apresentará a seguinte disposição: Leiaute (sem escala) Notas 1. A cada 1,56 min, sai da linha de produção 1 peça pronta, se trabalharmos 480 min/dia, teremos 307 peças prontas/dia, conforme programa de produção. 2. Ao lado de cada posto de trabalho, existem as caixas para as peças anteriores e após cada operação. 3. Verifique que este balanceamento é para máquinas de fácil locomoção, possibilitando a sua transferência de local de trabalho. 4. A variável que pode alterar esta disposição de leiaute, é o programa de produção, se este for considerável, caso contrário essa localização das máquinas permanecerá por muito tempo. Por curiosidade, verifiquemos várias alternativas de programa de produção: � Se o programa de produção cai pela metade: A carga de mão de obra seria de 3 pessoas, com: 1 pessoa trabalhando nas op. 10/20/50 1 pessoa trabalhando nas op. 30/40/60/70 1 pessoa trabalhando na op. 80 57 Sem alteração do leiaute e cumprindo o programa de produção. � Se o programa de produção sofre um pequeno acréscimo: mesmo leiaute, com o mesmo pessoal, seriam utilizados em horas extras. � Caso o programa de produção seja duplicado: Toda a linha, com a mesma disposição de leiaute, trabalharia em dois turnos. Verifique que neste caso, há necessidade de 2ª retífica, trabalhando também em dois turnos. � Enfim, um balanceamento básico, possibilita absorver muitas variações do programa de produção, sem alterar a disposição do leiaute. Havendo a necessidade, novo cálculo será efetuado para a determinação do T.P.B. e a linha será modificada conforme se desejar. ���� ����� Um balanceamento de linha sempre trará benefícios, mesmo não sendo perfeitamente balanceada, isto é, mesmo que os tempos das operações não se ajustem corretamente ao T.P.B., portanto, a sua utilização deverá ser cogitada em cada análise que se faça para a organização de uma linha de produção. *���� ���������������-����� Analisemos, com relação a produtividade e eficiência, como se encontra a linha antes e depois de executado o balanceamento. Produtividade é a relação entre o que se produz (tempo) e o que deveria ser produzido (tempo). Desconta-se o tempo inativo do total que deveria ser produzido. Eficiência é o mesmo, porém não se desconta o tempo inativo do total. %(tempo) eInatividad - (tempo) produzido ser Deveria produz se que O ADEPRODUTIVID �� %(tempo) produzido ser Deveria (tempo) produz se que O EFICIÊNCIA �� 58 O cálculo da produtividade da linha, antes do balanceamento, é o seguinte: Dados: PRODUÇÃO REALIZADA/DIA = 250 peças TEMPO TRABALHADO = 8 pessoas x 480 min/dia = 3840 min/dia TEMPO INATIVO = Não existe TEMPO PADRÃO = 9,40 min/peça �� 0 - min 3840 peça / min 9,40 x peças 250 ADEPRODUTIVID � min 3840 min 2350 61% Portanto, a produtividade da linha, antes do balanceamento é de 61%. Observações 1) A eficiência é igual a produtividade, pois não existiu tempo inativo. 2) No cálculo da produtividade, transformamos as peças produzidas em tempos produzidos, multiplicando a quantidade de peças pelo tempo de fabricação de uma peça. 3) O tempo que deveria ser produzido, será o tempo trabalhado, no caso, 8 pessoas x 480 min/pessoa = 3840 min. 4) O tempo inativo, quando do cálculo da produtividade, se existir, deve ser descontado do total do tempo trabalhado, pois refere-se às paradas cuja responsabilidade cabe aos órgãos auxiliares da produção. 5) A eficiência demonstra o trabalho realizado pelos órgãos auxiliares e por essa razão, quando do seu cálculo o tempo inativo não é descontado do tempo total trabalhado. Calculemos agora a produtividade, após o balanceamento da linha, trabalhando com 6 pessoas e produzindo 300 peças/dia. %�� 0 - pessoa / min 480 x pessoas 6 pç / min 9,40 x peças 300 ADEPRODUTIVID � min 2880 min 2820 98% Portanto, a produtividade da linha é de 98%. 59 Observações 1) A eficiência é igual a produtividade, pois não existiu tempo inativo. 2) Verifica-se um aumento considerável da produtividade e eficiência, de 61% para 98%. ���� ����� Nota-se claramente pelo exemplo, a importância de um balanceamento de linha, na melhoria da eficiência e produtividade. Com relação à eficiência,a chefia da produção tem meios adequados de supervisionar e planejar corretamente o trabalho. Com relação à produtividade, existindo um ritmo cadenciado e trabalhos definidos para cada operador, a repetição de um mesmo método a cada novo lote, a habilidade no trabalho consequentemente progredirá e o resultado fatalmente será uma maior produção. 34���� �5���3������5�������� ��#�������������� Na prática, após um balanceamento, podem existir postos de trabalho, nas seguintes condições: � Com tempos maiores que o T.P.B. � Com tempos menores que o T.P.B. Isto ocorre, devido a impossibilidade de se balancear corretamente, problema ocasionado pelo tempo fixo da máquina que não pode ser modificado. No primeiro caso, ocorrendo tempos maiores que o T.P.B., visualiza-se o “gargalo” com um estrangulamento da linha. A forma de corrigir esse defeito é acrescentar horas extras de trabalho ao posto afetado, possibilitando a vazão da produção. No segundo caso, ocorrendo tempos menores que o T.P.B., visualiza-se a espera com folga no posto de trabalho. Corrige-se esse defeito, fazendo-se com que o posto afetado, trabalhe menos tempo no período, aproveitando-se o operador em outro trabalho. 60 Porém, essa diferença de tempo teórico da operação com o T.P.B., também teórico, deverá ser bem significativa para influenciar no balanceamento da linha, pois nós sabemos que o ritmo de trabalho de um operador pode ser bem variado e essas diferenças são compensadas por essa variação. Pode-se também, utilizar operadores com melhor rendimento no trabalho, em postos cujos tempos sejam maiores que o T.P.B., como também, operadores com baixo rendimento, em postos cujos tempos sejam menores que o T.P.B.. ��� �� ����������������� ��#�� A facilidade de controle da produção de uma linha, após o seu balanceamento, é facilitado, devido aos padrões determinados para cada posto de trabalho. No caso específico da linha analisada, cada posto de trabalho deverá produzir 300 peças/dia, mantendo o balanceamento, sendo produzida a cada dia a quantidade de 300 peças prontas. Pode ser controlada a produtividade de cada posto, pela quantidade produzida / dia por cada um, como também a produtividade geral da linha, pela quantidade de peças prontas que saem a cada dia, no final da linha. Se acaso um posto não produzir o determinado em um dia de trabalho, as providências deverão ser tomadas imediatamente, para que esse resultado não se repita dia após dia, afetando a produção total da linha. Um estoque mínimo de peças, entre operações, pode ser padronizado digamos, para um dia de trabalho, possibilitando que atrasos, como falta de matéria-prima, manutenção de máquinas, falta de pessoal, não afetem o andamento da produção. Deverá ser bem controlada, em uma linha de produção, a quantidade de peças que entram na primeira operação ou primeiro posto de trabalho, em determinado período de tempo. E, 61 por mais simples que você ache este conselho, nunca deixe de segui-lo: “O que entra, sai; se não entra, não sai”. Na maioria das vezes, o problema de um setor que não produz, é mencionado. "� �������� ��������� ��#�������� ����� Neste capítulo, procuraremos mostrar passo a passo, como se analisa e se executa um balanceamento de uma linha de montagem. Consideremos uma linha de montagem já em funcionamento cujo programa de produção será alterado. O produto montado, nessa linha, é a máquina de costura, conforme segue. No início da linha, sobre um carro suporte, que corre em trilhos, é colocada a carcaça do produto e em cada posto de trabalho, são montadas várias peças, culminando com o produto pronto no final da linha. 62 Croqui de um posto de montagem Linha de montagem seccionada - Planta Esquema do leiaute da linha de montagem Notas 1) A cada 2,50 min. Sai da linha de montagem um produto pronto. 2) Se trabalharmos 480 min./dia, saem 192 produtos prontos que é o programa de produção/dia. 3) Programa de produção/dia - 192 máquinas de costura. 63 (� ����������� ������������� �� O roteiro de montagem do produto, também chamada de rotina de trabalho, é a descrição seqüencial de cada fase de montagem de produto de linha, onde a supervisão da produção, encontrará todos os detalhes relativos a cada fase, com relação à descrição da operação, máquinas, dispositivos, ferramentas, calibres, tempos padrões e detalhes necessários ao desenvolvimento do processo de montagem. Note que sem a ajuda da rotina de trabalho, a chefia de produção estaria impossibilitada de desenvolver o processo de trabalho de maneira padronizada e econômica. Sem a rotina de trabalho, padronizar a seqüência das fases de montagem, não haveria possibilidade de manter o balanceamento adequado e isto acarretaria dificuldade em manter um ritmo cadenciado da linha de montagem, causando desperdício da mão de obra, com conseqüente aumento de custo do produto. Verifiquemos como se apresenta uma rotina de trabalho de montagem de um produto qualquer tomando como base o produto em estudo. 64 A rotina de trabalho, portanto, fornece todo o detalhamento de montagem do produto. É uma ferramenta valiosa, quando da análise do balanceamento da linha. )��������� Cada operação, na montagem de um produto, é definida por um trabalho distinto, sendo executada manualmente ou com o auxílio de uma máquina, composta de um ou vários movimentos, concluindo uma fase, isto é, atingindo um objetivo. Exemplificando, podemos considerar a montagem de um parafuso, como uma operação distinta na montagem de um produto. A rotina de trabalho da montagem do produto tem como base, o projeto do conjunto completo, este é o determinante de cada fase do processo, com relação ao posicionamento de cada peça no produto. A seqüência das operações no ciclo de trabalho, depende unicamente de uma peça após montada, não atrapalhe no 65 posicionamento de um outro componente, como também sejam montadas em primeiro lugar, aquelas peças que possibilitem testes seqüenciais de funcionamento no decorrer da montagem. Pode ser alterada a ordem seqüencial, desde que não afete os princípios anteriores. O controle de qualidade pode estar inserido em cada fase definida como teste, dando uma garantia na qualidade do produto, sendo que um teste final é obrigatório e de salutar conveniência. A numeração de cada operação na rotina de trabalho é feita por dezenas, possibilitando o acréscimo de outras operações, se necessário, sem afetar a numeração das existentes, o que causaria transtornos a todos os setores envolvidos. ��������������� Para cada operação constante da rotina de trabalho de montagem, é calculado um tempo padrão, sendo a ferramenta básica no estudo do balanceamento da linha. Sem ele, não existe a possibilidade de balancear uma linha de montagem. O tempo padrão em uma linha de montagem é determinado para cada fase ou operação, significando uma parcela do tempo total de montagem de um produto. ������ � � ������� ����� O tempo total de montagem do produto é a soma dos tempos padrões de todas as operações do ciclo de trabalho, desde a entrada do produto na linha até que o mesmo saia funcionando no final do processo de montagem. 66 No caso da montagem analisada, verificamos que o total de operações é de 19 com a seguinte distribuição: OPERAÇÃO T.P. (MIN./PRODUTO) 10 0,75 20 0,25 30 1,50 - - - - - - 80 0,50 - - - - - - 190 1,20 TEMPO TOTAL 50,0 min/prod. Portanto para a montagem completa de um produto, temos um tempo padrão de 50,0 min. *��������������������Baseado na quantidade de vendas dos produtos da industria, é gerado um programa de produção diário, para atender a demanda. Nota-se que pode haver variações no programa de produção, dependendo da diminuição ou aumento das vendas. Normalmente trabalha-se com um programa mensal, que dividido pelo número de dias trabalhados no mês, resulta em um programa/dia de produção. No nosso exemplo, o programa de produção atual é de 4800 produtos por mês, com o trabalho de 25 dias úteis, significando que a produção diária é de 192 produtos. O programa de produção é outro dado imprescindível no estudo do balanceamento de linhas. O programa de produção futuro será de 6250 produtos por mês, portanto um aumento considerável, significando 250 produtos a serem produzidos diariamente, em 25 dias úteis. 67 ��������� ��’� #����� ��#�� Consideramos como tempo de trabalho normal de uma linha de montagem, o tempo básico de trabalho de uma pessoa, qual seja, 8,88 por dia equivalente a 533 min/dia. Devemos deduzir das horas disponíveis as perdas; rejeições, ajustes, manutenção, atrasos, etc. No nosso caso consideraremos as perdas em 10% então; 533 min / dia x 0,90 = 480 min / dia. Portanto, tomaremos 480 minutos de trabalho diário da linha, para os nossos cálculos. ������ ���� ����� ��#���� ������ ’� �������� �� O comportamento da linha em estudo, já é satisfatório, existindo um balanceamento que produz a contento o programa de produção de 192 produtos/dia, totalizando 4800 produtos por mês, com um trabalho de 25 dias úteis. .6�� ���� ���� Manter a linha como se encontra, com o mesmo balanceamento, completando com horas extras, possibilitando atingir o programa de produção futuro. Nesse caso, um cálculo simples, nos mostrará que para a produção de 250 produtos/dia, com uma diferença de 58 produtos a mais, do programa atual, produzindo a linha 24 produtos por hora, necessitaremos de 2,5 horas extras por dia de trabalho, para cumprir o novo programa. /6�� ���� ���� Existe a previsão de se dobrar o programa de produção em curto espaço de tempo, então um 2° turno será necessário. Imediatamente deve ser iniciado o trabalho, em um 2° turno de 8 horas, pois a nova mão de obra deverá aprender o trabalho e não atingirá a produção desejável em curto espaço de tempo, necessitando de um prazo, para atingir um ritmo de trabalho satisfatório. 68 06�� ���� ���� O programa de produção prevê que a produção cairá pela metade, sendo necessário então produzir 96 produtos ao invés de 192 produtos/dia. Uma análise simples, nos mostra que cada posto fará o trabalho desenvolvido em 2 postos, não sendo necessário grandes modificações no balanceamento da linha, trabalhando-se também com a metade do pessoal. Concluímos portanto, que estando uma linha já balanceada satisfatoriamente, toda e qualquer variação do programa de produção, pode e deve encaixar-se no que já existe instalado, sem grandes modificações, evitando com isto gastos supérfluos, pois, pode acontecer que a produção volte ao normal antes mesmo que uma alteração de porte seja executada. "� �������� �� Como ficou prejudicada a seqüência da nossa explanação, devido que a linha já se encontra balanceada e não há vantagem em modificá-la drasticamente em caso de variação do programa de produção, analisemos a alternativa de que seja um novo produto que será montado e nós devemos projetar a linha de montagem. Neste caso um balanceamento é necessário, para que se possa ter uma produção organizada, com o máximo de eficiência e produtividade. +��,-���������� �� ��� O nosso produto, continua ainda sendo uma máquina de costura, somente que a linha ainda não existe. Os dados necessários, para início de um estudo deste tipo, são os seguintes: � Tempo total de montagem do produto � Programa de produção/dia � Tempo de trabalho da linha Com estes dados em mãos, temo tudo o que necessitamos para o projeto da nossa linha de montagem. Vejamos como esses dados são determinados, se ainda a linha não existe. 69 ������ � � ������� ������������� �� Como nada existe em andamento, em que nós possamos nos basear, para a determinação do tempo total de montagem do produto, há necessidade de aproveitamento de peças existentes, mesmo que seja de um protótipo construído para testes, desmontá-lo completamente e tendo todas as peças separadas, montá-lo novamente, numa seqüência ordenada, cronometrando- se e detalhando cada fase em elementos e tempos respectivos, elaborando uma rotina de trabalho de montagem, conforme exemplo já apresentado. Dessa forma, teremos um ciclo de montagem teórico, onde constarão todas as necessidades da linha, possibilitando o projeto da mesma. *��������������������������� Nesta fase, já deve existir uma previsão de quantos produtos serão montados diariamente, se não existir, será necessário determiná-lo junto à cúpula da empresa. Sem esse dado será impossível seguir avante no estudo. ��������� ��’� #����� ��#�� Normalmente, toma-se como norma, o trabalho em 8 horas diárias, sendo o tempo legal de trabalho de uma pessoa, ou seja, 480 minutos/dia. Dependendo da área disponível, do tamanho da linha, do programa de produção, a jornada de trabalho poderá também ser em 2 ou 3 turnos de 8 horas cada. Após esse levantamento, teremos em mãos, para o prosseguimento dos cálculos, os seguintes dados: � Tempo total de montagem do produto 50 minutos � Programa de produção diária 192 produtos � Tempo de trabalho/dia 8 (horas) 480 minutos 7� ������������������������������’��� O próximo passo na seqüência de cálculos, é a determinação da carga de mão de obra, sendo o número de pessoas necessárias à linha de montagem, conforme segue: 70 dia / pessoa / trabalho de Tempo od.montag./pr de total tempo x prod./dia de Prog.pessoas de N �� �� dia / pessoa / minutos 480 odutominutos/pr 50,0 x dia / produtos 192 5,9 (6 pessoas) Sabemos então, que devemos ter á disposição nessa linha 20 pessoas. 7� �������������������*������"� �������� O Tempo Padrão Balanceado T.P.B. definirá os postos de trabalho que comporão a linha de montagem. A sua obtenção é calculada de seguinte forma: �� obra)-de-mão de (carga pessoas de N produto do montagem de total Tempo T.P.B. � �� pessoas 20 produto / minutos 50,0 2,50 minutos/pessoa Portanto, cada posto de trabalho da linha de montagem, terá 2,50 minutos. Completamos dessa forma, a relação de dados necessários, ao planejamento da nossa linha de montagem, sabemos portanto, que teremos uma linha, com as seguintes características: � Tempo de montagem do produto 50 minutos � Programa de produção/dia 192 produtos � Tempo de trabalho da linha/dia 480 minutos � Número de pessoas necessárias 20 pessoas � Número de postos de trabalho 20 postos � Tempo padrão balanceado 2,50 min/posto Verificamos que o número de pessoas na linha, determina o número de postos de trabalho, diferente do balanceamento de uma linha de produção, onde o que determina o número de postos, é o tempo das operações nas máquinas. Podemos então, começar a idealizar a linha de montagem. Inicialmente o dado 71 mais importante é o T.P.B., ele determina o trabalho que deverá ser executado em cada posto. *�� ������ ��’� #�� Um posto de trabalho foi definido, para esta linha de montagem, com 2,50 min., portanto em cada posto dessa linha, serão executados trabalhos com tempos iguais ou próximos a 2,50 min. ��� �������.8�*�� �� Levantamento do que se deve ser montado no 1° posto, cujo tempo de montagem, seja igual a 2,50 minutos. Baseamo-nos para essa análise na rotina de trabalho
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