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35 MEC ME 1 Técnicas de Manutenção

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Técnicas de Manutenção 
 SENAI-SP, 2004 
 
 
Trabalho elaborado pela Escola SENAI Roberto Simonsen 
do Departamento Regional de São Paulo. 
 
 
 
Coordenação Geral José Carlos Dalfré 
 
Coordenação Laur Scalzaretto 
Alcindo Daniel Favero 
 
Elaboração João Carlos Voltarelli 
 
Editoração Adriana Ribeiro Nebuloni 
Écio Gomes Lemos da Silva 
Sílvio Audi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola SENAI Roberto Simonsen 
Rua Monsenhor Andrade, 298 – Brás 
CEP 03008-000 - São Paulo, SP 
Tel. 11 3322-5000 Fax. 11 3322-5029 
E-mail: senaibras@sp.senai.br 
Home page: http://www.sp.senai.br 
 
 
 
Sumário 
 Página 
 
Utilização de ferramentas com técnicas e segurança 3 
Utilização de ferramentas com técnicas e segurança 5 
Acoplamento 13 
Correias e Polias 17 
Rolamentos 33 
Montagem de rolamento 45 
Dispositivos auxiliares 53 
Controle de folga 55 
Desmontagem 67 
Montagem e desmontagem 79 
Falhas em rolamentos e suas causas 107 
Ajustes e tolerâncias 125 
Lubrificação I 141 
Lubrificação II 151 
Alinhamento a laser 163 
Planicidade 183 
Apêndice 191 
Alinhamento de conjuntos 195 
Preservação ambiental 249 
Classificação de resíduos sólidos NBR 10.004 253 
Conscientização 261 
Destinação de Resíduos 277 
Atrito 287 
Tipos de lubrificantes 291 
Características físicas dos lubrificantes 295 
Aditivos 301 
Classificação dos óleos lubrificantes 305 
Classificação das graxas 307 
Precauções na aplicação de lubrificantes 317 
Mancais 321 
Engrenagens 333 
Sistemas hidráulicos 341 
 
Compressores 349 
Lubrificação de motores de combustão interna 363 
Armazenagem e manuseio de lubrificantes 371 
Plano de lubrificação 381 
Sistema ISO/ ASTM 383 
Referências bibliográficas 399 
 
 
 3 
Aplicação de ferramentas de 
manutenção 
Relação de tipos de falhas 
• As ferramentas utilizadas não são de fácil alcance; 
• As ferramentas se encontram sujas e misturadas; 
• Não são as ferramentas adequadas para as medidas de 
porcas e parafusos; 
• As ferramentas se encontram desgastadas, sujas, etc. 
 
 
 
Tão importante quanto saber usar as ferramentas manuais é 
saber escolher a ferramenta adequada para cada tipo de serviço. 
 4 
Lembre-se: O uso não adequado de ferramentas é a principal 
causa de rupturas de parafusos. 
 
É importante considerar que o uso e cuidado adequado das 
ferramentas resulta em: 
• Prevenção de acidentes para o operador; 
• Prevenção de danos para a ferramenta; 
• Prevenção de danos para o equipamento; 
• Prevenção de danos para os parafusos e porcas; e 
• Trabalho com segurança e resultados profissionais 
Aplicação das ferramentas manuais 
Chaves 
São ferramentas manuais destinadas ao aperto e desaperto de 
porcas ou cabeças de parafusos de vários tipos de perfis. 
 
As chaves são ferramentas mais comumente, utilizadas tanto por 
amadores como por profissionais e são apresentadas por vários 
tipos e medidas. 
 
As medidas mais comumente utilizadas são as chaves em 
milímetros e polegadas inglesa. 
Tipos 
Os tipos de ferramentas mais comuns utilizadas em nossa planta 
são: 
1. Após a utilização de qualquer ferramenta manual limpe-a; 
2. Caso não exista proteção na ferramenta (cromada, oxidada 
ou outro tipo de proteção), aplique uma camada de óleo anti-
corrosivo para protegê-la. 
3. Armazene-a, colocando-a, se possível em sua embalagem 
original, caixa especial ou armários. 
 5 
Utilização de ferramentas com 
técnicas e segurança 
Dez mandamentos 
 
1. Utilize a ferramenta manual sempre para o fim a que ela se 
destina a respeitando os padrões de medidas. 
2. nunca use prolongadores sobre as ferramentas manuais, 
pois estarão alteradas as condições do uso normal, (existe 
projetos e testes) provocando rupturas e possivelmente, 
acidentes. 
3. nunca altere as condições originais da ferramenta, por isso 
acarretará alterações de ordem estrutural e falhas no seu 
desempenho. 
4. Respeite as linhas de atuação de cada ferramenta, 
obedecendo os procedimentos recomendados pelo 
fabricante. 
5. Observe as normas de segurança em sua totalidade, ou seja, 
além da escolha da ferramenta adequada, utilize os EPI´s 
 6 
necessários para o tipo de serviço recomendado na área de 
atuação. 
6. É muito comum atribuir-se às ferramentas a responsabilidade 
por problemas na sua aplicação. Portanto, certifique-se de 
que o material onde a ferramenta é empregada encontra-se 
perfeitamente enquadrado nas normas. 
7. Nunca exponha as ferramentas manuais ao calor excessivo, 
pois poderão ser alteradas suas condições de têmpera, com 
prejuízos em sua aplicação. 
8. Em caso de parafusos montados há muito tempo utilizar 
auxiliares (líquido penetrante lubrificante) para efetuar a 
desmontagem. 
9. Caso o equipamento necessite de ferramenta especial, 
projetar e confeccionar especialmente para tal tipo de serviço 
ou equipamento. 
10. Não bata nas ferramentas manuais, pois poderá danificar a 
proteção e causar acidentes. 
Cuidados na utilização para chave fixa e 
chave combinada 
1. Já falamos nos “10 mandamentos”, nunca utilize 
prolongadores sobre as chaves, pois com esse procedimento 
estarão alterados as condições de torque e de uso normal da 
ferramenta, com sérias conseqüências para o operador e 
para o produto. 
 
 7 
2. Se possível, sempre puxe a ferramenta manual na sua 
direção. Se não tiver alternativa, por problema de espaço, 
trabalhe sempre com as mãos espalmadas. 
 
 
3. Antes de operar, certifique-se, sempre, de que a chave se 
encaixa perfeitamente na porca ou cabeça do parafuso. Nas 
chaves fixas o esforço deve ser aplicado permanentemente 
ao eixo do parafuso. Isto é, num ângulo de 90 graus em 
relação ao mesmo. 
 
Sempre que possível, mantenha a boca da chave estrela 
perfeitamente assentada sobre a porca ou a cabeça do 
parafuso. A não observância do acima descrito poderá 
resultar no escapamento da chave com o risco de acidente. 
 
 8 
4. Não bata com martelos ou marretas nas chaves manuais 
para soltar cabeças de parafusos ou porcas encravadas, pois 
estas são ferramentas desenvolvidas para receber uma 
aplicação de força gradativa e contínua. 
Cuidados na utilização para chave de fenda 
cruzada (Philips) 
1. As chaves de fenda são produzidas de forma a oferecer uma 
gama variada de medidas, integrando, racionalmente, 
comprimento, largura e espessura da lâmina. 
Portanto, não foram destinadas a serem usadas como pé-de-
cabra, alavanca, talhadeira e punção. 
 
2. A regra de ouro para aumentar a vida útil de uma chave de 
fenda é usá-la nas medidas compatíveis com os tamanhos 
de fenda dos parafusos. 
 
3. Nunca bata com martelo na chave de fenda, pois ocorrerá o 
risco de danificar o cabo, bem como a lâmina da chave. 
 
 9 
4. Não aumente o torque da chave de fenda através do 
emprego de alicates ou chaves. 
 
 
 
5. Nunca use a chave de fenda circuitos elétricos onde a 
amperagem é elevada, ou seja, onde a corrente elétrica for 
suficiente para formar o arco voltaico e fundir a lâmina. 
 
 
Incorreto 
 10 
O uso de chaves inadequadas é uma das causas principais de 
ruptura de parafusos e porcas e acidentes de trabalho. 
 
Correto 
 
Incorreto 
 
O mal uso da chave fixa é uma das causas principais de ruptura 
de parafusos e porcas e acidentes de trabalho. 
 
Correto 
 
Incorreto 
 11 
É imprescindível usar a chave adequada para evitar a 
deterioração do alojamento. 
 
Atenção: 
• O alojamento deve estar limpo. 
• A chave deve estar em bom estado. 
• A chave deve ser introduzida adequadamente. 
• A chave deve ter o tamanho adequado (Não usar chave 
milimétrica em parafusos em polegadas e vice-versa). 
CorretoIncorreto 
 
É importante, que a largura correta de ponta da chave de fenda, 
seja a mais aproximada possível à largura da ranhura (fenda) do 
parafuso. 
Correto Incorreto 
 12 
Não usar chave de fenda em parafusos do tipo fenda cruzada. 
(Obs.: A chave de fenda cruzada também é conhecida como 
chave estrela ou chave Philips). 
 
Correto 
 
 
 13 
Acoplamento 
Os acoplamentos são elementos de máquinas utilizados para 
unir eixos e eixos-árvores. 
 
Os acoplamentos são classificados em: fixos, elásticos ou 
móveis. 
Acoplamento fixo 
Servem para unir eixos de tal maneira que funcionem como uma 
peça única. Exemplo: acoplamento tipo luva. 
 
 
 
 
 
Acoplamento com luva de compressão ou 
de aperto 
Acoplamento rígido com flanges 
parafusados 
 14 
Acoplamentos elásticos 
Esses elementos tornam mais suaves a transmissão do 
movimento em eixos que tenham movimentos bruscos, e 
permitem o funcionamento do conjunto com desalinhamento 
paralelo, angular e axial entre os eixos. 
 
 
 
 
Acompanhamento elástico Perflex Acoplamento de corrente 
 
 
 
 
Acoplamento de carga de impacto Acoplamento elástico de garras 
 
 
 
 
Acoplamento elástico de fita de aço Acoplamento de engrenagens 
 
Acoplamentos móveis 
São empregados para permitir um pequeno movimento 
longitudinal dos eixos. 
 15 
Esses acoplamentos transmitem o movimento somente quando 
acionados. 
 
 
 
 
Acoplamento de garras ativado Acoplamento de garras desativado 
 
Junta universal (cruzeta) 
Este tipo de acoplamento articulado usado para transmitir 
movimento entre árvores que precisam sofrer variações 
angulares, durante suas atividades. Um ponto primordial na 
utilização desses acoplamentos é a lubrificação. 
 
1. Junta Universal (Homocinética) 
 
 
 
Acoplamento de laminas (disco) 
Este tipo de acoplamento, é feito totalmente em aço e sua forma 
construtiva elimina qualquer folga torsional (torsionalmente 
rígido) esta característica é obtida através de mínima tolerâncias 
de usinagem e alojamentos especiais para porcas e parafusos. 
 16 
São indicados para aplicações que envolvam altíssimas 
rotações, apresentam a vantagem de exigirem pouca 
manutenção devido ao fato de não utilizarem lubrificantes. 
 
Alguns modelos suportam torque de até 300.000 N.m com 
rotações de 33.000 rpm. 
Acoplamento para eixo desalinhado 
O acoplamento para eixo desalinhado é composto de discos de 
metal sincronizado. Este acoplamento tem a função de permitir a 
instalação de eixos com desalinhamento eliminando vibrações. 
 
 
 
 
 17 
Correias e Polias 
Correias e Polias são o conjunto de elementos que transferem 
potência e movimento a outro sistema. 
 
Na figura abaixo, a polia condutora transmite energia e 
movimento á polia conduzida. 
 
 
 18 
Transmissão por correias 
São empregadas em eixos paralelos (eventualmente reversos). 
As principais vantagens são: 
• Construção simples; 
• Funcionamento silencioso; 
• Grande capacidade de absorver choques; 
• Alto rendimento; 
• Preço reduzido. 
 
As desvantagens são: 
• Transmissão de grandes dimensões; 
• Necessitam grandes distâncias entre centros; 
• Grande carga nos eixos e mancais; 
• Vida de correia pequena; 
• Apresentam escorregamento. 
 
Polias 
As polias são peças cilíndricas, movimentadas pela rotação do 
eixo do motor e pelas correias. 
 19 
Tipos de polia 
Os tipos de polia são determinados pela forma da superfície na 
qual a correia se assenta. Elas podem ser planas ou 
trapezoidais. 
 
As polias apresentam braços a partir de 200mm de diâmetro. 
Abaixo deste valor, a coroa é ligada ao cubo por meio de discos. 
 
 
Polia trapezoidal 
A polia trapezoidal recebe esse nome porque a superfície na 
qual a correia se assenta, apresenta a forma de trapézio. As 
polias trapezoidais devem ser providas de canaletes (ou canais) 
e são dimensionadas de acordo com o perfil padrão da correia a 
ser utilizada. Além das polias para correias planas e 
trapezoidais, existem as polias para cabos de aço, para 
correntes, polias (ou rodas) de atrito, polias para correias 
redondas e para correias dentadas. 
 
 20 
Algumas vezes, as palavras roda e polia são utilizadas como 
sinônimos. 
 
Polia para correia e cabo de aço redondos 
Tabela – Tipos de Polia 
 
 
Polia de aro plano 
 
Polia de aro abaulado 
 
Polia escalonada de aro 
plano 
 
Polia escalonada de aro 
abaulado 
 
Polia em “V” simples 
 
Polia em “V” múltipla 
 21 
Correias 
As correntes mais usadas são planas e trapezoidais. A correia 
em “V” ou trapezoidal é inteiriça, fabricada com seção 
transversal em forma de trapézio. 
 
 
 
O emprego da correia trapezoidal ou em “V” é preferível ao da 
correia plana porque: 
• Praticamente não apresenta deslizamento; 
• Permite o uso de polias bem próximas; 
• Elimina os ruídos e os choques, típicos das correias 
emendadas (planas). 
 
Existem vários perfis padronizados de correias trapezoidais. 
 
 
 22 
Para casos em que não se pode ter nenhum deslizamento, como 
no comando de válvula de um automóvel, utiliza-se a correia 
dentada. 
 
 
Correias sincronizadas 
 
 
 
As correias sincronizadas são muito utilizadas nas transmissões 
do movimento em sistemas mecânicos. 
 
Suas principais vantagens sobre as correias trapezoidais (em V) 
são: 
• Ampla faixa de transmissão de potências (de valores 
fracionários até centenas de HP). 
• Ampla faixa de velocidades (de zero até 4800 m/min., por 
medida de segurança não devemos ultrapassar 1980 
m/min.). 
• Projeto compacto (ocupam menores espaços com menores 
distâncias entre centros). 
 23 
• Baixo tensionamento (a transmissão não depende da fricção, 
menor tensão, menor esforço nos rolamentos). 
• Garante velocidade constante (não existe variação de passo 
nem deslizamento). 
• Pequeno peso (a relação peso / HP é alta). 
• Operação silenciosa (o nível de ruído aumenta em 
velocidade altas). 
• Engrenando anti-derrapante (os dentes encaixam-se nos 
sulcos da polia eliminando o deslizamento e mantendo um 
movimento uniforme). 
Correias sincronizadoras montagem e 
manutenção 
O correto projeto de transmissões utilizando correias 
sincronizadoras garantem um alto grau de rentabilidade e uma 
longa vida de uso. 
 
Tem se comprovado na prática que o rendimento insatisfatório é 
freqüentemente atribuído a erros de instalação e inadmissíveis 
condições de funcionamento. Para isso, as recomendações 
abaixo são muito importantes. 
Funcionamento 
As correias sincronizadoras são sensíveis a presença de corpos 
estranhos, portanto o sistema deve ser cuidadosamente 
protegido. As de poliuretano (Pu) suportam uma temperatura 
entre – 30o C até 80o C com a umidade relativa do ar em seu 
estado normal. Além disso, as correias de poliuretano são 
resistentes a numerosos produtos químicos. 
Fatores de segurança 
Transmissões abertas devem estar protegidas a fim de evitar 
danos e riscos de acidentes. Antes de começar a instalação, o 
motor deve estar parado e protegido contra qualquer 
possibilidade de acionamento, evitando assim possíveis 
acidentes. 
 24 
Instalação 
A distância entre centros deve ser diminuída para facilitar a 
instalação da correia sem o uso de “alavanca”. Se a correia não 
ficar ajustada, devem ser utilizadas polias tensoras, de 
preferência internas, e com diâmetro igual ao diâmetro da polia 
menor. 
Tensionamento 
A tensão deve ser ajustada segundo o valor calculado. Após 30 
minutos de pleno funcionamento, a correia deve ser 
retensionada. É fundamental repetir o processo após 4 horas de 
uso para dar o ajuste final do tensionamento. 
AlinhamentoO correto alinhamento das polias e eixos garantirá o 
funcionamento livre da correia entre as flanges, diminuindo o 
atrito de engrenamento dos dentes e distribuindo uniformemente 
a carga sobre a largura total do dente. 
Manutenção 
Verificar periodicamente o tensionamento da correia, o 
alinhamento das polias, tanto horizontalmente como 
verticalmente, bem como se existem saliências nas polias ou 
vincos nas correias. 
Montagem do sistema de correia 
Sentido direto de rotação: 
A correia fica reta e as polias têm o mesmo sentido de rotação: 
 
 25 
Sentido de rotação inverso: 
A correia fica cruzada e o sentido de rotação das polias inverte-
se: 
 
Transmissão de rotação entre eixos não 
paralelos (reversos) 
 
 
Para ajustar as correias nas polias, mantendo tensão correta, 
utiliza-se o esticador de correia. 
 
 26 
Deflexão: 0,4mm para cada 25,4mm de “E” 
 
 
Relação de transmissão 
 
 
 
Portanto: 
1D
2D
2n
1ni == 
 
Onde: 
D1= Diâmetro da polia menor 
D2= Diâmetro da polia maior 
n1= Número de rotação por minuto (rpm) da polia menor 
n2= Número de rotações por minuto (rpm) da polia maior 
 
 27 
Proteção dos sistemas de transmissão 
Mantenha sempre as transmissões protegidas adequadamente. 
Estas proteções devem ser adequadas as normas de segurança, 
garantindo uma proteção para a transmissão e para os 
operadores. 
 
 
 
 28 
 
Causa Provável Solução Prática 
1. Caixa cheia de graxa ou nível de óleo 
elevado... causando excessivo 
batimento do lubrificante, altas 
temperaturas de operação, vazamento 
de óleo. 
1. Retire o excesso de graxa, deixando 
uma quantidade de 1/2 até 2/3 dos 
espaços vazios da metade inferior da 
caixa. Se estiver usando óleo. Reduza o
nível do mesmo à linha imediatamente 
abaixo daquela do centro de esfera ou 
rolo mais baixo do rolamento 
2. Rolamento aplicado está com folga 
radial interna não adequada para as 
condições de trabalho. A transmissão 
externa de calor é conduzida pelo eixo, 
fazendo com que o anel interno do 
rolamento expanda excessivamente. 
2. Verifique se você substituiu o rolamento 
com a folga interna idêntica à gravada 
no original (C3, C4, etc). Cuidado, os 
fabricantes podem marcar as 
características de folga, com lápis 
elétrico ou por ataque ácido. Isto 
permite que firmas inescrupulosas 
comerciantes de rolamento marquem 
elas mesmas estas características. 
Adquira, portanto, rolamentos de fonte 
autorizada e idônea. 
3. Couro ou borracha sintética das 
vedações de contato com excessiva 
tensão da mola ou secos. 
3. Substitua o couro ou borracha sintética 
das vedações por aquelas que reduzam 
a tensão da mola. Lubrifique as 
vedações. 
4. Montagem incorreta do alimentador 
constante de óleo (nível alto ou muito 
baixo), localizado opostamente à 
rotação do rolamento, permite 
excessivo fluxo de óleo, resultando 
num nível de óleo muito alto. 
4. Nível de óleo deverá estar 
imediatamente abaixo da linha de 
centro da esfera ou rolo mais baixo do 
rolamento, quando em operação. 
Localize o alimentador conforme à 
rotação do rolamento. A substituição de
óleo será melhor quando existir visor de 
nível de óleo do alimentador 
5. Carga desbalanceada. Furo da caixa 
muito grande. 
5. Rebalanceie a máquina. Substitua caixa
com furo correto 
6. Ressalto do eixo roçando contra as 
vedações do rolamento. 
6. Reusine o ressalto do eixo deixando 
livre a vedação. Siga as instruções 
dimensionais contidas nos catálogos de 
fabricantes de rolamentos. 
 29 
 
Causa Provável Solução Prática 
6. Nível incorreto de óleo no visor de nível 
de óleo. Resultado: nenhum lubrificante 
no rolamentos. 
6. Limpe o furo interrompido do 
respiradouro do visor de óleo. 
7. Vedações de contato submetidas a 
velocidades periféricas e temperatura 
não condizentes. Além de serem fonte 
excessiva de calor, danificam 
permitindo entrada de impurezas no 
rolamento. 
7. Verifique as velocidades periféricas 
atuantes e as temperaturas. 
Recomendações: 
ƒ Os retentores de filtros: Máximo 4 
m/s temperatura até 100º C. 
ƒ Os retentores de couro: Máximo 7,5 
m/s e temperatura até 80º C. 
ƒ Os retentores de borracha sintética: 
Máximo até 12 m/s e temperatura 
até 100º C. 
 
Importante : Entre 4 a 8 m/s a superfície do eixo deve ser 
retificada e acima de 8 m/s deve-se garantir a dureza do eixo 
superior a 20 ROCKWELL C. cálculo de velocidade periférica: 
 
V = 52 x N x d 
 1.000.000 
V = Velocidade periférica m/s 
N = rotação do eixo em r/Min 
d = diâmetro do eixo, em mm 
 
Substitua a vedação, caso necessário, por mais adequada, se 
possível por vedação sem contato. 
 
Causa provável Solução Prática 
8. Alinhamento linear ou angular incorreto 
de dois ou mais eixos acoplados, com 
dois ou mais rolamentos. 
8. Alinhe corretamente, calçando os 
mancais. Assegure-se que os eixos 
acoplados estejam em linha reta – 
especialmente quando três ou mais 
rolamentos operam sobre um deles. 
 
 30 
 
Causa Provável Solução Prática 
9. Caixa com furo ovalizado. Caixa 
distorcida e ou empenada. Diâmetro do 
furo de caixa com submedida. 
9. Verifique o furo da caixa. Examine se o 
rolamento está prendendo e/ou 
agarrando no mesmo. Sucateie e 
substitua a caixa por outra, caso 
necessário. Assegure-se de que a 
superfície de suporte da caixa esteja 
nivelada e desempenada. Verifique se 
os calços cobrem inteiramente a área 
de base da caixa. 
10. Assento do rolamento usinado com 
diâmetro a maior causando excessiva 
expansão do eixo e anel interno do 
rolamento, reduzindo assim 
excessivamente a folga interna do 
mesmo. 
10. Retifique o eixo para a tolerância 
correta de montagem entre o anel 
interno do rolamento e eixo. 
11. Ponta metálica roçando contra o 
rolamento. 
11. Remova a arruela de aperto. 
Recoloque-a paralelamente à face do 
rolamento ou então substitua por uma 
nova arruela. 
12. Desgaste do furo da caixa devido ao 
material mole. (caixas de material não 
ferroso) Resultado: alargamento do 
furo... causando repuxamento (giro) do 
anel externo na caixa. 
12. Refaça o furo da caixa e prense uma 
bucha de aço no furo. Usine o furo da 
bucha para o diâmetro correto. No caso 
de cargas não elevadas, tolerância 
apertada na caixa, sem o uso de bucha 
de aço, pode corrigir o problema. 
Rolamento está com ruído 
Causa Provável Solução Prática 
1. Tipo de graxa o óleo errado, causando 
quebra da película lubrificante entre os 
corpos rolantes e pistas. 
1. Consulte um dos fabricantes de 
lubrificante com o mesmo tipo de 
lubrificante adequado. Verifique 
instruções em um dos manuais de 
lubrificação para rolamentos e 
determine o tipo de óleo ou graxa a ser 
utilizado. 
 31 
 
Causa Provável Solução Prática 
2. Nível de óleo baixo. Perda de 
lubrificante pelas vedações. Quantidade 
insuficiente de graxa. 
2. Nível de óleo deverá estar 
imediatamente abaixo da linha de centro 
da esfera ou rolo mais Baixo do 
rolamento. Usando graxa, a metade 
inferior do mancal deverá conter de ½ 
até 2/3 de seus espaços c/graxa. 
3. Rolamento aplicado está com folga 
radial interna não adequada para as 
condições de trabalho. A transmissão 
externa de calor é conduzida pelo eixo 
fazendo com que o anel interno do 
rolamento expanda excessivamente. 
3. Verifique se você substituiu o rolamento 
com a folga interna idêntica a gravada 
no original (C3, C4, etc.).Os fabricantes 
podem marcar as características de 
folga, com lápis elétrico ou por ataque 
ácido. Isto permite que firmas 
inescrupulosas, comerciantes de 
rolamentos, marquem elas mesmas 
estas características. Adquira, portanto 
rolamentos de fonte autorizada e idônea.4. Materiais externos (sujeira, areia, 
minério, etc) penetrando na caixa de 
rolamento. 
4. Limpe a caixa do rolamento, substitua as
vedações ou melhore o sistema de 
vedação a fim de obter proteção 
adequada para o rolamento. 
5. Agentes corrosivos (água, ácido, tintas, 
etc.) penetrando na caixa do rolamento. 
5. Adição de um sistema adicional que 
lance para fora ou reduz a ação dos 
agentes corrosivos. 
6. Caixa com furo ovalizado. Caixa 
distorcida e /ou empenhada. Diâmetro 
do furo da caixa com subedida. 
6. Verifique o furo da sua caixa. Examine 
se o rolamento está prendendo e/ou 
agarrando no mesmo. Sucateie e 
substitua a caixa por outra, caso 
necessário. Assegure-se de que a 
superfície de suporte da caixa esteja 
nivelada e desempenada. Verifique se 
os calços cobrem inteiramente a área de 
base da caixa. 
 32 
 33 
Rolamentos 
Rolamentos 
Da antiguidade aos tempos atuais 
A primeira utilidade do rolamento que nos vem à cabeça é servir 
como elemento auxiliar no transporte (até por causa dos 
carrinhos de “rolimã” da infância). E nisso os rolamentos são 
bem antigos. Alguns situam o início do seu uso por volta do ano 
4.000 a.C., ajudando os escandinavos a deslizar com seus 
trenós. Através de pictografias existentes na Noruega podemos 
ver uma estrutura formada por madeiras com rodas que se 
assemelhava a um trenó. 
 
Outros Historiadores preferem apontar o seu início por volta de 
3.500 a.C., quando os sumérios utilizaram um cubo de roda 
construído em madeira montado sobre um eixo também de 
madeira, conforme uma ilustração de uma biga usada por este 
povo. 
 
Já os egípcios apresentam diversas provas do seu uso. A 
construção de seus inúmeros monumentos foi muito facilitada 
quando passaram a usar rolos de madeira para transportar 
pedras de grande peso. Há inclusive uma ilustração datada de 
cerca de 1.800 a.C., que mostra um egípcio na ponta de pedra 
entornando um lubrificante no chão essa ilustração é 
freqüentemente referida como a mais antiga figura de um 
“engenheiro de lubrificação” trabalhando. 
 34 
Nas civilizações clássicas, Grécia e Roma, temos grandes 
aplicações de elementos rolantes. Em muitos escritos gregos 
encontramos referências ao uso de rolimãs ou esferas e sobre 
as vantagens do uso de objetos esféricos para propósitos 
geométricos e para aplicações de engenharia, como em suas 
catapultas. Porém, é na civilização romana onde os mais 
espetaculares desenvolvimentos são encontrados. Cerca de 30 
quilômetros de Roma há um lago chamando Nemi, onde, no 
início deste século, arqueologistas descobriram duas 
embarcações. Entre os inúmeros objetos encontrados, temos 
duas esferas que representam dois pontos de sumo interesse: 
um é o uso de metal nessas esferas, uma transição do uso de 
madeira para metal em rolamentos, e o outro é o fato de que 
representa uma das mais antigas formas de rolamentos 
propriamente disto, apesar de que as esferas ou bolas não 
tinham livre rotação como nos modernos rolamentos. Na mesma 
época dos romanos, Os celtas também mostram evidências do 
uso de rolamentos. 
 
Ao longo do período da idade média, o chamado “período negro” 
em termos de desenvolvimento tecnológico, existe poça 
evidência do uso ou desenvolvimento continuado de rolamentos. 
Isto é, na verdade, uma realidade pra vários aspectos da 
tecnologia e da cultura em geral, de modo que somente no início 
do século XVI voltamos a falar de rolamentos. 
 
Por volta do ano de 1.500 é que Leonardo da Vinci 
consubstanciou um dos sonhos mais antigos da humanidade, o 
de possuir um veículo que se locomove sem o emprego de força 
muscular, em idéia concreta, fixando suas concepções em 
desenhos técnicos. Não há qualquer dúvida a respeito de que foi 
Leonardo da Vinci também quem primeiro pensou num veículo 
de locomoção por força própria. Comprova-se isto por uma 
ilustração sua e pelo projeto de um carro, impulsionado por um 
sistema de molas que possui até uma transmissão com 
diferencial. 
 35 
Provavelmente, Leonardo nunca chegou a realizar seu carro de 
autopropulsão no entanto cabe-lhe o mérito de ter tido a idéia de 
utilizar a energia armazenada num sistema de molas pra 
locomover um veículo. 
 
Este carro, que pode ser considerado como o precursor do 
automóvel moderno, provavelmente represente o último estágio 
de um processo de desenvolvimento de Leonardo da Vinci. Isto 
se depende claramente de seus desenhos. Vários dos 
componentes essenciais do automóvel de hoje podem ser 
atribuídos diretamente a Leonardo. Assim, por exemplo, 
Leonardo foi o primeiro a idealizar e desenhar um sistema de 
transmissão para um veículo com caixa de redução e volante de 
direção. Em outro projeto de veículo, também tinha previsto 
rodas dirigíveis. 
 
A força motriz neste projeto era proporcionada pro “8 homens” 
acionando manivelas, sendo transmitida para as rodas através 
de uma caixa redutora. Finalmente, idealizou para o veículo 
autopropulsionado o sistema de tração individual das rodas, e 
um engrenamento epicíclico, que pode ser considerado como 
precursor do diferencial moderno. 
 
São perfeitamente identificáveis essas peças do veículo nos 
seus desenhos. Em compensação, não é muito nítida a 
representação daquela parte que se refere ao sistema de 
acionamento com molas, o qual deveria suprir o veículo com a 
necessária força motriz. Conclui-se que foi a falta de um “motor” 
adequado que obrigou Leonardo a renunciar à concretização á 
de seu “’veículo autopropulsionado”. 
 
Como é notório, o gênio universalista de Leonardo da Vinci se 
ocupou com inúmeras coisas e déias. Mesmo um assunto hoje 
tal atual quando a economia de energia pode ser atribuído a ele, 
pois que Leonardo estudou muito intensamente o princípio do 
fenômeno do atrito. Deve-se a ele a clara e completa teóricas e 
práticas abrangeram também as diferenças de magnitude do 
atrito conforme espécie dos materiais em contato e também 
conforme a utilização de meios lubrificantes entre as superfícies. 
 36 
Leonardo da Vinci dedicou especial atenção à questão da 
redução da resistência de atrito, utilizando na sustentação de 
corpos rotativos. Para tanto, muitas vezes ele previu cilindros, 
conforme os mostradores como corpos rolantes. 
 
Estes rudimentares projetos de “rolamento provam que Leonardo 
da Vinci já tinha descoberto a maneira de reduzir a resistência 
de giro, mediante o auxílio de cilindros que servem como corpos 
rolantes. 
 
As idéias de um veículo autopropulsionado e as concepções de 
mancais com baixo índice de atrito já existam lá pelo ano de 
1.500. Entretanto, até a concretização destes projetos deve-se-
íam passar ainda alguns séculos. Somente no século XVIII 
surgiu um fonte de energia razoável, com a máquina movida a 
vapor, que facultou James Watt em 1759 a construir um 
pequeno modelo de um veículo autopropulsionado, próprio para 
locomover-se pelas ruas. Um certo desenvolvimento técnico 
destes veículos a vapor ocorreu nos séculos XVIII e XIX. Mas só 
com a descoberta do motor à combustão foi dada uma base 
decisiva para o advento do automóvel como nós o conhecemos 
hoje. 
 
A história dos primeiros rolamentos se assemelha à do 
desenvolvimento do automóvel. Da idéia até a condição de 
fabricação industrial foi o longo e difícil caminho. Sob o enfoque 
do princípio fundamental, já na mais remota antiguidade foram 
empregados rolos cilíndricos de madeira para o transporte de 
pedras pesadas, que podemos considerar, de certa forma, os 
rústicos ancestrais e as aplicações modernas dos rolamento de 
nossos dias. Do mesmo modo como aconteceu a Leonardo da 
Vinci, o sucesso prático foi negado aos inventores do fim do 
século XVIII e início do século XIX.. A transformação das idéias 
em prática esbarrava, segundo as evidencia, na impossibilidade 
de se produzir esferas com aprecisão necessária. 
 37 
A idéia fundamental da redução do atrito e a conseqüente 
economia de energia com a utilização do rolamento permanece 
até hoje. A concretização técnica deste princípio básico foi 
imposta com o surgimento das bicicletas em meados do século 
XIX, quando a necessidade de se economizar força podia ser 
sentida no próprio corpo. 
 
O desenvolvimento dos primeiros rolamentos de esferas recebeu 
um grande impulso graças à bicicleta. Após algumas mutações 
nos projetos, desenvolveu-se o assim chamado “rolamento tipo 
cone”. Eram rolamento de esferas em que seus anéis formavam 
a figura de um cone. Foram considerados com a solução 
adequada para cubos de rodas e pedaleiros. Não admira, 
portanto, que um rolamento tipo cone ajustável tem, no fim do 
século passado , substituído o mancal deslizante até então 
utilizado nas rodas dos veículos. O baixo índice de atrito e a 
maior segurança de funcionamento foram os fatores 
determinantes para a introdução dos rolamentos. 
 
Na Europa, inicialmente, o desenvolvimento concentrou-se nos 
rolamentos de esferas. As experiências com rolamentos de rolos 
não foram as melhores. Nos Estados Unidos o desenvolvimento 
da indústria automobilística se baseou mais nos rolamentos de 
rolos e, em especial, nos rolamentos de rolos cônicos. Na 
mesma época, na Europa, desenvolveu-se o rolamento de rolos 
cilíndricos e o rolamento autocompensador de uma carreira de 
rolos esféricos. 
 
Bem, aqui já ingressamos nos tempos modernos. E o 
desenvolvimento do rolamento continua até hoje. A pesquisa é 
contínua e novos produtos mais adequados às necessidades 
dos clientes vão surgindo. É importante ressaltar também a 
pesquisa de novas matérias-primas, como poliamida e cerâmica. 
Enfim, o rolamento do século XXI já está entrando nas 
pranchetas de hoje. 
 38 
Aplicações, características principais e 
processos de fabricação dos rolamentos 
Rolamento 
O rolamento é uma peça de importância fundamental para os 
equipamentos mecânicos, isto é, equipamentos nos quais há 
transmissão de força e movimento. 
 
Motores, automóveis, guindastes, eletrodomésticos, tratores e 
aviões: uma série interminável de máquinas faz parte da nossa 
vida, produzindo e transportando riquezas, movimentando toda a 
economia de um país. 
 
Ao examinarmos estas criações da Engenharia Mecânica, 
notamos uma característica comum a todas elas: a existência de 
eixos, rodas, hélices girando e transmitindo forças. E onde 
houver um eixo girando , lá estará um rolamento, o 
imprescindível intermediário entre a peça móvel e a parte 
estacionária da máquina. O eixo de um motor elétrico apóia-se 
sobre rolamentos, assim como as rodas de automóveis ou as 
rodas do trem de pouso dos aviões: as engrenagens dos 
câmbios, os cilindros de laminação das aciarias, as antenas dos 
radares, todos giram suavemente sobre esta maravilha da 
moderna indústria mecânica de precisão. 
 
Os rolamentos consistem, basicamente, de: 
• Dois anéis de aço temperado, sendo geralmente um deles 
fixo e o outro solidário ao eixo.; 
• Corpos rolantes também de ac temperado – esferas, rolos, 
agulhas – que, em número variável, separam os anéis. 
• Gaiola, cuja função é manter os corpos rolantes separados e 
uniformemente distribuídos entre os dois anéis. 
 
Através desta construção, isto é, da introdução de esferas, rolos 
ou agulhas entre os dois anéis, consegue-se, praticamente, 
eliminar o atrito entre a parte fixa e móvel das máquinas. 
 39 
Fabrica-se atualmente no mundo cerca de 50.000 tipos de 
rolamentos de esferas e rolos. Cada uma destas classes pode 
ser subdividida em radiais e axiais, dependendo da direção da 
força a ser transmitida. 
 
Em determinadas aplicações, visando reduzir o espaço a ser 
ocupado pelo rolamento ou facilitar a sua montagem n 
equipamento, pode-se dispensar um ou ambos os anéis. Neste 
caso as pistas necessárias ao giro suave dos corpos rolantes 
serão usinados diretamente sobre o eixo e/ou sobro o 
alojamento do rolamento. Sendo eliminados ambos os anéis, o 
rolamento será constituído de uma gaiola montada com corpos 
rolantes. 
Características Principais 
Quando em funcionamento, ao transmitir uma força e 
movimento, o rolamento é submetido a elevadas cargas, em 
regime contínuo ou intermitente. Em conseqüência disto, o anel, 
interno e externo, assim como os corpos rolantes, através dos 
quais ocorre a efetiva transmissão dos esforços, devem resistir a 
intensas solicitações mecânicas. Além disto, o rolamento deve 
apresentar bom desempenho em serviços por longo período de 
tempo, visto que a substituição do mesmo implica a paralisação 
de todo o equipamento. Finalmente, quando em rotação , o 
movimento de rolamento deve ser suave, sem vibração ou 
trepidação, objetivando assegurar o funcionamento adequado 
dos eixos e demais componentes do equipamento. 
 
Alta resistência às cargas aplicadas, resistência ao desgaste e 
giro suave: são estas as três características fundamentais 
exigidas dos rolamentos pela moderna indústria mecânica. 
 
Dentro deste enfoque, exige-se do anel interno, anel externo e 
dos compôs rolantes propriedades metalúrgicas excepcionais, 
razão pela qual utiliza-se na produção dos mesmos um tipo 
especial de aço, denominado universalmente aço para 
rolamento: as peças feitas deste aço são ainda, durante a 
fabricação submetidas a um processo metalúrgico específico, 
 40 
chamado tratamento térmico, cujo objetivo é maximizar a 
resistência mecânica e a resistência ao desgaste. 
 
Quanto ao giro suave, silencioso e sem vibração, as peças 
devem adquirir, a final das sucessivas operações de usinagem, 
características dimensionais e de acabamento situadas nos 
limites do que a mecânica fina mais, moderna pode atingir; a 
utilização de material e de processos de fabricação da mais alta 
tecnologia. Entretanto , não dispensa a necessidade de inspeção 
contínua dos componentes, através da utilização de toda uma 
gama de instrumentos da mais alta precisão e de técnicas de 
controle de qualidade. 
 
Somente desta maneira pode-se assegurar, que o produto final 
realmente apresente as propriedades indispensáveis ao 
desempenho satisfatório em serviço. 
Fabricação dos Rolamentos 
A Matéria-Prima 
O aço para rolamento é um laço liga especial com certo teor de 
carbono e elementos químicos tais como cromo e níquel que lhe 
conferem propriedades metalúrgicas especificas. A sua 
características mais marcantes, entretanto, é o seu grau 
extremamente baixo de impurezas. Estas impurezas, também 
chamadas inclusões não metálicas permanecem alojadas em 
microscópicas bolhas de aço, provocando fissuras e o 
conseqüente desgaste acelerado da peã quando em serviço. Por 
esta razão, o aço para rolamento é submetido na aciaria, a 
processos de refinamento, com o objetivo de reduzir o teor de 
enxofre e de fósforo, principais constituintes das impurezas, a 
níveis baixíssimos. Alem deste refinamento, desgaseificação, 
com a finalidade de eliminar do seu conteúdo os resíduos de 
oxigênio e de hidrogênio que possam tê-lo contaminado durante 
processo de elaboração. 
 
O aço para rolamento é transformado pelas usinas em tarugos, 
barras, tubos e arames, sendo neste estado fornecido aos 
fabricantes de rolamento. As barras, tubos e arames são 
 41 
submetidos ainda a um recozimento, para reduzir sua, em geral, 
destinados à confecção de peças forjadas, sendo as mesmas 
recozidas antes da usinagem. 
Usinagem mole 
A fabricação dos anéis e dos corpos rolantes inicia-se co as 
operações de usinagem dos tubos, barras e arames, assim 
como das peças brutas previamente forjadas a frio ou a quente. 
O conjunto destas operações denomina-se usinagem mole, visto 
que a matéria-prima encontra-se em estado recozido e, portanto, 
com dureza baixa. 
 
Os anéis são torneados,furados e cortados,adquirindo o 
componente a forma geométrica e as dimensões desejadas. 
Estas operações são efetuadas em máquinas operatrizes de 
grande velocidade de corte, sendo comum a atuação simultânea 
de 20 a 30 ferramentas; nessas operações ocorre a remoção, 
em forma de cavaco, de em média 25% do peso da matéria 
prima prevista para o anel. 
 
No caso das esferas corta-se o arame inicialmente em pequenos 
tarugos, os quais a seguir são forjados a frio em prensas 
especiais, obtendo-se desta forma uma peça aproximadamente 
esférica. 
Por tudo isto, não é exagerado dizer, que no tratamento térmico 
que o rolamento adquire sua verdadeira alma. 
Retífica e Lapidação 
Estas operações de usinagem, efetuadas após o tratamento 
térmico, visam conferir às peças a sua dimensão, forma e 
acabamento final. 
 
A retifica é executada por meio de discos de material abrasivo, 
os quais, tocando a superfície das peças em alta rotação, 
arrancam das mesmas milhares de partículas de aço. Os 
abrasivos mais utilizados são o óxido de alumínio, o carbureto de 
silício e compostos de boro; a dureza destes materiais, próxima 
da do diamante, permite ao abrasivo sobrepujar a elevada 
 42 
resistência do aço-cromo temperado, possibilitando a remoção 
dos pequenos cavacos metálicos. 
 
Os anéis passam, sucessivamente, por operação de retifica das 
faces laterais, da superfície cilíndrica externa (anéis externos) e 
do furo (anel interno); atinge-se, desta forma, as dimensões 
externas finais do rolamento a ser montado. A seguir executa-se 
a retificação das pistas, como operação preparatória para a 
lapidação. 
 
Universalmente os rolamentos são fabricados dentro de 
tolerâncias dimensionais extremamente reduzidas. Isto significa 
que rolamentos de mesma designação, fabricados em qualquer 
parte do globo, apresentarão entre si, variações da ordem de 
alguns milionésimos de milímetro. Para melhor aquilatar o 
significado milésimos de mm. Portanto, a maioria dos rolamentos 
é fabricada dentro de variações correspondentes a 25% do 
diâmetro do cabelo. É justamente a manutenção das variações 
dimensionais dentro de limites tão estreitos que torna viável a 
ampla intercambialidade dos componentes das máquinas, 
mormente dos rolamentos. 
 
Além das dimensões externas, a retífica das pistas, merece 
cuidado. O defeito de circularidade das pistas , isto é, o 
afastamento real das pistas em relação ao círculo perfeito 
também deve ser mantido dentro de limites micrométricos, visto 
que tal parâmetro, juntamente com a rugosidade da superfície, 
determinará o nível de ruído e vibração o rolamento. Some-se a 
isto os perigos representados pelo brusco aquecimento 
provocado pelo atrito entre o abrasivo e o aço, com possibilidade 
de se provocar a queima ou amolecimento do aço temperado, 
assim como o surgimento de fissuras e trincas na peça. 
 
Após a retifica passa-se à lapidação das pistas, com a finalidade 
de obter superfícies praticamente espelhadas. Utiliza-se neste 
caso pedras abrasivas de finíssima granulação, descrevendo os 
mesmos movimentos oscilantes durante a operação. A qualidade 
do acabamento, vital para o nível de ruído do rolamento, é 
avaliada através de medições da rugosidade, chegando a 
 43 
precisão dos instrumentos de medição ou milionésimo de 
milímetro cientificamente denominado nanometer (0,000001 
mm). 
 
Os corpos rolantes são usados por processos semelhantes, com 
operações sucessivas de retífica a lapidação, com a utilização 
de discos abrasivos, assim como pedras e pastas de lapidação. 
 
Manter os processos de usinagem acima descritos 
permanentemente sob controle, para garantir uma produção 
econômica de peças de alta precisão, significa lançar mão de 
máquinas operatrizes e instrumento de medição de tecnologia 
avançada, manuseadas por pessoal técnico da mais alta 
qualificação. 
Gaiolas 
As gaiolas ou separadores são confeccionados de diversos 
materiais, sendo os mais comuns: chapa de aço baixo – 
carbono, bronze ou materiais sintéticos como poliamida. 
 
A escolha do material é feita em função da forma da gaiola das 
condições de operação do rolamento e do custo de fabricação. 
As gaiolas estampadas de chapa de aço baxo-carbono são as 
de uso mais difundido; entretanto, quando a temperatura de 
operação do rolamento não excede 120ºC, as gaiolas injetadas 
de material sintético com concorrido vantajosamente com as 
gaiolas metálicas. 
Montagem 
Terminamos os componentes, os mesmos convergem para a 
operação de montagem. 
 
Esta se inicia com medição do diâmetro das pistas dos anéis, em 
fundação do resultado, seleciona-se o diâmetro correspondente 
dos corpos rolantes a serem inseridos no conjunto. Dessa forma 
o rolamento passa a ter um folga radial e/ou axial especificada, 
parâmetro vital para o seu funcionamento. Segue-se a inspeção 
da folga do ruído tendo este objeto de simular o nível de ruído a 
ser emitido pelo rolamento quando posto em serviço . a 
 44 
colocação. A colocação de graxa. De vedadores e a embalagem 
encerram o ciclo produtivo. 
 45 
Montagem de rolamento 
Montagem de Rolamentos 
O aquecedor indutivo foi desenvolvido para otimizar a montagem 
de rolamentos, buchas, engrenagens ou peça metálica em forma 
de anel que deve ser montada com interferência sobre o eixo. O 
aparelho opera por aquecimento indutivo, dilatando o diâmetro 
interno da peça, permitindo uma montagem por deslizamento. O 
aquecimento por indução é um método moderno que, além da 
rapidez de aquecimento da peça, elimina por completo os danos 
que podem ocorrer durante a montagem. O método de 
aquecimento indutivo é bem mais prático que os métodos 
tradicionais atualmente em uso, como o aquecimento em torno, 
uso de placas de aquecimento ou banho em óleo. 
Vantagens 
• Pode ser usado tanto para rolamentos blindados como para 
rolamentos normais. 
• E adequado para a expansão de qualquer peça metálica em 
forma de anel. 
• Aqueça a peça de maneira uniforme e controlada. 
• Elimina todos os danos que possam ocorrer durante o 
processo de montagem da Peça 
• Aumenta a vida útil do rolamento, pois expande seu anel 
interno, reduzindo, deste modo, qualquer interferência 
mecânica que normalmente ocorre durante a montagem. 
• Possibilita a montagem da peça em qualquer local devido á 
facilidade de transporte do aparelho. 
• Reduz o tempo de montagem. 
 46 
• Proporciona rápido retorno do capital investido devido ao seu 
baixo custo de aquisição. 
• Apresenta baixo consumo de energia. 
• Simplicidade de manuseio. 
• Oferece alta segurança em operação (sem risco de 
incêndio). 
• Não apresenta efeitos nocivos sobre o meio ambiente. 
Rolamentos de rolos cilíndricos 
As partes separáveis dos rolamentos de rolos cilíndricos são 
geralmente montadas independentemente.Monte primeiramente 
o anel separável e lubrifique ligeiramente sua pista. Depois de 
lubrificar os rolos, monte o outro anel que possui o conjunto de 
rolos e gaiola. Introduza então este anel no anel separável, 
girando o eixo ou a caixa durante está operação. Certifique-se 
que o conjunto de rolos não se desalinhe na montagem; uma 
bucha de guia pode ser usada, para evitar que isto aconteça. 
 
Se o conjunto de rolos entrar enviesado. Sem ter sido lubrificado 
ou girado durante sua entrada, um anel ou alguns rolos poderão 
facilmente ser danificados. 
 
 
 47 
Rolamentos de rolos cônicos 
A montagem dos rolamentos de rolos cônicos é um pouco mais 
complicada. 
 
 
 
Geralmente estes são ajustados para um certo valor de folga 
interna ou para uma dada pré-carga, usando, molas ou calços 
(peças distanciadoras calibradas). Se as instruções do fabricante 
da máquina não estiverem disponíveis. 
 
Os conjuntos de rolamentos de cubos de rodas usuais podem, 
porém, ser montados com relativafacilidade. Começa-se 
montando os anéis externos no cubo, usando uma “caneca” ou 
um pedaço de tubo limpo. Verifique se os anéis realmente 
atingem o encosto. 
 
 48 
O cone ( anel interno com rolos e gaiola) do rolamento de dentro 
deve então ser montado. Preencha os espaços existentes entre 
os rolos com uma graxa adequada. Coloque a roda em sua 
posição e finalmente note o cone do rolamento fora. 
 
 
 
Rosqueia a porca e aperte-a, girando a roda ao mesmo tempo. 
Quando a roda não puder mais girar com facilidade, solte a 
porca apenas o suficiente para permitir que a roda gire livre 
novamente. Trave a porca e coloque a tampa do cubo 
imediatamente. 
 
 
 
Verifique, se possível, a folga do conjunto e]de rolamentos, por 
exemplo: balançando a roda, a caixa ou o eixo. 
 49 
Se os rolamentos forem montados muito apertados, poderá 
ocorrer rapidamente uma danificação. 
 
 
 
Se uma alta precisão for desejada, poderá ser usado um 
instrumento para medir a folga interna axial dos rolamentos. É 
importante que durante a ajustagem e antes da medição, o eixo 
o a caixa sejam girados de algumas voltas, de formas que as 
extremidades dos rolos ocupem suas posições corretas contra o 
flange de guia 
Rolamentos montados sobre bucha 
O anel interno dos rolamentos com furo cônico é sempre 
montado com um ajuste interferente, geralmente em uma bucha 
de fixação ou de desmontagem. O grau de interferência depende 
da distância que o rolamento é deslocado sobre a superfície 
cônica. A folga interna radial original do rolamento é 
gradualmente reduzida, a medida que o rolamento é deslocado. 
Esta redução de folga é, portanto, uma medida do grau de 
interferência. 
 
 
 50 
Remova o protetor anti-ferruginoso do furo do rolamento antes 
da montagem. Coloque o rolamento na bucha e rosqueie a porca 
de fixação. Desloque o rolamento na bucha apertando a porta. 
 
 
Bucha de fixação 
 
Coloque a bucha no eixo, no local marcado antes da 
desmontagem; isto pode ser feito com facilidade, se o rasgo de 
buchas for aberto levemente, usando uma chave de fenda, por 
exemplo. Se, por algum motivo ], a posição da bucha no eixo 
não foi marcada, então a posição correta do rolamento deve ser 
estabelecida, para então colocar a bucha em relação a este. Em 
certos casos, uma montagem simulada dos rolamentos pode ser 
necessária, para certificar-se da que a bucha está posicionada 
corretamente. 
 
 
 
Ao montar um rolamento autocompensa-dor de esferas sobre 
bucha de fixação, a redução da folga interna radial debe ser 
verificada, girando o rolamento desalinhando o anel externo. 
Quando a porca tiver atingido o aperto correto, dera possível 
 51 
girar o anel externo com facilidade, mas começará haver certas 
resistência ao tentar desalinhar o mesmo. 
 
 
 
Antes de montar os rolamentos autocompensadores de rolos em 
buchas de fixação, a folga interna radial deve ser medida com 
um calibrador de lâminas. Coloque o rolamento de pé na 
bancada, gire o anel interno algumas vezes para que os rolos 
assumam suas posições corretas, e então introduza a lâmina do 
calibrador entre o rolo superior e a pista do anel externo. Use 
uma lâmina fina para começar e aumente gradualmente a 
espessura, até que a lâmina entre bem justa. A folga medida 
deverá ser a mesma para ambas as carreiras de rolos. 
 
 
 
Verifique a redução de folga várias vezes durante a montagem. 
Meça a folga entre o rolo da posição mais inferior e a pista do 
anel externo. 
 52 
A tabela a seguir contém valores recomendáveis para a redução 
de folga interna radial e o deslocamento axial para os rolamentos 
autocompensadores de rolos. 
 
 
 
Cargas pesadas, altas rotações e grandes diferenças de 
temperaturas entre os anéis interno e externo (anel interno mais 
quente que o externo) indicam que uma grande folga interna 
residual é necessária. Em tais casos, um rolamento tendo uma 
folga interna radial maior que a normal, p.ex., C3 ou C4, é 
geralmente usado, sendo montado com a máxima redução de 
folga indicada na tabela. Se o anel externo aquecer mais que o 
anel interno um rolamento com uma folga interna inicial menor 
que a normal será geralmente usado. 
 
 53 
Dispositivos auxiliares 
 
 
 
 54 
 55 
Controle de folga 
Folga interna 
A folga interna de um rolamento é definida como a distância total 
que um anel pode ser movido em relação ao outro na direção 
radial (folga interna radial) ou na direção axial (folga interna 
axial). 
 
É necessário distinguir entre a folga interna do rolamento antes 
da montagem e depois da montagem quando, nesta última 
situação, o rolamento atinge sua temperatura de trabalho (folga 
em trabalho). A folga interna inicial (antes da montagem) é maior 
do que a folga em trabalho, pois os anéis são expandidos ou 
comprimidos por ajustes com interferência e também porque há 
diferenças no posicionamento dos anéis do rolamento, devido às 
dilatações térmicas dos componentes associados. 
 
A folga interna radial de um rolamento é muito importante para 
um desempenho satisfatório. Como regra geral, os rolamentos 
de esferas devem ter uma folga de trabalho igual a zero, ou 
então uma pequena pré-carga. Rolamentos de rolos cilíndricos e 
autocompensadores de rolos por outro lado, devem sempre ter 
alguma folga residual, mesmo que pequena. O mesmo é válido 
para rolamentos de rolos cônicos, exceto em aplicações onde 
uma grande rigidez seja requerida, como p. ex. em arranjos de 
rolamentos para pinhão, de diferencial, onde os rolamentos são 
montados com um certo grau de pré-carga. 
 56 
A folga interna radial conhecida com normal foi selecionada de 
tal forma que, quando os rolamentos são montados com os 
ajustes recomendados e trabalham em condições normais, uma 
folga interna em trabalho adequada será obtida. Quando as 
condições de trabalho e montagem diferem das usuais, como p. 
ex., em aplicações onde são utilizados ajustes interferentes em 
ambos os anéis ou onde as temperaturas de trabalho são 
criticas, deve-se selecionar rolamentos com uma folga interna 
maior ou menos que a Normal. Nestes casos, é recomendado 
verificar a folga residual do rolamento após sua montagem. 
 
Os rolamentos que possuem folga interna diferente da Norma 
são identificados pelo sufixo C1 e C5. 
 
Para rolamentos de uma carreira de esferas de contato angular 
em pares, rolamentos de rolos cônicos em pares, rolamentos de 
duas carreiras de esferas de contato angular e rolamento de 
quatro pontos de contato, os valores de folga interna 
especificados são para folga axial em vez de folga radial, uma 
vez que a folga axial é de menor importância em projetos de 
aplicações para esses tipos de rolamentos. 
 
 
 
 57 
Pré-carga em rolamentos 
Dependendo da aplicação é necessário que haja uma folga em 
trabalho positiva ou negativa no arranjo de rolamentos. Na 
maioria das aplicações, a folga em trabalho positiva ou negativa 
no arranjo de rolamentos. Na maioria das aplicações, a folga em 
trabalho deve ser positiva, ou seja, qual em operação o rolamento 
deverá ter uma operação o rolamento deverá ter uma folga 
residual, embora pequena. Entretanto, em muitos casos será 
necessário uma folga residual, embora pequena. Entretanto, em 
muitos casos será necessário uma folga negativa ou pré-carga, a 
fim de aumentar a rigidez do arranjo de rolamentos ou melhorar a 
precisão de giro, p. ex., em fusos de máquinas-ferramentas, 
rolamentos de pinhão em diferenciais de automóveis, arranjos de 
rolamentos em pequenos motores elétricos e em arranjos para 
movimentos oscilatórios. A aplicação da pré-carga, p. ex., através 
de molas, também é recomendada para rolamentos que operarão 
sem carga submetidos a cargas muito baixas e a altas 
velocidades. Nestes casos, a pré-carga garanteuma carga 
mínima no rolamento, prevenindo a falha prematura resultante de 
um movimento de escorregamento. 
Tipos de pré-carga 
Dependendo do tipo de rolamento a pré-carga pode ser radial ou 
axial. Os rolamentos de rolos cilíndricos, devido à sua construção, 
somente poderão ser pré-carregados radialmente, e rolamentos 
axiais de esferas somente poderão ser pré-carregados 
axialmente. Os rolamentos de uma carreira de esferas de contato 
angular e os rolamentos de rolos cônicos, montados geralmente 
contra um segundo rolamento do mesmo tipo dispostos em O 
(back-to-back) ou em X (face-to-face), são pré carregados 
axialmente. Neste caso, a aplicação de uma pré-carga axial 
significa que os rolamentos também estão pré-carregados 
axialmente, porém deverão possuir uma folga interna radial, maior 
que a Norma (p.ex., C3) para se obter um ângulo de contato 
maior que zero com nos rolamentos de esferas de contato 
angular. 
 58 
A distância L entre os centros de pressão de dois rolamentos que 
possuam ângulo de contato ( de esferas de contato angular de 
rolos cônicos) é maior quando os rolamentos estão dispostos de 
O e menor quando estes são arranjados em x do que a distância 
I, entre os centros dos rolamentos. Isto significa que os 
rolamentos dispostos em O suportam momentos fletores maiores, 
mesmo se a distância entre os centros dos rolamentos for 
relativamente pequena. A deformação causada pelas forças 
radiais resultantes de momentos é menor neste caso do que nos 
rolamentos dispostos em X. 
 
 
 
Caso o eixo se aqueça mais a caixa, durante a operação, a pré-
carga que havia sido ajustada na temperatura ambiente durante a 
montagem, irá aumentar, sendo que, este aumento será maior na 
disposição em X que na em O. A expansão térmica na direção 
radial reduzirá a folga ou aumentará a pré-carga em ambas as 
disposições. Este efeito também é observado pela expansão 
térmica na direção axial, porém, é mais acentuado na disposição 
em X, que na em O. Para uma dada distância entre rolamentos 
numa disposição em O, que possuam o mesmo coeficiente de 
dilatação térmica dos componentes associados, as expansões 
térmicas radiais serão anuladas entre si, de modo que a pré-
carga não será alterada. 
 59 
Efeito da pré-carga em rolamentos 
Os principais efeitos da pré-carga em rolamentos são: 
• Aumento da rigidez 
• Redução do nível de ruído em trabalho 
• Aumento da precisão de orientação do eixo 
• Compensação do desgaste e processo de amaciamento em 
operação, 
• Vida em serviço longa 
Alta rigidez 
A rigidez do rolamento (em N/um) é definida como sendo a 
relação entre a força atuante no rolamento e a deformação 
elástica do mesmo. Para uma determinada faixas de cargas, as 
deformações elásticas que ocorrem são menores que nos 
rolamentos que não são pré-carregados. 
Giro silencioso 
Quanto menor a folga operacional de um rolamento, melhor a 
orientação dos corpos rolantes na zona descarregada, e mais 
silencioso rolamento será em operação. 
Orientação precisa do eixo 
O apoio de um eixo em rolamentos pré-carregados, permite uma 
orientação mais precisa devido à restrição do eixo, em fletir sob 
cargas. Quanto mais precisa a orientação e maior a rigidez 
obtida por rolamentos pré-carregado, p. ex., em pinhão e coroa, 
mais preciso e constante será mantido o engrenamento, além 
das forças dinâmicas adicionais permanecerem baixas. Como 
resultado, a operação será 
silenciosa e o conjunto terá uma longa vida de serviço. 
Compensação do desgaste e processo de 
amaciamento 
Num arranjo de rolamentos, o desgaste e o amaciamento 
aumentam a folga durante o trabalho, porém isto é compensado 
pela pré-carga. 
 60 
Longa vida em serviço 
Em certas aplicações, os arranjos de rolamentos pré-carregados 
aumentam a confiabilidade operacional e a vida em serviço. Uma 
pré-carga dimensionada corretamente tem uma influência 
favorável na distribuição de cargas nos rolamentos, e, portanto, 
na sua vida. 
Determinação da força de pré-carga 
A pré-carga pode ser expressa como uma força, ou como uma 
distância, apesar da força ser a especificação mais utilizada. 
Dependendo do método de ajuste a pré-carga também está 
relacionada indiretamente com o torque de atrito no rolamento. 
 
Valores empíricos para uma força de pré-carga otimizada podem 
ser obtidos de projetos já existentes, e podem ser obtidos de 
projetos já existentes, e podem ser aplicados em projetos 
similares. Para novos projetos recomenda-se que a força de pré-
carga seja calculada e verificada através de testes. Como 
geralmente todos os fatores que influenciam a operação real não 
são precisamente conhecidos, serão necessárias correções na 
prática. A confiabilidade dos cálculos depende do conhecimento 
das condições reais da temperatura de trabalho e do 
comportamento elástico dos componentes associados – 
principalmente da caixa. 
Pré-carregando com molas 
Através da pré-carga dos rolamentos em pequenos motores 
elétricos e aplicações similares, é possível reduzir o ruído em 
operação. O arranjo de rolamentos nestes casos, compreende um 
rolamento rígido de esferas em cada extremidade do eixo. O 
método é simples e aplica a pré-carga através de uma mola ou 
pacote de molas. A mola age no anel externo de um dos dois 
rolamentos que possa deslocar-se axialmente. A força de pré-
carga permanece praticamente constante mesmo quando ocorre 
um deslocamento axial no rolamento, como resultado de 
expansão térmica. A força de pré-carga requerida pode ser 
estimada por. 
 61 
F=k.d 
 
Onde 
F = força de pré-carga, N 
k = fator 
d = diâmetro do furo do rolamento, mm. 
 
Dependendo do projeto do motor elétrico, utilizam-se valores de 5 
a 10 para o fator k. se a pré-carga for aplicada para proteger os 
rolamentos da vibrações quando estiverem parados, deve-se 
utilizar k – 20. 
 
A carga por mola também é um método comum de aplicação de 
pré-carga em rolamentos de esferas de contato angular de fusos 
de retífica de alta velocidade. O método não é adequado, no 
entanto, para arranjos de rolamentos onde seja requerida uma 
alta rigidez, a direção de carga variar, ou onde possam ocorrer 
cargas de choque indeterminadas. 
Mantendo a pré-carga correta 
Quando selecionar a força de pré-carga para um arranjo de 
rolamentos, deve-se lembrar que a rigidez aumenta 
marginalmente somente quando a pré-carga excede um valor 
ótimo, porém neste caso o atrito, e conseqüentemente a geração 
de calor aumentam, e há uma grande queda na vida do 
rolamento como resultado da carga adicional que atua 
constantemente. 
 
 
 62 
Lubrificação 
Objetivo da lubrificação 
a) Diminuição do atrito e do desgaste, evitando o contato 
metálico direto dos componentes internos do rolamento: 
b) Influência sobre a vida útil: a vida útil do rolamento e 
prolongada quando a lubrificação é perfeita durante o 
funcionamento e diminui quando a lubrificação é 
insatisfatória, por rompimento da película devido a 
deterioração da mesma. 
c) Dissipação térmica e esfriamento: no sistema de lubrificação 
por circulação, o calor gerado pelo atrito ou induzido 
exteriormente é dissipado através da fluência do lubrificante, 
esfriando o sistema e evitando a alteração do lubrificante. 
d) Outros: protege contra oxidação e evita a penetração de 
corpos estranhos no interior do rolamento. 
Sistema de lubrificação 
O sistema de lubrificação pode ser a graxa ou a óleo. Para 
desenvolver plenamente a capacidade funcional do rolamento, é 
importante determinar corretamente o tipo e o sistema de 
lubrificação. 
 
Quando considerados apenas quando à eficiência da 
lubrificação, o óleo é bastante superior â graxa; no entanto, 
deve-se lembrar, também, de outros aspectos práticos, 
incluindo-se as vantagens e desvantagens da operação e 
construção dos equipamentos.(Tabela A). 
 
 63 
Tabela A 
Características examinadas A graxa A óleo 
Sistema de vedação do mancal Simples 
Pode tornar-se complexo e 
necessita de inspeção 
periódica 
Velocidade permissível 
Em comparação com 
ao óleo o seu valor é de 
65 a 80% 
Aplicável também a 
elevadas temperaturas 
Efeitos de resfriamento Não há 
Pode servir como condutor 
de calor (quando se utilizar 
o sistema por circulação 
forçada). 
Fulidez do lubrificante Razoável Ótimo 
Reposição do lubrificante Difícil em certos casos Fácil 
Filtragem das impurezas Impossível Fácil 
Vazamento do lubrificante Raramente 
Freqüentemente, se não 
houver medidas 
apropriadas. Inaplicável se 
tiver de se evitar 
contaminação externa 
 
Lubrificação a graxa 
Quantidade a ser colocada no mancal: esta quantidade varia 
conforme a construção do mancal, espaço existente, tipo da 
graxa e aplicação. Inicialmente, coloca-se graxa em abundância 
no interior do rolamento, na superfície de guia do espaçador; e, 
em seguida, no interior do mancal, observando-se que a 
quantidade será, quando a rotação da aplicação em relação ao 
limite de rotação (catálogo) for: 
• Abaixo de 50% = ½ à 2/3 do espaço existente 
• Acima de 50% = 1/3 à ½ do espaço existente 
 
 64 
Inspeção da graxa: apesar de, uma vez colocada a graxa, não 
haver necessidade de reposição por um longo período, em 
determinados casos serão necessários a inspeção e reposição 
periódica da graxa. Isto deve ser levado em consideração 
quando o mancal for projetado. 
 
Sendo o período de troca bastante curto, são abertos, na 
posição adequada do mancal, furos de colocação e drenagem 
da graxa para permitir a retirada da graxa e reposição da nova 
 
Exemplificando: na face por onde a graxa é colocada, no lado da 
tampa são deixados vários sulcos secretores de graxa, para que 
esta fula, através deles, para dentro do rolamento. A graxa 
expulsa do interior do rolamento escoará através da válvula de 
drenagem para o exterior do mancal. 
 
Não havendo válvula dreno, aumenta-se o espaço oposto ao de 
colocação da graxa nova, depositando-se nele a graxa antiga, 
retirando-se posteriormente, na ocasião em que for efetuada a 
drenagem. 
 
Período de reengraxamento: mesmo as graxas de alta 
qualidade, no decurso de sua utilização, perde a eficiência, 
diminuindo o efeito lubrificante e sendo necessário, então, um 
reengraxamento ou troca de graxa. 
 
Os períodos de reengraxamento estão indicados nas figuras 5 e 
6 aplicáveis a temperaturas de rolamentos inferiores a 70ºC; 
para temperaturas acima de 70ºC, este período se reduzirá à 
metade, para cada 15ºC de aumento. 
 
Vida útil da graxa nos rolamentos blindados: pode-se 
presumir, através da fórmula abaixo, a vida útil da graxa nos 
rolamentos fixos de ma carreira de esferas com blindagem 
metálica ou de borracha sintética: 
 65 
Onde: 
t = vida média da graxa (horas); 
n = rotação (rpm); 
Nmax = rotação permissível, com lubrificação a graxa (rpm); 
T = temperatura do rolamento em funcionamento (C). 
 
Esta fórmula é válida somente nas seguintes condições: 
1. a rotação submetida deve ser tal que: 0,25 ≤ (n/Nmax) ≤ 1 
caso (n/Nmax) < 0,25, considerar (n/Nmax) = 0,25 
caso (n/Nmax) < 0,25 considerar (n/Nmax) = 0,25 
 
2. a temperatura do rolamento deve ser: 40ºC ≤ T ≤ 120ºC 
caso T < 40ºC, considerar T = 40ºC 
 
3. A graxa em questão é de aplicação normal do rolamento, tal 
como a graxa a base de lítio 
 
 
 
 66 
 67 
Desmontagem 
Quando um rolamento cai ser novamente usado após a 
desmontagem, em hipótese alguma a força de desmontagem 
deverá ser transmitida através dos corpos rolantes. Tratando-se 
de rolamentos não separáveis deve ser desmontado primeiro o 
anel com ajuste méis folgado. Dependendo do tamanho e do tipo 
de rolamento, a desmontagem dos anéis que tenham um ajuste 
com interferência pode ser executada com as ferramentas 
relacionadas a seguir. 
Rolamentos com furo cilíndrico 
Os rolamentos pequenos podem ser removidos do assento pela 
aplicação de pequenos golpes de martelo por meio de um 
punção adequado ao redor da face do anel, ou mediante um 
extrator de rolamentos. As garras do extrator deverão ser 
aplicadas contra a face lateral do anel a ser desmontado, ou 
sobre uma peça adjacente. A desmontagem é facilitada quando, 
no projeto da aplicação, forem previstas ranhuras fresadas no 
ressalto do eixo ou da caixa, para introdução das garras do 
extrator, ou, a alternativamente, furos rosqueados no ressalto 
para adaptar parafusos de extração. 
 
Os rolamentos grandes montados com ajustes com 
interferências, geralmente requerem uma força maior na 
desmontagem, especialmente se depois de um longo período de 
serviço tenha aparecido corrosão de contato. O método de 
injeção de óleo facilita consideravelmente a desmontagem em 
tais casos. 
 68 
Para desmontar os anéis internos de rolamentos de rolos 
cilíndricos, sem flanges ou com apenas um flange, tem-se criado 
dispositivos especiais os quais aquecem rapidamente o anel, 
expandindo-o sem quase afetar o eixo, podendo ser facilmente 
removido. 
 
Os dispositivos de aquecimento por indução elétrica 
compreendem uma série de bobinas alimentadas por corrente 
alternada. Estas estão dispostas de tal modo, que o anel a ser 
removido é colocado em um campo magnético alternado. A 
circulação de correntes provoca um rápido aquecimento e 
dilatação do anel. Os aquecedores grandes possuem, 
normalmente, um interruptor controlado termostaticamente, o 
qual está ligado à rede elétrica por intermédio de um relé de 
tempo; isto assegura que a temperatura permissível à qual pode 
ser aquecida a bobina de indução e o anel interno não seja 
excedida. Depois da desmontagem o anel interno deve ser 
desmagnetizado. O uso de aquecimento por indução da 
resultados econômicos quando freqüentemente é montado e 
desmontado um certo número de rolamentos de mesmo 
tamanho (por exemplo, rolamentos de cilindros de laminação ou 
de mancais ferroviários). 
 
Quando se tem que desmontar anéis internos de rolamentos de 
rolos cilíndricos (com até uns 400 mm de furo), ou quando anéis 
maiores devem ser removidos em intervalos poucos freqüentes, 
é mais simples e mais econômicos usar para o aquecimento um 
anel de desmontagem previamente aquecido. Este anel, 
geralmente de metal leve, é ranhurado e provido de alças 
adequadas. O furo do anel interno do rolamento (dimensão F 
nas tabelas de rolamentos, tolerância Z9). O anel pode ser 
aquecido em uma chapa elétrica, por uma bobina ou por 
maçarico, a uma temperatura de 200º a 220º C, e o logo é 
colocado ao redor da pista do anel interno, que deve ser 
previamente recoberta com um óleo resistente à oxidação e 
bastante viscoso, para assegurar uma transferência de calor 
satisfatória. Por meio das alças o anel de aquecimento é 
apertado ao redor do anel interno do rolamento, até produzir a 
rápida dilatação deste último. 
 69 
Rolamentos com furos cônicos 
Os rolamentos montados sobre uma bucha de fixação podem 
ser removidos primeiramente, soltando-se a orça de fixação de 
algumas voltas; então usa-se um martelo e um pedaço de metal 
de forma tubular ou uma ferramenta especial. São necessárias 
somente algumas pancadas contra o anel interno. Quando se 
tem que desmontar as buchas de desmontagem, retiram-se 
primeiramente os dispositivos de fixação axial (porcas do eixo, 
placas do topo do eixo, etc). A seguir é parafusada uma porca na 
rosca da bucha apertando-a contra a face lateral do anel interno 
de modo que se extraia a bucha do furo do rolamento. Se a 
rosca da bucha ficar fora da extremidade do eixo deverá ser 
introduzido um anel de apoio no furo da bucha, de modo que 
quando se aperte a porca, a bucha não se deforme nem seja 
danificada sua rosca. 
 
A remoção de grandes rolamentosde assentos cônicos, buchas 
de fixação ou de desmontagem, é facilitada consideravelmente 
usando-se uma porca hidráulica ou empregando o método de 
injeção de óleo. Ao injetar-se o óleo entre as superfícies cônicas 
em contato, em geral estas se soltam bruscamente, e deve ser 
previsto algum tipo de escora para limitar o movimento axial do 
rolamento, como por exemplo, uma porca ou uma placa na 
extremidade do eixo. 
 70 
Desmontagem de rolamentos 
Ajuste com interferência no eixo 
Ajuste com interferência na caixa 
Rolamentos montados sobre buchas 
Inspeção de rolamentos desmontados 
Nunca desmonte os rolamentos que estão em boas condições a 
não ser que seja absolutamente necessário! 
 
 
 
Caso o rolamento deva ser desmontado, é aconselhável marcar 
a posição relativa de montagem, p. ex. qual a seção do 
rolamento que está para cima, qual o lado que está de frente, 
etc. o rolamento deverá ser montado novamente na mesma 
posição. 
 
Inicie a desmontagem pela seleção correta das ferramentas a 
serem utilizadas. 
 
 
 71 
Assegure-se de que a sujeira e a umidade não possam penetrar 
na máquina, após a remoção das tampas e vedadores. Proteja a 
máquina, rolamentos e assentos com papel parafinado, plástico 
ou material similar, caso o trabalho seja interrompido . evite o 
uso de estopa, que poderá contaminar o rolamento com fiapos. 
 
Lembre-se de manusear os rolamentos com cuidado. Garanta 
um bom apoio ou escora para o eixo, caso contrário os 
rolamentos poderão ser danificados pelas altas forcas 
normalmente originadas na desmontagem. 
 
 
 
Lave o rolamento exposto, onde é possível fazer uma inspeção 
sem desmontá-lo. Use um pincel molhado em aguarrás ou 
querosene e seque-o com um panos limpo e isento de fiapos ou 
ar comprimido (assegure que nenhum componente do rolamento 
entre em rotação). Nunca lave rolamento blindados (com dias 
placas de proteção ou de vedação). 
 
Um pequeno espelho com haste, semelhante ao dos dentistas, 
pode ser útil na inspeção das pistas, gaiola e corpos rolantes do 
rolamento. 
 
Se os rolamentos estão perfeitos, estes deverão ser relubrificados 
de acordo com as instruções dadas pelo fabricante da máquina. 
Recoloque cuidadosamente os vedadores e as tampas. 
 
 72 
Se não se dispõe de saca-polia, poderá ser usado um punção de 
ferro ou metal mole com ponta arredondada, ou outra ferramenta 
similar. Este deverá ser aplicado na face do anel interno. É muito 
importante que o rolamento não receba golpes de martelo 
diretamente. Contudo deve-se tomar muito cuidado com este 
método, pois é muito fácil danificar o eixo e rolamento. 
 
 
 
Use um punção de ferro ou metal mole com ponta arredondada 
ou ferramenta similar, caso haja um ressalto entre os 
rolamentos. Os esforços devem ser aplicados sempre no anel 
externo. 
 
 
 
Ajuste com interferência na caixa 
Quando o rolamento possui ajuste co interferência na caixa, p. 
ex. em uma roda, este pode ser desmontado usando-se uma “ 
caneca” ou um pedaço de tubo, na qual se aplicam golpes 
uniformes ao redor de sua extremidade. 
 73 
As faces do tubo deverão ser plantas e livres de rebarbas. 
 
 
 
O conjunto do anel interno de um rolamento autocompesador de 
rolos ou de esferas , pode ser desalinhado, permitindo assim o 
uso de um saca-polia no anel externo. 
 
 
Ajuste com interferência no eixo 
Se o rolamento é montado com interferência no eixo, deverá ser 
usado um extrator (ou saca-polia. As garras deverão apoiar 
diretamente na face do anel interno. Os rolamentos grandes 
podem ser desmontados facilmente com auxílio das ferramentas 
hidráulicas. 
 
 
 74 
Quando não é possível alcançar a face do anel interno,o saca-
polia poderá ser aplicado na face do anel externo. Entretanto, é 
muito importante que o anel externo seja girado durante a 
desmontagem, distribuindo os esforços pelas pistas e evitando 
que os corpos rolantes marquem as mesmas em pontos 
localizados. Nesse caso o parafuso deverá ser travado, ou 
segurado com uma chave, e as garras é que deverão ser giradas 
com a mão ou com uma alavanca. 
 
 
 
Rolamentos montados sobre buchas 
Os rolamentos autocompensadores de roles ou esferas são 
geralmente montados co bucha de fixação ou de desmontagem. 
A vantagem do uso destas buchas é que o assento do eixo não 
necessita de uma usinagem precisa, além de facilitar muito 
montagem e a desmontagem dos rolamentos. A figura mostra, 
da esquerda para a direita, a porca de fixação, a arruela de 
trava, o rolamento e a bucha de fixação. 
 
 
 75 
Coloque uma “caneca” ou um pedaço de tubo contra a porca de 
fixação e aplique fortes golpes distribuídos uniformemente até 
que o rolamento se solte da bucha. 
 
 
Bucha de fixação 
A desmontagem só deve ser iniciada após marcar a posição da 
bucha sobre o eixo. Em seguida endireite a orelha da arruela de 
trava dobrada no rasgo da porca de fixação, e solte de algumas 
voltas a porca. 
 
 
 
Quando a face da porca é inacessível, ou quando não existe um 
espaçador entre o anel interno e o encosto do eixo, a ferramenta 
deve ser aplicada na face do anel interno do rolamento. 
 
 
 76 
Bucha de desmontagem 
Para rolamentos de tamanho pequeno ou médio, a bucha pode 
ser removida usando uma porca de fixação similar à usada em 
buchas de fixação. Lembre-se de lubrificar os fios de rosca e a 
face adjacente ao rolamento com pasta de bissulfeto de 
molibdênio. 
 
 
 
Se a bucha é pequena, um punção de metal mole poderá ser 
usado no lugar de uma chave de gancho. 
 
 
 
Aperte a porca usando a chave de gancho ou de batidas, até 
que o rolamento seja liberado. Se a bucha se sobressai no final 
do eixo, um suporte adequando deverá ser utilizado. 
 77 
Os rolamentos grandes podem facilmente ser desmontados com 
o auxílio da porca hidráulica. 
 
 
Inspeção de rolamentos desmontados 
Quando o rolamento for desmontado, esta deverá ser 
inspecionado. Primeiro lave-o com querosene ou aguarrás e 
seque-o cuidadosamente com um pano limpo e isento de fiapos 
ou ar comprimido (assegure que nenhum componente do 
rolamento entre em rotação). As pistas e os corpos rolantes 
devem ser inspecionados para verificar se existem sinais de 
danificações. 
 
 
 
Entretanto os rolamentos blindados, com duas placas de 
proteção ou de vedação, não poderão ser lavados e, 
conseqüentemente, não poderão ser inspecionados. 
 78 
 79 
Montagem e desmontagem 
 
 
 
 80 
 
 
 
 
 81 
 
 
 
 
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 91 
 
 
 
 
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 93 
 
 
 
 
 94 
 
 
 
 
 95 
 
 
 
 
 96 
 
 
 
 
 97 
 
 
 
 
 98 
 
 
 
 
 99 
 
 
 
 
 100 
 
 
 
 
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 107 
Falhas em rolamentos e suas 
causas 
 
 
 108 
 
 
 
 
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 110 
 
 
 
 
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 121 
 
 
 
 
 122 
 
 
 
 
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 125 
Ajustes e tolerâncias

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