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Família - Psicologia Jurídica

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2- Família
A família desde a metade do século XX vem sofrendo diversas mudanças no padrão da sociedade (Pai, mãe, filhos nascidos do casamento), ou seja, pode se observar famílias de diversas formas, de pais separados, homossexual, com padrastos, etc. É na família que a criança encontra a primeira referência, é importante para zelar também da sobrevivência do indivíduo, principalmente se ainda está na infância. É na família que a criança busca a primeira referencia do que é ser homem, do que é ser mulher, e em casos de pais separados e a criança tem apenas representação de um dos sexos, ou casais homossexuais, a criança busca externamente essa referência. Porém não se sabe o rumo que a família poderá tomar no futuro, se é realmente a família um instituto seguro para o ser humano, um refúgio, com tanto avanço tecnológico, no qual não é necessário o contato sexual para reprodução, ou seja, uma pessoa sozinha pode constituir família, ser pai solteiro.
Muitas vezes os pais não podem ter filhos, por motivo de esterilidade ou qualquer outro, então buscam o auxilio da adoção para que possam concretizar a ideia de ter filhos. Para que isso aconteça há um processo extremamente rigoroso e demorado, são analisados diversos fatores, tais como se há probabilidade de sucesso na adoção, verificar se a criança terá condições dignas, etc. Pelo fato da grande demora nesse processo, muitas famílias optam até mesmo por outros métodos de adoção ilegais, conhecido como adoção à brasileira, sendo os pais adotivos, registrarem o filho como se ele tivesse nascido naturalmente deles, isso acarreta, na maioria dos casos, problemas futuros, como os pais biológicos reclamarem do que houve, até mesmo quererem o filho de volta, e a criança já está inserida no núcleo familiar, o que acarretará graves consequências psicológicas para a família, diante dessa mentira. Outro acontecimento comum seria o de que após realizada a adoção os pais venham a ter um filho de forma natural, o que é possível até mesmo se tratando de esterilidade, o filho biológico muitas vezes é o que os pais realmente queriam, os pais colocam todo seu orgulho de ter conseguido um filho biológico e acabam deixando de lado o filho adotado, o qual agora não possui mais tanta importância, se questionados os pais obviamente dirão que não há possibilidade de diferença entre filho biológico e adotado, porém há casos em que os pais justificam as atitudes consideradas rebeldes e contrárias do filho adotado, dizendo que ele é rebelde, que se sente rejeitado pela família biológica, colocando como se o filho fosse o causador do problema, quando na verdade este problema pode estar nas atitudes inconscientes dos pais.
Na família é comum que se atribua aos filhos, até mesmo antes de nascerem, expectativas, tais como colocar o nome de um avô, como exemplo, que era médico, pode caracterizar o desejo dos pais de que o filho também seja. Segundo Gley P. Costa, a família, normalmente, “adoece” um de seus membros, depositando nesse indivíduo doente tudo que há de ruim na família, até mesmo maximizando o que talvez não seria tanto problema como é visto. Parte, na maioria dos casos do indivíduo “mais saudável” da família, ou seja, o que cumpre com os requisitos esperados, trabalha, é bem sucedido no que faz etc. É como se o individuo doente fosse a ovelha negra da família, o que dificilmente teria conserto. Neste contexto é possível se analisar se realmente a família é sempre acolhedora, amorosa. Muitos pais influenciam os filhos nas escolhas, até mesmo de profissão, casamento, reprimem orientação sexual diferente da esperada, ou reprimem até mesmo gênero sexual, quando se esperava menina e nasce um menino, como exemplo.
No âmbito jurídico, muitas famílias enxergam a justiça como o poder regulador das relações sociais, quando acontecem conflitos de interesse, para buscar a justiça, a família primeiramente tenta resolver internamente ou com recursos sociais, não obtendo sucesso atribuem ao Juiz o papel de “pai”, na maioria das vezes. Um exemplo seria no momento de divórcio, havendo filhos, decidir com quem ficarão como será a guarda dos filhos, a questão da visita, pensão, adaptação da criança, normalmente são utilizadas pelos pais até mesmo para motivo de brigas, brigas que muitas vezes acontecem por motivo pessoal entre os pais, nos quais os filhos são “usados” como objeto de causar discórdia, para que sejam colocadas ao exterior as questões mal resolvidas dos pais.

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