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16 LÍNGUA PORTUGUESA Indicativo: Pretérito perfeito composto - tenho cantado, tenho vendi- do, etc. Pretérito mais-que-perfeito composto - tinha cantado, tinha vendido, etc. Futuro do presente composto - terei cantado, terei vendido, etc. Futuro do pretérito composto - teria cantado, teria vendido, etc. Subjuntivo: Pretérito perfeito composto - tenha cantado, tenha vendi- do, etc. Pretérito mais-que-perfeito composto - tivesse cantado, ti- vesse vendido, etc. Futuro composto - tiver cantado, tiver vendido, etc. ADVÉRBIO São palavras que modificam umverbo, umadjetivo ou ou- troadvérbio. Classificação dos Advérbios Modo: Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, ás pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em -mente: calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamen- te, generosamente. Intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em exces- so, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, bem (quando aplicado a proprie- dades graduáveis). Lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aon- de, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, a distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquer- da, ao lado, em volta. Tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, ama- nhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravan- te, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tem- pos, em breve, hoje em dia. Negação: Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de for- ma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. Dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe. Afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efetiva- mente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubitavel- mente. Exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente. Inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. Interrogação: porque? (causa), quanto? (preço e intensida- de), onde? (lugar), como? (modo), quando? (tempo), para que? (finalidade). Ordem: Depois, primeiramente, ultimamente. Designação: Eis Flexão São consideradaspalavras invariáveispor não terem flexão de número (singular e plural) e gênero (masculino, feminino); entretanto, são flexionadas nos graus comparativo e superlativo. Grau Comparativo: O advérbio pode caracterizar relações de igualdade, inferioridade ou superioridade. Para indicar esse grau utilizam as formas tão…quanto, mais…que, menos…que. Pode ser: - de igualdade. Ex.: Enxergo tão bem quanto você. - de superioridade. Ex.: Enxergarei melhor que você. - de inferioridade. Ex.: Enxergaremos pior que você. Grau Superlativo: A circunstância aparecerá intensificada. Pode ser formado tanto pelo processo sintético (acréscimo de sufixo), como pelo analítico (outro advérbio estará indicando o grau superlativo). - superlativo (ou absoluto) sintético: Acréscimo de sufixo. Ex.: Este conteúdo é facílimo. - superlativo (ou absoluto) analítico: Precisamos de um ad- vérbio de intensidade. Ex.: Este conteúdo é muito fácil. Ao empregamos dois ou mais advérbios terminados em – mente, acrescentamos o sufixo apenas no último. Ex.: Muito fez pelo seu povo; trabalhou duro, árdua e ininterruptamente. PREPOSIÇÃO Palavra invariável queliga dois termos da oração, numa re- lação de subordinação donde, geralmente, o segundo termo subordina o primeiro. As preposições estabelecem a coesão tex- tual e possuem valores semânticos indispensáveis para a com- preensão do texto. Tipos de Preposição Lugar: O voo veio de São Francisco. Modo: Os alunos eram colocados em carteiras. 17 LÍNGUA PORTUGUESA Tempo: Ele viajou por três anos. Distância: A vinte quilômetros daqui há um pedágio. Causa: Parou de andar, pois estava com sede. Instrumento: Ela cortou o bolo com uma faca pequena. Finalidade: A igreja foi enfeitada para o casamento. Classificação As preposições podem ser divididas em dois grupos: - Preposições Essenciais –palavras que só funcionam como preposição, a saber: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. - Preposições Acidentais –palavras de outras classes grama- ticais que, podem funcionar como preposição, a saber: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc. Locuções prepositivas: são formadas por duas ou mais pa- lavras com o valor de preposição, sempre terminando por uma preposição, por exemplo: Abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de. A preposição é invariável. Porém, pode unir-se a outras pa- lavras e estabelecer concordância em gênero ou em número. Ex.: por + o = pelo; por + a = pela. Essa concordância não é característica da preposição e sim das palavras a que se ela se une. Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir de dois processos: - Combinação: A preposição não sofre alteração. preposição a + artigos definidos o, os a + o = ao preposição a + advérbio onde a + onde = aonde - Contração: Quando a preposição sofre alteração. Preposição + Artigos De + o(s) = do(s) De + a(s) = da(s) De + um = dum De + uns = duns De + uma = duma De + umas = dumas Em + o(s) = no(s) Em + a(s) = na(s) Em + um = num Em + uma = numa Em + uns = nuns Em + umas = numas A + à(s) = à(s) Por + o = pelo(s) Por + a = pela(s) - Preposição + Pronomes De + ele(s) = dele(s) De + ela(s) = dela(s) De + este(s) = deste(s) De + esta(s) = desta(s) De + esse(s) = desse(s) De + essa(s) = dessa(s) De + aquele(s) = daquele(s) De + aquela(s) = daquela(s) De + isto = disto De + isso = disso De + aquilo = daquilo De + aqui = daqui De + aí = daí De + ali = dali De + outro = doutro(s) De + outra = doutra(s) Em + este(s) = neste(s) Em + esta(s) = nesta(s) Em + esse(s) = nesse(s) Em + aquele(s) = naquele(s) Em + aquela(s) = naquela(s) Em + isto = nisto Em + isso = nisso Em + aquilo = naquilo A + aquele(s) = àquele(s) A + aquela(s) = àquela(s) A + aquilo = àquilo INTERJEIÇÃO É uma palavra invariável, que representa um recurso da lin- guagem afetiva, expressando sentimentos, sensações, estados de espírito, sempre acompanhadas de um ponto de exclamação (!). As interjeições são consideradas “palavras-frases” na me- dida em que representam frases-resumidas, formadas por sons vocálicos (Ah! Oh! Ai!), por palavras (Droga! Psiu! Puxa!) ou por um grupo de palavras, nesse caso, chamadas de locuções inter- jetivas (Meu Deus! Ora bolas!). Tipos de Interjeições Mesmo não havendo uma classificação rigorosa, já que a mesma interjeição pode expressar sentimentos ou sensações diferentes, as interjeições ou locuções interjetivas são classifi- cadas em: Advertência: Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!, Calma!, De- vagar!, Sentido!, Vê bem!, Volta aqui! Afugentamento: Fora!, Toca!, Xô!, Passa!, Sai!, Roda!, Arre- da!, Rua!, Cai fora!, Vaza! Agradecimento: Graças a Deus!, Obrigado!, Agradecido!, Muito obrigada!, Valeu! Alegria: Ah!, Eh!, Oh!, Oba!, Eba!, Viva!, Olá!, Eita!, Uhu!, Que bom! Alívio: Ufa!, Uf!, Arre!, Ah!, Eh!, Puxa!, Ainda bem! Ânimo: Coragem!, Força!, Ânimo!, Avante!, Vamos!, Firme!, Bora! Apelo: Socorro!, Ei!, Ô!, Oh!,Alô!, Psiu!, Olá!, Eh! Aplauso: Muito bem!, Bem!, Bravo!, Bis!, É isso aí!, Isso!, Parabéns!, Boa! 18 LÍNGUA PORTUGUESA Chamamento: Alô!, Olá!, Hei!, Psiu!, ô!, oi!, psiu! Concordância: Claro!, Sem dúvida!, Então!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã! Contrariedade: Droga!, Credo! Desculpa: Perdão!, Opa!, Desculpa!, Foi mal! Desejo: Oxalá!, Tomara!, Queira Deus!, Quem me dera! Despedida: Adeus!, Até logo!, Tchau!, Até amanhã! Dor: Ai!, Ui!, Ah!, Oh!, Meu Deus!, Ai de mim! Dúvida: Hum?, hem?, hã?, Ué! Espanto: Oh!, Puxa!, Quê!, Nossa!, Caramba!, Xi!, Meu Deus!, Crê em Deus pai! Estímulo: Ânimo!, Coragem!, Vamos!, Firme!, Força! Medo: Oh!, Credo!, Cruzes!, Ui!, Ai!, Uh!, Socorro!, Que medo!, Jesus! Satisfação: Viva!, Oba!, Boa!, Bem!, Bom! Saudação: Alô!, Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!, Salve! Silêncio: Psiu!, Shh!, Silêncio!, Basta!, Calado!, Quieto!, Bico fechado! CONJUNÇÃO É um termo que liga duas orações ou duas palavras de mes- mo valor gramatical, estabelecendo uma relação (de coordena- ção ou subordinação) entre eles. Classificação Conjunções Coordenativas: Ligam duas orações indepen- dentes. -Conjunções Aditivas: Exprimem soma, adição de pensa- mentos: e, nem, não só...mas também, não só...como também. Exemplo: João não lê nem escreve. -Conjunções Adversativas: Exprimem oposição, contraste, compensação de pensamentos: mas, porém, contudo, entre- tanto, no entanto, todavia. Exemplo: Não viajamos, porém, poupamos dinheiro. -Conjunções Alternativas: Exprimem escolha de pensamen- tos: ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, seja...seja. Exemplo: Ou você casa, ou compra uma bicicleta. Conjunções Conclusivas: Exprimem conclusão de pensa- mento: logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo), por- tanto, por conseguinte, assim. Exemplo: Estudou bastante, portanto será aprovado. -Conjunções Explicativas: Exprimem razão, motivo: que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto, por conseguinte. Exemplo: Não pode ligar, pois estava sem bateria. Conjunções Subordinativas: Ligam orações dependentes uma da outra. -Conjunções Integrantes: Introduzem orações subordinadas com função substantiva: que, se. Exemplo: Quero que sejas muito feliz. -Conjunções Causais: Introduzem orações subordinadas que dão ideia de causa: que, porque, como, pois, visto que, já que, uma vez que. Exemplo: Como tive muito trabalho, não pude ir à festa. -Conjunções Comparativas: Introduzem orações subordina- das que dão ideia de comparação: que, do que, como. Exemplo: Meu cachorro é mais inteligente do que o seu. -Conjunções Concessivas: Iniciam orações subordinadas que exprimem um fato contrário ao da oração principal: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que, por melhor que. Exemplo: Vou ao mercado, embora esteja sem muito di- nheiro. -Conjunções Condicionais: Iniciam orações subordinadas que exprimem hipótese ou condição para que o fato da oração principal se realize ou não: caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que. Exemplo: Se não chover, irei à festa. -Conjunções Conformativas: Iniciam orações subordinadas que exprimem acordo, concordância de um fato com outro: se- gundo, como, conforme. Exemplo: Cada um oferece conforme ganha. -Conjunções Consecutivas: Iniciam orações subordinadas que exprimem a consequência ou o efeito do que se declara na oração principal: que, de forma que, de modo que, de maneira que. Exemplo: Estava tão linda, de modo que todos pararam para olhar. -Conjunções Temporais: Iniciam orações subordinadas que dão ideia de tempo: logo que, antes que, quando, assim que, sempre que. Exemplo: Quando as visitas chegarem, comporte-se. -Conjunções Finais: Iniciam orações subordinadas que ex- primem uma finalidade: a fim de que, para que. Exemplo: Estudou a fim de conseguir algo melhor.