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Aparelho Faríngeo
Consiste no conjunto de estruturas embrionárias que derivam de dobramentos e que darão
origem às estruturas da face e pescoço. É constituído por arcos, bolsas, sulcos e
membranas faríngeas ou branquiais.
● Gastrulação
No final da 4 semana é possível observar a migração de células da crista neural
(neuroectoderma) para região de cabeça e pescoço do embrião, na qual a proliferação
dessas células forma os arcos faríngeos, em pares. São contabilizados 6 arcos, mas o 5 e o
6 são rudimentares, não estando visíveis e podendo estar fundidos a outros arcos.
Esses arcos se desenvolvem até a 12 semana e em cada arco faríngeo notamos a
presença de um arco aórtico, uma haste cartilaginosa, um componente muscular e um
nervo.
Cada arco é separado, externamente, por um sulco - formado pelo folheto
ectoderma; e separado, internamente, por uma bolsa - formada pelo folheto endoderma. A
união entre bolsas e sulcos é feita pelas membranas, que consistem nos 3 folhetos
embrionários, que associa sulcos e bolsas pelos folhetos ecto, endo e mesoderma.
1o Arco Faríngeo - Arco mandibular
Dá origem à proeminência maxilar, que forma a
maxila, arco zigomático e porção do vômer. Dá
origem também à proeminência mandibular,
que forma a mandíbula e a porção escamosa
do osso temporal. A porção mandibular
apresenta a cartilagem de Meckel, que se
divide em proximal, média e ventral, a proximal
origina o martelo e a bigorna. O revestimento
ectodérmico do 1 arco formará o epitélio oral.
Forma também os mm. da mastigação.
O nervo que inerva este arco é o trigêmeo, mais
especificamente os ramos maxilar e mandibular.
2o Arco Faríngeo
Forma o osso hióide, compreendendo o corno menor e a parte superior do corpo desse
osso, regiões do pescoço, os mm. da expressão facial, processo estilóide e estribo. A
cartilagem de Reichert é a única presente neste arco. O ligamento estilo-hióideo e o tecido
conectivo da tonsila constituem as estruturas de tecido conectivo deste arco. Todo o arco é
inervado pelo nervo facial (NC VII).
3o e 4o Arcos Faríngeos
Contribuem para a formação de estruturas do pescoço, sendo o 3o responsável pela
formação do corno maior do osso hióide e a porção inferior do corpo desse osso. Ademais,
forma também o mm. estilofaríngeo e o nervo glossofaríngeo inerva o 3o arco.
Já o 4o arco está mais relacionado a formação da faringe e suas estruturas relacionadas,
formando, em apoio do 6o arco, os mm. intrínsecos da faringe e as cartilagens laríngeas,
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/nervo-trigemeo-v
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tonsilas
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/nervo-facial
com exceção da epiglote. São inervados pelos nervos do ramo laríngeo superior, vago, e
laríngeo recorrente.
● Sulcos faríngeos
Apenas 1o sulco faríngeo contribui para a formação de uma estrutura pós-natal, o meato
acústico externo. Os demais sulcos são normalmente obliterados à medida que o pescoço
se desenvolve, formando a superfície lisa do pescoço.
● Membranas faríngeas
Apenas a 1o membrana faríngea contribui para a formação de uma estrutura adulta,
formando a membrana timpânica.
● Bolsas faríngeas
- A 1o bolsa faríngea forma a tuba auditiva, a partir da cavidade timpânica - formação
da membrana do tímpano, cavidade do tímpano e ao antro mastoideo; forma a tuba
faringeotimpânica - trompa auditiva, trompa de Eustáquio.
- A 2o bolsa faríngea forma as tonsilas palatinas, derivadas do seio tonsillar - Fossa
tonsilar, tonsila palatina - grande parte da bolsa é obliterada à medida que a
amígdala palatina se desenvolve parte da cavidade permanece como a fossa
tonsilar; 2a semana - mesênquima diferencia-se em tecido linfoide que se organiza
em nódulos linfáticos da tonsila palatina.
- A 3o bolsa faríngea tem uma porção dorsal e outra ventral, sendo a primeira
responsável pela formação da paratireóide 3 - inferior e a segunda por formar o timo.
- A 4o bolsa faríngea produz cél. que migram p/ paratireóide e formam as cél.
parafoliculares.
- A 5o bolsa forma o último corpo branquial.
- A 6o bolsa forma os músculos intrínsecos da laringe.
*Normalmente as cartilagens faríngeas desaparecem, exceto as que formarão ligamentos
ou ossos. Quando essas cartilagens permanecem, mesmo sem formação de algumas
dessas estruturas, é formado o vestígio branquial cartilaginoso.*
*Anormalidades no desenvolvimento de estruturas derivadas do 1o arco podem resultar em
anomalias como defeito no pavilhão auricular, hipoplasia da mandíbula, macrostomia, etc.
Sendo esse fenômeno denominado síndrome do 1o arco ou síndrome de Treacher Collis.*

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