Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 01 Administração Pública p/ TCE-CE (Analista - Auditoria Governamental) Professor: Rodrigo Rennó Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 78 Aula 1: Sistemas de compras governamentais ± Parte 1 Olá pessoal, tudo bem? Na aula de hoje iremos cobrir o seguinte item do edital: ¾ Licitação pública. Irei trabalhar com várias questões da FCC, mas incluirei algumas questões do Cespe, da ESAF ou da FGV quando não tiver questões da FCC do tema trabalhado, ok? Espero aproveitem bastante a aula! Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 78 Sumário Licitações .......................................................................................... 3 Tipos de Licitação .......................................................................... 10 Modalidades de Licitação .................................................................... 12 Concorrência ............................................................................... 13 Tomada de Preços .......................................................................... 15 Convite ..................................................................................... 16 Concurso .................................................................................... 17 Leilão ....................................................................................... 18 Pregão ....................................................................................... 18 Consulta .................................................................................... 20 Obrigatoriedade, Dispensa, Inexigibilidade e Vedações de Licitações .................... 24 Dispensa .................................................................................... 24 Inexigibilidade ............................................................................. 26 Vedação de licitação ....................................................................... 27 Anulação e Revogação de Licitação ......................................................... 29 Anulação .................................................................................... 29 Revogação .................................................................................. 30 Sistema de Registro de Preços ............................................................... 37 Regime Diferenciado de Contratações ....................................................... 38 Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 62 Gabarito .......................................................................................... 78 Bibliografia ...................................................................................... 78 Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 78 Licitações Nesta aula, iremos estudar o processo de compras governamentais. Ao contrário do setor privado, que pode escolher os procedimentos que serão utilizados no processo de compras, o setor público deve cumprir a legislação que normatiza as compras públicas. A nossa Constituição Federal de 1988, em várias passagens, remete- nos à importância e à necessidade de se utilizar o processo licitatório previamente à celebração de contratos administrativos pela Administração Pública. Primeiramente, observamos, no artigo 22, inciso XXVII, que as normas gerais de licitação, em qualquer modalidade, tanto para a administração pública direta, quanto para a indireta de todas as esferas de governo, são de competência privativa da União. Em seguida, a Carta Magna, no artigo 37, inciso XXI, aborda o assunto ressaltando que a administração pública, direta ou indireta, deverá executar obras, serviços, compras e alienações por meio de processo licitatório, garantindo igualdade a todos os licitantes, ressalvando alguns casos específicos encontrados na legislação. Mais à frente, no inciso III, do § 1º, do artigo 173, da CF/88, lê-se que licitações e contratações de obras, serviços, compras e alienações pelas empresas públicas, sociedades de economia mista, que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens e prestação de serviços, deverão ser estabelecidos por lei. Finalmente, no artigo 175 da CF, nota-se a incumbência de o Poder Público, por meio da Administração Pública, conforme lei, prestar serviços públicos na forma do regime de concessão ou permissão. Pessoal, ressaltei essas passagens da nossa Constituição para mostrar a todos a preocupação que o constituinte teve de frisar a necessidade de uma lei específica que trate sobre o assunto de licitações e contratos. Cabe à União, como já vimos, a competência privativa para legislar sobre normas gerais para contratação de obras, serviços, compras e alienações pela Administração Pública. Portanto, obedecendo aos preceitos constitucionais, o legislador, em 1993, publicou a Lei 8.666, que, entre outras providências, regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal e versa sobre normas gerais para licitações e contratos da Administração Pública. O artigo 3° da Lei 8.666/93 estabelece os princípios básicos que devem ser obedecidos nas licitações. Antes de listá-los, cabe ressaltar que a Administração Pública deve atentar também para os princípios Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 78 constitucionais (o famoso LIMPE: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência). A licitação, portanto, veio para certificar que a isonomia será respeitada no momento da contratação pela Administração, selecionando a proposta mais vantajosa e promovendo o desenvolvimento nacional sustentável. Vamos listar os princípios presentes na Lei: Figura 1. Princípios da Licitação 'H� DFRUGR� FRP� D� GRXWULQD�� H[LVWHP� WDPEpP�� DOJXQV� ³princípios implícitos específicos: competitividade, procedimento formal, sigilo das propostas e adjudicação compulsória1´� Vamos ver como isto já foi cobrado em provas? 1 - (CESPE ± POLÍCIA FEDERAL ± ADMINISTRADOR - 2014) A utilização da licitação pública para a aquisição de produtos e serviços atende ao princípio da isonomia para a contratação, assegurando igualdade de condições aos interessados em fornecer ao Estado. 1 (Alexandrino & Paulo, Direito Administrativo Descomplicado, 2014) Legalidade; Impessoalidade; Moralidade; Igualdade; Publicidade; Probidade administrativa; Vinculação ao instrumento convocatório; Julgamento objetivo Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 78 Perfeito. Como vimos acima, a nossa constituição ressalta que a administração pública, direta ou indireta, deverá executar obras, serviços, compras e alienações por meio de processo licitatório, garantindo igualdade a todos os licitantes, ressalvando alguns casos específicos encontrados na legislação. Deste modo, o gabarito da banca é mesmo questão certa. Continuando esse tema, a Administração Pública não pode adquirir bens ou prestar serviços a qualquer fornecedor�� D� VHX� ³EHO� SUD]HU´. Devemos, assim, realizar licitações e seguir os princípios que as norteiampara poder alcançar condições de igualdade no momento da contratação. No entanto, a Lei das Licitações, ao mesmo tempo em que dispõe sobre a obrigatoriedade de realizar esse procedimento prévio, também ³DEUH�EUHFKDV´�H�permite algumas exceções. Dentre tais exceções, observa-se a possibilidade de dispensa da licitação ou simplesmente a sua inexigibilidade. Primeiramente, devemos ressaltar que, para qualquer um desses casos que vamos abordar agora, a Administração deve motivar o ato administrativo que venha a dispensar ou tornar inexigível a licitação. Outra coisa que não podemos esquecer é a de que os casos em que se enquadrarão a dispensa ou a inexigibilidade devem estar previstos em lei. Isto quer dizer o seguinte: Já na inexigibilidade, a lei dispõe que fica inviável qualquer competição que justifique uma licitação, como nos casos de: Casos em que a licitação é dispensada: ͻa lei diretamente dispensa uma possível licitação que seria viável em determinada situação. Isto é, há possibilidade de haver concorrência entre os fornecedores, no entanto, a lei a dispensa. Neste caso, a Administração Pública não licita. Lei traz um lista exemplificativa. Casos em que a licitação é dispensável: ͻa lei dá a discricionariedade para a Administração dispensar ou não determinada licitação. Nesse caso, há uma faculdade da Administração, de acordo com o exame de conveniência e oportunidade. Lista taxativa disposta no artigo 24 da Lei. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 78 x Compra de materiais, equipamentos, ou gêneros fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo; x Contratação de serviços técnicos de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização ou; x Contratação de profissional de qualquer setor artístico, consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. Uma observação antes de continuarmos. A inexigibilidade não é cabível quando a contratação de serviços técnicos de natureza singular for referente a serviços de publicidade e divulgação. Finalmente, a Lei retrata um caso em que tanto o fornecedor ou prestador de serviço público, quanto o agente público responsável, respondem solidariamente, sem prejuízo legal de outras sanções cabíveis. Seria a situação de superfaturamento, causando dano à Fazenda Pública. Vamos ver algumas questões agora? 2 - (FGV - DPE-RJ - TÉCNICO ± 2014) Atendendo ao mandamento constitucional, a lei ordinária (Lei nº 8.666/93) disciplinou normas Alienação de bens imóveis em caso de dação em pagamento; permuta por outro imóvel cujas finalidades (como as instalações) sejam indispensáveis à Administração; alienação de bens móveis como bens produzidos por órgãos, observando as suas finalidades; permuta bens móveis entre órgãos ou entidades da Administração Pública. Dispensada Obras e serviços de engenharia de valor até R$ 15.000,00; outros serviços e compras de valor até R$ 8.000,00; casos de guerra ou grave perturbação de ordem; casos de emergência ou de calamidade pública; casos de licitação deserta. Dispensável Materiais e Produtos exclusivos, vedada a preferência de marca; contratação de serviços técnicos de natureza singular; contratação de profissional artístico consagrado. Inexigível Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 78 sobre licitações e contratos com a Administração Pública. A regra geral que disciplina as contratações públicas tem como premissa a obrigatoriedade da realização de licitação para a aquisição de bens e a execução de serviços e obras. Excepcionalmente, a Lei nº 8.666/93 previu casos em que a licitação NÃO é obrigatória, como para: a) a contratação de serviços técnicos enumerados na Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, exceto para serviços de publicidade e divulgação, hipótese em que a licitação é dispensável. b) a contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública, hipótese em que a licitação é dispensável. c) a compra ou a locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia, hipótese em que a licitação é dispensável. d) os casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa, hipótese em que a licitação é inexigível. e) os casos de contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos, hipótese em que a licitação é inexigível. A letra A está errada, pois a questão pede que se apontem casos em que a licitação não seja obrigatória, logo, dispensável. A letra A é um caso de inexigibilidade de licitação, tornando-a incorreta. A letra B também está errada, pois, assim como a letra A, o item refere-se a um caso de inexigibilidade e não de dispensa de licitação. A letra C está correta, conforme podemos observar no inciso X do artigo 24 da Lei das Licitações. A letra D refere-se a um caso de dispensa de licitação, o que a tornaria correta. Entretanto, o examinador afirmou, no final da frase, que se trata de inexigibilidade. Logo, a letra D também está errada. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 78 A letra E, assim com a D, está quase toda certa, pois se trata de um caso em que a licitação é dispensável e não inexigível, como afirma o examinador. Dessa forma, o gabarito é mesmo a letra C. 3 - (FGV - DPE-DF - ANALISTA ± 2014) Durante muitos anos, dezenas de famílias viveram exercendo atividade de catadores de material reciclável em antigo vazadouro de lixo municipal, chamado SHOD�SRSXODomR�GH�³OL[mR´��&RP�D�DWXDO�SROtWLFD�QDFLRQDO�de resíduos sólidos, o vazadouro de lixo teve suas atividades encerradas e recebeu a devida remediação ambiental. Em seu lugar, o Município licenciou novo aterro sanitário, ecológica e ambientalmente equilibrado. As famílias que até então realizavam as atividades de catadores de material reciclado ficaram inicialmente sem trabalho, mas conseguiram formalizar uma cooperativa, formada exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda, reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis. Atualmente, o Município pretende contratar tal cooperativa para coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública. Esse contrato terá prazo de um ano, com valor total de quinhentos mil reais (compatível com o preço de mercado, diante das peculiaridades locais, tal como população e extensão do Município). Nesse caso, a respeito da necessidade e/ou modalidadede licitação, é correto afirmar que: a) é cabível a inexigibilidade de licitação, desde que preenchidos os requisitos legais. b) é cabível a dispensa de licitação, desde que preenchidos os requisitos legais. c) não é possível a inexigibilidade ou a dispensa de licitação, devendo ocorrer a licitação na modalidade adequada para a natureza e valor do contrato, qual seja, convite. d) não é possível a inexigibilidade ou dispensa de licitação, devendo ocorrer a licitação na modalidade adequada para a natureza e valor do contrato, qual seja, tomada de preços. e) não é possível a inexigibilidade ou dispensa de licitação, devendo ocorrer a licitação na modalidade adequada para a natureza e valor do contrato, qual seja, concorrência. Uma das possibilidades de dispensa de licitação é a de ³contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 78 efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública´� Dessa forma, o gabarito é letra B. 4 - (FGV - TCE-BA - AGENTE ± 2013) A respeito do tema licitação, analise as afirmativas a seguir. I. A inexigibilidade de licitação pressupõe inviabilidade de competição. II. Na licitação dispensada, o legislador excepciona diretamente a obrigatoriedade de licitação. III. Na licitação dispensável, o legislador permite ao administrador realizar a contratação direta sem licitação. Assinale: a) se apenas a afirmativa I estiver correta. b) se apenas a afirmativa II estiver correta. c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. Já vimos que o legislador caracteriza as situações de inexigibilidade aquelas em que a competição não for viável. Logo, o item I está correto. O item II está correto, pois, na licitação dispensada, a Lei dispensa a realização do certame. Logo, o administrador não possui discricionariedade em dispensar a licitação ou não. Pessoal, normalmente, quando se fala em licitação dispensada, está se referindo às hipóteses listadas no artigo 17 da Lei, ou seja, alienação de bens da Administração Pública. O artigo 24 da Lei, que fala da licitação dispensável, traz um rol taxativo no qual o gestor terá a discricionariedade em realizar ou não a licitação. Logo, o item III também está correto, o que leva ao gabarito da questão ser a letra E. 5 - (CESPE ± POLÍCIA FEDERAL ± AGENTE - 2014) Considere que determinada pessoa jurídica de direito privado que administra um porto brasileiro pretenda contratar o único escritório de advocacia especializado em direito portuário no Brasil para promover ações Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 78 judiciais acerca dessa matéria. Nessa situação, é dispensável a licitação. Este seria o caso de inexigibilidade de licitação, pois a contratação de XP� ³HVFULWyULR� GH� DGYRFDFLD� HVSHFLDOL]DGR� HP� GLUHLWR� SRUWXiULR´� VH� enquadraria nos casos de contratação de serviços técnicos de natureza singular. O gabarito da banca é questão errada. Antes de passarmos para o próximo tópico, vou apresentar só mais dois tipos de licitações: a licitação deserta e a licitação fracassada. Na primeira, ninguém se interessa pela licitação. E aí? Vocês devem estar se perguntando. Nessa situação, a Lei afirma ser um caso de licitação dispensável, e, portanto, a administração fica livre para contratar, desde que motive, informando que, se vier a realizar uma nova licitação, a administração ficaria no prejuízo. Outra exigência é que as condições presentes no instrumento convocatório permaneçam. Na segunda, há interesse de alguns na licitação. No entanto, são desclassificados por algum motivo: ou na habilitação ou na proposta ofertada. Tipos de Licitação As licitações não são todas feitas da mesma maneira. Existem diversos tipos de licitação, que são utilizados de acordo com os objetivos da administração. De acordo com o artigo n° 45 da Lei 8666/93, o julgamento das propostas de um procedimento licitatório pela comissão de licitação ou pelo responsável pelo convite deverá ser objetivo. Os critérios de julgamento serão, portanto, considerados como tipos de licitação. Dentre os tipos de licitação temos: Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 78 Figura 2 - Tipos de Licitação O primeiro tipo de licitação que veremos é o de menor preço. Nesse tipo, o licitante vencedor será aquele que, apresentando a proposta em conformidade com o qualificado no edital ou convite, ofertar o menor preço. É o tipo mais utilizado no setor público. Outros tipos de licitação seriam o de melhor técnica e o de melhor técnica e preço. Conforme a Lei 8666/93, a diferença básica entre esses dois tipos de licitação é que, no de melhor técnica e preço, a classificação far-se-á conforme a média ponderada das valorizações das propostas técnicas e de preço, de acordo com os pesos preestabelecidos no instrumento convocatório. Pessoal, no artigo 46 da Lei nota-se a exigência de onde se utilizar os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço". Fala-se em uso exclusivo em serviços de natureza predominantemente intelectual, como: desenvolvimento de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos. 1R�HQWDQWR�� WHPRV�XPD�H[FHomR�TXDQWR�DR� WLSR� ³WpFQLFD�H�SUHoR´�� Seria no caso de contratação de bens e serviços de informática. Esse WLSR�VHULD�HQTXDGUDGR�QR�FULWpULR�GH�³PHOKRU�WpFQLFD�H�SUHoR´��HQWUHWDQWR�� pode ser utilizado outro tipo de licitação conforme indicação em decreto do Poder Executivo. Por fim, tem-se o tipo maior lance. Esse tipo de julgamento objetivo ocorre em casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso. Seria, por exemplo, em situações em que se procura alcançar o maior preço para se vender um bem público, como nos leilões. Vale ressaltar que esse tipo de licitação não existia quando foi publicada a Lei 8.666, em 1993. Ele foi acrescentado com o advento da Lei Menor Preço Melhor Técnica Melhor Técnica e Preço Maior Lance Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 78 8.883, no ano seguinte, em 1994, o qual, além de outras medidas, ela alterou dispositivos da Lei das Licitações. Vejamos como esse tema já foi cobrado em provas? 6 ± (FCC ± CNMP ± ANALISTA ± 2015) Determinado órgão público pretende contratar serviços técnicos especializados de engenharia, para elaboração de projeto básico para uma obra de considerável complexidade técnica que pretende realizar. De acordo com as disposições da Lei nº 8.666/1993, para contratação do referido projeto: a) será inexigível prévia licitação, por se tratar de serviços técnico especializados, ainda que não sejam de naturezasingular. b) poderá ser dispensada a licitação, se comprovada a notória especialização do contratado. c) será necessário o prévio procedimento licitatório, adotando-se, obrigatoriamente, a modalidade concorrência. d) poderá ser adotada a modalidade empreitada integral, na qual o projeto básico pode ficar a cargo da empresa contratada para a execução da obra. e) a correspondente licitação poderá ser do tipo melhor técnica ou técnica e preço, dada a natureza predominantemente intelectual dos serviços contratados. A letra A está errada, pois devem ter natureza singular as contratações de serviços profissionais especializados, vedada, portanto a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação. Pessoal, vimos TXH�R�DUWLJR����GD�/HL�Q����������GLVS}H�TXH�³os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço" serão utilizados exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos´. Nos casos acima que se referirem à contratação de bens e serviços de informática, será adotado obrigatoriamente o tipo de licitação "técnica e preço´��VHQGR�H[FHomR�j�UHJUD��*DEDULWR��SRUWDQWR, letra E. Modalidades de Licitação Outro tópico muito cobrado em provas é o das modalidades de licitação. Preste atenção, pois as bancas adoram confundir os candidatos Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 78 misturando os conceitos de tipos e modalidades de licitação ± não caia nessa! O artigo 22 da Lei das Licitações enumera as modalidades de licitação e descreve as modalidades de licitação conforme o valor a ser licitado. As modalidades são: Figura 3. Modalidades de Licitação na Lei 8666/93 Antes de iniciarmos nossD� ³FRQYHUVD´� VREUH� DV� PRGDOLGDGHV�� YDOH� ressaltar que, atualmente, existem modalidades que não foram dispostas na Lei 8666/93, como o pregão e a consulta. Essas últimas foram criadas posteriormente. 0HVPR� D� /HL� ��������� GLVS}H� TXH� ³p vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo2´�� autores como, Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino3, afirmam que: ³Não temos dúvida em afirmar que, efetivamente, não podem ser combinadas modalidades de licitação. Diferentemente, contudo, a criação de uma nova modalidade é possível, sim, desde que RFRUUD�SRU�PHLR�GH�OHL�GD�8QLmR�´ Vamos ver essas modalidades em mais detalhes? Concorrência O §1o do artigo 22 da Lei 8.666/93 conceitua a concorrência como: 2 Lei Federal 8666/93 3 (Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009) Modalidades de Licitação Concorrência Tomada de Preços Convite Concurso Leilão Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 78 ³&RQFRUUrQFLD� p� D� PRGDOLGDGH� GH� OLFLWDomR� HQWUH� quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto4�´ Dessa forma, podemos observar que a concorrência é a modalidade PDLV� ³GHPRFUiWLFD´�� SRLV� qualquer um, que venha a preencher os requisitos para se habilitar, poderá participar. Isto permite que aumente o número de participantes envolvidos e se alcance uma maior competição, gerando resultados mais satisfatórios no valor final da contratação de serviço ou compra de um bem. Nesta modalidade, a primeira fase a ser cumprida é a de habilitação. Isso implica no aumento de tempo para se completar todo o procedimento, tornando-o demorado, já que a documentação de todos os competidores é entregue e analisada antes de qualquer outra medida a ser tomada, como a abertura das propostas. Ou seja, a administração pública terá de analisar a documentação de todos os candidatos, mesmo os que não venham a ganhar a disputa. Em relação ao valor envolvido, a concorrência é a modalidade que costuma ser utilizada para grandes compras, pois não existe limite máximo de valor para a execução de uma concorrência. Como podemos ver abaixo, a Lei 8666/93 diferenciou cada modalidade conforme o valor a ser contratado: I - para obras e serviços de engenharia: a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais); c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais). 4 Lei Federal 8666/93 Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 78 No entanto, nada impede que uma contratação de valor baixo, que estaria enquadrada na modalidade convite, por exemplo, possa ser realizada por meio da concorrência, já que esta não possui limite mínimo de valores. Isso pode ser confirmado com a leitura do §4o do artigo 23 da Lei: ³1RV�FDVRV�HP�TXH�FRXEHU�FRQYLWH��D�$GPLQLVWUDomR� poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência�´ A concorrência é, portanto, a modalidade de licitação utilizada para grandes compras e a que costuma dar mais trabalho para os gestores e demorar mais para chegar ao seu final. Tomada de Preços Esta modalidade licitatória visa a celebração de contratos dentro de um limite de preço menor que o da concorrência, conforme vimos anteriormente. Nela, aquele que estiver cadastrado previamente, isto é, que já tenha enviado os documentos para se habilitar, atendendo às exigências impostas, ou que consiga se cadastrar em até três dias antes do início do recebimento das propostas, observando, claro, a qualificação, poderá participar da licitação. A diferença entre a Tomada de Preços e a Concorrência está na possibilidade de se ter, na primeira, a habilitação prévia dos interessados em participar do certame, garantindo um pouco mais de agilidade no processo de contratação. No entanto, essa maior velocidade não é garantida, pois com a possibilidade de aqueles não cadastrados poderem participar (entregando a documentação em até três dias antes do recebimento das propostas), aumenta-se bastante o leque de interessados. Isto pode acarretar o atraso do processo justamente na análise dos documentos dos interessados. Vejamos como já foi cobrado esse assunto em prova? 7 ± (FCC - TRE-RR ± TÉCNICO ± 2015) O Estado de Roraima pretende realizar procedimento licitatório para a construção de obra pública. Ressalte-se que o valor da contratação será de R$ 700.000,00 (setecentos mil reais). Na hipótese narrada, a modalidade de licitação apropriada é: a) registro de preços. b) concorrência. c) convite. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 78 d) tomada de preços. e) pregão. Para obras e serviços de engenharia, a contratação em que o valor seja acima de cento e cinquenta mil reais e até um milhão e quinhentos mil reais, a modalidade mais apropriadasegundo a Lei das Licitações é a tomada de preços. Gabarito, portanto, letra D. Convite O convite já é uma modalidade mais simples e rápida de licitação. A Lei 8666/93 dispõe o seguinte sobre a modalidade convite: ³&RQYLWH� p� D� PRGDOLGDGH� GH� OLFLWDomR� HQWUH� interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.´ Esta modalidade pode ser considerada como aquela mais ágil, pois a Administração, por meio de carta-convite (não se exige publicação de edital), convoca os interessados a apresentar propostas para a contratação de objetos de baixo valor. Deve-se, portanto, convidar, pelo menos, três empresas em condições plenas de contratar. Não importa que estejam, ou não, cadastradas previamente. Importa, sim, que estejam incluídas na área cujo produto ou serviço seja comprado ou prestado. Há, entretanto, a possibilidade de interessados, previamente cadastrados, que não foram convidados, participarem do certame, caso manifestem interesse em até vinte e quatro horas antes de início da apresentação das propostas. Nesta modalidade, a administração simplesmente convida três empresas do ramo e fixa um cartaz no próprio órgão. Se algum outro interessado se apresentar, poderá também participar da disputa. Entretanto, a licitação deve incluir a apresentação de, no mínimo, três propostas legítimas para ser considerada válida. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 78 Vale atentar apenas para um detalhe: se houver mais de três possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações. Dessa forma, se em um certame, na modalidade convite, foram convidados A, B e C, no outro certame, caso tenha mais interessados cadastrados, deverá ser convidado mais um, totalizando, nesse caso, 4 convites. Isso já foi cobrado em prova, vamos dar uma olhada? 8 - (FCC ± TRE-RR ± ANALISTA ± 2015) Nos termos da Lei n o 8.666/1993, existindo na praça mais de três possíveis interessados, a cada nova licitação na modalidade convite, realizada para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um determinado número de interessado(s), enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações. O número mínimo de interessados a que se refere o enunciado é de: a) dois. b) três. c) seis. d) um. e) cinco. Questão decoreba da banca FCC. Vimos que se torna obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado cadastrado e não convidado na última licitação na modalidade convite. Gabarito, portanto, letra D. Concurso Conforme o §4o do artigo 23 da Lei das Licitações, na modalidade concurso, qualquer pessoa que for interessada em apresentar um trabalho, quer seja técnico, quer seja científico ou artístico, poderá participar, caso esteja em conformidade com o edital publicado na imprensa oficial. Essa publicação deverá ser ampla e nele deverão constar as exigências de qualificação dos interessados. O vencedor do concurso receberá prêmios ou remuneração de acordo com o estabelecido no edital, divulgado com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias do evento. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 78 Leilão Com a publicação de um edital constando a quantidade e a qualidade do produto a ser leiloado, assim como o preço mínimo a ser ofertado, os licitantes, não necessitando ter habilitação prévia, poderão dar lances verbais e sucessivos no dia reservado para a ocorrência do certame. Nesta modalidade, qualquer interessado na venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou na alienação de bens imóveis, poderá oferecer lances, iguais ou superiores ao valor da avaliação. Pregão A Lei 10.520, de 2002, de caráter nacional, assim como a Lei 8.666/93, regulamenta o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, de 1988, e acrescentou uma nova modalidade de licitação para contratação de bens e serviços comuns pela Administração Pública no âmbito da União, dos estados, do DF e dos municípios. Esta novidade, o pregão, é utilizada na aquisição de bens e serviços comuns de qualquer valor. No entanto, os preços finais costumam ser inferiores aos alcançados nas outras modalidades, além dos processos de compra serem mais ágeis, pois ocorre a inversão das fases de habilitação dos interessados e apresentação das propostas. Isso gera maior celeridade no processo, já que os documentos de habilitação só serão verificados após a sessão pública de julgamento das propostas. Assim, apenas a documentação de quem apresentou o menor preço é verificada. Se estiver tudo dentro da conformidade e da legalidade, este ofertante será declarado vencedor da licitação. Dessa forma, não se perde tempo analisando a documentação exigida na habilitação de todas as empresas interessadas em participar do certame. Assim como, não há desperdício de tempo com a espera de prazos de recursos e impugnações observáveis nesta fase. Caso a habilitação do primeiro colocado for indeferida, passa-se para a análise do segundo colocado, isto é, aquele que apresentou o segundo menor valor no momento dos lances. No pregão, tem-se a possibilidade de ocorrer o processo licitatório de duas formas: x Presencial; x Eletrônico. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 78 O pregão eletrônico foi regulamentado pelo Decreto no 5.450, de 2005, no qual se impõe o uso obrigatório no âmbito federal, só autorizando o tipo convencional ou presencial quando se provado a inviabilidade no eletrônico e justificado por uma autoridade com competência para tal. Depois disso, a modalidade pregão eletrônico tornou-se de uso preferencial na Administração Pública dos demais entes federativos. Portanto, com o advento do Decreto no 5.504, de 2005, os estados, o DF e os municípios, assim como as entidades privadas no momento em que comprarem bens e serviços comuns repassados de modo voluntário pela União, deverão dar preferência ao uso do pregão eletrônico. Dentre as diferenças entre o pregão eletrônico e o presencial, a principal é o momento de realização da sessão. 1R�WLSR�HOHWU{QLFR��D�VHVVmR�S~EOLFD�RFRUUH�³YLUWXDOPHQWH´��FRP�DSRLR� da internet, ao passo que o do tipo presencial, a sessão, também pública, ocorre em dia, hora e local previamente indicado. A sessão pública do pregão presencial exige a presença dos licitantes interessados ou de seus representantes devidamente qualificados para dar os lances, que serão analisados e classificados pelo critério de menor preço. Bom pessoal, voltando um pouco no assunto, nós veremos, agora, o conceito de bens e serviços comuns exigidos pela legislação. Bens e serviços comuns são aqueles que conseguem ser caracterizados de forma simples dentro do edital, conforme as características existentes no mercado, permitindo, com isso, a compra pelo menor preço. Porcuriosidade, vocês podem ler a relação de bens e serviços comuns no anexo II do Decreto no 3.555, de 2000, com a relação de itens atualizada pelo Decreto no 3.784, de 2001. Abaixo, na figura, podemos observar alguns exemplos de bens e serviços comuns. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 78 Figura 4. Bens e serviços comuns no Pregão Por fim, não devemos esquecer que, no pregão, é proibido que se façam exigências de garantias, assim como não podem obrigar, aos licitantes, a compra do edital como meio de poder participar do certame. Também fica impedido de impor o pagamento de taxas e emolumentos aos interessados, exceto no caso de se adquirirem o edital, quando, aí sim, pode-se cobrar pelo valor referente à confecção deste, isto é, ao montante da reprodução gráfica. Consulta O parágrafo único do artigo 54 da Lei 9.472, de 1997, que criou a Agência Nacional de Telecomunicações, ANATEL, dispõe que essa Agência terá a faculdade de utilizar o procedimento de licitação denominado de Consulta, desde que não seja para contratar obras e serviços de engenharia civil sujeitas aos procedimentos de licitação previstos na Lei 8.666/93. Pessoal, a Consulta é um procedimento próprio de contratação de todas as agências reguladoras, conforme artigo 37 da Lei 9.986/2000: ³$UW�� ���� $� DTXLVLomR� GH� EHQV� H� FRQWUDWDomR� GH� serviços pelas Agências Reguladoras poderá se dar QDV�PRGDOLGDGHV�GH�FRQVXOWD�H�SUHJmR���´� Com efeito, a lei só diz que a Consulta é a modalidade de licitação adequada à contratação de bens e serviços não Bens e Serviços Comuns Bens de Consumo ͻÁgua mineral; ͻUniforme; ͻCombustível, etc. Bens Permantentes ͻMobiliário; ͻVeículos automotivos em geral, etc. Serviços comuns ͻServiços Administrativos; ͻServiços de locação de móveis, etc Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 78 classificados como comum e que não sejam obras e serviços de engenharia civil5. Segue, abaixo, as modalidades de licitação estudadas: Figura 5. Modalidades de Licitação Vamos ver como estes tópicos já caíram em provas? 9 ± (FCC ± CNMP ± TÉCNICO ± 2015) Dentre as modalidades de licitação, é correto afirmar: a) Tomada de preço é a modalidade mais simples, destinada às contratações de pequeno valor, consistente na solicitação escrita a pelo menos três interessados do ramo, registrados ou não, para que presentem suas propostas, no prazo mínimo de cinco dias úteis. b) Pregão é a modalidade de licitação utilizável para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração, produtos legalmente apreendidos ou empenhados e também para os bens imóveis cuja aquisição haja derivado de procedimento judicial ou de dação em pagamento. c) Concorrência é a cabível qualquer que seja o valor de seu objeto, em que se admite a participação de quaisquer interessados, registrados ou não, que satisfaçam as condições do edital, convocados com antecedência mínima de 45 ou 30 dias. d) Concurso é destinado à escolha de trabalho técnico ou artístico, predominantemente de criação intelectual. É usado comumente na 5 (Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009) Modalidades de Licitação ͻ Concorrência ͻ Tomada de Preços ͻ Convite ͻ Pregão ͻ Concurso ͻ Leilão ͻ Consulta Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 78 seleção de projetos, onde se busca a melhor técnica, e não o menor preço. Aos classificados pode-se atribuir prêmio ou remuneração. e) Convite é a licitação para contratos de valor estimado imediatamente superior ao estabelecido para a tomada de preço, realizada entre interessados previamente cadastrados, observada a necessária qualificação. Questão totalmente decoreba, não é verdade? Então vamos a cada item. De acordo com o §2º do artigo 22 da Lei das Licitações, tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. Letra A está errada. A letra B é caso de leilão e não de pregão, logo, também está errada. A letra C está errada, pois os interessados não devem ser convocados com antecedência mínima de 45 ou 30 dias. Esse prazo de 30 ou 45 dias se dá para o recebimento das propostas, conforme o caso. A letra E está errada, pois o Convite é modalidade de licitação cujo valor estimado seja inferior à tomada de preço, cadastrados ou não. A única letra correta é a D, sendo, portanto, o gabarito da questão. 10 - (FGV - DPE-RJ - TÉCNICO ± 2014) As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas na Lei. De acordo com o valor e a natureza do serviço ou bem a ser contratado, o legislador estabeleceu determinada modalidade de licitação, com seu respectivo procedimento. Nesse contexto, são modalidades de licitação previstas na Lei 8.666/93: a) concessão, permissão, autorização, convite e leilão. b) concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. c) concessão, tomada de preços, convite, pregão e alienação. d) concorrência, tomada de preços, convite, locação e maior lance. e) pregão, carta convite, dispensa, inexigibilidade e habilitação. Questão tranquila, não é verdade? As modalidades de licitação são: concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. Gabarito, portanto, letra B. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 78 11 - (CESPE - INPI - ANALISTA ± 2013) No pregão, é vedada a exigência de garantia de proposta e a aquisição do edital pelos licitantes como condição para participação no certame, assim como o pagamento de taxas e gratificações, exceto os referentes a fornecimento do edital. O artigo 5º da Lei do Pregão, isto é, a Lei 10.520/2002, trouxe pontos que tratam de vedações de exigências. Diante da leitura daquele artigo, podemos concluir que, no pregão, não se pode exigir: ¾ que o licitante apresente garantia de proposta; que se cobre pela aquisição do edital, como condição de participação do certame; ¾ que se cobre taxas e emolumentos, exceto os referentes a fornecimento do edital, respeitando o limite dos custos de sua reprodução gráfica, e dos custos de utilização de recursos de tecnologia da informação, quando for o caso. O gabarito, portanto, é questão correta. 12 - (FGV - OAB ± EXAME DE ORDEM - 2013) A Administração Pública estadual pretende realizar uma licitação em modalidade não prevista na legislação federal. Nesse caso, é correto afirmar que: a) a intenção é viável, pois o Estado tem ampla competência para legislar sobre licitações. b) a intenção somente é viável caso seja realizada a combinação de modalidades de licitação já previstas na Lei n. 8.666/93. c) a intenção não é viável por expressa vedação da Lei n. 8.666/93. d) a intenção é viável por expressa autorização da Lei n. 8.666/93. De acordo com o § 8º do artigo 22 da Lei das Licitações, é proibido criar outras modalidades de licitação, assim como nãose permite combinar as modalidades existentes. Dessa forma, o gabarito é letra C. 13 - (CESPE ± TRT/RN ± ANALISTA ± 2010) É vedada a combinação das modalidades de licitação previstas em lei, mas, nos casos em que couber convite, a administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 78 Exato. A proibição legal existe para os casos em que o valor seja maior do que a modalidade permite (utilizar tomada de preços quando o valor indica a concorrência, por exemplo). Entretanto, o contrário pode sim ser feito. A concorrência, por exemplo, sempre pode ser utilizada, mesmo quando o valor é baixo. O gabarito é questão correta. Obrigatoriedade, Dispensa, Inexigibilidade e Vedações de Licitações Pessoal, no início dessa aula, demos uma pincelada sobre Dispensa e inexigibilidade de licitações. Vamos falar um pouco mais sobre esse tema? Esse é tópico muito cobrado em provas: os casos de obrigatoriedade, dispensa, inexigibilidade e vedações de licitações. Já vimos sobre a obrigatoriedade de licitar. Vale lembrar que a nossa Constituição impõe o uso prévio desse instrumento, a Licitação, para a celebração de contratos pela Administração Pública, mas também dispõe de probabilidade de lei prever casos de dispensa e inexigibilidade desse ato. Dispensa Uma licitação poderá, motivadamente, ser dispensada ou dispensável. A licitação será dispensada quando uma lei diretamente a dispensa, por exemplo: alienação de bens imóveis em caso de dação em pagamento; permuta por outro imóvel cujas finalidades (como as instalações) sejam indispensáveis à Administração; alienação de bens móveis como bens produzidos por órgãos, observando as suas finalidades; permuta de bens móveis entre órgãos ou entidades da Administração Pública. Já o segundo caso, de licitação dispensável, ocorre quando uma lei autoriza que a Administração Pública a dispense discricionariamente. Isto pode ocorrer, por exemplo, com obras e serviços de engenharia de valor até R$ 15.000,00, com outros serviços e compras de valor até R$ 8.000,00, em casos de guerra ou grave perturbação de ordem; em casos de emergência ou de calamidade pública e em casos de licitação deserta. Pessoal, o artigo 24 da Lei 8.666, de 1993 traz diversas possibilidades em que se permite a dispensa de licitação, como, por exemplo, no caso de ³contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 78 equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública´. Ainda no artigo 24, podemos afirmar que a licitação é dispensável nas atividades de impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da Administração, e de edições técnicas oficiais. A licitação também é dispensável, na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. Mais um exemplo de licitação dispensável seria o caso de contratação serviços de informática por pessoa jurídica de direito público interna. Se essa contratação se der por órgãos ou entidades criados para esse fim e que integrem a Administração Pública, a licitação também será dispensável. Vejamos como isso já foi cobrado em prova? 14 ± (FCC ± TRE-RR ± ANALISTA- 2015) O Estado de Roraima pretende contratar serviços de informática, a serem prestados por órgão que integra a Administração Pública, criado para esse fim específico. Nesse caso e nos termos da Lei nº 8.666/1993, a licitação é: a) dispensável. b) obrigatória na modalidade concorrência. c) obrigatória na modalidade pregão. d) inexigível. e) obrigatória na modalidade convite. Agora ficou fácil, não é verdade? Nesse caso, a licitação será dispensável. O gabarito, portanto, é letra A. 15 ± (FCC - TRE-RR ± TÉCNICO ± 2015) Um determinado órgão público pretende contratar associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, para a prestação de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. Nesse caso e nos termos da Lei n° 8.666/93, a licitação é: a) obrigatória na modalidade concorrência. b) inexigível. c) dispensável. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 78 d) obrigatória na modalidade convite. e) obrigatória na modalidade pregão. Pessoal, a pegadinha que a banca poderia colocar nessa questão seria omitir a obrigatoriedade de o preço contratado ser compatível com o mercado. Questão também decoreba, sendo o gabarito, portanto, a letra C. Inexigibilidade Caso seja impossível juridicamente haver competição, a Lei 8.666/93, em seu artigo 25, dispõe que a licitação seja inexigível, especialmente nos casos abaixo: ³,� - Aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca; II - Contratação de serviços técnicos de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação; III - Contratação de profissional artístico, desde que consagrado pela crítica especializada ou SHOD�RSLQLmR�S~EOLFD�´ Guardem sempre estes casos, ok? Figura 6. Casos de Licitação Inexigível Materiais e Produtos exclusivos, vedada a preferência de marca. Contratação de serviços técnicos de natureza singular. Contratação de profissional artístico consagrado Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 78 Vedação de licitação A Lei das Licitações não dispõe sobre esse quesito, mas grande parte da doutrina discursa sobre mais essa forma da não utilização desse instrumento de competição. Então, é válido falar um pouco sobre isso para levarmos para a prova algum conhecimento a mais, não é verdade? Bem, de acordo com Mazza6, o conceito de Vedação de licitação indica: ³Situações excepcionais, (...), em que a realização do certame licitatório violaria o interesse público em razão da extrema urgência em obter certos bens ou serviços. (...) Administração Pública é obrigada a adotar decisão vinculada de realizar a contratação direta pelo fato de a proteção do interesse público ser incompatível com o período de tempo necessário para concluir o procedimento licitatório. Exemplo: compra de YDFLQDV�GXUDQWH�HSLGHPLD�´ Vamos ver como estes tópicos já foram cobrados? 16 ± (FCC ± METRÔ ± ANALISTA ± 2014) Determinada autarquia que desempenha atividades na área social pretende divulgar seu trabalho, com vistas a expandir o número de colaboradores voluntários. Realizou pesquisas e identificou na região uma empresa com histórico e reputaçãoque pareciam suficientes para a realização da tarefa. Não tendo localizado outra empresa no município para desempenho das tarefas pretendidas, a autarquia apresentou consulta ao órgão jurídico, visando à contratação direta. A análise jurídica, nos termos da Lei nº 8.666/93, deve opinar pela: a) legalidade da contratação direta, desde que reste formalmente atestada a inexistência de outra empresa no município com capacidade para desempenho da tarefa. b) legalidade da contratação, com fundamento na inexigibilidade de licitação, tendo em vista que o objeto se enquadra, para fins da Lei nº 8.666/93, em contratação do setor artístico. c) legalidade da contratação direta, com base em hipótese expressa de dispensa de licitação. 6 (Mazza, 2011) Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 78 d) ilegalidade da contratação direta, tendo em vista que a inexigibilidade de licitação não se aplicaria aos serviços de publicidade e divulgação, cabendo a realização de licitação. e) ilegalidade da contratação direta, tendo em vista que é imprescindível a realização de licitação para a contratação de serviços do setor artístico, independentemente do valor. Quando o examinador afirma que após pesquisas na localidade foi identificada apenas uma empresa com histórico e reputação suficientes para a realização da tarefa, ficaria caracterizada a inexigibilidade da licitação. Entretanto o inciso II do artigo 25 da Lei nº 8.666/93 veda a contratação direta para o serviço de publicidade e divulgação, que é o caso da questão. Dessa forma, o gabarito é letra D. 17 - (CESPE ± POLÍCIA FEDERAL ± ADMINISTRADOR - 2014) A dispensa de licitação é prevista em caso de inviabilidade de competição, situação que permite à administração adjudicar diretamente o objeto do contrato. Pegadinha na área! Quando existe uma inviabilidade de competição o caso seria de inexigibilidade, não de dispensa de licitação! O gabarito é questão errada. 18 - (CESPE - INPI - ANALISTA ± 2013) Caso a administração precise adquirir materiais, equipamentos ou gêneros que só podem ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, diz- se que a licitação é inexigível, sendo vedada, entretanto, a preferência de marca. As hipóteses de inexigibilidades de licitação estão listadas, em um rol exemplificativo, no artigo 25 da Lei 8.666/93. Dentre as hipóteses listadas como inviabilidade de competição que configurem a inexigibilidade do procedimento licitatório, tem-se a: ³DTXLVLomR�GH�PDWHULDLV��HTXLSDPHQWRV��RX�JrQHURV� que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 78 a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades HTXLYDOHQWHV´� O gabarito, dessa maneira, é questão correta. Anulação e Revogação de Licitação Primeiramente, cabe lembrar que a licitação não é apenas um ato administrativo, e sim, um conjunto de atos administrativos com um determinado propósito. Veremos, portanto, que há diferenças nas ações desencadeadas ao anular ou revogar um procedimento administrativo como a licitação. Anulação Pode-se anular um ato administrativo pela Administração, por ofício ou por provocação de terceiros, ou pelo Poder Judiciário, por provocação. Decretada a nulidade do ato, este perderá sua eficácia e o efeito da anulação será ³ex tunc´. Claro que é dado às partes prejudicadas o direito do contraditório e da ampla defesa. A Licitação, por ser um procedimento administrativo, poderá sofrer nulidade de apenas um dos atos do procedimento. Neste caso, este ato inválido será anulado e, consequentemente, todos os atos posteriores e ligados a ele também sofrerão nulidade mediante fundamentação do agente competente, conforme art. 38, inciso IX da Lei 8.666/93. A anulação poderá ser, portanto, total ou parcial. Vale lembrar que após uma licitação tem-se a assinatura do contrato entre a Administração Pública e o agente vencedor do certame. Sendo declarado nulo o procedimento licitatório, o contrato firmado posteriormente também será anulado, obrigando à Administração indenizar pelo o que já tiver sido executado e pelos prejuízos acarretados. Por fim, enfatizamos que a anulação pode ocorrer durante o processo licitatório, ou após este, caso em que o contrato firmado também será considerado nulo. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 78 Revogação Pode-se revogar um ato administrativo discricionariamente pela AdPLQLVWUDomR��SRU�FRQYHQLrQFLD�H�RSRUWXQLGDGH��FRP�HIHLWRV�³ex nunc´. Na Licitação, por ser um procedimento administrativo, a revogação se dá em casos específicos analisados na legislação. Um dos motivos para existir a revogação seria o fato de haver uma ocorrência, pertinente e concreta, superveniente. Tal ocorrência deverá ser fundamentada por escrito, devendo ser por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta. O segundo e último motivo de se permitir a revogação, por conveniência administrativa, seria o fato do ganhador da licitação não comparecer ou recusar-se a fazê-lo para assinar o contrato após ser convocado pela Administração sob os prazos e as condições estabelecidos. A revogação só poderá ser total, isto é, só se pode revogar todo o procedimento licitatório, diferentemente do que vimos na anulação, na qual se pode anular apenas um ou mais atos do procedimento. Dessa forma, deve-se ter em mente que não pode revogar o procedimento licitatório após a assinatura do contrato. Por fim, o STF também já se pronunciou sobre os institutos da revogação e da anulação dos atos administrativos pela própria administração na Súmula nº 473, que dispõe o seguinte: ³A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial´. Vamos ver como isto pode ser cobrado em provas? 19 ± (FCC -TJ-GO ± JUIZ SUBSTITUTO ± 2015) Suponha que o Estado de Goiás tenha instaurado um procedimento licitatório para a contratação de obra de grande vulto e, ao final do certame, já tendo conhecimento do vencedor, considerou prudente não prosseguir com a contratação haja vista que a empresa que apresentou a melhor proposta teve envolvimento comprovado em investigações em curso para apuração de fraudes em outras licitações no Estado e superfaturamento de contratos. Diante deste cenário, com base nas disposições da Lei no 8.666/1993, a) deverá desclassificar a empresa vencedora, caso o resultado da licitação já tenha sido homologado, podendo contratar diretamente a execução das obras, observada a compatibilidade de preços com os praticados no mercado. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 78 b) poderárevogar a licitação, por razões de interesse público, decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta. c) deverá anular a licitação, por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. d) poderá desconsiderar a proposta apresentada pelo licitante vencedor e adjudicar o objeto ao segundo colocado, por decisão fundamentada da comissão de licitação. e) poderá deixar de contratar a empresa vencedora, desde que ainda não tenha adjudicado o objeto da licitação, independentemente desta ter sido formalmente apenada com suspensão ou declaração de inidoneidade. A primeira dúvida que surge é se seria caso de revogação ou de anulação. Lembrando-se da 6~PXOD�Q�����GR�67)��³A administração pode anular seus próprios atos (licitação), quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial´. Percebam que a anulação se dá quando ocorrem vícios no ato administrativo, isto é, no procedimento licitatório. O que ficou comprovado no enunciado é que a empresa teve envolvimento c em fraudes em outras licitações no Estado. Logo, não seria caso de anulação deste processo. Logo, a letra C está errada. A letra B, portanto, está correta, pois, por motivo de conveniência e oportunidade, e respeitando o interesse público, a revogação seria permitida. Gabarito, portanto, letra B. 20 - (FGV - OAB ± EXAME DE ORDEM INIFICADO ± 2014) A União licitou, mediante concorrência, uma obra de engenharia para construir um hospital público. Depois de realizadas todas as etapas previstas na Lei n. 8.666/93, sagrou- se vencedora a Companhia X. No entanto, antes de se outorgar o contrato para a Companhia X, a Administração Pública resolveu revogar a licitação. Acerca do tema, assinale a afirmativa correta. a) A Administração Pública pode revogar a licitação, por qualquer motivo, principalmente por ilegalidade, não havendo direito subjetivo da Companhia X ao contrato. b) A revogação depende da constatação de ilegalidade no curso do procedimento e, nesse caso, não pode ser decretada em prejuízo da Companhia X, que já se sagrou vencedora. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 78 c) A revogação, fundada na conveniência e na oportunidade da Administração Pública, deverá sempre ser motivada e baseada em fato superveniente ao início da licitação. d) Quando a Administração lança um edital e a ele se vincula, somente será possível a anulação do certame em caso de ilegalidade, sendo-lhe vedado, pois, revogar a licitação. Se houver vício de legalidade, a Administração deverá anular o ato licitatório. E mesmo que pudesse revogar, a Administração deveria fazê-lo de forma motivada e fundamentada. A letra A, portanto, está errada. A letra B está errada, pois da mesma forma da letra A, o ato com ilegalidade deve ser anulado e não revogado. A D está errada, pois a revogação é permitida, desde que seja por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta. Dessa forma, apenas a letra C está correta e é o gabarito da questão. 21 - (FGV - CGE-MA - AUDITOR ± 2014) Segundo a Lei n. 8.666/93, assinale a afirmativa incorreta. a) A autoridade competente para a aprovação do procedimento licitatório somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta. b) A autoridade deverá anular o procedimento licitatório quando verificada ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. c) A Administração poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, por conveniência e oportunidade. d) A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que a nulidade for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que a anulação não lhe seja imputável. e) No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa. A questão pede a alternativa incorreta. De acordo com o artigo 50 da Lei nº 8.666/93, a Administração não poderá celebrar o contrato desprezando a ordem de classificação das propostas. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 78 Também não poderá celebrar contratos com terceiros estranhos, isto é, terceiros que não tenham participado do processo licitatório, sob pena de nulidade. Dessa forma, o gabarito é letra C. 22 ± (FGV - DPE-RJ - TÉCNICO ± 2014) Regulamentando o Art. 37, XXI, da Constituição da República, a Lei 8.666/93 instituiu normas para licitações e contratos. Tal lei dispõe que a licitação se destina a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, visando à seleção da proposta mais vantajosa para a administração. Nesse contexto, segundo a Lei 8.666/93, em regra geral, pode participar da licitação: a) autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica, desde que não tenha elaborado o projeto de forma restritiva, com vistas a afastar potenciais concorrentes da licitação da obra ou serviço. b) empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado. c) servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação, desde que seja dada oportunidade de participação na licitação a outras empresas interessadas, para garantir o atendimento ao princípio da competitividade. d) empresa estrangeira, sendo vedado aos agentes públicos estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras. e) empresa privada, que tenha como sócio administrador o presidente da comissão de licitação, desde que a empresa esteja estabelecida em território nacional, com mais de 50% de seu capital social integralizado por brasileiros natos ou naturalizados. A letra A está errada, pois de acordo com o artigo 9º da Lei nº 8.666/93, o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários. Da mesma forma, a letra B também está errada, pois não é permitido que empresa, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo participe, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 78 O servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação também é proibido participar dessa licitação, logo o item C também está errado. A letraD está correta, pois não pode haver qualquer tipo de tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras por agentes públicos, de acordo com o inciso II do §1º do artigo 3º da Lei 8.666, de 19993. Por último, a letra E está errada, pois fora dito que não pode participar direta ou indiretamente alguns sujeitos. Logo, qualquer membro de comissão de licitação possui participação indireta do certame licitatório ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários, sendo, portanto, proibida a referida participação. Dessa forma, o gabarito é letra D. 23 - (FGV - AL-MT - PROCURADOR ± 2013) Com relação à disciplina legal das licitações, é correto afirmar que: a) não se admite, no julgamento da licitação, qualquer preferência a empresas brasileiras. b) a contratação de serviços de publicidade deve ser precedida de licitação. c) a alienação de bens da Administração Pública será sempre precedida de avaliação e licitação. d) as obras, serviços, compras e alienações realizados pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário não são atingidos pela exigência de licitação. e) a modalidade de licitação entre interessados previamente cadastrados, convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, é denominada convite. A letra A está errada, pois um dos casos em que se admite tratamento diferenciado seria, por exemplo, quando órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta ou indireta derem preferência, nas aquisições de bens e serviços de informática e automação, a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País. A letra B está correta, pois o artigo 25 da Lei veda a inexigibilidade de licitação na contratação de serviços de publicidade e divulgação. A letra C está errada, pois a alienação de bens imóveis e móveis da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação prévia, podendo haver ou não dispensa de licitação, como em caso de bens móveis e Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 78 imóveis doados, permutados, dentre outros, nos termos do artigo 17 da Lei. A letra D está errada, pois as obras, serviços, compras e alienações realizadas pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Tribunal de Contas regem-se pelas normas da Lei das Licitações, no que couber. A letra E está errada, pois na modalidade convite, podem participar quem não estiver cadastrado previamente, senão vejamos o que dispõe o §3º do artigo 22 da Lei: ³Art.22. (...) § 3º Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas´� Dessa forma, o gabarito é letra B. 24 - (FGV - TCE-BA - ACE ± 2013) No que se refere ao tema das licitações e contratos administrativos, assinale a afirmativa incorreta. a) Na hipótese legal de dispensa de licitação, a Administração Pública pode realizar o certame. b) Na hipótese de inexigibilidade de licitação, a Administração Pública pode realizar o certame desde que exista prévia autorização legislativa. c) O pregão é uma modalidade de licitação não prevista originalmente na Lei de Licitações e Contratos Administrativos. d) A emergência fabricada não autoriza a dispensa de licitação. e) Encerrado o procedimento, com a escolha da proposta mais vantajosa para a Administração Pública, a licitação pode ser revogada por razões de interesse público. O examinador pede a letra errada, então vamos direto a ela. As hipóteses de inexigibilidade de licitação previstas na lei são meramente exemplificativas, pois o legislador afirma que a licitação será inexigível sempre que houver inviabilidade de competição. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 78 Dessa forma, se a licitação for inexigível, a Administração Pública não poderá realizar o certame e nenhuma lei poderá prever o contrário. Dessa forma, o gabarito é letra B. 25 - (CESPE - INPI - ANALISTA ± 2013) É correto afirmar que a administração pode, mediante razões de interesse público, revogar uma licitação com base em juízo de oportunidade e conveniência relativos a fatos supervenientes ou a fatos ocorridos antes de iniciada a licitação, sendo necessário, porém, assegurar o contraditório e a ampla defesa ao vencedor do certame. Questão tirada do artigo 49 de Lei 8.666/93, senão vejamos: 帀Aƌƚ 堀 ? ?� � �� ĂƵƚŽƌŝĚĂĚĞ� ĐŽŵƉĞƚĞŶƚĞ� ƉĂƌĂ� Ă� ĂƉƌŽǀĂĕĆŽ� ĚŽ� procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. § 3º No caso de desfazimento do processo licitatório, fica ĂƐƐĞŐƵƌĂĚŽ�Ž�ĐŽŶƚƌĂĚŝƚſƌŝŽ�Ğ�Ă�ĂŵƉůĂ�ĚĞĨĞƐĂ ?. Vejam que a Lei só autoriza a revogação da licitação por razões decorrentes de fatos supervenientes, isto é, ocorridos após iniciada a licitação. O erro da questão está em dizer que os fatos ocorridos antes de iniciada a licitação também poderão acarretar. Pessoal, isso é lógico, não é mesmo? Se um fato ocorreu antes de iniciar o procedimento licitatório, e for motivo de revogação, a licitação nem deve ocorrer, ok? O fato superveniente justifica pela surpresa e pela não expectativa de acontecimento do referido evento. O gabarito, portanto, é questão errada. Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 78 Sistema de Registro de Preços Conforme os professores Marcelo Alexandrino & Vicente Paulo descrevem7: ³2�VLVWHPD�GH�UHJLVWUR�GH�SUHoRV�p�XP�PHLR�DSWR�D� viabilizar diversas contratações de compras, concomitantes ou sucessivas, sem a realização de um específico procedimento licitatório previamente a cada uma, por um ou mais de um órgão ou HQWLGDGH�GD�$GPLQLVWUDomR�3~EOLFD´� A Lei 8.666/93, no seu art. 15, afirma que esse sistema visa impedir a necessidade de se realizar diversas licitações para aquisição de bens e serviços rotineiros. O que se observa nesse comando legal é a realização de uma licitação, na modalidade concorrência, com o objetivo de se registrar a proposta vencedora e não executá-la de imediato. Na verdade, não se registra apenas a proposta mais vantajosa. O que se faz é um cadastro de fornecedores, em ordem de classificação por preços, nas condições estipuladas. Fica, portanto, disponível para futuras contratações pela Administração, evitando, assim, a formação de estoques. Tudo isso dentro de um prazo de 1 (um) ano. Não se esqueçam de que a Lei 10.520/02 dá a oportunidade de se usar o pregão quando se quiser registrar, nesse sistema, compras e contratações de bens e serviços comuns. No entanto, deve ficar claro que a proposta vencedora será de contratação preferencial e não obrigatória, pois se deve realizar uma pesquisa de preços no mercado do
Compartilhar