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Aula 01
Administração Pública p/ TCE-CE (Analista - Auditoria Governamental)
Professor: Rodrigo Rennó
Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 
Prof. Rodrigo Rennó 
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Aula 1: Sistemas de compras governamentais ± 
Parte 1 
Olá pessoal, tudo bem? 
Na aula de hoje iremos cobrir o seguinte item do edital: 
¾ Licitação pública.
Irei trabalhar com várias questões da FCC, mas incluirei algumas 
questões do Cespe, da ESAF ou da FGV quando não tiver questões da FCC 
do tema trabalhado, ok? Espero aproveitem bastante a aula! 
Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 
Prof. Rodrigo Rennó 
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Sumário 
Licitações .......................................................................................... 3
Tipos de Licitação .......................................................................... 10
Modalidades de Licitação .................................................................... 12
Concorrência ............................................................................... 13
Tomada de Preços .......................................................................... 15
Convite ..................................................................................... 16
Concurso .................................................................................... 17
Leilão ....................................................................................... 18
Pregão ....................................................................................... 18
Consulta .................................................................................... 20
Obrigatoriedade, Dispensa, Inexigibilidade e Vedações de Licitações .................... 24
Dispensa .................................................................................... 24
Inexigibilidade ............................................................................. 26
Vedação de licitação ....................................................................... 27
Anulação e Revogação de Licitação ......................................................... 29
Anulação .................................................................................... 29
Revogação .................................................................................. 30
Sistema de Registro de Preços ............................................................... 37
Regime Diferenciado de Contratações ....................................................... 38
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 62
Gabarito .......................................................................................... 78
Bibliografia ...................................................................................... 78
Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 01 
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Licitações 
Nesta aula, iremos estudar o processo de compras governamentais. 
Ao contrário do setor privado, que pode escolher os procedimentos que 
serão utilizados no processo de compras, o setor público deve cumprir a 
legislação que normatiza as compras públicas. 
A nossa Constituição Federal de 1988, em várias passagens, remete-
nos à importância e à necessidade de se utilizar o processo licitatório 
previamente à celebração de contratos administrativos pela Administração 
Pública. 
Primeiramente, observamos, no artigo 22, inciso XXVII, que as 
normas gerais de licitação, em qualquer modalidade, tanto para a 
administração pública direta, quanto para a indireta de todas as esferas de 
governo, são de competência privativa da União. 
Em seguida, a Carta Magna, no artigo 37, inciso XXI, aborda o 
assunto ressaltando que a administração pública, direta ou indireta, deverá 
executar obras, serviços, compras e alienações por meio de processo 
licitatório, garantindo igualdade a todos os licitantes, ressalvando 
alguns casos específicos encontrados na legislação. 
Mais à frente, no inciso III, do § 1º, do artigo 173, da CF/88, lê-se 
que licitações e contratações de obras, serviços, compras e alienações pelas 
empresas públicas, sociedades de economia mista, que explorem atividade 
econômica de produção ou comercialização de bens e prestação de 
serviços, deverão ser estabelecidos por lei. 
Finalmente, no artigo 175 da CF, nota-se a incumbência de o Poder 
Público, por meio da Administração Pública, conforme lei, prestar serviços 
públicos na forma do regime de concessão ou permissão. 
Pessoal, ressaltei essas passagens da nossa Constituição para 
mostrar a todos a preocupação que o constituinte teve de frisar a 
necessidade de uma lei específica que trate sobre o assunto de licitações 
e contratos. 
Cabe à União, como já vimos, a competência privativa para legislar 
sobre normas gerais para contratação de obras, serviços, compras e 
alienações pela Administração Pública. 
Portanto, obedecendo aos preceitos constitucionais, o legislador, em 
1993, publicou a Lei 8.666, que, entre outras providências, regulamenta 
o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal e versa sobre normas gerais
para licitações e contratos da Administração Pública. 
O artigo 3° da Lei 8.666/93 estabelece os princípios básicos que 
devem ser obedecidos nas licitações. Antes de listá-los, cabe ressaltar que 
a Administração Pública deve atentar também para os princípios 
Administração Pública p/ Analista de Controle Externo do TCE-CE 
Teoria e exercícios comentados 
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constitucionais (o famoso LIMPE: legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade, eficiência). 
A licitação, portanto, veio para certificar que a isonomia será 
respeitada no momento da contratação pela Administração, selecionando 
a proposta mais vantajosa e promovendo o desenvolvimento 
nacional sustentável. 
Vamos listar os princípios presentes na Lei: 
Figura 1. Princípios da Licitação 
'H� DFRUGR� FRP� D� GRXWULQD�� H[LVWHP� WDPEpP�� DOJXQV� ³princípios
implícitos específicos: competitividade, procedimento formal, sigilo 
das propostas e adjudicação compulsória1´� 
Vamos ver como isto já foi cobrado em provas? 
1 - (CESPE ± POLÍCIA FEDERAL ± ADMINISTRADOR - 2014) A 
utilização da licitação pública para a aquisição de produtos e 
serviços atende ao princípio da isonomia para a contratação, 
assegurando igualdade de condições aos interessados em fornecer 
ao Estado. 
1 (Alexandrino & Paulo, Direito Administrativo Descomplicado, 2014) 
Legalidade; Impessoalidade; Moralidade; 
Igualdade; Publicidade; 
Probidade 
administrativa; 
Vinculação ao 
instrumento 
convocatório; 
Julgamento 
objetivo
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Teoria e exercícios comentados 
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Perfeito. Como vimos acima, a nossa constituição ressalta que a 
administração pública, direta ou indireta, deverá executar obras, serviços, 
compras e alienações por meio de processo licitatório, garantindo 
igualdade a todos os licitantes, ressalvando alguns casos específicos 
encontrados na legislação. Deste modo, o gabarito da banca é mesmo 
questão certa. 
Continuando esse tema, a Administração Pública não pode adquirir 
bens ou prestar serviços a qualquer fornecedor�� D� VHX� ³EHO� SUD]HU´. 
Devemos, assim, realizar licitações e seguir os princípios que as norteiampara poder alcançar condições de igualdade no momento da contratação. 
No entanto, a Lei das Licitações, ao mesmo tempo em que dispõe 
sobre a obrigatoriedade de realizar esse procedimento prévio, também 
³DEUH�EUHFKDV´�H�permite algumas exceções. 
Dentre tais exceções, observa-se a possibilidade de dispensa da 
licitação ou simplesmente a sua inexigibilidade. 
Primeiramente, devemos ressaltar que, para qualquer um desses 
casos que vamos abordar agora, a Administração deve motivar o ato 
administrativo que venha a dispensar ou tornar inexigível a licitação. 
Outra coisa que não podemos esquecer é a de que os casos em que 
se enquadrarão a dispensa ou a inexigibilidade devem estar previstos em 
lei. Isto quer dizer o seguinte: 
Já na inexigibilidade, a lei dispõe que fica inviável qualquer 
competição que justifique uma licitação, como nos casos de: 
Casos em que a licitação é 
dispensada: 
ͻa lei diretamente dispensa
uma possível licitação que
seria viável em determinada
situação. Isto é, há
possibilidade de haver
concorrência entre os
fornecedores, no entanto, a
lei a dispensa. Neste caso, a
Administração Pública não
licita. Lei traz um lista
exemplificativa.
Casos em que a licitação é 
dispensável: 
ͻa lei dá a discricionariedade
para a Administração
dispensar ou não
determinada licitação.
Nesse caso, há uma
faculdade da Administração,
de acordo com o exame de
conveniência e
oportunidade. Lista taxativa
disposta no artigo 24 da Lei.
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x Compra de materiais, equipamentos, ou gêneros fornecidos por
produtor, empresa ou representante comercial exclusivo;
x Contratação de serviços técnicos de natureza singular,
com profissionais ou empresas de notória especialização ou;
x Contratação de profissional de qualquer setor artístico,
consagrado pela crítica especializada ou pela opinião
pública.
Uma observação antes de continuarmos. A inexigibilidade não é 
cabível quando a contratação de serviços técnicos de natureza singular for 
referente a serviços de publicidade e divulgação. 
Finalmente, a Lei retrata um caso em que tanto o fornecedor ou 
prestador de serviço público, quanto o agente público responsável, 
respondem solidariamente, sem prejuízo legal de outras sanções cabíveis. 
Seria a situação de superfaturamento, causando dano à Fazenda Pública. 
Vamos ver algumas questões agora? 
2 - (FGV - DPE-RJ - TÉCNICO ± 2014) Atendendo ao mandamento 
constitucional, a lei ordinária (Lei nº 8.666/93) disciplinou normas 
‡Alienação de bens imóveis em caso de dação em pagamento;
permuta por outro imóvel cujas finalidades (como as instalações)
sejam indispensáveis à Administração; alienação de bens móveis
como bens produzidos por órgãos, observando as suas finalidades;
permuta bens móveis entre órgãos ou entidades da Administração
Pública.
Dispensada
‡Obras e serviços de engenharia de valor até R$ 15.000,00; outros
serviços e compras de valor até R$ 8.000,00; casos de guerra ou
grave perturbação de ordem; casos de emergência ou de
calamidade pública; casos de licitação deserta.
Dispensável
‡Materiais e Produtos exclusivos, vedada a preferência de marca;
contratação de serviços técnicos de natureza singular; contratação
de profissional artístico consagrado.
Inexigível
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sobre licitações e contratos com a Administração Pública. A regra 
geral que disciplina as contratações públicas tem como premissa a 
obrigatoriedade da realização de licitação para a aquisição de bens 
e a execução de serviços e obras. Excepcionalmente, a Lei nº 
8.666/93 previu casos em que a licitação NÃO é obrigatória, como 
para: 
a) a contratação de serviços técnicos enumerados na Lei, de
natureza singular, com profissionais ou empresas de notória 
especialização, exceto para serviços de publicidade e divulgação, 
hipótese em que a licitação é dispensável. 
b) a contratação de profissional de qualquer setor artístico,
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que 
consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública, 
hipótese em que a licitação é dispensável. 
c) a compra ou a locação de imóvel destinado ao atendimento das
finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de 
instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o 
preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação 
prévia, hipótese em que a licitação é dispensável. 
d) os casos de emergência ou de calamidade pública, quando
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa 
ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, 
serviços, equipamentos e outros bens, e somente para os bens 
necessários ao atendimento da situação emergencial ou 
calamitosa, hipótese em que a licitação é inexigível. 
e) os casos de contratação de instituição brasileira incumbida
regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do 
desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à 
recuperação social do preso, desde que a contratada detenha 
inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins 
lucrativos, hipótese em que a licitação é inexigível. 
A letra A está errada, pois a questão pede que se apontem casos em 
que a licitação não seja obrigatória, logo, dispensável. A letra A é um caso 
de inexigibilidade de licitação, tornando-a incorreta. 
A letra B também está errada, pois, assim como a letra A, o item 
refere-se a um caso de inexigibilidade e não de dispensa de licitação. 
A letra C está correta, conforme podemos observar no inciso X do 
artigo 24 da Lei das Licitações. 
A letra D refere-se a um caso de dispensa de licitação, o que a 
tornaria correta. Entretanto, o examinador afirmou, no final da frase, que 
se trata de inexigibilidade. Logo, a letra D também está errada. 
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A letra E, assim com a D, está quase toda certa, pois se trata de um 
caso em que a licitação é dispensável e não inexigível, como afirma o 
examinador. Dessa forma, o gabarito é mesmo a letra C. 
3 - (FGV - DPE-DF - ANALISTA ± 2014) Durante muitos anos, 
dezenas de famílias viveram exercendo atividade de catadores de 
material reciclável em antigo vazadouro de lixo municipal, chamado 
SHOD�SRSXODomR�GH�³OL[mR´��&RP�D�DWXDO�SROtWLFD�QDFLRQDO�de resíduos 
sólidos, o vazadouro de lixo teve suas atividades encerradas e 
recebeu a devida remediação ambiental. Em seu lugar, o Município 
licenciou novo aterro sanitário, ecológica e ambientalmente 
equilibrado. As famílias que até então realizavam as atividades de 
catadores de material reciclado ficaram inicialmente sem trabalho, 
mas conseguiram formalizar uma cooperativa, formada 
exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda, reconhecidas 
pelo poder público como catadores de materiais recicláveis. 
Atualmente, o Município pretende contratar tal cooperativa para 
coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos 
urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de 
coleta seletiva de lixo, com o uso de equipamentos compatíveis com 
as normas técnicas, ambientais e de saúde pública. Esse contrato 
terá prazo de um ano, com valor total de quinhentos mil reais 
(compatível com o preço de mercado, diante das peculiaridades 
locais, tal como população e extensão do Município). Nesse caso, a 
respeito da necessidade e/ou modalidadede licitação, é correto 
afirmar que: 
a) é cabível a inexigibilidade de licitação, desde que preenchidos os
requisitos legais. 
b) é cabível a dispensa de licitação, desde que preenchidos os
requisitos legais. 
c) não é possível a inexigibilidade ou a dispensa de licitação,
devendo ocorrer a licitação na modalidade adequada para a 
natureza e valor do contrato, qual seja, convite. 
d) não é possível a inexigibilidade ou dispensa de licitação, devendo
ocorrer a licitação na modalidade adequada para a natureza e valor 
do contrato, qual seja, tomada de preços. 
e) não é possível a inexigibilidade ou dispensa de licitação, devendo
ocorrer a licitação na modalidade adequada para a natureza e valor 
do contrato, qual seja, concorrência. 
Uma das possibilidades de dispensa de licitação é a de ³contratação
da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos 
recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, 
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efetuados por associações ou cooperativas formadas 
exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas 
pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o 
uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e 
de saúde pública´� 
Dessa forma, o gabarito é letra B. 
4 - (FGV - TCE-BA - AGENTE ± 2013) A respeito do tema licitação, 
analise as afirmativas a seguir. 
I. A inexigibilidade de licitação pressupõe inviabilidade de 
competição. 
II. Na licitação dispensada, o legislador excepciona diretamente a
obrigatoriedade de licitação. 
III. Na licitação dispensável, o legislador permite ao administrador
realizar a contratação direta sem licitação. 
Assinale: 
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas a afirmativa II estiver correta.
c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Já vimos que o legislador caracteriza as situações de inexigibilidade 
aquelas em que a competição não for viável. Logo, o item I está correto. 
O item II está correto, pois, na licitação dispensada, a Lei dispensa a 
realização do certame. Logo, o administrador não possui discricionariedade 
em dispensar a licitação ou não. 
Pessoal, normalmente, quando se fala em licitação dispensada, está 
se referindo às hipóteses listadas no artigo 17 da Lei, ou seja, alienação de 
bens da Administração Pública. 
O artigo 24 da Lei, que fala da licitação dispensável, traz um rol 
taxativo no qual o gestor terá a discricionariedade em realizar ou não a 
licitação. Logo, o item III também está correto, o que leva ao gabarito da 
questão ser a letra E. 
5 - (CESPE ± POLÍCIA FEDERAL ± AGENTE - 2014) Considere que 
determinada pessoa jurídica de direito privado que administra um 
porto brasileiro pretenda contratar o único escritório de advocacia 
especializado em direito portuário no Brasil para promover ações 
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judiciais acerca dessa matéria. Nessa situação, é dispensável a 
licitação. 
Este seria o caso de inexigibilidade de licitação, pois a contratação de 
XP� ³HVFULWyULR� GH� DGYRFDFLD� HVSHFLDOL]DGR� HP� GLUHLWR� SRUWXiULR´� VH�
enquadraria nos casos de contratação de serviços técnicos de 
natureza singular. O gabarito da banca é questão errada. 
Antes de passarmos para o próximo tópico, vou apresentar só mais 
dois tipos de licitações: a licitação deserta e a licitação fracassada. 
Na primeira, ninguém se interessa pela licitação. E aí? Vocês devem 
estar se perguntando. Nessa situação, a Lei afirma ser um caso de licitação 
dispensável, e, portanto, a administração fica livre para contratar, desde 
que motive, informando que, se vier a realizar uma nova licitação, a 
administração ficaria no prejuízo. Outra exigência é que as condições 
presentes no instrumento convocatório permaneçam. 
Na segunda, há interesse de alguns na licitação. No entanto, são 
desclassificados por algum motivo: ou na habilitação ou na proposta 
ofertada. 
Tipos de Licitação 
As licitações não são todas feitas da mesma maneira. Existem 
diversos tipos de licitação, que são utilizados de acordo com os objetivos 
da administração. 
De acordo com o artigo n° 45 da Lei 8666/93, o julgamento das 
propostas de um procedimento licitatório pela comissão de licitação ou pelo 
responsável pelo convite deverá ser objetivo. Os critérios de julgamento 
serão, portanto, considerados como tipos de licitação. Dentre os tipos de 
licitação temos: 
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Teoria e exercícios comentados 
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Figura 2 - Tipos de Licitação 
O primeiro tipo de licitação que veremos é o de menor preço. Nesse 
tipo, o licitante vencedor será aquele que, apresentando a proposta em 
conformidade com o qualificado no edital ou convite, ofertar o menor preço. 
É o tipo mais utilizado no setor público. 
Outros tipos de licitação seriam o de melhor técnica e o de melhor 
técnica e preço. Conforme a Lei 8666/93, a diferença básica entre esses 
dois tipos de licitação é que, no de melhor técnica e preço, a classificação 
far-se-á conforme a média ponderada das valorizações das propostas 
técnicas e de preço, de acordo com os pesos preestabelecidos no 
instrumento convocatório. 
Pessoal, no artigo 46 da Lei nota-se a exigência de onde se utilizar 
os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço". Fala-se em uso 
exclusivo em serviços de natureza predominantemente intelectual, 
como: desenvolvimento de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e 
gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para 
a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e 
executivos. 
1R�HQWDQWR�� WHPRV�XPD�H[FHomR�TXDQWR�DR� WLSR� ³WpFQLFD�H�SUHoR´��
Seria no caso de contratação de bens e serviços de informática. Esse 
WLSR�VHULD�HQTXDGUDGR�QR�FULWpULR�GH�³PHOKRU�WpFQLFD�H�SUHoR´��HQWUHWDQWR��
pode ser utilizado outro tipo de licitação conforme indicação em decreto do 
Poder Executivo. 
Por fim, tem-se o tipo maior lance. Esse tipo de julgamento objetivo 
ocorre em casos de alienação de bens ou concessão de direito real de 
uso. Seria, por exemplo, em situações em que se procura alcançar o maior 
preço para se vender um bem público, como nos leilões. 
Vale ressaltar que esse tipo de licitação não existia quando foi 
publicada a Lei 8.666, em 1993. Ele foi acrescentado com o advento da Lei 
Menor 
Preço
Melhor 
Técnica
Melhor 
Técnica 
e Preço
Maior 
Lance
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8.883, no ano seguinte, em 1994, o qual, além de outras medidas, ela 
alterou dispositivos da Lei das Licitações. 
Vejamos como esse tema já foi cobrado em provas? 
6 ± (FCC ± CNMP ± ANALISTA ± 2015) Determinado órgão público 
pretende contratar serviços técnicos especializados de engenharia, 
para elaboração de projeto básico para uma obra de considerável 
complexidade técnica que pretende realizar. De acordo com as 
disposições da Lei nº 8.666/1993, para contratação do referido 
projeto: 
a) será inexigível prévia licitação, por se tratar de serviços técnico
especializados, ainda que não sejam de naturezasingular. 
b) poderá ser dispensada a licitação, se comprovada a notória
especialização do contratado. 
c) será necessário o prévio procedimento licitatório, adotando-se,
obrigatoriamente, a modalidade concorrência. 
d) poderá ser adotada a modalidade empreitada integral, na qual o
projeto básico pode ficar a cargo da empresa contratada para a 
execução da obra. 
e) a correspondente licitação poderá ser do tipo melhor técnica ou
técnica e preço, dada a natureza predominantemente intelectual 
dos serviços contratados. 
A letra A está errada, pois devem ter natureza singular as 
contratações de serviços profissionais especializados, vedada, portanto a 
inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação. 
Pessoal, vimos TXH�R�DUWLJR����GD�/HL�Qž����������GLVS}H�TXH�³os
tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço" serão utilizados 
exclusivamente para serviços de natureza predominantemente 
intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, 
fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia 
consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos 
técnicos preliminares e projetos básicos e executivos´.
Nos casos acima que se referirem à contratação de bens e serviços 
de informática, será adotado obrigatoriamente o tipo de licitação "técnica 
e preço´��VHQGR�H[FHomR�j�UHJUD��*DEDULWR��SRUWDQWR, letra E. 
Modalidades de Licitação 
Outro tópico muito cobrado em provas é o das modalidades de 
licitação. Preste atenção, pois as bancas adoram confundir os candidatos 
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misturando os conceitos de tipos e modalidades de licitação ± não caia 
nessa! 
O artigo 22 da Lei das Licitações enumera as modalidades de licitação 
e descreve as modalidades de licitação conforme o valor a ser licitado. As 
modalidades são: 
Figura 3. Modalidades de Licitação na Lei 8666/93 
Antes de iniciarmos nossD� ³FRQYHUVD´� VREUH� DV� PRGDOLGDGHV�� YDOH�
ressaltar que, atualmente, existem modalidades que não foram dispostas 
na Lei 8666/93, como o pregão e a consulta. Essas últimas foram criadas 
posteriormente. 
0HVPR� D� /HL� ��������� GLVS}H� TXH� ³p vedada a criação de outras 
modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo2´��
autores como, Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino3, afirmam que: 
³Não temos dúvida em afirmar que, efetivamente,
não podem ser combinadas modalidades de 
licitação. Diferentemente, contudo, a criação de 
uma nova modalidade é possível, sim, desde que 
RFRUUD�SRU�PHLR�GH�OHL�GD�8QLmR�´
Vamos ver essas modalidades em mais detalhes? 
Concorrência 
O §1o do artigo 22 da Lei 8.666/93 conceitua a concorrência como: 
2 Lei Federal 8666/93 
3 (Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009) 
Modalidades de Licitação
Concorrência
Tomada de Preços
Convite
Concurso
Leilão
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³&RQFRUUrQFLD� p� D� PRGDOLGDGH� GH� OLFLWDomR� HQWUH�
quaisquer interessados que, na fase inicial de 
habilitação preliminar, comprovem possuir os 
requisitos mínimos de qualificação exigidos no 
edital para execução de seu objeto4�´
Dessa forma, podemos observar que a concorrência é a modalidade 
PDLV� ³GHPRFUiWLFD´�� SRLV� qualquer um, que venha a preencher os 
requisitos para se habilitar, poderá participar. 
Isto permite que aumente o número de participantes envolvidos e se 
alcance uma maior competição, gerando resultados mais satisfatórios no 
valor final da contratação de serviço ou compra de um bem. 
Nesta modalidade, a primeira fase a ser cumprida é a de 
habilitação. Isso implica no aumento de tempo para se completar todo o 
procedimento, tornando-o demorado, já que a documentação de todos os 
competidores é entregue e analisada antes de qualquer outra medida a ser 
tomada, como a abertura das propostas. 
Ou seja, a administração pública terá de analisar a documentação de 
todos os candidatos, mesmo os que não venham a ganhar a disputa. Em 
relação ao valor envolvido, a concorrência é a modalidade que costuma ser 
utilizada para grandes compras, pois não existe limite máximo de valor 
para a execução de uma concorrência. 
Como podemos ver abaixo, a Lei 8666/93 diferenciou cada 
modalidade conforme o valor a ser contratado: 
I - para obras e serviços de engenharia: 
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta
mil reais); 
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um
milhão e quinhentos mil reais); 
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00
(um milhão e quinhentos mil reais); 
II - para compras e serviços não referidos no 
inciso anterior: 
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00
(seiscentos e cinquenta mil reais); 
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00
(seiscentos e cinquenta mil reais). 
4 Lei Federal 8666/93 
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No entanto, nada impede que uma contratação de valor baixo, que 
estaria enquadrada na modalidade convite, por exemplo, possa ser 
realizada por meio da concorrência, já que esta não possui limite mínimo 
de valores. 
Isso pode ser confirmado com a leitura do §4o do artigo 23 da Lei: 
³1RV�FDVRV�HP�TXH�FRXEHU�FRQYLWH��D�$GPLQLVWUDomR�
poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer 
caso, a concorrência�´
A concorrência é, portanto, a modalidade de licitação utilizada para 
grandes compras e a que costuma dar mais trabalho para os gestores e 
demorar mais para chegar ao seu final. 
Tomada de Preços 
Esta modalidade licitatória visa a celebração de contratos dentro de 
um limite de preço menor que o da concorrência, conforme vimos 
anteriormente. 
Nela, aquele que estiver cadastrado previamente, isto é, que já 
tenha enviado os documentos para se habilitar, atendendo às exigências 
impostas, ou que consiga se cadastrar em até três dias antes do início 
do recebimento das propostas, observando, claro, a qualificação, 
poderá participar da licitação. 
A diferença entre a Tomada de Preços e a Concorrência está na 
possibilidade de se ter, na primeira, a habilitação prévia dos 
interessados em participar do certame, garantindo um pouco mais de 
agilidade no processo de contratação. 
No entanto, essa maior velocidade não é garantida, pois com a 
possibilidade de aqueles não cadastrados poderem participar (entregando 
a documentação em até três dias antes do recebimento das propostas), 
aumenta-se bastante o leque de interessados. Isto pode acarretar o atraso 
do processo justamente na análise dos documentos dos interessados. 
Vejamos como já foi cobrado esse assunto em prova? 
7 ± (FCC - TRE-RR ± TÉCNICO ± 2015) O Estado de Roraima 
pretende realizar procedimento licitatório para a construção de 
obra pública. Ressalte-se que o valor da contratação será de R$ 
700.000,00 (setecentos mil reais). Na hipótese narrada, a 
modalidade de licitação apropriada é: 
a) registro de preços.
b) concorrência.
c) convite.
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d) tomada de preços.
e) pregão.
Para obras e serviços de engenharia, a contratação em que o valor 
seja acima de cento e cinquenta mil reais e até um milhão e quinhentos mil 
reais, a modalidade mais apropriadasegundo a Lei das Licitações é a 
tomada de preços. Gabarito, portanto, letra D. 
Convite 
O convite já é uma modalidade mais simples e rápida de licitação. A 
Lei 8666/93 dispõe o seguinte sobre a modalidade convite: 
³&RQYLWH� p� D� PRGDOLGDGH� GH� OLFLWDomR� HQWUH�
interessados do ramo pertinente ao seu objeto, 
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em 
número mínimo de 3 (três) pela unidade 
administrativa, a qual afixará, em local 
apropriado, cópia do instrumento 
convocatório e o estenderá aos demais 
cadastrados na correspondente especialidade que 
manifestarem seu interesse com antecedência 
de até 24 (vinte e quatro) horas da 
apresentação das propostas.´
Esta modalidade pode ser considerada como aquela mais ágil, pois a 
Administração, por meio de carta-convite (não se exige publicação de 
edital), convoca os interessados a apresentar propostas para a contratação 
de objetos de baixo valor. 
Deve-se, portanto, convidar, pelo menos, três empresas em 
condições plenas de contratar. Não importa que estejam, ou não, 
cadastradas previamente. Importa, sim, que estejam incluídas na área cujo 
produto ou serviço seja comprado ou prestado. 
Há, entretanto, a possibilidade de interessados, previamente 
cadastrados, que não foram convidados, participarem do certame, caso 
manifestem interesse em até vinte e quatro horas antes de início 
da apresentação das propostas. 
Nesta modalidade, a administração simplesmente convida três 
empresas do ramo e fixa um cartaz no próprio órgão. Se algum outro 
interessado se apresentar, poderá também participar da disputa. 
Entretanto, a licitação deve incluir a apresentação de, no mínimo, três 
propostas legítimas para ser considerada válida. 
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Vale atentar apenas para um detalhe: se houver mais de três 
possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto 
idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um 
interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas 
licitações. 
Dessa forma, se em um certame, na modalidade convite, foram 
convidados A, B e C, no outro certame, caso tenha mais interessados 
cadastrados, deverá ser convidado mais um, totalizando, nesse caso, 4 
convites. Isso já foi cobrado em prova, vamos dar uma olhada? 
8 - (FCC ± TRE-RR ± ANALISTA ± 2015) Nos termos da Lei n o 
8.666/1993, existindo na praça mais de três possíveis 
interessados, a cada nova licitação na modalidade convite, 
realizada para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o 
convite a, no mínimo, mais um determinado número de 
interessado(s), enquanto existirem cadastrados não convidados 
nas últimas licitações. O número mínimo de interessados a que se 
refere o enunciado é de: 
a) dois.
b) três.
c) seis.
d) um.
e) cinco.
Questão decoreba da banca FCC. Vimos que se torna obrigatório o 
convite a, no mínimo, mais um interessado cadastrado e não convidado na 
última licitação na modalidade convite. Gabarito, portanto, letra D. 
Concurso 
Conforme o §4o do artigo 23 da Lei das Licitações, na modalidade 
concurso, qualquer pessoa que for interessada em apresentar um trabalho, 
quer seja técnico, quer seja científico ou artístico, poderá participar, caso 
esteja em conformidade com o edital publicado na imprensa oficial. Essa 
publicação deverá ser ampla e nele deverão constar as exigências de 
qualificação dos interessados. 
O vencedor do concurso receberá prêmios ou remuneração de acordo 
com o estabelecido no edital, divulgado com antecedência mínima de 45 
(quarenta e cinco) dias do evento. 
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Leilão 
Com a publicação de um edital constando a quantidade e a qualidade 
do produto a ser leiloado, assim como o preço mínimo a ser ofertado, os 
licitantes, não necessitando ter habilitação prévia, poderão dar lances 
verbais e sucessivos no dia reservado para a ocorrência do certame. 
Nesta modalidade, qualquer interessado na venda de bens móveis 
inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou 
penhorados, ou na alienação de bens imóveis, poderá oferecer lances, 
iguais ou superiores ao valor da avaliação. 
Pregão 
A Lei 10.520, de 2002, de caráter nacional, assim como a Lei 
8.666/93, regulamenta o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, de 
1988, e acrescentou uma nova modalidade de licitação para contratação 
de bens e serviços comuns pela Administração Pública no âmbito da União, 
dos estados, do DF e dos municípios. 
Esta novidade, o pregão, é utilizada na aquisição de bens e 
serviços comuns de qualquer valor. No entanto, os preços finais 
costumam ser inferiores aos alcançados nas outras modalidades, além dos 
processos de compra serem mais ágeis, pois ocorre a inversão das fases 
de habilitação dos interessados e apresentação das propostas. 
Isso gera maior celeridade no processo, já que os documentos de 
habilitação só serão verificados após a sessão pública de julgamento das 
propostas. 
Assim, apenas a documentação de quem apresentou o menor 
preço é verificada. Se estiver tudo dentro da conformidade e da 
legalidade, este ofertante será declarado vencedor da licitação. 
Dessa forma, não se perde tempo analisando a documentação 
exigida na habilitação de todas as empresas interessadas em 
participar do certame. Assim como, não há desperdício de tempo com a 
espera de prazos de recursos e impugnações observáveis nesta fase. 
Caso a habilitação do primeiro colocado for indeferida, passa-se para 
a análise do segundo colocado, isto é, aquele que apresentou o segundo 
menor valor no momento dos lances. 
No pregão, tem-se a possibilidade de ocorrer o processo licitatório de 
duas formas: 
x Presencial;
x Eletrônico.
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O pregão eletrônico foi regulamentado pelo Decreto no 5.450, de 
2005, no qual se impõe o uso obrigatório no âmbito federal, só 
autorizando o tipo convencional ou presencial quando se provado a 
inviabilidade no eletrônico e justificado por uma autoridade com 
competência para tal. 
Depois disso, a modalidade pregão eletrônico tornou-se de uso 
preferencial na Administração Pública dos demais entes federativos. 
Portanto, com o advento do Decreto no 5.504, de 2005, os estados, o DF e 
os municípios, assim como as entidades privadas no momento em que 
comprarem bens e serviços comuns repassados de modo voluntário pela 
União, deverão dar preferência ao uso do pregão eletrônico. 
Dentre as diferenças entre o pregão eletrônico e o presencial, a 
principal é o momento de realização da sessão. 
1R�WLSR�HOHWU{QLFR��D�VHVVmR�S~EOLFD�RFRUUH�³YLUWXDOPHQWH´��FRP�DSRLR�
da internet, ao passo que o do tipo presencial, a sessão, também pública, 
ocorre em dia, hora e local previamente indicado. 
A sessão pública do pregão presencial exige a presença dos licitantes 
interessados ou de seus representantes devidamente qualificados para dar 
os lances, que serão analisados e classificados pelo critério de menor preço. 
Bom pessoal, voltando um pouco no assunto, nós veremos, agora, o 
conceito de bens e serviços comuns exigidos pela legislação. 
Bens e serviços comuns são aqueles que conseguem ser 
caracterizados de forma simples dentro do edital, conforme as 
características existentes no mercado, permitindo, com isso, a compra pelo 
menor preço. 
Porcuriosidade, vocês podem ler a relação de bens e serviços comuns 
no anexo II do Decreto no 3.555, de 2000, com a relação de itens atualizada 
pelo Decreto no 3.784, de 2001. Abaixo, na figura, podemos observar 
alguns exemplos de bens e serviços comuns. 
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Figura 4. Bens e serviços comuns no Pregão 
Por fim, não devemos esquecer que, no pregão, é proibido que se 
façam exigências de garantias, assim como não podem obrigar, aos 
licitantes, a compra do edital como meio de poder participar do certame. 
Também fica impedido de impor o pagamento de taxas e 
emolumentos aos interessados, exceto no caso de se adquirirem o edital, 
quando, aí sim, pode-se cobrar pelo valor referente à confecção deste, isto 
é, ao montante da reprodução gráfica. 
Consulta 
O parágrafo único do artigo 54 da Lei 9.472, de 1997, que criou a 
Agência Nacional de Telecomunicações, ANATEL, dispõe que essa Agência 
terá a faculdade de utilizar o procedimento de licitação denominado de 
Consulta, desde que não seja para contratar obras e serviços de engenharia 
civil sujeitas aos procedimentos de licitação previstos na Lei 8.666/93. 
Pessoal, a Consulta é um procedimento próprio de contratação de 
todas as agências reguladoras, conforme artigo 37 da Lei 9.986/2000: 
³$UW�� ���� $� DTXLVLomR� GH� EHQV� H� FRQWUDWDomR� GH�
serviços pelas Agências Reguladoras poderá se dar 
QDV�PRGDOLGDGHV�GH�FRQVXOWD�H�SUHJmR���´�
Com efeito, a lei só diz que a Consulta é a modalidade de 
licitação adequada à contratação de bens e serviços não 
Bens e Serviços Comuns
Bens de 
Consumo
ͻÁgua mineral;
ͻUniforme;
ͻCombustível, etc.
Bens 
Permantentes
ͻMobiliário;
ͻVeículos
automotivos em 
geral, etc.
Serviços comuns
ͻServiços
Administrativos;
ͻServiços de locação
de móveis, etc
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classificados como comum e que não sejam obras e serviços de 
engenharia civil5. 
Segue, abaixo, as modalidades de licitação estudadas: 
Figura 5. Modalidades de Licitação 
Vamos ver como estes tópicos já caíram em provas? 
9 ± (FCC ± CNMP ± TÉCNICO ± 2015) Dentre as modalidades de 
licitação, é correto afirmar: 
a) Tomada de preço é a modalidade mais simples, destinada às
contratações de pequeno valor, consistente na solicitação escrita a 
pelo menos três interessados do ramo, registrados ou não, para que 
presentem suas propostas, no prazo mínimo de cinco dias úteis. 
b) Pregão é a modalidade de licitação utilizável para a venda de
bens móveis inservíveis para a Administração, produtos legalmente 
apreendidos ou empenhados e também para os bens imóveis cuja 
aquisição haja derivado de procedimento judicial ou de dação em 
pagamento. 
c) Concorrência é a cabível qualquer que seja o valor de seu objeto,
em que se admite a participação de quaisquer interessados, 
registrados ou não, que satisfaçam as condições do edital, 
convocados com antecedência mínima de 45 ou 30 dias. 
d) Concurso é destinado à escolha de trabalho técnico ou artístico,
predominantemente de criação intelectual. É usado comumente na 
5 (Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009) 
Modalidades de Licitação
ͻ Concorrência
ͻ Tomada de Preços
ͻ Convite
ͻ Pregão
ͻ Concurso
ͻ Leilão
ͻ Consulta
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seleção de projetos, onde se busca a melhor técnica, e não o menor 
preço. Aos classificados pode-se atribuir prêmio ou remuneração. 
e) Convite é a licitação para contratos de valor estimado
imediatamente superior ao estabelecido para a tomada de preço, 
realizada entre interessados previamente cadastrados, observada 
a necessária qualificação. 
Questão totalmente decoreba, não é verdade? Então vamos a cada 
item. 
De acordo com o §2º do artigo 22 da Lei das Licitações, tomada de 
preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente 
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para 
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das 
propostas, observada a necessária qualificação. Letra A está errada. 
A letra B é caso de leilão e não de pregão, logo, também está errada. 
A letra C está errada, pois os interessados não devem ser convocados 
com antecedência mínima de 45 ou 30 dias. Esse prazo de 30 ou 45 dias 
se dá para o recebimento das propostas, conforme o caso. 
A letra E está errada, pois o Convite é modalidade de licitação cujo 
valor estimado seja inferior à tomada de preço, cadastrados ou não. A única 
letra correta é a D, sendo, portanto, o gabarito da questão. 
10 - (FGV - DPE-RJ - TÉCNICO ± 2014) As obras, serviços, inclusive 
de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e 
locações da Administração Pública, quando contratadas com 
terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, 
ressalvadas as hipóteses previstas na Lei. De acordo com o valor e 
a natureza do serviço ou bem a ser contratado, o legislador 
estabeleceu determinada modalidade de licitação, com seu 
respectivo procedimento. Nesse contexto, são modalidades de 
licitação previstas na Lei 8.666/93: 
a) concessão, permissão, autorização, convite e leilão.
b) concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão.
c) concessão, tomada de preços, convite, pregão e alienação.
d) concorrência, tomada de preços, convite, locação e maior lance.
e) pregão, carta convite, dispensa, inexigibilidade e habilitação.
Questão tranquila, não é verdade? As modalidades de licitação são: 
concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. Gabarito, 
portanto, letra B. 
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11 - (CESPE - INPI - ANALISTA ± 2013) No pregão, é vedada a 
exigência de garantia de proposta e a aquisição do edital pelos 
licitantes como condição para participação no certame, assim como 
o pagamento de taxas e gratificações, exceto os referentes a
fornecimento do edital. 
O artigo 5º da Lei do Pregão, isto é, a Lei 10.520/2002, trouxe pontos 
que tratam de vedações de exigências. 
Diante da leitura daquele artigo, podemos concluir que, no pregão, 
não se pode exigir: 
¾ que o licitante apresente garantia de proposta; que se cobre
pela aquisição do edital, como condição de participação do
certame;
¾ que se cobre taxas e emolumentos, exceto os referentes a
fornecimento do edital, respeitando o limite dos custos de sua
reprodução gráfica, e dos custos de utilização de recursos de
tecnologia da informação, quando for o caso.
O gabarito, portanto, é questão correta. 
12 - (FGV - OAB ± EXAME DE ORDEM - 2013) A Administração 
Pública estadual pretende realizar uma licitação em modalidade 
não prevista na legislação federal. Nesse caso, é correto afirmar 
que: 
a) a intenção é viável, pois o Estado tem ampla competência para
legislar sobre licitações. 
b) a intenção somente é viável caso seja realizada a combinação de
modalidades de licitação já previstas na Lei n. 8.666/93. 
c) a intenção não é viável por expressa vedação da Lei n. 8.666/93.
d) a intenção é viável por expressa autorização da Lei n. 8.666/93.
De acordo com o § 8º do artigo 22 da Lei das Licitações, é proibido 
criar outras modalidades de licitação, assim como nãose permite combinar 
as modalidades existentes. Dessa forma, o gabarito é letra C. 
13 - (CESPE ± TRT/RN ± ANALISTA ± 2010) É vedada a combinação 
das modalidades de licitação previstas em lei, mas, nos casos em 
que couber convite, a administração poderá utilizar a tomada de 
preços e, em qualquer caso, a concorrência. 
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Exato. A proibição legal existe para os casos em que o valor seja 
maior do que a modalidade permite (utilizar tomada de preços quando o 
valor indica a concorrência, por exemplo). Entretanto, o contrário pode sim 
ser feito. A concorrência, por exemplo, sempre pode ser utilizada, mesmo 
quando o valor é baixo. O gabarito é questão correta. 
Obrigatoriedade, Dispensa, Inexigibilidade e Vedações de Licitações 
Pessoal, no início dessa aula, demos uma pincelada sobre Dispensa e 
inexigibilidade de licitações. Vamos falar um pouco mais sobre esse tema? 
Esse é tópico muito cobrado em provas: os casos de 
obrigatoriedade, dispensa, inexigibilidade e vedações de licitações. 
Já vimos sobre a obrigatoriedade de licitar. Vale lembrar que a nossa 
Constituição impõe o uso prévio desse instrumento, a Licitação, para a 
celebração de contratos pela Administração Pública, mas também dispõe 
de probabilidade de lei prever casos de dispensa e inexigibilidade desse ato. 
Dispensa 
Uma licitação poderá, motivadamente, ser dispensada ou 
dispensável. A licitação será dispensada quando uma lei diretamente a 
dispensa, por exemplo: alienação de bens imóveis em caso de dação em 
pagamento; permuta por outro imóvel cujas finalidades (como as 
instalações) sejam indispensáveis à Administração; alienação de bens 
móveis como bens produzidos por órgãos, observando as suas finalidades; 
permuta de bens móveis entre órgãos ou entidades da Administração 
Pública. 
Já o segundo caso, de licitação dispensável, ocorre quando uma lei 
autoriza que a Administração Pública a dispense discricionariamente. Isto 
pode ocorrer, por exemplo, com obras e serviços de engenharia de valor 
até R$ 15.000,00, com outros serviços e compras de valor até R$ 8.000,00, 
em casos de guerra ou grave perturbação de ordem; em casos de 
emergência ou de calamidade pública e em casos de licitação deserta. 
Pessoal, o artigo 24 da Lei 8.666, de 1993 traz diversas possibilidades 
em que se permite a dispensa de licitação, como, por exemplo, no caso de 
³contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos
sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta 
seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas 
exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder 
público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de 
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equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde 
pública´. 
Ainda no artigo 24, podemos afirmar que a licitação é dispensável 
nas atividades de impressão dos diários oficiais, de formulários 
padronizados de uso da Administração, e de edições técnicas oficiais. 
A licitação também é dispensável, na contratação de associação de 
portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada 
idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a 
prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que 
o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.
Mais um exemplo de licitação dispensável seria o caso de contratação 
serviços de informática por pessoa jurídica de direito público interna. Se 
essa contratação se der por órgãos ou entidades criados para esse fim e 
que integrem a Administração Pública, a licitação também será dispensável. 
Vejamos como isso já foi cobrado em prova? 
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pretende contratar serviços de informática, a serem prestados por 
órgão que integra a Administração Pública, criado para esse fim 
específico. Nesse caso e nos termos da Lei nº 8.666/1993, a 
licitação é: 
a) dispensável.
b) obrigatória na modalidade concorrência.
c) obrigatória na modalidade pregão.
d) inexigível.
e) obrigatória na modalidade convite.
Agora ficou fácil, não é verdade? Nesse caso, a licitação será 
dispensável. O gabarito, portanto, é letra A. 
15 ± (FCC - TRE-RR ± TÉCNICO ± 2015) Um determinado órgão 
público pretende contratar associação de portadores de deficiência 
física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, para a 
prestação de serviços, desde que o preço contratado seja 
compatível com o praticado no mercado. Nesse caso e nos termos 
da Lei n° 8.666/93, a licitação é: 
a) obrigatória na modalidade concorrência.
b) inexigível.
c) dispensável.
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d) obrigatória na modalidade convite.
e) obrigatória na modalidade pregão.
Pessoal, a pegadinha que a banca poderia colocar nessa questão seria 
omitir a obrigatoriedade de o preço contratado ser compatível com o 
mercado. Questão também decoreba, sendo o gabarito, portanto, a letra 
C. 
Inexigibilidade 
Caso seja impossível juridicamente haver competição, a Lei 
8.666/93, em seu artigo 25, dispõe que a licitação seja inexigível, 
especialmente nos casos abaixo: 
³,� - Aquisição de materiais, equipamentos ou
gêneros que só possam ser fornecidos por 
produtor, empresa ou representante 
comercial exclusivo, vedada a preferência de 
marca; 
II - Contratação de serviços técnicos de 
natureza singular, com profissionais ou empresas 
de notória especialização, vedada a inexigibilidade 
para serviços de publicidade e divulgação; 
III - Contratação de profissional artístico, desde 
que consagrado pela crítica especializada ou 
SHOD�RSLQLmR�S~EOLFD�´
Guardem sempre estes casos, ok? 
Figura 6. Casos de Licitação Inexigível 
Materiais e Produtos exclusivos, vedada a preferência de 
marca.
Contratação de serviços técnicos de natureza singular.
Contratação de profissional artístico consagrado
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Vedação de licitação 
A Lei das Licitações não dispõe sobre esse quesito, mas grande parte 
da doutrina discursa sobre mais essa forma da não utilização desse 
instrumento de competição. Então, é válido falar um pouco sobre isso para 
levarmos para a prova algum conhecimento a mais, não é verdade? 
Bem, de acordo com Mazza6, o conceito de Vedação de licitação 
indica: 
³Situações excepcionais, (...), em que a 
realização do certame licitatório violaria o 
interesse público em razão da extrema 
urgência em obter certos bens ou serviços. (...) 
Administração Pública é obrigada a adotar decisão 
vinculada de realizar a contratação direta pelo fato 
de a proteção do interesse público ser incompatível 
com o período de tempo necessário para concluir o 
procedimento licitatório. Exemplo: compra de 
YDFLQDV�GXUDQWH�HSLGHPLD�´
Vamos ver como estes tópicos já foram cobrados? 
16 ± (FCC ± METRÔ ± ANALISTA ± 2014) Determinada autarquia 
que desempenha atividades na área social pretende divulgar seu 
trabalho, com vistas a expandir o número de colaboradores 
voluntários. Realizou pesquisas e identificou na região uma 
empresa com histórico e reputaçãoque pareciam suficientes para 
a realização da tarefa. Não tendo localizado outra empresa no 
município para desempenho das tarefas pretendidas, a autarquia 
apresentou consulta ao órgão jurídico, visando à contratação 
direta. A análise jurídica, nos termos da Lei nº 8.666/93, deve 
opinar pela: 
a) legalidade da contratação direta, desde que reste formalmente
atestada a inexistência de outra empresa no município com 
capacidade para desempenho da tarefa. 
b) legalidade da contratação, com fundamento na inexigibilidade
de licitação, tendo em vista que o objeto se enquadra, para fins da 
Lei nº 8.666/93, em contratação do setor artístico. 
c) legalidade da contratação direta, com base em hipótese expressa
de dispensa de licitação. 
6 (Mazza, 2011) 
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d) ilegalidade da contratação direta, tendo em vista que a
inexigibilidade de licitação não se aplicaria aos serviços de 
publicidade e divulgação, cabendo a realização de licitação. 
e) ilegalidade da contratação direta, tendo em vista que é
imprescindível a realização de licitação para a contratação de 
serviços do setor artístico, independentemente do valor. 
Quando o examinador afirma que após pesquisas na localidade foi 
identificada apenas uma empresa com histórico e reputação suficientes 
para a realização da tarefa, ficaria caracterizada a inexigibilidade da 
licitação. 
Entretanto o inciso II do artigo 25 da Lei nº 8.666/93 veda a 
contratação direta para o serviço de publicidade e divulgação, que é o 
caso da questão. Dessa forma, o gabarito é letra D. 
17 - (CESPE ± POLÍCIA FEDERAL ± ADMINISTRADOR - 2014) A 
dispensa de licitação é prevista em caso de inviabilidade de 
competição, situação que permite à administração adjudicar 
diretamente o objeto do contrato. 
Pegadinha na área! Quando existe uma inviabilidade de competição 
o caso seria de inexigibilidade, não de dispensa de licitação! O gabarito é
questão errada. 
18 - (CESPE - INPI - ANALISTA ± 2013) Caso a administração 
precise adquirir materiais, equipamentos ou gêneros que só podem 
ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial 
exclusivo, diz- se que a licitação é inexigível, sendo vedada, 
entretanto, a preferência de marca. 
As hipóteses de inexigibilidades de licitação estão listadas, em um rol 
exemplificativo, no artigo 25 da Lei 8.666/93. 
Dentre as hipóteses listadas como inviabilidade de competição que 
configurem a inexigibilidade do procedimento licitatório, tem-se a: 
³DTXLVLomR�GH�PDWHULDLV��HTXLSDPHQWRV��RX�JrQHURV�
que só possam ser fornecidos por produtor, 
empresa ou representante comercial exclusivo, 
vedada a preferência de marca, devendo a 
comprovação de exclusividade ser feita através de 
atestado fornecido pelo órgão de registro do 
comércio do local em que se realizaria a licitação ou 
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a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou 
Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades 
HTXLYDOHQWHV´�
O gabarito, dessa maneira, é questão correta. 
Anulação e Revogação de Licitação 
Primeiramente, cabe lembrar que a licitação não é apenas um ato 
administrativo, e sim, um conjunto de atos administrativos com um 
determinado propósito. Veremos, portanto, que há diferenças nas ações 
desencadeadas ao anular ou revogar um procedimento administrativo 
como a licitação. 
Anulação 
Pode-se anular um ato administrativo pela Administração, por ofício 
ou por provocação de terceiros, ou pelo Poder Judiciário, por provocação. 
Decretada a nulidade do ato, este perderá sua eficácia e o efeito da 
anulação será ³ex tunc´. 
Claro que é dado às partes prejudicadas o direito do contraditório e 
da ampla defesa. A Licitação, por ser um procedimento administrativo, 
poderá sofrer nulidade de apenas um dos atos do procedimento. 
Neste caso, este ato inválido será anulado e, consequentemente, 
todos os atos posteriores e ligados a ele também sofrerão nulidade 
mediante fundamentação do agente competente, conforme art. 38, inciso 
IX da Lei 8.666/93. 
A anulação poderá ser, portanto, total ou parcial. 
Vale lembrar que após uma licitação tem-se a assinatura do contrato 
entre a Administração Pública e o agente vencedor do certame. Sendo 
declarado nulo o procedimento licitatório, o contrato firmado 
posteriormente também será anulado, obrigando à Administração indenizar 
pelo o que já tiver sido executado e pelos prejuízos acarretados. 
Por fim, enfatizamos que a anulação pode ocorrer durante o processo 
licitatório, ou após este, caso em que o contrato firmado também será 
considerado nulo. 
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Revogação 
Pode-se revogar um ato administrativo discricionariamente pela 
AdPLQLVWUDomR��SRU�FRQYHQLrQFLD�H�RSRUWXQLGDGH��FRP�HIHLWRV�³ex nunc´. Na 
Licitação, por ser um procedimento administrativo, a revogação se dá em 
casos específicos analisados na legislação. 
Um dos motivos para existir a revogação seria o fato de haver uma 
ocorrência, pertinente e concreta, superveniente. Tal ocorrência deverá ser 
fundamentada por escrito, devendo ser por razões de interesse público 
decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e 
suficiente para justificar tal conduta. 
O segundo e último motivo de se permitir a revogação, por 
conveniência administrativa, seria o fato do ganhador da licitação não 
comparecer ou recusar-se a fazê-lo para assinar o contrato após ser 
convocado pela Administração sob os prazos e as condições estabelecidos. 
A revogação só poderá ser total, isto é, só se pode revogar todo 
o procedimento licitatório, diferentemente do que vimos na anulação, na
qual se pode anular apenas um ou mais atos do procedimento. Dessa 
forma, deve-se ter em mente que não pode revogar o procedimento 
licitatório após a assinatura do contrato. 
Por fim, o STF também já se pronunciou sobre os institutos da 
revogação e da anulação dos atos administrativos pela própria 
administração na Súmula nº 473, que dispõe o seguinte: 
³A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou 
revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial´. 
Vamos ver como isto pode ser cobrado em provas? 
19 ± (FCC -TJ-GO ± JUIZ SUBSTITUTO ± 2015) Suponha que o 
Estado de Goiás tenha instaurado um procedimento licitatório para 
a contratação de obra de grande vulto e, ao final do certame, já 
tendo conhecimento do vencedor, considerou prudente não 
prosseguir com a contratação haja vista que a empresa que 
apresentou a melhor proposta teve envolvimento comprovado em 
investigações em curso para apuração de fraudes em outras 
licitações no Estado e superfaturamento de contratos. Diante deste 
cenário, com base nas disposições da Lei no 8.666/1993, 
a) deverá desclassificar a empresa vencedora, caso o resultado da
licitação já tenha sido homologado, podendo contratar diretamente 
a execução das obras, observada a compatibilidade de preços com 
os praticados no mercado. 
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b) poderárevogar a licitação, por razões de interesse público,
decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, 
pertinente e suficiente para justificar tal conduta. 
c) deverá anular a licitação, por ilegalidade, de ofício ou por
provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente 
fundamentado. 
d) poderá desconsiderar a proposta apresentada pelo licitante
vencedor e adjudicar o objeto ao segundo colocado, por decisão 
fundamentada da comissão de licitação. 
e) poderá deixar de contratar a empresa vencedora, desde que
ainda não tenha adjudicado o objeto da licitação, 
independentemente desta ter sido formalmente apenada com 
suspensão ou declaração de inidoneidade. 
A primeira dúvida que surge é se seria caso de revogação ou de 
anulação. Lembrando-se da 6~PXOD�Qž�����GR�67)��³A administração pode
anular seus próprios atos (licitação), quando eivados de vícios que os 
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, 
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos 
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial´. 
Percebam que a anulação se dá quando ocorrem vícios no ato 
administrativo, isto é, no procedimento licitatório. O que ficou comprovado 
no enunciado é que a empresa teve envolvimento c em fraudes em outras 
licitações no Estado. Logo, não seria caso de anulação deste processo. 
Logo, a letra C está errada. 
A letra B, portanto, está correta, pois, por motivo de conveniência e 
oportunidade, e respeitando o interesse público, a revogação seria 
permitida. Gabarito, portanto, letra B. 
20 - (FGV - OAB ± EXAME DE ORDEM INIFICADO ± 2014) A União 
licitou, mediante concorrência, uma obra de engenharia para 
construir um hospital público. Depois de realizadas todas as etapas 
previstas na Lei n. 8.666/93, sagrou- se vencedora a Companhia X. 
No entanto, antes de se outorgar o contrato para a Companhia X, a 
Administração Pública resolveu revogar a licitação. Acerca do tema, 
assinale a afirmativa correta. 
a) A Administração Pública pode revogar a licitação, por qualquer
motivo, principalmente por ilegalidade, não havendo direito 
subjetivo da Companhia X ao contrato. 
b) A revogação depende da constatação de ilegalidade no curso do
procedimento e, nesse caso, não pode ser decretada em prejuízo da 
Companhia X, que já se sagrou vencedora. 
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c) A revogação, fundada na conveniência e na oportunidade da
Administração Pública, deverá sempre ser motivada e baseada em 
fato superveniente ao início da licitação. 
d) Quando a Administração lança um edital e a ele se vincula,
somente será possível a anulação do certame em caso de 
ilegalidade, sendo-lhe vedado, pois, revogar a licitação. 
Se houver vício de legalidade, a Administração deverá anular o ato 
licitatório. E mesmo que pudesse revogar, a Administração deveria fazê-lo 
de forma motivada e fundamentada. A letra A, portanto, está errada. 
A letra B está errada, pois da mesma forma da letra A, o ato com 
ilegalidade deve ser anulado e não revogado. 
A D está errada, pois a revogação é permitida, desde que seja por 
razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente 
comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta. 
Dessa forma, apenas a letra C está correta e é o gabarito da questão. 
21 - (FGV - CGE-MA - AUDITOR ± 2014) Segundo a Lei n. 8.666/93, 
assinale a afirmativa incorreta. 
a) A autoridade competente para a aprovação do procedimento
licitatório somente poderá revogar a licitação por razões de 
interesse público decorrente de fato superveniente devidamente 
comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta. 
b) A autoridade deverá anular o procedimento licitatório quando
verificada ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, 
mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. 
c) A Administração poderá celebrar o contrato com preterição da
ordem de classificação das propostas ou com terceiros estranhos 
ao procedimento licitatório, por conveniência e oportunidade. 
d) A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade
não gera obrigação de indenizar, ressalvado dever de indenizar o 
contratado pelo que este houver executado até a data em que a 
nulidade for declarada e por outros prejuízos regularmente 
comprovados, contanto que a anulação não lhe seja imputável. 
e) No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado
o contraditório e a ampla defesa.
A questão pede a alternativa incorreta. De acordo com o artigo 50 da 
Lei nº 8.666/93, a Administração não poderá celebrar o contrato 
desprezando a ordem de classificação das propostas. 
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Também não poderá celebrar contratos com terceiros estranhos, isto 
é, terceiros que não tenham participado do processo licitatório, sob pena 
de nulidade. Dessa forma, o gabarito é letra C. 
22 ± (FGV - DPE-RJ - TÉCNICO ± 2014) Regulamentando o Art. 37, 
XXI, da Constituição da República, a Lei 8.666/93 instituiu normas 
para licitações e contratos. Tal lei dispõe que a licitação se destina 
a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, 
visando à seleção da proposta mais vantajosa para a administração. 
Nesse contexto, segundo a Lei 8.666/93, em regra geral, pode 
participar da licitação: 
a) autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica,
desde que não tenha elaborado o projeto de forma restritiva, com 
vistas a afastar potenciais concorrentes da licitação da obra ou 
serviço. 
b) empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela
elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do 
projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 
5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, 
responsável técnico ou subcontratado. 
c) servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou
responsável pela licitação, desde que seja dada oportunidade de 
participação na licitação a outras empresas interessadas, para 
garantir o atendimento ao princípio da competitividade. 
d) empresa estrangeira, sendo vedado aos agentes públicos
estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, 
trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas 
brasileiras e estrangeiras. 
e) empresa privada, que tenha como sócio administrador o
presidente da comissão de licitação, desde que a empresa esteja 
estabelecida em território nacional, com mais de 50% de seu 
capital social integralizado por brasileiros natos ou naturalizados. 
A letra A está errada, pois de acordo com o artigo 9º da Lei nº 
8.666/93, o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica 
não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução 
de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários. 
Da mesma forma, a letra B também está errada, pois não é permitido 
que empresa, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo 
participe, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou 
serviço e do fornecimento de bens a eles necessários. 
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O servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou 
responsável pela licitação também é proibido participar dessa licitação, logo 
o item C também está errado.
A letraD está correta, pois não pode haver qualquer tipo de 
tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, 
previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras 
por agentes públicos, de acordo com o inciso II do §1º do artigo 3º da Lei 
8.666, de 19993. 
Por último, a letra E está errada, pois fora dito que não pode 
participar direta ou indiretamente alguns sujeitos. Logo, qualquer membro 
de comissão de licitação possui participação indireta do certame licitatório 
ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles 
necessários, sendo, portanto, proibida a referida participação. Dessa forma, 
o gabarito é letra D.
23 - (FGV - AL-MT - PROCURADOR ± 2013) Com relação à disciplina 
legal das licitações, é correto afirmar que: 
a) não se admite, no julgamento da licitação, qualquer preferência
a empresas brasileiras. 
b) a contratação de serviços de publicidade deve ser precedida de
licitação. 
c) a alienação de bens da Administração Pública será sempre
precedida de avaliação e licitação. 
d) as obras, serviços, compras e alienações realizados pelos órgãos
dos Poderes Legislativo e Judiciário não são atingidos pela 
exigência de licitação. 
e) a modalidade de licitação entre interessados previamente
cadastrados, convidados em número mínimo de 3 (três) pela 
unidade administrativa, é denominada convite. 
A letra A está errada, pois um dos casos em que se admite tratamento 
diferenciado seria, por exemplo, quando órgãos e entidades da 
Administração Pública Federal, direta ou indireta derem preferência, nas 
aquisições de bens e serviços de informática e automação, a bens 
e serviços com tecnologia desenvolvida no País. 
A letra B está correta, pois o artigo 25 da Lei veda a inexigibilidade 
de licitação na contratação de serviços de publicidade e divulgação. 
A letra C está errada, pois a alienação de bens imóveis e móveis da 
Administração Pública, subordinada à existência de interesse público 
devidamente justificado, será precedida de avaliação prévia, podendo 
haver ou não dispensa de licitação, como em caso de bens móveis e 
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imóveis doados, permutados, dentre outros, nos termos do artigo 17 da 
Lei. 
A letra D está errada, pois as obras, serviços, compras e alienações 
realizadas pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Tribunal 
de Contas regem-se pelas normas da Lei das Licitações, no que couber. 
A letra E está errada, pois na modalidade convite, podem participar 
quem não estiver cadastrado previamente, senão vejamos o que dispõe o 
§3º do artigo 22 da Lei:
³Art.22.
(...) 
§ 3º Convite é a modalidade de licitação entre
interessados do ramo pertinente ao seu objeto, 
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em 
número mínimo de 3 (três) pela unidade 
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, 
cópia do instrumento convocatório e o estenderá 
aos demais cadastrados na correspondente 
especialidade que manifestarem seu interesse com 
antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da 
apresentação das propostas´� 
Dessa forma, o gabarito é letra B. 
24 - (FGV - TCE-BA - ACE ± 2013) No que se refere ao tema das 
licitações e contratos administrativos, assinale a afirmativa 
incorreta. 
a) Na hipótese legal de dispensa de licitação, a Administração
Pública pode realizar o certame. 
b) Na hipótese de inexigibilidade de licitação, a Administração
Pública pode realizar o certame desde que exista prévia autorização 
legislativa. 
c) O pregão é uma modalidade de licitação não prevista
originalmente na Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 
d) A emergência fabricada não autoriza a dispensa de licitação.
e) Encerrado o procedimento, com a escolha da proposta mais
vantajosa para a Administração Pública, a licitação pode ser 
revogada por razões de interesse público. 
O examinador pede a letra errada, então vamos direto a ela. As 
hipóteses de inexigibilidade de licitação previstas na lei são meramente 
exemplificativas, pois o legislador afirma que a licitação será inexigível 
sempre que houver inviabilidade de competição. 
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Dessa forma, se a licitação for inexigível, a Administração Pública não 
poderá realizar o certame e nenhuma lei poderá prever o contrário. Dessa 
forma, o gabarito é letra B. 
25 - (CESPE - INPI - ANALISTA ± 2013) É correto afirmar que a 
administração pode, mediante razões de interesse público, revogar 
uma licitação com base em juízo de oportunidade e conveniência 
relativos a fatos supervenientes ou a fatos ocorridos antes de 
iniciada a licitação, sendo necessário, porém, assegurar o 
contraditório e a ampla defesa ao vencedor do certame. 
Questão tirada do artigo 49 de Lei 8.666/93, senão vejamos: 
 帀Aƌƚ 堀 ? ?� � �� ĂƵƚŽƌŝĚĂĚĞ� ĐŽŵƉĞƚĞŶƚĞ� ƉĂƌĂ� Ă� ĂƉƌŽǀĂĕĆŽ� ĚŽ�
procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de 
interesse público decorrente de fato superveniente 
devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar 
tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por 
provocação de terceiros, mediante parecer escrito e 
devidamente fundamentado. 
§ 3º No caso de desfazimento do processo licitatório, fica
ĂƐƐĞŐƵƌĂĚŽ�Ž�ĐŽŶƚƌĂĚŝƚſƌŝŽ�Ğ�Ă�ĂŵƉůĂ�ĚĞĨĞƐĂ ?.
Vejam que a Lei só autoriza a revogação da licitação por razões 
decorrentes de fatos supervenientes, isto é, ocorridos após iniciada a 
licitação. O erro da questão está em dizer que os fatos ocorridos antes de 
iniciada a licitação também poderão acarretar. 
Pessoal, isso é lógico, não é mesmo? Se um fato ocorreu antes de 
iniciar o procedimento licitatório, e for motivo de revogação, a licitação nem 
deve ocorrer, ok? O fato superveniente justifica pela surpresa e pela não 
expectativa de acontecimento do referido evento. O gabarito, portanto, é 
questão errada. 
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Sistema de Registro de Preços 
 Conforme os professores Marcelo Alexandrino & Vicente Paulo 
descrevem7: 
³2�VLVWHPD�GH�UHJLVWUR�GH�SUHoRV�p�XP�PHLR�DSWR�D�
viabilizar diversas contratações de compras, 
concomitantes ou sucessivas, sem a realização de 
um específico procedimento licitatório previamente 
a cada uma, por um ou mais de um órgão ou 
HQWLGDGH�GD�$GPLQLVWUDomR�3~EOLFD´�
 A Lei 8.666/93, no seu art. 15, afirma que esse sistema visa impedir 
a necessidade de se realizar diversas licitações para aquisição de bens e 
serviços rotineiros. 
 O que se observa nesse comando legal é a realização de uma 
licitação, na modalidade concorrência, com o objetivo de se registrar a 
proposta vencedora e não executá-la de imediato. 
Na verdade, não se registra apenas a proposta mais vantajosa. O 
que se faz é um cadastro de fornecedores, em ordem de 
classificação por preços, nas condições estipuladas. 
Fica, portanto, disponível para futuras contratações pela 
Administração, evitando, assim, a formação de estoques. Tudo isso dentro 
de um prazo de 1 (um) ano. 
Não se esqueçam de que a Lei 10.520/02 dá a oportunidade de se 
usar o pregão quando se quiser registrar, nesse sistema, compras e 
contratações de bens e serviços comuns. 
 No entanto, deve ficar claro que a proposta vencedora será de 
contratação preferencial e não obrigatória, pois se deve realizar uma 
pesquisa de preços no mercado do

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