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PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO 
UNIDADE 01: CONCEITOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
AULA 01 – PRINCÍPIOS DOS DIREITOS ADMINISTRATIVO E PREVIDENCIÁRIO APLICÁVEIS AO 
PROCESSO ADMINISTRATIVO I 
PRINCÍPIOS DOS DIREITOS ADMINISTRATIVO E PREVIDENCIÁRIO APLICÁVEIS AO PROCESSO A 
DMINISTRATIVO I 
• Os princípios que inspiram os processos administrativos, de forma geral, estão 
estampados no art. 37 da Constituição Federal e no art. 2º da Lei 9.784/99. São eles: 
• Princípio da legalidade: a Administração Pública somente pode fazer o que está 
prescrito em lei. 
• Princípio da impessoalidade: o gestor público e o servidor público devem tomar a 
decisão, visando ao interesse público, e nunca interesse particular. 
• Princípio da moralidade: o interesse público eleito pelo servidor ou gestor público 
deve observar os ditames morais e da coletividade. 
• Princípio da publicidade: a Administração Pública deve ser transparente, dando 
publicidade a todos os seus atos. 
• Princípio da eficiência: o Poder Público deve economizar ao máximo, buscando atingir 
o resultado com mais eficiência (relação custo-benefício). 
• Princípio da motivação: todos os atos devem ser motivados, ou seja, justificados e 
fundamentados. 
• Princípios da proporcionalidade e da razoabilidade: os atos motivados devem observar 
o necessário para ser concretizado, sem que seja utilizada medida desproporcional ao 
administrado, com razoabilidade. Não pode haver prejuízo exagerado. 
• Princípios da ampla defesa e do contraditório: o Administrado tem o direito de 
apresentar todas as defesas possíveis, além de produzir as provas necessárias à sua 
defesa e ser ouvido antes de qualquer tomada de decisão. 
• Princípio da segurança jurídica: a Administração Pública deve decidir de forma 
uniforme para os mesmos casos, assegurando a previsibilidade possível para suas 
decisões. 
• Além dos princípios gerais, aplicáveis a todos os processos administrativos, passamos a 
tratar especificamente daqueles que se aplicam aos processos administrativos 
previdenciários. 
• Princípio da obrigatoriedade da concessão do benefício mais vantajoso: 
• Informações e dados dos sistemas do INSS gozam de presunção relativa de veracidade. 
• Tal presunção confere maior segurança jurídica aos atos administrativos e aos 
procedimentos realizados pelo INSS. 
 Embora a presunção possa se afastada pela apresentação de provas, confere maior 
solidez para o processo decisório. 
• Assegura maior celeridade e eficiência nos processos administrativos. 
• Nesse contexto, o INSS, diante de dados que possui, deve conceder o benefício mais 
vantajoso. 
• Significa que: deve conceder o benefício mais favorável do ponto de vista financeiro. 
• Mesmo diante de um requerimento de benefício específico, os servidores têm a 
responsabilidade de apreciar os dados que possui e as provas apresentadas e verificar 
qual o mais vantajoso. 
• Se, durante a avaliação dos dados e provas, constatar que o segurado ou dependente 
tem direito a benefício diverso ou mais vantajoso, o servidor deve informar ao 
requerente. 
• Cabe ao requerente confirmar se deseja o benefício devido ou o mais vantajoso, 
dependendo, a concessão, do consentimento dele. 
• Garante a máxima proteção possível, alinhando-se ao princípio da dignidade da pessoa 
humana e da justiça social. 
2. Princípio da primazia da verdade real 
• Os órgãos administrativos não devem se limitar apenas aos documentos apresentados 
pelos interessados. 
• Se houver possibilidade de requisitar outros documentos ou ter acesso a outros 
dados, deve agir para esclarecer os fatos em questão. 
• As decisões administrativas devem se pautar em uma análise mais ampla, assegurando 
que o processo administrativo esteja próximo à realidade. 
• Visa garantir uma decisão justa e precisa. 
3. Oficialidade na atuação dos órgãos em relação aos requerimentos administrativos e 
à produção de provas: 
• Os órgãos públicos devem agir de forma proativa em relação aos direitos dos cidadãos. 
• Contrário do Poder Judiciário, que funciona à base do princípio do dispositivo e da 
inércia. 
• Significa que os órgãos previdenciários devem buscar a verdade real 
independentemente de provocação do interessado. 
• Assim, mesmo diante da ausência solicitação, deve o INSS ir atrás de documentos e 
informações. 
• Os órgãos administrativos, em determinadas circunstâncias, inclusive, deve formular 
requerimentos em favor do interessado. 
• Além disso, devem, de forma automática, reconhecer o direito a benefício, quando os 
sistemas do INSS indicarem a presença dos requisitos legais. 
• Garantem uma atuação mais eficaz e célere na proteção e concessão de direitos dos 
segurados e dependentes da Previdência Social. 
• Reforça a responsabilidade do Estado em promover o acesso aos direitos 
previdenciários de forma ativa e eficiente. 
• Tal princípio traduz que a busca, no âmbito do INSS, é pelo interesse público primário 
(bem-estar da sociedade), e não pelo mero interesse público secundário (interesse 
estritamente patrimonial, assegurando menor custo ao erário). 
4. Princípio da gratuidade: 
• A Lei 9.784/99 e a IN 128/2022 veda a cobrança de custas e despesas processuais. 
• Na verdade, a vedação se estende a qualquer espécie de processo administrativo. 
• No caso dos processos previdenciários, mais justificável seria: hipossuficiência. 
• É decorrência, também, do princípio da autotutela. 
• A Administração, em caso de erro, deve revê-lo de ofício. 
• Também decorre do direito de petição – garantia constitucional prevista no art. 5º, 
inciso XXXIV da Constituição Federal. 
• UNIDADE 01: CONCEITOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
• AULA 03 – ATO ADMINISTRATIVO 
• Qualquer atuação material da Administração Pública depende de prévia expedição de 
ato administrativo que lhe sirva de fundamento. 
• Ato administrativo: fonte e limite material da atuação da Administração. 
• É o ato jurídico do Direito Administrativo, distinguindo-se dos demais pelo seu regime 
jurídico peculiar. 
• Regime peculiar: atributos normativos específicos, conferidos pela lei. 
• Atributos: 
• Presunção de legitimidade; 
• Exigibilidade; 
• Imperatividade; e 
• Autoexecutoriedade. 
• Efeitos jurídicos decorrentes do ato administrativo consistem na criação, preservação, 
modificação ou extinção de direitos ou deveres para a Administração Público e/ou 
para o administrado. 
• Requisitos dos ato administrativo: 
• Competência ou sujeito (requisito vinculado); 
• Objeto (requisito discricionário); 
• Forma (requisito vinculado); 
• Motivo (requisito discricionário); 
• Finalidade (requisito vinculado). 
• Mérito administrativo: margem de liberdade dos atos discricionários para escolha, 
pelo agente público, diante de situação concreta, da melhor forma para atingir o 
interesse público. 
• Juízo de conveniência e oportunidade constitui o núcleo do mérito administrativo, 
inacessível ao Poder Judiciário. 
• Exceção à intangibilidade do Poder Judiciário sobre o mérito administrativo: 
razoabilidade/proporcionalidade, teoria dos motivos determinantes e ausência de 
desvio de finalidade. 
• Sempre que os atos administrativos são editados em desconformidade com as 
exigências legais eles serão passíveis de anulação. 
• De acordo com o tipo de defeito apresentado pelo ato administrativo, ele apresentará 
um grau de nulidade. 
• Se ele simplesmente não apresentar um dos requisitos para completar o ciclo de 
formação, será enquadrado como ato inexistente. 
• Se houver um vício nos requisitos insusceptível de correção, o ato será nulo – 
obrigatória a anulação. 
• Se o vício de nulidade for leve, o ato será qualificado como anulável. 
• Se o vício de nulidade for muito leve, mero defeito formal, o ato sequer estará sujeito 
à anulação. 
• Os atos administrativos possuem diversas formas de extinção, para além do término 
do seu ciclo normal, que podem ser categorizadas• Ilegitimidade das partes; 
• Renúncia à utilização da via administrativa, decorrente da propositura de ação judicial; 
• Desistência voluntária manifestada por escrito; 
• Preclusão; 
• Qualquer outra razão que leve à perda do objeto. 
• No caso de intempestividade, contudo, o relator pode votar por relevá-la. 
• Renúncia à utilização da via administrativa, decorrente da propositura de ação judicial; 
• Desistência voluntária manifestada por escrito; 
• Preclusão; 
• Qualquer outra razão que leve à perda do objeto. 
• No caso de intempestividade, contudo, o relator pode votar por relevá-la. 
 
UNIDADE 08 – OUTROS INCIDENTES RECURSAIS, LIMITES DECISÓRIOS, INTIMAÇÕES E 
PRAZOS 
AULA 02 – INTIMAÇÕES E PRAZOS 
• Regras gerais previstas na Lei 9.784/99 e específicas estabelecidas na IN 128/2022 do 
INSS, Portaria DIRBEN 996/2022 e Regimento Interno do Conselho de Recursos. 
• Novo Regimento Interno do CRPS, espelhado no CPC, instituiu a contagem dos prazos 
em dias úteis. 
• Regra geral dos prazos dos recursos no CRPS: 30 dias. 
• Os entes públicos, inclusive o INSS, tem seus prazos para recorrerem iniciados a partir 
do recebimento do processo. 
• Os recursos devem ser julgados no prazo de 365 dias, segundo o regimento interno do 
CRPS. 
• Os processos que envolvam suspensão ou cancelamento de benefícios decorrentes de 
revisão de concessão e manutenção devem ser julgados no prazo máximo de 60 dias. 
• De toda forma, os processos devem ser julgados, observando-se: prioridades definidas 
em lei, ordem cronológica de distribuição e circunstâncias estruturais e 
administrativas. 
• Os benefícios por incapacidade não observam essa ordem de julgamento, tendo regras 
próprias definidas pelo presidente do CRPS. 
• Os prazos se iniciam ou se encerram em dia de expediente normal no órgão onde 
tramitam. 
• Os prazos são prorrogados para o primeiro dia útil posterior, quando não houver 
expediente ou ele se encerrar antes do horário normal. 
• De regra, os prazos são peremptórios, salvo se houver exceção definida pelo 
presidente do CRPS. 
• Se o ato for praticado por meio eletrônico, serão considerados tempestivos, quando 
transmitidos integralmente dentro do prazo até as 23h59 min do último dia do prazo, 
salvo caso fortuito ou força maior. 
• Havendo feriado local, cabe ao recorrente comprová-lo no ato de interposição do 
recurso, sob pena de preclusão. 
• Intimação é o ato pelo qual se dá ciência ao interessado sobre atos, termos e decisões, 
seja como simples comunicação, seja para fazer ou deixar de fazer algo. 
• O ato de intimar pode ser realizado por qualquer meio previsto no Regimento Interno 
do Conselho de Previdência Social, mas a prioridade é pelo meio eletrônico. 
• Quem deve determinar tal intimação no âmbito do CRPS é o conselheiro julgador ou 
aquele que converter o julgamento em diligência. 
• Considera-se intimado, no âmbito do CRPS: 
• Após 5 dias da data de sua emissão nos sistemas eletrônicos do INSS, do CRPS ou da 
SPREV, na hipótese do RPPS, se o email estiver cadastrados e o interessado concordar 
no acompanhamento pelos meios remotos. 
• Na data da consulta ou da manifestação efetuada pelo interessado ou seu 
representante, o que ocorrer primeiro, nos casos de notificação eletrônica. 
• Em se tratando de divulgação do FAP, na data da publicação no Diário Oficial. 
• Na data do recebimento do AR, em se tratando de comunicação pela via postal. 
• Na data da publicação de edital. 
• No caso de processo físico, na data da manifestação expressa do interessado ou seu 
representante ou na data da certificação dos autos pelo servidor da intimação pessoal. 
• Se a intimação for realizada por meio não previsto no Regimento Interno, considera-se 
ineficaz, mas a irregularidade é suprida pelo comparecimento do interessado ou seu 
representante legal. 
• São consideradas válidas as notificações realizadas pela rede bancária, quanto aos atos 
relativos à revisão de autotutela. 
• Cabe ao interessado atualizar o email cadastrado ou o endereço residencial para fins 
de intimação, considerando-se intimado se não tiver feito tal atualização. 
• UNIDADE 09 – TEMAS FINAIS E DIAGNÓSTICO PREVIDENCIÁRIO 
• AULA 01 – TEMAS FINAIS 
• De acordo com o art. 91, da IN do INSS 128/2022, as disposições do CPC aplicam-se 
subsidiaria e subsidiariamente no processo administrativo previdenciário. 
• Por isso que se entende, como falamos antes, pela possibilidade de concessão de 
antecipação de tutela administrativa 
• Os benefícios previdenciários concedidos podem ser pagos a procuradores, em caso de 
ausência, moléstia contagiosa ou impossibilidade de locomoção, pelo prazo de um 
ano, prorrogáveis. 
• Os civilmente incapazes podem receber por intermédio de cônjuge, pai, mãe, tutor ou 
curador ou mesmo herdeiro necessário, na falta do primeiro, pelo prazo máximo de 6 
meses, mediante termo de compromisso firmado. 
• Ao ser deferido o benefício, o INSS deverá fornecer um demonstrativo minucioso das 
importâncias pagas, discriminando o valor da mensalidade, as diferenças devidas e os 
períodos correspondentes (se houver) e os descontos efetuados (se for o caso). 
• Com a concessão do benefício, deverá o INSS realizar o pagamento da primeira 
prestação até 45 dias após a notificação do deferimento (se os dados para pagamento 
estiverem corretos). 
• Se o segurado quiser receber as prestações previdenciárias em conta específica, 
deverá preencher um formulário, autorizando o creditamento do valor conforme os 
dados bancários fornecidos. 
• Se o creditamento for feito na conta aberta pelo INSS para depósito do pagamento, 
ultrapassado o prazo de 60 dias sem movimentação, o valor será estornado, cabendo 
ao interessado requerer novamente o crédito. 
• Se o segurado ou seu dependente precisar se deslocar para outra localidade diversa de 
sua residência, para realização de perícia judicial ou reabilitação profissional, caberá 
ao INSS pagar uma diária de R$ 125,45 (atualizado em 2023). 
• O pagamento de parcelas com atraso, independentemente de quem for a culpa, deve 
ser feito com a devida atualização pelo mesmo índice de atualização de benefícios. 
• No caso dos processo administrativos físicos, é assegurado ao beneficiário ou ao seu 
represente legal, mediante requerimento protocolado, o direito de vistas dos autos. 
• Os autos poderão ser retirados das dependências do INSS, com a finalidade 
reprodução de cópias, desde que acompanhado por servidor. 
• O advogado tem um regramento específico, podendo fazer carga dos autos sem a 
presença do servidor do INSS pelo prazo de 10 dias. 
• Em determinadas circunstâncias, contudo, mesmo no caso de advogados, não será 
permitida a carga: 
• Originais de difícil restauração; 
• Apuração de irregularidades; 
• Prazos abertos para recurso ou contrarrazões para o INSS; 
• Advogado tiver deixado de devolver anteriormente no prazo; 
• Circunstância relevante justificada pela autoridade administrativa. 
• UNIDADE 09 – TEMAS FINAIS E DIAGNÓSTICO PREVIDENCIÁRIO 
• AULA 02 – O QUE É O DIAGNÓSTICO PREVIDENCIÁRIO 
• Ferramenta importante utilizada pelo advogado previdenciário para orientar o cliente 
sobre a programação para aposentadoria. 
• Leva em conta fatores como tempo de contribuição, idade, regras de transição, dentre 
outros fatores. 
• Faz recomendação sobre data para aposentadoria, vantagem de aumentar as 
contribuições mensais, perspectivas de renda. 
• Análise detalhada favorece uma tomada de decisão: maximiza os benefícios e garante 
uma maior segurança financeira no futuro. 
• É preciso uma análise técnica, sobretudo considerando a Reforma da Previdência. 
• Algumas orientações possíveis: esperar mais tempo para acumular benefício maior, 
efetuar contribuições extras, considerar outras opções de aposentadoria 
• Importante citar que o INSS, não raro, afirma que indefere benefícios, porque os 
segurados são mal informados sobre seus direitos esobre como se documentar para 
requerer corretamente seus benefícios. 
• O diagnóstico previdenciário contribui para que o segurado tenha conhecimento de 
seus cálculos, seu tempo laboral, as atividades comprovadas, enfim, um retrato fiel de 
seu histórico laboral. 
• De certa forma, o diagnóstico previdenciário, além de facilitar a tomada de decisão do 
segurado, contribui para o INSS melhor apreciar os requerimentos administrativos. 
• Com a análise prévia por um especialista e a recomendação probatório, a instrução do 
processo administrativo é muito mais eficaz. 
• Além disso, o risco do INSS sugerir um benefício menos favorável ao segurado é muito 
menor. 
• Eventuais modificações do CNIS, inclusive, podem ser feitas a partir de um diagnóstico 
e análise documental pelo especialista. 
• Também para se poder identificar qual o benefício mais vantajoso, imperioso é se 
fazer um acerto no CNIS, inclusive com a providência de eventual CTC, se houver 
vínculo público. 
• Considerando as variadas regras de transição da EC 103/2019, a compreensão da 
realidade do segurado permitirá identificar, igualmente, qual regra que melhor atende 
à situação particular. 
• Os reflexos de um benefício mal requerido são sentidos não só pelo segurado, como 
também pelos seus dependentes, com uma futura pensão. 
• O diagnóstico previdenciário, portanto, é uma medida de impacto preventiva. 
• UNIDADE 09 – TEMAS FINAIS E DIAGNÓSTICO PREVIDENCIÁRIO 
• AULA 03 – VANTAGENS E COMO FAZER UM DIAGNÓSTICO PREVIDENCIÁRIO 
• A principal vantagem de um diagnóstico previdenciário é identificar a opção mais 
vantajosa de aposentadoria. 
• Para se atingir tal objetivo, há de ser feita uma entrevista prévia, investigando-se, 
inclusive, quais as pretensões de vida do segurado 
• Algumas vantagens que o diagnóstico previdenciário podem proporcionar ao 
segurado: 
• Análise detalhada da sua situação individual. 
• Possibilidade de simulação de cálculo de benefícios. 
• Avaliação de estratégias de otimização. Nesse caso, serão necessárias ações 
posteriores do segurado. 
• Consideração de fatores externos: mudança de rumo da economia, planos de saúde, 
expectativas de orçamento familiar. 
• Um benefício mal requerido pode impactar de forma irreversível o futuro do segurado. 
• Um dos primeiros passo para o diagnóstico bem feito: análise do CNIS, atentando-se 
para as informações constantes da base de dados. 
• Importante verificar a correção quanto às datas finais de vínculos. 
• Também: aferir se os valores das remunerações estão corretos. 
• Um dos primeiros passo para o diagnóstico bem feito: análise do CNIS, atentando-se 
para as informações constantes da base de dados. 
• Importante verificar a correção quanto às datas finais de vínculos. 
• Também: aferir se os valores das remunerações estão corretos. 
• Além disso: verificar a existência de indicadores, que podem comprometer o 
reconhecimento de tempos de contribuição ou até mesmo especialidade dos períodos. 
• Importante, também: identificar se houve a concessão de benefícios por incapacidade, 
o que pode refletir na contagem de tempo de contribuição. 
• Se houver mais de uma fonte de renda: observar que devem ser somadas para fins de 
cálculo da RMI. 
• Recomenda-se fazer um questionário ao segurado (entrevista), para identificar: se 
houve período como trabalhador rural, servidor público, carteira assinada, escola 
técnica, tempo especial. 
• Um terceiro ponto, para além da entrevista e da identificação dos registros no CNIS, é 
analisar a documentação que se encontra em poder do segurado. 
• Com os documentos, o advogado consegue verificar a regularidade dos vínculos e dos 
recolhimentos. 
• Documentos que devem ser solicitados: CTPS, carnês de contribuição e dados do CNIS 
em poder do segurado. 
• Conhecendo o CNIS, o histórico laboral e a documentação existente, será possível 
fazer uma análise da carência e do tempo de contribuição. 
• Ao final, aferindo-se a carência e o tempo de contribuição, será possível avaliar a 
totalidade dos requisitos para a concessão do benefício desejado. 
• Com todo o contexto delineado, o profissional poderá, inclusive, definir estratégias 
para garantir um benefício mais vantajoso e, em, sendo o caso, orientar o segurado a 
fazer alguns recolhimentos adicionais. 
•assim: 
• Extinção pelo cumprimento integral de seu conteúdo; 
• Extinção pelo desaparecimento do sujeito ou do bem objeto do ato. 
• Extinção por renúncia pelo beneficiário do ato. 
• Retirada do ato por revogação, anulação, cassação e caducidade. 
• Revogação: extinção do ato perfeito e eficaz, com eficácia ex nunc, respeitando-se o 
direito adquirido, fundada em razões de interesse público – conveniência e 
oportunidade. 
• Anulação ou invalidação: extinção de um ato ilegal por ato da própria Administração, 
no exercício do poder de autotutela, ou determinada pelo Poder Judiciário com efeito 
retroativo (ex tunc), respeitando-se o prazo decadencial, salvo de comprovada a má-fé. 
• Cassação: forma de extinção quando o ato administrativo perde uma das 
condicionantes para sua manutenção (ex: cassação de habilitação para dirigir de 
alguém que ficou cego). 
• Caducidade ou decaimento: ato normativo posterior proibindo a prática do ato 
administrativo praticado (causa superveniente de extinção), devendo ser editado novo 
ato constitutivo posterior, extinguindo-o (ex: alvará de concessão de uso de imóvel 
para fins comerciais em área posteriormente definida como área residencial). 
• UNIDADE 01: CONCEITOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
• AULA 04 – PROCESSO ADMINISTRATIVO 
• O princípio do devido processo legal está enunciado no art. 5º, LIV, da Constituição 
Federal: “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo 
legal.” 
• A validade de atos/decisões administrativas está condicionada ao cumprimento de rito 
procedimental preestabelecido. 
• Dois aspectos: 
• Devido processo legal formal: obrigatoriedade de observância de rito para a tomada 
de decisão; 
• Devido processo legal material ou substantivo: a decisão final do processo deve 
razoável e proporcional. 
• Processo administrativo é o encadeamento de atos administrativos visando à 
consecução de determinado objeto, norteado pelo interesse público. 
• O processo administrativo, de forma geral, no âmbito federal, rege-se pela Lei 
9.784/99. 
• Aplica-se a todos os processos que tramitam perante a Administração Pública Direta e 
Indireta. 
• Na ausência de regramento estadual, distrital ou municipal, conforme entendimento 
jurisprudencial, aplica-se o mesmo diploma legal, de forma subsidiária 
• Disciplina os direitos e deveres do administrado no âmbito do processo administrativo. 
• A iniciativa do processo administrativo pode dar-se de ofício ou por provocação do 
interessado. 
• Se provocado, deve ser feito por escrito e contendo os seguintes dados: 
• Órgão ou autoridade administrativa a quem se dirige; 
• Identificação do interessado ou de quem o represente; 
• Domicílio do requerente ou local para recebimento das comunicações; 
• Formulação do pedido, com exposição dos fatos e fundamentos, data e assinatura do 
requerente ou de seu representante. 
• Podem figurar como interessados: 
• Pessoas físicas ou jurídicas que iniciem o processo administrativo como titulares de 
direitos ou interesses individuais ou representantes; 
• Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que podem ser 
afetados; 
• Pessoas, organizações e associações representativas, relativas aos interesses coletivos 
e difusos. 
• Os atos processuais devem ser realizados em dias úteis, no horário normal de 
expediente da repartição. 
Devem ser praticados, pela Administração e pelo administrado em cinco dias, mas 
podem ser dilatados até o dobro, mediante justificativa 
• O órgão onde tramita o processo deverá intimar o interessado para que tome ciência 
da decisão ou da diligência determinada. 
• A parte poderá produzir as provas necessárias à demonstração de seu direito, devendo 
a Administração decidir, após o encerramento da instrução, no prazo de trinta dias. 
• As decisões devem ser motivadas e fundamentadas. 
• Das decisões cabe recurso, que pode tramitar em até três esferas administrativas. 
 
UNIDADE 02: FASE INICIAL (PROCURAÇÃO E REQUERIMENTO) 
AULA 01 – REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO 
• O processo administrativo previdenciário inicia-se com o pedido formulado pelo 
segurado ou dependente, como regra. 
• Em algumas situações específicas, ele é deflagrado, também, pelo: empregador ou 
Administração. 
• O INSS deve processar, de ofício, o benefício, quando tiver ciência de incapacidade do 
segurado, sem anterior postulação. 
• Nessa primeira fase, são apresentados os fatos e o direito alegado. 
• O requerimento deverá conter o órgão ou autoridade a quem se dirige, identificação 
do interessado, domicílio do requerente, documentos que comprovem os fatos, rol de 
testemunhas, data e assinatura do requerente. 
• O início do processo se conclui, de fato, com o despacho da autoridade competente. 
• Nessa primeira fase, são apresentados os fatos e o direito alegado. 
• O requerimento deverá conter o órgão ou autoridade a quem se dirige, identificação 
do interessado, domicílio do requerente, documentos que comprovem os fatos, rol de 
testemunhas, data e assinatura do requerente. 
• O início do processo se conclui, de fato, com o despacho da autoridade competente. 
• Havendo irregularidade, a autoridade age de ofício, com base no princípio da 
oficialidade, para corrigi-lo ou, em se tratando de ilícito penal, comunicando o delito. 
• Também é com base no princípio da oficialidade que o servidor determina a realização 
de diligências que julgar necessárias. 
• No requerimento, o requerente deve apresentar documento de identificação. 
• A data de entrada do requerimento administrativo (DER) deve ser considerada a data 
da solicitação do benefício ou do serviço. 
• O servidor não pode recusar o requerimento sob a alegação de documentação 
incompleta, mesmo que, de plano, perceba-se que o segurado/dependente não tem 
direito ao benefício ou serviço postulado. 
• Deve o servidor verificar se é cabível o aproveitamento para outro benefício ou 
serviço, se aquele requerido não for o correto. 
• O requerimento é formalizado com a manifestação de vontade pelos canais remotos, 
com login e senha ou confirmação de dados pessoais, sendo dispensada a 
apresentação de requerimento assinado por meio físico. 
• O servidor motivará suas decisões e responderá, apenas, em caso de erro grosseiro ou 
dolo. 
• É possível o reconhecimento automático do direito, mediante consultas, despachos e 
comunicados automatizados. 
• De regra, processo iniciado por iniciativa do segurado ou dependente econômico. 
• Situações específicas: empregador ou de ofício pela Administração. 
• Polo ativo: segurado ou dependente. 
• Polo passivo: INSS (autarquia federal). 
• Segurado ou dependente podem requerer pessoalmente, por intermédio do 
representante legal ou por terceiros com representação (procuração). 
• Em casos de curatela, exige-se a apresentação de sentença judicial de interdição. 
• Há discussões se essa exigência de curatela dificultaria o exercício do direito do 
incapaz. 
• A legislação previdenciária (art. 110 da Lei 8.213/91) permite o pagamento de 
benefício ao incapaz diretamente ao herdeiro, até a apresentação do termo de 
curatela, pelo prazo máximo de 6 meses. 
• Será que a legislação previdenciária não deveria prevalecer sobre a legislação civil? 
• UNIDADE 02: FASE INICIAL (PROCURAÇÃO E REQUERIMENTO) 
• AULA 02 – EXIGÊNCIA DE PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO E 
REPRESENTAÇÃO 
• Discussão sobre a obrigatoriedade da prévia solicitação de concessão, prorrogação ou 
restabelecimento de benefício previdenciário, antes do ajuizamento de ação judicial. 
• Interesse de agir é um dos requisitos para o exercício do direito de ação (art. 17 do 
CPC). 
• Demonstração da necessidade de se recorrer ao Poder Judiciário. 
• Controvérsia na jurisprudência até 2014, quando do julgamento do Plenário do STF do 
RE 631.240/MG – Tema 350. 
• Entendimento firmado da compatibilidade da exigência do prévio requerimento 
administrativocom o princípio da inafastabilidade da jurisdição. 
• Regra definida: prévio requerimento administrativo como diretriz para configuração 
do interesse-necessidade. 
• Exceção: demonstração da impossibilidade ou ineficácia do procedimento 
administrativo. 
• Na mesma linha do entendimento do STF: art. 129-A, inciso II, alínea a, da Lei 
8.213/91, com a redação da Lei 14.331/2022. 
• Equiparação do pedido de prorrogação com o prévio requerimento administrativo 
como condição de ação. 
• Entendimento não extensível aos requerimento administrativos relativos às 
contribuições previdenciárias – custeio (tributário). 
• Sempre que o segurado, dependente ou beneficiário não puder realizar o 
requerimento por si deve ser representado pelo procurador ou pelo representante 
legal. 
• O procurador atua como representante da pessoa física capaz. 
• O representante legal é o tutor, curador, detentor de guarda ou administrador 
provisório do interessado. 
• A procuração pode ser pública ou particular, podendo ser outorgada, inclusive, no 
exterior, devendo, nesse caso, ser formalizada na repartição consular brasileira. 
• De regra, não será exigido reconhecimento de firma – exceto em caso de dúvida 
fundada. 
• A procuração serve tanto para requerer quanto para receber benefício previdenciário. 
• A procuração tem validade de 12 meses, podendo ser renovada dentro do prazo 
estabelecido pelo outorgante. 
• Nos casos dos civil absolutamente incapazes, deverão ser representados, os 
segurados, dependentes ou beneficiários, pelos tutores, curadores, guardiões, 
administradores provisórios ou dirigente de entidade de atendimento ao menor. 
• O administrador provisório é aquele que não detém termo de tutela, curatela ou de 
guarda, devendo ser um herdeiro necessário: descendente, ascendente ou cônjuge. 
• O administrador provisório pode requerer benefício e recebê-lo pelo prazo de 6 
meses, a contar do termo de compromisso firmado perante o INSS. 
• A representação por entidade de atendimento ao menor também durará pelo prazo 
de 6 meses, mas prorrogável por períodos extensíveis até 18 meses. 
• Não poderá se representante legal o dependente que for excluído da herança 
definitivamente por ter sido condenado criminalmente por autoria de homicídio ou 
tentativa contra o segurado, com trânsito em julgado, ou que tiver seu pedido de 
pensão suspenso provisoriamente pelo mesmo motivo. 
• UNIDADE 02: FASE INICIAL (PROCURAÇÃO E REQUERIMENTO) 
• AULA 03 – IDENTIFICAÇÃO, IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DOS ENVOLVIDOS NO 
PROCESSO ADMINISTRATIVO 
• A relação com a Previdência Social pode se estabelecer, no âmbito administrativo, com 
o filiado ou o não filiado. 
• O não filiado é aquele que não possui forma de filiação obrigatória ou facultativa com 
o RGPS, mas pode se relacionar com o INSS. 
• O não filiado pode ser: 
• O dependente econômico; 
• O representante legal; 
• O procurador; 
• Terceiro interessado. 
• Em relação ao não filiado, não se exige idade mínima para cadastramento, exceto em 
se tratando de representante legal ou procurador. 
• Filiação é o vínculo que se estabelece com a Previdência Social, a partir do 
recolhimento de contribuições, a ensejar direitos e obrigações. 
• Filiado: pessoa que se relaciona com a Previdência Social na qualidade de segurado 
obrigatório ou facultativo, mediante contribuições. 
• Segurados obrigatórios: filiados ao RGPS na categoria de empregado, empregado 
doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual e segurado especial. 
• Filiação ocorre, quanto aos segurados obrigatórios: exercício de atividade remunerada. 
• Segurado que exerce mais de uma atividade remunerada: filiação em relação a cada 
um desses vínculos. 
• Segurado facultativo: pessoa física que se filia ao RGPS mediante contribuição, desde 
que não exerça atividade remunerada, a ensejar o enquadramento como segurado 
obrigatório. 
• Tal como nos processos judiciais, no processo administrativo previdenciário o servidor 
público responsável pela análise deve ser imparcial. 
• Do contrário: reponsabilidade funcional e invalidação dos atos praticados. 
• São impedidos os servidores que: 
• Tenha interesse direto ou indireto na matéria; 
• Tenha participado ou venha a participar como interessado, perito, testemunha ou 
representante, situação extensiva a cônjuge, companheiro ou parentes consanguíneos 
e afins até terceiro grau; 
• Esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo 
cônjuge ou companheiro; e 
• Cujo cônjuge, companheiro ou parentes consanguíneos e afins até o terceiro grau 
tenha atuado como intermediário. 
• Na hipótese de impedimento, deve o servidor comunicar o fato à chefia, devendo ser 
substituído por outro. 
• Tal omissão implicará falta disciplinar, a ser apurada em processo próprio. 
• A suspeição do servidor ocorre na hipótese em que o servidor tenha amizade íntima 
ou inimizade notória com algum dos interessados. 
• Tal hipótese de suspeição se estende se o servidor tiver amizade íntima ou inimizade 
notória com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes consanguíneos e afins 
até o terceiro grau. 
• A suspeição deve ser arguida perante a chefia imediata. 
• Da decisão que não acolher a alegação de suspeição suscitada pelo interessado, caberá 
recurso no prazo de dez dias. 
• O recurso deve ser julgado pela chefia da unidade de atendimento. 
• UNIDADE 03: FASES INSTRUTÓRIA E DECISÓRIA DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS 
PREVIDENCIÁRIOS 
• AULA 01 – INSTRUÇÃO 
• A instrução é a fase em que se dá a reunião de elementos necessários ao 
reconhecimento do direito ou serviço postulado. 
• A documentação complementar será requisitada se não houver dados nos sistemas ou 
em órgãos públicos que esclareçam eventuais divergências. 
• Se a documentação apresentada for insuficiente e o requerente não dispuser de nada 
em seu poder, o INSS poderá: 
• Emitir ofício a empresas ou órgãos; 
• Processar justificação administrativa; ou 
• Realizar pesquisa externa. 
• O INSS deve verificar a integridade da documentação juntada na forma eletrônica. 
• De regra, dispensa-se a apresentação de autenticação da documentação apresentada 
por meio simples ou eletrônico, salvo em hipótese de exigência legal. 
• Certidões de nascimento e de óbito são dotadas de fé pública. 
• A fase de instrução destina-se a colheita de provas do direito alegado. 
• Necessidade de procedimentos adequados para condução de uma instrução eficaz. 
• Coleta de evidências e realização de perícias, quando necessárias. 
• Órgão previdenciário deve ser proativo. 
• Se for necessário, deverá o INSS determinar a produção de novas provas ou 
informações adicionais a outros órgãos públicos e privados. 
• Essa cultura de proatividade não está implantada plenamente no INSS. 
• Exemplo de inefetividade do INSS: registro de CTPS sem correspondência no CNIS – 
caberia diligência com o empregador. 
• Consequência: ônus da prova quase que exclusivamente do segurado. 
• Injustiça: muitos segurados hipossuficientes, inclusive do ponto de vista técnico. 
• Garantiria uma análise mais justa dos requerimentos. 
• Distribuição do ônus da prova diferente do CPC. 
• O inciso LVI do art. 5º da Constituição Federal estabelece a ampla possibilidade de 
produção probatória. 
• Necessidade dessas provas serem obtidas de forma lícita (HC 93.050 do STF). 
• De toda forma: segurado não pode ser prejudicado por falta de documentação, se o 
direito dele estiver patente. 
• O inciso LVI do art. 5º da Constituição Federal estabelece a ampla possibilidade de 
produção probatória. 
• Necessidade dessas provas serem obtidas de forma lícita (HC 93.050 do STF). 
• De toda forma: segurado não pode ser prejudicado por falta de documentação, se o 
direito dele estiver patente. 
• Considerando que o direito previdenciário envolve direitos sociais, espera-se uma 
atuação diferenciada da Administração. 
• Característicasda atuação que se espera do INSS: imparcialidade e proatividade. 
• UNIDADE 03: FASE INSTRUTÓRIA E DECISÓRIA DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS 
PREVIDENCIÁRIOS 
• AULA 02 – PRINCÍPIO DA VERDADE REAL E 
• TIPOS DE PROVA 
• Importante flexibilizar a comprovação de vínculos empregatícios e períodos de 
contribuição. 
• Necessidade de levar em conta as diferentes formas de trabalho informal e não 
documentadas em muitas regiões do País. 
• Exemplo dessa dificuldade é o trabalho rural. 
• Recomenda-se levar em conta a natureza sazonal e itinerante do trabalho no campo, 
além da ausência de registros formais. 
• Crucial ter servidores treinados para realizar entrevistas e investigações de forma 
apropriada. 
• Falha na instrução administrativa pode ser minimizada em nome do princípio da 
verdade real. 
• Formalidades administrativas devem ser vistas como instrumentos para se atingir 
objetivos constitucionais. 
• A Lei 9.784/99, inclusive, ao regular o processo administrativo, determina que o 
administrador público deve interpretar as normas visando atender ao fim público. 
• Cabe à Administração impulsionar o processo da melhor forma, garantindo a aferição 
dos requisitos do benefício requerido. 
• O princípio da oficialidade do art. 2º, parágrafo único, do inciso XII da Lei 9.784/99, 
impondo um comportamento ativo ao gestor, conspira em favor do princípio da 
verdade real. 
• O servidor não deve se limitar às provas trazidas pelo segurado, devendo diligenciar 
para encontrar a solução consentânea com o direito envolvido. 
• Ao contrário do processo judicial, em que impera o princípio dispositivo, no processo 
administrativo o servidor deve ter uma postura ativa, inquisitiva, indo atrás das provas. 
• Não há revelia, inclusive, no processo administrativo. 
• Diversidade de provas documentais na comprovação direitos previdenciários. 
• Ex: documentos de identificação pessoal, documentos relativos ao exercício de 
atividade laboral, documentos comprobatórios de atividade rural, documentos 
médicos, LTCAT. 
• Documentos cujas informações se encontram na base de dados oficial da 
Administração Pública não precisam ser juntados – art. 2º do Decreto n.º 6.932/2009. 
• Medida que facilita e agiliza o processo administrativo. 
• Maior eficiência na análise dos requerimentos administrativos. 
• Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) é fonte primária de informações de 
vínculos. 
• CNIS comprova filiação, tempo de contribuição e salário-de-contribuição. 
• Se a lei não exigir a forma pública, é possível a juntada de documentos particulares. 
• Também não é preciso juntar cópia autenticada, se a lei não exigir, bastando a 
apresentação da cópia com o original ao servidor. 
• Prova de tempo laboral: necessária a juntada de início de prova material (art. 55, §3º, 
da Lei 8.213/91) – não sendo suficiente a testemunhal. 
• Também não é preciso juntar cópia autenticada, se a lei não exigir, bastando a 
apresentação da cópia com o original ao servidor. 
• Prova de tempo laboral: necessária a juntada de início de prova material (art. 55, §3º, 
da Lei 8.213/91) – não sendo suficiente a testemunhal. 
• Também não é preciso juntar cópia autenticada, se a lei não exigir, bastando a 
apresentação da cópia com o original ao servidor. 
• Prova de tempo laboral: necessária a juntada de início de prova material (art. 55, §3º, 
da Lei 8.213/91) – não sendo suficiente a testemunhal. 
• UNIDADE 03: FASE INSTRUTÓRIA E DECISÓRIA DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS 
PREVIDENCIÁRIOS 
• AULA 03 – DECISÃO NA ESFERA ADMINISTRATIVA 
• Decisões na esfera administrativa, em matéria previdenciária, devem observar prazos 
estabelecidos no RE 1.171.152/SC, em razão do acordo homologado pelo STF entre o 
MPF e o INSS. 
• Prazos para decisão: 
• BPC/LOAS e aposentadorias em geral, exceto por incapacidade permanente: 90 dia. 
• Pensão por morte, auxílio-reclusão e auxílio-acidente: 60 dias. 
• Aposentadoria por incapacidade permanente e auxílio por incapacidade temporária 
(acidentária e previdenciária): 45 dias. 
• Salário-maternidade: 30 dias. 
• Processo administrativo deve observar o devido processo legal, com os consectários: 
contraditório e ampla defesa. 
• Necessidade de instrução e saneamento 
• Razoável duração do processo para garantir a efetividade da justiça. 
• No direito previdenciário, essa celeridade do processo se evidencia com mais clareza 
pela importância do bem jurídico envolvido. 
• O art. 41-A, §5º, da Lei 8.213/91 estabelece o prazo de 45 dias. 
• Necessidade de uma decisão fundamentada sobre os requisitos do benefício 
pleiteado. 
• A carta de comunicação de decisão é o instrumento que permite o conhecimento do 
teor da conclusão administrativa. 
• A interposição de recurso depende da clareza dessa carta. 
• A IN 12/2022 do INSS, no art. 574, determina os requisitos da decisão administrativa: 
• Descrição sucinta do objeto do requerimento; 
• Fundamentação com análise de provas; 
• Conclusão com deferimento ou não do pedido. 
• A decisão pode fundamentar-se em notas técnicas, pareceres consultivos e em 
decisões anteriores. 
• Se as exigências feitas pelo INSS durante a instrução não forem cumpridas no prazo, o 
processo será: 
• Decidido no mérito, se a instrução feita até o momento permitir o seu julgamento; 
• Encerrado sem mérito, por desistência tácita do pedido, se decorridos 75 dias da 
exigência, quando se tratar de vício de representação ou falta de elementos para 
julgamento. 
• Se a decisão envolver terceiro, ele também será comunicado de seu teor. 
• Decidido no mérito, se a instrução feita até o momento permitir o seu julgamento; 
• Encerrado sem mérito, por desistência tácita do pedido, se decorridos 75 dias da 
exigência, quando se tratar de vício de representação ou falta de elementos para 
julgamento. 
• Se a decisão envolver terceiro, ele também será comunicado de seu teor. 
• Diante da possibilidade de conceder outro benefício mais vantajoso ou o único 
possível, caberá ao analista abrir vista para o segurado se manifestar. 
• É possível que a decisão administrativa seja automática – por inteligência artificial. Ex: 
salário-maternidade, aposentadoria por idade. 
• UNIDADE 04: ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DO CRPS E DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE 
RECURSOS 
• AULA 01 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS – ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO 
• A previsão de recursos no processo administrativo é um desdobramento do devidos 
processo legal, do contraditório e da ampla defesa. 
• As decisões proferidas pelo INSS estão sujeitas à revisão do Conselho de Recursos da 
Previdência Social – CRPS, órgão integrante do Ministério da Previdência Social. 
• O recurso deve ser interposto no órgão do INSS, responsável pela decisão impugnada. 
• O recorrente deve expor as razões pelas quais entende que a decisão precisa ser 
reformada e pode juntar os documentos que reputar convenientes. 
• O INSS não pode negar seguimento ao recurso, sendo prerrogativa do CRPS admitir ou 
não a peça recursal, mesmo diante da ausência de juntada de procuração. 
• Uma vez interposto o recurso contra decisão do INSS, cabe à unidade responsável pela 
decisão recorrida apresentar contrarrazões, após a reanálise do caso e remetê-lo ao 
CRPS. 
• O Conselho de Recursos da Previdência Social é o órgão recursal estruturado para 
julgar os recursos das decisões proferidas pelo INSS. 
• Pertence à estrutura do Ministério da Previdência Social. 
• O CRPS é formado por três espécies de órgãos: 
• 
• 29 Juntas de Recursos; 
• 04 Câmaras de Julgamento; 
• Conselho Pleno. 
• As 29 Juntas de Recursos espalhadas pelo País e as 04 Câmaras de Julgamento são 
integradas pelos seguintes membros, quanto aos colegiados que julgam matéria de 
benefício: 
• Dois representantes do Governo Federal; 
• Um representante das empresas; 
• Um representante dos trabalhadores. 
• Os membros são escolhidos pelo Ministro da Previdência Social e os órgãos são 
presididospor um dos representantes do Governo Federal. 
• Especialmente para julgar os recursos que versem sobre matéria de competência 
sobre compensação financeira e irregularidades no RPPS; 
• Dois representantes do governo federal; 
• Um representante dos entes federativos; 
• Um representante dos servidores públicos. 
• O mandato dos integrantes dos órgãos colegiados é de três anos, permitida a 
recondução. 
• Os representantes do Governo Federal serão escolhidos entre servidores federais, 
preferencialmente do Ministério da Economia, do INSS ou de outro órgão da 
administração pública federal, estadual, municipal ou distrital, sendo exigida a 
graduação em Direito. 
• Os representantes das empresas e dos trabalhadores serão escolhidos entre os 
indicados em lista tríplice pelas entidades de classe ou sindicais respectivas, com a 
exigência da graduação em Direito. 
• Os representantes dos entes federativos e dos servidores públicos serão escolhidos 
entre os indicados em lista tríplice pelo Conselho Nacional dos Regimes Próprios da 
Previdência Social, também com graduação em Direito. 
• DADE 04: ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DO CRPS E DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE 
RECURSOS 
• AULA 02 – COMPETÊNCIAS DO CRPS 
• Como dito antes, o Conselho de Recursos da Previdência Social é composto por três 
instâncias decisórias: Juntas de Recursos, Câmara de Julgamento e Conselho Pleno. 
• As Juntas de Recursos tem por atribuição julgar, em primeira instância, os recursos 
interpostos contra decisões proferidas pelos órgãos regionais do INSS. 
• As Câmaras de julgamento têm por atribuição julgar, em segunda instância, os 
recursos interpostos contra decisões proferidas pelas Juntas de Recursos que 
infringirem regulamento, enunciado ou ato normativo ministerial. 
• Ao Conselho Pleno, finalmente, cabe uniformizar jurisprudência previdenciária 
mediante enunciados. 
Além disso, cabe ao Conselho Pleno preservar a compete preservar as decisões proferidas pelo 
Conselho de Recursos da Previdência Social, sendo sua atribuição apreciar pedidos de 
reclamação administrativa 
 
• Havendo empate, em qualquer desses julgamentos, deve prevalecer o voto do 
presidente. 
• Os recursos administrativos tramitarão por, no máximo, três instâncias 
administrativas, cabendo: 
• À primeira instância julgar o recurso ordinário; 
• À segunda instância julgar o recurso especial; 
• À terceira instância julgar pedido de uniformização de jurisprudência e reclamação. 
• Compete ao Conselho de Recursos da Previdência Social julgar, em síntese: 
• Recursos das decisões do INSS nos processos de interesse dos beneficiários; 
• Contestações e recursos relativos à atribuição do Ministério da Economia referente ao 
Fator Acidentário de Prevenção aos estabelecimentos das empresas. 
• Recursos das decisões do INSS relacionadas à comprovação de atividade rural de 
segurado especial e retificações relacionadas ao CNIS. 
• Recursos de processos relacionados à compensação financeira e à fiscalização e 
supervisão dos regimes próprios de previdência social 
• A presidência dos órgãos sempre será exercida pelo representante do Governo 
Federal. 
• Os principais recursos são os seguintes, distribuídos segundo a competência dos 
órgãos do CRPS: 
• Recurso ordinário (Juntas de Recursos); 
• Recurso especial (Câmaras de Julgamento); 
• Incidentes de uniformização (Conselho Pleno); 
• Embargos de declaração (qualquer órgão); 
• Reclamação (Conselho Pleno). 
• O CRPS só tem competência para julgar recurso em face de decisão que julga mérito 
de requerimentos administrativos. 
• É competência do CRPS converter em diligência e determinar a realização de atos 
probatórios necessários ao julgamento do recurso. 
• Também cabe ao CRPS determinar que se cumpra as suas decisões proferidas em 
caráter definitivo, em caso de descumprimento. 
• UNIDADE 04: ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DO CRPS E DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE 
RECURSOS 
• AULA 03 – DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE RECURSOS 
• Os prazos em relação aos recursos administrativos são uniformes: 30 dias contados de 
forma corrida, excluindo-se o dia do início e incluindo-se o do vencimento. 
• Tal prazo, inclusive, aplica-se para as contrarrazões. 
• Decorrido o prazo de contrarrazões, os autos serão imediatamente remetidos para a 
Junta de Recursos. 
• O recurso intempestivo deve ser encaminhado à instância superior, com a indicação da 
intempestividade. 
• Mesmo intempestivo, pode o próprio INSS efetuar a revisão de ofício se percebida a 
incorreção da decisão administrativa. 
• Além disso, os órgãos de revisão recursal também podem relativizar a 
intempestividade recursal. 
• Além dos segurados e dos beneficiários, o INSS também pode interpor recursos das 
decisões da Junta e da Câmara de Julgamento. 
• Não é preciso preparo, na esteira do princípio da gratuidade, aplicável aos processos 
administrativos previdenciários, não sendo cabível, pois, a aplicação da deserção. 
• A Junta de Recursos ou a Câmara de Julgamento pode, em caso de risco iminente, 
adotar medidas acautelatórias durante o trâmite do recurso administrativo – art. 45 da 
Lei 9.784/99. 
• Tal tutela acautelatória é uma decorrência do princípio da oficialidade. 
• A qualquer tempo, pode o recorrente desistir do recurso antes do julgamento. 
• Tal desistência, pois, deve ser, de regra, expressa. 
• O não cumprimento de exigência ou providência pelo recorrente não implica 
desistência tácita, cabendo o julgamento do processo no estágio em que se encontra – 
ao contrário do descumprimento no âmbito do INSS. 
• Os recursos são recebidos, apenas, no efeito devolutivo, devolvendo-se toda a matéria 
julgada nas instâncias inferiores. 
• Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da 
execução, a autoridade recorrida ou imediatamente inferior poderá conferir efeito 
suspensivo – art. 61 da Lei 9.784/99. 
• Havendo coisa julgada desfavorável e decisão administrativa favorável, deve 
prevalecer a coisa julgada. 
• A única hipótese de desistência tácita do recurso é quando se ajuíza ação judicial 
contendo mesmo objeto do recurso administrativo. 
• Se o ajuizamento da ação ocorrer após decisão administrativa favorável ao 
segurado/beneficiário, deve ser tal decisão comunicada à Procuradoria para entrar em 
entendimento com o autor da ação. 
• É possível realizar a sustentação oral: tanto o segurado/beneficiário, como o INSS. 
• UNIDADE 05: RECURSOS EM ESPÉCIE 
• AULA 01 – RECURSO ORDINÁRIO 
• Decisões do INSS impugnadas pelo recurso ordinário. 
• Competência para decidir é da Junta de Recursos do Conselho de Recursos da 
Previdência Social – primeira instância recursal. 
• Recurso dirigido à autoridade que proferiu a decisão, que pode exercer o juízo de 
retratação. 
• Se não exercer o juízo de retratação, deve se manifestar, a título de contrarrazões, 
encaminhando ao Conselho de Recursos da Previdência Social. 
• Remetidos os autos, o CRPS os distribuirá para uma das Juntas de Recursos para 
processar e julgar. 
• O servidor que o receber o recurso tem o prazo máximo de 30 dias, depois das 
contrarrazões (de 30 dias também), para os encaminhar para a Junta de Recursos, sob 
pena de ser responsabilizado funcionalmente. 
• O servidor deve fazer buscas no sistema de justiça, para verificar se houve o 
ajuizamento de ação judicial com a mesma parte e o mesmo objeto. 
• Também deverá realizar buscas e juntar informações sobre o objeto do recursos nos 
sistemas previdenciários. 
• Se a Junta de Recursos entender que o feito não se encontra maduro para julgamento, 
pode convertê-lo em diligência. 
• Se houver algum vício processual no recurso, como intempestividade, falta de 
correspondência entre as razões do recurso e a decisão, a Junta de Recursos pode 
inadmiti-lo. 
• Se o recurso preencher os requisitos de admissibilidade e o feito se encontrar maduro 
para julgamento, a Junta de Recursos pode dar provimento, negarprovimento ou dar 
parcial provimento. 
• Contudo, se a Junta de Recursos entender que há alguma nulidade no julgamento ou 
na regularidade do processo, pode anular a decisão proferida pelo INSS, determinando 
a baixa dos autos para regularização do feito. 
• O recurso pode ser protocolado pelo sistema do “Meu INSS”. 
• Importante: lembrar que é possível juntar nova documentação comprobatório do 
direito alegado. 
• Importante: nesse caso, a DER será alterada para essa data, com a consequente 
alteração, também, da DIB, em caso de concessão do benefício. 
• A Junta de Recursos possui o prazo de 85 dias para julgar o recurso ordinário. 
• Até o momento do início do julgamento, é possível a entrega de memoriais ou solicitar 
a realização de sustentação oral por 15 minutos de forma presencial. 
• UNIDADE 05: RECURSOS EM ESPÉCIE 
• AULA 02 – RECURSO ESPECIAL 
• Como dito antes, o Conselho de Recursos da Previdência Social possui uma segunda 
instância recursal: Câmara de Julgamento. 
• Cabe a tal órgão julgar o recurso especial interposto pelo segurado/beneficiário ou 
pelo INSS em face do acórdão da Junta de Recursos. 
• Não cabe recurso especial em se tratando de matérias de alçada, definidas no 
Regimento Interno do CRPS 
• Constituem matérias de alçada: 
• Decisões proferidas sobre revisão de reajustamento de benefício em manutenção, 
exceto quando a diferença na Mensalidade Reajustada - MR decorrer de alteração da 
Renda Mensal Inicial RMI; 
• Decisões fundamentadas exclusivamente em matéria médica e relativas a auxílio-
doença e benefícios assistenciais. 
• São matérias que podem ser discutidas na Câmara de Recursos: 
• Violação de disposição de lei, decreto ou de portaria ministerial; 
• Divergência de parecer do Advogado-Geral da União - AGU, aprovado pelo Presidente 
da República, na forma do art. 40 da Lei Complementar nº 73/93; 
• Divergência de pareceres da consultoria jurídica do Ministério do Trabalho e 
Previdência, dos extintos MPAS e MPS, aprovados pelo Ministro de Estado; 
• Divergência de enunciados editados pelo Conselho Pleno do CRPS; 
• Divergência de Súmula Vinculante do Ministro do Trabalho e Previdência; 
• Quando contrariarem laudos ou pareceres médicos emitidos pela assessoria técnica do 
CRPS, exceto nos casos de benefícios do auxílio-doença e assistenciais. 
• Interposto por ente federativo ou pela SPREV, na hipótese de irregularidade funcional 
de servidor público, envolvendo o RPPS. 
• O recurso interposto de forma tempestiva devolve à Câmara de Recursos o 
conhecimento integral da matéria. 
• A peça, embora endereçada à Câmara de Recursos, deve ser protocolada perante à 
Junta de Recursos, que poderá rever a decisão impugnada. 
• Se a decisão não for revisada, deverá a autoridade responsável apresentar 
contrarrazões e remeter os autos para o Conselho de Recursos da Previdência Social. 
• Cabe ao Conselho de Recursos da Previdência Social distribuir o recurso especial para 
uma das 04 Câmaras para julgamento. 
• Da mesma forma, assim que recebidas as contrarrazões, deflagra-se o prazo de 30 dias 
para remessa dos autos para a instância recursal superior, sob pena de 
responsabilização funcional do servidor. 
• A Câmara de Recursos pode: 
• Da mesma forma, assim que recebidas as contrarrazões, deflagra-se o prazo de 30 dias 
para remessa dos autos para a instância recursal superior, sob pena de 
responsabilização funcional do servidor. 
• A Câmara de Recursos pode: 
• Converter o julgamento em diligência; 
• Não conhecer o recurso, se houver algum vício processual que impeça a 
admissibilidade. 
• Negar, dar provimento ou dar provimento parcial ao recurso; 
• Anular o acórdão. 
• UNIDADE 05: RECURSOS EM ESPÉCIE 
• AULA 03 – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, 
• ERRO MATERIAL E REVISÃO DE OFÍCIO 
• Os embargos de declaração são recurso reproduzido no âmbito administrativo do 
Código de Processo Civil. 
• Como no caso do recurso especial, possuem recorribilidade limitada, sendo cabíveis, 
apenas, nos casos de obscuridade, ambiguidade e contradição entre a decisão e os 
seus fundamentos. 
• Também cabem na hipótese de omissão sobre ponto que deveria ter se pronunciado. 
• Serão opostos mediante petição fundamentada dirigida ao presidente do órgão 
julgador: Junta de Recursos da Previdência Social ou Câmara de Recursos da 
Previdência Social. 
• Prazo: 10 dias da ciência da decisão. 
• Interposto o recurso, interrompe-se o prazo para cumprimento do acórdão, 
devolvendo-se o prazo de 30 dias para, inclusive, interpor recurso cabível para outra 
instância. 
• Se o recurso for manifestamente protelatório, a instância competente terá o prazo de 
apenas 05 dias para cumprimento e o prazo não será interrompido para fins de novo 
recurso. 
• A decisão de não conhecimento é monocrática do presidente e irrecorrível. 
• Não se oportuniza à outra parte se manifestar, exceto nos caso em que a pretensão 
implicar modificação da decisão final, hipótese em que se deve abrir para 
contrarrazões à parte contrária 
• Já se houver apenas erro material, basta uma simples petição dirigida ao órgão 
julgador, como regra, demonstrando o erro no acórdão. 
• Exemplos de erros materiais: erro no nome do recorrente, DIB, DIP, nome do 
benefício, dentro outros vícios que não causam nulidade. 
• Na hipótese de recurso inepto (sem demonstração do vício), o requerimento será de 
plano rejeitado mediante despacho irrecorrível. 
• O erro material pode ser corrigido a qualquer tempo, inclusive de ofício. 
• Não são considerados erros materiais: 
• Interpretações jurídicas de fatos relacionados aos autos; 
• Acolhimento de opiniões técnicas de profissionais especializados; 
• Exercício de valoração de provas. 
• As Juntas de Recursos e as Câmaras de Recursos poderão rever suas decisões de ofício 
ou requerimento da parte no prazo de 10 anos (art. 103-A da Lei 8.213/91). 
• São hipóteses de revisão de ofício: 
• Violação de literal disposição de lei ou decreto; 
• Divergência dos pareceres da Consultoria Jurídica do extinto MTP e do MPS, vigentes e 
aprovados pelo Ministro de Estado, bem como dos pareceres do AGU, aprovados pelo 
Presidente da República, na forma do art. 40 da Lei Complementar nº 73/93; 
• Divergência de Enunciado editado pelo Conselho Pleno; e 
• Constatação de vício insanável. 
• São considerados vícios insanáveis: 
• A decisão que tiver voto de Conselheiro impedido ou incompetente, bem como, se 
condenado por crimes relacionados à matéria objeto de julgamento; 
• UNIDADE 05 - RECURSOS EM ESPÉCIE 
• AULA 04 - RECURSOS AO PLENO 
• O Conselho Pleno do Conselho de Recursos da Previdência Social compõe-se pelo 
presidente do Conselho de Recursos, a quem cabe presidi-lo, e pelos conselheiros das 
Câmaras de Julgamento. 
• Cabem, ao Conselho Pleno, as seguintes atribuições: 
• Uniformizar, em tese, a jurisprudência administrativa previdenciária e assistencial, 
mediante a edição de enunciados; 
• Uniformizar, no caso concreto, as divergências entre as Juntas de Recursos nas 
matérias de sua alçada ou entre as Câmaras de Julgamento em sede de recurso 
especial, mediante a edição de resolução; 
• Decidir as reclamações, mediante a edição de resolução; 
• Decidir questões administrativas definidas no Regimento Interno. 
• O Conselho Pleno pode, também, editar súmulas vinculantes, a serem submetidas ao 
Ministro do Trabalho e da Previdência, que vinculam o INSS e a Secretaria da 
Previdência em suas decisões. 
• Os enunciados também têm efeito vinculante, mas limitado aos órgãos do Conselho de 
Recursos. 
• Pedido de Uniformização de Jurisprudência em tese: 
• O pedido de uniformização tem cabimento para encerrar divergência jurisprudencial 
administrativa, com a edição de enunciados vinculantes no âmbito do Conselho de 
Recursos. 
• A matéria tratada é a interpretação e aplicação de lei previdenciária e assistencial 
pelos servidores públicos, envolvendo divergênciaou convergência de entendimentos, 
após estudos. 
• A uniformização pode ser provocada pelo presidente ou vice do Conselho de Recursos, 
pela coordenação jurídica do Conselho de Recursos, pelos presidentes das Câmaras de 
Julgamento, pelos presidentes das Turmas Recursais nas matérias de alçada, pela 
diretoria de benefícios do INSS, pela PFE ou pela Secretaria da Previdência. 
• A vinculação às instâncias do Conselho de Recursos não autoriza a revisão de casos já 
julgados. 
• Da mesma forma que, para aprovação do enunciado, é preciso maioria absoluta, para 
seu cancelamento também se exige maioria absoluta. 
• Pedido de Uniformização em Matéria de Direito: 
• Essa espécie de pedido de uniformização se verifica no julgamento de casos concretos, 
provocado pelas partes no processo administrativo em hipóteses de: 
• Divergência de interpretação em matéria de direito entre acórdãos de Câmaras de 
Julgamento do CRPS ou entre acórdão da CJPS e resolução do Conselho Pleno; ou 
• Divergência de interpretação de matéria de direito entre acórdãos de Juntas de 
Recursos do CRPS, na hipótese de alçada exclusiva, ou entre acórdão da JRPS e 
resolução do Conselho Pleno. 
• O prazo para requerimento do incidente é de 30 dias, suspendendo-se o prazo para 
cumprimento da decisão. 
• O pedido será direcionado ao relator do acórdão impugnado. 
• Identificada a divergência, o processo será remetido para o presidente do Conselho 
Pleno, a quem caberá a distribuição do feito a um dos conselheiros. 
• Se a divergência não for reconhecida na unidade de origem, caberá recurso, no prazo 
de 30 dias, para o presidente do Conselho de Recursos da Previdência Social 
• O Conselho Pleno pode não conhecer o pedido de uniformização, não ficando 
vinculado à decisão na origem. 
• Se entender pelo conhecimento, pode editar um enunciado, por maioria absoluta, 
vinculando todos os órgãos do Conselho de Recursos da Previdência Social. 
• Também pode editar resolução para o caso concreto, com aprovação de maioria 
simples. 
• UNIDADE 06: SISTEMAS E MEU INSS 
• AULA 01 – CONHECENDO OS SISTEMAS 
• 
• O desempenho do segurado e de seu dependente, muitas vezes, no âmbito 
administrativo, depende do acesso ao sistemas informatizados do INSS. 
• As várias plataformas de acesso aos dados do sistema permitem a análise completa do 
direito do segurado. 
• Contudo, o acesso aos sistemas, por si só, não é suficiente para o segurado e seus 
defensores terem pleno discernimento do direito aplicável. 
• O INSS adota uma série de siglas próprias que, se não conhecidas, tornam-se um 
emaranhado inalcançável ao leigo. 
• Telas como CNIS, HISCRE e SABI e siglas como CAT, DAT e DER são de uso corrente. 
• Não basta ao segurado e seu advogado conhecerem a legislação previdenciárias sobre 
o direito material. 
• Requisitos de concessão, período de graça, período de carência, formas de cálculo, 
tudo isso é necessário ter conhecimento para bem se situar no direito previdenciário. 
• Contudo, em se tratando de defesa administrativa, isso tudo é insuficiente. 
• Uma vez conhecida a legislação e ciente de seus direitos, para ter pleno acesso ao 
histórico profissional, por exemplo, é preciso saber que o cadastro do CNIS fornece os 
dados disponíveis ao INSS. 
• Também é preciso saber que o histórico médico se encontra todo no SABI. 
• Como se defender de uma decisão administrativa, se não se conhecem as siglas 
utilizadas pelo INSS na carta de indeferimento? 
• As informações que serão fornecidas aqui são essenciais não só para conhecer os 
direitos dos segurados e seus dependentes. 
• São indispensáveis para elaboração de peças no âmbito do processo administrativo. 
• É bem verdade que o INSS deve agir de forma proativa. 
• Mas muitas vezes o servidor não acessa todos os sistemas disponíveis para analisar o 
pedido. 
• É preciso que isso seja feito pelo segurado e dependente, bem assim por seus 
defensores, para exercerem plenamente a ampla defesa e o contraditório. 
• Nesse contexto, são as seguintes as telas do segurado, importantes fontes de consulta: 
• CNIS - Cadastro Nacional de Informações Sociais, que é o banco de dados mantidos 
pela Previdência Social de acesso restrito, contendo informações sobre vínculos 
empregatícios e de contribuição, bem assim respectivos salários-de-contribuição. 
• COM/RMI – Simulação de cálculo da RMI, que é a projeção aproximada da RMI futura, 
levando em consideração a previsão de contribuições futuras. 
• CONBAS – Dados básicos de concessão do benefício. 
• CONCAL – Memória de cálculo de benefício, indicando a forma de cálculo. 
• HISCRE – Histórico de créditos, por meio do qual são disponibilizados os últimos 
pagamentos feitos ao segurado. 
• INFBEN – Informações do benefício do segurado, indicando o seu número, nome do 
titular, data de nascimento, DIB, DER, DIP, DCB (se for o caso), RMI e RMA. 
• PLENUS/SISBEN – Sistema de benefícios, de acesso restrito, indicando dados relativos 
aos benefícios concedidos, inclusive confere acesso ao INFBEN e ao HISCRE. 
• SABI – Sistema de Administração de Benefícios por incapacidade, contendo dados 
sobre perícias realizadas para a concessão de auxílio por incapacidade temporária e 
aposentadoria por incapacidade permanente. 
• UNIDADE 06: SISTEMAS E MEU INSS 
• AULA 02 – ANALISANDO O CNIS 
• CNIS é o Cadastro Nacional de Informações Sociais – banco de dados do governo 
federal desde 1989. 
• Contém todas as informações sociais e previdenciárias dos trabalhadores. 
• Extrato previdenciário para contagem de tempo de contribuição 
• A inscrição do segurado no RGPS é feito pelo segurado (contribuinte individual, 
segurado especial, segurado facultativo), pela empresa ou pelo empregador 
doméstico. 
• Além do cadastramento no CNIS, deve ser feito o recolhimento das contribuições 
devidas, somente a a partir de quando o segurado se torna filiado ao RGPS, gerando 
direitos e obrigações para ele. 
• Com a inscrição feita do segurado no RGPS, suas informações são cadastradas no CNIS. 
• Para identificar um segurado no CNIS, consulta-se por meio do NIT (Número de 
Identificação do Trabalhador) ou pelo CPF. 
• CNIS é alimentado por uma série de base de dados do governos: RAISV (Relação Anual 
de Informações Sociais), CAGED (Cadastro Geral de Empregados e desempregados), 
PIS, PASEP, CPF, CADúNICO. 
• Consulta ao CNIS pode ser feita por meio do “Meu INSS”. 
• Lá constam valor do salário, recolhimentos, períodos trabalhados. 
• Se houver inconsistência, haverá indicadores, que deverão ser sanados para evitar 
dificuldades na concessão de benefício. 
• Três tipos de indicadores que podem aparecer no CNIS: 
• Indicador de pendência: informação que precisa ser ajustada ou completada; 
• Indicador de alerta: algum agente nocivo ou alguma atividade que precisa ser 
corrigida. 
• Indicador de acerto: pendência já corrigida. 
• A qualquer tempo pode ser solicitado, pelo segurado, alteração, ratificação ou 
exclusão de informações do CNIS. 
• Tais modificações no CNIS devem ser solicitadas por um dos canais de acesso INSS. 
• Uma das modificações possíveis é relativa algum dado que foi inserido de forma 
extemporânea. 
• Alguns exemplos de registro de dados de forma extemporânea: 
• Início do vínculo empregatício lançado no sistema após o último dia do mês 
subsequente ao mês de admissão do segurado; 
• Remuneração do trabalhador avulso ou contribuinte individual lançado após o último 
dia do quinto mês subsequente ao mês da data da prestação do serviço. 
• Também vínculos de emprego e remunerações devem ser acertados, caso haja 
informações inconsistentes. 
• Os modelos de requerimentos de atualização e acerto de informações estão contidos 
na IN 128/2022. 
• A falta de ajuste do CNIS implicará, inevitavelmente, no indeferimento do benefício 
desejado. 
• UNIDADE 06 - SISTEMAS E ERA DIGITAL DO INSS 
• AULA 03 – MEU INSS E ATESMED 
• Processo administrativoprevidenciário: conjunto de regras e atos administrativos que 
devem ser seguidas por servidores e segurados/beneficiários. 
• Se não cumprirem as regras: podem incorrer em erros e até ilícitos, implicando o 
indeferimento do benefício postulado. 
• Nesse caso, sobra a via recursal ou apenas novo processo administrativo. 
• Exceto no caso do auxílio-doença, todos os demais benefícios dependem de um 
requerimento administrativo do segurado/beneficiário. 
• Com o avanço tecnológico, é natural a substituição de documentos impressos pelo 
sistema virtual. 
• Facilita não só o acesso como também a análise. 
• Contribui para a celeridade do processo administrativo. 
• O era digital do INSS contribui não só para a agilização dos procedimentos, mas 
também torna a máquina pública mais eficaz. 
• O processo administrativo previdenciário exige uma tramitação com menor lapso 
temporal. 
• Eis o teor do citado normativo: 
• “Art. 1º O processo eletrônico é o documento ou o conjunto de documentos digitais e 
digitalizados que representam uma sucessão encadeada de fatos cronologicamente 
ordenados, reunidos no decurso de uma ação administrativa.” 
• A partir de 2017, o sistema Meu INSS foi implantado. 
• Por meio do Meu INSS, é possível: 
• Acesso a informações previdenciárias por meio virtual; 
• Extrato de CNIS; 
• Histórico de créditos; 
• Carta de Concessão; 
• Agendar requerimento de benefícios. 
• Depois, surgiu o INSS Digital, fruto de uma parceria entre OAB e INSS, permitindo o 
requerimento de benefício pelo meio digital, garantindo: celeridade, eficiência e 
economicidade. 
• Se a documentação foi insuficiente, o advogado recebe, por meio virtual, a exigência a 
ser cumprida. 
• Atestmed: ferramenta que elimina a necessidade de agendamento de perícia médica 
em relação aos benefícios por incapacidade temporária. 
• Crescimento de quase 27% no número de análise do auxílio-doença no ano de sua 
implementação. 
• É preciso que tal avanço seja estendido para análise de processos de outras espécies 
de benefícios, como aposentadorias, salários-maternidades e pensões. 
• Atualmente, mais da metade dos pedidos de benefício não é concluída na primeira 
análise. 
• A possibilidade de atender às exigências por meio do Meu INSS, juntando documentos, 
oferece uma solução mais conveniente e célere. 
• Para que a documentação médica substitua a necessidade de perícia, há de constar do 
documento juntado: 
• Nome completo do segurado: 
• Data da emissão do documento médico, que não poderá ser superior a 90 dias da data 
do requerimento administrativo; 
• Diagnóstico por extenso ou código de Classificação Internacional de Doenças (CID); 
• Assinatura do profissional emitente, que poderá ser eletrônica e passível de validação, 
respeitados os parâmetros estabelecidos pela legislação vigente; 
• Identificação do profissional emitente, com nome e registro no Conselho de Classe 
(Conselho Regional de Medicina ou Conselho Regional de Odontologia), no Ministério 
da Saúde (Registro do Ministério da Saúde), ou carimbo legíveis; 
• Data de início do repouso ou de afastamento das atividades habituais; e 
• Prazo estimado necessário, preferencialmente em dias. 
• 
• UNIDADE 07 - QUESTÕES ADMINISTRATIVAS RELEVANTES 
• AULA 01 – EXIGÊNCIAS ADMINISTRATIVAS 
 
• Como se sabe, para se recorrer ao Judiciário, é preciso, antes, requerer na via 
administrativa o benefício. 
• Também é necessária uma resposta do INSS ou uma omissão ao requerimento – 
decurso de prazo para apreciação. 
• Não é exigível o esgotamento da via administrativa. 
• Não raro, o analista do INSS identifica documentos incompletos ou informações 
faltantes na análise inicial do requerimento. 
• O segurado/beneficiário é notificado para regularizar a pendência existente. 
• O avanço da análise do pedido de benefício ficará na dependência do cumprimento 
dessa diligência. 
• É imprescindível o monitoramento do processo, para que seja cumprida a exigência 
administrativa a tempo. 
• Exigência administrativa: documento ou informação pendente cobrada do requerente 
para análise do pedido de benefício. 
• Cumprimento de exigência: atendimento da exigência feita pelo INSS para análise do 
pedido. 
• Quando o INSS identifica uma pendência, o pedido só será analisado no mérito, se 
cumprida a exigência. 
• Assinalado o prazo e não cumprida, o requerimento é indeferido e arquivado, exigindo 
o protocolo de novo pedido. 
• Formas de notificação de exigência: carta de notificação, e-mail, SMS, “Meu INSS”. 
• Enquanto não satisfeita a exigência nos exatos termos em que formulada, serão feitas 
novas exigências. 
• O ônus é do requerente, a menos que comprove que não tem como cumprir a 
exigência. 
• O prazo para atender a exigência é de 30 dias corridos 
• É possível prorrogação pelo mesmo período, se requerida antes do vencimento do 
prazo inicial. 
• A exigência pode ser cumprida pelo sistema “Meu INSS”. 
• Há um aplicativo do “Meu INSS” nas lojas Google Play e App Store. 
• É possível prorrogação pelo mesmo período, se requerida antes do vencimento do 
prazo inicial. 
• A exigência pode ser cumprida pelo sistema “Meu INSS”. 
• Há um aplicativo do “Meu INSS” nas lojas Google Play e App Store. 
• Se a documentação solicitada for apresentada ou o requerente demonstrar que não a 
possui, o INSS deverá, de imediato, apreciar o mérito: indefere ou defere o benefício. 
• Encerrado o prazo sem cumprimento, o processo deve ser encerrado, com ou sem 
análise do mérito (art. 574, §4º da IN 128/2022 do INSS). 
• O requerente deve juntar toda a documentação útil para comprovação do seu direito, 
especialmente em relação às informações que não constam da base de dados do INSS. 
• O ônus é dele, já que o INSS não tem registros do que o segurado alega ter direito. 
• É possível que a documentação seja entregue de forma extemporânea (depois do 
prazo). 
• Nesse caso de extemporaneidade: feitos financeiros do benefício serão fixados na data 
da entrega dessa documentação (art. 574, §6º, da IN 128/2022 do INSS). 
• Entrega extemporânea é aquela que é feita após decisão do INSS ao requerimento 
administrativo ou decisão no âmbito da fase recursal. 
• UNIDADE 07 - QUESTÕES ADMINISTRATIVAS RELEVANTES 
• AULA 03 – JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA 
 
• Justificação Administrativa (JA): procedimento administrativo realizado pelo INSS para 
suprir falta de documento ou comprovação de fato de interesse de beneficiário ou de 
empresa. 
• No caso de comprovação de tempo de serviço, dependência econômica, identidade ou 
relação de parentes – JA deve estar lastreado em início de prova material. 
• A Justificação Administrativa é utilizada para os seguintes formas: 
• Comprovação de tempo de serviço; 
• Dependência econômica; 
• União estável ou outra relação não passível de comprovação em registro público 
• Na JA, interessado pode arrolar de 02 a 06 testemunhas para comprovação do fato ou 
do direito desejado. 
• Possível a realização de serviços externos pelos servidores do INSS – elucidação de 
dúvidas, complementação de informações ou apuração de denúncias junto a 
empresas, órgãos públicos, beneficiários. 
• Serviço externo importante em relação ao trabalho rural, sobretudo para os segurados 
especiais. 
• JA muito importante para os processos administrativos – proporciona ao segurados e 
beneficiários a prova de fatos e circunstâncias, à falta de documentação. 
• Processada perante o INSS, por meio de servidor, a quem cabe avaliar a prova 
produzida. 
• Não há ônus para o segurado. 
• Agiliza o processo para obtenção de benefício 
• Só é admitido quando não se exige documento público ou forma especial. 
• Apenas se admite se ficar evidenciado que não há outra forma de se produzir a prova. 
• Deve haver um início de prova material favorável, se for hipótese de exigência de 
documentação inicial. 
• É ato de instrução de processo de atualização de dadosdo CNIS ou de reconhecimento 
de direitos. 
• Na hipótese de trabalhador rural, para se processar a JA, a jurisprudência entende que 
basta um documento para subsidiar a produção da prova testemunhal. 
• Nos caso de força maior ou caso fortuito, até esse início de prova material tem sido 
dispensado, desde que haja comprovado por ocorrência policial. 
• UNIDADE 07 - QUESTÕES ADMINISTRATIVAS RELEVANTES 
• AULA 01 – REAFIRMAÇÃO DA DER 
• A data de entrada do requerimento administrativo (DER) é data em que é apresentado 
o requerimento administrativo no âmbito do INSS e equivale à data do protocolo da 
petição que pede o benefício. 
• A DER é o principal marco temporal para fixação da data de início do benefício – DIB. 
• Reafirmação da DER é postergar a data de entrada do requerimento administrativo 
para momento em que implementados os requisitos para o benefício previdenciário. 
• Muitas vezes, quando do requerimento administrativo, o interessado ainda não faz jus 
a qualquer prestação previdenciária. 
• A Instrução Normativa 128/2022 do INSS prevê, no seu art. 577, II, e o Decreto 
10.410/2020, no seu art. 176-D: se o segurado não satisfizer as condições para a 
concessão do benefício no momento da DER, mas o faça durante o trâmite do 
processo administrativo até a decisão final, é possível reafirmar a DIB para tal data. 
• Com base na IN 77/2015 do INSS então vigente, o Judiciário passou a admitir a 
reafirmação da DER também no âmbito judicial. 
• O Tema 995 do STJ tem a seguinte redação: 
• “É possível a reafirmação da DER (Data de Entrada do Requerimento) para o momento 
em que implementados os requisitos para a concessão do benefício, mesmo que isso 
se dê no interstício entre o ajuizamento da ação e a entrega da prestação jurisdicional 
nas instâncias ordinárias, nos termos dos artigos 493 e 933 do CPC/2015, observada a 
causa de pedir.“ 
• IMPORTANTE: a reafirmação da DER, no âmbito administrativo, pode ser apurada de 
ofício ou mediante pedido de segurado – em qualquer circunstância depende da 
concordância do segurado. 
• No âmbito judicial, tem-se admitido a reafirmação da DER até a data do julgamento da 
apelação ou da remessa necessária no segundo grau de jurisdição, inclusive até os 
embargos de declaração, se forem opostos (PUIL 5004743-98.2015.4.04.7111/RS). 
• A data a ser considerada como DIB: a do implemento das melhores condições do 
ponto de vista financeiro. 
• A jurisprudência tem fixado a DIB da reafirmação da DER para a data da citação (PUIL 
5024211-57.2015.4.04.7108/RS), quando o implemento dos requisitos se verifica entre 
a decisão final administrativa e o ajuizamento da ação. 
• Se tal implemento se dá depois da citação, a DIB deve ser fixada na data em que 
satisfeitos os requisitos do benefício postulado. 
• A reafirmação da DER, em síntese, é uma possibilidade que se oferece ao interessado 
para que se assegure o máximo aproveitamento de um requerimento administrativo 
formulado. 
• Se tal implemento se dá depois da citação, a DIB deve ser fixada na data em que 
satisfeitos os requisitos do benefício postulado. 
• A reafirmação da DER, em síntese, é uma possibilidade que se oferece ao interessado 
para que se assegure o máximo aproveitamento de um requerimento administrativo 
formulado. 
• UNIDADE 08 – OUTROS INCIDENTES RECURSAIS, LIMITES DECISÓRIOS, INTIMAÇÕES E 
PRAZOS 
• AULA 01 – REVISÃO E CONFLITOS DE COMPETÊNCIA 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
• O art. 179-E do Regulamento da Previdência Social, introduzido pelo Decreto 
10.410/20, prevê a revisão de benefício previdenciário sempre que a Coordenação-
Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista da Secretaria Especial de Previdência 
e Trabalho verificar possível irregularidade ou fraude. 
• É possível o bloqueio cautelar pelo INSS. 
• Procedimento administrativo para reavaliação, pelo próprio INSS, de seus atos. 
• Decorrência do controle interno ou por provocação do beneficiário ou mesmo por 
determinação judicial. 
• São considerados interessados o próprio INSS, a Subsecretaria da Perícia Médica 
Federal, se envolver perícia, e órgãos de controle interno, além do titular do benefício. 
• Se o erro tiver ensejado o indeferimento do benefício, caberá a revisão de ofício ou 
por provocação. 
• A Data do Pedido de Revisão – DPR varia de acordo com quem deflagrou a revisão. 
• Se a revisão é provocada pelo próprio segurado/beneficiário, a DPR deve ser fixada na 
data do requerimento de revisão. 
• Se a revisão é provocada por um pedido interno de servidor, a data desse pedido será 
a DPR. 
• Se a revisão é iniciada a partir de um parecer técnico, a data do parecer será 
considerada para DPR. 
• A DPR é relevante para se fixar os efeitos financeiros decorrentes da revisão. 
• Se a revisão é feita a partir de novos documentos apresentados, os efeitos financeiros 
contam-se a partir dessa juntada. 
• Se a revisão acontecer independentemente de novos elementos apresentados, os 
efeitos financeiros surtem efeito a partir da DPR. 
• No âmbito administrativo, também é possível haver conflito de competência entre 
órgãos administrativos. 
• No caso de conflito negativo ou positivo de competência, envolvendo Juntas de 
Turmas Recursais, caberá ao presidente das Câmaras de Julgamento julgá-lo. 
• Se o conflito de competência envolver Câmaras de Julgamento, caberá ao presidente 
do Conselho de Recursos julgá-lo. 
• Em qualquer hipótese, a decisão é monocrática e irrecorrível, ou seja, não será 
apreciado por órgão colegiado. 
• UNIDADE 08 – OUTROS INCIDENTES RECURSAIS, LIMITES DECISÓRIOS, INTIMAÇÕES E 
PRAZOS 
• AULA 02 – RECLAMAÇÃO PELO DESCUMPRIMENTO DE DECISÃO DO CRPS E LIMITES 
DECISÓRIOS 
• Tal reclamação é cabível nos casos de decisão definitiva do CRPS e descumprimento 
pelo INSS do provimento. 
• Nesse caso, a reclamação é formulada perante as ouvidorias do Poder Executivo 
Federal e do INSS para adoção das medidas cabíveis, inclusive para apuração de 
eventual falta funcional 
• Se o órgão de cumprimento entender remanescer dúvidas, deve encaminhar ao órgão 
prolator da decisão os esclarecimentos que entender necessários no prazo de 30 dias. 
• Se o INSS demonstrar, contudo, que a decisão proferida resultar na concessão de 
benefício desvantajoso àquele que pode ser deferido, caberá demonstrar tal fato e 
assegurar a opção pelo segurado/beneficiário. 
• Uma vez proferida a decisão e transitada em julgado, com o pagamento da primeira 
parcela, torna-se irreversível a implantação. 
• Se o segurado falecer durante a tramitação do processo, cabe ao INSS pagar aos 
dependentes habilitados ou aos sucessores, e não simplesmente se recusar a pagar. 
• Sobre os limites das decisões no processo administrativo, as Juntas de Recursos e as 
Câmaras de Julgamento não podem decidir sobre inconstitucionalidade ou ilegalidade 
de ato normativo. 
• Exceção: se o STF se pronunciar pela inconstitucionalidade por meio de súmula 
vinculante, ação direta, recurso extraordinário com repercussão geral ou pela via 
incidental, após resolução do Senado Federal. 
• Em relação às interpretações feitas pelo STJ, os órgãos decisórios do CRPS pode aplicá-
las em recurso especial repetitivo, em incidente de resolução de demanda repetitiva e 
em súmulas em matéria infraconstitucional. 
• É possível a prolação de decisões monocráticas definitivas, desde que tais decisões 
sejam homologadas pelo presidente do órgão colegiado ou seu substituto 
• Os órgãos julgadores colegiados não poderão antecipar os efeitos de seus acórdão ou 
de resolução. 
• São razões para não conhecimento dos recursos: 
• Intempestividade; 
• Ilegitimidade das partes; 
• Os órgãos julgadores colegiados não poderão antecipar os efeitos de seus acórdão ou 
de resolução. 
• São razões para não conhecimento dos recursos: 
• Intempestividade;

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