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Produção de Raios X - 1 (fundamentos tecnológicos) Produção de RX Os RX são produzidos por conversão de energia. O processo ocorre no interior da ampola e tem início quando elétrons são produzidos termoionicamente no filamento do cátodo, devido a passagem de corrente (mA), e são acelerados em direção ao ânodo através de uma diferença de potencial (kVp) aplicada entre o cátodo e o ânodo por um gerador. No interior da ampola estão os eletrodos que são desenhados de tal forma que os elétrons produzidos no elétrodo negativo ou filamento (cátodo) sejam acelerados através de uma alta diferença de potencial (kVp) em direção ao eletrodo positivo (ânodo). Os principais elementos de uma ampola de raios X, com ânodo fixo, são: ampola de vidro; cátodo; e ânodo Produção de RX (ampola) É necessário que a ampola de vidro que envolve o cátodo e ânodo seja mantida em vácuo. Para isso ela deve ser resistente a pressão gerada pelo vácuo e ao calor intenso gerado durante o processo de produção de RX. Caso não tenhamos vácuo os elétrons que são emitidos em direção ao ânodo podem chocar-se com moléculas do ar e produzir outros elétrons de menor energia (elétrons secundários, não confunda com radiação secundária) que também serão acelerados em direção ao ânodo. A energia dos elétrons secundários não pode ser satisfatoriamente controlada, o que causaria variação na energia dos fótons gerados. Este problema pode ser minimizado com a ampola mantida em vácuo. Para ajudar na dissipação do calor gerado durante a produção de RX a ampola é imersa em óleo. elétrons acelerados cátodo filamento capa focalizadora alvo de tungstênio ânodo de cobre ampola de vidro Produção de RX (cátodo) O terminal negativo do tubo de raios X é chamado de cátodo. O cátodo tem três elementos principais: O filamento que é a fonte de elétrons para o tubo de raios X. Normalmente há 2 filamentos: foco grosso (geralmente usado para grandes estruturas) e foco fino (geralmente usado quando é necessário visualizar mais detalhes); Os fios que aplicam a voltagem no filamento (em torno de 10V) e a amperagem (mA), que aquece o filamento (2000 a 3000oC) e faz com que os elétrons sejam emitidos termoionicamente; e A capa focalizadora, responsável pela convergência do feixe de elétrons sobre uma área desejada do ânodo. O número (quantidade) de fótons de raios X produzido depende inteiramente do número de elétrons que são acelerados em direção ao ânodo, portanto a quantidade de fótons de RX depende diretamente do mA. Produção de RX (cátodo) Filamento: foco fino Filamento: foco grosso Capa focalizadora Produção de RX (cátodo) (efeito da capa focalizadora) ânodo rotatório Capa focalizadora carregada negativamente filamento Ponto focal (foco fino)Conjunto do cátodo fios Ponto focal sem a capa focalizadora Os elétrons liberados termoionicamente pelo filamento se repelem, por terem a mesma carga, e a capa focalizadora tem a função de anular essa repulsão e focalizar o elétrons em uma menor área do alvo (veja a fig.). Ponto focal pode ser definido com a região do alvo atingida pelo feixe de elétrons. É nessa região que será gerados o fótons do feixe de raios X. Sendo assim, quanto menor for a região do alvo atingida pelos elétrons, menor será o ponto focal e maior será a resolução do aparelho. Portanto, o ponto focal é um fator importante no momento da aquisição de um equipamento radiológico. O ponto focal ou foco é caracterizado: pelo comprimento e largura; ou pelo diâmetro. Produção de RX (ponto focal ou foco) Menor ponto focal Maior a resolução do aparelho Maior aquecimento do tubo Produção de RX (ponto focal ou foco) O tamanho do ponto focal depende dos seguintes fatores: Do tamanho e formato do filamento; Da capa focalizadora e seu formato; Da posição do filamento na capa focalizadora; Da distância entre o ânodo e cátodo; e Da corrente no filamento (mA).
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