Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
0 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE NOVA FRIBURGO AUTORES: Camila Possal de Paula Gustavo Procópio da Cunha Hallef Silva Batista Hebertt G. Santos Chaves Hugo Fonseca Barbosa Jean Ribeiro Exposto Mateus Bragança F. Lopes PROMOÇÃO DA SAÚDE CUIDADO HUMANIZADO EM SAÚDE NOVA FRIBURGO, RIO DE JANEIRO NOVEMBRO, 2014 1 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE NOVA FRIBURGO Camila Possal de Paula Gustavo Procópio da Cunha Hallef Silva Batista Hebertt G. Santos Chaves Hugo Barbosa Fonseca Jean Exposto alguma Mateus Bragança Lopes PROMOÇÃO DA SAÚDE CUIDADO HUMANIZADO EM SAÚDE Trabalho apresentando à disciplina de Odontologia em Saúde Coletiva como requisito parcial para obtenção da aprovação semestral no curso de ODONTOLOGIA pela UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - POLO DE NOVA FRIBURGO. NOVA FRIBURGO, RIO DE JANEIRO NOVEMBRO, 2014 2 Sumário 1. Introdução..................................................................................... 03 2. Desenvolvimento........................................................................... 04 2.1 Revisão de literatura............................................................... 04 3. Objetivos ....................................................................................... 08 4. Materiais e Métodos....................................................................... 09 4.1 Aspectos éticos da pesquisa ...................................................10 5. Resultados .................................................................................... 11 6. Resultados e discussão ................................................................ 20 7. Conclusão ..................................................................................... 22 8. Referencias bibliográficas ............................................................. 23 9. Anexos .......................................................................................... 25 3 1. Introdução O assunto do referido trabalho é sobre promoção da saúde, que segundo a Carta de Ottawa (1986) - documento que se tornou referência para as demais Conferências Internacionais de Promoção da Saúde é definido como a capacitação das pessoas e comunidades para modificarem os determinantes da saúde em benefício da própria qualidade de vida. A definição acima chama atenção para o almejado protagonismo das pessoas e a necessidade de que sejam “empoderadas”, isto é, desenvolvam a habilidade e o poder de atuar em benefício da própria qualidade de vida, enquanto sujeitos e/ou comunidades ativas. Pressupõe que o setor saúde não dá conta da saúde em seu conceito ampliado de qualidade de vida, relacionada aos determinantes sociais, e deve necessariamente articular-se aos demais setores, como: educação, trabalho, economia, justiça, meio ambiente, transporte, lazer, produção e consumo de alimentos, além do acesso aos serviços de saúde. A Promoção da Saúde contempla cinco amplos campos de ação: implementação de políticas públicas saudáveis, criação de ambientes saudáveis, capacitação da comunidade, desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas e reorientação de serviços de saúde. Nesta visão, são estratégias da Promoção da Saúde: intersetorialidade, mobilização social e de parcerias na implementação das ações, sustentabilidade, defesa pública da saúde (advocacia). Sua meta é a qualidade de vida e seus princípios norteadores são a eqüidade, a paz e a justiça social. 4 2. Desenvolvimento 2.1 Revisão de literatura Foram estudadas as distintas características das definições de promoção em saúde e de educação em saúde. Introduzem-se duas diferentes abordagens para planejamento, denominadas PRECEDE/PROCEDE e HELPSAM. Mostra-se que as soluções podem ser conduzidas em dois sentidos, incluindo mudanças individuais e mudanças organizacionais. No momento, a principal preocupação dessa área de ação não é mais a inexistência de um campo específico de conhecimento técnico-científico, como sucedeu nos primórdios da educação em saúde no Brasil (l925), mas a incapacidade política de implantar atividades educativas racionalmente planejadas; as atividades de educação em saúde têm utilizado o esquema de planejamento proposto por Green e Kreuter, PRECEDE (o mais amplamente aplicado em várias partes do mundo.) Define-se promoção em saúde como uma combinação de apoios educacionais e ambientais que visam a atingir ações e condições de vida conducentes à saúde. (GREEN, L.W.et al. Health education planning, a diagnostic approach. California, Mayfield Publishing Company, 1980) As ações que dizem respeito às atividades da promoção em saúde são bastante distintas. Seus objetivos afastam-se das pressões cotidianas do aqui e do agora de programas de saúde pública, buscando a participação de outras pessoas, cuja atuação se processa fora do espaço tradicional onde os programas são em geral implementados. Por essa razão, não poderiam se prender apenas ao esquema teórico PRE- CEDE, portanto, acompanhando essa emergente necessidade de reformulação da atuação profissional, Green e Kreuter buscaram justificar a complementação do espaço técnico apresentado no esquema PRECEDE, mediante o esquema PROCEDE, delimitando assim as novas propostas de atuação técnica da educação e da promoção em saúde, explicando a diferença dos objetivos dessas duas subpartes de uma mesma, porém mais completa intervenção social (GREEN, L.W.et 5 al. Health education planning, a diagnostic approach. California, Mayfield Publishing Company, 1980) Muitos são os princípios e os conceitos que fundamentam a prática da educação em saúde e da promoção em saúde. Sem cair em armadilhas reducionistas, à educação em saúde (não confundir com informação em saúde) procura desencadear mudanças de comportamento individual, enquanto que a promoção em saúde, muito embora inclua sempre a educação em saúde, visa a provocar mudanças de comportamento organizacional, capazes de beneficiar a saúde de camadas mais amplas da população, particularmente, porém não exclusivamente, por meio da legislação. (GREEN, L.W.et al. Health education planning, a diagnostic approach. California, Mayfield Publishing Company, 1980) A Carta de Ottawa vem para reafirmar a importância da promoção de saúde e aponta a influência dos aspectos sociais sobre a saúde dos indivíduos e da população. Nesta, a educação em saúde integra parcela do entendimento de promoção a saúde abrangendo em seu conjunto cinco estratégias: políticas públicas saudáveis, ambientes favoráveis à saúde, reorientação dos serviços de saúde, reforço da ação comunitária e desenvolvimento de habilidades pessoais. O conceito de saúde foi definido, inicialmente, por Leavell e Clark, no esquema da História natural da Doença. O moderno movimento de promoção de saúde surge no Canadá com a divulgação do “Informe Lalonde”. Foi o primeiro documento a denominação de promoção de saúde. Encontra-se no “campo de saúde” e introduzem os chamados “determinantes de saúde”. Na década de 80, a OMS (Organização Mundial da Saúde) produziu um documento preliminar contendoos elementos-chave da nova promoção de saúde, reforçando a determinação social da saúde. Ela divulga 38 metas para a educação em saúde na Europa e em 1986, torna público o documento “Healthy city movement”. Esse documento se tornou o marco da promoção à saúde. Assim, a saúde passa a ser reconhecida como determinante social. (Ferreira JR, Buss P. Atenção primária e promoção dasaúde. In: Ministério da Saúde (BR). As cartas da promoção da saúde. Brasília: O Ministério; 2002. p.7-18.) 6 Com relação a elaboração da política pública saudável para promover a saúde, o Estado deve ser visto não como centralizador de seu caráter público, mas tendo compromisso com o interesse público e o bem comum. A saúde não pode ser pensada como iniciativa exclusiva do Estado. Deve ser elaborada com os diversos segmentos da sociedade, envolvendo a sociedade civil, os setores públicos e privados. (Carvalho RS. Saúde coletiva e promoção á saúde: uma reflexão sobre os temas do sujeito e da mudança [tese]. Campinas (SP): Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas/Unicamp; 2002.) Um dos focos da promoção de saúde é alcançar a equidade. (Buss P. Uma introdução ao conceito de promoção da saúde. In: Czeresnia D, Freitas CM, organizadores. Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2003. p.15-38.) A incorporação das premissas e estratégias de promoção a saúde deve caminhar para a busca da superação das iniquidades sociais e de saúde, e isto requer autonomia e respeito dos sujeitos que através de uma relação de diálogo entre os diversos atores sociais possam melhorar o acesso dos serviços de saúde e adquirir o direito a saúde e a cidadania. (Carvalho RS. Saúde coletiva e promoção á saúde: uma reflexão sobre os temas do sujeito e da mudança [tese]. Campinas (SP): Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas/Unicamp; 2002.) Para falar da promoção da saúde no Brasil que é indissociável da reflexão sobre a criação e a luta contínua que travamos pela melhoria do Sistema Único de Saúde. Falar da promoção da saúde no Brasil é também falar do enfretamento de uma realidade de iniquidades históricas de grandes proporções, que colocam desafios cotidianos não só ao setor saúde, mas a todos aqueles que constroem políticas públicas. Nessa direção, começamos marcando o ponto de comunicação mais óbvio entre a promoção da saúde e o Sistema Único de Saúde – o conceito ampliado de saúde e aquilo que ele implica. Só podemos propor uma Política Nacional de Promoção da Saúde que seja transversal, que opere articulando e integrando as várias áreas técnicas especializadas, os vários níveis de complexidade e as várias políticas específicas de 7 saúde. (BUSS, P. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciência & Saúde Coletiva, 5(1): 163-177,2000.) A promoção da saúde é uma importante resposta à medida que destaca ações intersetoriais como estratégia de enfrentamento dos problemas quanto ao meio ambiente, à urbanização, à segurança alimentar e nutricional, ao desemprego, à moradia, ao uso de drogas lícitas e ilícitas, etc.(SANTOS B. S. Um Discurso sobre as Ciências. Porto: Afrontamento). Entretanto, lembramos do cuidado que precisamos ter quando construímos caminhos para não os considerar soluções acabadas e definitivas. Assim, é importante que nos perguntemos: de que se trata quando falamos de ações intersetoriais? Como podemos construí-las de maneira que signifiquem algo diferente que a soma de olhares sobre um objeto? (SCILIAR, M. A Paixão Transformada: história da medicina na literatura. São Paulo, Companhia das Letras, 1996.) No Brasil, a Promoção à Saúde faz-se presente em diversos projetos, merecendo destaque o seu papel estruturante na proposta de Vigilância à Saúde, junto ao Projeto Cidades Saudáveis, na Educação em Saúde e em inúmeros projetos de reorganização da rede básica vinculados ao Programa Saúde da Família. 8 3. Objetivos O presente trabalho foi realizado na Universidade Federal Fluminense, na Faculdade de Odontologia – Pólo de Nova Friburgo e tem como objetivo avaliar a opinião dos usuários, funcionários, professores e alunos do primeiro e nono período da Faculdade de Odontologia, quanto à temática de cuidado humanizado em suas ações diárias no ambiente profissional. 9 4. Materiais e Métodos Foram entrevistados ao todo, oitenta e oito pessoas no período compreendido entre os dias três de novembro a dezenove de novembro do ano de 2014, sendo que desse total trinta pessoas foram pacientes/usuários, dezesseis alunos do nono período, vinte e três alunos do primeiro período, seis professores que atuam na clinica odontológica e 13 servidores/funcionários. Desse total, 34,09% representam os pacientes, 18,18% representam os alunos do nono período, 26,13% representam os alunos do primeiro período, 6,81% representam os professores e 14,77% representam os servidores. As perguntas das entrevistas – estão anexadas no final do trabalho foram divididas de acordo com o público-alvo e como tal, apresenta perguntas especificas para cada grupo entrevistado. Os pacientes/usuários responderam um total de trinta e três questões, os estudantes do primeiro e nono período responderam respectivamente a dez e vinte duas perguntas; os professores responderam a quinze perguntas e os funcionários responderam um total de trinta e três perguntas. A abordagem aos entrevistados foi feita de acordo com as orientações gerais para a abordagem no campo de pesquisa e os mesmo assinaram um termo de consentimento livre – ambos os termos estão anexados ao final do trabalho no qual autorizaram os entrevistandos a realizarem o questionário, sendo que estes deixaram bem claro a total autonomia para a interrupção das perguntas a qualquer momento, seguindo, portanto, as normas éticas prevista pelo conselho de bioética. Ao final da entrevista os pesquisadores responderam um questionário – encontra-se localizado ao final do trabalho sobre vários aspectos, dentre eles a ambiência do local entrevistado, o critério utilizado para a realização da marcação de consultas para os pacientes, bem como o tempo que o usuário demora para ser chamado para a marcação da consulta e superior tempo para o atendimento, visto que este já está na sala de espera. Os dados obtidos das entrevistas serão analisados em forma de gráfico e em forma de tabela. 10 4.1 Aspectos éticos da pesquisa O presente trabalho seguiu todos os procedimentos éticos de pesquisa seguindo as técnicas adequadas descritas na literatura e não implicarão em qualquer risco físico, psicológico ou moral ou prejuízo aos indivíduos participantes. O estudo cumprirá as “Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos” (196/96) editadas pela Comissão Nacional de Saúde. A pesquisa poderá ser interrompida a qualquer momento, seja por parte dos pesquisados, seja por parte dos pesquisadores, sem causar qualquer prejuízo às partes envolvidas. Toda e qualquer informação pessoal referente aos voluntários desta pesquisa será mantida em sigilo, garantindo a confidencialidade da pesquisa e a proteção das identidades e das informações pessoais dos participantes da pesquisa. 11 5.Resultados Os resultados serão avaliados na forma de gráficos, entretanto, aqui serão mostrados apenas os gráficos das perguntas ao qual o grupo achou mais interessante demonstrar, entretanto,ao final do trabalho estão anexados o restante dos gráficos, bem como a avaliação dos mesmos. Gráficos referentes aos alunos do nono período Pergunta 1 Por que você escolheu cursar odontologia? Pergunta 02 Você pretende se especializar? 13% 33% 27% 7% 20% Pretende se especializar? Protese Endodontia Ortodontia Pacienetes especiais 12 Pergunta 04 O que você entende por cuidado humanizado Pergunta 19 Você traria um parente seu para ser tratado na faculdade pelos acadêmicos do curso de odontologia sob orientação dos professores? 13 Gráficos referentes aos alunos do primeiro período Pergunta o1 Por que você escolheu cursar Odontologia? Pergunta 02 Você pretende se especializar em alguma área? 0 2 4 6 8 10 12 Sonho Influência Interesse na área Por que ODONTOLOGIA? Por que ODONTOLOGIA? 14 Pergunta 04 O que você entende por cuidado humanizado ou humanização da atenção à saúde? Pergunta 07 Você traria um parente seu para ser tratado na faculdade pelos acadêmicos do curso de odontologia sob orientação dos professores? 15 Os entrevistados que responderam a questão pelo depende, justificaram dizendo que depende do caso clínico do familiar. Gráficos referentes aos professores 16 Pergunta 10 Você traria um parente seu para ser tratado na faculdade pelos acadêmicos do curso de odontologia sob orientação dos professores? Em relação a essa pergunta, os entrevistados que responderam NÃO justificou através de alguns alunos não terem perfil e maturidade de um profissional e o grau de complexidade também iria interferir, em relação aos entrevistados que responderam que DEPENDERIA a justificativa foi dada através que tanto os alunos, quanto a faculdade necessita de aprimoramento e que muitas vezes o caso poderia ter uma baixa resolutividade. Pergunta 11 O que você entende por cuidado humanizado ou humanização da atenção à saúde? 17 Pergunta 14 Que dificuldades você encontra no dia-a-dia para a realização do seu trabalho de forma humanizada? Gráficos referentes aos usuários 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 18 anos 21 - 29 anos 30 - 39 anos 40 - 49 anos Mais de 50 anos Idade Idade 18 Pergunta 32 O que o (a) senhor (a) entende por humanização? 40% 60% Sexo Masculino Feminino 0 2 4 6 8 10 12 Não respondeu Ter direitos iguais Tratar bem as pessoas Não sabe Humanização Humanização 19 Gráficos referentes aos servidores 20 6. Resultados e discussão Humanizar a assistência é uma preocupação constante dos profissionais da área da saúde. Para tanto tem sido buscada a melhoria das práticas de cuidado, adotando novos modelos assistenciais, onde a equipe multidisciplinar que atende as pessoas, não se preocupe apenas com a doença, mas com o ser humano como um todo. (BRASIL. Ministério da Saúde. Plano nacional para o controle integrado das DCNT - promoção da saúde, vigilância, prevenção e assistência. Brasília, 2006. Em revisão.) Visto isso à pesquisa realizada pode comprovar que a maioria dos entrevistados sabe e pratica o cuidado humanizado, mesmo que não da forma mais correta, mas, para uns cuidado humanizado é ter respeito com o próximo, para outros e ter uma maior aproximação com o paciente ou mesmo com os servidores da faculdade. Essa ainda mostrou que mesmo o tempo sendo escasso nas clinicas, muitos professores praticam o cuidado humanizado, para muitos já saber o nome do paciente já está criando um cuidado, um vinculo com o paciente. Falando sobre cuidado humanizado, a Política de Humanização da Assistência à Saúde oferece uma Diretriz que contempla os projetos de caráter humanizador desenvolvidos nas diferentes instituições de saúde, estimulando a criação e sustentação permanente de espaços de comunicação e divulgação, que facultem e estimulem a livre expressão, o diálogo, o respeito e a solidariedade. Sobre isso, pode se comparar o cuidado humanizado em profissionais da área da saúde, mais especificadamente nos enfermeiros. Estes são os profissionais da saúde ao qual mais praticam o cuidado humanizado, isso é comprovado por uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, no qual mostra que a cada dez profissionais da saúde quatro são enfermeiros e destes três praticam a humanização no ambiente hospitalar. (Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2006. 51p.) Na faculdade de odontologia, pode se observar que de um total de 100% dos entrevistados, 80,68% sabem ou praticam o cuidado humanizado, seja no ambiente universitário, seja no ambiente familiar. Isso demonstra que as pessoas ainda são 21 capazes de ajudar umas as outras, entretanto, ainda deve haver mudanças neste sentido, pois, muitas pessoas ainda trabalham de forma individual, mecanizada, ou seja, ainda esta trabalhando de acordo com os paradigmas cartesiano. Para essa mudança de prática é necessário conhecer a percepção dos profissionais da área da saúde sobre humanização no atendimento seja ele hospitalar ou odontológico, entendendo e identificando o que eles sabem sobre o assunto, sendo assim, será possível elaborar uma proposta de atendimento humanizado, onde as dúvidas sobre esse assunto possam ser esclarecidas. Na percepção do grupo o conhecimento, sobre a importância deste atendimento humanizado e os benefícios que serão alcançados com essas práticas será fator estimulante para as práticas humanizadas, conforme a política de humanização preconizada pelo Ministério de Saúde, e que, ainda não está plenamente implantada em muitas instituições hospitalares ou odontológicas por falta de conhecimento e incentivo efetivo e continuado aos trabalhadores. Neste sentido, este estudo objetiva oferecer subsídios para a compreensão da importância do atendimento humanizado pela odontologia, bem como poderá servir de fonte de aprimoramento de conhecimentos sobre cuidado humanizado em saúde na faculdade de odontologia da Universidade Federal Fluminense. 22 7. Conclusão O cuidado em saúde tem sido um tema bastante debatido. Muitas são as noções e concepções propostas. A produção sobre o tema é numerosa e a demanda por um “cuidado humanizado” é recorrente. O trabalho se propôs a analisar o “cuidado humanizado em saúde” a partir de pesquisas realizadas na Universidade Federal Fluminense – Faculdade de Odontologia – pólo de Nova Friburgo, com isso, observamos uma problematização das noções de humano, saúde e cuidado, bem como das práticas de saúde. Este propõe uma noção de cuidado que emerge no encontro entre as diferentes pessoas que habitam os serviços de saúde, numa relação em que o outro é percebido como um “todo”. Diante do exposto, podemos dizer que a saúde é produzida no próprio viver, é oresultado de um processo de construção de si e do mundo, é estar na vida com o outro, construída na diferença. Diferença como experiência da existência do outro, não como objeto, mas como um outro sujeito, co-presente no mundo das relações intersubjetivas. Este se baseou na Política Nacional de Humanização e para tal, buscou ampliar seus conceitos de forma que o grupo conseguisse observar o cuidado humanizado de vários lados; com isso percebemos a importância de sempre estar tentando realizar o cuidado humanizado, seja ela na vida profissional, seja ele na vida pessoal. 23 8. Referências bibliográficas ALMEIDA FILHO, N. Transdisciplinaridade e Saúde Coletiva. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1/2, p. 63-72, 1997. Acesso em 23 de outubro de 2014. AYRES, J. R. C. M. Uma concepção hermenêutica de saúde. Physis, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 43-62, jan./abr. 2007. Acesso em 23 de novembro de 2014. BARROS, M. E. B.; BENEVIDES, R. A potência formativa do trabalho em equipe no campo da saúde. In: PINHEIRO, R.; BARROS, M. E. B; MATOS, R. A. (Org.). Trabalho em equipe sob o eixo da integralidade: valores, saberes e práticas. Rio de Janeiro: ABRASCO, 2007. p. 75-84. Acesso em 14 de novembro de 2014. BENEVIDES, R.; PASSOS, E. A humanização como dimensão pública das políticas de saúde. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, p. 561-571, jul./set. 2005. Acesso em 26 de novembro de 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2004. Acesso em 21 de novembro de 2014. BUSS, P. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciência & Saúde Coletiva, 5(1): 163-177,2000. Acesso em 15 de novembro de 2014. Buss P. Uma introdução ao conceito de promoção da saúde. In: Czeresnia D, Freitas CM, organizadores. Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2003. p.15-38. Acesso em 15 de novembro de 2014. Carvalho RS. Saúde coletiva e promoção á saúde: uma reflexão sobre os temas do sujeito e da mudança [tese]. Campinas (SP): Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas/Unicamp; 2002.). Acesso em 19 de novembro de 2014. COELHO, M. T. Á. D.; ALMEIDA FILHO, N. de. Conceitos de saúde em discursos contemporâneos de referência científica. História, Ciência e Saúde Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 315-333, abr./jun. 2002. Acesso em 12 de novembro. DEJOURS, C. Por um novo conceito de saúde. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, v. 14, n. 54, 1986. Acesso em 26 de novembro 24 GOMES, R. S.; SILVA, F. H; PINHEIRO, R.; BARROS, M. E. B. Integralidade como princípio ético e formativo: um ensaio sobre os valores éticos para estudos sobre o trabalho em equipe em saúde. In: PINHEIRO, R.; BARROS, M. E. B; MATOS, R. A. (Org.). Trabalho em equipe sob o eixo da integralidade: valores, saberes e práticas. Rio de Janeiro: ABRASCO, 2007. p. 19-36. Acesso em 31 de outubro. GREEN, L.W.et al. Health education planning, a diagnostic approach. California, Mayfield Publishing Company, 1980. Acesso em 21 de novembro de 2014. LUZ, M. T. Políticas de descentralização e cidadania: novas práticas de saúde no Brasil atual. In: PINHEIRO, R.; MATTOS, R. A. (Org.). Os sentidos da integralidade na atenção e no cuidado à saúde. Rio de Janeiro: ABRASCO, 2001. p. 17-38. Acesso em 26 de outubro de 2014. SANTOS B. S. Um Discurso sobre as Ciências. Porto: Afrontamento. Acesso em 18 de novembro de 2014. Santos Filho SB. Perspectivas da avaliação na Política Nacional de Humanização em Saúde: aspectos conceituais e metodológicos. Ciências Saúde Colet. julho- agosto2007; 12(4):999-1010. Acesso em 21 de novembro de 2014. SCILIAR, M. A Paixão Transformada: história da medicina na literatura. São Paulo, Companhia das Letras, 1996. Acesso em 13 de novembro de 2014. 25 ANEXOS 26 Resposta dos entrevistados – USUARIOS QUESTÃO 01 2 PESSOAS COM 18 ANOS 3 PESSOAS COM 21 - 29 ANOS 4 PESSOAS COM 30 - 39 ANOS 2 PESSOAS COM 40 - 49 ANOS 2 PESSOAS COM MAIS DE 50 ANOS QUESTÃO 02 6 pessoas do sexo MASCULINO 7 pessoas do sexo FEMININO QUESTÃO 03 4 pessoas possuem ensino BÁSICO DE 1ª A 4ª SÉRIE 3 pessoas possuem ensino FUNDAMENTAL DE 5ª A 8ª SÉRIE 4 pessoas possuem ensino MÉDIO SEGUNDO GRAU 2 pessoas possuem ensino SUPERIOR QUESTÃO 05 1 pessoa acha que DEMOROU MUITO 3 pessoas acham que DEMOROU 5 pessoas acham que DEMOROU POUCO 5 pessoas acham que NÃO DEMOROU QUESTÃO 06 2 pessoas acham que MUITO SATISFEITO 11 pessoas acham que SATISFEITO 1 pessoa acha que INSATISFEITO 27 QUESTÃO 07 2 pessoas acham que DEMOROU 5 pessoas acham que DEMOROU POUCO 5 pessoa acham que NÃO DEMOROU QUESTÃO 08 2 pessoas responderam que estão MUITO SATISFEITO 10 pessoas responderam que estão SATISFEITO 1 pessoa não respondeu 11 SIM 2 NÃO QUESTÃO 09 13 pessoas responderam SIM 12 pessoas responderam SIM 1 pessoas respondeu NÃO 7 pessoas responderam que estão MUITO SATISFEITO 6 pessoas responderam que estão SATISFEITO QUESTÃO 10 5 pessoas responderam que estão MUITO BOM 7 pessoas responderam que estão BOM 1 pessoa acha que está REGULAR QUESTÃO 11 3 pessoas acham que está MUITO BOM 8 pessoas acham que está BOM 3 pessoas que está REGULAR 28 QUESTÃO 12 7 pessoas responderam SIM 7 pessoas responderam NÃO QUESTÃO 13 8 pessoas responderam SIM 3 pessoas responderam NÃO 2 pessoas responderam NÃO RECEBIDO QUESTÃO 14 14 pessoas responderam SIM QUESTÃO 15 10 pessoas responderam SIM 4 pessoas responderam NÃO QUESTÃO 16 11pessoas responderam SIM 2 pessoas responderam NÃO QUESTÃO 17 13 pessoas responderam SIM 1pessoa respondeu ELES NÃO ME ORIENTARAM QUESTÃO 18 11 pessoas responderam SIM 2 pessoas responderam NÃO 1 pessoas respondeu NÃO RECEBI ORIENTAÇÕES 29 QUESTÃO 19 13 pessoas responderam SIM 1pessoa respondeu NÃO QUESTÃO 20 14 pessoas responderam SIM 1pessoa respondeu NÃO QUESTÃO 21 13 pessoas responderam SIM 2 pessoas responderam NÃO QUESTÃO 22 8 pessoas responderam SIM 6 pessoas responderam NÃO QUESTÃO 23 10 pessoas responderam SIM 2 pessoas responderam NÃO QUESTÃO 24 10 pessoas responderam SIM 4 pessoas responderam NÃO QUESTÃO 25 14 pessoas responderam SIM QUESTÃO 26 4 pessoas responderam SIM 9 pessoas responderam NÃO 30 QUESTÃO 27 12 pessoas responderam SIM 1 pessoa respondeu NÃO QUESTÃO 28 6 pessoas responderam que estão MUITO SATISFEITO 7 pessoas responderam que estão SATISFEITO QUESTÃO 29 3 pessoas responderam SIM 10 pessoas responderam NÃO QUESTÃO 30 8pessoas responderam MELHOR QUE IMAGINAVA 2 pessoas responderam IGUAL AO QUE IMAGINAVA 3 pessoas responderam NÃO IMAGINAVA 31 ENTREVISTAS COM ALUNOS DO 1º PERÍODO QUESTÃO 03 8 PESSOAS - PÚBLICO E PRIVADO 12 PESSOAS - AMBOS 3 PESSOAS - MILITAR QUESTÃO 0512 pessoas acham que a situação é BOA 5 pessoas acham que a situação REGULAR 6 pessoas acham que a situação ÓTIMA QUESTÃO 06 13 pessoas acham a situação BOA 6 pessoas acham a situação ÓTIMA 4 pessoas acham a situação REGULAR QUESTÃO 07 18 pessoas responderam SIM 2 pessoas responderam NÃO 5 pessoas responderam DEPENDE QUESTÃO 08 5 pessoas acham que deve-se dar PALESTRAS 6 pessoas acham que deve ter ASSISTÊNCIA SOCIAL 5 pessoas citaram as ATIVIDADES DA SEMANA ACADÊMICA 7 pessoas responderam NÃO SOUBERAM RESPONDER 32 QUESTÃO 09 6 pessoas deixaram a pergunta em BRANCO 7 pessoas acham que FALTA DE COMUNICAÇÃO 10 pessoas responderam a FALTA DE TEMPO QUESTÃO 10 5 pessoas deixaram a pergunta em BRANCO 15 pessoas responderam que deve haver MAIOR INTERAÇÃO 3 pessoas responderam que deve haver mais PALESTRAS 33 ENTREVISTA COM OS PROFESSORES QUESTÃO 01 3 pessoas são do sexo FEMININOS 3 pessoas são do sexo MASCULINOS QUESTÃO 02 3 PESSOAS DE 30 A 39 anos de idade 2 PESSOAS DE 40 A 49 anos de idade 1 pessoa ACIMA DE 50 anos de idade QUESTÃO 03 2 pessoas responderam que pretendem se especializar em cirurgia Bucomaxila facial 1 pessoa respondeu que pretende se especializar em ODONTOPEDIATRIA 1 pessoa respondeu que pretende se especializar em ENDODONTIA 1 pessoa respondeu que pretende se especializar em DENTÍSTICA 1 pessoa respondeu que pretende se especializar em PERIODONTIA QUESTÃO 04 1 pessoa respondeu que a situação está ÓTIMA 1 pessoa respondeu que a situação está REGULAR 4 pessoas responderam que a situação está BOA QUESTÃO 05 5 NUNCA 1 POUCOS QUESTÃO 06 4 pessoas responderam que a situação está BOA 2 pessoas responderam que a situação está ÓTIMA 34 QUESTÃO 07 5 pessoas responderam que a situação está BOA 1 pessoa respondeu que a situação está ÓTIMA QUESTÃO 08 6 NUNCA QUESTÃO 09 6 pessoas responderam SIM QUESTÃO 10 4 pessoas responderam NÃO 2 pessoas responderam que DEPENDE QUESTÃO 11 4 pessoas respondeu que deve tratar a PESSOA COMO UM TODO 1 pessoa respondeu que deve haver a VISÃO DO SER 1 pessoa respondeu que deve haver RESPEITO DO SER HUMANO QUESTÃO 12 3 É AVALIADO 2 NÃO 1 DEPENDE DO PACIENTE QUESTÃO 13 PREVENÇÃO VÍNCULO DO ALUNO COM O PACIENTE PREOCUPAÇÃO DA DIREÇÃO 35 QUESTÃO 14 1 pessoa respondeu NÃO ESPECIFICADO 2 pessoa respondeu que a FALTA DE TEMPO 3 pessoas responderam que NÃO CONTINUIDADE DO PACIENTE NA CLÍNICA QUESTÃO 15 DIMINUIÇÃO DO FLUXO DE PACIENTE ABORDAGEM MAIS PROFUNDA AMBIENTE MAIS ACOLHEDOR ATIVIDADES QUE VISAM O LADO MAIS HUMANO 36 ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO OU QUESTIONÁRIO RESPONDIDO PELOS ENTREVISTADORES QUESTÃO 01 4 pessoas responderam SIM QUESTÃO 02 4 pessoas responderam SIM QUESTÃO 03 3 pessoas responderam SIM 1 pessoa respondeu NÃO QUESTÃO 04 2 pessoas responderam NÃO 2 pessoas responderam SIM QUESTÃO 05 3 pessoas responderam SIM 1 pessoa respondeu NÃO QUESTÃO 06 4 pessoas responderam SIM QUESTÃO 07 3 pessoas responderam SIM 1 pessoa respondeu NÃO QUESTÃO 08 2 pessoas responderam que a situação está MUITO BOM 1 pessoa respondeu que a situação está REGULAR 37 1 pessoa acha que a situação está BOA QUESTÃO 09 2 pessoas responderam que a situação está MUITO BOA 1 pessoa respondeu que a situação está REGULAR 1 pessoa respondeu que a situação está BOA QUESTÃO 10 2 pessoas responderam NÃO 2 pessoas responderam SIM QUESTÃO 11 2 pessoas responderam SIM 2 pessoas responderam NÃO QUESTÃO 12 3 pessoas responderam SIM 1 pessoas responderam NÃO QUESTÃO 13 2 PESSOAS ATÉ 2 SEMANAS 1 PESSOA DE 3 SEMANAS A 1 MÊS 1 PESSOA MAIS DE 2 MESES QUESTÃO 14 3 pessoas responderam que a situação está SATISFATÓRIO 1 pessoas responderam que a situação está INSATISFATÓRIO 38 QUESTÃO 15 4 PESSOAS DE 30 MINUTOS A 1 HORA QUESTÃO 16 1 pessoa respondeu que a situação está INSATISFATÓRIO 3 pessoa respondeu que a situação está SATISFATÓRIO QUESTÃO 17 4 SIM / 4 SIM QUESTÃO 18 4 pessoas responderam SIM QUESTÃO 19 4 SIM QUESTÃO 20 4 SIM QUESTÃO 21 4 SIM QUESTÃO 22 3 SIM 1 NÃO QUESTÃO 23 4 SIM 39 QUESTÃO 24 FALTA DE TEMPO FALTA DE INTERESSE QUESTÃO 25 AUMENTO DA DIVULGAÇÃO DO QUE SE TRATA O CUIDADO HUMANIZADO QUALIFICAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS AMPLIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS DEDICAÇÃO DO ALUNO AO PROFESSOR 40 GRÁFICOS RELACIOANDOS AOS USUARIOS 41 42 43 44 45
Compartilhar