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III CONGRESSO BRASILEIRO DE GENÉTICA FORENSEII JORNADA LATIONOAMERICANA DE GENÉTICA FORENSE
10 a 13 de maio de 2011 • PUCRS • Porto Alegre • RS • Brasil
Mutação MDR1-nt230(del4) em cães da raça collie
Silva, CR4,6*; Baja, KG1,3; Pereira, KSS5,6; Aguiar, PRL1,6; Natalini, CC2 
1Professor(a) do curso de Medicina Veterinária/ULBRA; 2Professor do curso de Medicina Veterinária/UFRGS; 
3Doutoranda PPG em Fisiologia/UFRGS; 4Acadêmica do curso de Medicina Veterinária/ULBRA; 5Acadêmica do curso 
de Biomedicina-/ULBRA; 6Laboratório de Biotecnologia Veterinária/HV-ULBRA.
*E-mail: claudinha.silva@uol.com.br
Palavras-chave: MDR1, P-glicoproteína, Collie, Ivermectina, PCR
O gene de resistência múltipla a drogas (MDR1, também conhecido como ABCB1) é responsável pela expressão de uma 
proteína transportadora de membrana, denominada P-glicoproteína (P-gp). A P-gp funciona como bomba de e� uxo 
celular a diferentes medicações em várias espécies de eucariotos e procariotos, sendo considerada como um dos maiores 
determinantes de variação da absorção oral e disponibilidade de diversos fármacos. Pesquisas têm demonstrado a sua relevância 
na farmacocinética e disposição de fármacos, pois sua expressão limita o acesso das drogas ao cérebro e interfere na absorção 
intestinal quando da administração por via oral. A P-gp possui importante papel na barreira hematoencefálica, fígado, 
rins, sistema digestório, atuando como uma proteção do organismo a diversos xenobióticos. Algumas raças de animais são 
mais sensíveis a determinadas medicações. A sensibilidade à ivermectina é um exemplo clássico, sendo que algumas raças 
de cães, como o Collie, principalmente, apresentam maior incidência de intoxicação pelo uso da ivermectina. Atualmente 
correlaciona-se esta sensibilidade aos fármacos a uma mutação neste gene MDR1, mutação esta denominada MDR1-1∆ 
ou MDR1-nt230(del4). Nos caninos este gene localiza-se no cromossomo 14, sendo que a sensibilidade à ivermectina é 
associada, até o presente momento, aos indivíduos homozigotos para uma deleção de quatro pares de bases (pb) no éxon 
quatro deste cromossomo, resultando em uma proteína inativa. A proporção de animais da raça Collie que apresentam ou 
não sinais clínicos de intoxicação pela administração de ivermectina, observada em outras análises, foi de, respectivamente, 
66% e 33%. Este trabalho objetivou de� nir o status gênico de 14 cães da raça Collie frente ao gene MDR1 e relacionar 
os genótipos encontrados com os dados citados na literatura e observados na rotina clínica nesta raça. Para tal, o DNA 
genômico foi extraído a partir de amostras de sangue pela técnica de Miller (1988). O fragmento foi ampli� cado através da 
reação em cadeia da polimerase (PCR) para posterior eletroforese vertical de seus produtos em gel de poliacrilamida 30% 
e análise visual das bandas após coloração com nitrato de prata (AgNO3). Foram identi� cados um indivíduo homozigoto 
para a mutação (144 pb), oito heterozigotos (144 e 148 pb) e cinco homozigotos não mutantes (alelos selvagens/normais 
com 148 pb) obtendo-se um percentual, respectivamente, de 7%, 57% e 36% de prevalência nas 14 amostras analisadas. 
Portanto, 64% desta população apresentaram a mutação em, pelo menos, um dos alelos. Sendo possível concluir que os 
percentuais citados pela literatura e observados na rotina clínica são compatíveis aos observados neste estudo. 
Apoio: CNPq, ULBRA, UFRGS 
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