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ESTUDO DIRIGIDO PARA FIXAÇÃO DE CONTEÚDO AVI

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ESTUDO DIRIGIDO PARA FIXAÇÃO DE CONTEÚDO - AVI 
 
1. Qual o foco de estudo da ciência política? 
A ciência política tem o intuito de analisar os vários aspectos que envolvem o funcionamento das 
instituições responsáveis pela sociedade: Estado, Governo, Democracia, Legitimidade, Poder. 
Pode-se dizer que a Ciência Política é um saber operativo, um instrumento que auxilia na intervenção da 
realidade que analisamos. Ela nos possibilita a explanar a complexidade que envolve o Estado, o poder, 
a política, a democracia e o direito (e suas consequências para Sociedade). 
 
2. Quais as acepções do termo Política? 
O termo política é derivado do grego antigo politeía, que indicava todos os procedimentos relativos à 
pólis, ou cidade-estado. Para Maquiavel: A política é a arte de conquistar, manter e exercer o poder sobre 
o governo. Pode se dizer que a política é a ciência moral normativa do governo da sociedade civil. 
 
3. Como podemos definir o discurso político? 
É um texto argumentativo, fortemente persuasivo, alicerçado por pontos de vista do emissor e por 
informações que traduzem valores sociais, políticos, religiosos e outros. 
 
4. Como podemos definir o Poder? 
Capacidade de submeter a vontade de alguém ou a capacidade de decisão sobre o outro. 
 
5. O que é poder político? 
É uma força nascida da vontade social, destinada a conduzir o grupo na obtenção do bem comum, sendo 
necessário, impor aos membros do grupo determinadas atitudes. 
 
6. Qual a finalidade do discurso político? 
Tem por finalidade a persuasão do outro, quer para que a sua opinião se imponha, quer para que os 
outros o admirem. Para isso, necessita da argumentação, que envolve o raciocínio, e da eloquência da 
oratória, que procura seduzir recorrendo a afetos e sentimentos. 
 
7. Defina retórica política. 
É uma dinâmica de comunicação dos atores políticos, ou seja, a razão ideológica de identificação 
imaginaria da verdade política. 
 
8. Conceitue Estado. 
É uma figura abstrata criada pela sociedade. Também podemos entender que o Estado é uma sociedade, 
política criada pela vontade de unificação e desenvolvimento do homem, com intuito de regulamentar e 
preservar o interesse público. 
 
9. Como podemos definir sociedade política? 
É organização determinada de normas de direito positivo, hierarquizada na forma de governantes e 
governados, que tem por finalidade o bem público. 
 
10. Porque o Estado? 
Originou-se da vontade de preservação desse interesse ou bem comum posto que a sociedade natural 
não detinha os mecanismos (regulamentação) necessários para promover a paz e o bem estar de seus 
membros. A única forma de preservação do bem comum foi a delegação de poder a um único centro: o 
ESTADO. 
 
11. Quais são os elementos constitutivos do Estado? 
Governo = apto a ordenar o conjunto das relações sociais. 
Povo = expresso primariamente por todos os que se encontram albergados sob sua tutela; 
Território = espaço primaz sobre o qual esse poder é exercido; 
E um atributo: Soberania = qualidade inerente à sua própria institucionalização. 
 
12. Defina Estado na acepção moderna. 
É uma ordenação que tem por fim específico e essencial a regulamentação global das relações sociais 
entre os membros de uma dada população, sobre um dado território, na qual a palavra ordenação 
expressa a ideia de poder soberano institucionalizado. 
 
13. Conceitue sociedade. 
Sociedade é um conjunto de indivíduos que partilham uma cultura com as suas maneiras de estar na vida 
e os seus fins, e que interagem entre si para formar uma comunidade. 
 
14. Conceitue Governo. 
Refere-se à gestão ou à administração cotidiana dos negócios públicos. 
É expresso pelo conjunto de princípios, normas, aparato técnico-administrativo e ações que, sob 
diferentes fundamentações, sistemas e formas, orientam e condicionam a vida social. 
 
15. Conceitue Povo. 
É a população do Estado, considerada pelo aspecto puramente jurídico. É o grupo humano encarado na 
sua integração numa ordem estatal determinada; é o conjunto de indivíduos sujeitos às mesmas leis, são 
os súditos, os cidadãos de um mesmo Estado, detentores de direitos e deveres. 
 
16. Conceitue Nação. 
É um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem comum, pelos interesses comuns, e 
principalmente, por ideias e aspirações comuns. É uma comunidade de consciência, unida por um 
sentimento complexo, indefinível e poderosíssimo: o patriotismo. 
 
17. Defina território. 
É a base física, a porção do globo por ele ocupado, que serve de limite à sua jurisdição e lhes fornece 
recursos materiais. O território é o pais propriamente dito e, portanto, país não se confunde com povo 
nem nação, e não é sinônimo de Estado, do qual constitui apenas um elemento. O território estabelece a 
delimitação da ação soberana do estado. 
 
18. Diferencie a propriedade privada do Estado de Hobbes para o de Locke. 
No Estado Absolutista de Hobbes, o próprio nome já diz, o Estado é absoluto, ele é soberano acima de 
qualquer coisa ou de quem quer que seja. O Estado deve fazer o que achar melhor em prol da sua razão 
de existência (Razão de Estado). Se ele achar melhor que deva retirar a propriedade privada das mãos 
de alguém ele o fará, pois o interesse maior é o do Estado, sendo assim a propriedade também é dele. O 
Estado apenas concede o uso da propriedade ao indivíduo. Nesse caso o indivíduo só tem a posse, a 
concessão de uso, da propriedade, mas ela pertence ao Estado, ele tem o domínio sobre a propriedade. 
A propriedade privada existe, mas sob a tutela do Estado. No Estado de Locke, o Estado age apenas 
como um árbitro, imparcial, para resolver questões de direitos violados. Ele reconhece que os indivíduos 
possuem direitos inalienáveis e imprescritíveis anteriores à existência do próprio Estado (leis naturais). 
Por isso, a função desse Estado é a de garantir a propriedade privada dos indivíduos, já que eles são 
anteriores à sua existência, portanto a propriedade privada é de posse e domínio do indivíduo, pois é seu 
direito. O Estado reconhece o direito do cidadão e quando necessitar da propriedade privada do indivíduo 
ele a requisitará, porém ao ser tirada, o Estado indenizará a pessoa, reconhecendo assim o seu direito 
violado. 
 
19. Por que não havia propriedade privada no estado de natureza de Hobbes? 
O homem no seu estado de natureza é um ser a-político e anti-social, apenas se juntando a outro para 
obter o máximo de vantagens dessa relação. Dessa maneira o homem vivia em guerras e no desrespeito 
dos cidadãos para defender o que havia possuído. Daí Hobbes faz a afirmação de que “O homem é lobo 
do homem”. Isso acontecia por que não havia garantias e nem segurança da propriedade, portanto a 
propriedade era de todo mundo, e sendo de todo mundo passa a não ser de ninguém, pois a qualquer 
momento outro indivíduo pode achar que aquela propriedade lhe pertence e utilizar da força para tal. 
 
 
20. Qual a definição do Estado liberal da concepção de Locke? 
O Estado Liberal é aquele que atua como um árbitro, de maneira imparcial, quando um indivíduo tem a 
sua propriedade privada violada. Significa que a única função do Estado é a de garantir a propriedade 
privada, e em geral, significa o direito que o indivíduo tem de gozar de forma independente as suas 
liberdades individuais. 
 
21. Quais os atributos do poder soberano no estado de Hobbes? 
O poder é concentrado nas mãos de um ou poucos indivíduos, de maneira que seja ele soberano, 
absoluto, indivisível, indissolúvel e cujos poderes sejam ilimitados. 
 
22. Como se originou o contrato social? 
A noção de contrato traz implícito que as pessoas abrem mão de certos direitos para um governo ou 
outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social. Sob este prisma, o contrato social seria um 
acordo entre os membros da sociedade, pelo qual reconhecem a autoridade, igualmentesobre todos, de 
um conjunto de regras, de um regime político ou de um governante. 
 
23. Thomas Hobbes (1651), John Loke (1689) e Jean-Jacques Rousseau (1762) são os mais 
famosos filósofos do contratualismo. Descreva abaixo a diferença entre eles no que tange o 
contrato social. 
• O primeiro filósofo moderno que articulou uma teoria contratualista detalhada foi Thomas Hobbes 
(1588-1679). Na obra Leviatã, explicou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a 
necessidade de governos e sociedades. O argumento básico de Hobbes era que, no estado natural, 
ainda que alguns homens possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se 
ergue tão acima dos demais por forma a estar além do medo de que outro homem lhe possa fazer 
mal. Por isso, nesse estado de natureza, cada um de nós tem direito a tudo, e uma vez que todas as 
coisas são escassas, existe uma constante guerra de todos contra todos. No entanto, os homens têm 
um desejo, que é também em interesse próprio, de acabar com o estado de guerra, e por isso 
formam sociedades entrando num contrato social. De acordo com Hobbes, tal sociedade necessita 
de uma autoridade à qual todos os membros devem render o suficiente da sua liberdade natural, por 
forma a que um poder absoluto e centralizado possa assegurar a paz interna e a defesa comum. 
Este soberano deveria ser o Estado, uma autoridade inquestionável, representado pela figura do 
Leviatã. 
• O modelo de Locke é, em sua estrutura, semelhante ao de Hobbes, entretanto, os dois autores tiram 
conclusões completamente diferentes no que concerne ao modo como nos submetemos a esse 
Estado Civil, nossa função nele e como se dá o estabelecimento do contrato. Ambos iniciam seu 
pensamento focando num estado de natureza, que, através do contrato social, vai se tornar o estado 
civil. É grande a diferença de Hobbes para Locke no modo como esses três componentes são 
entendidos. Para Locke, o estado de natureza não foi um período histórico, mas é uma situação a 
qual pode existir independentemente do tempo. O estado de natureza se dá quando uma 
comunidade encontra-se sem uma autoridade superior ou relação de submissão. Logo, o Estado 
para Locke tem uma função muito diferente daquele que é idealizado por Hobbes. Enquanto este 
verifica no Estado o único ente capaz de coibir a natureza humana e dar coesão ao Estado sob a 
égide da figura absoluta, o Estado lockeano é apenas o guardião, que apenas centraliza as funções 
administrativas. O contrato social para Locke surge de duas características fundamentais: a 
confiança e o consentimento. Para Locke, os indivíduos de uma comunidade política consentem a 
uma administração com a função de centralizar a poder público. Uma vez que esse consentimento é 
dado, cabe ao governante retribuir essa delegação de poderes dada agindo de forma a garantir os 
direitos individuais, assegurar segurança jurídica, assegurar o direito a propriedade privada (vale 
ressaltar que para Locke, a propriedade privada não é só, de fato, terra ou imóveis, mas tudo que é 
produzido com o seu trabalho e esforço, ou do que é produzido pelas suas posses nesta mesma 
relação) a esse indivíduo, sendo efetivado para aprofundar ainda mais os direitos naturais, dados por 
Deus, que o indivíduo já possuía no estado natural. É nessa relação que vemos uma das principais 
diferenças no contrato entre Hobbes e Locke. Diferente do estado absoluto de Hobbes, que deve ter 
em seu governante a absoluta confiança e não questioná-lo jamais, para Locke essa relação 
funciona de maneira distinta. Uma vez que a relação estado-indivíduo é baseada em uma relação de 
consentimento e confiança é totalmente possível que se o governante quebre a confiança, agindo por 
má-fé ou não garantindo os direitos individuais, a segurança jurídica e a propriedade privada ou 
ainda não garantindo os direitos naturais, que uma vez dados por Deus seria impossível alguém 
cerceá-los, o povo se revolte e o destitua do cargo. É um pensamento inédito já que na filosofia 
política corrente à época, jamais se poderia questionar o poder do governante uma vez que foi dado 
por Deus. É na justificativa que uma vez o governante não respeitando os direitos naturais dados por 
Deus era dever do povo questionar o poder e rebelar-se. 
• Rousseau questiona porque o homem vive em sociedade e porque se priva de sua liberdade. Vê 
num rei e seu povo, o senhor e seu escravo, pois o interesse de um só homem será sempre o 
interesse privado. Para se conservarem, os homens se agregam e formam um conjunto de forças 
com único objetivo. No contrato social, os bens são protegidos e a pessoa, unindo-se às outras, 
obedece a si mesma, conservando a liberdade. O pacto social pode ser definido quando "cada um de 
nós coloca sua pessoa e sua potência sob a direção suprema da vontade geral". Rousseau diz que a 
liberdade está inerente na lei livremente aceita. "Seguir o impulso de alguém é escravidão, mas 
obedecer uma lei auto-imposta é liberdade". Considera a liberdade um direito e um dever ao mesmo 
tempo. A liberdade lhes pertence e renunciar a ela é renunciar à própria qualidade de homem. O 
"Contrato social", ao considerar que todos os homens nascem livres e iguais, encara o Estado como 
objeto de um contrato no qual os indivíduos não renunciam a seus direitos naturais, mas ao contrário, 
entram em acordo para a proteção desses direitos, que o Estado é criado para preservar. O Estado é 
a unidade e, como tal, representa a vontade geral, que não é o mesmo que a vontade de todos. A 
vontade de todos é um mero agregado de vontades, o desejo mútuo da maioria. Quando o povo 
estatui uma lei de alcance geral, forma-se uma relação. A matéria e a vontade que fazem o estatuto 
são gerais, e a isso Rousseau chama lei. A República é todo estado regido por leis. Mesmo a 
monarquia pode ser uma república. O povo submetido às leis deve ser o autor delas. Mas o povo não 
sabe criar leis, é preciso um legislador. Rousseau admite que é uma tarefa difícil encontrar um bom 
legislador. Um legislador deve fazer as leis de acordo com o povo.

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