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DÍODOS ESPECIAIS ELECTRÓNICA INDUSTRIAL UEM 2025 1 SUMARIO E OBJETIVOS • TIRISTOR OU SCR. • DIAC • TRIAC • DÍODOS SCHOTTKY • DÍODOS ZENER • DÍODOS VARICAP • OBJETIVOS 1.Explicar o princípio de funcionamento dos dispositivos semicondutores utilizados nas aplicações das Engenharias Eléctrica, Informática e das Telecomunicações. 2. Descrever qualitativa e quantitativamente o funcionamento das aplicações circuitais mais utilizadas nas Engenharias Eléctrica, Informática e das Telecomunicações . 2 Tirístor A função de um tirístor é de abrir e fechar circuitos com grandes cargas, como motores, electroímanes, aquecedores, converter CA em CC, CC em CA. Os tirístores trabalham sempre entre dois estados de funcionamento: o corte e a condução, por isso podemos dizer que são dispositivos de comutação. TIRISTORES Tipos: SCR (Retificador Controlado de Silício). Interruptor unidireccional LASCR (SCR ativado por luz) GTO (tiristor comutável pela porta) Interruptor unidireccional (Corte pelo gate) TRIAC (tiristor triodo bidirecional) Interruptor bidireccional DIAC. (tiristor diodo bidirecional) Interruptor bidireccional (Controle de tiristores) O tirístor SCR, apresenta a seguinte simbologia com a sua respetiva legenda É o principal dos tirístores pelo número e aplicações. Permite não só rectificar uma corrente alternada mas também controlar a corrente que passa por ele e pela carga ligada em série com ele. 5 Constituição 6 É constituído por quatro camadas de material semicondutor PNPN (silício), originando três junções PN. Possui três terminais designados por Ânodo (A), Cátodo (K) e Gate (G) ou Porta. A K G O circuito equivalente de um SCR corresponde a dois transístores complementares, em que o colector de um está ligado à base do outro e o colector do outro na base do primeiro. Uma das bases corresponde ao terminal de disparo, gate ou porta. K K G A Aspecto exterior 7 K G A Ânodo Cátodo Gate K G A Um dos 12 SCR para um “pequeno” rectificador trifásico de 500 MW e 500 KV (Inga-Shaba, ZAIRE) O SCR é o dispositivo electrónico mais robusto que existe. Pode controlar tensões e correntes realmente impresionantes. Alguns exemplos são realmente espectaculares. A foto do SCR ao lado mostra o tamaño do mesmo. Observar os dois homens subidos no dispositivo. Da para apreciar o tamaño. O rectificador de Inga-Shaba, fornece energía de CD a uma distancia de 1700 kms. Considerada uma das linhas mais longas do mundo. Principio de funcionamento 9 O funcionamento do SCR é semelhante ao do díodo. Para além do ânodo e cátodo estarem polarizados directamente (ânodo a um potencial positivo em relação ao cátodo) é necessário ainda aplicar uma tensão positiva adequada na gate, para que circule corrente entre ânodo e cátodo. Condições para que o SCR funcione: 1.- Em polarização inversa o SCR está bloqueado (não conduz) quer se aplique ou não tensão na gate. 2.- Em polarização directa, o SCR está bloqueado, salvo quando se aplica uma tensão adequada na gate, entrando assim num estado de condução. 3.- Depois do SCR entrar em condução pode suprimir-se o sinal na gate que ele continua a conduzir. 4.- O SCR deixa de estar em condução quando a corrente que o percorre baixa a um valor inferior à corrente mínima de manutenção (IH) indicada pelo fabricante. Curva característica estática de um SCR 10 Para tensões inversas aplicadas (3º quadrante do gráfico), o cristal semicondutor comporta-se como qualquer díodo de junção. Há uma corrente de fuga muito reduzida, até que atingindo-se a tensão de zener, a corrente aumenta bruscamente e ligeiras variações de tensão dão origem a grandes variações de corrente. Tensão directa Tensão inversa Corrente de fuga Corrente de fuga VRO I directa I inversa VT Curva característica de um tirístor com a gate aberta Curva característica estática de um SCR 11 Com tensões directas (1º quadrante do gráfico) o caso é diferente. Para pequenas tensões começa também a aparecer uma pequena corrente de fuga, mas quando a tensão atinge um valor VRO, observa-se um aumento brusco de corrente, baixando imediatamente a queda de tensão interna no tirístor para um valor pequeno (VT). Chama-se a VRO a tensão de ruptura, sendo de notar que a letra O de VRO significa “Open” (aberto). Tudo isto se passa portanto com a gate aberta. O tirístor passa a conduzir fortemente, uma vez atingida a tensão VRO. Tensão directa Tensão inversa Corrente de fuga Corrente de fuga VRO I directa I inversa VT Curva característica de um tirístor com a gate aberta Característica Estática dos Tiristores 13 Na prática não se aplica ao tirístor uma tensão tão alta como VRO, pois isso pode danificar o dispositivo. O que se faz é aplicar um impulso positivo à gate e, ainda que seja relativamente baixa a tensão directa (muito inferior a VRO) o SCR passa rapidamente ao estado de condução. Quando o tirístor entra em franca condução a tensão da fonte vai praticamente ficar aplicada integralmente na carga do circuito, pois uma vez que a resistência interna cai a um valor muito baixo, também assim acontece à tensão entre o ânodo e o cátodo. Características técnicas 14 VDRM Tensão máxima repetitiva em estado de não condução. ITRMS Corrente eficaz máxima em condução. IGT Corrente máxima de disparo na gate. VGT Tensão máxima de disparo na gate. VTM Queda de tensão máxima em condução. IH Corrente de manutenção. ITSM Corrente máxima transitória. TIRISTORES Características: Disparo controlado Corte Natural Fácil conexão em série Baixa frequência de operação (50/60 Hz) Possuem resistência eléctrica variável com a temperatura, portanto, dependem da potência que estiverem conduzindo; Aplicações do SCR • Controles de relés e motores; • Fontes de tensão reguladas; • Choppers (variadores de tensão CC); • Inversores CC-CA; • Cicloconversores (variadores de frequência); • Carregadores de bateria; • Controles de iluminação; DIAC (DIODE FOR ALTERNATING CURRENT) O Diac é um díodo de avalanche com três camadas e dois terminais que pode ser comutado do estado de bloqueio, para o estado de condução, por aplicação de uma tensão com qualquer polaridade ( positiva ou negativa ). ESTRUTURA CURVA CARACTERÍSTICA SIMBOLO DIAC (Continuação) Tem uma constituição semelhante à do transístor bipolar, diferindo nas duas junções, que no diac têm a mesma concentração de impurezas, e por não possuir contacto de base. A simetria da curva característica deve-se ao igual nível de dopagem das duas junções. À medida que a tensão, positiva ou negativa, aplicada aos terminais do diac aumenta, flui uma pequena corrente de fugas (leakage current) IBO, até que a tensão atinge o ponto de disparo VBO (breakover voltage). Dá-se o fenómeno de avalanche na junção inversamente polarizada, isto é, a corrente do diac aumenta substancialmente, enquanto a tensão diminui. Como um DIAC é um dispositivo bidirecional, seus terminais não são marcados como ánodo ou cátodo mas a maioria é marcada como A1 ou MT1 e A2 ou MT2. Funciona da mesma maneira que dois díodos Zener em anti-Serie. É utilizado como dispositivo de disparo de TRIAC e Tirístores em circuitos de controle de intensidade luminosa, aquecimento, controle de velocidade de motores, etc. TRIAC (TRIODO FOR ALTERNATING CURRENT) O triac possui uma característica directa no estado de bloqueio e no estado de condução, igual à do tirístor, mas para ambas as polaridades da tensão aplicada aos terminais principais. ESTRUTURA CURVA CARACTERÍSTICA SIMBOLO TRIAC (TRIODO FOR ALTERNATING CURRENT) Para uma polarização directa (MT2 negativo em relação a MT1), o triac apresenta-se inicialmente no estado de bloqueio e em seguida passa à condução directa, para a tensão VBO (breakover voltage). Como no tirístor VBO pode ser controlada, ou variadapor aplicação de um impulso de corrente, positivo ou negativo, à gate. Aumentando a amplitude do impulso de corrente, diminui o VBO do triac. O triac pode ser considerado como um conjunto de dois tirístores em anti - paralelo. Slide 1: DÍODOS ESPECIAIS Slide 2: SUMARIO E OBJETIVOS Slide 3: Tirístor Slide 4: TIRISTORES Slide 5: O tirístor SCR, apresenta a seguinte simbologia com a sua respetiva legenda É o principal dos tirístores pelo número e aplicações. Permite não só rectificar uma corrente alternada mas também controlar a corrente que passa por ele e pela carga li Slide 6: Constituição Slide 7: Aspecto exterior Slide 8 Slide 9: Principio de funcionamento Slide 10: Curva característica estática de um SCR Slide 11: Curva característica estática de um SCR Slide 12: Característica Estática dos Tiristores Slide 13 Slide 14: Características técnicas Slide 15: TIRISTORES Slide 16: Aplicações do SCR Slide 17: DIAC (DIODE FOR ALTERNATING CURRENT) Slide 18: DIAC (Continuação) Slide 19: TRIAC (TRIODO FOR ALTERNATING CURRENT) Slide 20: TRIAC (TRIODO FOR ALTERNATING CURRENT)