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160 Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de sanea- mento de Oswaldo Cruz. Para combater as doenças, cri- aram-se brigadas sanitárias que cruzavam a cidade es- palhando raticidas, removendo o lixo e os focos de mosquitos transmissores da febre amarela. Nesse contexto, a vacinação obrigatória contra a febre amarela foi o estopim para que o povo, já profunda- mente insatisfeito com o “bota-abaixo” e com a política vigente (que posteriormente passou a ser chamada de República Velha) se revoltasse. Disponível em: . Sobre o contexto da República Velha, é correto afirmar que a) as revoltas populares que a marcaram, como a revolta da Chibata e a da Vacina, tinham como principal objetivo a derrubada do governo e a volta da monarquia. b) a obrigatoriedade e a truculência da campanha de vaci- nação são representativas do período que ficou conhecido como “República da Espada”. c) a Coluna Prestes e o Tenentismo se uniram aos revolto- sos da vacina no Rio de Janeiro visando a melhorias na qualidade de vida, o que resultou na ascensão da classe média urbana pela primeira vez na história brasileira. d) esse período da história é caracterizado pela defesa dos interesses das oligarquias industriais, sobretudo no Rio de Janeiro. e) o sistema político estava assentado nas fraudes eleito- rais, visto que o voto não era secreto, e os "coronéis", gran- des latifundiários que controlavam o poder político local, exerciam o controle através do voto de cabresto. 642. (PUCCamp SP/2020) José de Alencar, o festejado criador de vários romances indianistas, não seria mais nacional que Machado de Assis? A opinião da crítica mais refinada vai em direção oposta: o romancista de Quincas Borba seria o mais profundamente brasileiro dos nossos escritores. (...) A literatura de Machado de Assis seguramente apresenta um brasileirismo de es- pécie interior, que até certo ponto dispensa a cor local. (...) Digamos, sumariamente, que, em vez de elementos de identificação nacional, Machado buscava relações e formas sociais. A feição nacional destas é profunda, sem ser óbvia. SCHWARZ, Roberto. Que horas são? Ao longo da história do Brasil republicano, alguns con- flitos sociais adotaram uma linguagem nacionalista, que defendia novos elementos de identificação nacio- nal como base para suas reivindicações, tais como: a) a Coluna Prestes, movimento vinculado ao tenentismo, que se propunha a combater o poder das oligarquias regio- nais e reorganizar a economia e a política nacionais. b) a Greve Geral de 1917, causada pela recusa dos operá- rios brasileiros à exigência dos patrões italianos em apoiar a Itália na Primeira Guerra Mundial. c) o movimento de Canudos, que se opunha ao governo re- publicano recém-empossado e defendia a monarquia parla- mentar. d) a Farroupilha, revolta que defendia a separação do Sul do Brasil por meio da formação da República Rio-Gran- dense. e) o Cangaço, movimento popular que combatia o corone- lismo, lutando pelo reconhecimento político de lideranças genuinamente populares como Lampião e Padre Cícero. 643. (UNIT SE/2016) Não creio que o tempo Venha comprovar Nem negar que a História Possa se acabar Basta ver que um povo Derruba um czar Derruba de novo Quem pôs no lugar [...] Quantos muros ergam Como o de Berlim Por mais que perdurem Sempre terão fim [...] Por isso é que um cangaceiro Será sempre anjo e capeta, bandido e herói Deu-se notícia do fim do cangaço E a notícia foi o estardalhaço que foi Passaram-se os anos, eis que um plebiscito Ressuscita o mito que não se destrói GIL, Gilberto. O Fim da História. Disponível em: . Acesso em: 2 nov. 2015. Os versos “Por isso é que um cangaceiro / Será sempre anjo e capeta, bandido e herói / Deu-se notícia do fim do cangaço/ E a notícia foi o estardalhaço que foi / Pas- saram-se os anos, eis que um plebiscito / Ressuscita o mito que não se destrói”, pode ser relacionados ao fato de a) o cangaceiro atuar, em determinados momentos, como aliados dos grandes coronéis e, em outros momentos, co- metendo atos de vingança contra alguma injustiça social. b) a imprensa da República Velha ter adquirido autonomia e isenção política e ideológica na informação dos fatos po- líticos, o que resultou na criação de mitos, como o do can- gaço. c) o processo industrial e de urbanização, decorrentes da política econômica do governo de Getúlio Vargas, extinguir qualquer ação governamental de proteção ao setor agroex- portador. d) o plebiscito realizado pelos militares no período populista ter dado vitória à tese da saída do presidente João Goulart do poder, diante da ameaça de uma revolução civil. e) a ditadura civil-militar ter apoiado o culto a personagens oriundos da camadas pobres, como Lampião, Antônio Con- selheiro e João Cândido, na busca de respaldo popular. 644. (Famerp SP/2015) O cangaço, a Coluna Prestes e a ação de Padre Cícero Romão Batista desenvolveram-se no interior do Brasil, ao longo dos anos 1920 ou 1930. É correto dizer que os três movimentos a) foram duramente reprimidos pelo exército nacional, em- bora todos contassem com a participação direta de militares em sua direção. b) contaram com forte e contínuo apoio popular e estabele- ceram alianças e apoios políticos recíprocos. c) expressaram a insatisfação popular com a Primeira Re- pública e defendiam o retorno à monarquia. d) evidenciam contradições e impasses sociais da Primeira República, embora tivessem objetivos e práticas diferentes. e) defendiam a instalação imediata de um governo popular e socialista, embora recorressem a estratégias de luta dis- tintas.