Buscar

Plano de Ensino: Ensaios, Metalografia e Tratamentos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 214 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 214 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 214 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

METALOGRAFIA 
Prof. Édison Pedroso Kolton 
Plano de Ensino 
EMENTA 
Ensaios mecânicos, 
 Metalografia, 
 Transformação de fases, 
 Tratamentos termoquímicos, 
 Corrosão 
 Solidificação 
Unidade 1 / Ensaios Mecânicos 
1.1. Ensaios de Dureza; 
1.2. Ensaios de tração; 
1.3. Transição Ductil - Frágil 
Unidade 2 / Metalografia 
2.1.Conceitos Gerais; 
2.2. Macrografia - Preparação de amostras 
metalográficas; 
2.2.1. Corte; 
2.2.2. Lixamento; 
2.2.3. Polimento; 
2.2.4. Reativos, 
2.2.5. Técnicas e interpretação para análise 
metalografica; 
2.2.6. Impressão de Baumann; 
2.3. Micrografia - Preparação de amostras 
metalográficas; 
2.3.1. Corte; 
2.3.2. Embutimento 
2.3.3. Lixamento; 
2.3.4. Polimento; 
2.3.5. Reativos, 
2.3.6. Técnicas e interpretação para análise 
metalográfica; 
2.3.6.1. Determinação de fases metálicas; 
2.3.6.2. Presença de inclusões; 
2.3.6.3. Metalografia quantitativa; 
 2.3.6.4. Fotomicrografias; 
Unidade 3/ Transformação de Fase 
3.1. Diagrama de fases Fe-C: Austenitização; 
3.1.1. Crescimento de grão; 
3.1.2. Decomposição da austenita durante 
resfriamento dos aços; 
3.2. Diagrama de fases Fe-C: Curvas TTT; 
3.2.1. Efeitos dos elementos de liga; 
3.2.2. decomposição da austenita durante 
resfriamento rápido; 
3.3. Diagrama de fases Fe-C: Transformação 
bainítica; 
3.4. Diagrama de fases Fe-C: Transformação 
martensítica e revenimento, termodinâmica 
3.5. Aços Inoxidáveis; 
3.5.1. Propriedades; 
3.5.2. Aplicações; 
3.5.3. Mercado; 
3.5.4. Famílias e microestrutura; 
3.6. Aços Ferramentas; 
3.6.1. propriedades; 
3.6.2. Aplicações; 
3.6.3. Mercado; 
3.6.4. Classes; 
3.6.5. Processamento termo-mecânico e 
microestrutura; 
3.7. Ferros Fundidos brancos de alta resistência 
ao desgaste; 
3.7.1. Propriedades; 
3.7.2. Aplicações; 
3.7.3. Mercado; 
3.7.4. Classes 
3.7.5. Tratamento Térmico e microestrutura 
3.8. Ligas de alumínio 
3.8.1. Propriedades; 
3.8.2. Aplicações; 
3.8.3. Mercado; 
3.8.4. Classes; 
3.8.5. Processamentos e microestruturas; 
3.8.6. Ligas de alumínio endurecíveis por 
precipitação; 
3.9. Ligas de cobre; 
3.9.1. Propriedades; 
3.9.2. Aplicações; 
3.9.3. Mercado; 
3.9.4. Classes; 
3.9.5. Processamento e microestrutura; 
3.10. Ligas de titânio; 
3.10.1. Propriedades; 
3.10.2. Aplicações; 
3.10.3. Mercado; 
3.10.3. Classes; 
3.10.4. Processamentos termo-mecânico e 
microestrutura; 
3.11. Superligas de níquel; 
3.11.1. Propriedades; 
3.11.2. Aplicações; 
3.11.3. Mercado; 
3.11.4. Classes; 
3.11.5. Processamentos termo-mecânico e 
microestrutura; 
3.12. Tratamentos de superfície. 
Unidade 4 /Tratamento Termoquímicos 
4.1. Carbonetação; 
4.2. Nitretação 
Unidade 5 / Corrosão 
5.1. Definições; 
5.2. Mecanismo básicos de corrosão; 
5.3. Proteção contra corrosão. 
Unidade 6 / Solidificação 
6.1. Defeitos em peças fundidas; 
6.2. Adição de inoculantes e seu efeito na 
microestrutura; 
6.3. Aspectos macroestruturais das peças 
fundidas 
Bibliografia Básica: 
1- COLPAERT, H. Metalografia dos Produtos Siderúrgicos Comuns. São Paulo: Ed. 
Edgard Blucher Ltda., 
1974. 
2- CHIAVERINI, V. Aços e Ferros Fundidos. São Paulo: ABM, 1979. 
3- VAN VLACK, L. R. Princípios de Ciências e Tecnologia dos Materiais. Rio de 
Janeiro: Ed. Campus, 1984. 
4- GENTIL, Y. Corrosão. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Dois S.A. 1982. 
5- CAMPOS FILHO, M. P. & DAVIES, G. J. Solidificação e Fundição de Metais e suas 
Ligas. Rio de Janeiro: 
Livros Técnicos e Científicos. 1978. 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
1- CHIAVERINI, V. 1- Tratamentos Térmicos das Ligas Ferrosas, 2a. ed. São Paulo: 
Associação Brasileira de 
Metalurgia e Materiais, 1987. 
2- Metalografia dos produtos siderúrgicos comuns. Colpaert, Humbertus. São Paulo: 
Ed. E. Blucher, 2002. 
3- AMERICAN SOCIETY FOR METALS. ASM Handbook, 10th edition, 1991. 
4- Ensaios dos materiais d, A. Garcia, J.A. Spim e C.A. Santos , Rio de janeiro: Ed. LTC, 
2000. 
Ensaios Mecânicos 
Ensaio de Dureza 
 
• Medida de resistência à penetração(ou ao risco)neles de 
uma substância mais dura. 
 
• Varia com o método empregado(propriedade empírica). 
Exemplos: 
Metais: mede-se profundidade e largura da indentação. 
Cerâmicos: mede-se microfissuras da identação. 
 
• Caráter estático; fáceis de efetuar e se realizam com 
rapidez,sem deteriorar a peça que se ensaia. 
Diferentes tipos de ensaios de dureza 
 A palavra dureza pode ter vários significados: 
 
• na Metalurgia considera-se dureza como a 
resistência à deformação plástica permanente; 
• na Mecânica é a resistência à penetração de 
um material duro no outro. 
 
INTRODUÇÃO 
• A dureza é uma propriedade mecânica que 
consiste em uma medida da resistência de uma 
material a uma deformação plástica localizada. 
INTRODUÇÃO 
 A dureza é a capacidade do material de: 
• resistir ao risco; 
• ser deformado plasticamente; 
• ser cortado; 
• absorver energia no impacto; 
• resistir ao desgaste. 
 
DEFINIÇÃO 
 O Ensaio de Dureza pode ser dividido em: 
 
• por risco (Mohs); 
• penetração (Brinell, Rockwell, Vickers, Knoop); 
• choque 
 
MANEIRA DE EXECUÇÃO DO ENSAIO 
• O primeiro método padronizado de ensaio de 
dureza foi baseado no processo de riscagem de 
minerais padrões, desenvolvido por Mohs, em 
1822. 
 
DUREZA MOHS 
1: talco 6: feldspato 
2: gipsita 7: quartzo 
3: calcita 8: topázio 
4: fluorita 9: safira 
5: apatita 10: diamante 
 
DUREZA MOHS (RISCO) 
D
U
R
E
Z
A
 
D
U
R
E
Z
A
 
• A maioria dos metais apresenta durezas Mohs 
4 e 8, e pequenas diferenças de dureza não são 
acusadas por este método. Por exemplo, um 
aço dúctil corresponde a uma dureza de 6 
Mohs, a mesma dureza Mohs de um aço 
temperado. 
 
DESVANTAGENS DA ESCALA MOHS 
DUREZA BRINELL 
 
• Consiste em comprimir lentamente 
uma esfera de aço temperado, de 
diâmetro D, sobre uma superfície 
plana, polida e limpa de um metal, 
por meio de uma carga F, durante 
um tempo t, produzindo uma 
calota esférica de diâmetro d. 
 
DUREZA BRINELL 
DUREZA BRINELL 
d 
• A superfície da amostra em que será feita a 
medida da dureza deve estar plana, limpa e 
paralela à base de apoio da máquina de ensaio. 
PREPARAÇÃO DA AMOSTRA E PENETRADOR 
• Os penetradores são esferas de aço ou de 
carboneto de tungstênio com diferentes 
diâmetros. 
 
DUREZA BRINELL 
 22C D-D.D
Q2.102,0
S
Q
HBWou HBS
π d

CÁLCULO DA DUREZA BRINELL 
Carga aplicada (Q em kgf ou N) 
Área da impressão (Sc) 
Diâmetro da esfera (D) e da impressão (d) 
Obs: 10 N ≈ 1,02 kgf 
• EXEMPLO: Uma amostra foi submetida a um 
ensaio de dureza Brinell no qual se usou uma 
esfera de 2,5 mm de diâmetro e aplicou-se uma 
carga de 187,5 kgf. As medidas dos diâmetros 
de impressão foram de 1 mm. Qual a dureza do 
material ensaiado? 
 
CÁLCULO DA DUREZA BRINELL 
DUREZA BRINELL 
O ensaio padronizado, proposto por Brinell, 
é realizado com carga de 3.000 kgf e 
esfera de 10 mm de diâmetro, de aço 
temperado. Porém, usando cargas e 
esferas diferentes, é possível chegar ao 
mesmo valor de dureza, desde que se 
observem algumas condições: 
 
 F (carga) → 0,25.D < d < 0,5.D , ideal d = 0,375.D 
 
DUREZA BRINELL 
• Para obter o diâmetro de impressão dentro do 
intervalo anterior, deve-se manter constante a 
relação entre a carga (F) e o diâmetro ao 
quadrado da esfera do penetrador (D2), ou seja, 
a relação: 
 
DUREZA BRINELL 
Fator de carga 
• Para padronizar o ensaio, fatores de carga 
foramfixados. O quadro a seguir mostra os 
principais fatores de carga utilizados e as 
respectivas faixas de dureza e indicações do 
material. 
 
DUREZA BRINELL 
• O diâmetro da esfera é determinado em função 
da espessura do corpo de prova ensaiado. No 
caso da norma brasileira, a espessura mínima 
do material ensaiado deve ser 17 vezes a 
profundidade da calota. 
 
DUREZA BRINELL 
 
• O quadro a seguir mostra os diâmetros de 
esfera mais usados e os valores de carga para 
cada caso, em função do fator de carga 
escolhido. 
 
DUREZA BRINELL 
• Uma empresa comprou um lote de chapas de 
aço carbono com a seguinte especificação: 
espessura: 4 mm, dureza Brinell (HB): 180. 
Essas chapas devem ser submetidas ao ensaio 
de dureza Brinell para confirmar se estão de 
acordo com as especificações. 
• Essas chapas podem ser ensaiadas com a 
esfera de 10 mm? 
 
EXEMPLO 
 A espessura do material ensaiado (no mínimo) = 17.p 
 De acordo com a tabela F/D2 = 30 (aço-carbono) → F = 
3000 kgf 
 
 → 180 = 3000 / .10.p → p = 0,53 mm 
 
 Espessura mínima = 17 . 0,53 = 9,01 mm 
 Resposta: As chapas de 4 mm não podem ser 
ensaiadas com esfera de 10 mm. 
 
EXEMPLO 
 A execução do ensaio de dureza Brinell consiste 
em: 
 
• Preparar uma superfície plana na amostra; 
• Colocar e fixar a amostra na mesa da máquina; 
• Aplicar manualmente a pré-carga; 
• Acionar o dispositivo para liberação da carga 
principal; 
DUREZA BRINELL 
• Retirar a carga; 
• Ler o tamanho da impressão; 
• Usar a tabela para converter os dados dos 
ensaios para dureza Brinell. 
DUREZA BRINELL 
Representação da dureza Brinell: 
 
XXX HBS D/Q/t ou XXX HBW D/Q/t 
 
 XXX: valor da dureza Brinell da amostra; 
 HBS: para ensaio com uma esfera de aço; 
 HBW para esfera de tungstênio; 
 D: diâmetro da esfera; 
 Q: carga de compressão da esfera em kgf; 
 t: tempo de aplicação da carga em segundo. 
 
DUREZA BRINELL 
EXEMPLO: 400 HBS 5/500/30 
 
• Dureza Brinell: 400 
• Esfera de aço 
• Diâmetro 5mm 
• Carga de 500 kgf 
• Tempo de 30 s 
 
DUREZA BRINELL 
• Aço laminado: R  0,36 HB 
• Aço fundido: R  0,3 à 04 HB 
• Ferro fundido cinzento: R  0,1 HB 
• Cu-Zn: R  0,41HB 
 
• Liga Cu: R  0,52HB 
 
• Liga Al: R  0,40HB 
 
Exemplo 
 
Determinar a resistência à ruptura do aço carbono laminado , se sua dureza 
Brinell constitui 120 unidades: 
 
Solução: R  0,36 HB =0,36 x 120 = 43,2 kg/mm
2. 
 
 
RELAÇÃO DUREZA X RESISTÊNCIA À RUPTURA 
 O baixo custo do equipamento para medida de dureza 
Brinell. 
 É usado especialmente para avaliação de dureza de 
metais não ferrosos, ferro fundido, aço, produtos 
siderúrgicos em geral e de peças não temperadas; 
 É o único ensaio utilizado e aceito para ensaios em 
metais que não tenham estrutura interna uniforme 
(materiais heterogêneos); 
 É feito em equipamento de fácil operação. 
 
VANTAGENS DA DUREZA BRINELL 
• A possibilidade de se cometer erro no momento da 
medida dos diâmetros das impressões. 
 
DESVANTAGENS DA DUREZA BRINELL 
• A impressão da esfera na amostra é maior que a 
dos outros métodos de ensaio de dureza, por isso é 
a mais adequada para medir materiais 
heterogêneos, que têm a estrutura formada por 
duas ou mais fases de dureza muito discrepantes 
(ferros fundidos, bronzes etc); 
 
DESVANTAGENS DA DUREZA BRINELL 
• O uso deste ensaio é limitado pela esfera 
empregada. Usando-se esferas de aço temperado 
só é possível medir dureza até 500 HB, pois 
durezas maiores danificariam a esfera. 
 
• A recuperação elástica é uma fonte de erros, pois o 
diâmetro da impressão não é o mesmo quando a 
esfera está em contato com o metal e depois de 
aliviada a carga. Isto é mais sensível quanto mais 
duro for o metal, Fig. 1. 
 
DESVANTAGENS DA DUREZA BRINELL 
• O ensaio não deve ser realizado em superfícies 
cilíndricas com raio de curvatura menor que 5 vezes 
o diâmetro da esfera, pode haver escoamento 
lateral do material e a dureza medida será menor 
que a real, Fig. 2. 
 
DESVANTAGENS DA DUREZA BRINELL 
DESVANTAGENS DA DUREZA BRINELL 
Figura 1 – Recuperação 
elástica 
Figura 2 – Escoamento lateral (r < 
5.D) 
Proposto em 1922, levando o nome do seu 
criador, é o processo mais utilizado no mundo, 
devido à rapidez, à facilidade de execução, 
isenção de erros humanos, facilidade em 
detectar pequenas diferenças de durezas e 
pequeno tamanho da impressão. 
 
Este método apresenta algumas vantagens em 
relação ao ensaio Brinell, pois permite avaliar a 
dureza de metais diversos, desde os mais 
moles até os mais duros. 
 
DUREZA ROCKWELL 
DUREZA ROCKWELL 
Aço temperado Cone de diamante 
• Penetrador de diamante: 
 
DUREZA ROCKWELL 
MÁQUINA DE ENSAIO DE DUREZA ROCKWELL 
• Neste método, a carga do ensaio é aplicada em 
etapas, ou seja, primeiro se aplica uma pré-carga, 
para garantir um contato firme entre o penetrador e 
o material ensaiado, e depois aplica-se a carga do 
ensaio propriamente dita. 
 
• A leitura do grau de dureza é feita diretamente num 
mostrador acoplado à máquina de ensaio, de acordo 
com uma escala predeterminada, adequada à faixa 
de dureza do material. 
 
DESCRIÇÃO DO PROCESSO 
DESCRIÇÃO DO PROCESSO 
Cone de diamante 
Aço temperado 
 
 
 
1º Passo – Aproximar a superfície do 
corpo de prova do penetrador. 
 
DESCRIÇÃO DO PROCESSO 
 
 
 
2º Passo – Submeter o corpo de prova a 
Uma pré- carga (carga menor). 
 
DESCRIÇÃO DO PROCESSO 
 
 
 
3º Passo – Aplicar a carga maior até o 
ponteiro parar. 
 
DESCRIÇÃO DO PROCESSO 
 
 
4º Passo – Retirar a carga maior e fazer a 
leitura do valor indicado no mostrador, 
na escala apropriada. 
 
DESCRIÇÃO DO PROCESSO 
ESCALA DE DUREZA ROCKWELL 
ESCALA DE DUREZA ROCKWELL 
• A superfície da amostra deve ser lixada para 
eliminar alguma irregularidade que possa 
ocasionar erros; 
• A primeira leitura do ensaio de dureza Rockwell 
deve ser desprezada, porque a primeira 
impressão serve apenas para ajustar bem o 
penetrador na máquina; 
 
PREPARAÇÃO DA AMOSTRA PARA O ENSAIO 
• Se a superfície da amostra não for plana, deve-
se fazer uma correção no valor de dureza 
encontrado. A dureza Rockwell é baseada na 
profundidade e não na área; 
• A espessura mínima da amostra para o ensaio 
de dureza Rockwell é dez vezes a profundidade 
da impressão. 
PREPARAÇÃO DA AMOSTRA PARA O ENSAIO 
• A execução do ensaio de dureza Rockwell 
consiste em: 
 
• Aplicação da pré-carga; 
• Aplicação da carga principal; 
• Retirada da carga; 
• Leitura da dureza. 
DUREZA ROCKWELL 
• Representação da dureza Rockwell: 
 
• 64 HRC: dureza Rockwell de 64 na escala C 
 
• 50 HR15N: dureza Rockwell superficial de 50 
na escala 15 N 
 
DUREZA ROCKWELL 
• A profundidade que o penetrador vai atingir 
durante o ensaio é importante para definir a 
espessura mínima do corpo de prova. De modo 
geral, a espessura mínima do corpo de prova 
deve ser 17 vezes a profundidade atingida pelo 
penetrador. 
 
DUREZA ROCKWELL 
Penetrador de diamante: 
HR normal: P = 0,002 x (100 - HR) 
HR superficial: P = 0,001 x (100 - HR) 
Penetrador esférico: 
HR normal: P = 0,002 x (130 - HR) 
HR superficial: P = 0,001 x (100 - HR) 
• Ensaio de dureza Rockwell  avanço em 
relação ao ensaio Brinell, já que possibilitou 
avaliar a dureza de vários metais,que antes não 
podiam ser ensaiados quanto à dureza. 
 
VANTAGENS DA DUREZA ROCKWELL 
• Suas escalas não têm continuidade. Por isso, 
materiais que apresentam dureza no limite de 
uma escala e no início de outra não podem ser 
comparados entre si quanto à dureza; 
• Não tem relação com o valor de resistência à 
tração, como acontece no ensaio Brinell. 
 
DESVANTAGENS DA DUREZA ROCKWELL 
• Este método leva em conta a relação ideal entre 
o diâmetro da esfera do penetrador Brinell e o 
diâmetro da calota esférica obtida, e vai além 
porque utiliza outro tipo de penetrador, que 
possibilita medir qualquer valor de dureza, 
incluindo desde os materiais mais duros até os 
mais moles. 
DUREZA VICKERS 
• A dureza Vickers se baseia na resistência que o 
material oferece à penetração de uma pirâmide 
de diamante de base quadrada e ângulo entre 
faces de 136º, sob uma determinada carga. 
 
DUREZA VICKERS 
• A máquina que faz o ensaio Vickers não fornece 
o valor da área de impressão da pirâmide, mas 
permite obter, por meio de um microscópio 
acoplado, as medidas das diagonais (d1 e d2) 
formadas pelos vértices opostos da base da 
pirâmide. 
 
DUREZA VICKERS 
 
DUREZA VICKERS 
DUREZA VICKERS 
[mm] F [kgf] 
Representação da dureza Vickers: 
 
XXX HV Q/t 
 
• XXX: valor da dureza Vickers da amostra; 
• HV: dureza Vickers; 
• Q: carga de compressão da esfera em kgf; 
• t: tempo de aplicação da carga em segundo. 
 
DUREZA VICKERS 
 
EQUIPAMENTO PARA ENSAIO DE DUREZA 
VICKERS 
• Polimento até a lixa 1.000 ou com alumina; 
• Fixação da amostra na máquina de ensaio; 
• Seleção da carga a ser aplicada; 
• Seleção do tempo de aplicação. 
 
ROTEIRO PARA O ENSAIO DE DUREZA VICKERS 
Acionamento do dispositivo para aplicar a 
carga; 
Medida das diagonais do quadrado impresso; 
Cálculo da média das diagonais da impressão; 
 Tabelas de conversão do tamanho da 
impressão na dureza. 
 
ROTEIRO PARA O ENSAIO DE DUREZA VICKERS 
ANOMALIA DE DUREZA VICKERS 
 Escala contínua de dureza, medindo todas as 
gamas de valores de dureza numa única escala; 
 Impressões extremamente pequenas que não 
inutilizam a peça; 
 Possibilita grande precisão de medida; 
 O penetrador, por ser de diamante, é praticamente 
indeformável; 
 
VANTAGENS DA DUREZA VICKERS 
• Utiliza apenas uma escala de dureza; 
• Possível a medida de todos os valores de 
dureza encontrados nos diversos materiais; 
• Este ensaio aplica-se a materiais de qualquer 
espessura, e pode também ser usado para 
medir durezas superficiais; 
VANTAGENS DA DUREZA VICKERS 
 Por outro lado, devem-se tomar cuidados especiais 
para evitar erros de medida ou de aplicação de carga, 
que alteram muito os valores reais de dureza. 
 A preparação do corpo de prova para microdureza deve 
ser feita, obrigatoriamente, por metalografia, utilizando-
se, de preferência, o polimento eletrolítico, para evitar o 
encruamento superficial; 
 
DESVANTAGENS DA DUREZA VICKERS 
• Quando se usam cargas menores do que 300 
gf, pode haver recuperação elástica, dificultando 
a medida das diagonais; 
 
• A máquina de dureza Vickers requer aferição 
constante, pois qualquer erro na velocidade de 
aplicação da carga traz grandes diferenças nos 
valores de dureza. 
 
DESVANTAGENS DA DUREZA VICKERS 
• A diferença entre o ensaio de dureza 
convencional e o de microdureza está na 
intensidade da carga usada para comprimir o 
penetrador. 
• A marca deixada na superfície da amostra pelo 
penetrador da máquina de ensaio de 
microdureza somente é visível no microscópio. 
MICRODUREZA VICKERS E KNOOP 
• Determinação da dureza das camadas finas de 
revestimento; 
• Determinação da dureza de constituintes individuais 
de uma microestrutura, de materiais frágeis, de 
peças pequeníssimas ou extremamente finas; 
• É aplicável a todos os tipos de materiais e não 
apenas aos metais. 
APLICAÇÕES 
• Utiliza o mesmo método de ensaio da dureza Vickers 
convencional. 
 
MICRODUREZA VICKERS 
• Penetrador na forma de pirâmide alongada. 
 
MICRODUREZA KNOOP 
 
MODELOS DE MÁQUINAS DE ENSAIO DE 
MICRODUREZA 
• A amostra deve ter uma superfície plana e polida para 
permitir a visualização da marca; 
• Qualquer movimento da amostra durante a aplicação da 
carga pode danificar o penetrador; 
• Quanto melhor o polimento da amostra mais fácil a 
leitura das dimensões da impressão por meio de um 
microscópio acoplado ao equipamento. 
REALIZAÇÃO DO ENSAIO 
• Para o cálculo da dureza Knoop (HK) usa-se as expressões abaixo: 
 
PRINCÍPIO E CÁLCULO DA MICRODUREZA 
(KNOOP) 
22 07028,0 mmp L
Q
cL
Q
A
Q
HK 
2
229,14
mL
Q
HK 
onde 
Ap é a área da indentação projetada (mm
2), 
Q é a carga aplicada em gf, 
 Lm é a diagonal maior da impressão em micrômetro, 
“c” é uma constante do penetrador que relaciona a área da deformação 
com o comprimento diagonal maior do penetrador. 
• Emprega-se a mesma equação usada na dureza Vickers 
e o resultado obtido na expressão abaixo também deve 
ser multiplicado por 1.000, pois a carga Q também é em 
gramas-força e o valor do comprimento da marca ( L ) é 
em micrometro. 
PRINCÍPIO E CÁLCULO DA MICRODUREZA 
(VICKERS) 
2
8544,1
D
Q
HV 
• O esclerômetro mede a dureza superficial do concreto e a 
correlaciona com a resistência à compressão desse concreto. 
• É muito usado em obras em execução, para avaliar a 
resistência de concretos cujos corpos de prova padrão deram 
resultado abaixo do esperado. 
• Também é usado para estimar a resistência do concreto de 
obras antigas . 
ESCLERÔMETRO 
 
ESCLERÔMETRO 
ENSAIO DE TRAÇÃO 
• O ensaio de tração pode ser usado para avaliar 
diversas propriedades mecânicas dos materiais que 
são importantes em projetos. 
 
• Um ensaio de tração leva vários minutos para ser 
realizado e é um ensaio destrutivo, ou seja, a 
amostra é deformada até a ruptura. 
ENSAIO DE TRAÇÃO 
 A tensão de engenharia é definida pela relação: 
 
 σ = F (MPa = 106 N/m2; psi) 
 A0 
 F = carga instantânea aplicada em uma direção 
perpendicular à área do corpo-de-prova. 
 A0 = área da seção reta original antes da aplicação de 
qualquer carga. 
 
TENSÃO DE ENGENHARIA 
• A deformação de engenharia é definida de acordo com a 
expressão: 
 
 ε = li – l0 = ∆l (m/m; mm/mm; %) 
 l0 l0 
• l0 = comprimento original antes de qualquer carga ser 
aplicada. 
• li = comprimento instantâneo. 
• ∆l = alongamento ou variação no comprimento a um 
dado instante, em referência ao comprimento original. 
 
 
DEFORMAÇÃO DE ENGENHARIA 
DEFORMAÇÃO 
• Para a maioria dos metais que são submetidos a uma 
tensão de tração em níveis relativamente baixos, a 
tensão e a deformação são proporcionais entre si, 
de acordo com a relação: 
 σ = E ε (LEI DE HOOKE) 
• E = constante de proporcionalidade, módulo de 
elasticidade ou módulo de Young (GPa = 109 N/m2 = 
103 MPa). 
 
COMPORTAMENTO TENSÃO-DEFORMAÇÃO 
 
Módulo de Elasticidade: 
- Metais: 
• Entre 45 GPa (magnésio) e 407 GPa (tungstênio). 
 
- Cerâmicos: 
• Entre 70 e 500 GPa. 
 
- Polímeros: 
• Entre 0,007 e 4 GPa. 
COMPORTAMENTO TENSÃO-DEFORMAÇÃO 
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA 
Deformação elástica: 
processo de deformação no 
qual a tensão e a 
deformação são 
proporcionais.A inclinação desse 
segmento linear 
corresponde ao módulo de 
elasticidade E. 
Esse módulo corresponde à 
rigidez do material, ou seja, 
à resistência do material à 
deformação elástica. 
DEFORMAÇÃO 
T
E
N
S
Ã
O 
CARGA 
DESCARGA 
COEFICIENTE ANGULAR = 
MÓDULO DE 
ELASTICIDADE 
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA 
• Quanto maior o módulo 
de elasticidade, mais 
rígido será o material. 
 
• A deformação elástica 
não é permanente, 
quando a carga aplicada 
é liberada, a peça 
retorna à sua forma 
original. 
DEFORMAÇÃO 
T
E
N
S
Ã
O 
CARGA 
DESCARGA 
COEFICIENTE ANGULAR = 
MÓDULO DE 
ELASTICIDADE 
• Em escala atômica, a deformação elástica 
macroscópica é manifestada na forma de pequenas 
alterações no espaçamento interatômico e na 
extensão das ligações interatômicas. 
 
• Como consequência, a magnitude do módulo de 
elasticidade representa uma medida da resistência à 
separação exibida por átomos/íons/moléculas 
adjacentes, ou seja, as forças de ligação 
interatômicas. 
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA 
• As diferenças nos valores para os módulos de 
elasticidade de metais, cerâmicos e polímeros são 
uma consequência direta dos diferentes tipos de 
ligações atômicas existentes nesses três tipos de 
materiais. 
 
• O módulo de elasticidade tende a diminuir com o 
aumento da temperatura. 
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA 
 
• 1) Um pedaço de cobre originalmente com 305 mm 
de comprimento é puxado em tração com uma 
tensão de 276 MPa. O módulo de elasticidade do 
cobre é de 110 GPa. Se a sua deformação é 
inteiramente elástica, qual será o alongamento 
resultante? 
EXEMPLO 
• σ = E ε (regime elástico) 
• ε = li – l0 = ∆l 
 l0 l0 
• σ = E ∆l 
 l0 
• ∆l = σ l0 = (276 MPa) (305mm) = 0,77 mm 
 E 110 x 103 MPa 
 
RESPOSTA 
• Existem alguns materiais (ferro fundido cinzento, 
concreto e muitos polímeros) para os quais essa 
porção elástica da curva tensão-deformação não é 
linear. 
• Sendo assim, não é possível determinar o módulo de 
elasticidade através da Lei de Hooke. 
• Para esse comportamento não-linear, utiliza-se 
normalmente um módulo tangencial ou um módulo 
secante. 
COMPORTAMENTO NÃO-LINEAR 
COMPORTAMENTO NÃO-LINEAR 
MÓDULO TANGENCIAL (EM σ2) 
MÓDULO SECANTE (ENTRE A 
ORIGEM E σ1) 
T
E
N
S
Ã
O 
DEFORMAÇÃO 
• O módulo tangencial é tomado como sendo a 
inclinação (coeficiente angular) da curva tensão-
deformação em um nível de tensão específico. 
 
• O módulo secante representa a inclinação 
(coeficiente angular) de uma secante tirada desde a 
origem até algum ponto específico sobre a curva. 
COMPORTAMENTO NÃO-LINEAR 
• Quando uma tensão de tração é imposta sobre o 
material, um alongamento elástico e a sua 
deformação correspondente εz resultam na direção 
da tensão aplicada. 
 
• A partir desse alongamento, contrações nas direções 
x e y aparecem perpendicular à tensão que é 
aplicada, de onde determina-se as deformações 
compressivas εx e εy. 
PROPRIEDADES ELÁSTICAS DOS MATERIAIS 
PROPRIEDADES ELÁSTICAS DOS MATERIAIS 
• Se a tensão aplicada for uniaxial (direção z) e o 
material for isotrópico, então εx = εy. 
 
• O coeficiente de Poisson, representado por ν, é 
definido como sendo a razão entre as deformações 
lateral e axial: 
 
 ν = - εx = - εy 
 εz εz 
PROPRIEDADES ELÁSTICAS DOS MATERIAIS 
• O sinal negativo na equação serve para que o 
coeficiente de Poisson seja sempre positivo, uma vez 
que εx e εz terão sempre sinais opostos. 
• Teoricamente, o coeficiente de Poisson para 
materiais isotrópicos deve ser de 1/4. 
• O valor máximo para ν (ou aquele valor para o qual 
não existe qualquer alteração líquida de volume) é 
de 0,50. 
PROPRIEDADES ELÁSTICAS DOS MATERIAIS 
• Para materiais isotrópicos, os módulos de 
cisalhamento e de elasticidade estão relacionados 
entre si com o coeficiente de Poisson através da 
expressão: 
 
 E = 2G(1+ ν) 
 
• Para a maioria dos metais, G equivale a 
aproximadamente 0,4E. 
PROPRIEDADES ELÁSTICAS DOS MATERIAIS 
• 2) Uma tensão de tração deve ser aplicada ao longo do 
eixo do comprimento de um bastão cilíndrico de latão 
com diâmetro de 10 mm. O coeficiente de Poisson é de 
0,34 para o latão e o módulo de elasticidade é de 97 
GPa. Determinar a magnitude da carga necessária para 
produzir uma alteração de 2,5 x 10-3 mm no diâmetro do 
bastão se a deformação for puramente elástica. 
 εz = li – l0 = ∆l 
 l0 l0 
 εx = di – d0 = ∆d 
 d0 d0 
 
EXEMPLO 
EXEMPLO 
• εx = di – d0 = ∆d = 2,5 x 10-3 mm = -2,5 x 10-4 
• d0 d0 10mm 
• ν = - εx → εz = - εx = -(-2,5 x 10-4) =7,35 x 10-4 
• εz ν 0,34 
• σ = E εz = (97 x 103 MPa) (7,35 x 10-4) = 71,3 Mpa 
 
• σ = F → F = σ A0 = σ (d0/2)2π 
• A0 
 
• F = (71,3 x 106 N/m2)(10 x 10-3m / 2)2 π =5600 N 
RESPOSTA 
 Para a maioria dos materiais metálicos, o regime de 
deformação elástica persiste até deformações de 
aproximadamente 0,005. 
 De uma perspectiva atômica, a deformação plástica 
corresponde à quebra de ligações com os átomos 
vizinhos originais e em seguida formação de novas 
ligações com novos átomos vizinhos. 
 A deformação permanente em metais ocorre por 
meio do escorregamento, que envolve o movimento 
de discordâncias. 
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA 
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA 
LIMITE DE ESCOAMENTO 
SUPERIOR 
LIMITE DE ESCOAMENTO 
INFERIOR 
T
E
N
S
Ã
O 
DEFORMAÇÃO DEFORMAÇÃO 
T
E
N
S
Ã
O 
• Limite de proporcionalidade: ponto de escoamento 
onde ocorre o afastamento inicial da linearidade na 
curva tensão-deformação (ponto P). 
 
• Tensão limite de escoamento (σ1 OU σY ): uma linha 
paralela à porção elástica é construída a partir de 
uma pré-deformação específica, geralmente de 
0,002. 
ESCOAMENTO E LIMITE DE ESCOAMENTO 
• Para materiais que possuem a região elástica não-
linear (ferro fundido cinzento, concreto), não é 
possível obter a tensão de escoamento a partir de 
uma pré-deformação. 
 
• Sendo assim, a tensão limite de escoamento é 
definida como a tensão necessária para produzir 
uma determinada quantidade de deformação (por 
exemplo, ε = 0,005). 
ESCOAMENTO E LIMITE DE ESCOAMENTO 
• Limite de resistência à tração (LRT): é a tensão no 
ponto máximo da curva tensão-deformação de 
engenharia. 
• O LRT corresponde à tensão máxima que pode ser 
suportada por uma estrutura que se encontra sob 
tração. 
• Resistência à fratura: corresponde à tensão aplicada 
no momento em que ocorre a fratura. 
LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO E 
RESISTÊNCIA À FRATURA 
CURVA TENSÃO-DEFORMAÇÃO 
LRT 
T
E
N
S
Ã
O 
DEFORMAÇÃO 
 
 
• Quando a resistência de um metal é citada para fins 
de projeto, a tensão limite de escoamento é o 
parâmetro utilizado. 
 
TENSÃO PARA PROJETO 
 3) A partir do comportamento tensão-deformação 
em tração para um corpo-de-prova de latão 
mostrado na figura, determinar o seguinte: 
 a) O módulo de elasticidade 
 b) A tensão limite de escoamento a um nível de pré-
deformação de 0,002. 
 c) A carga máxima que pode ser suportada por um corpo-de-
prova cilíndrico com um diâmetro original de 12,8 mm. 
 d) A variação no comprimento de um corpo-de-prova que 
tinha originalmente 250mm de comprimento e que foi 
submetido a uma tensão de traçãode 345 MPa. 
EXEMPLO 
• a) O módulo de elasticidade: 
 
• σ = E ε 
• E = ∆σ / ∆ε 
• E = (σ2 – σ1) / (ε2 – ε1) 
• E = (150 – 0) / (0,0016 – 0) 
• E = 93.780 MPa = 93,8 GPa 
 
RESPOSTA 
• b) A tensão limite de escoamento a um nível de pré-
deformação de 0,002. 
 
• Interseção da linha que passa pela pré-deformação 
de 0,002 com a curva tensão-deformação. 
 
• Tensão limite de escoamento = 250 MPa. 
RESPOSTA 
• c) A carga máxima que pode ser suportada por um 
corpo-de-prova cilíndrico com um diâmetro original 
de 12,8 mm. 
• σ = F 
• A0 
• F = σ A0 = σ (d0/2)2π 
• F = (450 x 106 N/m2) (12,8 x 10-3 m /2)2π 
• F = 57900 N 
RESPOSTA 
 d) A variação no comprimento de um corpo-de-prova 
que tinha originalmente 250mm de comprimento e 
que foi submetido a uma tensão de tração de 345 
MPa. 
 Ponto A da curva: deformação = 0,06 
 ε = ∆l 
 l0 
 ∆l = ε l0 
 ∆l = (0,06) (250mm) = 15 mm 
 
RESPOSTA 
• Ductilidade: representa uma medida do grau de 
deformação plástica que foi suportado até o 
momento da fratura. 
 
• Um material que experimenta um pequena ou 
nenhuma deformação plástica até o momento da 
fratura é chamado de frágil. 
DUCTILIDADE 
DUCTILIDADE 
DÚCTIL 
FRÁGIL 
T
E
N
S
Ã
O 
DEFORMAÇÃO 
A ductilidade pode ser expressa quantitativamente como: 
 - Alongamento percentual 
 
 AL% = (lf – l0 ) x 100 
 l0 
 - Redução percentual da área (coeficiente percentual da 
fratura) 
 
 RA% = (A0 – Af ) x 100 
 A0 
 
DUCTILIDADE 
 Importância da ductilidade: 
 - Fornece uma indicação ao projetista do grau 
segundo o qual uma estrutura irá se deformar de 
maneira plástica antes de sofrer uma fratura. 
 - Especifica o grau de deformação permissível 
durante as operações de fabricação. 
 Os materias frágeis geralmente possuem uma 
deformação de fratura inferior a aproximadamente 
5%. 
DUCTILIDADE 
• Resiliência: é a capacidade de um material de 
absorver energia quando ele é deformado 
elasticamente e depois, com a remoção da carga, 
recuperar essa energia. 
• Propriedade associada: módulo de resiliência Ur: 
representa a energia de deformação por unidade de 
volume exigida para tensionar um material desde 
um estado com ausência de carga até a sua tensão 
limite de escoamento. 
RESILIÊNCIA 
• Módulo de resiliência: área sob 
a curva tensão-deformação de 
engenharia até o escoamento: 
• 
 Ur = ½ σy εy (J/m3, Pa) 
 
 Ur = ½ σy (σy /E) = σy2 /2E 
RESILIÊNCIA 
DEFORM
AÇÃO 
T
E
N
S
Ã
O 
• Tenacidade: termo mecânico usado em vários 
contextos, representa uma medida da habilidade de 
um material para absorver energia até sua fratura. 
• É representada pela área sob a curva tensão-
deformação até o ponto da fratura. 
• Sua unidade é a mesma de resiliência (energia por 
unidade de volume do material). 
TENACIDADE 
TENACIDADE 
DÚCTIL 
DEFORMAÇÃO 
T
E
N
S
Ã
O 
FRÁGIL 
TRANFORMAÇÃO DE UNIDADES 
 
Metalografia é o estudo da morfologia e estrutura dos metais. 
 
 A metalografia é uma área da materialografia que além do estudo dos materiais 
metálicos, compreende a plastografia (materiais plásticos ou poliméricos) e a 
ceramografia(materiais cerâmicos). 
 
Para a realização da análise, o plano de interesse da amostra é cortado, lixado, 
polido e atacada com reagente químico, de modo a revelar as interfaces entre os 
diferentes constituintes que compõe o metal. 
Referências bibliográficas 
COLPAERT. Hubertus. Metalografia dos produtos comuns. 4. ed. revista e atualizada por 
COSTA E SILVA, André Luiz V. São Paulo: Editora Blucher, 2008. 
Microscopia, analise feita em um microscópio com aumentos que normalmente são 50X, 
100X, 200X, 500X, 1000X, 1500X e 2500X. 
Este tipo de análise é realizada em microscópios específicos, conhecidos como "microscópios 
metalográficos" ou "microscópios metalúrgicos". Este tipo de microscópio possui baixo campo 
focal, permitindo apenas a observação de superfícies perfeitamente planas e polidas. Em 
razão disto, a preparação metalográfica tem grande importância na qualidade de uma análise 
Estes microscópios, em geral, possuem sistemas de fotografia integrados, que permitem o 
registro das análises realizadas. 
 
 
Macroscopia, análise feita a olho nu, lupa ou com utilização de microscópios estéreos (que 
favorecem a profundidade de foco e dão, portanto, visão tridimensional da área observada) 
com aumentos que podem variar de 5x a 64X. 
 
Através das análises macrográficas e das análises micrográficas é possível a determinação de 
diversas características do material, inclusive a determinação das causas de fraturas, desgastes 
prematuros e outros tipos de falhas. 
Corte: a amostra a ser analisada deve ser cortada de forma a não sofrer alterações pelo método de corte. Usa-se o 
método a frio, em geral serras, para o corte primário, ou seja, para se separar a porção aproximada que será analisada. 
Na sequencia, usa-se um equipamento denominado "Cut-Off" que faz um corte mais preciso, utilizando-se de um fino 
disco abrasivo e farta refrigeração, a fim de não provocar alterações por calor na amostra. 
Embutimento metalográfico: o processo de embutimento metalográfico pode ser dividido em dois grupos, 
embutimento a quente no qual é utilizado baquelite e uma embutidora metalográfica e o embutimento a frio que são 
utilizados dois produtos resina e catalisador, ambos os métodos visam obter a amostra embutida para conseguir um 
bom resultado na preparação metalográfica. 
Lixamento: são utilizadas lixas do tipo "Lixa d'água", fixadas em discos rotativos. 
Normalmente inicia-se o lixamento com a lixa de granulometria 220, seguida pelas lixas 320, 400 e 600. Em alguns 
casos usa-se lixas mais finas que a lixa 600, chegando-se a 1000 ou 1200. Todo o processo de lixamento é feito sob 
refrigeração com água. 
Polimento: a etapa do polimento é executada em geral com panos especiais, colados à pratos giratórios, sobre os 
quais são depositadas pequenas quantidades de abrasivos. Estes abrasivos variam em função do tipo de metal que 
está sendo preparado. Os mais comuns são, o óxido de alumínio (alumina) e a pasta de diamante. 
Durante o polimento a amostra também é refrigerada, com a utilização de álcool ou agentes refrigerantes específicos. 
Ataque químico: há uma enorme variedade de ataques químicos para diferentes tipos de metais e situações. Em geral, 
o ataque é feito por imersão da amostra, durante um período de aproximadamente 20 segundos, assim a 
microestrutura é revelada. Um dos reagentes mais usados é o NITAL, (ácido nítrico e álcool), que funciona para a 
grande maioria dos metais ferrosos. 
Para mais detalhes, há a norma ASTM E 250, que dispõe sobre as corretas técnicas de Metalografia. 
Etapas da preparação da amostra 
Metalografia qualitativa 
Consiste apenas em observar a microestrutura, determinando-se quais são os 
microconstituintes que a compõe. Os microconstituintes variam de acordo com o tipo de 
liga analisada e de acordo com os tratamentos térmicos, tratamentos mecânicos, 
processos de fabricação e outros processos a que o material haja sido submetido. Para os 
aços, os principais constituintes são : 
 
ferrita: composta por ferro e baixíssimo teor de carbono; 
perlita: composta por ferro e cerca de 0,8% de carbono; 
martensita: resultante de tratamentos térmicos de têmpera; 
austenita: constituinte básico dos aços inoxidáveis. 
Metalografia quantitativa 
O objetivo da metalografia quantitativa é determinar o tamanho médio dos grãos, a 
porcentagem de cada fase constituintedo material, a forma e o tipo de inclusões não 
metálicas, a forma e o tipo da grafite, no caso de ferros fundidos e outros dados específicos 
de cada liga. 
 
Com estes dados, é possível identificar uma liga, prever o comportamento mecânico e o 
método como o material foi processado. 
 
Este tipo de análise pode ser feito através da observação direta da amostra, utilizando uma 
ocular padronizada, ou de forma experimental, através do Método Planimérico de Jeffries e 
do Método dos Interceptos de Heyn. 
 
Os métodos experimentais podem ser utilizados de forma manual e de forma 
automatizada, através de um sistema computadorizado de análise de imagens. 
Grão (metalurgia) 
Grão adjacentes geralmente possuem diferentes orientações cristalográficas e um 
contorno de grão em comum e, durante a deformação plástica, o escorregamento ou o 
deslocamento de discordânicas devem ocorrer neste contorno, de um grão A para outro B. 
 
• O contorno de grão funciona como uma barreira a estes deslocamentos, por duas razões: 
Como os dois grãos possuem diferentes orientações cristalográficas, a discordância, ao 
passar do grão A para o B, precisa alterar sua direção de deslocamento, o que se torna 
mais difícil a medida que as desorientações aumentam. 
•A disordem atômica nos contornos de grão resultam na discontinuidade dos planos de 
escorregamento entre um grão e outro. 
 
Assim, um material com grãos mais finos possui maior dureza e resistência mecânica do 
que um material com grãos grosseiros, pois os primeiros possuem maior número de 
contornos de grão. 
Grão (metalurgia) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para muitos materiais, a tensão mínima de escoamento varia com o tamanho de grão de acordo com a 
seguinte relação: 
 
 
 
 
 
 
Nesta expressão, chamada de equação de Hall-Petch, “σy” é o limite de escoamento, “d” é o tamanho médio do 
 grão e “σ0” e “ky” são constantes particulares do material. 
 
 
 
 
Além disso, a diminuição tamanho dos grãos também eleva a dureza de várias ligas, sendo possível 
escrever outra relação empírica da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
onde “Hy” é a dureza, “d” é o tamanho médio dos grãos e “H0” e “ky” são constantes particulares do material. 
Grão (metalurgia) 
Por exemplo, o aço liga 4340 recozido (aquecido a 810°C e resfriado a uma taxa de 
11°C por hora) possui uma tensão de escoamento de aproximadamente 470 MPa e 
uma dureza de 17 HRC. Este mesmo aço, se passar por um processo de normalização 
apresenta tensão de escoamento de cerca de 860 MPa e dureza de 40 HRC.

Continue navegando