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APOSTILA DIREITO EMPRESARIAL ADMINISTRAÇÃO E CONTABEIS SEMESTRE 2025 1

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FACULDADE UNINASSAU 
CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
 
 
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
CURSO: ADMINISTRAÇÃO/CI;ÊNCIAS CONTÁBEIS 
RESUMO complementar de estudo: 
PROFESSOR: Fábio Souza 
 
 
 
APOSTILA 
 
DIREITO-EMPRESARIAL 
RESUMO DE ESTUDO 
COMPLEMENTAR: 
1º PERÍODO-CURSO: 
Admistração-/Ciências Contábeis. 
APOSTILA DE DIREITO EMPRESARIAL: 
 
BASE LEGAL MEI; 
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA. 
CÓDIGO CIVIL / 2002. 
DOUTRINA PRINCIPAL. Autores: Fábio Ulhôa / JUNIOR, Waldo Fazzio / Tomazette Marlon. 
DOUTRINA COMPLEMENTAR. Autores: 
FACULDADE UNINASSAU 
CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
 
 
ANO/2025.1 
 
 
SUMÁRIO: 
Capítulo-01 APRESENTAÇÃO DA EMENTA.............................................................. 
Capítulo-02 Sumário................................................................................................ 
Capítulo -03 Introdução Direito Empresarial........................................................... 
Capítulo-04 1.PRINCÍPIOS DA ATIVIDADE ECONÔMICA.......................................... 
Capítulo-05 2.LIVRE INICIATIVA............................................................................... 
Capítulo-06 
3.FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA.......................................................... 
 
Capítulo-07 
4.LIVRE CONCORRÊNCIA...................................................................... 
 
Capítulo-08 
5.PRINCÍPIOS DA ATIVIDADE ECONÔMICA.......................................... 
 
Capítulo-09 
6.EMPRESA E ATIVIDADE EMPRESÁRIA..................................... 
 
Capítulo-10 
7.CONCEITO DE EMPRESA. ATIVIDADES NÃO EMPRESÁRIAS.... 
 
Capítulo-11 
8.ELEMENTOS ECONÔMICOS E ELEMENTOS JURÍDICOS........... 
 
Capítulo-12 
9.EMPRESÁRIO INDIVIDUAL....................................................... 
 
Capítulo-13 
10.REQUISITOS. CAPACIDADE PARA EMPRESARIAL.................. 
 
Capítulo-14 
11.IMPEDIMENTOS.................................................................... 
 
Capítulo-15 
12.FORMALIZAÇÃO.................................................................... 
 
Capítulo-16 
13.ESTATUTO DA MICROEMPRESA............................................ 
 
Capítulo-17 
14.EMPRESÁRIO INDIVIDUAL..................................................... 
 
Capítulo-18 
15.OBRIGAÇÕES DO EMPRESÁRIO............................................. 
 
Capítulo-19 
16.REGISTRO.............................................................................. 
 
Capítulo-20 
17.DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS............................................. 
 
Capítulo-21 
18.ESCRITURAÇÃO. LIVROS EMPRESARIAIS............................... 
 
Capítulo-22 
19.OBRIGAÇÕES DO EMPRESÁRIO............................................. 
 
Capítulo-23 
20.REGISTRO.............................................................................. 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE UNINASSAU 
CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Teoria Geral Da Empresa. 
Direito Empresarial – Noções Econômica, Jurídica e Legal de Empresa: 
Em razão da dificuldade de se conceituar o termo empresa, ALBERTO ASQUINI 
criou seus 4 (quatro) perfis ou noções: 
(a) subjetivo; 
(b) objetivo/patrimonial; 
(c) funcional; 
(d) institucional/corporativo. 
No entanto, a doutrina ainda apresenta outras 3 (três) noções do termo empresa: 
(i) noção econômica; 
(ii) noção jurídica e; 
(iii) noção legal. 
1.1. Noção econômica de empresa 
 
 
 
Capítulo-01 
23.SISTEMA DE PROTEÇÃO DO NOME EMPRESARIAL............... 
 Pag 24 
Capítulo-01 
24.TÍTULO DE ESTABELECIMENTO............................................. 
 Pag 25 
Capítulo-01 
25.SISTEMA NACIONAL DE REGISTRO DE EMPRESAS................ 
 Pag 26 
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/direito-empresarial-carreiras-juridicas-nocoes-economica-juridica-e-legal-de-empresa/
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
A noção econômica de empresa reconhece-a como uma unidade organizada dos fatores 
de produção com o objetivo de oferecer bens e serviços para satisfação do mercado e 
das necessidades da sociedade. 
Doutrina: ―(…) Assim — acentua Ferri — a empresa é um organismo econômico, isto 
é, assenta-se sobre uma organização fundada em princípios técnicos e leis econômicas. 
Objetivamente considerada, apresenta-se como uma combinação de elementos pessoais 
e reais, colocados em função de um resultado econômico, e realizada em vista de um 
intento especulativo de uma pessoa, que se chama empresário. Como criação de 
atividade organizativa do empresário e como fruto de sua ideia, a empresa é 
necessariamente aferrada à sua pessoa, dele recebendo os impulsos para seu eficiente 
funcionamento.‖ (Rubens Requião) 
Doutrina: ―A noção inicial de empresa advém da economia, ligada à ideia central da 
organização dos fatores da produção (capital, trabalho, natureza), para a realização de 
uma atividade econômica. Fábio Nusdeo afirma que a ‗empresa é a unidade produtora 
cuja tarefa é combinar fatores de produção com o fim de oferecer ao mercado bens ou 
serviços, não importa qual o estágio da produção‘.‖ (Marlon Tomazette) 
1.2. Noção jurídica de empresa 
Por sua vez, para RUBENS REQUIÃO, empresa no sentido jurídico é a atividade 
desenvolvida pelo empresário. 
Doutrina: ―Trabalha o jurista, portanto, sobre o conceito econômico para formular a 
noção jurídica de empresa. (…) O Prof. Ferri, que apresenta essas observações, lembra 
os ângulos mais expressivos da empresa, pelos quais se interessa o direito. Nele nos 
apoiamos, para este resumo [dos ângulos mais expressivos da empresa]: 
a)A empresa como expressão da atividade do empresário. A atividade do empresário 
está sujeita a normas precisas, que subordinam o exercício da empresa a determinadas 
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condições ou pressupostos ou o titulam com particulares garantias. São as disposições 
legais que se referem à empresa comercial, como o seu registro e condições de 
funcionamento. 
b)A empresa como ideia criadora, a que a lei concede tutela. São as normas legais 
de repressão à concorrência desleal, proteção à propriedade imaterial (nome 
comercial, marcas, patentes etc.). 
c)Como um complexo de bens, que forma o estabelecimento comercial, regulando a 
sua proteção (ponto comercial), e a transferência de sua propriedade. 
d)As relações com os dependentes, segundo princípios hierárquicos e disciplinares nas 
relações de emprego, matéria que hoje se desvinculou do direito comercial para se 
integrar no direito do trabalho. 
(…) Essas considerações levam-nos a compreender que, no ângulo do direito comercial, 
empresa, na acepção jurídica, significa uma atividade exercida pelo empresário. Disso 
decorre inevitavelmente que avulta no campo jurídico a proeminente figura do 
empresário.‖ (Rubens Requião) 
1.3. Noção legal de empresa. 
Conforme FÁBIO ULHOA COELHO, a empresa é a ―atividade econômica 
organizada de produção ou circulação de bens ou serviços‖. 
Doutrina: ―Aproveitando o teor do artigo 966 do Código Civil de 2002, bem como do 
artigo 2.082 do Código Civil italiano de 1942, podemos concluir que a empresa é a 
atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços 
para o mercado.‖serão entidades distintas, pois uma será a organização e a outra a 
pessoa física ou jurídica, a quem pertence. 
O Código Civil brasileiro (Lei nº 10.406, de 10/01/2002) define empresário 
em seu art. 966: 
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou 
de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce 
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, 
ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o 
exercício da profissão constituir elemento de empresa.[20] 
Coelho destaca da definição as noções de profissionalismo, atividade econômica 
organizada e produção ou circulação de bens ou serviços. 
Profissionalismo associa-se a considerações de habitualidade, pessoalidade e 
monopólio de informações. 
Quanto à habitualidade, não se poderia considerar profissional uma pessoa que 
realizasse suas atribuições esporadicamente. Não pode ser considerado empresário 
quem organiza a produção de uma mercadoria de modo eventual, irregular, casual ou 
sem frequência. Não é empresário quem testa ou experimenta atividades empresariais 
por razões eventuais ou financeiras e não mantém este exercício de forma habitual. Em 
seguida, a respeito da pessoalidade, o empresário deve contratar empregados para 
efetivamente produzirem ou fazerem circular os bens e os serviços. O empresário exerce 
as atividades empresariais pessoalmente enquanto os seus empregados produzem ou 
fazem circular bens ou serviços em nome do empregador. O monopólio de informações 
que possui sobre o objeto de sua empresa, ou seja, sobre os produtos ou serviços da 
mesma é a última característica associada ao profissionalismo do empresário. As 
informações a respeito das condições de uso, qualidade, insumos utilizados, defeitos de 
fabricação e riscos aos consumidores devem ser de conhecimento do primeiro em razão 
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn20
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de ser este um profissional. Finalmente, o empresário também tem o dever de informar 
de maneira abrangente os consumidores e usuários a respeito de tais riscos. 
 
 
Atividade 
O empresário exerce profissionalmente a atividade economicamente organizada 
de produzir ou circular bens ou serviços - atividade denominada empresa. Empresa – 
atividade - não deve ser confundida com o sujeito de direito que a exerce – o 
empresário. Também não deve ser a empresa confundida com o local físico onde é 
exercida. A expressão adequada para estas duas últimas situações é a de 
estabelecimento empresarial. Finalmente, não se deve dizer que duas pessoas abriram 
uma empresa, mas sim que contrataram uma sociedade. Empresa significa 
empreendimento. 
 
 
 Econômica 
A atividade empresarial é econômica porque busca a obtenção de lucro por 
quem a exerce. O lucro pode ser o objetivo maior da atividade ou não. Nesta segunda 
hipótese, o lucro será instrumento para outros fins.[27] Escolas religiosas, por exemplo, 
devem lucrar para que o seu resultado seja instrumento utilizado na realização de seus 
fins humanitários ou de educação para uma doutrina de salvação. 
 
Organizada 
A empresa é atividade organizada porque nela são ligados, pelo empresário, 
quatro fatores de produção: capital, mão de obra, insumos e tecnologia. Para ser 
considerado empresário há de haver nas suas atividades estes quatro fatores.[28] 
Produção de bens ou serviços 
Produzir bens é fabricar produtos ou mercadorias. Atividades industriais são 
definidas como empresariais. Produção de serviços, por sua vez, é prestação de serviços. 
Produzem bens as montadoras de veículos ou as fábricas de eletrodomésticos enquanto 
prestam serviços os bancos, as seguradoras os hospitais e as escolas.[29] 
Circulação de bens ou serviços 
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn27
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn28
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn29
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Comercializar é buscar bens no produtor para levá-los ao consumidor. Fazer 
comércio é atuar na cadeia de escoamento de mercadorias. Empresário pode ser tanto 
atacadista como varejista, tanto comerciante de insumos quanto de mercadorias prontas 
para o consumo final. Circular serviços é servir de intermediário na prestação dos 
mesmos. As agências de turismo, por exemplo, não prestam serviços de transporte aéreo 
ou de hospedagem, mas, na verdade, montam pacotes de viagem onde são oferecidos 
estes serviços. 
Bens ou serviços 
Bens são corpóreos, serviços não. Prestar serviços comporta uma obrigação de 
fazer. 
Atividades econômicas civis 
A teoria da empresa apenas modifica a delimitação do objeto do Direito 
Comercial. Não ultrapassa a bipartição do Direito Privado em Civil e Comercial. 
As atividades econômicas civis são divididas em quatro: 
1. As atividades exploradas pelos não empresários. Prestação de serviços 
diretamente sem a organização na forma de uma empresa, mesmo que 
exercida profissionalmente, com fins de obtenção de lucro, não geram a 
condição de empresário e o regime será civil[32]; 
2. Atividades dos profissionais intelectuais – advogados, médicos, 
dentistas, arquitetos, escritores, músicos, atores, et cetera - são aqueles que 
exercem profissões intelectuais, científicas por natureza, literária ou 
artística mesmo que contratem empregados para auxiliá-los. As atividades 
destes profissionais são econômicas de natureza civil e não comercial. 
Exemplos de médicos que ampliam seus consultórios para clínicas e 
hospitais se enquadram, excepcionalmente, em elemento de empresa e, 
assim, escapam da condição de profissionais intelectuais para se 
enquadrarem na condição jurídica de empresário; 
3. As atividades dos empresários rurais que não são registrados na Junta 
Comercial – atividades econômicas rurais são aquelas exploradas 
normalmente fora da cidade como as de agricultura ou reflorestamento, 
pecuária, suinocultura, granja, equinocultura, corte de árvores, caça, pesca 
e mineração. O Código Civil, art. 971, permite que aqueles que exercerem 
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn32
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atividade rural como principal profissão, podem requerer inscrição na 
Junta Comercial, adquirir a condição de empresários e receber o 
tratamento jurídico como tal adequando-se ao conceito de agronegócio. 
Aqueles que, por sua vez, não se registrarem na Junta Comercial 
permanecerão sob o regime jurídico do Direito Civil e se enquadrarão na 
condição predominante de titulares de negócios rurais familiares; 
4. Cooperativas – as cooperativas serão sempre sociedades simples, 
independentemente da atividade explorada pelas mesmas. Código Civil, 
art. 982, parágrafo único. As cooperativas são bastante similares aos 
empresários nos seus requisitos identificadores como profissionalismo, 
atividade econômica organizada, produção e circulação de bens ou 
serviços mas se submetem legalmente ao regime jurídico civil e não 
podem falir ou requerer sua recuperação judicial, por exemplo. 
 
Empresário individual 
Pessoa física – empresário individual - ou pessoa jurídica – sociedade 
empresária. 
Sócios da sociedade empresária não são empresários. Serão empreendedores ou 
investidores. As regras aplicadas aoempresário individual não se aplicam aos sócios das 
sociedades empresárias. 
Empresários individuais – atividades econômicas não muito importantes. 
Costumam ser rudimentares ou ambulantes, sacoleiros, bancas de frutas, et cetera. Há de 
haver pleno gozo da sua capacidade civil pelo empresário individual. Assim, não serão 
empresários individuais os índios (por legislação própria), os menores de 18 anos não 
antecipados, ébrios habituais, viciados em tóxicos deficientes mentais, excepcionais e 
pródigos. Os menores emancipados podem exercer empresa por estarem no gozo de sua 
capacidade jurídica. Os incapazes podem exercer empresa se possuir alvará de 
autorização judicial salvo se a empresa for iniciada por ele na sua incapacidade. Esta 
situação será realizada por meio de representação ou assistência. 
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada 
A empresa individual de responsabilidade limitada – UNIPESSOAL – não é um 
empresário individual juridicamente. Esta é a sociedade limitada de apenas um sócio. O 
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sócio único da UNIPESSOAL não é empresário. A pessoa jurídica da UNIPESSOAL é 
empresária. Desta forma tem acesso aos direitos de uma empresa. 
Prepostos do empresário 
A mão de obra que desempenha tarefas para o empresário é composta pelos 
trabalhadores que serão denominados de prepostos. 
Previstos nos artigos 1169 a 1178 do Código Civil, os prepostos não podem, sem 
autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de 
responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas. 
Além do mais, o preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta 
própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo 
gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem 
retidos pelo preponente os lucros da operação. 
Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto, 
encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo nos casos em que haja 
prazo para reclamação. 
Em relação ao preposto gerente, considera-se gerente o preposto permanente no 
exercício da empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou agência. Quando a lei não 
exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos 
necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados. Na falta de estipulação 
diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos a dois ou mais gerentes. 
As limitações contidas na outorga de poderes, para serem opostas a terceiros, 
dependem do arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de 
Empresas Mercantis, salvo se provado serem conhecidas da pessoa que tratou com o 
gerente. Para o mesmo efeito e com idêntica ressalva, deve a modificação ou revogação 
do mandato ser arquivada e averbada no Registro Público de Empresas Mercantis. 
O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu 
próprio nome, mas à conta daquele. O gerente pode estar em juízo em nome do 
preponente, pelas obrigações resultantes do exercício da sua função. 
 
Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos 
prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de 
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má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele. No exercício de suas funções, 
os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos 
culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos. 
Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados 
nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados 
por escrito. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente 
obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento 
pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor. 
 
Fontes Pesquisadas: 
Bibliografia Pesquisadas: 
Site: https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial 
COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014 
 
[1] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.23. 
[2] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.24. 
[3]Idem. 
[4] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.25. 
[5]Idem. 
[6] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.26. 
[7]Idem. 
[8] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, Pp.26-27. 
[9] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.27. 
[10]Idem. 
[11] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, Pp.27-28. 
[12] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.28. 
[13]PAVEZZI, Letícia. Teoria dos atos de comércio e teoria da empresa. Disponível no endereço: 
http://www.webartigos.com/artigos/teoria-dos-atos-do-comercio-e-teoria-da-empresa/9029/ 
Acessado em 18/04/2014. 
[14]Idem. 
[15] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.29. 
[16] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, Pp.29-30. 
[17] BRASIL, Decreto 737 de 1850: http://arisp.files.wordpress.com/2008/04/decreto-737-de-1850.pdf, acesso em 18/04/2014. 
[18] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.31. 
[19] DE PLÁCIDO E SILVA, Vocabulário Jurídico, 27ª edição, quarta tiragem. RJ: Forense, 2007, verbete empresário. 
[20] BRASIL, Código Civil. Disponível no endereço: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L1040 
6.htm, acesso em 18/04/2014. 
[21] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.32. 
[22] AULETE, Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível no endereço: http://aulete.uol.com.br/espor%C3 %A1dico, acesso em 
18/04/2014. 
[23] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.32. 
[24]Idem. 
[25] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, Pp.32-33. 
[26] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.33. 
[27] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.34. 
[28]Idem. 
[29] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.35. 
[30]Idem. 
htm. Acesso em 25/04/2014. 
 
 
 
TEORIA GERAL DA EMPRESA: 
Direito Empresarial: 
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref1
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref2
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref3
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https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref5
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref6
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref7https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref8
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref9
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref10
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref11
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref12
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref13
http://www.webartigos.com/artigos/teoria-dos-atos-do-comercio-e-teoria-da-empresa/9029/
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref14
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref15
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref16
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref17
http://arisp.files.wordpress.com/2008/04/decreto-737-de-1850.pdf
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref18
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref19
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref20
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref21
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref22
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref23
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref24
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref25
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref26
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref27
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref28
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref29
https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref30
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Quem pode e não pode ser Empresário no Brasil? 
A atividade dos empresários pode ser vista como a de articular fatores de 
produção, que no sistema capitalista são quatro: capital, mão de obra, insumo e 
tecnologia. As organizações em eu se produzem bens e serviços necessários ou úteis à 
vida humana são resultado da ação dos empresários, ou seja, nascem do aporte de 
capital – próprio ou alheio -, compra de insumos, contratação de mão de obra e 
desenvolvimento ou aquisição de tecnologia que realizam. Quando alguém com 
vocação para essa a atividade identifica a chance de lucrar, atendendo à demanda de 
quantidade considerável de pessoas – quer dizer, uma necessidade, utilidade ou 
simples desejo de vários homens e mulheres -, na tentativa de aproveitar tal 
oportunidade, ele deve estruturar uma organização que produza a mercadoria ou 
serviço correspondente, ou que os traga aos consumidores. 
Empresário é definido na lei como profissional exercente de ―atividade 
econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços‖ (CC, art. 
966). Destacam-se da definição as noções de profissionalismo, atividade econômica 
organizada e produção ou circulação de bens ou serviços. 
 
1. Quais são as atividades consideradas empresariais e não empresariais pela 
legislação vigente? 
Conforme a norma há algumas atividades que não são consideradas 
empresariais, quais são: Empresários que trabalham em atividade rural familiar, os 
profissionais intelectuais, Profissionais liberais, e nos artigos 1093 até 1096, do 
Código Civil, que falam sobre as Cooperativas. 
As atividades que são consideradas empresariais são: Atividades praticadas por 
empresário individual, ou seja, pessoa natural (necessitando de registro junto à junta 
comercial e apresentar capacidade ou excepcionalmente se incapaz, mas manter-se 
assistido ou representado de acordo com o art. 974 do CC)―que exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de 
bens ou serviços‖ (art. 966CC). 
Empresa é o mesmo que atividade empresarial, ou seja, atividade de produção 
ou circulação de bens e serviços e atividade praticada por uma pessoa jurídica 
(sociedade empresária). 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10663622/artigo-1093-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10663132/artigo-1096-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10674399/artigo-974-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
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2. Quais os requisitos para ser empresário e os impedimentos para exercer a 
atividade empresarial? 
“Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em 
pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. Quanto aos 
incapazes podemos ler no artigo 974 do mesmo código”: 
“Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente 
assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais 
ou pelo autor de herança”. 
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das 
circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, 
podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou 
representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos 
por terceiros. 
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, 
ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, 
devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização. 
§ 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais 
deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio 
incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: 
(Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011) 
I - o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; (Incluído pela 
Lei nº 12.399, de 2011) 
II - o capital social deve ser totalmente integralizado; (Incluído pela Lei nº 12.399, 
de 2011) 
III - o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve 
ser representado por seus representantes legais. (Incluído pela Lei nº 12.399, de 
2011). 
 
Os que não podem exercer atividade empresarial: 
 Servidores Públicos 
 Militares da Ativa 
 Magistrados e Membros do MP 
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 Leiloeiro – IN do DNRC – Auxiliar da Empresa –Falido – Lei nº 11.101/05 
Interesse Público. 
 Diplomatas Estrangeiros 
 Estrangeiro não Residente no País 
 Pessoa Física – Débitos de INSS – Lei nº 8.212/91 
 Pessoa Física – Condenação Vedando Atividade Empresarial 
“Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de 
empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas”. 
 
3. A prática de atos isolados caracteriza o sujeito como empresário? 
Não, uma vez que é necessária que a atividadeempresarial seja realizada de forma 
contínua, a prática não contínuos ou esporádicos, não pode ser considerada como 
empresarial e nem quem o realiza como empresário. 
O Código Civil em seu artigo 966 dispõe os elementos característicos do 
empresário: 
“Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de 
auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de 
empresa. 
Igualmente, a prática habitual e organizada dos atos são necessários para o 
exercício da atividade econômica escolhida para conquista de lucros, ademais, a 
ausência de qualquer elemento descaracteriza o sujeito como empresário. 
 
4. Sócios e acionistas podem ser considerados empresários? 
Os sócios e acionistas não podem ser considerados empresários. 
Conforme o art. 966 do Código Civil, empresário é quem exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de 
bens ou de serviços. A ―atividade‖ citada no artigo refere-se à ―empresa, os sócios de 
uma sociedade empresária não são considerados empresários. A sociedade trata-se do 
empresário como pessoa jurídica já o acionista somente possui ações da empresa. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera��o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal�ncia-lei-11101-05
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983686/lei-org�nica-da-seguridade-social-lei-8212-91
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02
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5. Pode-se dizer que o “camelô” exerce atividade empresarial? 
Sim, conforme descrito no artigo 966CC: 
“Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de 
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”. 
Como podemos ler no artigo, o camelô exerce atividade econômica para 
circulação de bens, portanto ele exerce atividade empresarial. 
 
Fontes Pesquisadas: 
Bibliografia Pesquisada: 
COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 24. Ed. São Paulo: Saraiva, 2012). 
 
TEORIA GERAL DA EMPRESA: 
Direito Empresarial: 
Teoria Geral Empresa: 
O que é Empresa / Qual a diferença entre Empresa e Empresário: 
Conheça o conceito e diferença entre os institutos. 
A terminologia ―EMPRESA‖ é utilizado no cotidiano como significação de realidades 
muito diversas. Não por outro motivo, invariavelmente se considera que ―o conceito 
jurídico de empresa é um ‗tormento da doutrina‘‖ (L. BRASSI). 
Compreendendo a Empresa, sem olvidar da sua importância e manifestação no cenário 
econômico, a melhor análise jurídica deste instituto a tem observado como uma 
abstração. É nesse sentido que bem observa o estudioso Dr. José Augusto Araújo 
Pereira, que considera a Empresa como ―o útero onde nascem os negócios‖. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
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Diz-se da Empresa uma abstração porque, ao contrário do que pensa o homem 
comum, o instituto não se resume a um lugar físico onde se realize a atividade 
comercial / empresária. De maneira diversa: 
Entende-se juridicamente Empresa “como sendo a atividade, cuja marca 
essencial é a obtenção de lucros com o oferecimento ao mercado de bens ou 
serviços, gerando estes mediante a organização dos fatores de produção [...]. Em 
termos técnicos, contudo, empresa é a atividade [...].‖ (FABIO ULHOA COELHO, 
in Curso de Direito Empresarial, p. 18 e 63, v. 1). 
Ora, adotando o que postulam os mestres, a Empresa como ―atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços‖ (WILGES 
BRUSCATO, in Manual de Direito Empresarial Brasileiro, p. 82), e sabendo de 
antemão que 
Empresário é “quem desenvolve atividade econômica organizada para a 
produção ou circulação de bens ou serviços”(art. 966, CC), temos por conclusão 
lógica que empresa é a atividade típica do empresário. 
Diante disso, não se confunde Empresa com Empresário, e tampouco com o 
conceito de Sociedade. A Empresa compreende ―uma realidade muito mais ampla do 
que a sociedade, abrangendo todos os elementos, materiais e imateriais, jurídicos e 
metajurídicos, que o empresário deve organizar para o eficaz desenvolvimento de sua 
atividade‖ (FABIO TOKARS, in Primeiros Estudos de Direito Empresarial, p. 22). 
Conhecendo, pois, a Empresa como instituto jurídico autônomo, distinto dos 
conceitos de Empresário e Sociedade, somos capazes de observar a dinâmica das 
relações empresárias com maior clareza, revestindo cada instituto com a tutela jurídica 
adequada. 
Fontes Pesquisadas: 
Bibliografia Pesquisadas: 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02
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RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
Site: https://guithibes.jusbrasil.com.br/artigos/311871680/o-que-e-empresa-qual-a-diferenca-entre-empresa-e-empresario 
 
 
TEORIA GERAL DA EMPRESA: 
 
Disciplina: Teoria Geral Empresa. 
Função social da empresa: 
 
A função social da empresa é importante princípio e vetor para o exercício da 
atividade econômica, tendo em vista que o seu sentido advém da articulação entre os 
diversos princípios da ordem econômica constitucional. Longe de ser mera norma 
interpretativa e integrativa, traduz-se igualmente em abstenções e mesmo em deveres 
positivos que orientam a atividade empresarial, de maneira a contemplar, além dos 
interesses dos sócios, os interesses dos diversos sujeitos envolvidos e afetados pelas 
empresas, como é o caso dos trabalhadores, dos consumidores, dos concorrentes, do 
poder público e da comunidade como um todo. Dessa maneira, a função social da 
empresa contém também uma essencial função sistematizadora do ordenamento 
jurídico, sendo adensada por intermédio de normas jurídicas que têm por objetivo 
compatibilizar os diversos interesses envolvidos na atividade econômica ao mesmo 
tempo em que se busca a preservação da empresa e da atividade lucrativa que assim a 
qualifica. 
 
1. O Estado Social e a função social da empresa 
 
 
2. A função social da empresa na Constituição de 1988 
 
 
3. O alcance da função social da empresa 
 
 
4. A dimensão ativa da função social da empresa 
 
 
4.2. A reconfiguração dos destinatários dos deveres dos gestores 
 
 
4.3. Alternativas para a implementação da dimensão ativa da função social da empresa 
 
 
4.4. Síntese conclusiva: os desafios da operacionalização dos deveres oriundos da funçãosocial 
 
 
5. A dimensão de limitação a exercício de direitos e liberdades 
 
 
 
1. O Estado Social e a função social da empresa 
A função social da empresa e, antes disso, a noção de finalidade social dos direitos 
subjetivos são discussões que se inserem no contexto de crítica e superação do 
formalismo e individualismo exacerbados do Estado Liberal, quadro que possibilitou, a 
partir do final do século XIX e início do século XX, maior discussão acerca da 
intersubjetividade das relações jurídicas e da reaproximação do direito com a moral e a 
justiça.
1
 
Nesse sentido, tem-se que a alteração do paradigma do Estado Liberal – caracterizado 
pela fruição absoluta e egoística de direitos subjetivos e pelo receio de intervenção 
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-1
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-1
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https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-4
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-4
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-4
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-5
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-5
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-6
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-6
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-6
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-7
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-7
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https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-8
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-8
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-8
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-9
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-9
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RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
estatal nas relações privadas – para o Estado Social ocorreu antes mesmo do advento 
das primeiras Constituições sociais do século XX, isto é, da Constituição mexicana de 
1917 e da Constituição de Weimar, de 1919,
2
 em razão da crescente superação da ideia 
de direitos subjetivos e liberdades como poderes absolutos, vistos sob uma perspectiva 
individualista e formalista. 
Foi nesse contexto que, no intuito de reparar falhas do sistema de livre mercado 
e de compensar desigualdades econômicas, surgiram diversas teorias favoráveis à 
intervenção do Estado na economia, de maneira a conciliar a liberdade de iniciativa e a 
propriedade privada, de um lado, e os interesses sociais, de outro. Nesse sentido, 
desempenhou fundamental importância o pensamento de Keynes, que forneceu modelo 
capaz de estabelecer correspondência global entre os imperativos de crescimento 
econômico e as demandas sociais no âmbito de um Estado econômica e socialmente 
ativo.
3
 
Antes que se discorra diretamente sobre a função social da empresa, é necessário 
pontuar que, tendo em vista a vinculação entre liberdade e propriedade, esta última 
posteriormente ainda foi desenvolvido pela sociologia e pela doutrina social da Igreja 
Catócupou posição central nas primeiras discussões sobre a função social dos direitos 
subjetivos.
4
 Vale notar que os primeiros delineamentos sobre a função social da 
propriedade advêm do pensamento de Auguste Comte,
5
 que procurou substituir o 
caráter pessoal e arbitrário da propriedade privada por finalidade orientada para o bem 
da sociedade, o que posteriormente ainda foi desenvolvido pela sociologia e pela 
doutrina social da Igreja Católica.
6
 
Certo é que, posteriormente, a ideia de função social projetou-se sobre outros 
direitos e inclusive sobre a liberdade de contratar, suscitando discussões sobre a boa-fé, 
o equilíbrio contratual e a justiça material. Assim, como decorrência necessária do 
reconhecimento da função social da propriedade e da função social do contrato, a 
função social da empresa foi ganhando relevância, na medida em que aumentava o 
reconhecimento da empresa como instituição fundamental não apenas no âmbito 
econômico, mas também nos âmbitos político e social.
7
 
Passo importante para a consolidação da função social da empresa foi o advento 
do Estado Social, que surge, de certa forma, para conciliar o capitalismo com o bem-
estar social,
8
 além de promover a superação da dicotomia entre direito público e direito 
privado,
9
 para que sejam entendidos no âmbito de uma relação de recíproca 
complementaridade e dependência, de modo a realçar o compromisso dos direitos 
subjetivos privados em assegurar o bem-estar comum.
10
 
É importante observar que o reconhecimento da noção de função social não foi 
capaz de resolver, por si só, o problema do exercício de direitos subjetivos, na medida 
em que a fluidez do conceito ensejou as mais diversas interpretações sobre seu alcance, 
sobretudo no que toca à criação de deveres positivos, e não apenas a abstenções 
decorrentes dos direitos.
11
 Acrescente-se, também, que o fato de a função social ter sido 
alçada a princípio jurídico ensejou grande discussão – persistente até os dias de hoje – 
sobre a possibilidade de os poderes e faculdades que caracterizam os direitos subjetivos 
coexistirem com deveres positivos em favor da coletividade.
12
 
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RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
Não obstante, a função social da empresa, pelo menos como proposta, 
consolidou-se a partir do momento em que a função social da propriedade projetou seus 
efeitos sobre os bens de produção, que igualmente têm sua estrutura alterada para 
assumir compromissos e obrigações com empregados, consumidores e com a 
comunidade como um todo.
13
 Assim, o patrimônio da empresa não pode estar 
comprometido tão somente com os interesses dos sócios, mas também com os interesses 
da coletividade. 
Contudo, a função social dos bens de produção compreende apenas uma parcela 
da função social da empresa, que diz respeito a realidade complexa que não se limita ao 
seu aspecto patrimonial. Vale observar que, em face da existência do poder de controle 
e de sua possível dissociação da propriedade,
14
 a função socialda empresa precisou 
ampliar seu âmbito de incidência para abranger também o controle e a administração. 
Dessa maneira, o foco da função social deslocou-se da propriedade dos bens de 
produção para o poder de organização e controle.
15
 
A grande dificuldade do princípio da função social da empresa é justamente a de 
operacionalizar os deveres e responsabilidades advindos de tais modificações 
produzidas sobre a concepção clássica de direitos subjetivos. Não obstante, o estudo dos 
efeitos da função social da empresa sobre as relações privadas estabelecidas requer a 
harmonização de tal princípio com as demais normas orientadoras da ordem econômica 
constitucional de 1988, o que será explorado na seção a seguir. 
2. A função social da empresa na Constituição de 1988. 
Dispõe o caput do art. 170 da Constituição Federal de 1988 que a ordem 
econômica está ―fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa‖ e 
―tem por fim assegurar a todos uma existência digna, conforme os ditames da justiça 
social‖, para então elencar os princípios que conformam a ordem econômica 
constitucional: 
(i) a soberania nacional; 
(ii) a propriedade privada; 
(iii) a função social da propriedade; 
(iv) a livre concorrência; 
(v) a defesa do consumidor; 
(vi) a defesa do meio ambiente; 
(vii) a redução das desigualdades regionais e sociais; 
(viii) a busca do pleno emprego; e 
(ix) o tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de 
pequeno porte. 
A norma em questão, juntamente dos arts. 1º e 3º da Constituição, permite 
compreender a base sobre a qual se estrutura a ordem econômica brasileira, mostrando 
claramente que não existe oposição entre a liberdade de iniciativa e as responsabilidades 
inerentes à autonomia. Note-se que, como manifestação da autonomia, da emancipação 
do homem e do desenvolvimento da personalidade, a livre iniciativa recebe proteção 
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1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
constitucional em todos os seus desdobramentos, seja na liberdade de investimento, na 
liberdade de organização ou na liberdade de contratação.
16
 
Importa ressaltar que o art. 170 traz diversos princípios que orientam e direcionam 
o exercício da livre iniciativa empresarial, a exemplo da livre concorrência, da proteção 
dos empregados, da defesa do consumidor e do meio ambiente, da redução das 
desigualdades e do tratamento diferenciado à empresa de pequeno porte.
17
 A função 
social, nesse sentido, mantém relação com todos esses princípios, procurando destacar 
que o fim da empresa é o de proporcionar benefícios para todos os envolvidos 
diretamente com a atividade e, ainda, para a coletividade. Não é por outra razão que há 
considerável ação do legislador nos assuntos descritos pelo art. 170, com vistas a 
concretizar tais princípios em regulação jurídica específica.
18
 
É o que se verifica, por exemplo, nas normas de proteção da concorrência e de 
repressão estatal sobre atos praticados por detentores de poder econômico, que adensam 
o princípio da livre concorrência (CF, art. 170, IV), ao promover seu objetivo de 
garantir nível de competitividade que tanto possibilite a liberdade dos agentes 
econômicos que pretendam ingressar ou permanecer no mercado, quanto assegure aos 
consumidores menores preços advindos da liberdade de escolha e da difusão do 
conhecimento econômico. No mesmo sentido, o princípio da defesa do consumidor 
(CF, art. 170, V) concede proteção diferenciada aos destinatários finais de produtos e 
serviços, o que se concretiza por intermédio do Código de Defesa do Consumidor, 
aplicável a todas as atividades empresariais. 
No que diz respeito à proteção dos trabalhadores, consubstanciada pela busca ao 
pleno emprego (CF, art. 170, VIII) e pelos direitos fundamentais dos trabalhadores 
previstos pelo art. 7º da Constituição de 1988, a função social age no sentido de 
legitimar ou promover a implementação de mecanismos para a distribuição dos 
resultados da atividade empresarial e a viabilização de iniciativas de co-gestão.
19
 
Importa, ainda, destacar que a proteção ao meio ambiente (CF, art. 170, VI) 
mantém importante vinculação com a função social da empresa, na medida em que 
impõe à atividade empresarial vários deveres positivos em prol de tal objetivo, 
limitando em grande medida seu âmbito de atuação com vistas a preservar os recursos 
naturais e promover o desenvolvimento econômico sustentável.
20
 
A exposição dos exemplos acima serve para demonstrar que todos esses princípios 
da ordem econômica constitucional estão conectados à função social da empresa, uma 
vez que têm por objetivo ampliar os interesses que devem ser protegidos e atendidos por 
meio da atividade empresarial,
21
 constituindo importantes parâmetros para o direito 
societário como um todo. 
É claro, contudo, que os princípios constantes do art. 170 da Constituição não 
esgotam o sentido da função social da empresa. Na verdade, o equilíbrio entre liberdade 
empresarial e o igual direito à liberdade do restante da sociedade suscita importantes 
questões concernentes à justiça social, que não pode ser reduzida a fórmulas fechadas e 
insensíveis ao processo democrático e ao contexto social em que é analisada.
22
 
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Por óbvio, a função social não tem por fim aniquilar liberdades e direitos dos 
empresários e tampouco de tornar a empresa mero instrumento para a consecução de 
fins sociais. A função social tem por objetivo, com efeito, reinserir a solidariedade 
social na atividade econômica sem desconsiderar a autonomia privada, fornecendo 
padrão mínimo de distribuição de riquezas e de redução das desigualdades. 
A proximidade da função social da empresa com a justiça social levanta importantes 
questões sobre sua amplitude e seu alcance e, ainda, sobre a possibilidade de se 
imputarem deveres positivos a empresários e gestores sem que sequer exista prévia 
identificação dessas obrigações pelo legislador. Por essa razão, é importante que se 
discuta de que maneira a função social altera a própria noção de interesse social da 
empresa e, assim, projetar seus efeitos sobre a atividade empresarial como um todo. 
3. O alcance da função social da empresa 
A compreensão do âmbito de incidência da função social da empresa requer que 
sejam superadas discussões polarizadas e contaminadas de discursos maniqueístas ou 
excessivamente ideológicos, procurando articular maneiras efetivas de equilíbrio da 
dimensão funcional com a autonomia privada. Existe grande necessidade, nesse sentido, 
de adoção de visão integrada da empresa, a fim de se chegar a soluções coerentes, 
sistemáticas e que evitem uma excessiva funcionalização. 
É necessário pontuar que a função social da empresa é princípio que amplia e 
modifica o interesse social das sociedades empresárias e mesmo os objetivos da 
atividade empresarial. Com isso, tal princípio tem impacto direto sobre a compreensão 
do interesse social, que continua sendo questão fundamental do direito societário nos 
dias atuais. 
O interesse social ―é o parâmetro que conforma os fins e os meios pelos quais tal 
atividade deve ser exercida, diante dos valores ou objetivos maiores que justificam a 
existência da própria sociedade‖.
23
 Dessa maneira, o interesse social é a baliza estrutural 
e valorativa da gestão das sociedades empresárias, estando seus desdobramentos 
filosóficos e técnico-operacionais em constante interpenetração. 
A noção de interesse social, contudo, foi elaborada de maneiras diversas ao 
longo dos tempos, destacando-se o embate entre concepções contratualistas e 
institucionalistas.A abordagem contratualista do interesse social, estruturada no século 
XIX, parte do pressuposto de que o interesse social corresponderia ao interesse dos 
próprios acionistas.
24
 Com a derrocada do Estado Liberal, foram dados os primeiros 
passos para a construção de uma abordagem institucionalista do interesse social, a partir 
de perspectiva que considera as pessoas jurídicas como ―núcleos sociais autônomos 
destinados a atender finalidades socialmente úteis em torno das quais os indivíduos se 
unem e criam uma organização‖.
25
 Uma das consequências da nova abordagem, que 
passou igualmente pela influência da função social da empresa, foi a de considerar que 
o interesse social deve abranger interesses outros que não apenas os dos acionistas e que 
―a racionalidade empresarial precisa direcionar-se igualmente para o atendimento de 
padrões mínimos de justiça‖,
26
 ainda que haja dúvidas sobre como compatibilizar os 
interesses contrapostos que se projetam sobre a sociedade. 
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Por essa razão, o debate entre contratualismo e institucionalismo ainda mantém 
relevância, ainda que sob nova roupagem.
27
 É o que se verifica na oposição entre o 
modelo clássico (shareholder-oriented), direcionado à proteção dos interesses dos 
sócios, personagens centrais no regime de governança corporativa das empresas; e o 
modelo de proteção a stakeholders (stakeholder-oriented), alternativa por meio da qual 
serão também sujeitos relevantes no regime de governança corporativa todos aqueles 
que estejam de alguma maneira ligados à atividade em questão, sejam empregados, 
credores, consumidores, o poder público, entre outros.
28
 
É importante lembrar que, mesmo sob a ótica do contratualismo, as sociedades – 
e especialmente a sociedade anônima – são palcos naturais de conflitos. No direito 
anglo-saxão, em razão da grande disseminação do controle gerencial,
29
 o principal 
conflito societário (agencyproblem) ocorre entre acionistas e administradores, enquanto 
que, nos países de tradição romano-germânica, o principal conflito ainda diz respeito à 
relação entre acionistas controladores e minoritários. 
O que ocorre em razão da função social da empresa é o aumento exponencial 
desses conflitos, que deixam de se referir apenas aos acionistas e aos gestores. Afinal, 
mesmo as versões mais moderadas do institucionalismo mostram que os interesses dos 
sócios, embora importantes, não são os únicos que merecem tutela, sendo igualmente 
dignos de proteção os interesses dos trabalhadores, dos consumidores, do poder público 
e da própria coletividade. 
para serem atendidos.
33
 A correta compreensão do âmbito de incidência da função 
social da empresa requer que se considerem os diversos interesses que compõem o 
―interesse social‖ e da preservação da empresa como parâmetros interpretativos das 
regras existentes sobre diversas disputas societárias. 
Há que se esclarecer igualmente que, muito embora a função social apresente 
grande amplitude, há formas de manifestação do poder empresarial no âmbito das quais 
a própria lei pode restringir seu âmbito de incidência. É o caso das empresas estatais, 
regidas pela Lei 13.303/2016, que delimitou o conceito de função social da empresa 
estatal de forma mais precisa, identificando-o com a realização do interesse coletivo ou 
o atendimento a imperativo de segurança nacional constantes da lei autorizadora (art. 
27).
34
 
Por fim, não se pode esquecer que a incidência do princípio da função social da 
empresa encontra também importante problemática na recente mudança das formas de 
organização da atividade econômica, que paulatinamente deixa de se estruturar por 
estruturas hierárquicas para adotar outros formatos, a exemplo dos chamados contratos 
associativos e contratos híbridos.
35
 Para alguns, como é o caso de Ronald Dore,
36
 a 
realidade atual é marcada pela fragmentação ou desagregação da empresa, ou seja, pela 
substituição de um sistema de produção coordenado dentro de uma empresa 
verticalmente integrada por um sistema de produção coordenado entre um largo número 
de empresas que precisam encontrar arranjos contratuais que assegurem a estabilidade 
de suas relações. 
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Frente a tal quadro, a incidência da função social da empresa tão somente sobre 
o controle ou a administração se mostra insuficiente para tutelar as situações de 
materialização do poder empresarial de maneira a proteger os demais afetados por suas 
consequências. Além disso, passam a exercer papel importante na organização 
empresarial figuras como fundos de investimento e formas de ―controle‖ como a 
influência relevante produzida por práticas como o interlocking,
37
 cuja estrutura sem 
dúvida enseja maiores reflexões sobre a necessidade de garantia da observância dos 
deveres advindos da função social da empresa. 
4. A dimensão ativa da função social da empresa 
4.1. Projeções da dimensão ativa sobre a distribuição dos recursos da empresa 
A função social, conforme construída pela doutrina italiana, não tem por 
finalidade apenas a anulação de condutas antissociais, mas também o direcionamento e 
orientação do exercício dos direitos para a realização do interesse público, sem 
comprometer o núcleo de individualidade a eles inerente. Segundo Pietro Perlingieri,
38
 a 
função social não serve apenas à delimitação dos limites dos interesses e direitos 
subjetivos, mas também comporta uma dimensão ativa ou impulsiva. 
Apesar das diferenças encontradas na doutrina sobre o aspecto positivo ou 
impulsivo da função social,
39
 a base comum de sentido que une as várias teorias sobre o 
assunto é a preocupação de que os direitos subjetivos possam e devam ser instrumentos 
de construção de uma sociedade mais justa e solidária, resgatando o compromisso 
destes com liberdade e a emancipação não apenas dos seus titulares, como também dos 
demais membros da sociedade. 
Entretanto, uma das discussões que subsiste diz respeito à necessidade da prévia 
intermediação legal para a concretização da dimensão ativa da função social, sob o 
fundamento de que seria mera norma programática, direcionada apenas ao legislador e 
não aos cidadãos. A prevalecer esta linha de raciocínio, o princípio não teria nenhuma 
eficácia prática como cláusula geral a orientar o exercício dos direitos subjetivos.
40
 Tal 
questão diz respeito não apenas aos enunciados constitucionais relativos à função social, 
mas também a normas legais, como aquela prevista pelo art. 154 da Lei das S/A, 
segundo a qual ―[o] administrador deve exercer as atribuições que a lei e o estatuto lhe 
conferem para lograr os fins e no interesse da companhia, satisfeitas as exigências do 
bem público e da função social da empresa‖. 
Já se viu que a função social da empresa não se resume a norma programática, 
mas é princípio que vincula a atividade empresarial à realização da justiça social, de 
maneira a modificar a noção de interesse social para abarcar todos os sujeitos que, de 
alguma forma, sejam afetados pela atividade empresarial, interna ou externamente. 
Logo, resta saber a medida a dimensão ativa ou impulsiva da função social da empresa. 
Se a dimensão ativa da função social consiste justamente na criação de um plus 
ao princípio norteador da atividade econômica constante da Constituição de 1988, 
impondo obrigações destinadas a garantir que o patrimônio, os lucros e demais recursos 
da companhia sejam igualmente investidos para o atendimento dos demais interesses 
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que se projetam sobre a empresa,
41
 uma questão fundamental é saber se o princípio 
impõe algum tipo de redistribuição direta dos recursos empresariais. 
A melhor compreensão é que políticas distributivas devam ser feitas por 
obrigações legais específicas e claras, sob pena de sujeitar os gestores das sociedades 
empresárias à tarefa complexa e praticamente inexequível, com muitos efeitos 
deletérios, dentre os quais: (i) o engessamento da atividade empresarial em razão da 
ampliação dos deveres passíveis de responsabilização; (ii) o aumento de custos de 
transação em razão da incerteza quanto à extensão dos deveres; (iii) o repasse dessas 
dificuldades para os custos finais; (iv) o aumento da discricionariedade dos 
administradores, enfraquecendo a prestação de contas; (v) a admissibilidade de amplo 
controle judicial sobre o mérito das decisões empresariais;
42
 (vi) o risco de fuga de 
investimentos em razão da discricionariedade dos gestores.
43
 
É necessário, pois, que o ordenamento forneça regras que estabeleçam 
claramente as obrigações imputáveis aos gestores, não havendo que se falar em sua 
responsabilização pessoal em virtude do descumprimento de cláusulas gerais 
excessivamente amplas. Exemplos de regras dessa espécie são a regulamentação estatal 
do mercado de capitais; a adoção de estratégias de governança adequadas à natureza da 
atividade, como ocorre no regime da Lei das Estatais (Lei 13.303/2016); a introdução de 
soluções estruturais; a prevenção do conflito de interesses; a legitimação e estímulo da 
responsabilidade social voluntária, entre outros, como se mostrará a seguir. 
Dessa maneira, é forçoso concluir que a função social da empresa não tem o 
condão de obrigar que o patrimônio, os lucros e demais recursos da companhia sejam 
distribuídos diretamente para atender aos interesses que se projetam sobre a empresa, 
ainda mais quando a ação dos gestores já é naturalmente conformada pelas inúmeras 
exigências impostas, tais como as previstas nas leis protetivas dos consumidores, 
trabalhadores, meio ambiente, mercado de capitais, dentre outros.
44
 
Daí a dificuldade de se impor aos gestores uma redefinição dos seus deveres que 
os obrigue a realizar a distribuição dos recursos da companhia a partir de uma cláusula 
geral da função social da empresa sem nenhuma especificação. Por essa razão, o 
processo distributivo a ser sustentado pela imperatividade do princípio da função social 
da empresa requer a intermediação da lei ou a previsão de critérios mais consistentes, 
sob pena de imputar aos gestores tarefa inexequível, para a qual teriam poderes tão 
incontroláveis como arbitrários.
45
 
4.2. A reconfiguração dos destinatários dos deveres dos gestores 
Um dos principais efeitos da função social da empresa é o de reconfigurar os 
deveres gerais dos gestores e mesmo dos sócios minoritários, bem como de modificar os 
destinatários de suas atividades. Nesse sentido, tendo em vista a já comentada 
transformação produzida pela função social sobre o conceito de interesse social, ganha 
fundamental relevância o dever de agir no interesse da companhia. É claro que a 
atribuição de deveres decorrentes da função social não pode comprometer o conteúdo 
mínimo da autonomia e individualidade dos sócios, porém o dever de agir no interesse 
da companhia se fará presente quando este for convergente com sua posição de sócio, 
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isto é, com a comunhão dos acionistas em torno do objeto social;
46
 e com o respeito aos 
demais interesses que se projetam sobre a empresa.
47
 
Dessa maneira, o compromisso dos acionistas com o interesse social se traduz 
nos deveres de cuidado e proteção que necessariamente deverão orientar o exercício do 
direito de voto, sobretudo no que diz respeito à tutela de valores constitucionalmente 
protegidos. Importa rememorar, portanto, que embora diversos interesses sejam 
merecedores de tutela, o interesse da empresa deve prevalecer sobre o de qualquer 
grupo envolvido. 
Por mais que tal dever se imponha a todos os sócios, a situação do controlador 
apresenta peculiaridade que agrava o grau de cuidado a ser observado em sua tomada de 
decisões: a necessária observância a acentuados deveres de diligência e lealdade, que 
aumentam consideravelmente o grau de cuidado no uso de seus direitos e prerrogativas, 
lembrando que o abuso de direito de voto muitas vezes se conecta com o abuso de poder 
de controle.
48
 
O dever de lealdade está fortemente conectado ao interesse social, constituindo-
se como cláusula geral que permite a evolução do direito societário e sua adaptação a 
novos fatos e, também, como fonte de uma série de condutas vedadas que adensam a 
cláusula geral em regras de comportamento que têm por objetivo evitar a ação do 
controlador em detrimento do interesse da companhia.
49
 É importante notar que a 
quebra dos deveres de lealdade nem sempre está associada a danos ao patrimônio social, 
mas a situações nas quais o gestor age com base em interesses próprios ou de terceiros, 
em detrimento do interesse da companhia.
50
 É por essa razão que, em casos de violação 
ao dever de lealdade, o controlador tem a obrigação não apenas de ressarcir o dano, mas 
de devolver o benefício indevido.
51
 
Embora a companhia e os acionistas, especialmente os minoritários, sejam 
importantes destinatários do dever de lealdade, as reflexões propiciadas pelo 
institucionalismo e pela função social da empresa alargaram o rol de beneficiados. Em 
razão do princípio da função social da empresa, o espectro dos interesses a serem 
observados pelo dever de lealdade ganha considerável expansão não somente em 
relação aos administradores, mas também em relação aos controladores. Não é sem 
razão que o art. 116, § único da Lei das S/A, chega a mencionar os deveres que o 
controlador tem em relação à comunidade, cujos ―direitos e interesses devemlealmente 
respeitar e atender‖.
52
 
Os gestores também são submetidos ao dever de informação, na medida em que 
a tomada de decisões deve estar aparelhada com todas as informações postas à sua 
disposição, buscando aconselhamento próprio quando não estiverem munidos do 
conhecimento necessário para realizar determinada escolha.
53
 Tal dever se caracteriza, 
ainda, pela necessidade de os gestores desconfiarem e certificarem-se da higidez das 
informações recebidas, com vistas a assegurar o cumprimento do interesse da 
companhia.
54
 Sob essa perspectiva, o dever de informação deve projetar-se igualmente 
sobre as consequências da gestão sobre todos os interesses que compõem o interesse 
social. 
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Já o dever de diligência é caracterizado pela adoção como parâmetros de 
conduta os padrões de cuidado todo homem ativo e probo costuma empregar na 
administração de seus negócios (Lei 6.404/1973, art. 153), razão pela qual se sustenta 
que tal dever é o primeiro aos quais os gestores estarão sujeitos. Trata-se de dever de 
grande fluidez que deve ser avaliado de forma casuística, considerando fatores como o 
tamanho da companhia, a natureza de suas atividades, a forma de estruturação da 
administração e o tempo e as circunstâncias em que a decisão foi tomada.
55
 
O dever em questão determina que controladores deverão agir apenas se 
detiverem as informações necessárias para tanto, o que dependerá da complexidade da 
questão envolvida e do tempo para a tomada da decisão. Dessa maneira, sustenta-se que 
o conteúdo mínimo do dever de diligência é o dever de agir informado.56
 
Nesse sentido, o significado do dever de diligência não se resume ao dever de 
agir informado, mas também apresenta importante aspecto organizacional, tendo em 
vista que faz parte de seu âmbito de aplicação o dever de estruturação da atividade 
empresarial segundo as regras cogentes aplicáveis às empresas como um todo ou ao 
setor da atividade explorada. Pode-se, a título de exemplo, mencionar a necessidade de 
organização da empresa em consonância com as legislações anticorrupção e antitruste, 
no âmbito das quais têm adquirido relevância os programas de 
compliance,
57
 instrumentos capazes de demonstrar o cumprimento dessas regras por 
intermédio de mecanismos de vigilância, supervisão e investigação sobre as atividades 
da sociedade, viabilizando a intervenção adequada diante da identificação de problemas 
e ameaças.
58
 
O compliance, assim, constitui ferramenta capaz de apresentar o 
comprometimento da empresa com o cumprimento das normas legais e, assim, de 
conferir accountabilityà gestão empresária. Na mesma linha, o fortalecimento de boas 
práticas de governança corporativa igualmente contribui para a construção de gestão 
transparente e orientada pelos princípios reitores da atividade empresarial.
59
 Não é por 
outra razão que o próprio mercado de capitais dispõe de listagens específicas para 
empresas que adotem determinadas práticas de governança corporativa, como é o caso 
do Novo Mercado e dos níveis de governança 1 e 2 da Bovespa. 
Embora a companhia continue sendo uma importante destinatária do dever de 
diligência, é certo que a função social da empresa tem como importante consequência a 
de ampliar os destinatários deste, incluindo, no seu espectro de proteção, outros direitos 
e interesses que não apenas os da companhia.
60
 Nesse sentido, uma das tendências 
atuais do direito societário é precisamente a de reforçar o dever de diligência dos 
administradores em relação aos acionistas, empregados, investidores em títulos de 
companhias abertas, poder público e terceiros.
61
 O principal efeito da ampliação 
subjetiva do dever de diligência é a de impor aos gestores das companhias que assumam 
a postura de árbitros de vários interesses, devendo sopesá-los com prudência, para tomar 
decisões equilibradas.
62
 
Apesar das dificuldades relacionadas à mediação dos conflitos provenientes da 
ampliação do rol de destinatários do dever de diligência, pode-se concluir que os 
poderes de controle e de administração sejam exercidos de maneira informada, 
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moderada e proporcional, a fim de não criar danos desnecessários, inadequados ou 
desarrazoados para os demais interesses que se projetam sobre a empresa. Desse modo, 
por mais que a gestão deva ser orientada para o lucro e para a manutenção da empresa, 
caberá aos administradores trilhar esse caminho de forma ponderada e não excessiva, 
diante dos demais interesses que devem ser resguardados, sendo possível inclusive o 
afastamento de ações vantajosas para a sociedade e os sócios sempre que trouxerem 
danos desproporcionais a outros grupos envolvidos.
63
 
Tais cláusulas gerais dedutíveis do princípio da função social da empresa 
constituem importantes vetores da gestão empresarial, servindo inclusive para a 
identificação da culpa no exercício do controle, de poderes administrativos ou mesmo 
de direitos de sócios minoritários.
64
 Mesmo assim, apesar de apresentarem algum grau 
de densificação com relação aos princípios constitucionais incidentes, ainda carecem de 
concretização por deveres específicos a serem observados pelas empresas. 
 
4.3. Alternativas para a implementação da dimensão ativa da função social da 
empresa 
Ainda resta discorrer sobre importantes alternativas idôneas para a 
implementação da função social da empresa, como é o caso das soluções organizativas. 
Excelente exemplo é o modelo de co-gestão, mediante o qual os interesses de 
stakeholders como os trabalhadores podem ser internalizados através da participação 
desses sujeitos nos órgãos administrativos. Precedente importante é o da Alemanha, 
cujo modelo de co-gestão foi implantado no intuito de resolver conflitos de interesses 
entre acionistas e empregados, partindo-se do pressuposto de que ambos convergiam 
para a manutenção duradoura e rentável da empresa.
65
 Muito embora alguns autores 
defendam que o modelo de co-gestão foi iniciativa de sucesso local que não poderia ser 
expandido de forma eficiente para outros ordenamentos.
66
 Ainda assim, a adoção de 
soluções estruturais é alternativa relevante de solução das controvérsias advindas de 
interesses externos à gestão, razão pela qual é possibilidade digna de reflexão. 
É também da função social da empresa e de seu efeito de expansão do interesse 
social que advém a legitimação da responsabilidade social voluntária, cuja possibilidade 
decorre não apenas do texto constitucional, mas também da própria Lei das S/A, que no 
§ 4º de seu art. 154 dispõe que ―o conselho de administração ou a diretoria podem 
autorizar a prática de atos gratuitos razoáveis em benefício dos empregados ou da 
comunidade de que participe a empresa, tendo em vista suas responsabilidades sociais‖. 
A responsabilidade social diz respeito à integração voluntária de preocupações sociais à 
atividade empresarial, indo além das obrigações básicas previstas pela legislação – 
motivo pelo qual difere do compliance –, de sorte a conciliar o desenvolvimento social 
ao desenvolvimento das empresas.67 
Na esteira da legitimação da responsabilidade social, pode-se indagar a respeito 
da compatibilidade de atos gratuitos com objetivos filantrópicos com relação à 
finalidade lucrativa da atividade empresarial. Partindo-se do pressuposto de que as 
empresas têm por objetivo precípuo o lucro, em que medida empreendimentos 
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filantrópicos estariam de acordo com o objeto social das empresas? Apesar de o 
ordenamento brasileiro franquear a responsabilidade social voluntária, pode-se cogitar 
de modelos empresariais cuja atividade social seja a própria atividade da empresa, 
atividade esta que serve concomitantemente à busca pelo lucro. 
Questões como essas ensejaram, em outros sistemas, a criação de modelos de 
organização empresarial especificamente destinados a conformar empreendimentos 
caracterizados por essa dupla missão, isto é, a busca pelo lucro atrelada ao 
desenvolvimento social. Trata-se das chamadas benefitcorporations, que no modelo 
norte-americano ampliam os deveres de transparência, cuidado, lealdade e boa-fé para 
que a persecução da finalidade social possa ser fiscalizada e que, como contrapartida, a 
empresa possa fruir de certas vantagens legais e mesmo do ganho em reputação oriundo 
de sua qualificação como empresa social.
68
 
4.4. Síntese conclusiva: os desafios da operacionalização dos deveres oriundos da 
função social 
Partindo-se das premissas acima expostas, segundo as quais a função social da 
empresa, consequência direta da articulação dos princípios da ordem econômica 
constitucional, tem o condão de ampliar o rol de destinatários da atividade empresarial, 
é forçoso reconhecer que de tal norma geral é possível deduzir normas imperativas a 
serem observadas pelos gestores. Certo é que, mesmo com a intermediação da lei, há 
diversos problemas relativos à criação dos deveres positivos a serem endereçados. Por 
essa razão, não se pode cogitar de um dever geral, de caráter redistributivo, em relação 
aos recursos e ao patrimônio da empresa. 
Em qualquer caso, o ideal é que a função social da empresa seja implementadapor meio de deveres claros e objetivos, e não cláusulas excessivamente abertas. Por 
conseguinte, também será necessário harmonizar as diversas hipóteses de ―aplicação‖ 
da função social – como se verá na seção destinada à dimensão hermenêutico-
integrativa do princípio –, bem como os procedimentos para o cumprimento de tais 
imperativos. 
Há que se pensar igualmente em como o direito pode incentivar a realização da 
função social da empresa por meio de iniciativas como as soluções estruturais e a 
responsabilidade social voluntária. 
Por fim, é preciso que se verifique em que medida tais regras serão eficazes, de 
que maneira ocorrerá seu enforcemente quais serão seus impactos do ponto de vista 
econômico, tendo em vista que somente se pode cogitar de efetividade da função social 
da empresa se o princípio da preservação da empresa for também posto em evidência. 
Com isso, haverá espaço para a concretização do princípio na reconfiguração dos 
deveres de cuidado e proteção dos gestores, com vistas a incluir igualmente os 
shareholderscomo destinatários. 
5. A dimensão de limitação a exercício de direitos e liberdades 
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Além de projetar seus efeitos sobre a atividade empresarial para criar deveres 
positivos a serem observados por seus gestores, a função social da empresa apresenta 
também importante dimensão negativa ou passiva, direcionada à proibição do exercício 
de direitos subjetivos e liberdades que, por mais que estejam em aparente conformidade 
com o direito, sejam contrários às finalidades e princípios maiores do ordenamento 
jurídico. Por essa razão, a dimensão negativa da função social da empresa está 
intimamente relacionada à cláusula geral de vedação ao abuso de direito,
69
 traduzindo-
se em crítica ao formalismo e ao absolutismo da concepção liberal dos direitos 
subjetivos.
70
 
Como já se comentou, os princípios constitucionais que regem a livre iniciativa 
empresarial ampliam os deveres a que estão submetidos os gestores de empresas, de 
maneira que o desrespeito aos imperativos de tais normas de conduta terá por 
consequência a sua responsabilização pessoal. Diferentemente do que ocorre com a 
infração a deveres positivos, o abuso de direito possui a particularidade de decorrer de 
suposto assento em direito,
71
 apesar de ser ato ilícito.
72
 Por essa razão, os atos abusivos 
têm apuração mais difícil do que a do ato ilícito comum, mesmo porque requerem a 
análise dos limites a partir do qual o exercício de determinado direito deixa de ser 
legítimo.
73
 
Esses aspectos servem para demonstrar que deve haver equilíbrio entre a 
liberdade do titular do direito subjetivo e os direitos dos demais membros da sociedade, 
característica convergente com os ditames da função social da empresa e sua projeção 
sobre o conceito de interesse social.
74
 
Tendo em vista que os juízos de moderação, proporcionalidade ou equilíbrio 
para aferição do exercício abusivo de direitos pode conduzir a resultados equivocados 
em virtude de compreensão inadequada do que pode ser considerado exercício regular 
de direito subjetivo, a relação entre abuso de direito e função social da empresa se 
perfaz mediante a observância de critérios como a autonomia e a dignidade da pessoa 
humana. Esses critérios são capazes de orientar, de maneira mais coerente e segura, a 
verificação do exercício desproporcional de direitos ou liberdades, na medida em que 
propiciam juízo de comparação não entre diversos interesses ou direitos supostamente 
conflitantes, mas entre o igual direito dos membros da sociedade de serem livres e 
iguais.
75
 
Por conseguinte, embora não exista previsão constitucional explícita sobre a 
vedação ao abuso da livre iniciativa empresarial, a existência de cláusula geral nesse 
sentido é consequência do caráter deontológico e vinculante dos princípios previstos 
pelo art. 170 da Constituição de 1988. Sendo certo que as infrações à ordem 
econômica são justificadoras de punição (CF, art. 173, § 5º), com maior razão devem 
ser consideradas as condutas abusivas que causarem danos a terceiros para efeitos da 
responsabilidade civil tanto da companhia quanto, em certos casos, de seus dirigentes.
77
 
Como já se mencionou, a função social da empresa não tem por objetivo tolher o 
âmbito de atuação dos empresários por intermédio de normas extremamente abarcantes, 
mas sim de oferecer tratamento adequado à grande questão do direito societário: o 
correto equilíbrio entre poder e responsabilidade. Com isso, tem-se que os deveres 
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imputados aos gestores devem ser lidos à luz da Constituição e, assim, reconfigurados 
para corretamente endereçar a necessidade de consideração dos interesses dos diversos 
stakeholders. 
Nesse contexto, ganha importância a figura do abuso de direito dos gestores – 
tanto administradores quanto controladores, seja no exercício do poder de controle ou 
do direito de voto – tanto na modalidade dolosa, como na culposa, conforme já admitido 
pelo STJ,
78
 e, ainda, a possibilidade de abuso por omissão nos casos em que houver 
dever jurídico de atuar.
79
 Isso porque sobre a conduta dos gestores incide não apenas a 
função social da empresa, mas também a boa-fé objetiva, que da mesma maneira 
funciona como parâmetro para identificação do abuso de direito ao impor uma série de 
deveres especiais de proteção, de sorte que o abuso ocorrerá também sempre que houver 
omissão no cumprimento de tais deveres.
80
 Além disso, vale notar que o abuso por 
omissão está muito mais vinculado à dimensão ativa da função social do que a 
modalidade comissiva, relacionada ao excesso no exercício de direito, cujo combate 
está mais associado à dimensão passiva da função social. 
Questão importante a ser esclarecida, ainda a respeito do espaço de atuação dos 
gestores das sociedades e da criação de deveres positivos, é a distinção entre o regime 
aplicável aos controladores e administradores, categorias aqui tratadas conjuntamente 
sob a denominação de ―gestores‖. Por mais que ambos devam agir no interesse da 
companhia, a função social da empresa e a aplicação de instrumentos como a 
responsabilização pessoal devem operar de maneira diversa, uma vez que, ao passo que 
os administradores exercem competência funcional – e, portanto, estão obrigados a 
votar –, controladores exercem direitos subjetivos ou situações jurídicas complexas, 
motivo pelo qual podem inclusive optar por não votar, até para o fim de renunciarem ao 
controle, já que tal posição pressupõe a efetividade do poder.
81
 
Dessa forma, é perfeitamente possível interpretar o § único do art. 116 da Lei 
das S/A, por exemplo, de forma ampliativa, de maneira coibir, também o abuso por 
omissão. Acrescente-se que, muito embora tais abusos geralmente ocorram no exercício 
de poderes ou direitos de controladores e administradores, é possível também que o 
abuso, aqui entendido como ação em desacordo com o interesse social ou com os 
deveres gerais impostos a todos os sócios, ocorra também por parte da minoria 
societária, também passível de responsabilização pessoal.
82
 
A dimensão de limitação do exercício de direitos e liberdades mantém também, 
como já se pontuou, importante relação com o princípio da boa-fé objetiva, na medida 
em que o exercício de direitos subjetivos ou competências administrativas na gestão 
empresarial deverá observar os limites qualitativos e quantitativos que tal princípio 
impõe, especialmente diante de interesses constitucionalmente protegidos. A boa-fé 
objetiva, na verdade, representa parâmetro de aferição(Marlon Tomazette) 
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RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
Legislação: CLT Consolidação das Leis do Trabalho ―Art. 966, caput, do CC. 
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.” 
Note que o Código Civil de 2002 não define empresa, mas sim empresário, de onde é 
extraído seu conceito legal. 
 
 
 
 
 
 
 
1.3. Organograma das noções 
 
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Bibliografia Pesquisada: 
Fonte Pesquisada: 
Site: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/direito-empresarial-carreiras-juridicas-nocoes-economica-juridica-
e-legal-de-empresa/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria Poliédrica da Empresa e como ela foi adotada no Brasil? - Andrea Russar 
Rachel 
O eminente professor Ricardo Negrão, ao tratar sobre os perfis da empresa, 
leciona que o conceito poliédrico desenvolvido por Alberto Asquini concebe quatro 
perfis à empresa, visualizando-a, como objeto de estudos, por quatro aspectos 
distintos, a saber: a) perfil ou aspecto subjetivo; b) perfil ou aspecto objetivo; c) perfil 
ou aspecto funcional; e d) perfil ou aspecto corporativo ou institucional. 
O aspecto subjetivo consiste no estudo da pessoa que exerce a empresa, ou seja, a 
pessoa natural (empresário individual) ou a pessoa jurídica (sociedade empresária) que 
exerce atividade empresarial. 
O aspecto objetivo foca-se nas coisas utilizadas pelo empresário individual ou 
sociedade empresária no exercício de sua atividade. São os bens corpóreos e 
incorpóreos que instrumentalizam a vida negocial. Em suma, consiste no estudo da 
teoria do estabelecimento empresarial. 
Já o aspecto funcional, refere-se à dinâmica empresarial, isto é, a atividade própria 
do empresário ou da sociedade empresária, em seu cotidiano negocial. Nesse aspecto, 
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/direito-empresarial-carreiras-juridicas-nocoes-economica-juridica-e-legal-de-empresa/
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/direito-empresarial-carreiras-juridicas-nocoes-economica-juridica-e-legal-de-empresa/
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empresa é entendida como exercício da atividade (complexo de atos que compõem a 
vida empresarial). 
Finalmente, o aspecto corporativo ou institucional estuda os colaboradores da 
empresa, empregados que, com o empresário, envidam esforços à consecução dos 
objetivos empresariais. 
Pelo fato do aspecto corporativo submeter-se às regras da legislação laboral no direito 
brasileiro, o professor Ricardo Negrão prossegue ministrando que Waldírio Bulgarelli 
prefere dizer que, no Brasil, a Teoria Poliédrica da Empresa foi reduzida à Teoria 
Triédrica da Empresa, abrangendo tão-somente os perfis subjetivo, objetivo e 
funcional, que interessam à legislação civil. 
Partindo desses elementos, Waldírio Bulgarelli define Empresa como atividade 
econômica organizada de produção e circulação de bens e serviços para o mercado, 
exercida pelo empresário, em caráter profissional, através de um complexo de bens. 
Fonte Pesquisada. 
Bibliográfia Pesquisada: 
Site: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1727882/em-que-consiste-a-teoria-poliedrica-da-empresa-e-como-ela-foi-adotada-no-
brasil-andrea-russar-rachel 
 
 
TEORIA GERAL DA EMPRESA: 
Direito Empresarial: 
Teoria Geral Empresa: 
 
Quais os princípios que regem o Direito Empresarial: 
Direito Empresarial: Princípios Aplicáveis 
 O direito empresarial é regulamentado por normas especiais para disciplinar o 
mercado econômico. 
 Princípio da Autonomia Privada. 
 Princípio da Função Social da Empresa. 
 Princípio da Preservação da Empresa. 
 Princípio da Boa-fé Objetiva. 
 Princípio da Interdição da Concorrência Desleal. 
 
O Direito Empresarial e seus Princípios Constitucionais 
 
Introdução: 
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Feita uma rápida pesquisa, constatamos não haver tratamento, por parte da 
doutrina privada ou ―comercialista‖ dos princípios constitucionais do direito 
empresarial (ou comercial, para aqueles que preferem esta denominação). Então 
traçaremos aqui breves comentários aos princípios que regem esse ramo do direito. 
 
O Super Princípio dos Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa 
 
O princípio fundamental esculpido no ar. 1º, IV, CRFB, nos dá um dos 
valores (super princípios) resguardados por nossa Carta Política, quais sejam, o trabalho 
e livre iniciativa. Ambos estão no mesmo inciso não é à toa, pois são indissociáveis num 
Estado Democrático de Direito. Indissociáveis porque o trabalho é uma atividade 
humana que, em regra, visa realizar a produção e circulação de bens e serviços, e a livre 
iniciativa é o que legitima o direito à liberdade de organizar uma atividade econômica 
(claro, cumpridos os requisitos legais). 
 
A ordem econômica e financeira e os princípios gerais da atividade econômica 
 
 
A CRFB trouxe, como um de seus títulos, a ordem econômica e financeira, verdadeiro 
direito humano (ou fundamental) a uma ordem econômica justa e razoável, que obedeça 
a critérios de ordem pública, sujeitando-se os atores da atividade econômica nacional às 
regras e princípios legais e constitucionais. O primeiro dos capítulos desse título versa 
sobre os princípios gerais da atividade econômica, ou seja, dá ao intérprete a noção de 
que o disposto ali é um conjunto de princípios, que devem ser aplicados pelos juízes e 
orientadores de interpretação da norma e da própria CRFB. 
 
 
O art. 170, caput 
 
Nota-se que esse artigo traz valiosas noções ao direito: diz que a ordem econômica tem 
como fundamento o trabalho humano e a livre iniciativa, o que nos remete ao super 
princípio do art. 1º, IV, CRFB, e diz também que a finalidade do trabalho humano e da 
livre iniciativa é assegurar a todos uma existência digna (que traz íntima ligação com o 
super princípio da dignidade da pessoa humana, escrito no art. 1º, III, CRFB). Sendo 
assim, se não se está assegurando uma existência digna, o Estado deve promover 
políticas que visem trazer um existência digna. Um condicionador que existe no texto é 
que essa existência deve ser conforme os ditames da justiça social, o que nos traz a idéia 
de que o Estado deve usar a justiça social como parâmetro de atuação sobre a ordem 
econômica. A lei (Legislativo), o ato administrativo (Executivo) e a sentença 
(Judiciário) devem se pautar pela justiça social (que é um valor subjetivo) ao tratarem 
da ordem econômica. Os princípios específicos da ordem econômica vemos adiante. 
 
 
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O inciso I: o princípio da soberania nacional 
 
Esse princípio não é o mesmo que aquele valor explicitado no art. 1º, I, CRFB. Trata-se 
aqui de particularidade específica da soberania do Estado. Devemos entender aqui que a 
soberania é o poder que o Estado tem, através de seus instrumentos (lei, ato 
administrativo e sentença), de fazer valer sua vontade e comandar a ordem econômica, 
naquilo que for essencial. Essa intervenção estatal na ordem econômica não é nova, pois 
até a tutela processual penal já fazia referência a ela em 1941, poisdo abuso de direito, uma vez que 
serve para delinear o alcance das liberdades dos gestores no que diz respeito às relações 
com terceiros interessados na atividade empresarial em questão. Assim, o princípio da 
boa-fé – para além de produzir deveres positivos e de realçar o dever de cuidado – 
impõe que as decisões sejam tomadas por intermédio de procedimento razoável e bem 
informado.
83
 
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Essa dimensão negativa da função social da empresa igualmente não se resume a 
enunciados normativos gerais, mas encontra densificação em diversas regras que têm 
por objetivo a limitação do exercício dos direitos e liberdades empresariais em prol do 
atendimento do interesse social. 
Exemplos disso são visualizados no âmbito da Lei de Recuperação de 
Empresas e Falências (Lei 11.101/2005), que apresenta uma série de dispositivos 
destinados a limitar atos de gestão em prol da proteção dos credores (arts. 129 e 
seguintes.) e, ainda, disposições especiais acerca da proteção de detentores de créditos 
oriundos da legislação trabalhista (arts. 54; 83, I; etc.). 
No mesmo sentido, pode-se citar o já mencionado abuso de direito de voto, 
consequência lógica do princípio maior da vedação ao abuso de direito. Tal hipótese é 
regulada, ao menos para as sociedades por ações, pelo art. 115 da Lei das S/A, segundo 
o qual ―considerar-se-á abusivo o voto exercido com o fim de causar dano à companhia 
ou a outros acionistas, ou de obter, para si ou para outrem, vantagem a que não faz jus e 
de que resulte, ou possa resultar, prejuízo para a companhia ou para outros acionistas‖. 
Desse modo, tem-se novamente por consequência do exercício abusivo do direito de 
voto a responsabilização pessoal do acionista, ainda que o voto não tenha prevalecido, 
já que mesmo esta hipótese é capaz de causar danos à companhia. Por óbvio, em razão 
da importância da função conferida pelo Direito Societário aos controladores, seu voto 
abusivo ou mesmo o abuso do poder de controle devem ser combatidos, com vistas a 
compatibilizar adequadamente poder e responsabilidade.
84
 
Importa notar que o voto emulativo, isto é, aquele proferido com o fim de causar 
dano à companhia ou a outros acionistas, não é a única hipótese de voto abusivo 
descrita pela Lei das S/A. O referido diploma também prevê a abusividade do voto que 
traz vantagens indevidas para acionistas ou terceiros em detrimento da companhia ou 
demais acionistas. Trata-se de voto proferido em conflito de interesses, que consiste na 
violação do dever maior de agir no interesse da companhia. A proibição do conflito de 
interesses é consequência direta do dever de agir no interesse a companhia, pois o 
primeiro ocorre precisamente quando o interesse da companhia é preterido diante de 
outros interesses.
85
 
Não se pode esquecer, também, que o poder de gestão é condicionado pela 
incidência não apenas do § único do art. 116 da Lei das S/A, mas também da cláusula 
geral de vedação ao abuso de poder de controle constante do caput do art. 117 mesmo 
diploma e da enumeração exemplificativa de condutas vedadas que se lê no § 1º do art. 
117. Com isso, além de enumerar as condutas mais comumente associadas ao abuso de 
poder de controle, a lei societária contém princípio geral que proíbe o controlador de 
utilizar-se indevidamente do seu poder, como já se comentou na seção anterior.
86
 
Por fim, a limitação aos direitos e liberdades produzida pela incidência da 
função social da empresa não pode se estender de tal maneira a controlar o resultado das 
decisões negociais das companhias. As obrigações relacionadas aos deveres e vedações 
aplicáveis à gestão empresarial são de meio, mas jamais de fim. Tal constatação é 
assegurada por intermédio da aplicação da businessjudgementrule, que consiste na 
presunção de que a tomada de decisões dos gestores parte de base informada em boa-fé 
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e de que a ação foi tomada no melhor interesse da companhia e, ainda, na ideia de que o 
mérito das decisões dos administradores não é suscetível de alteração judicial, salvo se 
incorrerem em alguma das vedações legais supramencionadas (fraude, conflito de 
interesses, ilegalidade, entre outros).
87
 
Fontes Pesquisadas: 
Bibliografia Pesquisadas: 
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa 
 
ABREU, Jorge Manuel Coutinho. Deveres de cuidado e de lealdade dos administradores e interesse social. Reformas do Código das 
Sociedades. Jorge Manuel Coutinho Abreu et al. Coimbra: Almedina, 2007. 
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Direito Comercial. São Paulo: Faculdade de Direito; Universidade de São Paulo, 2010. 
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TEORIA GERAL DA EMPRESA: 
Direito Empresarial: 
Teoria Geral Empresa. 
Teoria Geral Empresa: 
Capacidade Jurídica para o exercício da atividade empresarial 
1. Conceitos e características: 
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
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O conceito de atividade empresarial pode ser identificado no artigo 966 do Código 
Civil. Segundo a teoria da empresa, ―considera-se empresário quem exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de 
bens ou de serviços‖. 
O empresário pode ser pessoa física (empresário individual) ou jurídica (sociedade 
empresária); em ambos os casos, são requisitos ou características: 
 profissional: o empresário deve exercer sua atividade de forma habitual, não esporádica; 
 atividade: o empresário exerce uma atividade, que é a própria empresa; 
 econômica: a busca do lucro na exploração da empresa; 
 organizada: segundo o professor Fábio Ulhoa Coelho, os fatores presentes na empresa 
são: o capital, a mão de obra, os insumos e a tecnologia; 
 produção: a fabricação de mercadorias ou a prestação de serviços; 
 circulação: a intermediação de mercadorias ou de serviços. 
 
2. Capacidade civil para ser empresário: 
 maiores de 18 anos, no gozo de seus direitos civis; 
 maiores de 16 e menores de 18 anos, desde que emancipados e não legalmente 
impedidos. 
Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a 
empresa exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. Nesses 
casos, o incapaz será autorizado pelo juiz. Se, contudo, o representante ou assistente 
forem pessoas legalmente impedidas, será nomeado um gerente com a aprovação do 
juiz, sem prejuízo da responsabilidade do representante ou do assistente. Ademais, o uso 
da firma caberá, conforme o caso, ao gerente ou ao representante do incapaz, ou a este, 
quando puder ser autorizado. 
Destaque-se que, tanto a emancipação, quanto a autorização deverão ser averbadas no 
Registro do Comércio, ou seja, na Junta Comercial. 
 
3. Sócio Incapaz: 
O Registro Público de Empresas Mercantis, a cargo das Juntas Comerciais, deverá 
registrar os contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, 
desde que (CC, Art. 974, § 3o): 
I – o sócio incapaz não exerça cargo de administração da sociedade; 
II – o capital social esteja inteiramente integralizado; 
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz, 
representado. 
 
4. Não podem ser empresários (impedimento por leis específicas) 
Algumas pessoas, embora tenham plena capacidade civil, não podem atuar como 
empresários ou administradores de sociedades empresárias, por estarem legalmente 
proibidos de empreender, independente da área de atuação pretendida. Neste contexto, 
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
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estão proibidos de atuar como empresários ou administradores de sociedades 
empresárias: 
 militares da ativa das três Forças Armadas e das Polícias Militares; 
 funcionários públicos civis (União, Estados, Territórios e Municípios); 
 magistrados; 
 médicos, para o exercício simultâneo da medicina e farmácia, drogaria ou laboratório; 
 estrangeiros não residentes no país; 
 cônsules, salvo os não remunerados; 
 corretores e leiloeiros; 
 falidos, enquanto não reabilitados. 
Essa impossibilidade, entretanto, não alcança a mera participação dessas pessoas 
como acionistas, sócios ou quotistas de sociedade empresária na condição de 
investidor, que terá direito de receber lucros e dividendos, além dos demais direitos 
essenciais de sócios. 
Já em relação ao Código Civil, não podem ser administradores de empresas na condição 
de sócio ou não sócio, enquanto perdurarem os efeitos da condenação, além das pessoas 
impedidas por lei especial (Código Civil artigo 1.011, § 1º): 
 os condenados à pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; 
 ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; 
 ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de 
defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade. 
 
5. Sociedade entre cônjuges e terceiros: 
No âmbito da capacidade de cada cônjuge, individualmente ou conjuntamente, o Código 
Civil faculta aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não 
tenham casado no regime da comunhão universal de bens ou no da separação 
obrigatória (Código Civil, art. 977). 
Assim, pessoas casadas sob o regime da comunhão parcial de bens podem ser sócias 
entre si, com ou sem a presença de terceiros na sociedade, pois estão fora dos 
impedimentos. 
Por fim, podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da 
capacidade civil e não forem legalmente impedidos. Por outro lado, a pessoa legalmente 
impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas 
obrigações contraídas, não havendo limitação desta responsabilidade, nem o benefício 
de ordem quanto a eventuais execuções dos bens da empresa, podendo alcançar 
diretamente os bens pessoais. 
 
Fontes Pesquisadas: 
Bibliografia Pesquisadas: 
www.josecarlosfortes.com.br/blog/capacidade-juridica-para-o-exercicio-da-atividade-empresarial/ 
 
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TEORIA GERAL DA EMPRESA: 
Direito Empresarial: 
Teoria Geral Empresa. 
FORMALIZAÇÃO DA EMPRESA EMPRESÁRIO INDIVIDUAL. 
1.Quais as principais características do Empresário Individual? 
A empresa constituída por uma única pessoa, na qual o empresário exerce em 
nome próprio uma atividade empresarial recebe a denominação de Empresário 
Individual – EI. Ao se formalizar como Empresário Individual e cumprir com as 
obrigações tributárias e trabalhistas, o empreendedor tem direito aos benefícios da 
previdência privada e seguridade social. 
A empresa poderá ser aberta com qualquer capital, visto que a lei não estabelece 
um capital social mínimo para abertura. Assim como o Microempreendedor Individual 
– MEI, neste tipo de estrutura jurídica, o empreendedor atua sem a separação de 
bens da pessoa física e jurídica e responde de forma ilimitada pelos compromissos 
financeiros da empresa. O Empresário Individual poderá ser enquadrado como 
Microempresa (ME) se o seu faturamento for de até R$ 400 mil anuais. Caso o 
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faturamento seja de R$ 400 mil até R$ 4,8 milhões por ano, poderá optar pela 
estrutura de uma Empresa de Pequeno Porte (EPP). 
2.Pesquise o nome e a localização antes de abrir a sua empresa: 
Quando abrir a sua empresa, faça uma pesquisa prévia do nome empresarial e 
viabilidade do endereço pretendido junto à prefeitura municipal e demais órgãos. 
Informe-se sobre quais as licenças necessárias para a concessão do Alvará de 
Funcionamento. O Alvará é um documento concedido pela prefeitura que autoriza 
o funcionamento de uma empresa dos segmentos da indústria, comércio e serviços, 
conforme o local e a atividade. 
3.Conheça os tipos de tributação para Empresa Individual: 
Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real são as três possibilidades de 
regime tributário para um empreendimento no Brasil. Ao optar pela formalização como 
Empresário Individual, deve se fazer uma análise dos valores de faturamento, 
quantidade de funcionários e porte do empreendimento antes de optar por um tipo de 
regime. 
Simples Nacional é um regime tributário simplificado que favorece as Microempresas 
(ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP). Este é o tipo de tributação mais indicado 
para o empreendedor individual com receita acima de R$ 60 mil anuais, mas que não 
ultrapassa R$ 3,6 milhões. 
Para empresas com faturamento superior a R$ 4,8 milhões, a opção pode ser o Lucro 
Presumido. A alíquota presumida varia de acordo com a atividade econômica da 
empresa, sendo de 8% para atividades comercias e de 32% para prestação de 
serviços. O Lucro Real é o regime obrigatório para empresas com faturamento superior 
a R$ 78 milhões e empresas com atividades voltadas para o setor financeiro. 
O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL: Poderá ser enquadrado como 
Microempresa (ME) se o seu faturamento for de até R$ 400 mil anuais. Caso o 
faturamento seja de R$ 400 mil até R$ 4,8 milhões por ano, poderá optar pela 
estrutura de uma Empresa de Pequeno Porte (EPP). 
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4.Tributos instituídos por lei que o Empresário Individual está sujeito a pagar, 
conforme suas atividades: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) 
 Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) 
 Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) 
 Contribuição Social sobre o Faturamento das Empresas (COFINS) 
 Imposto sobre Importações (II) 
 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) 
 Imposto Sobre Serviços (de qualquer natureza) (ISS) 
 Contribuições Previdenciárias INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) 
5.Etapas para a abertura da sua Empresa Individual: 
1. Faça a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, juntamente com o 
arquivamento do requerimento de empresário. Se o sistema da sua cidade ou estado não 
for integrado, faça primeiro o registro na Junta Comercial e depois efetue a inscrição do 
CNPJ; 
2. Se a empresa atuar no segmento industrial ou comercial, realize o cadastro na 
Secretaria Estadual da Fazenda como contribuinte do Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias (ICMS) 
3. Se a empresa for prestadora de serviços, providencie a inscrição nas Secretarias 
Municipais de Finanças ou da Fazenda. O registro municipal, para as empresas que 
trabalham com prestação de serviços, geralmente sai automaticamente após o registro na 
Junta Comercial, mas é necessário ver as regras do seu município. 
4. Concluídos os registros e inscrições fiscais e atendidas as exigências de 
licenciamento do funcionamento, solicite à prefeitura a emissão do alvará de 
funcionamento. A empresa está apta a dar início as suas atividades quando estiver de 
posse do alvará de funcionamento. 
5. Faça o cadastro na Previdência Social (mesmo se a empresa não tiver funcionários). 
O empresário deve ir à Agência da Previdência da sua cidade ou região para cadastrar a 
sua empresa. O prazo para cadastramento é de 30 dias após a abertura da empresa. 
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6. O empresário também deverá providenciar a emissão das Notas fiscais. Se a empresa 
atuar no setor de atividades industriais e/ou comércio, deve ir à Secretaria de Estado da 
Fazenda. Se a empresa for uma prestadora de serviços deve ir à Secretaria da Fazenda 
Municipal. 
6. Documentos necessários para a abertura da empresa: 
– Documentos pessoais, como RG, CPF, Título de Eleitor e Certificado de Reservista 
(em caso de homens). 
– Requerimento Padrão. – Ficha de Cadastro Nacional, que será feito na Junta 
Comercial. 
P.S – Assim que a empresa estiver registrada, o empresário receberá o Número de 
Identificação do Registro de Empresa (NIRE). Com o NIRE em mãos, poderá fazer o 
registro do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Essa etapa poderá ser feita 
online pelo site da Receita Federal. 
7.Escolha a Razão Social e o nome fantasia: 
O nome empresarial que constará no Requerimento de Empresário deverá estar 
de acordo com a Instrução Normativa DNRC Nº 116/2011. A denominação 
empresarial adotada pelo Empresário Individual deverá ser composta pelo nome civil do 
proprietário, que poderá ser completo ou abreviado. Na denominação não poderá ser 
excluído qualquer um dos componentes do nome, sendo permitido abreviar todos os 
nomes, exceto o último sobrenome. Também é permitido acrescentar o gênero do 
negócio. 
O nome fantasia ou nome comercial é aquele pelo qual a empresa será 
conhecida pelo público, ou seja, o nome da marca da empresa. Para ter 
exclusividade no uso do nome da empresa deve se efetuar o registro de marca no 
INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Antes de solicitar o registro, é 
preciso pesquisar para saber se já não existe uma marca formalizada com o mesmo 
nome. O registro oferece a garantia de exclusividade da marca por 10 anos. Após este 
período, é preciso fazer a renovação. 
Os custos básicos para abrir a sua empresa: 
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 DARE: Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais; 
 
 DARF: Documento de Arrecadação de Receitas Federais; Junta Comercial: que 
é a taxa destinada ao registro público da empresa; 
 
 Certificado Digital: que é exigido dos negócios que emitem nota fiscal 
eletrônica para confirmar a sua autenticidade. 
 
P.S – Essas taxas são obrigatórias e o custo é aproximadamente de 500 reais. 
Essas são as formalidades para se tornar um Empresário Individual, você pode 
planejar a abertura de seu negócio com muito mais segurança seguindo as regras 
supracitadas. Para criar e gerenciar a sua empresa. 
 
Fonte Pesquisas: 
Bibliografia Pesquisada: 
Site: https://www.juridoc.com.br/blog/abrir-uma-empresa/5249-etapas-abrir-empresa-individual/ 
 
 
 
 
 
 
TEORIA GERAL DA EMPRESA: 
Direito Empresarial: 
Teoria Geral Empresa. 
Impedimentos de ser empresário: 
 
Introdução 
O Direito Empresarial nos remete à Antiguidade, tendo como exemplo grandes 
comerciantes os fenícios nos séculos X e IX a. C. 
"... A Fenícia vivia em absoluto estado de esplendor graças ao intenso comércio e a 
dedicação às navegações marítimas, que legaram a sua gente uma sólida reputação 
nesse campo. Com muita habilidade e coragem ímpar, os fenícios ousaram singrar 
oceanos a bordo de embarcações bem construídas. Fundaram colônias no Norte da 
África, dentre as quais Cartago se evidencia..." (PALMA, 2011: 18) 
Muitas foram as contribuições da Grécia (regras costumeiras), de Roma (escrituraçãodoméstica), Babilônia (Código Hamurabi), tendo o Direito antes comercial passado por 
https://www.juridoc.com.br/blog/abrir-uma-empresa/5249-etapas-abrir-empresa-individual/
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diversas fases, como Evolutiva, Mercado de Trocas, Subjetiva Moderna, pois a 
humanidade sempre precisou de regras e normas para viver em sociedade. 
Com o passar dos anos o Direito Empresarial vem se evoluindo com as novas mudanças 
ocorridos no comércio e na sociedade, que cada vez mais Com a adoção da Teoria da 
Empresa, grandemente desenvolvida pelo italiano Alberto Asquini, o Brasil optou por 
introduzir o sistema italiano para a caracterização dos atos empresariais, e em 2002 com 
o advento do Novo Código Civil, o Direito empresarial passa ter sua regras inseridas 
dentro do próprio Código Civil, Livro II, Direito de Empresa, artigos 966 à 1.195, 
mostrando o que caracteriza e os requisitos para ser considerados empresário, como 
bem trata o artigo 966, que só pode ser considerado empresário quem exerce atividade 
econômica organizada para a produção de bens e serviços, e só pode exercer tal 
atividade que estiver em pleno gozo da capacidade civil e não for legalmente impedidos, 
art. 972. 
Nos últimos anos é muito comum vermos grandes operações da polícia no intuito de 
que grandes empresários sejam presos pela pratica de crimes empresariais, como 
sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, evasão de divisas. 
Neste trabalho abordaremos como temas principais os impedimentos e crimes 
empresariais. Sendo que a primeira parte tratará dos impedimentos relacionados aos 
empresários, e a segunda parte trará grande parte dos crimes empresariais e suas 
penalidades. 
1 IMPEDIMENTOS DE SER EMPRESÁRIO 
“Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas 
as qualificações profissionais que a lei estabelecer.” (Constituição Federal /88) 
Estabelecidos em lei, existem os impedidos, os proibidos legalmente de exercer 
atividade empresarial, como dita o Código Civil. 
“Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da 
capacidade civil e não forem legalmente impedidos.” (Código Civil) 
No Código Comercial havia em entre seus artigos, o art. 2º que especificava os que 
estavam impedidos de ser empresários por serem funcionários públicos e hoje, veda-se 
ainda, impedindo senadores e deputados, presidentes, por exemplo, sendo que para 
alguns não se trata de total vedação. É vedado também aos cônsules, nos seus distritos, 
exceto os não remunerados, de acordo com o decreto nº 3.259 de 1889, os militares 
ativos das três armas, vide Estatuto e Código Militar, aos Magistrados pela Lei Orgânica 
da Magistratura, aos membro do Ministério Público, Lei Orgânica do Ministério 
Público, aos leiloeiros no decreto nº 21.981 de 1932 e aos médicos para o exercício em 
conjunto com o ramo farmacêutico pelo decreto nº 20.377 de 1931. Nos dias atuais, os 
impedimentos não entram mais em questões comerciais e sim, relacionados ao Direito 
Administrativo (ROCHA FILHO, 2004). 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10655329/artigo-1195-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10674485/artigo-972-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91562/c�digo-comercial-lei-556-50
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103250/decreto-21981-32
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Abaixo segue relação de alguns casos específicos dos impedidos de ser empresários e 
dentro dos tópicos, está relacionando e referindo a outros desse mesmo rol. 
1.1 Servidores públicos civis federais, (Lei n.º 8.112/90, art. 117, inciso X), 
estaduais e municipais 
Este, deve ser atento a sua profissão, como menciona ROCHA FILHO, pag. 141: “É a 
necessidade de não se distrair dos deveres de seu cargo, a conveniência de manter o 
prestígio e a dignidade de certas autoridades – que uma declaração de falência, por 
exemplo, poderia comprometer seriamente – e os perigos do abuso e do monopólio que 
orientam, em suma, a incompatibilidade.” 
A lei nº 8.112 de Dezembro de 1990 dispõe sobre os servidores públicos civis da União, 
das autarquias e das fundações públicas federais. O artigo 117, inciso X que se refere a 
esta questão. Com observação no parágrafo único que em alguns casos não se aplica os 
impedimentos dos servidores públicos. 
“Art. 117. Ao servidor é proibido: X - participar de gerência ou administração de 
sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário; Parágrafo único. A vedação de que 
trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: I - 
participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que 
a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em 
sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e II - gozo de 
licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada 
a legislação sobre conflito de interesses.” [1] 
Os servidores públicos como o Presidente da República, Governadores, Ministros, 
Prefeitos e os que ocupam cargos comissionados são impedidos totalmente de exercer 
atividade empresarial, sendo um dos motivos, o já mencionado e por ter prazo 
estabelecido como o mandato. Aos Senadores, Deputados em geral e Vereadores, há 
impedimento parcial, quando “a empresa goze de favor decorrente de contrato com 
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada”. (Constituição 
Federal de 1988, art. 54, inciso II, letra a). A estes últimos, poderão ser empresários 
concomitantemente com o desempenho da função legislativa, atendendo os requisitos 
do artigo 55 da Constituição Federal que terá como conseqüência, perda de mandato 
quando violada a proibição. Assim, sendo decidido pela Câmara dos Deputados ou pelo 
Senado Federal. (REQUIÃO, 2013) 
A proibição referente ao Presidente da República compreende também os funcionários 
públicos, de acordo com cada estatuto; os militares da ativa das três Armas; os 
corretores, os médicos, os leiloeiros, os magistrados e aos cônsules. (REQUIÃO, 2013) 
1.2 Falidos não reabilitados 
De acordo com a Lei nº 11.101, de 9 de Fevereiro de 2005 regula a recuperação judicial, 
a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Os falidos não 
reabilitados, pelo fato de não terem recuperação judicial ou extrajudicial, sendo a perda 
seus bens e até a administração deles, são considerados parte da massa falida. E por esse 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97937/regime-jur�dico-dos-servidores-publicos-civis-da-uni�o-lei-8112-90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm#art117p.
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633997/artigo-54-da-constitui��o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10703174/inciso-ii-do-artigo-54-da-constitui��o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10703130/alinea-a-do-inciso-ii-do-artigo-54-da-constitui��o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633862/artigo-55-da-constitui��o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera��o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal�ncia-lei-11101-05
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motivo, não poderão exercer a atividade empresarial até sua reabilitação que é decretada 
pelo juiz. Caso essa falência seja por condenação de fraude ou ainda respondendo por 
crime falimentar, como está disposto no art. 138 e no art. 197 dessa mesma Lei com o 
Decreto Lei nº 7.661, não bastará à declaração de extinção das obrigações para se tornar 
reabilitado, necessita após decurso do prazo legal a reabilitação penal (COELHO, 
1959). 
“Art. 197. A reabilitação extingue a interdição do exercício do comercio, mas somente 
pode ser concedida após o decurso de três ou de cinco anos, contados do dia em que 
termine a execução, respectivamente, das penas de detenção ou de reclusão, desde que 
o condenado prove estarem extintas por sentença suas obrigações.” [2] 
O artigo 181 da Lei nº 11.101/2005, prevê condenação por crime como efeito dos casos 
previstos nessa lei como, ―a inabilitação para o exercício da atividade empresarial, o 
impedimento para o exercício de cargo ou de função em conselho administrativo, 
diretoria ou gerência das sociedades sujeitas a esta Lei e a impossibilidade de gerir 
empresa por mandato ou por gestão de negócio.‖ Dessa forma, o torna impedido e caso 
viole, terá seu efeito sendo condenação por crime. Mas, de acordo com Rocha Filho, 
2004, o falido tem a faculdade de pedir ao juiz uma autorização para seguir com a sua 
atividade, sendo ela controlada, mas é impossível adentrar em um novo negócio. 
1.3 Os militares da ativa das Forças Armadas e das Polícias Militares (Decreto-Lei 
n.º 1.029/69, art. 35). 
“Art. 35. Ao militar da ativa, ressalvado o disposto nos parágrafos 2º e 3º deste artigo, 
é vedado exercer atividades remuneradas em organizações ou empresas privadas de 
qualquer natureza. § 1º Os militares da reserva, quando convocados, ficam proibidos 
de tratar nos corpos, repartições públicas civis ou militares, e em qualquer 
estabelecimento militar, interesses da indústria ou comércio, a que estiverem 
associados. § 2º Os militares da ativa podem exercer, diretamente, a gestão de seus 
bens, desde que não infrinjam o disposto no presente artigo. § 3º Aos militares cujo 
ingresso nas Forças Armadas se faz, após formação técnico-profissional externa, 
mediante concurso, no intuito de desenvolver a prática profissional, é permitido o 
exercício em caráter particular de atividades técnico-profissionais remuneradas, no 
meio civil, desde que não haja prejuízo para o serviço.” [3] 
De acordo com o Código Penal Militar, eles são proibidos de exercer atividade 
empresarial, de participar da gerência ou da sua administração, podendo apenas como 
cotista ou acionista de sociedade anônima ou por cota de responsabilidade limitada. A 
punição para essa categoria de proibidos é mais rígida, pois o exercício do comércio 
está sendo relacionado como crime em seu próprio Código (REQUIÃO, 2013). 
1.4 Penalmente proibidos 
―Art. 1011. O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o 
cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na 
administração de seus próprios negócios.” (Código Civil) 
No § 1º desse mesmo artigo, do Código Civil: “Não podem ser administradores, além 
das pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103255/lei-de-fal�ncia-decreto-lei-7661-45
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10924483/artigo-181-da-lei-n-11101-de-09-de-fevereiro-de-2005
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera��o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal�ncia-lei-11101-05
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028353/c�digo-penal-militar-decreto-lei-1001-69
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02
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temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de 
prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, 
contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, 
contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os 
efeitos da condenação.” 
Os de lei especial são os servidores públicos civis federais, municipais e estaduais, os 
militares da ativa das Forças Armadas e das Polícias Militares, os magistrados; os 
membros do Ministério Público; os empresários falidos enquanto não reabilitados; os 
corretores, leiloeiros e despachantes aduaneiros; os cônsules, exceto os não 
remunerados (consuleselectii); os médicos em relação a farmácia, drogaria ou 
laboratório farmacêutico; os estrangeiros não residentes no País (com restrição ainda 
maior aos residentes, quanto à propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão). 
O art. 56 do Código Penal faz referencia as penas de interdição previstas no art. 47 em 
seus incisos I e II, que são aplicadas ―para todo crime cometido no exercício de 
profissão, atividade, ofício, cargo ou função, sempre que houver violação dos deveres 
que lhes são inerentes‖. Assim, mostra-se que a interdição temporária de seus direitos 
está relacionada à violação dos deveres como exercer o cargo e até o mandato e aqueles 
que necessitam de habilitação especial ou autorização pública, inerentes de acordo com 
a categoria, sendo esta, uma conseqüência dos que estão penalmente proibidos de 
exercer atividade empresarial pelo período da condenação (REQUIÃO, 2013). 
O art. 147 da Lei das S/A também se refere ao caso dos penalmente proibidos, que se 
for incidida pela área criminal, a pena de proibição da atividade comercial para pessoa, 
será também relacionada à Junta Comercial em que não poderá arquivar ato constitutivo 
de empresa com o nome do proprietário seja um deles relacionados a cima. Caso 
conceder a reabilitação penal, cessará esta proibição (COELHO, 1959). 
“Art. 147. Quando a lei exigir certos requisitos para a investidura em cargo de 
administração da companhia, a assembléia-geral somente poderá eleger quem tenha 
exibido os necessários comprovantes, dos quais se arquivará cópia autêntica na sede 
social.§ 1º São inelegíveis para os cargos de administração da companhia as pessoas 
impedidas por lei especial, ou condenadas por crime falimentar, de prevaricação, peita 
ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, a fé pública ou a 
propriedade, ou a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a 
cargos públicos.” [4] 
 
1.5 Magistrado 
De acordo com a Lei Orgânica da Magistratura – Lei Complementar n.35, de 4 de 
março de 1978. 
“Art. 36 - É vedado ao magistrado: I - exercer o comércio ou participar de sociedade 
comercial, inclusive de economia mista, exceto como acionista ou quotista; II - exercer 
cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação, de qualquer 
natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, e sem remuneração; (...)” 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633498/artigo-56-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c�digo-penal-decreto-lei-2848-40http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10634339/artigo-47-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/127116/lei-das-sociedades-anonimas-lei-9457-97
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e) Os membros do Ministério Público (Lei n.º 8.625/93, art. 44, inciso III). 
Estabelecido na Lei Orgânica do Ministério Público, como estabelecido no art. 128, § 5º 
da Constituição Federal/88 que o Estatuto de cada Ministério Público, a organização, 
atribuições serão estabelecidas pela iniciativa facultada aos respectivos Procuradores 
Gerais (REQUIÃO, 2013). 
No seu inciso II, possui a seguinte vedação e se refere a tornarem empresários 
individuais, controladores ou diretores de empresas ou participar de sociedade 
comercial como um todo. 
“(...) c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;(...) “ 
1.6 Médicos relacionados ao ramo farmacêutico 
O recente Código de Ética Médica, atualizado e aprovado pela Resolução nº 1.246 de 
Janeiro de 1988, do Conselho Federal de Medicina, dispõe em seu art. 98 que é 
impedido o médico que ―exercer a profissão com interação ou dependência de farmácia, 
laboratório farmacêutico, ótica ou qualquer organização destinada à fabricação, 
manipulação ou comercialização de produtos de prescrição médica de qualquer 
natureza, exceto quando se tratar de exercício da medicina do trabalho‖ e em seu art. 99 
veda ―exercer simultaneamente a Medicina e a Farmácia, bem como obter vantagem 
pela comercialização de medicamentos, órteses ou próteses, cuja compra decorra de 
influência direta em virtude da sua atividade profissional.‖ Sendo essa, uma proibição 
parcial em que só aqueles ligados a esses ramos estão proibidos de exercer atividade 
empresarial (ROCHA FILHO, 2004). 
1.7 Leiloeiros 
“Art. 12. É proibido ao leiloeiro: 
I - sob pena de destituição e consequente cancelamento de sua matrícula: 
a) exercer atividade empresária, ou participar da administração e/ou de fiscalização 
em sociedade de qualquer espécie, no seu ou em alheio nome; “ 
Desse modo, caso violado sua proibição, acarretará conseqüência relacionada à sua 
matricula. 
“Art. 16. Constituem-se infrações disciplinares: II – manter sociedade empresária.(...)” 
[5] 
Neste caso, por gozarem da fé pública, cabe a eles exercitarem apenas as funções de sua 
profissão. Devem estar matriculados no Registro Públicos de Empresas Mercantis, de 
acordo com o art. 32, I da Lei 8.934/94. Em se tratando dos leiloeiros, era previsto o seu 
texto d impedimentos no Código Comercial em hoje foi revogado parte dele, vigorando 
sua legislação particular também nesse caso (REQUIÃO, 2013). 
1.8 Devedores do INSS 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/127649/lei-org�nica-nacional-do-minist�rio-p�blico-lei-8625-93
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/12098417/artigo-44-da-lei-n-8625-de-12-de-fevereiro-de-1993
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/12098307/inciso-iii-do-artigo-44-da-lei-n-8625-de-12-de-fevereiro-de-1993
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10678529/artigo-128-da-constitui��o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10678078/par�grafo-5-artigo-128-da-constitui��o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11467722/artigo-32-da-lei-n-8934-de-18-de-novembro-de-1994
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11467672/inciso-i-do-artigo-32-da-lei-n-8934-de-18-de-novembro-de-1994
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/105531/lei-8934-94
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91562/c�digo-comercial-lei-556-50
FACULDADE UNINASSAU 
CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
O devedor do INSS é aquele que não recolhe as contribuições durante seu tempo de 
trabalho, e é assim chamado pela Previdência Social, sendo impedido de comerciar por 
não haver comprometimento com o recolhimento. Essa dívida do devedor poderá ser 
executada a qualquer hora, tendo a Previdência cinco anos para a cobrança. 
Em sua Lei Orgânica de Seguridade Social, Lei n. 8.212, em seu art. 95, § 2º ―a empresa 
que transgredir as normas desta Lei, além das outras sanções previstas, sujeitar-se-á, nas 
condições em que dispuser o regulamento: (...) d) à interdição para o exercício do 
comércio, se for sociedade mercantil ou comerciante individual.‖ É o direito 
previdenciário que regula esse tipo de proibição (COELHO, 1959). 
1.9 Incapazes 
O artigo 972 do Código Civil especifica quem pode ser empresário, aquele de 
capacidade civil, maior de 18 anos, não sendo impedido legalmente. Os incapazes de 
exercer atos da vida civil, prevê no art. 3º do mesmo Código os absolutamente sendo: 
―I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, 
não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;III - os que, mesmo 
por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.” Existe uma exceção para 
poder exercer atividade empresarial, absolutamente incapaz com representante legal e 
em casos específicos. Há ainda os relativamente incapazes, previsto no art. 4º ―I - os 
maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;II - os ébrios habituais, os viciados em 
tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;III - os 
excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;IV - os pródigos. Parágrafo único. 
A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.”Esse últimos, poderá 
ser emancipado em que nunca poderá ser revogado, a não ser em caso de fraude, ou 
poderá ter um representante nomeado pelo juiz por autorização que poderá ser revogada 
a qualquer hora. Os relativamente incapazes, abrange também os casados, pois entende 
que quando se casa sua emancipação é conseqüência (Código Civil). 
1.10 Os estrangeiros não residentes no país 
Os residentes no país poderão exercer atividade empresarial nos limites da lei ordinária, 
pois estes foram devidamente autorizados por meio de um visto permanente a ingressar 
e residir no país, previsto isso, na Constituição Federal de 1988 em seu art. 5º, XIII. 
Antigamente, havia muitas restrições diferentes de hoje. Um exemplo, antes da CF/88 
não podia os estrangeiros ser proprietários ou administradores de empresas jornalísticas, 
de radiodifusão e de televisão, hoje, diferentemente, é “privativa de brasileiros natos ou 
naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis 
brasileiras e que tenham sede no País” – Art. 222. (ROCHA FILHO, 2004:105) 
Sobre os não residentes nos país há correntes diversas, os que visam a Legislação do 
Imposto de Renda e até o Estatuto do Estrangeiro. A primeira, possui preceitos aos 
estrangeiros não residentes no Brasil, estabelecendo o pagamento de impostos nos 
rendimentos originários no Brasil. Já a segunda, de acordo com a Lei n 6.815/80, no seu 
art. 99, proíbe o estrangeiro residente no país a atividade empresarial, com tudo, assim, 
entende- se ao estrangeiro que não reside, proibindo o também. Mas, não proíbe a ele 
não residindo no Brasil, tornar-se sócio de empresa com sede no país, respeitando 
sempre os casos que a lei proíbe sua participação. (ROCHA FILHO, 2004). 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983686/lei-org�nica-da-seguridade-social-lei-8212-91
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11341674/artigo-95-da-lei-n-8212-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11341318/par�grafo-2-artigo-95-da-lei-n-8212-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10674485/artigo-972-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui��o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730602/inciso-xiii-do-artigo-5-da-constitui��o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/108497/estatuto-do-estrangeiro-lei-6815-80
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/108497/estatuto-do-estrangeiro-lei-6815-80
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11638417/artigo-99-da-lei-n-6815-de-19-de-agosto-de-1980
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CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
Os proibidos de exercer a atividade empresarial sofrerão as penalidades administrativas, 
como já foi mencionado que é ramo do direito administrativo, de acordo com a sua 
categoria profissional ou sua maneira de agir como na falência. O ato, nesses casos, é 
sempre válido e não nulo (ROCHA FILHO, 2004). 
Além dessa penalidade administrativa, o violador da proibição sofrerá sanções de 
contravenção penal cometida por exercer ilegalmente a profissão. A Lei de 
Contravenções Penais tem a prisão, por dias ou meses, ou a multa para quem não tiver 
condições de exercer a atividade comercial/empresarial e se houver falta de sucesso nos 
negócios proporcionará como punição a falência e suas da lei que a rege. Só será crime 
ser empresário quando for praticado pelos militares, de acordo com o seu Estatuto 
(ROCHA FILHO, 2004). 
Fontes Pesquisadas: 
Bibliografia Pesquisadas: 
Site: https://luizuchoas2010.jusbrasil.com.br/artigos/254538913/impedimentos-de-ser-empresario. 
PALMA, Rodrigo Freitas. História do Direito. 4º edição. Saraiva: 2011. 
REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial. 32 edição - São Paulo: Saraiva, 2013. 
ROCHA FILHO, José Maria. Curso de direito comercial. 3º edição – Belo Horizonte: Del Rey, 2004. 
COELHO, Fábio Ulhôa, 1959. Manual de direito comercial. 12º edição – São Paulo: Saraiva, 2000. 
[1] (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8112cons.htm) 
[2] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm 
[3] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del1029.htm" 
[4] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm 
[5] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D21981.htm 
 
 
 
 
 
TEORIA GERAL DA EMPRESA: 
Direito Empresarial: 
Disciplina: Teoria Geral da Empresa: 
1. Introdução: 
A Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) é uma modalidade empresarial 
regulamentada pela Lei nº 13.874/2019, a chamada Lei da Liberdade Econômica. A 
SLU permite que um único empresário constitua uma empresa. 
Principais características da SLU 
 O patrimônio do empreendedor é separado do patrimônio da empresa 
 Não há exigência de valor mínimo para compor o Capital Social 
 Os regimes tributários que podem ser estabelecidos pela SLU são os mesmos utilizados 
por outras empresas 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/110062/lei-das-contravencoes-penais-decreto-lei-3688-41
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/110062/lei-das-contravencoes-penais-decreto-lei-3688-41
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/110062/lei-das-contravencoes-penais-decreto-lei-3688-41
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8112cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del1029.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D21981.htm
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
 A SLU pode ser aberta por pessoas de diversas profissões, como engenheiros, dentistas, 
contadores, médicos, arquitetos etc. 
Vantagens da SLU 
 Desburocratiza o processo de abertura de novas empresas 
 Protege o patrimônio pessoal do empresário 
 Permite que o empresário inicie seus negócios de maneira autônoma 
Como funciona a SLU 
 É obrigatório a utilização do nome civil do seu proprietário, seguido da palavra 
―limitada‖, formalmente utilizada como ―Ltda― 
 A SLU pode participar de outras sociedades 
Substituiu a Eireli 
A SLU substituiu a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), que 
possuía determinadas restrições e exigências que limitavam sua aplicabilidade. 
“https://www.google.com.br/search?q=RESUMO+EMPRESA+UNIPESSOAL++LEI+&sca_esv=539099fe38e3365b&hl=
pt-BR&sxsrf=AHTn8zqgbO4dj-
eO_55I2jfa97zkXUUTrA%3A1742244432221&ei=UIrYZ_mZDc2j5OUPir_eaQ&ved=0ahUKEwj5gfqj_pGMAxXNEbkGH
YqfNw0Q4dUDCBA&uact=5&oq=RESUMO+EMPRESA+UNIPESSOAL++LEI+&gs_lp=Egxnd3Mtd2l6LXNlcnAiH1JFU1
VNTyBFTVBSRVNBIFVOSVBFU1NPQUwgIExFSSAyBRAhGKABMgUQIRigAUifJFDhBVj5DnABeACQAQCYAe0BoAH
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AEBmAIHoALSCsICChAAGLADGNYEGEeYAwCIBgGQBgiSBwUxLjEuNaAH6RWyBwUwLjEuNbgHxAo&sclient=gws-
wiz-serp” 
 Conforme o Artigo 966 do Código Civil, será considerado empresário aquele 
que: ―exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços‖. Em outras palavras, é a pessoa que articula os 
fatores de produção (capital, matéria-prima, mão de obra, insumos e tecnologia) de 
forma organizada para exercer uma atividade com bens ou serviços visando obter 
lucro (atividade econômica) e o faz de forma habitual, com o emprego de um 
conhecimento que ele detém, podendo sempre contar com o trabalho de funcionários 
que realizam sua atividade principal. 
A personalidade jurídica é justamente a separação entre a pessoa do empreendedor e a 
empresa propriamente dita. Quando a empresa adquire personalidade jurídica, signi-
fica que ela se separou daqueles que a criaram, passando, a partir deste momento, a ter 
um patrimônio próprio. Ou seja, ao adquirir personalidade jurídica, o patrimônio que 
os sócios entregaram à empresa deixa de ser deles. Em troca, ou eles recebem cotas da 
empresa, podendo participar dos seus lucros, ou, em caso de encerramento da 
empresa, recebem o que sobrar após o pagamento de todos os credores. 
É mister destacar que o empresário Individual não goza da proteção fornecida pela 
personalidade jurídica, qual seja, a limitação de responsabilidade decorrente da 
separação do patrimônio da empresa e daquele que a controla. 
Desta forma, se o empreendedor quisesse a proteção da limitação de responsabilidade, 
era necessário encontrar um sócio, o que poderia trazer inconvenientes, como a 
dificuldade de relacionamento e a repartição do lucro. Na prática, o que ocorria era a 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
utilização de um parente ou terceira pessoa como sócio fictício – ou seja, um sócio 
que não participava de fato da sociedade, apenas emprestando seus dados para que 
fosse possível a criação da empresa. Essa situação atrasava o desenvolvimento do 
País, pois o empreendedor não gozava da segurança necessária para investir seus 
recursos de forma individual, situação que dava ensejo ao surgimento de inúmeras 
empresas individuais travestidas de sociedades. 
Em outros países, no entanto, a figura da Empresa Individual com Responsabilidade 
Limitada já existe há muitos anos, como em Portugal (que já tem modalidade 
semelhante desde 1986), Dinamarca, França, Espanha, Bélgica, Chile, dentre outros. 
Em alguns países, inclusive, o empreendedor pode escolher modalidades de sociedade 
para montar a empresa individual, como a sociedade anônima de capital fechado. Nãohavia mais razão para, no século XXI, obrigar o empreendedor a ter sócio para poder 
gozar da separação entre seu patrimônio pessoal e aquele destinado à empresa, 
principalmente ao se considerar que muitas sociedades possuem um sócio apenas ―no 
papel‖. 
O mundo contemporâneo é muito dinâmico, principalmente em razão da Internet, 
sendo imprescindível a criação de mecanismos que facilitem e incentivem o 
empreendedorismo. A UNIPESSOAL objetiva a facilitação da atividade 
empreendedora, trazendo mais segurança, principalmente ao pequeno empresário. 
Consequentemente, tal medida contribui para o crescimento econômico do País. 
2. Requisitos e impedimentos pessoais 
Para ser titular de empresa individual de responsabilidade limitada – UNIPESSOAL 
alguns requisitos legais devem ser preenchidos por aquele que deseja constituir ou 
abrir uma UNIPESSOAL. Seguem abaixo requisitos e impedimentos para ser titular e 
administrador. 
2.1. Capacidade para ser titular 
Pode ser titular de UNIPESSOAL a pessoa natural, desde que não haja impedimento 
legal: 
a) maior de 18 anos, brasileiro (a) ou estrangeiro (a), que se achar na livre 
administração de sua pessoa e bens; 
b) menor emancipado: 
• por concessão dos pais, ou de um deles na falta de outro se o menor tiver dezesseis 
anos completos. A outorga constará de instrumento público, que deverá ser inscrito no 
Registro Civil das Pessoas Naturais e arquivado na Junta Comercial. 
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• por sentença do juiz que, também, deverá ser inscrita no Registro Civil das Pessoas 
Naturais; 
• pelo casamento; 
• pelo exercício de emprego público efetivo (servidor ocupante de cargo em órgão da 
administração direta, autarquia ou fundação pública federal, estadual ou municipal); 
• pela colação de grau em curso de ensino superior; e 
• pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, 
desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria; 
Menor de 18 e maior de 16 anos, emancipado 
A prova da emancipação do menor de 18 anos e maior de 16 anos, anteriormente 
averbada no registro civil, correspondente a um dos casos a seguir, deverá instruir o 
processo ou ser arquivada em separado, simultaneamente, com o ato constitutivo: 
a) pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento 
público, ou por sentença judicial; 
b) casamento; 
c) exercício de emprego público efetivo; 
d) colação de grau em curso de ensino superior; 
e) estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, desde 
que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha adquirido economia 
própria. 
2.2. Impedimento para ser titular 
Não pode ser titular de UNIPESSOAL a pessoa jurídica, bem assim a pessoa natural 
impedida por norma constitucional ou por lei especial. 
2.3. Impedimentos para ser administrador 
Não pode ser administrador de Unipessoal a pessoa: 
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a) condenada a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; 
ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou 
contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de 
defesa da concorrência, contra relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, 
enquanto perduraram os efeitos da condenação; 
b) Impedida por norma constitucional ou por lei especial: 
• Brasileiro naturalizado há menos de 10 anos: 
- Em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e radiodifusão de sons e imagens; 
• Estrangeiro sem visto permanente. A indicação de estrangeiro para cargo de 
administrador poderá ser feita, sem ainda possuir ―visto permanente‖, desde que haja 
ressalva expressa no ato constitutivo de que o exercício da função depende da 
obtenção deste ―visto‖; 
•Nnatural de país limítrofe, domiciliado em cidade contígua ao território nacional e 
que se encontre no Brasil; 
- Em empresa jornalística de qualquer espécie, de radiodifusão sonora e de sons e 
imagens; 
- Em pessoa jurídica que seja titular de direito real sobre imóvel rural na Faixa de 
Fronteira (150 Km de largura ao longo das fronteiras terrestres), salvo com 
assentimento prévio do órgão competente; 
• Português, no gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade, 
comprovado mediante Portaria do Ministério da Justiça, pode ser administrador de 
EIRELI, exceto na hipótese de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons 
e imagens; 
• Pessoa jurídica; 
• O cônsul, no seu distrito, salvo o não remunerado; 
• O funcionário público federal civil ou militar da ativa. Em relação ao funcionário 
estadual e municipal, observar as respectivas legislações; 
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• O Chefe do Poder Executivo, federal, estadual ou municipal; 
• O magistrado; 
• Os membros do Ministério Público da União, que compreende: Ministério Público 
Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e Ministério 
Público do Distrito Federal e Territórios; 
• Os membros do Ministério Público dos Estados, conforme a Constituição respectiva; 
• O falido, enquanto não for legalmente reabilitado; 
• O leiloeiro; 
• A pessoa absolutamente incapaz, tais como: o menor de 16 anos; o que, por 
enfermidade ou deficiência mental, não tiver o necessário discernimento para a prática 
desses atos; o que, mesmo por causa transitória, não puder exprimir sua vontade; 
• A pessoa relativamente incapaz, quais sejam: o maior de 16 anos e menor de 18 anos 
(pode ser emancipado e, desde que o seja, pode assumir a administração de empresa); 
o ébrio habitual, o viciado em tóxicos, e o que, por deficiência mental, tenha o 
discernimento reduzido e o excepcional, sem desenvolvimento mental completo. 
Alerta importante: a capacidade dos índios é regulada por lei especial (Estatuto do 
Índio). 
3. Firma e denominação 
A essência dessa espécie de nome empresarial é o nome civil de um ou mais sócios. 
Então se não aparecer o nome civil, não poderá ser firma. Em outras palavras, na 
firma tem que constar no mínimo um nome civil. Os nomes civis podem ser por 
extenso ou abreviados e havendo mais de um, se algum deles for omitido, deverá ser 
usada a expressão "& Cia" ou "e companhia" ao final da firma, pois se usada no início 
vai caracterizar sociedade anônima e esta só pode usar denominação. Também pode 
haver combinação dos nomes civis com o ramo de atividade desenvolvida. 
Denominação: nesse caso, a essência do nome empresarial é o objeto da empresa, ou 
seja, o ramo de atividade desenvolvida. Se não constar o ramo de atividade não poderá 
ser denominação. Em outras palavras, na denominação tem que constar a atividade 
desenvolvida. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109873/estatuto-do-�ndio-lei-6001-73
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109873/estatuto-do-�ndio-lei-6001-73
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109873/estatuto-do-�ndio-lei-6001-73
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Aqui também pode haver a combinação da atividade desenvolvida com nomes civis. 
Sendo assim, percebe-se que não é sempre que podemos só de olhar para o nome 
empresarial, saber tratar-sede firma ou denominação. Por vezes é necessário olhar no 
contrato social. Certo é que se no nome empresarial não constar nome civil algum, não 
pode ser firma; e se não constar a atividade, não pode ser denominação. 
Outro fator importante é que a firma é usada para assinatura, para a sociedade contrair 
direitos e obrigações. Então os sócios assinarão, por exemplo, Tiago Filho e Caetano 
Veloso Cosméticos (exemplo de sociedade em nome coletivo), jamais podendo 
assinar, apesar de rotineiro, seus nomes civis. Já no caso da denominação, os sócios 
não podem usá-la como assinatura, então devem assinar seus nomes civis sobre a 
denominação escrita, carimbada ou impressa. 
Quem adota só firma: 
- Empresário individual. Ex: Caetano Veloso; C. Veloso; C. Veloso Produções; etc. 
- Sociedade em nome coletivo. Ex: Jair Melo & Tom Braz; Jair Melo & Cia; J. Melo 
& Cia Veículos; etc. 
- Sociedade em comandita simples. Ex: João Rui, Tim Maia, Lia Silva & Cia; Rui, 
Maia & Silva Chocolates; etc.(aqui sempre vai haver a expressão "& Cia", para fazer 
referência aos sócios comanditários, uma vez que estes não figuram na firma, pois não 
possuem responsabilidade ilimitada. 
Quem adota só denominação: 
- Sociedade anônima. Em primeiro lugar é preciso frisar que vai ter que aparecer na 
denominação o tipo societário, ou seja, "Sociedade Anônima", "S. A." ou "S/A" no 
início, no meio ou no final da denominação, ou a expressão "companhia" ou "Cia" no 
início ou no meio da denominação. Ex: S/A Maremoto Eventos; Maremoto S. A. 
Eventos; Maremoto Enventos S. A.; Corcovado Produções Sociedade Anônima; 
Companhia de Shows Corcovado; Corcovado Cia. De Shows; etc. 
Quem pode adotar firma ou denominação: 
- Sociedade limitada. Nesse caso, independentemente do nome que adotar, também se 
faz necessária a discriminação do tipo societário por meio da expressão "limitada" ou 
"Ltda.". Ex: Tom Jobim & Cia. Ltda.; Jobim & Veloso Limitada; T. Jobim & Cia. 
Produções Ltda.; Maremoto Produções Ltda.; etc. 
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- Sociedade em comandita por ações. É obrigatória a identificação do tipo societário 
pela locução "comandita por ações" ou "C. A." no início ou no fim do nome. Os 
exemplos podem ser idem aos de cima, mas onde lê-se Ltda., leia-se C. A. 
A sociedade em conta de participação está proibida de adotar nome empresarial que 
denuncie sua existência. 
4. Requisitos para compor uma EMPRESA UNIPESSOAL: 
1 - A SOCIEDADE LIMITADA “UNIPESSOAL” (“SLU”) É UM NOVO TIPO DE EMPRESA? 
Não. Trata-se da sociedade limitada, todavia apelidada de sociedade limitada “unipessoal” ou “SLU”. 
Logo, a sociedade limitada unipessoal é o mesmo tipo de empresa previsto no art. 1.052 do Código 
Civil, ou seja, sociedade limitada. Esse artigo foi alterado para a inclusão do parágrafo primeiro, ou 
seja, “A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas”. É importante 
esclarecer que a expressão correta para esse tipo de empresa é LTDA e não SLU. Esse tipo de 
sociedade também possui um contrato social com cláusulas obrigatórias e facultativas. Diante disso, 
esse é o documento que será levado a registro quando da sua abertura. Havendo necessidade de 
realizar alterações, deve ser apresentada a alteração contratual. No caso de extinção, deve ser 
apresentado o distrato. 
2 - QUAL A NATUREZA JURÍDICA DA SOCIEDADE LIMITADA “UNIPESSOAL”? 
Quando for registrada na Junta Comercial, deve ser utilizado o código 206-2 - Sociedade 
Empresária Limitada. Quando registrada no Cartório de Pessoas Jurídicas, deve ser utilizado o 
código 224-0 - Sociedade Simples Limitada. 
3 - É OBRIGATÓRIO CONSTAR NO CONTRATO SOCIAL QUE A EMPRESA É UMA LIMITADA 
UNIPESSOAL? 
Não é obrigatório constar no instrumento a expressão Sociedade Limitada Unipessoal. 
4 - A EMPRESA TINHA MAIS DE UM SÓCIO, RESTOU APENAS UM E NO CONTRATO SOCIAL 
HÁ UMA CLÁUSULA DIZENDO QUE É OBRIGATÓRIO RECOMPOR A PLURALIDADE DE 
SÓCIOS EM 180 DIAS. O QUE FAZER? 
A empresa pode seguir com apenas um sócio. Conforme disposto no Art. 1.052 do CC:§ 1º A 
Sociedade Limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas. 
Não é mais cabível a cláusula citando o inciso IV do artigo 1.033 do Código Civil nos casos em que 
a Sociedade Limitada fica unipessoal. Logo, havendo a retirada de um sócio, faça a adequação do 
contrato social para realizar a retirada dessa cláusula. 
5 - COMO INICIAR O PEDIDO DE VIABILIDADE DA LIMITADA UNIPESSOAL? 
FACULDADE UNINASSAU 
CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
Ao fazer a viabilidade selecione: Tipo Jurídica: Sociedade; Natureza Jurídica: Sociedade empresária 
limitada. 
6 - QUAL PASSO A PASSO DEVO OBSERVAR PARA ABRIR ESSE TIPO DE EMPRESA? 
Clique aqui para acessar passo a passo, quando se pretende abrir a empresa pelo procedimento do 
balcão único. 
 
 
Clique aqui para acessar passo a passo, quando se pretende abrir a empresa pelo procedimento 
tradicional. 
7 - QUAIS EVENTOS CONSTARÃO NA CAPA DOS PROCESSOS DAS LIMITADAS 
UNIPESSOAIS? 
No Requerimento Eletrônico constará na capa Ato: 090 e Evento: 090 - contrato social, quando se 
tratar de Constituição; e Ato 002 quando tratar de alterações, servindo de base a mesma tabela de 
atos e eventos da sociedade LTDA. 
8 - QUEM PODE SER SÓCIO DESSE TIPO DE EMPRESA? 
Qualquer pessoa física ou jurídica. Em relação à pessoa física, pode ser formada por pessoa capaz 
ou incapaz. No caso do menor de 16 anos, deve ser representado pelos pais. O menor entre 16 e 18 
deve ser assistido pelo pais. Em ambos os casos, assim como quando a sócia é pessoa jurídica, 
deve ser nomeado administrador pessoa física capaz e não impedida por lei. Vale destacar que o 
emancipado pode fazer parte da administração da sociedade. 
9 - COMO TRANSFORMAR A SOCIEDADE LIMITADA EM LIMITADA UNIPESSOAL? 
A transformação é a operação de troca do tipo societário, ou seja, quando troco a natureza jurídica. 
Logo, não seria o caso de transformar, visto que, não ocorre alteração na natureza jurídica. Com a 
saída dos demais sócios, restando apenas um, você já terá uma Limitada Unipessoal. 
10 - JÁ TENHO UMA SOCIEDADE LIMITADA: POSSO VIRAR LIMITADA UNIPESSOAL? 
Sim. Se a sociedade tiver dois ou mais sócios, basta promover a saída dos demais sócios. Com 
isso, a sociedade a partir do momento em que passa a ter apenas um sócio, já será considerada 
sociedade limitada unipessoal. 
Se você já era o único sócio da sociedade limitada, não há necessidade de promover nenhuma 
alteração. Todavia, recomenda-se a adequação do contrato social para refletir a situação atual da 
sociedade. No entanto, não há obrigação. 
11 - ESSE TIPO DE EMPRESA PODE SOLICITAR O ENQUADRAMENTO COMO 
https://atendimento.jucesc.sc.gov.br/help/pt-br/57-empresario-individual-e-sociedade-limitada/193-balcao-unico-abertura-de-empresas-empresario-individual-e-ltda
https://atendimento.jucesc.sc.gov.br/help/pt-br/57-empresario-individual-e-sociedade-limitada/164-constituicao-inscricao-de-empresario-individual-e-sociedade-limitada
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
MICROEMPRESA OU EMPRESA DE PEQUENO PORTE? 
Sim, pode. No entanto, deve observar as mesmas regras de impedimento previstos na Lei 
Complementar nº 123, de 2006. 
12 - POSSO TER MAIS DE UM TIPO DESSA EMPRESA? 
Sim, pode quantas quiser, exceto quando se tratar de uma empresa simples de crédito. Nos demais 
casos, não há vedação, ou seja, não existe a vedação que existia para a EIRELI - empresa 
individual de responsabilidade limitada. 
13 - A SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOAL É IGUAL A EIRELI? 
Não. A sociedadelimitada unipessoal é a sociedade limitada prevista no art. 1.052 do Código Civil. 
A EIRELI tinha a sua previsão no art. 980-A do Código Civil, ou seja, cada tipo de empresa possuía 
as suas regras. Cabe destacar que a EIRELI não existe mais em virtude da revogação do art. 980-A 
e inciso VI do art. 44 do Código Civil. Todas as EIRELIs foram transformadas automaticamente em 
sociedade limitada com apenas um sócio ("unipessoal"). 
14 - COMO DEVE SER FORMADO O NOME EMPRESARIAL DA LIMITADA UNIPESSOAL? 
O Nome Empresarial pode ser composto na forma de firma ou de denominação. 
Exemplo de firma: João da Silva Ltda; 
Exemplo de denominação: Silva Comércio de tapetes Limitada. 
Lembrando que com a atual legislação é possível ainda utilizar o CNPJ como nome empresarial. 
15 - É POSSÍVEL TRANSFORMAR UM EMPRESÁRIO INDIVIDUAL EM SOCIEDADE LIMITADA 
UNIPESSOAL E NO MESMO ATO SUBSTITUIR O SÓCIO? 
Sim. Cabe lembrar ainda que a legislação sofreu alterações e os atos de transformação envolvendo 
Empresários Individuais hoje tramitam em apenas um processo. Clique aqui para ler o passo a 
passo desse tipo de operação. 
16 - O SÓCIO CUJO NOME COMPÕE O NOME EMPRESARIAL DA LIMITADA VAI SER RETIRAR, 
É NECESSÁRIO ADEQUAR O NOME EMPRESARIAL? 
Nos casos em que o nome empresarial era formado na forma de firma (composto pelos nomes e 
sobrenomes dos sócios), deve efetuar a alteração de nome empresarial adequando para a nova 
situação da empresa que passará a ser composta por apenas um sócio. 
Exemplo: sociedade entre Maria e João com o nome empresarial Maria da Silva e Cia LTDA. 
Se Maria vai se retirar e vai ficar somente o João, você vai precisar adequar o nome empresarial 
https://atendimento.jucesc.sc.gov.br/help/pt-br/64-transformacao/249-registro-do-processo-de-transformacao-de-empresario-individual-em-sociedade-limitada
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
atendendo assim ao princípio da veracidade. 
17 - COMO FICAM AS ATAS DE REUNIÕES DA LIMITADA UNIPESSOAL? 
No caso de Sociedade Limitada com único sócio, as decisões tomadas poderão ser 
instrumentalizadas através de um documento chamado (documento de decisão de sócio único ou 
ata de decisão de sócio único). 
O anexo IV da instrução normativa do DREI 81, de 2020, trata sobre a formalidade desse tipo de 
documento, ou seja, deve conter as seguintes formalidades: 
O documento de decisão deve conter: 
I - título do documento; 
II - nome, CNPJ e endereço; 
III - identificação do sócio e/ou do seu procurador, se for o caso; 
IV - decisões; 
V - data; e 
VI - assinatura. 
Esse processo deve ser arquivado sob o código do ato 021/985 (ata de reunião ou assembleia de 
sócios). Clique aqui para acessar o passo a passo. 
18 - A PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA PODE SER SÓCIA DE MAIS DE UMA LIMITADA 
UNIPESSOAL? 
Pode uma mesma pessoa física ou jurídica ser sócio de mais de uma Sociedade Limitada com um 
único sócio (o Código Civil não estipula limite de participação). 
https://atendimento.jucesc.sc.gov.br/help/pt-br/79-perguntas-frequentes/364-duvidas-sobre-sociedade-limitada-unipessoal 
 
ESTATUTO DA MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE: 
LC 123/06 - LC - Lei Complementar nº 123 de 14.12.2006 
 
Institui o Estatuto Nacional da 
Microempresa e da Empresa de 
Pequeno Porte; altera dispositivos das 
Leis nºs 8.212 e 8.213, ambas de 24 de 
julho de 1991, da Consolidação das 
Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 
1943, da Lei nº 10.189, de 14 de 
fevereiro de 2001, da Lei 
https://atendimento.jucesc.sc.gov.br/help/pt-br/57-empresario-individual-e-sociedade-limitada/165-reuniao-assembleia-de-socios-registro-da-certidao-da-ata-de-reuniao-ou-assembleia-de-socios
https://atendimento.jucesc.sc.gov.br/help/pt-br/79-perguntas-frequentes/364-duvidas-sobre-sociedade-limitada-unipessoal
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RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
Complementar nº 63, de 11 de janeiro 
de 1990; e revoga as Leis nºs 9.317, 
de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 
 5 de outubro de 1999. 
D.O.U.: 15.12.2006 
Sobre a vigência e vetos ver Mensagem nº 1.098 de 14.12.2006. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei 
Complementar: 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento 
diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de 
pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, especialmente no que se refere: 
I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, 
inclusive obrigações acessórias; 
II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive 
obrigações acessórias; 
III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas 
aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao 
associativismo e às regras de inclusão. 
§ 1º Cabe ao Comitê Gestor de que trata o inciso I do caput do art. 2º desta Lei 
Complementar apreciar a necessidade de revisão dos valores expressos em moeda 
nesta Lei Complementar. 
§ 2º (VETADO). 
Art. 2º O tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas 
e empresas de pequeno porte de que trata o art. 1º desta Lei Complementar será 
gerido pelas instâncias a seguir especificadas:Institui o Estatuto Nacional 
daMicroempresa e da Empresa dePequeno Porte; altera dispositivos das: 
Leis nºs 8.212 e 8.213, ambas de 24 de 
julho de 1991, da Consolidação das 
Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 
1943, da Lei nº 10.189, de 14 de 
fevereiro de 2001, da Lei 
Complementar nº 63, de 11 de janeiro 
de 1990; e revoga as Leis nºs 9.317, 
de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 
5 de outubro de 1999. 
I - Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, 
vinculado ao Ministério da Fazenda, composto por 2 (dois) representantes da 
Secretaria da Receita Federal e 2 (dois) representantes da Secretaria da Receita 
Previdenciária, como representantes da União, 2 (dois) dos Estados e do Distrito 
Federal e 2 (dois) dos Municípios, para tratar dos aspectos tributários; e 
II - Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, com a 
participação dos órgãos federais competentes e das entidades vinculadas ao setor, 
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1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
para tratar dos demais aspectos. 
§ 1º O Comitê de que trata o inciso I do caput deste artigo será presidido e 
coordenado por um dos representantes da União. 
§ 2º Os representantes dos Estados e do Distrito Federal no Comitê referido no 
inciso I do caput deste artigo serão indicados pelo Conselho Nacional de Política 
Fazendária - Confaz e os dos Municípios serão indicados, um pela entidade 
representativa das Secretarias de Finanças das Capitais e outro pelas entidades de 
representação nacional dos Municípios brasileiros. 
§ 3º As entidades de representação referidas no § 2º deste artigo serão aquelas 
regularmente constituídas há pelo menos 1 (um) ano antes da publicação desta Lei 
Complementar. 
§ 4º O Comitê Gestor elaborará seu regimento interno mediante resolução. 
§ 5º O Fórum referido no inciso II do caput deste artigo, que tem por finalidade 
orientar e assessorar a formulação e coordenação da política nacional de 
desenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte, bem como 
acompanharo Código de 
Processo Penal, no seu art. 312, diz que poderá ser decretada pelo juiz a prisão 
preventiva como garantia da ordem pública, da ordem econômica, [...] quando houver 
prova de existência do crime e indício suficiente de autoria. Vemos aí a preocupação do 
legislador que se utilizou até do instituto da prisão preventiva para protegê-la. 
 
 O inciso II: o princípio da propriedade privada 
 
Esse princípio assegura aos trabalhadores, empresários, investidores etc. que a 
propriedade privada deles é da ingerência dos mesmos, não devendo o Estado interferir 
sem motivos relevantes naquilo que é a mola propulsora da atividade econômica. Esta 
só existe para que haja produção e circulação de mercadorias e serviços. O art. 5º, XXII, 
CRFB, traz esse direito de forma geral, sendo essa propriedade privada do art. 170 um 
princípio específico e individualizado de garantia de não-intervenção estatal sem 
motivos justos e razoáveis. 
 
 
O inciso III: o princípio da função social da propriedade 
 
 Uma limitação do princípio aventado acima, que legitima a intervenção estatal 
na propriedade que não cumpre sua função social. No prisma da ordem econômica, esse 
princípio reza que a propriedade deve cumprir sua função econômica, ou seja, deve ser 
usada para gerar riquezas, garantir o trabalho, sustentar o Estado através de tributos 
justos e promover o desenvolvimento econômico. Podemos vislumbrar aqui também 
que há no art. 5º, XXIII, CRFB, esse mesmo princípio, mas de forma geral, que 
complementa este do art. 170. 
 
 O inciso IV: o princípio da livre concorrência 
 
Os atores da atividade econômica possuem a garantia de concorrer livremente entre si, 
sem intervenção estatal desnecessária. Sob o aspecto negativo deste princípio, o Estado 
não pode proibir ou discriminar injustamente uma atividade econômica por si só, sem 
fundamentos justos; sob o aspecto positivo deste princípio, o Estado deve promover 
incentivos (sobretudo fiscais) aos atores financeiros que estejam cumprindo requisitos 
legais, atuando em áreas de manutenção da sobrevivência humana e encorajando outros 
atores financeiros à atuação pelos ditames legais. 
 
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1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
 O inciso V: o princípio da defesa do consumidor 
 
Princípio de suma importância nos dias de hoje, sobretudo pela grande eficácia social 
do CDC, esse princípio reza que a atividade econômica deve proteger a parte mais fraca, 
o consumidor, das agruras do mercado financeiro, sobretudo de suas regras 
ininteligíveis para o ―homem mediano‖. Essa proteção deve vir de dois agentes: o 
Estado, ao editar leis, atos e sentenças que se coadunam com o já existente CDC, e os 
atores econômicos, que devem se pautar pelos princípios e regras consumeristas. 
 
O inciso VI: a defesa do meio ambiente 
 
Esse princípio foi alterado pela Emenda Constitucional 42, que trouxe uma inovação ao 
princípio. Além de ter a obrigação de proteger o meio ambiente (que também tem 
tratamento constitucional), merece tratamento diferenciado (para melhor ou para pior) 
por parte do Estado, conforme o impacto que o agente econômico causar. Dessa forma, 
deve o Estado incentivar aquele que se preocupa com o meio ambiente, e penalizar 
aquele que o depreda. 
 
O inciso VII: a redução das desigualdades regionais e sociais 
 
A CRFB estende aos atores econômicos um dos objetivos do Estado, que é reduzir 
desigualdades sociais e regionais, conforme o art. 3º, III. Os agentes financeiros devem, 
através de suas atividades, ir de encontro às desigualdades para tentar minimizá-las, 
sobretudo quando o Estado já tenha dirigido e orientado aos agentes os atos a serem 
realizados por eles. Deve a lei dizer ostensivamente os locais e áreas sociais a serem 
preenchidos pelos agentes com a produção e circulação de seus bens e serviços. 
 
 
O inciso VIII: a busca do pleno emprego 
 
Esse inciso versa sobre o aproveitamento máximo do capital, da mão-de-obra, da 
tecnologia e dos insumos da produção e circulação de bens e serviços. Isso implica no: 
não desperdício de insumos; na busca de novas tecnologias para a realização da 
atividade; no emprego do capital de forma diligente; e na capacitação de recursos 
humanos atuais e futuros, com o devido aproveitamento por parte dos atores 
econômicos, o que traz à baila a íntima relação entre o valor social do trabalho e o valor 
social da livre iniciativa na atividade econômica. 
 
O inciso IX: tratamento favorecido para empresas que cumpram certos requisitos 
 
Esse inciso foi modificado pela Emenda Constitucional 6, que estendeu o benefício de 
tratamento favorecido a empresas de pequeno porte (aí incluídas as microempresas), 
desde que sejam constituídas conforme a lei brasileira e mantenham sede e 
administração no país. 
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RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
 
 O parágrafo único: a liberdade de exercício de atividade econômica 
 
No parágrafo único é assegurado um outro aspecto da liberdade, qual seja, o livre 
exercício de atividades econômicas, sem a necessidade de autorização estatal. Essa 
liberdade não pode, evidentemente, ser absoluta, devendo a lei ordinária especificar 
quais atividades necessitam de autorização legal. Apenas a lei pode realizar esse 
controle, pois ela é fruto de deliberação de órgão representativo dos cidadãos do país, e 
meio ideal de controlar o exercício de direitos constitucionais. Assim, tem-se a regra 
geral da liberdade, com a limitação legal devidamente posta no mundo jurídico para 
realizar a soberania estatal de controle e comando da atividade econômica. 
Fontes Pesquisadas: 
Bibliografia Pesquisadas: 
Site:https://www.google.com.br/search?ei=fDJKXeKTO8a85OUPn-
UuAk&q=principios+da+atividade+economica+direito+empresarial&oq=PRINCIPIO+DA+ATIVIDADE+E&gs_l=psy- 
PINHEIRO, Marcio Alves. O Direito empresarial e seus princípios constitucionais. Portal Jurídico Investidura, Florianópolis/SC, 
23 Jul. 2009. Disponível em: investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/empresarial/3987-o-direito-empresarial-e-seus-
principios-constitucionais. Acesso em: 06 Ago. 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria Geral empresa. 
A Livre Concorrência como um fator chave para a evolução do mercado 
Mercado, Livre Concorrência, Estado, Economia. 
1 INTRODUÇÃO 
Faz-se necessária uma melhor analise de como funciona o sistema de mercado para 
então aprofundar no tema da livre concorrência. 
2 O FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO 
Em sua análise microeconômica, Mankiw[4] ensina que o comércio permite que as 
pessoas interajam fornecendo aquilo que elas fazem de melhor, dando a chance de 
aperfeiçoarem as suas habilidades naquele produto ou serviço que elas dominam sem ter 
de se preocupar em produzir os demais produtos e serviços de que necessitam. Assim, 
pode-se concluir que é o mercado que viabiliza e fundamenta a vida em sociedade. No 
mercado, não podemos apenas falar em concorrência, é preciso entende-lo como uma 
forma de parceria. 
https://www.google.com.br/search?ei=fDJKXeKTO8a85OUPn-UuAk&q=principios+da+atividade+economica+direito+empresarial&oq=PRINCIPIO+DA+ATIVIDADE+E&gs_l=psy-
https://www.google.com.br/search?ei=fDJKXeKTO8a85OUPn-UuAk&q=principios+da+atividade+economica+direito+empresarial&oq=PRINCIPIO+DA+ATIVIDADE+E&gs_l=psy-
http://investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/empresarial/3987-o-direito-empresarial-e-seus-principios-constitucionais
http://investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/empresarial/3987-o-direito-empresarial-e-seus-principios-constitucionais
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CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEISe avaliar a sua implantação, será presidido e coordenado pelo 
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 
CAPÍTULO II 
DA DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE 
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou 
empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o 
empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, 
devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de 
Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: 
I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela 
equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 
240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais); 
II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a 
ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 
240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 
(dois milhões e quatrocentos mil reais). 
§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o 
produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos 
serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as 
vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. 
§ 2º No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite a que se 
refere o caput deste artigo será proporcional ao número de meses em que a 
microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive 
as frações de meses. 
§ 3º O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária como 
microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desenquadramento 
não implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contratos 
por elas anteriormente firmados. 
§ 4º Não se inclui no regime diferenciado e favorecido previsto nesta Lei 
Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica: 
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica 
com sede no exterior; 
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1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou 
seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos 
termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o 
limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; 
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de 
outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita 
bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; 
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica 
com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que 
trata o inciso II do caput deste artigo; 
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; 
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de 
desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e 
investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, 
valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros 
privados e de capitalização ou de previdência complementar; 
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de 
desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos- 
calendário anteriores; 
X - constituída sob a forma de sociedade por ações. 
§ 5º O disposto nos incisos IV e VII do § 4º deste artigo não se aplica à 
participação no capital de cooperativas de crédito, bem como em centrais de 
compras, bolsas de sub-contratação, no consórcio previsto nesta Lei 
Complementar, e associações assemelhadas, sociedades de interesse econômico, 
sociedades de garantia solidária e outros tipos de sociedade, que tenham como 
objetivo social a defesa exclusiva dos interesses econômicos das microempresas e 
empresas de pequeno porte. 
§ 6º Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte incorrer em 
alguma das situações previstas nos incisos do § 4º deste artigo, será excluída do 
regime de que trata esta Lei Complementar, com efeitos a partir do mês seguinte 
ao que incorrida a situação impeditiva. 
§ 7º Observado o disposto no § 2º deste artigo, no caso de início de atividades, a 
microempresa que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual 
previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no ano-calendário seguinte, à 
condição de empresa de pequeno porte. 
§ 8º Observado o disposto no § 2º deste artigo, no caso de início de atividades, a 
empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, não ultrapassar o limite de 
receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no ano- 
calendário seguinte, à condição de microempresa. 
§ 9º A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de 
receita bruta anual previsto no inciso II do caput deste artigo fica excluída, no ano- 
calendário seguinte, do regime diferenciado e favorecido previsto por esta Lei 
Complementar para todos os efeitos legais. 
§ 10. A microempresa e a empresa de pequeno porte que no decurso do ano- 
calendário de início de atividade ultrapassarem o limite de R$ 200.000,00 
(duzentos mil reais) multiplicados pelo número de meses de funcionamento nesse 
período estarão excluídas do regime desta Lei Complementar, com efeitos 
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1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
retroativos ao início de suas atividades. 
§ 11. Na hipótese de o Distrito Federal, os Estados e seus respectivos Municípios 
adotarem o disposto nos incisos I e II do caput do art. 19 e no art. 20 desta Lei 
Complementar, caso a receita bruta auferida durante o ano-calendário de início de 
atividade ultrapasse o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais) ou R$ 150.000,00 
(cento e cinqüenta mil reais), respectivamente, multiplicados pelo número de 
meses de funcionamento nesse período, estará excluída do regime tributário 
previsto nesta Lei Complementar em relação ao pagamento dos tributos estaduais e 
municipais, com efeitos retroativos ao início de suas atividades. 
§ 12. A exclusão do regime desta Lei Complementar de que tratam os §§ 10 e 11 
deste artigo não retroagirá ao início das atividades se o excesso verificado em 
relação à receita bruta não for superior a 20% (vinte por cento) dos respectivos 
limites referidos naqueles parágrafos, hipóteses em que os efeitos da exclusão dar- 
se-ão no ano-calendário subseqüente. 
CAPÍTULO III 
DA INSCRIÇÃO E DA BAIXA 
Art. 4º Na elaboração de normas de sua competência, os órgãos e entidades 
envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de 
governo, deverão considerar a unicidade do processo de registro e de legalização 
de empresários e de pessoas jurídicas, para tanto devendo articular as 
competências próprias com aquelas dos demais membros, e buscar, em conjunto, 
compatibilizar e integrar procedimentos, de modo a evitar a duplicidade de 
exigências e garantir a linearidade do processo, da perspectiva do usuário. 
Art. 5º Os órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de empresas, 
dos 3 (três) âmbitos de governo, no âmbito de suas atribuições, deverão manter à 
disposição dos usuários, de forma presencial e pela rede mundial de computadores, 
informações, orientações e instrumentos, de forma integrada e consolidada, que 
permitam pesquisasprévias às etapas de registro ou inscrição, alteração e baixa de 
empresários e pessoas jurídicas, de modo a prover ao usuário certeza quanto à 
documentação exigível e quanto à viabilidade do registro ou inscrição. 
Parágrafo único. As pesquisas prévias à elaboração de ato constitutivo ou de sua 
alteração deverão bastar a que o usuário seja informado pelos órgãos e entidades 
competentes: 
I - da descrição oficial do endereço de seu interesse e da possibilidade de exercício 
da atividade desejada no local escolhido; 
II - de todos os requisitos a serem cumpridos para obtenção de licenças de 
autorização de funcionamento, segundo a atividade pretendida, o porte, o grau de 
risco e a localização; e 
III - da possibilidade de uso do nome empresarial de seu interesse. 
Art. 6º Os requisitos de segurança sanitária, metrologia, controle ambiental e 
prevenção contra incêndios, para os fins de registro e legalização de empresários e 
pessoas jurídicas, deverão ser simplificados, racionalizados e uniformizados pelos 
órgãos envolvidos na abertura e fechamento de empresas, no âmbito de suas 
competências. 
§ 1º Os órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de empresas que 
sejam responsáveis pela emissão de licenças e autorizações de funcionamento 
somente realizarão vistorias após o início de operação do estabelecimento, quando 
a atividade, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse 
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procedimento. 
§ 2º Os órgãos e entidades competentes definirão, em 6 (seis) meses, contados da 
publicação desta Lei Complementar, as atividades cujo grau de risco seja 
considerado alto e que exigirão vistoria prévia. 
Art. 7º Exceto nos casos em que o grau de risco da atividade seja considerado 
alto, os Municípios emitirão Alvará de Funcionamento Provisório, que permitirá o 
início de operação do estabelecimento imediatamente após o ato de registro. 
Art. 8º Será assegurado aos empresários entrada única de dados cadastrais e de 
documentos, resguardada a independência das bases de dados e observada a 
necessidade de informações por parte dos órgãos e entidades que as integrem. 
Art. 9º O registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas), 
referentes a empresários e pessoas jurídicas em qualquer órgão envolvido no 
registro empresarial e na abertura da empresa, dos 3 (três) âmbitos de governo, 
ocorrerá independentemente da regularidade de obrigações tributárias, 
previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do empresário, da 
sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas de que participem, sem 
prejuízo das responsabilidades do empresário, dos sócios ou dos administradores 
por tais obrigações, apuradas antes ou após o ato de extinção. 
§ 1º O arquivamento, nos órgãos de registro, dos atos constitutivos de 
empresários, de sociedades empresárias e de demais equiparados que se 
enquadrarem como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o 
arquivamento de suas alterações são dispensados das seguintes exigências: 
I - certidão de inexistência de condenação criminal, que será substituída por 
declaração do titular ou administrador, firmada sob as penas da lei, de não estar 
impedido de exercer atividade mercantil ou a administração de sociedade, em 
virtude de condenação criminal; 
II - prova de quitação, regularidade ou inexistência de débito referente a tributo ou 
contribuição de qualquer natureza. 
§ 2º Não se aplica às microempresas e às empresas de pequeno porte o disposto 
no § 2º do art. 1º da Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994. 
Art. 10. Não poderão ser exigidos pelos órgãos e entidades envolvidos na abertura 
e fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo: 
I - excetuados os casos de autorização prévia, quaisquer documentos adicionais aos 
requeridos pelos órgãos executores do Registro Público de Empresas Mercantis e 
Atividades Afins e do Registro Civil de Pessoas Jurídicas; 
II - documento de propriedade ou contrato de locação do imóvel onde será 
instalada a sede, filial ou outro estabelecimento, salvo para comprovação do 
endereço indicado; 
III - comprovação de regularidade de prepostos dos empresários ou pessoas 
jurídicas com seus órgãos de classe, sob qualquer forma, como requisito para 
deferimento de ato de inscrição, alteração ou baixa de empresa, bem como para 
autenticação de instrumento de escrituração. 
Art. 11. Fica vedada a instituição de qualquer tipo de exigência de natureza 
documental ou formal, restritiva ou condicionante, pelos órgãos envolvidos na 
abertura e fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo, que exceda 
o estrito limite dos requisitos pertinentes à essência do ato de registro, alteração ou 
baixa da empresa. 
CAPÍTULO IV 
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DOS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES 
Seção I 
Da Instituição e Abrangência 
Art. 12. Fica instituído o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e 
Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples 
Nacional. 
Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento 
único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: 
I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; 
II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado o disposto no inciso 
XII do § 1º deste artigo; 
III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; 
IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, observado 
o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo; 
V - Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste 
artigo; 
VI - Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata 
o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso das pessoas 
jurídicas que se dediquem às atividades de prestação de serviços previstas nos 
incisos XIII a XXVIII do § 1º e no § 2º do art. 17 desta Lei Complementar; 
VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre 
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação - ICMS; 
VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. 
§ 1º O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos seguintes 
impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, 
em relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas 
jurídicas: 
I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou 
Valores Mobiliários - IOF; 
II - Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros - II; 
III - Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou 
Nacionalizados - IE; 
IV - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - IPTR; 
V - Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em 
aplicações de renda fixa ou variável; 
VI - Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de 
bens do ativo permanente; 
VII - Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de 
Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF; 
VIII - Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; 
IX - Contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa ao trabalhador; 
X - Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na 
qualidade de contribuinte individual; 
XI - Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa 
jurídica a pessoas físicas; 
XII - Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes na importação de bens 
e serviços;FACULDADE UNINASSAU 
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XIII - ICMS devido: 
a) nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária; 
b) por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação 
estadual ou distrital vigente; 
c) na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, inclusive 
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, bem como energia 
elétrica, quando não destinados à comercialização ou industrialização; 
d) por ocasião do desembaraço aduaneiro; 
e) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de 
documento fiscal; 
f) na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal; 
g) nas operações com mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do 
recolhimento do imposto, bem como do valor relativo à diferença entre a alíquota 
interna e a interestadual, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal, nos 
termos da legislação estadual ou distrital; 
XIV - ISS devido: 
a) em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte; 
b) na importação de serviços; 
XV - demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou 
dos Municípios, não relacionados nos incisos anteriores. 
§ 2º Observada a legislação aplicável, a incidência do imposto de renda na fonte, 
na hipótese do inciso V do § 1º deste artigo, será definitiva. 
§ 3º As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples 
Nacional ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela 
União, inclusive as contribuições para as entidades privadas de serviço social e de 
formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o art. 240 da 
Constituição Federal, e demais entidades de serviço social autônomo. 
§ 4º (VETADO). 
Art. 14. Consideram-se isentos do imposto de renda, na fonte e na declaração de 
ajuste do beneficiário, os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou 
sócio da microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples 
Nacional, salvo os que corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços 
prestados. 
§ 1º A isenção de que trata o caput deste artigo fica limitada ao valor resultante da 
aplicação dos percentuais de que trata o art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de 
dezembro de 1995, sobre a receita bruta mensal, no caso de antecipação de fonte, 
ou da receita bruta total anual, tratando-se de declaração de ajuste, subtraído do 
valor devido na forma do Simples Nacional no período. 
§ 2º O disposto no § 1º deste artigo não se aplica na hipótese de a pessoa jurídica 
manter escrituração contábil e evidenciar lucro superior àquele limite. 
Art. 15. (VETADO). 
Art. 16. A opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica enquadrada na condição 
de microempresa e empresa de pequeno porte dar-se-á na forma a ser estabelecida 
em ato do Comitê Gestor, sendo irretratável para todo o ano-calendário. 
§ 1º Para efeito de enquadramento no Simples Nacional, considerar-se-á 
microempresa ou empresa de pequeno porte aquela cuja receita bruta no ano- 
calendário anterior ao da opção esteja compreendida dentro dos limites previstos 
no art. 3º desta Lei Complementar. 
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§ 2º A opção de que trata o caput deste artigo deverá ser realizada no mês de 
janeiro, até o seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano- 
calendário da opção, ressalvado o disposto no § 3º deste artigo. 
§ 3º A opção produzirá efeitos a partir da data do início de atividade, desde que 
exercida nos termos, prazo e condições a serem estabelecidos no ato do Comitê 
Gestor a que se refere o caput deste artigo. 
§ 4º Serão consideradas inscritas no Simples Nacional as microempresas e 
empresas de pequeno porte regularmente optantes pelo regime tributário de que 
trata a Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, salvo as que estiverem impedidas 
de optar por alguma vedação imposta por esta Lei Complementar. 
§ 5º O Comitê Gestor regulamentará a opção automática prevista no § 4º deste 
artigo. 
§ 6º O indeferimento da opção pelo Simples Nacional será formalizado mediante 
ato da Administração Tributária segundo regulamentação do Comitê Gestor. 
Seção II 
Das Vedações ao Ingresso no Simples Nacional 
Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples 
Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte: 
I - que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de 
assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a 
pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de 
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de 
serviços (factoring); 
II - que tenha sócio domiciliado no exterior; 
III - de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, 
federal, estadual ou municipal; 
IV - que preste serviço de comunicação; 
V - que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as 
Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja 
suspensa; 
VI - que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros; 
VII - que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia 
elétrica; 
VIII - que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e 
motocicletas; 
IX - que exerça atividade de importação de combustíveis; 
X - que exerça atividade de produção ou venda no atacado de bebidas alcoólicas, 
cigarros, armas, bem como de outros produtos tributados pelo IPI com alíquota ad 
valorem superior a 20% (vinte por cento) ou com alíquota específica; 
XI - que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de 
atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou 
cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste 
serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de 
intermediação de negócios; 
XII - que realize cessão ou locação de mão-de-obra; 
XIII - que realize atividade de consultoria; 
XIV - que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis. 
§ 1º As vedações relativas a exercício de atividades previstas no caput deste artigo 
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não se aplicam às pessoas jurídicas que se dediquem exclusivamente às atividades 
seguintes ou as exerçam em conjunto com outras atividades que não tenham sido 
objeto de vedação no caput deste artigo: 
I - creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental; 
II - agência terceirizada de correios; 
III - agência de viagem e turismo; 
IV - centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte 
terrestre de passageiros e de carga; 
V - agência lotérica; 
VI - serviços de manutenção e reparação de automóveis, caminhões, ônibus, outros 
veículos pesados, tratores, máquinas e equipamentos agrícolas; 
VII - serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para veículos 
automotores; 
VIII - serviços de manutenção e reparação de motocicletas, motonetas e bicicletas; 
IX - serviços de instalação, manutenção e reparação de máquinas de escritório e de 
informática; 
X - serviços de reparos hidráulicos, elétricos, pintura e carpintaria em residências 
ou estabelecimentos civis ou empresariais, bem como manutenção e reparação de 
aparelhos eletrodomésticos; 
XI - serviços de instalação e manutençãode aparelhos e sistemas de ar 
condicionado, refrigeração, ventilação, aquecimento e tratamento de ar em 
ambientes controlados; 
XII - veículos de comunicação, de radiodifusão sonora e de sons e imagens, e mídia 
externa; 
XIII - construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma 
de sub-empreitada; 
XIV - transporte municipal de passageiros; 
XV - empresas montadoras de estandes para feiras; 
XVI - escolas livres, de línguas estrangeiras, artes, cursos técnicos e gerenciais; 
XVII - produção cultural e artística; 
XVIII - produção cinematográfica e de artes cênicas; 
XIX - cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros; 
XX - academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais; 
XXI - academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de 
esportes; 
XXII - (VETADO); 
XXIII - elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, 
desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante; 
XXIV - licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; 
XXV - planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, 
desde que realizados em estabelecimento do optante; 
XXVI - escritórios de serviços contábeis; 
XXVII - serviço de vigilância, limpeza ou conservação; 
XXVIII - (VETADO). 
§ 2º Poderão optar pelo Simples Nacional sociedades que se dediquem 
exclusivamente à prestação de outros serviços que não tenham sido objeto de 
vedação expressa no caput deste artigo. 
§ 3º (VETADO). 
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Seção III 
Das Alíquotas e Base de Cálculo 
Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa e empresa de pequeno 
porte, optante do Simples Nacional, será determinado mediante aplicação da tabela 
do Anexo I desta Lei Complementar. 
§ 1º Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita 
bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração. 
§ 2º Em caso de início de atividade, os valores de receita bruta acumulada 
constantes das tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar devem ser 
proporcionalizados ao número de meses de atividade no período. 
§ 3º Sobre a receita bruta auferida no mês incidirá a alíquota determinada na 
forma do caput e dos §§ 1º e 2º deste artigo, podendo tal incidência se dar, à 
opção do contribuinte, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, sobre a receita 
recebida no mês, sendo essa opção irretratável para todo o ano-calendário. 
§ 4º O contribuinte deverá considerar, destacadamente, para fim de pagamento: 
I - as receitas decorrentes da revenda de mercadorias; 
II - as receitas decorrentes da venda de mercadorias industrializadas pelo 
contribuinte; 
III - as receitas decorrentes da prestação de serviços, bem como a de locação de 
bens móveis; 
IV - as receitas decorrentes da venda de mercadorias sujeitas a substituição 
tributária; e 
V - as receitas decorrentes da exportação de mercadorias para o exterior, inclusive 
as vendas realizadas por meio de comercial exportadora ou do consórcio previsto 
nesta Lei Complementar. 
§ 5º Nos casos de atividades industriais, de locação de bens móveis e de prestação 
de serviços, serão observadas as seguintes regras: 
I - as atividades industriais serão tributadas na forma do Anexo II desta Lei 
Complementar; 
II - as atividades de prestação de serviços previstas nos incisos I a XII do § 1º do 
art. 17 desta Lei Complementar serão tributadas na forma do Anexo III desta Lei 
Complementar; 
III - atividades de locação de bens móveis serão tributadas na forma do Anexo III 
desta Lei Complementar, deduzindo-se da alíquota o percentual correspondente ao 
ISS previsto nesse Anexo; 
IV - as atividades de prestação de serviços previstas nos incisos XIII a XVIII do § 
1º do art. 17 desta Lei Complementar serão tributadas na forma do Anexo IV desta 
Lei Complementar, hipótese em que não estará incluída no Simples Nacional a 
contribuição prevista no inciso VI do caput do art. 13 desta Lei Complementar, 
devendo ela ser recolhida segundo a legislação prevista para os demais 
contribuintes ou responsáveis; 
V - as atividades de prestação de serviços previstas nos incisos XIX a XXVIII do § 
1º e no § 2º do art. 17 desta Lei Complementar serão tributadas na forma do 
Anexo V desta Lei Complementar, hipótese em que não estará incluída no Simples 
Nacional a contribuição prevista no inciso VI do caput do art. 13 desta Lei 
Complementar, devendo ela ser recolhida segundo a legislação prevista para os 
demais contribuintes ou responsáveis; 
VI - as atividades de prestação de serviços de transportes intermunicipais e 
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interestaduais serão tributadas na forma do Anexo 
V desta Lei Complementar, acrescido das alíquotas correspondentes ao ICMS 
previstas no Anexo I desta Lei Complementar, hipótese em que não estará incluída 
no Simples Nacional a contribuição prevista no inciso VI do caput do art. 13 desta 
Lei Complementar, devendo esta ser recolhida segundo a legislação prevista para 
os demais contribuintes ou responsáveis. 
§ 6º No caso dos serviços previstos no § 2º do art. 6º da Lei Complementar nº 116, 
de 31 de julho de 2003, prestados pelas microempresas e pelas empresas de 
pequeno porte, o tomador do serviço deverá reter o montante correspondente na 
forma da legislação do município onde estiver localizado, que será abatido do valor 
a ser recolhido na forma do § 3º do art. 21 desta Lei Complementar. 
§ 7º A empresa comercial exportadora que houver adquirido mercadorias de pessoa 
jurídica optante pelo Simples Nacional, com o fim específico de exportação para o 
exterior, que, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da emissão 
da nota fiscal pela vendedora, não comprovar o seu embarque para o exterior ficará 
sujeita ao pagamento de todos os impostos e contribuições que deixaram de ser 
pagos pela empresa vendedora, acrescidos de juros de mora e multa, de mora ou 
de ofício, calculados na forma da legislação que rege a cobrança do tributo não 
pago, aplicável à própria comercial exportadora. 
§ 8º Para efeito do disposto no § 7º deste artigo, considera-se vencido o prazo para 
o pagamento na data em que a empresa vendedora deveria fazê-lo, caso a venda 
houvesse sido efetuada para o mercado interno. 
§ 9º Relativamente à contribuição patronal, devida pela vendedora, a comercial 
exportadora deverá recolher, no prazo previsto no § 8º deste artigo, o valor 
correspondente a 11% (onze por cento) do valor das mercadorias não exportadas 
nos termos do § 7º deste artigo. 
§ 10. Na hipótese do § 7º deste artigo, a empresa comercial exportadora não 
poderá deduzir do montante devido qualquer valor a título de crédito de Imposto 
sobre Produtos Industrializados - IPI da Contribuição para o PIS/Pasep ou da 
Cofins, decorrente da aquisição das mercadorias e serviços objeto da incidência. 
§ 11. Na hipótese do § 7º deste artigo, a empresa comercial exportadora deverá 
pagar, também, os impostos e contribuições devidos nas vendas para o mercado 
interno, caso, por qualquer forma, tenha alienado ou utilizado as mercadorias. 
§ 12. Na apuração do montante devido no mês relativo a cada tributo, o 
contribuinte que apure receitas mencionadas nos incisos IV e V do § 4º deste artigo 
terá direito a redução do valor a ser recolhido na forma do Simples Nacional 
calculada nos termos dos §§ 13 e 14 deste artigo. 
§ 13. Para efeito de determinação da redução de que trata o § 12 deste artigo, as 
receitas serão discriminadas em comerciais, industriais ou de prestação de serviços 
na forma dos Anexos I, II,III, IV e V desta Lei Complementar. 
§ 14. A redução no montante a ser recolhido do Simples Nacional no mês relativo 
aos valores das receitas de que tratam os incisos IV e V do § 4º deste artigo 
corresponderá: 
I - no caso de revenda de mercadorias: 
a) ao percentual que incidiria sobre o montante total de receita, caso não houvesse 
nenhuma redução, previsto no Anexo I desta Lei Complementar, relativo à Cofins, 
aplicado sobre a respectiva parcela de receita referida nos incisos IV ou V do § 4º 
deste artigo, conforme o caso; 
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b) ao percentual que incidiria sobre o montante total de receita, caso não houvesse 
nenhuma redução, previsto no Anexo I desta Lei Complementar, relativo à 
Contribuição para o PIS/Pasep, aplicado sobre a respectiva parcela de receita 
referida nos incisos IV ou V do § 4º deste artigo, conforme o caso; 
c) ao percentual que incidiria sobre o montante total de receita, caso não houvesse 
nenhuma redução, previsto no Anexo I desta Lei Complementar, relativo ao ICMS, 
aplicado sobre a respectiva parcela de receita referida nos incisos IV ou V do § 4º 
deste artigo, conforme o caso; 
II - no caso de venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte: 
a) ao percentual que incidiria sobre o montante total de receita, caso não houvesse 
nenhuma redução, previsto no Anexo II desta Lei Complementar, relativo à Cofins, 
aplicado sobre a respectiva parcela de receita referida nos incisos IV ou V do § 4º 
deste artigo, conforme o caso; 
b) ao percentual que incidiria sobre o montante total de receita, caso não houvesse 
nenhuma redução, previsto no Anexo II desta Lei Complementar, relativo à 
Contribuição para o PIS/Pasep, aplicado sobre a respectiva parcela de receita 
referida nos incisos IV ou V do § 4º deste artigo, conforme o caso; 
c) ao percentual que incidiria sobre o montante total de receita, caso não houvesse 
nenhuma redução, previsto no Anexo II desta Lei Complementar, relativo ao ICMS, 
aplicado sobre a respectiva parcela de receita referida nos incisos IV ou V do § 4º 
deste artigo, conforme o caso; 
d) ao percentual que incidiria sobre o montante total de receita, caso não houvesse 
nenhuma redução, previsto no Anexo II desta Lei Complementar, relativo ao IPI, 
aplicado sobre a respectiva parcela de receita referida nos incisos IV ou V do § 4º 
deste artigo, conforme o caso. 
§ 15. Será disponibilizado sistema eletrônico para realização do cálculo simplificado 
do valor mensal devido referente ao Simples Nacional. 
§ 16. Se o valor da receita bruta auferida durante o ano-calendário ultrapassar o 
limite de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) multiplicados pelo número de meses 
do período de atividade, a parcela de receita que exceder o montante assim 
determinado estará sujeita às alíquotas máximas previstas nos Anexos I a V desta 
Lei Complementar, proporcionalmente conforme o caso, acrescidas de 20% (vinte 
por cento). 
§ 17. Na hipótese de o Distrito Federal ou o Estado e os Municípios nele localizados 
adotarem o disposto nos incisos I e II do caput do art. 19 e no art. 20, ambos desta 
Lei Complementar, a parcela da receita bruta auferida durante o ano-calendário 
que ultrapassar o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais) ou R$ 150.000,00 (cento 
e cinqüenta mil reais), respectivamente, multiplicados pelo número de meses do 
período de atividade, estará sujeita, em relação aos percentuais aplicáveis ao ICMS 
e ao ISS, às alíquotas máximas correspondentes a essas faixas previstas nos 
Anexos I a V desta Lei Complementar, proporcionalmente conforme o caso, 
acrescidas de 20% (vinte por cento). 
§ 18. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito de suas respectivas 
competências, poderão estabelecer, na forma definida pelo Comitê Gestor, 
independentemente da receita bruta recebida no mês pelo contribuinte, valores 
fixos mensais para o recolhimento do ICMS e do ISS devido por microempresa que 
aufira receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 120.000,00 (cento e 
vinte mil reais), ficando a microempresa sujeita a esses valores durante todo o 
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ano-calendário. 
§ 19. Os valores estabelecidos no § 18 deste artigo não poderão exceder a 50% 
(cinqüenta por cento) do maior recolhimento possível do tributo para a faixa de 
enquadramento prevista na tabela do caput deste artigo, respeitados os acréscimos 
decorrentes do tipo de atividade da empresa estabelecidos no § 5º deste artigo. 
§ 20. Na hipótese em que o Estado, o Município ou o Distrito Federal concedam 
isenção ou redução do ICMS ou do ISS devido por microempresa ou empresa de 
pequeno porte, ou ainda determine recolhimento de valor fixo para esses tributos, 
na forma do § 18 deste artigo, será realizada redução proporcional ou ajuste do 
valor a ser recolhido, na forma definida em resolução do Comitê Gestor. 
§ 21. O valor a ser recolhido na forma do disposto no § 20 deste artigo, 
exclusivamente na hipótese de isenção, não integrará o montante a ser partilhado 
com o respectivo Município, Estado ou Distrito Federal. 
§ 22. A atividade constante do inciso XXVI do § 1º do art. 17 desta Lei 
Complementar recolherá o ISS em valor fixo, na forma da legislação municipal. 
§ 23. Da base de cálculo do ISS será abatido o material fornecido pelo prestador 
dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa à Lei 
Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. 
§ 24. Para efeito de aplicação do Anexo V desta Lei Complementar, considera-se 
folha de salários incluídos encargos o montante pago, nos 12 (doze) meses 
anteriores ao do período de apuração, a título de salários, retiradas de pró-labore, 
acrescidos do montante efetivamente recolhido a título de contribuição para a 
Seguridade Social e para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. 
Art. 19. Sem prejuízo da possibilidade de adoção de todas as faixas de receita 
previstas no art. 18 desta Lei Complementar, os Estados poderão optar pela 
aplicação, para efeito de recolhimento do ICMS na forma do Simples Nacional em 
seus respectivos territórios, da seguinte forma: 
I - os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto brasileiro seja de até 1% 
(um por cento) poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das 
faixas de receita bruta anual até R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil 
reais); 
II - os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto brasileiro seja de mais de 
1% (um por cento) e de menos de 5% (cinco por cento) poderão optar pela 
aplicação, em seus respectivos territórios, das faixas de receita bruta anual até R$ 
1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais); e 
III - os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto brasileiro seja igual ou 
superior a 5% (cinco por cento) ficam obrigados a adotar todas as faixas de receita 
bruta anual. 
§ 1º A participação no Produto Interno Bruto brasileiro será apurada levando em 
conta o último resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística ou outro órgão que o substitua. 
§ 2º A opção prevista nos incisos I e II do caput deste artigo, bem como a 
obrigatoriedade de adotar o percentual previsto no inciso III do caput deste artigo, 
surtirá efeitos somente para o ano-calendário subseqüente. 
§ 3º O disposto neste artigo aplica-se ao Distrito Federal. 
Art. 20. A opção feita na forma do art. 19 desta Lei Complementar pelos Estados 
importará adoção do mesmo limite de receita bruta anual para efeito de 
recolhimento na forma do ISS dos Municípios nele localizados, bem como para o do 
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ISS devido no Distrito Federal. 
§ 1º As microempresas e empresas de pequeno porte que ultrapassarem os limites 
a que se referem os incisos I e II do caput do art. 19 desta Lei Complementar 
estarão automaticamente impedidas de recolher o ICMS e o ISS na forma do 
Simples Nacional no ano-calendário subseqüente ao que tiver ocorrido o excesso. 
§ 2º O disposto no § 1º deste artigo não se aplica na hipótese de o Estado ou de o 
Distrito Federal adotarem, compulsoriamente ou por opção, a aplicação de faixa de 
receita bruta superior à que vinha sendo utilizada no ano-calendário em que 
ocorreu o excesso da receita bruta. 
§ 3º Na hipótese em que o recolhimento do ICMS ou do ISS não esteja sendo 
efetuado por meio do Simples Nacional por força do disposto neste artigo e no art. 
19 desta Lei Complementar, as faixas de receita do Simples Nacional superiores 
àquela que tenha sido objeto de opção pelos Estados ou pelo Distrito Federal 
sofrerão, para efeito de recolhimento do Simples Nacional, redução na alíquota 
equivalente aos percentuais relativos a esses impostos constantes dos Anexos I a V 
desta Lei Complementar, conforme o caso. 
§ 4º O Comitê Gestor regulamentará o disposto neste artigo e no art. 19 desta Lei 
Complementar. 
Seção IV 
Do Recolhimento dos Tributos Devidos 
Art. 21. Os tributos devidos, apurados na forma dos arts. 18 a 20 desta Lei 
Complementar, deverão ser pagos: 
I - por meio de documento único de arrecadação, instituído pelo Comitê Gestor; 
II - segundo códigos específicos, para cada espécie de receita discriminada no § 4º 
do art. 18 desta Lei Complementar; 
III - enquanto não regulamentado pelo Comitê Gestor, até o último dia útil da 
primeira quinzena do mês subseqüente àquele a que se referir; 
IV - em banco integrante da rede arrecadadora credenciada pelo Comitê Gestor. 
§ 1º Na hipótese de a microempresa ou a empresa de pequeno porte possuir filiais, 
o recolhimento dos tributos do Simples Nacional dar-se-á por intermédio da matriz. 
§ 2º Poderá ser adotado sistema simplificado de arrecadação do Simples Nacional, 
inclusive sem utilização da rede bancária, mediante requerimento do Estado, 
Distrito Federal ou Município ao Comitê Gestor. 
§ 3º O valor não pago até a data do vencimento sujeitar-se-á à incidência de 
encargos legais na forma prevista na legislação do imposto sobre a renda. 
§ 4º Caso tenha havido a retenção na fonte do ISS, ele será definitivo e deverá ser 
deduzida a parcela do Simples Nacional a ele correspondente, que será apurada, 
tomando-se por base as receitas de prestação de serviços que sofreram tal 
retenção, na forma prevista nos §§ 12 a 14 do art. 18 desta Lei Complementar, não 
sendo o montante recolhido na forma do Simples Nacional objeto de partilha com 
os municípios. 
§ 5º O Comitê Gestor regulará o modo pelo qual será solicitado o pedido de 
restituição ou compensação dos valores do Simples Nacional recolhidos 
indevidamente ou em montante superior ao devido. 
Seção V 
Do Repasse do Produto da Arrecadação 
Art. 22. O Comitê Gestor definirá o sistema de repasses do total arrecadado, 
inclusive encargos legais, para o: 
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I - Município ou Distrito Federal, do valor correspondente ao ISS; 
II - Estado ou Distrito Federal, do valor correspondente ao ICMS; 
III - Instituto Nacional do Seguro Social, do valor correspondente à Contribuição 
para manutenção da Seguridade Social. 
Parágrafo único. Enquanto o Comitê Gestor não regulamentar o prazo para o 
repasse previsto no inciso II do caput deste artigo, esse será efetuado nos prazos 
estabelecidos nos convênios celebrados no âmbito do colegiado a que se refere a 
alínea g do inciso XII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal. 
Seção VI 
Dos Créditos 
Art. 23. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples 
Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos 
ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional. 
Art. 24. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples 
Nacional não poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal. 
Seção VII 
Das Obrigações Fiscais Acessórias 
Art. 25. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes do Simples 
Nacional apresentarão, anualmente, à Secretaria da Receita Federal declaração 
única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais, que deverão ser 
disponibilizadas aos órgãos de fiscalização tributária e previdenciária, observados 
prazo e modelo aprovados pelo Comitê Gestor. 
Art. 26. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples 
Nacional ficam obrigadas a: 
I - emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de acordo com 
instruções expedidas pelo Comitê Gestor; 
II - manter em boa ordem e guarda os documentos que fundamentaram a 
apuração dos impostos e contribuições devidos e o cumprimento das obrigações 
acessórias a que se refere o art. 25 desta Lei Complementar enquanto não 
decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam 
pertinentes. 
§ 1º Os empreendedores individuais com receita bruta acumulada no ano de até R$ 
36.000,00 (trinta e seis mil reais): 
I - poderão optar por fornecer nota fiscal avulsa obtida nas Secretarias de Fazenda 
ou Finanças dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios; 
II - farão a comprovação da receita bruta, mediante apresentação do registro de 
vendas independentemente de documento fiscal de venda ou prestação de serviço, 
ou escrituração simplificada das receitas, conforme instruções expedidas pelo 
Comitê Gestor; 
III - ficam dispensados da emissão do documento fiscal previsto no inciso I do 
caput deste artigo caso requeiram nota fiscal gratuita na Secretaria de Fazenda 
municipal ou adotem formulário de escrituração simplificada das receitas nos 
municípios que não utilizem o sistema de nota fiscal gratuita, conforme instruções 
expedidas pelo Comitê Gestor. 
§ 2º As demais microempresas e as empresas de pequeno porte, além do disposto 
nos incisos I e II do caput deste artigo, deverão, ainda, manter o livro-caixa em 
que será escriturada sua movimentação financeira e bancária. 
§ 3º A exigência de declaração única a que se refere o caput do art. 25 desta Lei 
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Complementar não desobriga a prestação de informações relativas a terceiros. 
§ 4º As microempresas e empresas de pequeno porte referidas no § 2º deste artigo 
ficam sujeitas a outras obrigações acessórias a serem estabelecidas pelo Comitê 
Gestor, com características nacionalmente uniformes, vedado o estabelecimento de 
regras unilaterais pelas unidades políticas partícipes do sistema. 
§ 5º As microempresas e empresas de pequeno porte ficam sujeitas à entrega de 
declaração eletrônica que deva conter os dados referentes aos serviços prestados 
ou tomados de terceiros, na conformidade do que dispuser o Comitê Gestor. 
Art. 27. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples 
Nacional poderão, opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os 
registros e controles das operações realizadas, conforme regulamentação do 
Comitê Gestor. 
Seção VIII 
Da Exclusão do Simples Nacional 
Art. 28. A exclusão do Simples Nacional será feita de ofício ou mediante 
comunicação das empresas optantes. 
Parágrafo único. As regras previstas nesta seção e o modo de sua implementação 
serão regulamentados pelo Comitê Gestor. 
Art. 29. Aexclusão de ofício das empresas optantes pelo Simples Nacional dar-se-á 
quando: 
I - verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória; 
II - for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não 
justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem 
como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, 
negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses 
que autorizam a requisição de auxílio da força pública; 
III - for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso 
ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam 
suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade; 
IV - a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas; 
V - tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta Lei 
Complementar; 
VI - a empresa for declarada inapta, na forma dos arts. 81 e 82 da Lei nº 9.430, de 
27 de dezembro de 1996, e alterações posteriores; 
VII - comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho; 
VIII - houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da 
movimentação financeira, inclusive bancária; 
IX - for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas 
supera em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo 
período, excluído o ano de início de atividade; 
X - for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de 
mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses 
justificadas de aumento de estoque, for superior a 80% (oitenta por cento) dos 
ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade. 
§ 1º Nas hipóteses previstas nos incisos II a X do caput deste artigo, a exclusão 
produzirá efeitos a partir do próprio mês em que incorridas, impedindo a opção pelo 
regime diferenciado e favorecido desta Lei Complementar pelos próximos 3 (três) 
anos-calendário seguintes. 
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§ 2º O prazo de que trata o § 1º deste artigo será elevado para 10 (dez) anos caso 
seja constatada a utilização de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento 
que induza ou mantenha a fiscalização em erro, com o fim de suprimir ou reduzir o 
pagamento de tributo apurável segundo o regime especial previsto nesta Lei 
Complementar. 
§ 3º A exclusão de ofício será realizada na forma regulamentada pelo Comitê 
Gestor, cabendo o lançamento dos tributos e contribuições apurados aos 
respectivos entes tributantes. 
§ 4º Para efeito do disposto no inciso I do caput deste artigo, não se considera 
período de atividade aquele em que tenha sido solicitada suspensão voluntária 
perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ. 
§ 5º A competência para exclusão de ofício do Simples Nacional obedece ao 
disposto no art. 33, e o julgamento administrativo, ao disposto no art. 39, ambos 
desta Lei Complementar. 
Art. 30. A exclusão do Simples Nacional, mediante comunicação das 
microempresas ou das empresas de pequeno porte, dar-se-á: 
I - por opção; 
II - obrigatoriamente, quando elas incorrerem em qualquer das situações de 
vedação previstas nesta Lei Complementar; ou 
III - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-calendário de início de 
atividade, o limite de receita bruta correspondente a R$ 200.000,00 (duzentos mil 
reais), multiplicados pelo número de meses de funcionamento nesse período, em 
relação aos tributos e contribuições federais, e, em relação aos tributos estaduais, 
municipais e distritais, de R$ 100.000,00 (cem mil reais) ou R$ 150.000,00 (cento 
e cinqüenta mil reais), também multiplicados pelo número de meses de 
funcionamento no período, caso o Distrito Federal, os Estados e seus respectivos 
Municípios tenham adotado os limites previstos nos incisos I e II do art. 19 e no 
art. 20, ambos desta Lei Complementar. 
§ 1º A exclusão deverá ser comunicada à Secretaria da Receita Federal: 
I - na hipótese do inciso I do caput deste artigo, até o último dia útil do mês de 
janeiro; 
II - na hipótese do inciso II do caput deste artigo, até o último dia útil do mês 
subseqüente àquele em que ocorrida a situação de vedação; 
III - na hipótese do inciso III do caput deste artigo, até o último dia útil do mês de 
janeiro do ano-calendário subseqüente ao do início de atividades. 
§ 2º A comunicação de que trata o caput deste artigo dar-se-á na forma a ser 
estabelecida pelo Comitê Gestor. 
Art. 31. A exclusão das microempresas ou das empresas de pequeno porte do 
Simples Nacional produzirá efeitos: 
I - na hipótese do inciso I do caput do art. 30 desta Lei Complementar, a partir de 
1º de janeiro do ano-calendário subseqüente, ressalvado o disposto no § 4º deste 
artigo; 
II - na hipótese do inciso II do caput do art. 30 desta Lei Complementar, a partir do 
mês seguinte da ocorrência da situação impeditiva; 
III - na hipótese do inciso III do caput do art. 30 desta Lei Complementar: 
a) desde o início das atividades; 
b) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente, na hipótese de não ter 
ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) o limite proporcional de que trata o 
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§ 10 do art. 3º desta Lei Complementar, em relação aos tributos federais, ou os 
respectivos limites de que trata o § 11 do mesmo artigo, em relação aos tributos 
estaduais, distritais ou municipais, conforme o caso; 
IV - na hipótese do inciso V do caput do art. 17 desta Lei Complementar, a partir 
do ano-calendário subseqüente ao da ciência da comunicação da exclusão. 
§ 1º Na hipótese prevista no inciso III do caput do art. 30 desta Lei Complementar, 
a microempresa ou empresa de pequeno porte não poderá optar, no ano-calendário 
subseqüente ao do início de atividades, pelo Simples Nacional. 
§ 2º Na hipótese do inciso V do caput do art. 17 desta Lei Complementar, será 
permitida a permanência da pessoa jurídica como optante pelo Simples Nacional 
mediante a comprovação da regularização do débito no prazo de até 30 (trinta) 
dias contado a partir da ciência da comunicação da exclusão. 
§ 3º A exclusão do Simples Nacional na hipótese em que os Estados, Distrito 
Federal e Municípios adotem limites de receita bruta inferiores a R$ 2.400.000,00 
(dois milhões e quatrocentos mil reais) para efeito de recolhimento do ICMS e do 
ISS seguirá as regras acima, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor. 
§ 4º No caso de a microempresa ou a empresa de pequeno porte ser excluída do 
Simples Nacional no mês de janeiro, na hipótese do inciso I do caput do art. 30 
desta Lei Complementar, os efeitos da exclusão dar-se-ão nesse mesmo ano. 
Art. 32. As microempresas ou as empresas de pequeno porte excluídas do Simples 
Nacional sujeitar-se-ão, a partir do período em que se processarem os efeitos da 
exclusão, às normas de tributação aplicáveis às demais pessoas jurídicas. 
§ 1º Para efeitos do disposto no caput deste artigo, na hipótese da alínea a do 
inciso III do caput do art. 31 desta Lei Complementar, a microempresa ou a 
empresa de pequeno porte desenquadrada ficará sujeita ao pagamento da 
totalidade ou diferença dos respectivos impostos e contribuições, devidos de 
conformidade com as normas gerais de incidência, acrescidos, tão-somente, de 
juros de mora, quando efetuado antes do início de procedimento de ofício. 
§ 2º Para efeito do disposto no caput deste artigo, o sujeito passivo poderá optar 
pelo recolhimento do imposto de renda e da Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido na forma do lucro presumido, lucro real trimestralou anual. 
Seção IX 
Da Fiscalização 
Art. 33. A competência para fiscalizar o cumprimento das obrigações principais e 
acessórias relativas ao Simples Nacional e para verificar a ocorrência das hipóteses 
previstas no art. 29 desta Lei Complementar é da Secretaria da Receita Federal e 
das Secretarias de Fazenda ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal, 
segundo a localização do estabelecimento, e, tratando-se de prestação de serviços 
incluídos na competência tributária municipal, a competência será também do 
respectivo Município. 
§ 1º As Secretarias de Fazenda ou Finanças dos Estados poderão celebrar convênio 
com os Municípios de sua jurisdição para atribuir a estes a fiscalização a que se 
refere o caput deste artigo. 
§ 2º Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte exercer alguma 
das atividades de prestação de serviços previstas nos incisos XIII a XXVIII do § 1º 
do art. 17 desta Lei Complementar, caberá à Secretaria da Receita Previdenciária a 
fiscalização da Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, 
de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. 
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§ 3º O valor não pago, apurado em procedimento de fiscalização, será exigido em 
lançamento de ofício pela autoridade competente que realizou a fiscalização. 
§ 4º O Comitê Gestor disciplinará o disposto neste artigo. 
Seção X 
Da Omissão de Receita 
Art. 34. Aplicam-se à microempresa e à empresa de pequeno porte optantes pelo 
Simples Nacional todas as presunções de omissão de receita existentes nas 
legislações de regência dos impostos e contribuições incluídos no Simples Nacional. 
Seção XI 
Dos Acréscimos Legais 
Art. 35. Aplicam-se aos impostos e contribuições devidos pela microempresa e pela 
empresa de pequeno porte, inscritas no Simples Nacional, as normas relativas aos 
juros e multa de mora e de ofício previstas para o imposto de renda, inclusive, 
quando for o caso, em relação ao ICMS e ao ISS. 
Art. 36. A falta de comunicação, quando obrigatória, da exclusão da pessoa 
jurídica do Simples Nacional, nos prazos determinados no § 1º do art. 30 desta Lei 
Complementar, sujeitará a pessoa jurídica a multa correspondente a 10% (dez por 
cento) do total dos impostos e contribuições devidos de conformidade com o 
Simples Nacional no mês que anteceder o início dos efeitos da exclusão, não 
inferior a R$ 500,00 (quinhentos reais), insusceptível de redução. 
Art. 37. A imposição das multas de que trata esta Lei Complementar não exclui a 
aplicação das sanções previstas na legislação penal, inclusive em relação a 
declaração falsa, adulteração de documentos e emissão de nota fiscal em 
desacordo com a operação efetivamente praticada, a que estão sujeitos o titular ou 
sócio da pessoa jurídica. 
Art. 38. O sujeito passivo que deixar de apresentar a Declaração Simplificada da 
Pessoa Jurídica a que se refere o art. 25 desta Lei Complementar, no prazo fixado, 
ou que a apresentar com incorreções ou omissões, será intimado a apresentar 
declaração original, no caso de não-apresentação, ou a prestar esclarecimentos, 
nos demais casos, no prazo estipulado pela autoridade fiscal, na forma definida pelo 
Comitê Gestor, e sujeitar-se-á às seguintes multas: 
I - de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, incidentes sobre o 
montante dos tributos e contribuições informados na Declaração Simplificada da 
Pessoa Jurídica, ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega da 
declaração ou entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o 
disposto no § 3º deste artigo; 
II - de R$ 100,00 (cem reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas 
ou omitidas. 
§ 1º Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso I do caput deste artigo, 
será considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo 
originalmente fixado para a entrega da declaração e como termo final a data da 
efetiva entrega ou, no caso de não-apresentação, da lavratura do auto de infração. 
§ 2º Observado o disposto no § 3º deste artigo, as multas serão reduzidas: 
I - à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de 
qualquer procedimento de ofício; 
II - a 75% (setenta e cinco por cento), se houver a apresentação da declaração no 
prazo fixado em intimação. 
§ 3º A multa mínima a ser aplicada será de R$ 500,00 (quinhentos reais). 
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§ 4º Considerar-se-á não entregue a declaração que não atender às especificações 
técnicas estabelecidas pelo Comitê Gestor. 
§ 5º Na hipótese do § 4º deste artigo, o sujeito passivo será intimado a apresentar 
nova declaração, no prazo de 10 (dez) dias, contados da ciência da intimação, e 
sujeitar-se-á à multa prevista no inciso I do caput deste artigo, observado o 
disposto nos §§ 1º a 3º deste artigo. 
Seção XII 
Do Processo Administrativo Fiscal 
Art. 39. O contencioso administrativo relativo ao Simples Nacional será de 
competência do órgão julgador integrante da estrutura administrativa do ente 
federativo que efetuar o lançamento ou a exclusão de ofício, observados os 
dispositivos legais atinentes aos processos administrativos fiscais desse ente. 
§ 1º O Município poderá, mediante convênio, transferir a atribuição de julgamento 
exclusivamente ao respectivo Estado em que se localiza. 
§ 2º No caso em que o contribuinte do Simples Nacional exerça atividades incluídas 
no campo de incidência do ICMS e do ISS e seja apurada omissão de receita de que 
não se consiga identificar a origem, a autuação será feita utilizando a maior 
alíquota prevista nesta Lei Complementar, e a parcela autuada que não seja 
correspondente aos tributos e contribuições federais será rateada entre Estados e 
Municípios ou Distrito Federal. 
§ 3º Na hipótese referida no § 2º deste artigo, o julgamento caberá ao Estado ou 
ao Distrito Federal. 
Art. 40. As consultas relativas ao Simples Nacional serão solucionadas pela 
Secretaria da Receita Federal, salvo quando se referirem a tributos e contribuições 
de competência estadual ou municipal, que serão solucionadas conforme a 
respectiva competência 
Seção XIII 
Do Processo Judicial 
Art. 41. À exceção do disposto no § 3º deste artigo, os processos relativos a 
tributos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional serão ajuizados em face 
da União, que será representada em juízo pela Procuradoria-Geral da Fazenda 
Nacional. 
§ 1º Os Estados, Distrito Federal e Municípios prestarão auxílio à Procuradoria- 
Geral da Fazenda Nacional, em relação aos tributos de sua competência, na forma a 
ser disciplinada por ato do Comitê Gestor. 
§ 2º Os créditos tributários oriundos da aplicação desta Lei Complementar serão 
apurados, inscritos em Dívida Ativa da União e cobrados judicialmente pela 
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. 
§ 3º Mediante convênio, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional poderá delegar 
aos Estados e Municípios a inscrição em dívida ativa estadual e municipal e a 
cobrança judicial dos tributos estaduais e municipais a que se refere esta Lei 
Complementar. 
CAPÍTULO V 
DO ACESSO AOS MERCADOS 
Seção única 
Das Aquisições Públicas 
Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das 
microempresas e empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de 
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assinatura do contrato. 
Art. 43. As microempresas e empresas de pequeno porte, por ocasião da 
participaçãoem certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação 
exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal, mesmo que esta 
apresente alguma restrição. 
§ 1º Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será 
assegurado o prazo de 2 (dois) dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao 
momento em que o proponente for declarado o vencedor do certame, prorrogáveis 
por igual período, a critério da Administração Pública, para a regularização da 
documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de eventuais 
certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa. 
§ 2º A não-regularização da documentação, no prazo previsto no § 1º deste artigo, 
implicará decadência do direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas 
no art. 81 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo facultado à 
Administração convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, 
para a assinatura do contrato, ou revogar a licitação. 
Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência 
de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte. 
§ 1º Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas 
pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez 
por cento) superiores à proposta mais bem classificada. 
§ 2º Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1º deste 
artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço. 
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o 
empate, proceder-se-á da seguinte forma: 
I - a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá 
apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, 
situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado; 
II - não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, 
na forma do inciso I do caput deste artigo, serão convocadas as remanescentes que 
porventura se enquadrem na hipótese dos §§ 1º e 2º do art. 44 desta Lei 
Complementar, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito; 
III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e 
empresas de pequeno porte que se encontrem nos intervalos estabelecidos nos §§ 
1º e 2º do art. 44 desta Lei Complementar, será realizado sorteio entre elas para 
que se identifique aquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta. 
§ 1º Na hipótese da não-contratação nos termos previstos no caput deste artigo, o 
objeto licitado será adjudicado em favor da proposta originalmente vencedora do 
certame. 
§ 2º O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta inicial não 
tiver sido apresentada por microempresa ou empresa de pequeno porte. 
§ 3º No caso de pregão, a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem 
classificada será convocada para apresentar nova proposta no prazo máximo de 5 
(cinco) minutos após o encerramento dos lances, sob pena de preclusão. 
Art. 46. A microempresa e a empresa de pequeno porte titular de direitos 
creditórios decorrentes de empenhos liquidados por órgãos e entidades da União, 
Estados, Distrito Federal e Município não pagos em até 30 (trinta) dias contados da 
data de liquidação poderão emitir cédula de crédito microempresarial. 
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Parágrafo único. A cédula de crédito microempresarial é título de crédito regido, 
subsidiariamente, pela legislação prevista para as cédulas de crédito comercial, 
tendo como lastro o empenho do poder público, cabendo ao Poder Executivo sua 
regulamentação no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da publicação 
desta Lei Complementar. 
Art. 47. Nas contratações públicas da União, dos Estados e dos Municípios, poderá 
ser concedido tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e 
empresas de pequeno porte objetivando a promoção do desenvolvimento 
econômico e social no âmbito municipal e regional, a ampliação da eficiência das 
políticas públicas e o incentivo à inovação tecnológica, desde que previsto e 
regulamentado na legislação do respectivo ente. 
Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar, a 
administração pública poderá realizar processo licitatório: 
I - destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de 
pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil 
reais); 
II - em que seja exigida dos licitantes a sub-contratação de microempresa ou de 
empresa de pequeno porte, desde que o percentual máximo do objeto a ser sub- 
contratado não exceda a 30% (trinta por cento) do total licitado; 
Art. 49. Não se aplica o disposto nos arts. 47 e 48 desta Lei Complementar 
quando: 
I - os critérios de tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e 
empresas de pequeno porte não forem expressamente previstos no instrumento 
convocatório; 
II - não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores competitivos enquadrados 
como microempresas ou empresas de pequeno porte sediados local ou 
regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no instrumento 
convocatório; 
III - o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de 
pequeno porte não for vantajoso para a administração pública ou representar 
prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado; 
IV - a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25 da Lei nº 
8.666, de 21 de junho de 1993. 
 
CAPÍTULO VI 
DA SIMPLIFICAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO 
Seção I 
Da Segurança e da Medicina do Trabalho 
Art. 50. As microempresas serão estimuladas pelo poder público e pelos Serviços 
Sociais Autônomos a formar consórcios para acesso a serviços especializados em 
segurança e medicina do trabalho. 
Seção II 
Das Obrigações Trabalhistas 
Art. 51. As microempresas e as empresas de pequeno porte são dispensadas: 
I - da afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências; 
II - da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de 
registro; 
III - de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais 
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de Aprendizagem; 
IV - da posse do livro intitulado "Inspeção do Trabalho"; e 
V - de comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias 
coletivas. 
Art. 52. O disposto no art. 51 desta Lei Complementar não dispensa as 
microempresas e as empresas de pequeno porte dos seguintes procedimentos: 
I - anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS; 
II - arquivamento dos documentos comprobatórios de cumprimento das obrigações 
trabalhistas e previdenciárias, enquanto não prescreverem essas obrigações; 
III - apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP; 
IV - apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação Anual de 
Informações Sociais - RAIS e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - 
CAGED. 
Parágrafo único. (VETADO). 
Art. 53. Além do disposto nos arts. 51 e 52 desta Lei Complementar, no que se 
refere às obrigações previdenciárias e trabalhistas, ao empresário com receita bruta 
anual no ano-calendário anterior de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais) é 
concedido, ainda, o seguinte tratamento especial, até o dia 31 de dezembro do 
segundo ano subseqüente ao de sua formalização: 
I - faculdade de o empresário ou os sócios da sociedade empresária contribuir para 
a Seguridade Social, em substituição à contribuição de que trata o caputdo art. 21 
da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, na forma do § 2º do mesmo artigo, na 
redação dada por esta Lei Complementar; 
II - dispensa do pagamento das contribuições sindicais de que trata a Seção I do 
Capítulo III do Título V da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943; 
III - dispensa do pagamento das contribuições de interesse das entidades privadas 
de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de que 
trata o art. 240 da Constituição Federal, denominadas terceiros, e da contribuição 
social do salário-educação prevista na Lei nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996; 
IV - dispensa do pagamento das contribuições sociais instituídas pelos arts. 1º e 2º 
da Lei Complementar nº 110, de 29 de junho de 2001. 
Parágrafo único. Os benefícios referidos neste artigo somente poderão ser 
usufruídos por até 3 (três) anos-calendário. 
Seção III 
Do Acesso à Justiça do Trabalho 
Art. 54. É facultado ao empregador de microempresa ou de empresa de pequeno 
porte fazer-se substituir ou representar perante a Justiça do Trabalho por terceiros 
que conheçam dos fatos, ainda que não possuam vínculo trabalhista ou societário. 
CAPÍTULO VII 
DA FISCALIZAÇÃO ORIENTADORA 
Art. 55. A fiscalização, no que se refere aos aspectos trabalhista, metrológico, 
sanitário, ambiental e de segurança, das microempresas e empresas de pequeno 
porte deverá ter natureza prioritariamente orientadora, quando a atividade ou 
situação, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse 
procedimento. 
§ 1º Será observado o critério de dupla visita para lavratura de autos de infração, 
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salvo quando for constatada infração por falta de registro de empregado ou 
anotação da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, ou, ainda, na 
ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à fiscalização. 
§ 2º (VETADO). 
§ 3º Os órgãos e entidades competentes definirão, em 12 (doze) meses, as 
atividades e situações cujo grau de risco seja considerado alto, as quais não se 
sujeitarão ao disposto neste artigo. 
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica ao processo administrativo fiscal relativo 
a tributos, que se dará na forma dos arts. 39 e 40 desta Lei Complementar. 
CAPÍTULO VIII 
DO ASSOCIATIVISMO 
Seção Única 
Do Consórcio Simples 
Art. 56. As microempresas ou as empresas de pequeno porte optantes pelo 
Simples Nacional poderão realizar negócios de compra e venda, de bens e serviços, 
para os mercados nacional e internacional, por meio de consórcio, por prazo 
indeterminado, nos termos e condições estabelecidos pelo Poder Executivo federal. 
§ 1º O consórcio de que trata o caput deste artigo será composto exclusivamente 
por microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional. 
§ 2º O consórcio referido no caput deste artigo destinar-se-á ao aumento de 
competitividade e a sua inserção em novos mercados internos e externos, por meio 
de ganhos de escala, redução de custos, gestão estratégica, maior capacitação, 
acesso a crédito e a novas tecnologias. 
CAPÍTULO IX 
DO ESTÍMULO AO CRÉDITO E À CAPITALIZAÇÃO 
Seção I 
Disposições Gerais 
Art. 57. O Poder Executivo federal proporá, sempre que necessário, medidas no 
sentido de melhorar o acesso das microempresas e empresas de pequeno porte aos 
mercados de crédito e de capitais, objetivando a redução do custo de transação, a 
elevação da eficiência alocativa, o incentivo ao ambiente concorrencial e a 
qualidade do conjunto informacional, em especial o acesso e portabilidade das 
informações cadastrais relativas ao crédito. 
Art. 58. Os bancos comerciais públicos e os bancos múltiplos públicos com carteira 
comercial e a Caixa Econômica Federal manterão linhas de crédito específicas para 
as microempresas e para as empresas de pequeno porte, devendo o montante 
disponível e suas condições de acesso ser expressos nos respectivos orçamentos e 
amplamente divulgadas. 
Parágrafo único. As instituições mencionadas no caput deste artigo deverão 
publicar, juntamente com os respectivos balanços, relatório circunstanciado dos 
recursos alocados às linhas de crédito referidas no caput deste artigo e aqueles 
efetivamente utilizados, consignando, obrigatoriamente, as justificativas do 
desempenho alcançado. 
Art. 59. As instituições referidas no caput do art. 58 desta Lei Complementar 
devem se articular com as respectivas entidades de apoio e representação das 
microempresas e empresas de pequeno porte, no sentido de proporcionar e 
desenvolver programas de treinamento, desenvolvimento gerencial e capacitação 
tecnológica. 
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Art. 60. (VETADO). 
Art. 61. Para fins de apoio creditício às operações de comércio exterior das 
microempresas e das empresas de pequeno porte, serão utilizados os parâmetros 
de enquadramento ou outros instrumentos de alta significância para as 
microempresas, empresas de pequeno porte exportadoras segundo o porte de 
empresas, aprovados pelo Mercado Comum do Sul - MERCOSUL. 
Seção II 
Das Responsabilidades do Banco Central do Brasil 
Art. 62. O Banco Central do Brasil poderá disponibilizar dados e informações para 
as instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional, inclusive por 
meio do Sistema de Informações de Crédito - SCR, visando a ampliar o acesso ao 
crédito para microempresas e empresas de pequeno porte e fomentar a competição 
bancária. 
§ 1º O disposto no caput deste artigo alcança a disponibilização de dados e 
informações específicas relativas ao histórico de relacionamento bancário e 
creditício das microempresas e das empresas de pequeno porte, apenas aos 
próprios titulares. 
§ 2º O Banco Central do Brasil poderá garantir o acesso simplificado, favorecido e 
diferenciado dos dados e informações constantes no § 1º deste artigo aos seus 
respectivos interessados, podendo a instituição optar por realizá-lo por meio das 
instituições financeiras, com as quais o próprio cliente tenha relacionamento. 
Seção III 
Das Condições de Acesso aos Depósitos Especiais do Fundo de Amparo 
ao Trabalhador - FAT 
Art. 63. O CODEFAT poderá disponibilizar recursos financeiros por meio da criação 
de programa específico para as cooperativas de crédito de cujos quadros de 
cooperados participem micro-empreendedores, empreendedores de microempresa 
e empresa de pequeno porte bem como suas empresas. 
Parágrafo único. Os recursos referidos no caput deste artigo deverão ser destinados 
exclusivamente às microempresas e empresas de pequeno porte. 
CAPÍTULO X 
DO ESTÍMULO À INOVAÇÃO 
Seção I 
Disposições Gerais 
Art. 64. Para os efeitos desta Lei Complementar considera-se: 
I - inovação: a concepção de um novo produto ou processo de fabricação, bem 
como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou 
processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou 
produtividade, resultando em maior competitividade no mercado; 
II - agência de fomento: órgão ou instituição de natureza pública ou privada que 
tenha entre os seus objetivos o financiamento de ações que visem a estimular e 
promover o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação; 
III - Instituição Científica e Tecnológica - ICT: órgão ou entidade da administração 
pública que tenha por missão institucional, dentre outras, executar atividades de 
pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico; 
IV - núcleo de inovação tecnológica: núcleo ou órgão constituído por uma ou mais 
ICT com a finalidade de gerirDISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
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Já em uma visão macroeconômica, pode-se observar também como o comércio 
beneficia a todos: uma vez que a criação um produto implica em custos, e um destes 
custos é o próprio tempo deve-se pensar que ainda que um país consiga produzir tudo 
com mais qualidade ou quantidade que outro, este mesmo país, ainda lucraria mais caso 
se concentrasse apenas naquilo que ele produz de melhor, focando-se no 
aperfeiçoamento daquele bem ao invés de produzir de forma difusa, desperdiçando 
tempo. Assim, um segundo país teria menos concorrência para produzir em outros 
setores, e ambos países se beneficiariam, cada um produzindo bens de forma 
especializada, economizando tempo e recursos e melhorando técnicas e aumentando a 
produção, o que reduziria os preços e beneficiaria os consumidores, assim, o comércio 
seria benéfico a todos.[5] 
Uma vez compreendido a eficácia do comércio na vida dos membros de uma sociedade 
ou mesmo em uma visão macro, entre países, deve-se observar como se configura a 
economia. 
3 A CONFIGURAÇÃO DA ECONOMIA 
Há duas formas da economia de uma sociedade se configurar, pode-se dar pela 
definição do Estado, imerso no domínio público ou em um prisma privado, através do 
livre exercício da atividade econômica: 
Segundo os ensinamentos de Mankiw[6], a economia de um país pode ser planejada 
pelo Estado, sendo este sistema conhecido como "economia de planejamento central" ou 
pode ser guiada pelo Livre Mercado, em um sistema chamado de "economia de 
mercado". Quando o Estado define como alocar os recursos ele decidirá quais bens 
serão produzidos, quanto será produzido, quem irá produzir e como seria distribuído na 
sociedade, sendo a maior preocupação do Estado, o bem-estar econômico da Sociedade. 
Já quando o Estado opta por deixar o mercado livre para a iniciativa privada, teremos 
milhares de famílias constituindo milhares de empresas, e tomando decisões sobre 
diversos bens e serviços. Neste modelo de mercado, não há uma preocupação com o 
bem-estar da sociedade, mas sim como o bem-estar próprio. As decisões são tomadas de 
forma descentralizadas, e movidas por interesses particulares, mas ainda assim, a 
economia de mercado privado tem se mostrado muito bem-sucedida para promover um 
bem-estar geral do que a economia regulamentada pelo Estado.[7] 
Robert Cooter[8] ensina que a eficiência no mercado se relaciona ao fato do homem ser 
racional, e justamente por este ser racional, ele tende à buscar a maximização das 
coisas: 
Os economistas geralmente supõem que cada agente econômico maximize algo: os 
consumidores maximizam a utilidade (isto é, a felicidade ou satisfação), as empresas 
maximizam os lucros, os políticos maximizam votos, as burocracias maximizam as 
receitas, [...] e assim por diante. Os economistas dizem, muitas vezes, que os modelos 
que supõem o comportamento maximizador funcionam porque a maioria das pessoas 
são racionais, e a racionalidade exige a maximização.[9] 
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Assim, com o tempo, a maior parte dos Estados deixou de tentar regular a economia 
pelo planejamento central, por perceber que o mercado operado por particulares trazia 
melhores resultados.[10] 
Desta forma, é interessante entender como os particulares atuam no mercado, exercendo 
a liberdade comercial privada. 
4 O FENÔMENO DO LIVRE EXERCÍCIO DA ATIVIDADE ECONÔMICA 
No Brasil, a lei assegura o livre exercício da atividade econômica através da 
Constituição Federal, em seu dispositivo 170 caput: 
―A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, 
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social 
[...]. [11]‖ 
Depois reforça esta ideia em seu parágrafo único: 
―É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, 
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em 
lei.[12] ‖ 
Vicente Bagnoli afirma que ―[...] o constituinte buscou afastar empecilhos burocráticos 
que retardassem, dificultassem ou impedissem o exercício de qualquer atividade 
econômica, salvo os casos específicos previstos em lei.[13]― 
O fenômeno do sucesso da iniciativa privada conduzindo o mercado, foi observado e 
estudado pelo pensador escocês Adam Smith, que buscou entender como as ações de 
indivíduos egoístas agindo em nome da sua própria vontade, poderia resultar em um 
mercado ordenado e estável.[14] 
Ele deu a resposta em sua obra de 1776, A riqueza das nações. O homem, com sua 
liberdade, rivalidade e desejo de ganhar, é ―guiado por uma mão invisível a promover 
um fim que não fazia parte de sua intenção‖ – ele age de modo involuntário em nome 
do interesse maior da sociedade.[15] 
Para Adam Smith, ficou claro que todo indivíduo age em interesse próprio, e em um 
mercado isto pode levara a uma mistura caótica de produtos e preços, mas, outras 
pessoas interesseiras também fazem a competição, se aproveitando da ganancia alheia. 
Isto resulta que, se um vendedor cobrar caro demais, o seu concorrente irá reduzir o 
preço de seu produto, assim o primeiro não conseguirá realizar vendas, indo à falência 
se não rebaixar seu preço a um valor competitivo. Também ao empregador que pagar 
um salário baixo demais, terá seu concorrente pegando os empregados dele e com isto 
não haverá mão de obra para o primeiro conduzir sua empresa, levando-o a falência. 
Além destes fatores, o mercado por sua vez, constituído pelos consumidores, demandam 
por determinados produtos, condicionando a produção. Assim a mão invisível impõe 
ordem ao mercado regulado pelo setor privado.[16] 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
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Segundo Mankiw, Adam Smith também aborda outro ponto importante: a influência 
negativa da mão opressiva do Estado sobre a mão invisível do mercado privado. 
Quando o Estado decide intervir na economia ele acaba distorcendo o mercado de 
alguma forma, seja controlando os preços, ou instituindo impostos, as famílias e 
empresas que regem a mão invisível terão de aprender a lidar com esta distorção e o 
mercado de uma forma geral vai sofrer o impacto e precisará se reajustar ao 
equilíbrio.[17] 
O Estado não entende o que é valioso para o mercado, o Estado planeja com base 
naquilo que ele julga necessário. Os planejadores centrais falharam porque "não tinham 
as informações necessárias sobre o gasto dos consumidores e os custos dos produtores 
que, em uma economia de mercado são refletidas nos preços."[18] 
Pensar no Estado como um ente que interfere de forma maléfica na economia leva ao 
seguinte questionamento: qual é a importância do Estado para a economia? 
5 O PAPEL DO ESTADO NA PROTEÇÃO DA ECONOMIA 
O Estado é importante quando se entende que alguém tem que garantir o funcionamento 
regular da sociedade. O comércio só irá funcionar se houver uma sociedade organizada, 
e é aí que o estado entra. (Posso citar o leviatã). É na política e no direito que o estado 
organiza a sociedade. Graças ao estado o cidadão tem garantido o seu direito de 
propriedade privada, trazendo segurança e garantias para as relações comerciais, 
viabilizando a existência do mercado em si.[19] 
A propriedade privada é garantida pela Constituição Federal em seu art. 5º, XXII como 
garantia ao indivíduo e como princípio da ordem econômica, sendo um pressuposto da 
liberdade e iniciativa. É característica típica da economia capitalista e sem ela não 
haveria segurança jurídica parasua política de inovação; 
V - instituição de apoio: instituições criadas sob o amparo da Lei nº 8.958, de 20 de 
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dezembro de 1994, com a finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e 
extensão e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico. 
Seção II 
Do Apoio à Inovação 
Art. 65. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e as respectivas 
agências de fomento, as ICT, os núcleos de inovação tecnológica e as instituições 
de apoio manterão programas específicos para as microempresas e para as 
empresas de pequeno porte, inclusive quando estas revestirem a forma de 
incubadoras, observando-se o seguinte: 
I - as condições de acesso serão diferenciadas, favorecidas e simplificadas; 
II - o montante disponível e suas condições de acesso deverão ser expressos nos 
respectivos orçamentos e amplamente divulgados. 
§ 1º As instituições deverão publicar, juntamente com as respectivas prestações de 
contas, relatório circunstanciado das estratégias para maximização da participação 
do segmento, assim como dos recursos alocados às ações referidas no caput deste 
artigo e aqueles efetivamente utilizados, consignando, obrigatoriamente, as 
justificativas do desempenho alcançado no período. 
§ 2º As pessoas jurídicas referidas no caput deste artigo terão por meta a aplicação 
de, no mínimo, 20% (vinte por cento) dos recursos destinados à inovação para o 
desenvolvimento de tal atividade nas microempresas ou nas empresas de pequeno 
porte. 
§ 3º Os órgãos e entidades integrantes da administração pública federal atuantes 
em pesquisa, desenvolvimento ou capacitação tecnológica terão por meta efetivar 
suas aplicações, no percentual mínimo fixado no § 2º deste artigo, em programas e 
projetos de apoio às microempresas ou às empresas de pequeno porte, 
transmitindo ao Ministério da Ciência e Tecnologia, no primeiro trimestre de cada 
ano, informação relativa aos valores alocados e a respectiva relação percentual em 
relação ao total dos recursos destinados para esse fim. 
§ 4º Fica o Ministério da Fazenda autorizado a reduzir a zero a alíquota do IPI, da 
Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep incidentes na aquisição de 
equipamentos, máquinas, aparelhos, instrumentos, acessórios sobressalentes e 
ferramentas que os acompanhem, adquiridos por microempresas ou empresas de 
pequeno porte que atuem no setor de inovação tecnológica, na forma definida em 
regulamento. 
Art. 66. No primeiro trimestre do ano subseqüente, os órgãos e entidades a que 
alude o art. 67 desta Lei Complementar transmitirão ao Ministério da Ciência e 
Tecnologia relatório circunstanciado dos projetos realizados, compreendendo a 
análise do desempenho alcançado. 
Art. 67. Os órgãos congêneres ao Ministério da Ciência e Tecnologia estaduais e 
municipais deverão elaborar e divulgar relatório anual indicando o valor dos 
recursos recebidos, inclusive por transferência de terceiros, que foram aplicados 
diretamente ou por organizações vinculadas, por Fundos Setoriais e outros, no 
segmento das microempresas e empresas de pequeno porte, retratando e 
avaliando os resultados obtidos e indicando as previsões de ações e metas para 
ampliação de sua participação no exercício seguinte. 
CAPÍTULO XI 
DAS REGRAS CIVIS E EMPRESARIAIS 
Seção I 
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Das Regras Civis 
Subseção I 
Do Pequeno Empresário 
Art. 68. Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação do disposto 
nos arts. 970 e 1.179 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, o empresário 
individual caracterizado como microempresa na forma desta Lei Complementar que 
aufira receita bruta anual de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais). 
Subseção II (VETADO) 
Art. 69. (VETADO). 
Seção II 
Das Deliberações Sociais e da Estrutura Organizacional 
Art. 70. As microempresas e as empresas de pequeno porte são desobrigadas da 
realização de reuniões e assembléias em qualquer das situações previstas na 
legislação civil, as quais serão substituídas por deliberação representativa do 
primeiro número inteiro superior à metade do capital social. 
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica caso haja disposição contratual 
em contrário, caso ocorra hipótese de justa causa que enseje a exclusão de sócio 
ou caso um ou mais sócios ponham em risco a continuidade da empresa em virtude 
de atos de inegável gravidade. 
§ 2º Nos casos referidos no § 1º deste artigo, realizar-se-á reunião ou assembléia 
de acordo com a legislação civil. 
Art. 71. Os empresários e as sociedades de que trata esta Lei Complementar, nos 
termos da legislação civil, ficam dispensados da publicação de qualquer ato 
societário. 
Seção III 
Do Nome Empresarial 
Art. 72. As microempresas e as empresas de pequeno porte, nos termos da 
legislação civil, acrescentarão à sua firma ou denominação as expressões 
"Microempresa" ou "Empresa de Pequeno Porte", ou suas respectivas abreviações, 
"ME" ou "EPP", conforme o caso, sendo facultativa a inclusão do objeto da 
sociedade. 
Seção IV 
Do Protesto de Títulos 
Art. 73. O protesto de título, quando o devedor for microempresário ou empresa 
de pequeno porte, é sujeito às seguintes condições: 
I - sobre os emolumentos do tabelião não incidirão quaisquer acréscimos a título de 
taxas, custas e contribuições para o Estado ou Distrito Federal, carteira de 
previdência, fundo de custeio de atos gratuitos, fundos especiais do Tribunal de 
Justiça, bem como de associação de classe, criados ou que venham a ser criados 
sob qualquer título ou denominação, ressalvada a cobrança do devedor das 
despesas de correio, condução e publicação de edital para realização da intimação; 
II - para o pagamento do título em cartório, não poderá ser exigido cheque de 
emissão de estabelecimento bancário, mas, feito o pagamento por meio de cheque, 
de emissão de estabelecimento bancário ou não, a quitação dada pelo tabelionato 
de protesto será condicionada à efetiva liquidação do cheque; 
III - o cancelamento do registro de protesto, fundado no pagamento do título, será 
feito independentemente de declaração de anuência do credor, salvo no caso de 
impossibilidade de apresentação do original protestado; 
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IV - para os fins do disposto no caput e nos incisos I, II e III do caput deste artigo, 
o devedor deverá provar sua qualidade de microempresa ou de empresa de 
pequeno porte perante o tabelionato de protestos de títulos, mediante documento 
expedido pela Junta Comercial ou pelo Registro Civil das Pessoas Jurídicas, 
conforme o caso; 
V - quando o pagamento do título ocorrer com cheque sem a devida provisão de 
fundos, serão automaticamente suspensos pelos cartórios de protesto, pelo prazo 
de 1 (um) ano, todos os benefícios previstos para o devedor neste artigo, 
independentemente da lavratura e registro do respectivo protesto. 
CAPÍTULO XII 
DO ACESSO À JUSTIÇA 
Seção I 
Do Acesso aos Juizados Especiais 
Art. 74. Aplica-se às microempresas e às empresas de pequeno porte de que trata 
esta Lei Complementar o disposto no § 1º do art. 8º da Lei nº 9.099, de 26 de 
setembro de 1995, e no inciso I do caput do art. 6º da Lei nº 10.259, de 12 de 
julho de 2001, as quais, assim como as pessoas físicas capazes, passam a ser 
admitidas como proponentes de ação perante o Juizado Especial, excluídos os 
cessionários de direito de pessoas jurídicas. 
Seção II 
Da Conciliação Prévia, Mediaçãoe Arbitragem 
Art. 75. As microempresas e empresas de pequeno porte deverão ser estimuladas 
a utilizar os institutos de conciliação prévia, mediação e arbitragem para solução 
dos seus conflitos. 
§ 1º Serão reconhecidos de pleno direito os acordos celebrados no âmbito das 
comissões de conciliação prévia. 
§ 2º O estímulo a que se refere o caput deste artigo compreenderá campanhas de 
divulgação, serviços de esclarecimento e tratamento diferenciado, simplificado e 
favorecido no tocante aos custos administrativos e honorários cobrados. 
CAPÍTULO XIII 
DO APOIO E DA REPRESENTAÇÃO 
Art. 76. Para o cumprimento do disposto nesta Lei Complementar, bem como para 
desenvolver e acompanhar políticas públicas voltadas às microempresas e 
empresas de pequeno porte, o poder público, em consonância com o Fórum 
Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, sob a coordenação 
do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, deverá incentivar 
e apoiar a criação de fóruns com participação dos órgãos públicos competentes e 
das entidades vinculadas ao setor. 
Parágrafo único. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 
coordenará com as entidades representativas das microempresas e empresas de 
pequeno porte a implementação dos fóruns regionais nas unidades da federação. 
CAPÍTULO XIV 
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
Art. 77. Promulgada esta Lei Complementar, o Comitê Gestor expedirá, em 6 
(seis) meses, as instruções que se fizerem necessárias à sua execução. 
§ 1º O Ministério do Trabalho e Emprego, a Secretaria da Receita Federal, a 
Secretaria da Receita Previdenciária, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
deverão editar, em 1 (um) ano, as leis e demais atos necessários para assegurar o 
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RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
pronto e imediato tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido às 
microempresas e às empresas de pequeno porte 
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista integrantes da 
administração pública federal adotarão, no prazo previsto no § 1º deste artigo, as 
providências necessárias à adaptação dos respectivos estatutos ao disposto nesta 
Lei Complementar. 
§ 3º (VETADO). 
Art. 78. As microempresas e as empresas de pequeno porte que se encontrem sem 
movimento há mais de 3 (três) anos poderão dar baixa nos registros dos órgãos 
públicos federais, estaduais e municipais, independentemente do pagamento de 
débitos tributários, taxas ou multas devidas pelo atraso na entrega das respectivas 
declarações nesses períodos. 
§ 1º Os órgãos referidos no caput deste artigo terão o prazo de 60 (sessenta) dias 
para efetivar a baixa nos respectivos cadastros. 
§ 2º Ultrapassado o prazo previsto no § 1º deste artigo sem manifestação do órgão 
competente, presumir-se-á a baixa dos registros das microempresas e as das 
empresas de pequeno porte. 
§ 3º A baixa, na hipótese prevista neste artigo ou nos demais casos em que venha 
a ser efetivada, inclusive naquele a que se refere o art. 9º desta Lei Complementar, 
não impede que, posteriormente, sejam lançados ou cobrados impostos, 
contribuições e respectivas penalidades, decorrentes da simples falta de 
recolhimento ou da prática, comprovada e apurada em processo administrativo ou 
judicial, de outras irregularidades praticadas pelos empresários, pelas 
microempresas, pelas empresas de pequeno porte ou por seus sócios ou 
administradores, reputando-se como solidariamente responsáveis, em qualquer das 
hipóteses referidas neste artigo, os titulares, os sócios e os administradores do 
período de ocorrência dos respectivos fatos geradores ou em períodos posteriores. 
§ 4º Os titulares ou sócios também são solidariamente responsáveis pelos tributos 
ou contribuições que não tenham sido pagos ou recolhidos, inclusive multa de mora 
ou de ofício, conforme o caso, e juros de mora. 
Art. 79. Será concedido, para ingresso no regime diferenciado e favorecido 
previsto nesta Lei Complementar, parcelamento, em até 120 (cento e vinte) 
parcelas mensais e sucessivas, dos débitos relativos aos tributos e contribuições 
previstos no Simples Nacional, de responsabilidade da microempresa ou empresa 
de pequeno porte e de seu titular ou sócio, relativos a fatos geradores ocorridos até 
31 de janeiro de 2006. 
§ 1º O valor mínimo da parcela mensal será de R$ 100,00 (cem reais), 
considerados isoladamente os débitos para com a Fazenda Nacional, para com a 
Seguridade Social, para com a Fazenda dos Estados, dos Municípios ou do Distrito 
Federal. 
§ 2º Esse parcelamento alcança inclusive débitos inscritos em dívida ativa. 
§ 3º O parcelamento será requerido à respectiva Fazenda para com a qual o sujeito 
passivo esteja em débito. 
§ 4º Aplicam-se ao disposto neste artigo as demais regras vigentes para 
parcelamento de tributos e contribuições federais, na forma regulamentada pelo 
Comitê Gestor. 
Art. 80. O art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, fica acrescido dos 
seguintes §§ 2º e 3º, passando o parágrafo único a vigorar como § 1º: 
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"Artigo 21. (...) 
(...) 
§ 2º É de 11% (onze por cento) sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal 
do 
salário-de-contribuição a alíquota de contribuição do segurado contribuinte individual 
que 
trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, e do 
segurado facultativo que optarem pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria 
por 
tempo de contribuição. 
§ 3º O segurado que tenha contribuído na forma do § 2º deste artigo e pretenda contar o 
tempo 
de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de 
contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contribuição a que se refere o art. 
94 da 
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição mensal 
mediante o 
recolhimento de mais 9% (nove por cento), acrescido dos juros moratórios de que trata 
o 
disposto no art. 34 desta Lei." (NR) 
Art. 81. O art. 45 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as 
seguintes alterações: 
"Artigo 45. (...) 
(...) 
§ 2º Para apuração e constituição dos créditos a que se refere o § 1º deste artigo, a 
Seguridade Social utilizará como base de incidência o valor da média aritmética simples 
dos 
maiores salários- de-contribuição, reajustados, correspondentes a 80% (oitenta por 
cento) de 
todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994. 
(...) 
§ 4º Sobre os valores apurados na forma dos §§ 2º e 3º deste artigo incidirão juros 
moratórios 
de 0,5% (zero vírgula cinco por cento) ao mês, capitalizados anualmente, limitados ao 
percentual máximo de 50% (cinqüenta por cento), e multa de 10% (dez por cento). 
(...) 
§ 7º A contribuição complementar a que se refere o § 3º do art. 21 desta Lei será exigida 
a 
qualquer tempo, sob pena de indeferimento do benefício." (NR) 
Art. 82. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes 
alterações: 
"Artigo 9º (...) 
§ 1º O Regime Geral de Previdência Social - RGPS garante a cobertura de todas as 
situações 
expressas no art. 1º desta Lei, exceto as de desemprego involuntário, objeto de lei 
específica, e 
de aposentadoria por tempo de contribuição para o trabalhador de que trata o § 2º do art. 
21 da 
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Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. 
(...).....(...)...(...)..(...)" (NR) 
"Artigo 18. (...).........(...)I - (...) 
(...) 
c) aposentadoria por tempo de contribuição; 
(...) 
§ 3º O segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de 
trabalho 
com empresa ou equiparado, e o segurado facultativo que contribuam na forma do § 2º 
do art. 
21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, não farão jus à aposentadoria por tempo de 
contribuição." (NR) 
"Artigo 55. (...) 
(...) 
§ 4º Não será computado como tempo de contribuição, para efeito de concessão do 
benefício 
de que trata esta subseção, o período em que o segurado contribuinte individual ou 
facultativo 
tiver contribuído na forma do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, 
salvo se 
tiver complementado as contribuições na forma do § 3º do mesmo artigo." (NR) 
Art. 83. O art. 94 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, fica acrescido do 
seguinte § 2º, passando o parágrafo único a vigorar como § 1º: 
"Artigo 94. (...) 
(...) 
§ 2º Não será computado como tempo de contribuição, para efeito dos benefícios 
previstos em 
regimes próprios de previdência social, o período em que o segurado contribuinte 
individual ou 
facultativo tiver contribuído na forma do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho 
de 1991, 
salvo se complementadas as contribuições na forma do § 3º do mesmo artigo." (NR) 
Art. 84. O art. 58 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar acrescido do 
seguinte § 3º: 
"Artigo 58. (...) 
(...) 
§ 3º Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno porte, por meio 
de 
acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em 
local de 
difícil acesso ou não servido por transporte público, o tempo médio despendido pelo 
empregado, bem como a forma e a natureza da remuneração." (NR) 
Art. 85. (VETADO). 
Art. 86. As matérias tratadas nesta Lei Complementar que não sejam reservadas 
constitucionalmente a lei complementar poderão ser objeto de alteração por lei 
ordinária. 
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Art. 87. O § 1º do art. 3º da Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990, 
passa a vigorar com a seguinte redação: 
"Artigo 3º (...) 
§ 1º O valor adicionado corresponderá, para cada Município: 
I - ao valor das mercadorias saídas, acrescido do valor das prestações de serviços, no 
seu 
território, deduzido o valor das mercadorias entradas, em cada ano civil; 
II - nas hipóteses de tributação simplificada a que se refere o parágrafo único do art. 146 
da 
Constituição Federal, e, em outras situações, em que se dispensem os controles de 
entrada, 
considerar- se-á como valor adicionado o percentual de 32% (trinta e dois por cento) da 
receita 
bruta. 
(...)" (NR) 
Art. 88. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, 
ressalvado o regime de tributação das microempresas e empresas de pequeno 
porte, que entra em vigor em 1º de julho de 2007. 
Art. 89. Ficam revogadas, a partir de 1º de julho de 2007, a Lei nº 9.317, de 5 de 
dezembro de 1996, e a Lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999. 
Brasília, 14 de dezembro de 2006; 185º da Independência e 118º da 
República. 
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 
Guido Mantega 
Luiz Marinho 
Luiz Fernando Furlan 
Dilma Rousseff 
ANEXO I 
Partilha do Simples Nacional - Comércio 
Receita Bruta em 12 meses (em 
R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP INSS ICMS 
Até 120.000,00 4,00% 0,00% 0,21% 0,74% 0,00% 1,80% 1,25% 
De 120.000,01 a 240.000,00 5,47% 0,00% 0,36% 1,08% 0,00% 2,17% 1,86% 
De 240.000,01 a 360.000,00 6,84% 0,31% 0,31% 0,95% 0,23% 2,71% 2,33% 
De 360.000,01 a 480.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 
De 480.000,01 a 600.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 
De 600.000,01 a 720.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 
De 720.000,01 a 840.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 
De 840.000,01 a 960.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 
De 960.000,01 a 1.080.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10% 
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
ANEXO II 
Partilha do Simples Nacional - Indústria 
Receita Bruta em 12 meses 
(em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP INSS ICMS IPI 
Até 120.000,00 4,50% 0,00% 0,21% 0,74% 0,00% 1,80% 1,25% 0,50% 
De 120.000,01 a 240.000,00 5,97% 0,00% 0,36% 1,08% 0,00% 2,17% 1,86% 0,50% 
De 240.000,01 a 360.000,00 7,34% 0,31% 0,31% 0,95% 0,23% 2,71% 2,33% 0,50% 
De 360.000,01 a 480.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50% 
De 480.000,01 a 600.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50% 
De 600.000,01 a 720.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50% 
De 720.000,01 a 840.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50% 
De 840.000,01 a 960.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50% 
De 960.000,01 a 1.080.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50% 
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50% 
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50% 
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50% 
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50% 
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50% 
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50% 
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50% 
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50% 
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50% 
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50% 
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50% 
ANEXO III 
Partilha do Simples Nacional - Serviços e Locação de Bens Móveis 
Receita Bruta em 12 meses (em 
R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP INSS ISS 
Até 120.000,00 6,00% 0,00% 0,39% 1,19% 0,00% 2,42% 2,00% 
De 120.000,01 a 240.000,00 8,21% 0,00% 0,54% 1,62% 0,00% 3,26% 2,79% 
De 240.000,01 a 360.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50% 
De 360.000,01 a 480.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84% 
De 480.000,01 a 600.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87% 
De 600.000,01 a 720.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23% 
De 720.000,01 a 840.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26% 
De 840.000,01 a 960.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31% 
De 960.000,01 a 1.080.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61% 
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65% 
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00% 
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00% 
De 1.440.000,01 a 1.560.000,0015,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00% 
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00% 
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00% 
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00% 
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00% 
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00% 
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00% 
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00% 
ANEXO IV 
Partilha do Simples Nacional - Serviços 
Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ISS 
Até 120.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00% 
De 120.000,01 a 240.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79% 
De 240.000,01 a 360.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50% 
De 360.000,01 a 480.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84% 
FACULDADE UNINASSAU 
CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
De 480.000,01 a 600.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87% 
De 600.000,01 a 720.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23% 
De 720.000,01 a 840.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26% 
De 840.000,01 a 960.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31% 
De 960.000,01 a 1.080.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61% 
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65% 
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00% 
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00% 
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00% 
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00% 
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00% 
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00% 
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00% 
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00% 
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00% 
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00% 
ANEXO V 
1) Será apurada a relação (r) conforme abaixo: 
(r) = Folha de Salários incluídos encargos (em 12 meses) / Receita Bruta (em 12 
meses) 
2) Na hipótese em que (r) seja maior ou igual a 0,40 (quarenta centésimos), as 
alíquotas do Simples Nacional relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL e Cofins 
corresponderão ao seguinte: 
Receita Bruta em 12 meses (em R$) IRPJ, PIS/PASEP, COFINS E CSLL 
Até 120.000,00 4,00% 
De 120.000,01 a 240.000,00 4,48% 
De 240.000,01 a 360.000,00 4,96% 
De 360.000,01 a 480.000,00 5,44% 
De 480.000,01 a 600.000,00 5,92% 
De 600.000,01 a 720.000,00 6,40% 
De 720.000,01 a 840.000,00 6,88% 
De 840.000,01 a 960.000,00 7,36% 
De 960.000,01 a 1.080.000,00 7,84% 
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 8,32% 
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 8,80% 
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 9,28% 
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 9,76% 
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,24% 
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,72% 
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11,20% 
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,68% 
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 12,16% 
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 12,64% 
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 13,50% 
3) Na hipótese em que (r) seja maior ou igual a 0,35 (trinta e cinco centésimos) e 
menor que 0,40 (quarenta centésimos), a alíquota do Simples Nacional relativa ao 
IRPJ, PIS/Pasep, CSLL e Cofins para todas as faixas de receita bruta será igual a 
14,00% (catorze por cento). 
4) Na hipótese em que (r) seja maior ou igual a 0,30 (trinta centésimos) e menor 
que 0,35 (trinta e cinco centésimos), a alíquota do Simples Nacional relativa ao 
IRPJ, PIS/Pasep, CSLL e Cofins para todas as faixas de receita bruta será igual a 
14,50% (catorze inteiros e cinqüenta centésimos por cento). 
5) Na hipótese em que (r) seja menor que 0,30 (trinta centésimos), a alíquota do 
Simples Nacional relativa ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL e Cofins para todas as faixas de 
receita bruta será igual a 15,00% (quinze por cento). 
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CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
6) Somar-se-á a alíquota do Simples Nacional relativa ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL e 
Cofins apurada na forma acima a parcela correspondente ao ISS prevista no Anexo 
IV desta Lei Complementar. 
7) A partilha das receitas relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL e Cofins arrecadadas 
na forma deste Anexo será realizada com base nos seguintes percentuais: 
Receita Bruta em 12 meses (em R$) IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP 
Até 120.000,00 0,00% 49,00% 51,00% 0,00% 
De 120.000,01 a 240.000,00 0,00% 49,00% 51,00% 0,00% 
De 240.000,01 a 360.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 360.000,01 a 480.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 480.000,01 a 600.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 600.000,01 a 720.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 720.000,01 a 840.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 840.000,01 a 960.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 960.000,01 a 1.080.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria Geral Empresa. 
Obrigações dos Empresários: 
Os atos necessários para a formalização do registro de empresa 
Os empresários têm certas obrigações que, uma vez não cumpridas, implicam 
em graves consequências, até mesmo penais. São elas: o registro na Junta Comercial, 
a escrituração regular de seus negócios e as demonstrações contábeis periódicas. O 
empresário que não cumpri-las é chamado de empresário irregular e sua empresa 
informal. 
O principal ato a ser cumprido tem a atual denominação de ―Registro de 
Empresas Mercantis e Atividades Afins‖, e deve ser efetuado pelas sociedades 
empresárias na Junta Comercial competente da unidade federativa em que se localiza. 
Já as sociedades simples devem registrar-se no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. 
O Departamento Nacional do Registro do Comércio é o órgão federal 
responsável pela normatização, disciplina, supervisão e controle do registro, isto é, 
tem competência para coordenar e orientar os atos praticados pelas Juntas Comerciais 
e organizar o Cadastro Nacional de Empresas Mercantis. 
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CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
Já as Juntas Comerciais se estruturam de acordo com a legislação estadual 
respectiva. Elas devem ser comportas pela Presidência (responsável pela 
administração e direção), Plenário (composto pelos vogais, é o principal órgão 
deliberativo), Turmas (integram o Plenário, composta por 3 vogais), Secretaria-Geral 
(executa os atos de registro) e Procuradoria (tem função de consultoria e fiscalização). 
 
 
Os Registros são efetuados em três atos distintos: 
1. Matrícula: refere-se a profissionais que exercem atividades sujeitas ao 
controledas Juntas comerciais (leiloeiros, tradutores públicos e 
intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns-
gerais); 
2. Arquivamento: faz referência à generalidade de atos levados ao registro 
de empresas (constituição, alteração, dissolução e extinção de sociedades 
empresárias) e documentos de interesse de empresários ou da empresa; 
3. Autenticação: refere-se aos instrumentos de escrituração (livros 
contábeis, fichas, balanços e outras demonstrações financeiras). 
Esses atos têm apenas alcance formal, não cabendo às Juntas apreciar seu 
mérito, mas tão somente sua formalidade e observância das exigências legais. Caso a 
Junta extrapole essa competência, é possível a interposição de mandado de segurança. 
A Sociedade Empresária que não cumprir esses atos, isso é, a sociedade não 
registrada torna-se irregular, o que implica na responsabilidade ilimitada dos sócios e 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
seu patrimônio pelas obrigações da sociedade. Além disso, a sociedade irregular não 
tem legitimidade para o pedido de falência de outro comerciante, bem como não pode 
requerer recuperação judicial. Ainda, não será possível se inserir no Cadastro 
Nacional de Pessoas Jurídicas e, por consequência, deverá pagar multa pela 
inobservância da obrigação. 
Os atos de registro são, como se pôde verificar, de extrema importância para o 
pleno e efetivo funcionamento da empresa. Uma vez descumpridos ou, ainda, 
cumpridos imprecisamente, toda a atividade empresarial restará prejudicada e, por 
consequência, será ferido seu principal objetivo: a obtenção do lucro, o que não se 
pode admitir no âmbito comercial. 
Como já foi dito, a principal obrigação dos empresários é o registro de todos os 
atos societários. Contudo, outra obrigação não menos importante é manter a 
escrituração dos negócios que realizam, isto é, manter uma espécie de contabilidade. 
A escrituração é uma forma de o próprio empresário avaliar seus resultados e 
desempenhos, assim tem função de natureza gerencial. Outra função está relacionada 
à necessidade de demonstrações dos resultados para outras pessoas, que tem 
natureza documental. 
Ainda, a escrituração serve para exercer o controle da incidência e do 
pagamento dos tributos, ou seja, tem também função fiscal, a qual deve ser realizada 
por pessoas especializadas. 
Manter os livros atualizados é dever fundamental do empresário. Eles são 
instrumentos unilaterais, e podem ser contábeis ou simplesmente memoriais (livros de 
empregados, de operações de compra e venda e etc.), sendo que nos segundos não há 
necessidade de uma contabilidade por profissional especializado, mas somente a 
apresentação de dados fáticos. 
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
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RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
Os livros dividem-se em duas categorias distintas, de acordo com sua 
exigibilidade: 
1. Obrigatórios: sua escrituração é imposta e sua falta implica em sanções. 
São os diários (é o livro contábil que deve ser atualizado diariamente as 
operações da atividade empresarial), os registros de duplicatas (só é 
imposta àqueles que emitem duplicata mercantil ou prestação e 
serviços), os livros próprios das sociedades anônimas (onde são 
registradas as atas de assembleias gerais), os livros de atas da assembleia 
e os livros de atas e pareceres do conselho fiscal. 
2. Facultativos: qualquer registro ordenado e uniforme que os empresários 
mantenham para controlar o andamento de seus negócios. 
A escrituração deve, ainda, atender aos requisitos intrínsecos previstos em lei, 
nos seguintes termos: 
“Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em 
forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em 
branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as 
margens.” 
Existem também requisitos extrínsecos que devem ser cumpridos para conferir 
segurança jurídica, são eles: o termo de abertura, o termo e encerramento e a 
autenticação da Junta Comercial. 
É de suma importância ressaltar que os livros comerciais são dotados de sigilo, 
de acordo com o art. 1.190 do Código Civil, porém não é aplicado contra autoridades 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10655619/artigo-1190-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
fiscais ou ordem judicial. Ainda, a jurisprudência aceita a fiscalização dos livros em 
dois casos, de acordo com a Súmula 439 do Supremo Tribunal Federal: 
―Estão sujeitos a fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, 
limitado o exame aos pontos objeto da investigação.‖ 
A falta da escrituração implica em consequências sancionadoras e motivadoras. 
As sancionadoras importam em penalização, e na órbita civil importam na veracidade 
dos fatos apresentados pela parte adversa em medida judicial e na órbita penal 
importam na tipificação de crime falimentar. Já as motivadoras são a inacessibilidade 
à recuperação judicial e ineficácia probatória da escrituração. 
Outro dever a ser observado pelos empresários consiste na obrigação de 
demonstrações contábeis periódicas. Quando se fala em sociedades limitadas, essa 
obrigação corresponde ao levantamento do balanço geral do ativo (bens, dinheiro e 
crédito) e passivo (obrigações de que é devedora) e a demonstração de resultados. 
Esses balanços serão inseridos no livro Diário. 
Já no caso das sociedades anônimas, a lei exige, ainda, além do balanço 
patrimonial, o levantamento de outras demonstrações contábeis: lucros ou prejuízos 
acumulados, resultado do exercício, dos fluxos de caixa e valor adicionado. 
As demonstrações são, em regra, anuais, e as consequências da sua falta são a 
dificuldade de acesso ao crédito bancário, a não permissão em participação de 
licitação promovida pelo Poder Público e, por fim, a responsabilidade dos 
administradores perante os sócios por eventuais prejuízos. 
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
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RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
Conclui-se, portanto, que tanto a escrituração quanto as demonstrações 
contábeis periódicas são atos cujo objetivo é assegurar a transparência de 
informações relevante das empresas, diferentemente dos atos de registro, cujo 
objetivo é a formalização e a limitação da responsabilidade dos sócios. 
 
Fontes Pesquisadas: 
Bibliografia Pesquisadas: 
https://karenmpires.jusbrasil.com.br/artigos/174149059/obrigacoes-dos-empresarios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Teoria Geral da Empresa: 
Assunto: Escrituração Contábil: 
Analisaremos a escrituração nos campos da legislação societária, tributária e 
profissional, do meio empresarial. 
 
Escrituração. Lançamento. Planejamento. Técnica contábil. 
A escrituração contábil é a primeira e mais importante das técnicas contábeis, 
pois somente a partir dela que se desenvolvem as demais técnicas de demonstração, 
analise e auditoria, sua finalidade é a de fornecer a pessoas interessadas informações 
sobre um patrimônio determinado. 
Todo fato da entidade deverá ser escriturado, para este fim devem ser 
utilizados livros contábeis, que devem seguir critérios intrínsecos e extrínsecos, de 
acordo com a legislação. Alguns livros são obrigatórios, taiscomo o Livro Diário e o 
Livro Razão que de acordo com a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade 
https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/livro_diario/
https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
devem ser registros permanentes da empresa, outros são facultativos, pois, por não 
serem exigidos por lei, podem ser adotados ou não a critério da empresa. 
A contabilidade de uma entidade deverá ser centralizada, sendo que é 
facultado às pessoas jurídicas que possuírem filiais, sucursais ou agências, manter 
contabilidade não centralizada, devendo incorporar na escrituração da Matriz os 
resultados de cada uma delas, conforme artigo 252 do Decreto n. º 3.000/99, o mesmo 
se aplica a filiais, sucursais, agências ou representações, no Brasil, das pessoas 
jurídicas com sede no exterior, devendo o agente ou representante escriturar os seus 
livros comerciais, de modo que demonstrem, além dos seus próprios rendimentos, os 
lucros reais apurados nas operações alheias em que agiu como intermediário. 
A Resolução n. º 684/90, editada pelo Conselho Federal de Contabilidade, 
estabelece que a empresa que tiver unidade operacional ou de negócios, quer com 
filial, agência, sucursal ou assemelhada, e que optar por sistema de escrituração 
descentralizado deverá ter registros contábeis que permitam a identificação das 
transações de cada uma dessas unidades, a escrituração de todas as unidades deverá 
integrar um único sistema contábil, sendo que o grau de detalhamento dos registros 
contábeis ficará a critério da empresa. 
As contas recíprocas relativas às transações entre matriz e unidades, ou vice-
versa, serão eliminadas quando da elaboração das demonstrações contábeis. As 
despesas e receitas que não possam ser atribuídas às unidades serão registradas na 
matriz, enquanto o rateio de despesas e receitas, da matriz para as unidades, ficará a 
critério da administração. 
O método utilizado para a escrituração contábil é o método das partidas 
dobradas, desenvolvido pelo frade Luca Pacioli em 1494, neste método todo 
lançamento deverá conter a origem e o destino do mesmo, ou seja, para todo débito 
haverá um crédito de mesmo valor, ou vice-versa. 
DESENVOLVIMENTO 
Na escrituração dos livros contábeis algumas formalidades devem ser 
observadas, estas formalidades se subdividem em dois tipos: 
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 Formalidades Extrínsecas: São as formalidades relacionadas à apresentação ou 
aparência dos livros, esta formalidade exige por exemplo que os livros, sejam 
encadernados, que tenham suas folhas numeradas tipograficamente, possuam termo de 
abertura e de encerramento em que conste entre outras informações a assinatura do 
responsável, a identificação da empresa e do livro, espécie de livro, número de 
páginas e número de ordem, etc... 
 Formalidades intrínsecas: São as formalidades relacionadas à escrituração 
propriamente dita, segundo as formalidades intrínsecas os livros de escrituração 
devem obedecer a um método de escrituração mercantil uniforme, em língua e moeda 
nacionais, com individualização e clareza, ser escriturado em rigorosa ordem 
cronológica, não conter, rasuras, emendas, entrelinhas, borrões ou raspaduras, espaços 
em branco, observações ou escritas à margem.. 
 Livros contábeis 
 
1.1 Livro razão 
Após lançamento no Diário, o registro contábil é desdobrado e lançado, conta 
por conta, em um livro ou jogo de fichas denominado Razão. 
A sua escrituração deve ser individualizada e obedecer à ordem cronológica 
das operações, sendo dispensável o registro ou autenticação do livro ou fichas, e o seu 
preenchimento devem obedecer ao método das partidas dobradas. 
O lançamento no livro Razão é muito importante para as empresas, pois, com a 
totalização individual das contas, possibilita saber a qualquer momento, o saldo de 
cada uma delas. Com esses dados fornecidos através da escrituração do livro razão, 
temos o controle do patrimônio, e essas informações trazem resultados positivos para 
melhor administrar as organizações empresarias. 
1.2 . Livro diário 
O livro diário assim como o razão são os principais livros da contabilidade, o 
diário registra todas as operações que envolvam o patrimônio da empresa no decorrer 
de um período. O livro diário, ao contrário do razão deve ser autenticado e é de uso 
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obrigatório. É um livro que se registra todas as operações contábeis da Entidade, em 
ordem cronológica e com a observância de regras, como as suas folhas numeradas 
sequencialmente e serão lançados os atos ou operações da atividade que altere ou 
possam vir alterar a situação patrimonial da empresa. 
O livro Diário deverá conter o termo de abertura e encerramento, a ser 
submetido ao órgão competente do Registro do Comércio dentro do prazo previsto na 
legislação, sob pena de multa prevista no Imposto de Renda. 
1.3 livros auxiliares 
Nas entidades empresariais adotam outros livros, que são considerados extras 
contábeis, que são conhecidos como fiscais sociais e administrativos. 
1.3.1. Livros Sociais, exigidos para as sociedades que se enquadra na Lei n. 
6.404/76, que são: 
 Registro de Atas de Assembleias Gerais; 
 Registro de Presença de Acionistas; 
 Registro de Atas de Reuniões da Diretoria; 
 Registro das Ações Normativas; 
 Registro de Transferência das Ações Normativas; 
 Registro de Partes Beneficiárias; 
 Registro de Debêntures, etc. 
1.3.2 Livros Fiscais, que são exigidos pela legislação fiscal, que são: 
 Inventário; 
 Apuração de Lucro Real; 
 Razão Auxiliar; 
 Registro de Entrada de Mercadorias; 
 Registro de Saída de Mercadorias; 
 Registro de Controle de Produção e Estoque; 
 Registro de Impressão de Documentos Fiscais; 
 Registro de Apuração de ICMS; 
 Registro de Apuração de IPI; 
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 Registro de Apuração de ISS, etc. 
1.3.3 Outros livros 
 Caixa 
 Controles Bancários 
 Registro de Duplicatas 
 Registro de Empregados, etc. 
2. Requisitos para escrituração do livro diário 
Cada lançamento no Diário deverá ter: 
 Local e data da operação 
 Título da conta de débito 
 Título da conta de crédito 
 Histórico 
Estes quesitos a ser observados, são obrigatórios, porque eles padronizam a 
escrituração nos livros, trazendo estética e segurança no trabalho profissional. 
3. Legislação societária 
Está previsto nos artigos1.179 a1.195 do Novo Código Civil Brasileiro, a 
obrigatoriedade da escrituração contábil nas sociedades empresariais, obrigadas a 
seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração 
uniforme de seus livros em documentos hábeis e a levantar anualmente o balanço 
patrimonial e o de resultado econômico. 
Essa mesma lei dispensa da escrituraçãoos pequenos empresários, conforme 
art. 68 da Lei Complementar 123/06, e considera como pequeno empresário, os 
mandamentos dos artigos 970 e 1.179 da Lei 10.406/02 (novo código civil) e o 
empresário individual enquadrado como microempresa que auferir receita bruta anual 
até R$36.000,00. 
No capítulo XV da Lei 6.404/76 existe a determinação de que ao fim de cada 
exercícios social a diretoria deverá elaborar com base na escrituração mercantil das 
companhia, as demonstrações financeiras e contábeis, já no art 177 da mesma lei, 
estabelece que a escrituração das empresas deve ser mantida em registros 
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permanentes, com obediência aos preceitos da legislação empresarial e aos princípios 
de contabilidade, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes, 
segundo o regime de competência. 
A legislação que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do 
empresário e da sociedade empresaria, menciona: para instruir o pedido do benefício 
de recuperação judicial devem ser juntadas as demonstrações e os demais documentos 
contábeis, na forma do art . 51, inciso II, e no parágrafo 2° da Lei 11.101/05. Esta 
mesma lei estabelece severas punições pela não execução ou pela apresentação de 
falhas na escrituração contábil conforme artigos (168 a182). 
4. Legislação tributária 
No âmbito da legislação tributária, a escrituração contábil se mostra de suma 
importância, pois os livros obrigatórios de escrituração empresarial e fiscal deverão 
ser mantidos enquanto o credito tributário não prescreva, lembrando que, o prazo 
de prescrição ocorre a partir do momento do lançamento do crédito tributário, e este 
prazo de acordo com o CTN é de 5 (cinco) anos, porém existe também o prazo 
decadencial, que é o prazo para o fisco efetuar o lançamento do credito tributário, 
este prazo também é de 5 (cinco) anos, então não basta conservar os documentos por 
apenas 5 (cinco) anos, já que, se o fisco demorar 5 anos para lançar o credito 
tributário, os dados deverão ser preservados por 10 anos, isto se não ocorrer 
interrupção ou suspensão do prazo, prorrogando ainda mais a guarda dos registros 
contábeis. 
 O decreto 3.000/99, que regulamenta o Imposto de Renda determina em seu 
art. 251 que a pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real deve manter 
escrituração com observância das leis comerciais e fiscais. A escrituração deve 
abranger todas as operações do contribuinte, os resultados apurados em sua atividade 
nacionais, bem como os lucros, rendimentos e ganhos de capital no exterior. 
Tratando de empresa enquadrada no lucro presumido é dispensada a 
escrituração contábil completa, mas esse benefício se aplica no regulamento do 
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imposto de renda, não contemplando à legislação empresarial, societária e 
previdenciária, entre outras. 
A lei complementar 123/06 estabelece regras gerais relativo ao tratamento 
diferenciado e favorecido, aplicados às microempresas e empresas de pequeno 
porte no âmbito dos poderes daUnião, dos Estados, Distrito Federal e dos 
Municípios. 
O artigo 27 da lei complementar diz que as microempresas e empresas de 
pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão, opcionalmente, adotar 
contabilidade simplificada para os registros e controle das operações realizadas, 
conforme regulamentação do Comitê Gestor. 
Como se pode observar, a escrituração contábil tem sua importância nas 
entidades empresariais, isto não só pela exigência legal, pois para se ter uma empresa 
organizada e um bom planejamento, inicia-se pela escrituração, através dela o 
empresário terá uma visão global de seu investimento. 
5. Legislação profissional 
O Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução CFC n°563/93, 
aprovou a NBCT 2, normatizando as formalidades da escrituração contábil que, entre 
outros procedimentos, estabelece: 
I- escrituração será executada em moeda corrente nacional, em forma 
contábil, em ordem cronológica de dias, mês, e ano, com ausência de espaços em 
branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens e, 
ainda, com base em documentos probantes. 
II- A terminologia adotada deverá expressar o verdadeiro significado da 
transação efetuada, admitindo-se o uso de código e/ou abreviaturas de históricos. 
III- O diário poderá ser escriturado por partidas mensais ou de forma 
sintetizada, desde que apoiado em registros auxiliares que permitam a identificação 
individualizada dos registros. 
As formalidades inerentes às Demonstrações Contábeis estão contidas nas 
NBCT2.7 e NBCT3, que trazem esclarecimentos importantes sobre a elaboração do 
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Balanço Patrimonial e outros demonstrativos previsto em lei, definido os seus 
conceitos, conteúdos e estruturas. 
A NBCT19.13 baixada pelo CFC, por meio da Resolução 1115/2007, trata 
escrituração Contábil Simplificada para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, 
diferenciando das demais empresas e proporcionando tratamento diferenciado a este 
seguimento empresarial. 
Independente da legislação societária e fiscal, o contabilista é obrigado a 
cumprir as normas emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, estando 
sujeito às penalidades impostas pelo código de ética profissional. 
Conclusão 
Como podemos perceber, a escrituração contábil está presente em inúmeras 
normas que deverão ser conhecidas pelo profissional que atuará na área, portanto é 
necessário um amplo conhecimento dos aspectos formais e matérias relativos à 
escrituração para não incorrer em erros ou punições relativos a legislação vigente. A 
atualização profissional neste caso deverá ser feita de forma continuada, observando 
as novas normas que são incluídas a cada dia em nosso ordenamento jurídico e 
contábil, não deixando de lado, a atualização técnica relativa às ferramentas utilizadas 
no processo contábil, tais como, a utilização da informática, a leitura assídua de outros 
ramos do conhecimento que auxiliarão a carreira profissional. 
Fontes Pesquisadas: 
Bibliográfia Pesquisada: 
Site: https://www.contabeis.com.br/artigos/685/escrituracao-contabil/ 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade. Brasília: Editora 
CFC 
Equipe de Professores da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP. Contabilidade Introdutória. São Paulo: 
Editora Atlas 
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. São Paulo: Editora Atlas. 
REIS, Arnaldo. Iniciação à Contabilidade. São Paulo: Editora Saraiva. 
 
BOM ESTUDO: 
PROFº FÁBIO Souza Direito Empresarial. 
 
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https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/
https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/a atuação dos agentes econômicos no mercado.[20] 
Além das garantias fundamentais para viabilizar o comércio, o Estado pode atuar na 
economia como guardião do equilíbrio do mercado, já que nem sempre o equilíbrio será 
mantido, como bem ensina Mankiw: 
Outro ponto fundamental para justificar a importância do estado para economia, são as 
razões legitimas de intervenção do estado na economia, sendo duas razões genéricas: A 
primeira se mostra quando a 'mão invisível' do mercado privado não consegue alocar os 
recursos de forma eficaz. Geralmente o defeito na eficácia se manifesta em razão do 
surgimento de uma 'falha de mercado' que geralmente surge de uma externalidade, ou 
seja, "o impacto das ações e uma pessoa sobre o bem-estar dos outros que estão 
próximos."[21] 
Como exemplo de externalidade, pode-se citar a poluição. Outra forma de falha de 
mercado é o poder de mercado, que se caracteriza pela "capacidade de uma pessoa (ou 
um pequeno grupo de pessoas) influenciar indevidamente os preços de mercado. Como 
exemplos de poder de mercado pode-se mencionar: o monopólio, o oligopólio, o 
mercado monopsônio, o oligopsônio.[22] 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui��o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730256/inciso-xxii-do-artigo-5-da-constitui��o-federal-de-1988
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Robert Cooter aponta quais políticas públicas devem ser usadas para o combate do 
poder de mercado: 
As políticas públicas para corrigir as deficiências do monopólio são substituir o 
monopólio pela concorrência onde isso seja possível ou regulamentar o preço cobrado 
pelo monopolista. A primeira política é a razão de ser das leis antitruste. Mas às vezes 
não é possível ou sequer desejável substituir um monopólio. Monopólios naturais, a 
exemplo das concessionárias de serviços públicos, são um exemplo disso; esses 
monopólios tem a permissão de continuar existindo, mas o governo regulamenta seus 
preços.[23] 
A segunda forma legitima para um Estado intervir na economia é a promoção da 
igualdade. Embora a mão invisível garanta o desenvolvimento da economia, ela não é 
capaz de garantir sempre que o desenvolvimento será imbuído de igualdade. Isto 
acabará resultando em situações onde nem todos terão recursos básicos o suficiente para 
se manter, como por exemplo, a fome, desemprego, má distribuição de renda entre 
setores distintos da economia.[24] 
Tanto em um caso quando em outro, o Estado terá a legitimidade necessária para 
intervir, implementando políticas públicas para equilibrar e corrigir os possíveis 
problemas que o mercado privado venha a gerar. Garantindo assim, o funcionamento 
pleno da sociedade e evitando o colapso do mercado.[25] 
Dizer que o governo pode, por vezes, melhorar os resultados do mercado não significa 
que ele sempre o fará. A política pública não é feita por anjos, mas por um processo 
político que está longe de ser perfeito. Às vezes, as políticas são concebidas somente 
para recompensar os politicamente poderosos. Às vezes são feitas por líderes bem-
intencionados, mas mal informados. [26] 
Desta forma, pode-se dizer que um dos objetivos do estudo da economia é justamente 
perceber quando uma política do governo será justificável e quando será apenas 
prejudicial ao livre mercado privado que é regulado pela ―mão invisível‖ de Adam 
Smith. 
6 A LIVRE INICIATIVA E A LIVRE CONCORRÊNCIA COMO FATORES 
VIABILIZANTES DO EQUILÍBRIO DE MERCADO 
No Brasil, com a chegada da Constituição Federal de 1988, o legislador optou pelo 
mercado regulado pela iniciativa privada, e para tanto, ele estabeleceu no dispositivo 
170 e seguintes da carta constitucional, os princípios da ordem econômica, estando entre 
eles a Livre iniciativa (caput) e a Livre Concorrência (170, IV), que podem ser 
entendidas como a livre possibilidade de ingresso no mercado, de qualquer pessoa que 
se interesse a vender determinado produto ou serviço garantindo aos agentes 
econômicos, a oportunidade de competirem de forma justa no mercado.[27] 
A livre concorrência se baseia nos conceitos de liberalismo econômico, que se 
contextualiza por pensadores como Friedrich Hayek, defensor do livre mercado. A ideia 
a de que as empresas não conhecem a amplitude do mercado econômico, mas ela sabe 
exatamente sobre o próprio mercado, entendendo quanto deve produzir e como deve 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
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cobrar, gerindo o seu mercado de maneira autônoma, porém, sua atuação acaba 
refletindo no mercado como um todo, influenciando e sendo influenciada pelo mesmo. 
Isso produz um mercado livre, que devem ser protegidos pelo governo para que 
tenhamos uma sociedade livre.[28] 
A livre concorrência traz benefícios para o consumidor, ao estimular o ingresso de 
diversas fontes de fornecimento de produtos ou serviços, dando assim, mais opções de 
consumo e gerando a concorrência que força a redução do preço do produto final ou a 
elevação da qualidade, aperfeiçoando o produto e trazendo novos diferenciais para o 
mercado. [29] 
Também deve-se mencionar que a livre concorrência se harmoniza com o equilíbrio 
econômico do mercado, cujo maior pensador é Léon Walras, responsável pela teoria do 
equilíbrio geral, que trabalha com a oferta e procura. A ideia central é que que a 
escassez de oferta em uma área da econômica criará excedentes de oferta em outro 
lugar, portanto, onde há escassez, os preços sobem e onde há excedentes os preços 
caem. Quando o preço sobe, a procura cai e a oferta cresce, eliminando a escassez. 
Quando os preços caem a procura vai crescer e a oferta cairá, eliminando os excedentes. 
As economias como um todo tendem ao equilíbrio, desde que tenham liberdade para 
tanto. Um sistema de livre mercado é estável.[30] 
Com base no que já foi exposto anteriormente, pode-se concluir que a livre concorrência 
poderá sofrer influencias de duas partes: primeiramente, os particulares que poderão 
buscar apoio entre si, originando os Carteis e as Falhas de Mercado (monopólio, 
oligopólio, monopsônio, oligopsônio). Em segundo lugar, a interferência do Estado 
poderá gerar mudanças e regulamentação à livre concorrência, alterando e controlando 
todo o comércio com um caráter regulador oriundo de corrupção ou imprudência na 
aplicação das políticas públicas. O que ambas as formas de interferência têm em comum 
é a alteração do proposito da livre concorrência, que agora deixa de ser livre por 
depender da influência de um destes agentes. 
A conclusão que se chega é que não importa como irá ocorrer a interferência à livre 
concorrência, ao final quem acaba perdendo será sempre o consumidor. 
7 O BRASIL E A PROTEÇÃO DA LIVRE CONCORRÊNCIA 
Como já observado, a livre concorrência é essencial para o desenvolvimento do 
mercado de forma favorável para o consumidor, além de garantir para qualquer 
cidadão, liberdade para empreender na área que ele desejar. Vimos também que embora 
essencial, a livre concorrência sofre de certa fragilidade para se manter ativa, visto que 
pode sofrer interferências de diversas formas, sendo necessário a atuação de órgãos 
voltados para a proteção da mesma. 
Justamente para proteger o consumidor e preservar o equilíbrio de mercado o Brasil 
conta com um sistema de defesa à livre concorrência, conhecido como Sistema 
Brasileiro de Defesa da Concorrência, composto pelo CADE Conselho Administrativode Defesa Econômica e pela SEAE, Secretaria de Acompanhamento Econômico do 
Ministério da Fazenda estruturados pela lei 12.528/2011[31]. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1034155/lei-12528-11
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Quanto ao CADE, trata-se de uma ―autarquia federal, vinculada ao Ministério da 
Justiça, com sede e foro no Distrito Federal, que exerce, em todo o Território nacional, 
as atribuições dadas pela Lei nº 12.529/2011. ‖[32] 
O Cade tem como missão zelar pela livre concorrência no mercado, sendo a entidade 
responsável, no âmbito do Poder Executivo, não só por investigar e decidir, em última 
instância, sobre a matéria concorrencial, como também fomentar e disseminar a cultura 
da livre concorrência. 
O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de planejamento governamental que define 
diretrizes, objetivos e metas do CADE, sendo monitorado semestralmente, as metas do 
CADE até 2019 foram definidas como:[33] 
• Analisar Atos de Concentração com celeridade, mantendo o tempo médio de instrução 
pelo rito sumário abaixo de 30 dias, priorizando a solução de problemas concorrenciais 
por meio de acordos 
• Investigar infrações contra a ordem econômica com mais celeridade, de modo que o 
número de casos em investigação há mais de 5 anos não ultrapasse 20% do estoque 
• Elevar a efetividade do combate a condutas anticompetitivas, por meio de uso 
crescente de técnicas de investigação e de gestão de processos 
Em que pese a utilidade do órgão, sua eficácia deixa a desejar, conforme ensina Nelson 
Nazar[34], por se tratar de um órgão integrado por diversas indicações políticas, acaba 
por comprometer sua eficácia na proteção da livre concorrência, podendo ser entendido 
como um órgão de Governo e não de Estado, isto é tende a atuar em conformidade com 
políticas governamentais, o que foge ao propósito original de sua função. 
Como exemplo de ineficácia do CADE pode-se mencionar a permissão da criação da 
AMBEV, da compra da GVT pela VIVO, dentre outros. 
 
 
8 COMO AS POLÍTICAS PARA CORRIGIR MERCADOS PODEM PIORA-
LOS 
Segundo pensadores como Kelvin Lancaster e Richard Lipsey, o livre mercado é em 
tese a economia mais eficiente possível, porém as economias reais contêm muitas 
distorções ineficientes e bastante nocivas ao mercado. Tais distorções podem estar 
interacionadas e com isto a atuação do governo fica comprometida ao passo que se o 
governo elimina uma das distorções ele poderia acabar piorando a outra, gerando um 
dano ainda maior ao mercado.[35] 
Como exemplo pode-se ilustrar a situação com um monopólio de determinado setor da 
indústria que gere muita poluição. O Estado ao acabar com o monopólio desfaz uma 
distorção do mercado, isto resultará nas novas empresas que virão a integrar o mercado, 
passando a produzir de forma concorrencial, aumentando a produção daquele produto, 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1030141/lei-12529-11
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mas em contrapartida a emissão da poluição necessária para aquele setor vai aumentar 
substancialmente, agravando a distorção da poluição.[36] 
Pode-se concluir que o Estado deve ser cauteloso ao intervir no Mercado. 
Vale por fim, mencionar que atualmente, com as inovações tecnológicas, diversos 
setores do mercado estão sofrendo revoluções em seus meios comerciais. A televisão 
por exemplo, possuía sua versão paga, com diversos canais, através de pacotes de 
assinaturas e concorriam entre si, mas agora concorrem com a difusão de mídia pela 
internet, através de sites como o YouTube, ou o aplicativo NETFLIX. 
Taxis, que até então estavam se beneficiando com os aplicativos de chamada via 
aparelhos celulares smartphones, agora sofrem concorrência com um novo tipo de 
serviço de prestação de transporte urbano, o UBÉR, que também é um aplicativo de 
smartphone, Muitas polemicas surgiram pela indignação dos taxistas que se sentiram 
prejudicados pela ausência de regulação especifica para este meio de transporte, 
alegando concorrência desleal, chegando a agredir motoristas do UBÉR e a quebrar os 
seus carros. 
Frente a estes novos cenários de mercado, o Estado tem de se posicionar, mas a questão 
é: de que lado o Estado deve figurar? A favor da proteção de mercados, inibindo a livre 
concorrência ou a favor do consumidor, forçando os setores decadentes a se adaptar? 
 
Fontes Pesquisadas: 
Bibliografia Pesquisadas: 
Site: https://rodrigofs20.jusbrasil.com.br/artigos/343923381/a-livre-concorrencia-como-um-fator-chave-para-a-evolucao-do-mercado 
BAGNOLI. Vicente. Direito econômico. 3. Ed. São Paulo: Atlas. 2008. 
BRASIL. (Constituição 1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil: de 5 de outubro de 1988. Brasília: Senado, 1988. 
BRASIL. Lei n. 12.529 de 30 de Novembro de 2011. Estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência; dispõe sobre a prevenção e 
repressão às infrações contra a ordem econômica; altera a Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, o Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro 
de 1941 - Código de Processo Penal, e a Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985; revoga dispositivos da Lei no 8.884, de 11 de junho de 1994, e 
a Lei no 9.781, de 19 de janeiro de 1999; e dá outras providências. Diário Oficial da União. 30 nov. 2011. Disponível em: 
. Acesso em: 29 maio. 2016. 
CADE. (O Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Site oficial do governo. Disponível em:. Acesso em: 29 maio. 2016. 
COOTER, Robert. Direito & economia. 5. Ed. Porto Alegre: Bookman. 2010. 
MANKIW, N. Gregory. Princípios de Microeconomia. 5. Ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009. 
NAZAR, Nelson. Direito Econômico. 3. Ed. Bauru, São Paulo: EDIPRO, 2014. 
O livro da economia. Tradução Carlos S. Mendes Rosa. São Paulo: Globo. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIA GERAL DA EMPRESA: 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1030141/lei-12529-11
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103291/lei-de-crimes-contra-a-ordem-tribut�ria-lei-8137-90
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c�digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c�digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103274/lei-de-a��o-civil-p�blica-lei-7347-85
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103268/lei-antitruste-lei-8884-94
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/106756/lei-9781-99
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/Lei/L12529.htm%3e
FACULDADE UNINASSAU 
CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
Disciplina: A Livre Iniciativa/ Concorrência Desleal / Constituição Federal: 
ARTIGOS 170, 172,173 E 174 CF. 
 
Os princípios constitucionais, são um conjunto de normas que fundamentam 
todas as demais normas do nosso Ordenamento Jurídicas, razão pela qual estão situados 
em posição de superioridade visto que as normas subordinadas não podem contrariar 
as normas de hierarquia superior. 
O artigo 1º da Constituição Federal eleva à condição de princípio 
fundamental a livre iniciativa, lado a lado com os valores sociais do trabalho. 
Vejamos: 
―A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos:IV – Os valores sociais do trabalho e dalivre iniciativa.” 
A Constituição de 1988, em seu artigo 170 dispõe: 
“A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na 
livre iniciativa", tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os 
ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: 
I – Soberania nacional; 
II – Propriedade privada; 
III – Função social da propriedade; 
IV – Livre concorrência; 
V – Defesa do consumidor; 
VI – Defesa do meio ambiente; 
VII – Redução das desigualdades regionais e sociais; 
VIII – Busca do pleno emprego; 
IX - Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas 
sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. 
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer 
atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos 
casos previstos em lei.” 
Este artigo da norma constitucional introduz um modelo econômico baseado 
na liberdade de iniciativa, que tem por finalidade assegurar a todos existência digna, 
conforme os ditames da justiça social, sem exclusões nem discriminações. Daí 
entende-se que, independentemente de sua natureza, se pública ou privada, toda a 
empresa para desenvolver atividade econômica, seja esta indústria ou comércio, ou 
ainda, prestação de serviços, regem-se pelos princípios contidos neste artigo, não 
obstante opinião contrária do Professor Weter R Faria [1], que sustenta que: 
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
―as normas de defesa de concorrência não se aplicam a nenhuma empresa-
órgão gerida pela União, nem as que executam serviços públicos, estrito senso, sob a 
titularidade dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Aplica-se, todavia às 
empresas-órgãos dê natureza industrial e comercial que operam em regime de 
concorrência, administradas pelos Estados, pelo Distrito Federal e os Municípios. 
Excetuam-se os organismos federais, porque não se concebe a União como sujeito 
passivo das normas que promulga para proteger o mercado contra as práticas 
comerciais restritas”. 
O Princípio da Livre Iniciativa é considerado como fundamento da ordem 
econômica e atribui a iniciativa privada o papel primordial na produção ou circulação de 
bens ou serviços, constituindo a base sobre a qual se constrói a ordem econômica, 
cabendo ao Estado apenas uma função supletiva pois a Constituição Federal determina 
que a ele cabe apenas a exploração direta da atividade econômica quando necessária a 
segurança nacional ou relevante interesse econômico (CF, art. 173). 
Nossa Constituição Pátria dispõe em seu art. 174 que o Estado tem o papel 
primordial como agente normativo e regulador da atividade econômica exercendo as 
funções de Fiscalização, Incentivo e Planejamento de acordo com a lei, no sentido de 
evitar irregularidades. Sendo assim, a nossa Constituição não coíbe o intervencionismo 
estatal na produção ou circulação de bens ou serviços, mas assegura e estimula o acesso 
à livre concorrência por meio de ações fundadas na legislação. 
O Professor José Afonso da Silva, em seu curso de Direito Constitucional 
Positivo[2] ensina: 
―a liberdade de iniciativa envolve a liberdade de indústria e comércio ou 
liberdade de empresa e a liberdade de contrato.” 
Assegura a todos o art. 170 da Carta Magna o livre exercício de qualquer 
atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos 
casos previstos em lei. 
 No entanto, como qualquer princípio, a livre iniciativa não pode ser 
considerada absoluta uma vez que há restrições que a própria ordem econômica, 
refletida em lei, impõe sobre ela, como por exemplo, quando há exigência legal para a 
obtenção de autorização para o exercício de determinada atividade econômica, como é o 
caso dos bancos comerciais e sociedades seguradoras, que precisam obter autorização 
do Banco Central do Brasil e da Superintendência de Seguros Privados, respectivamente 
para funcionarem. 
Há de se frisar que a relatividade do princípio da livre iniciativa refere-se, 
especificamente, às restrições impostas em lei para o livre exercício de uma 
determinada atividade econômica, não infringindo a dissociação entre o direito de 
exercer livremente uma atividade econômica e o direito de administrá-la. 
Consideram algumas doutrinas, a partir do balizamento constitucional da livre 
iniciativa por valores de ―justiça social e bem-estar coletivo‖, que a exploração de 
atividade econômica com puro objetivo de lucro e satisfação pessoal do empresário 
seria ilegítima sob o ponto de vista jurídico. É, este o entendimento de José Afonso da 
Silva[3]: 
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
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RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
 “A natureza neoliberal da ordem econômica prevista na Constituição não 
tem, entretanto, tal extensão. A equiparação entre a livre iniciativa e os valores 
normalmente desconsiderados pelo empresário egoísta – que seria a defesa do 
consumidor, a proteção do meio ambiente, a função social da propriedade etc. – só 
afasta a possibilidade de edição de leis, complementares ou ordinárias, disciplinadoras 
da atividade econômica, desatentas a esses valores.” 
Podemos dizer que os dois aspectos relevantes que se concluem da inserção 
da livre iniciativa entre os fundamentos da ordem econômica são a constitucionalidade 
de preceitos de lei que visem a motivar os particulares à exploração de atividades 
empresariais, como é o caso do primado da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas 
quando aplicado ao direito societário, tendo o sentido de limitar o risco de forma que as 
pessoas não receiem investir em atividades econômicas em razão da possibilidade de 
elevado comprometimento de seu patrimônio e por fim, a aplicação do princípio da 
autonomia das obrigações cambiais que está destinado a viabilizar a ágil circulação de 
crédito, mesmo quando o devedor do título é um consumidor[4]. 
A liberdade de iniciativa trazida pela Constituição prestigia o 
reconhecimento de um direito titularizado por todos que é o de explorarem as atividades 
empresariais, decorrendo no dever, imposto à generalidade das pessoas, de respeitarem 
o mesmo direito constitucional, bem como a ilicitude dos atos que impeçam o seu pleno 
exercício e que se contrapõe ao próprio estado, que somente pode ingerir-se na 
economia nos limites constitucionais definidos contra os demais particulares. 
O direito repudia duas formas de concorrência e que desprestigiam a livre 
iniciativa, quais sejam: a concorrência desleal e o abuso de poder. 
A Concorrência Desleal é reprimida pelo direito civil e penal nos casos em 
que houver desrespeito ao direito constitucional de explorar a atividade econômica 
expresso no princípio da livre iniciativa como fundamento da organização da economia, 
sendo esse dever em relação ao estado fundado na inconstitucionalidade de exigências 
administrativas não fundadas em lei para o estabelecimento e funcionamento de uma 
empresa (CF, art. 170, parágrafo único) e no que concerne aos particulares se traduz 
pela ilicitude de determinadas práticas concorrências. 
Na concorrência desleal o empresário tem o intuito de prejudicar seus 
concorrentes, de modo claro e indisfarçado, retirando-lhes, total ou parcialmente, fatias 
do mercado que haviam conquistado, infligindo perdas a seus concorrentes, porque é 
assim que poderão obter ganhos. 
O Abuso de poder no qual está prevista constitucionalmente a sua repressão, 
através do art. 173, § 4º: 
“A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos 
mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.” 
A nossa constituiçãopátria traz em seu bojo um conjunto de normas 
referentes à ordem econômica se baseando nos princípios tradicionais do liberalismo 
econômico quais sejam: a propriedade privada, a liberdade de iniciativa e a de 
competição, a função social da propriedade, a defesa do consumidor, a busca do pleno 
emprego etc. No entanto, por outro lado prevê-se a repressão ao abuso do poder 
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
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econômico através de modalidades de exercício do poder econômico que podem ser 
consideradas juridicamente abusivas e que põem em risco a própria estrutura do livre 
mercado e que podem ocasionar a dominação de setores da economia, eliminando a 
competição ou aumento arbitrário de lucros. 
Osprejuízos à Livre Concorrência ou Livre Iniciativa estão delineados na 
Lei 8.884/94, em seu artigo 20, que diz: 
“Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os 
atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os 
seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados: 
I – Limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou 
a livre iniciativa; 
II – Dominar mercado relevante de bens ou serviços; 
III - Aumentar arbitrariamente os lucros; 
IV – Exercer de forma abusiva posição dominante.” 
O direito positivo estabelece que os atos de qualquer natureza que tenham o 
efeito, potencial ou real, de limitar, falsear, ou prejudicar a livre concorrência ou a livre 
iniciativa são definidos como infração de ordem econômica. 
Limitar a livre concorrência ou a livre iniciativa nada mais é do que barrar de 
forma total ou parcial, mediante determinadas práticas empresariais, a possibilidade que 
tem outros empreendedores ao acesso à atividade produtiva e esta obstaculização de 
acesso decorre do aumento dos custos para novos estabelecimentos, provocado com 
vistas a desencorajar eventuais interessados. 
Falsear sugere uma idéia muito mais ampla que simulação relativa aos efeitos 
dos atos jurídicos. Falsear a livre concorrência ou a livre iniciativa significa ocultar a 
prática restritiva através de atos e contratos aparentemente compatíveis com as regras de 
estruturação do livre mercado. Pode haver falseamento de concorrência, sem que o 
negócio jurídico que o viabiliza se caracterize como simulado e as autoridades não 
precisam demonstrar a existência do defeito do ato jurídico como condição de sanção. 
Prejudicar a livre concorrência ou iniciativa nada mais é do que incorrer em 
qualquer prática empresarial lesiva às estruturas do mercado, ainda que não limitativas 
ou falseadoras dessas estruturas. Tais condutas são consideradas reprimíveis pela lei o 
abuso do poder econômico que visa à eliminação da concorrência (CF, art. 173, § 4º). 
O texto constitucional não faz referência específica à limitação, falseamento ou prejuízo 
da livre concorrência, que são consideradas formas de eliminação parcial e não total da 
competição. Para Medeiros da Silva [5], a norma correspondente da lei de 1962, que 
tipificava como abuso de poder econômico a eliminação parcial da concorrência, seria 
inconstitucional por falta de distinção entre as diversas formas de eliminação. 
Em síntese, podemos afirmar que a livre iniciativa é um dos preceitos 
fundamentais da Carta Política de 1988, reconhecido não apenas pela Constituição 
como também pela doutrina e que rege a ordem econômica nacional, tendo por 
finalidade assegurar a todos uma existência digna, conforme os ditames da justiça 
social, sem exclusões nem discriminações. 
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
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RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
Fontes Pesquisadas: 
Bibliografia Pesquisada: 
Site: https://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/artigo/851/o-principio-livre-iniciativa. 
Constituição da República Federativa do Brasil, 30ª Edição. Saraiva. São Paulo – 2002. 
COELHO, Fábio Ulhôa. Curso de Direito Empresarial, 6ª edição. Saraiva. São Paulo - 2002. 
SILVA, de Plácido e. Vocabulário Jurídico, 19ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2002. 
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 17ª Edição, São Paulo. Melhoramentos, 2000. 
FARIA, Werter R. Constituição econômica, liberdade de iniciativa e de concorrência. Sérgio Antônio Fabris Editor. Porto Alegre, 1990. 
MEDEIROS DA SILVA, Jorge. A lei antitruste brasileira. São Paulo, Resenha Universitária, 1979. 
 
TEORIA GERAL DA EMPRESA: 
 
Disciplina: Teoria Geral Empresa: 
 
 
EMPRESA E ATIVIDADE EMPRESÁRIA. 
 
 
 
Objeto do direito comercial. Comércio e empresa: evolução. Europa. França: 
Direito Privado. Teoria dos atos de comércio Itália: Teoria da Empresa. Brasil. 
Empresário. Atividade. Econômica. Organizada. Produção de bens ou serviços. 
Circulação de bens ou serviços. Bens ou serviços. Atividades econômicas civis. 
Empresário individual. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. Prepostos do 
empresário. 
Introdução: 
Objeto do Direito Comercial: 
Organizações econômicas especializadas produzem bens e serviços necessários 
ao atendimento das necessidades cotidianas das pessoas como alimentação, saúde, 
vestuário, etc e os negociam em mercado. Estas organizações são criadas pelas pessoas 
que combinam os ―fatores de produção‖ e são fortemente estimuladas pela possibilidade 
de ganhar muito dinheiro. Tais pessoas são os empresários.[1] 
Os empresários articulam os fatores de produção dentro do sistema capitalista: 
capital, mão de obra, insumo e tecnologia. As empresas surgem da ação dos empresários 
a partir de um capital próprio ou não, da obtenção e atendimento a exigências como 
máquinas, equipamentos, energia, trabalho ou mão de obra envolvidos na produção de 
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
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mercadorias ou serviços e desenvolvimento ou aquisição da tecnologia necessária. 
Todos estes elementos são então denominados insumos. A ação de constatar chances de 
lucro por meio do atendimento às necessidades de um grupo considerável de pessoas faz 
com que se crie uma estrutura para produzir as mercadorias ou os serviços respectivos e 
os ofereça aos consumidores. 
Montar uma empresa significa reunir capital, mão de obra, insumos e tecnologia 
para oferecer no mercado de consumidores com preços competitivos. As atividades 
respectivas representam riscos a serem enfrentados. Além da possibilidade de não ter 
seus produtos ou serviços aceitos pelo mercado, os empresários também correm sérias 
possibilidades de insucesso.[2] 
Os empresários devem possuir capacidade de medir e de atenuar os riscos que 
vão correr durante seus empreendimentos. Para tal fim, ressalte-se, o importante papel 
dos bons contadores para auxiliar os empresários na tarefa de medir os riscos dos 
empreendimentose colaborar para que sejam enfrentados e vencidos. 
O Direito Comercial trata do exercício das atividades econômicas organizadas 
de prestação de bens ou serviços chamadas empresas. O objeto do direito comercial é o 
estudo dos instrumentos jurídicos para a superação de conflitos de interesses que 
envolvam empresários ou suas empresas. Para Coelho: 
As leis e a forma pela qual são interpretadas pela jurisprudência e 
doutrina, os valores prestigiados pela sociedade, bem assim o 
funcionamento dos aparatos estatal e paraestatal, na superação 
desses conflitos de interesses, formam o objeto da disciplina.[3] 
Em relação à denominação direito comercial ou direito empresarial, razões 
históricas são favoráveis à manutenção da primeira denominação. Isto porque as 
denominações outras como direito mercantil,, direito empresarial, direito dos negócios 
ou outras não teriam sido capazes de substituir por completo a denominação tradicional. 
Embora o objeto do direito comercial não se limite à disciplina jurídica do comércio, 
Direito Comercial é nome que identifica o ramo do direito direcionado às questões dos 
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
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empresários e das empresas e à maneira pela qual são estruturadas a produção e a 
negociação dos bens e serviços necessários à vida em sociedade.[4] 
Comércio e empresa: evolução 
Tudo o que precisamos para viver é produzido e comercializado em 
organizações econômicas especializadas. Coelho informa que na Antiguidade os povos 
como os fenícios intensificaram as trocas e estimularam a produção de bens para a 
venda.[5] Atividade com fins econômicos, o comércio cresceu vigorosamente. 
São resultantes da expansão do comércio fatores como intercâmbio cultural, 
desenvolvimento de tecnologias e de meios de transporte, o fortalecimento dos estados, 
o povoamento do planeta terra, as guerras, a escravização dos povos e, finalmente, o 
esgotamento dos recursos naturais. A mais recente etapa de evolução comercial é a da 
globalização onde as fronteiras nacionais correm o risco de serem derrubadas e o 
planeta Terra seja transformado em um grande e único mercado.[6] 
O comércio gerou um sentimento de interesse de se produzir bens não 
necessários para o uso pessoal e que seriam vendidos. Isto representou o início da 
produção industrial. Os próprios bancos e seguros também surgiram para o atendimento 
dos comerciantes.[7] 
Europa 
Na Idade Média, o comércio difundiu-se por todo o mundo até então civilizado. 
No período do Renascimento Comercial, na Europa, artesãos e comerciantes reuniram-
se e criaram as corporações de ofício localizadas em burgos com independência em 
relação aos reis e aos senhores feudais. Nas corporações de ofício surgiram normas para 
regular o convívio entre seus filiados. Após a Idade Média, então, as normas criadas 
sofreram tentativas de serem sistematizadas e se transformaram no que se chamou de 
Direito Comercial.[8] 
 
 
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 
 
França: Direito Privado 
Em 1804 e 1808, na França, foram criados o Código Civil e o Código 
Comercial. Foi estabelecido, desta forma, um sistema que disciplinava as atividades de 
todos os cidadãos e que se espalhou por diversos países. Tais atividades denominaram-
se de relações de direito privado civis e comerciais. Foram instituídas regras distintas 
para tratar de contratos, obrigações, prescrição, prova judiciária e foros. Para se 
identificar o que pertencia ao Direito Comercial, foi utilizada a teoria dos atos de 
comércio. 
 
São palavras de Fábio Coelho: 
Sempre que alguém explorava atividade econômica que o direito 
considera ato de comércio (mercancia), submetia-se às obrigações 
do Código Comercial (escrituração de livros, por exemplo) e 
passava a usufruir de proteção por ele liberada (direito à 
prorrogação dos prazos de vencimento das obrigações em caso de 
necessidade, instituto denominado concordata).[9] 
Bancos, seguros e indústrias só com o tempo foram consideradas atividades de 
comércio. Atividades de negociação de imóveis, agricultura ou extrativismo também 
não eram consideradas de comércio.[10] 
Comerciantes e senhores feudais travaram acirrada luta de classes.[11] 
Com o passar do tempo, a teoria dos atos de comércio revelou-se insuficiente 
para definir o objeto do Direito Comercial. As dificuldades, então, fizeram com que 
surgisse a teoria da empresa como outro identificador do âmbito de incidência do 
Direito Comercial.[12] 
Teoria dos atos de comércio[13] 
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DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 
1º PERIODO – A 
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A primeira fase do Direito Comercial, ligava o comerciante a uma corporação de 
ofício mercantil. Comerciante era quem praticava a mercancia, subordinava-se à 
corporação de mercadores e sujeitava-se às decisões dessas corporações. 
A fase seguinte, fase da Teoria dos Atos do Comércio de origem francesa se 
caracterizava pelo próprio objeto da ação do agente, pelo o ato do comércio que 
caracterizava a profissão dos mercadores. Comerciante era quem praticava habitual e 
profissionalmente atos de comércio. 
Itália: Teoria da Empresa 
No início da década de 1940, na Itália, surge a teoria da empresa como nova 
forma de pautar as atividades econômicas dos particulares. As atividades ligadas à terra 
e as de prestação de serviços também passaram a se sujeitar ao mesmo conjunto de 
normas aplicadas nas relações comerciais, bancárias, securitárias e industriais.[14] 
A evolução ocorrida foi no sentido de que o Direito Comercial deixaria de cuidar 
especificamente das atividades de mercancia e passaria a regular a atividade empresarial 
como forma específica de produzir ou circular bens e serviços.[15] Além de subsistir na 
Itália, a teoria da empresa também alcançou outros países com a Espanha no ano de 
1989.[16] 
 
Brasil 
Abordando a evolução do Direito Comercial no Brasil, Fábio Ulhoa Coelho 
conclui que o nosso direito incorporou na doutrina, jurisprudência e legislação esparsa a 
teoria da empresa antes da entrada do novo Código Civil de 2002 que a consagraria 
definitivamente. 
Empresário 
Empresário é a pessoa que dirige ou é dona de uma empresa. A empresa 
pertence a uma firma individual ou a uma firma coletiva. Finalmente, a empresa e a 
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firma empresária

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