Prévia do material em texto
FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL CURSO: ADMINISTRAÇÃO/CI;ÊNCIAS CONTÁBEIS RESUMO complementar de estudo: PROFESSOR: Fábio Souza APOSTILA DIREITO-EMPRESARIAL RESUMO DE ESTUDO COMPLEMENTAR: 1º PERÍODO-CURSO: Admistração-/Ciências Contábeis. APOSTILA DE DIREITO EMPRESARIAL: BASE LEGAL MEI; LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA. CÓDIGO CIVIL / 2002. DOUTRINA PRINCIPAL. Autores: Fábio Ulhôa / JUNIOR, Waldo Fazzio / Tomazette Marlon. DOUTRINA COMPLEMENTAR. Autores: FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR ANO/2025.1 SUMÁRIO: Capítulo-01 APRESENTAÇÃO DA EMENTA.............................................................. Capítulo-02 Sumário................................................................................................ Capítulo -03 Introdução Direito Empresarial........................................................... Capítulo-04 1.PRINCÍPIOS DA ATIVIDADE ECONÔMICA.......................................... Capítulo-05 2.LIVRE INICIATIVA............................................................................... Capítulo-06 3.FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA.......................................................... Capítulo-07 4.LIVRE CONCORRÊNCIA...................................................................... Capítulo-08 5.PRINCÍPIOS DA ATIVIDADE ECONÔMICA.......................................... Capítulo-09 6.EMPRESA E ATIVIDADE EMPRESÁRIA..................................... Capítulo-10 7.CONCEITO DE EMPRESA. ATIVIDADES NÃO EMPRESÁRIAS.... Capítulo-11 8.ELEMENTOS ECONÔMICOS E ELEMENTOS JURÍDICOS........... Capítulo-12 9.EMPRESÁRIO INDIVIDUAL....................................................... Capítulo-13 10.REQUISITOS. CAPACIDADE PARA EMPRESARIAL.................. Capítulo-14 11.IMPEDIMENTOS.................................................................... Capítulo-15 12.FORMALIZAÇÃO.................................................................... Capítulo-16 13.ESTATUTO DA MICROEMPRESA............................................ Capítulo-17 14.EMPRESÁRIO INDIVIDUAL..................................................... Capítulo-18 15.OBRIGAÇÕES DO EMPRESÁRIO............................................. Capítulo-19 16.REGISTRO.............................................................................. Capítulo-20 17.DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS............................................. Capítulo-21 18.ESCRITURAÇÃO. LIVROS EMPRESARIAIS............................... Capítulo-22 19.OBRIGAÇÕES DO EMPRESÁRIO............................................. Capítulo-23 20.REGISTRO.............................................................................. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Disciplina: Teoria Geral Da Empresa. Direito Empresarial – Noções Econômica, Jurídica e Legal de Empresa: Em razão da dificuldade de se conceituar o termo empresa, ALBERTO ASQUINI criou seus 4 (quatro) perfis ou noções: (a) subjetivo; (b) objetivo/patrimonial; (c) funcional; (d) institucional/corporativo. No entanto, a doutrina ainda apresenta outras 3 (três) noções do termo empresa: (i) noção econômica; (ii) noção jurídica e; (iii) noção legal. 1.1. Noção econômica de empresa Capítulo-01 23.SISTEMA DE PROTEÇÃO DO NOME EMPRESARIAL............... Pag 24 Capítulo-01 24.TÍTULO DE ESTABELECIMENTO............................................. Pag 25 Capítulo-01 25.SISTEMA NACIONAL DE REGISTRO DE EMPRESAS................ Pag 26 https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/direito-empresarial-carreiras-juridicas-nocoes-economica-juridica-e-legal-de-empresa/ FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR A noção econômica de empresa reconhece-a como uma unidade organizada dos fatores de produção com o objetivo de oferecer bens e serviços para satisfação do mercado e das necessidades da sociedade. Doutrina: ―(…) Assim — acentua Ferri — a empresa é um organismo econômico, isto é, assenta-se sobre uma organização fundada em princípios técnicos e leis econômicas. Objetivamente considerada, apresenta-se como uma combinação de elementos pessoais e reais, colocados em função de um resultado econômico, e realizada em vista de um intento especulativo de uma pessoa, que se chama empresário. Como criação de atividade organizativa do empresário e como fruto de sua ideia, a empresa é necessariamente aferrada à sua pessoa, dele recebendo os impulsos para seu eficiente funcionamento.‖ (Rubens Requião) Doutrina: ―A noção inicial de empresa advém da economia, ligada à ideia central da organização dos fatores da produção (capital, trabalho, natureza), para a realização de uma atividade econômica. Fábio Nusdeo afirma que a ‗empresa é a unidade produtora cuja tarefa é combinar fatores de produção com o fim de oferecer ao mercado bens ou serviços, não importa qual o estágio da produção‘.‖ (Marlon Tomazette) 1.2. Noção jurídica de empresa Por sua vez, para RUBENS REQUIÃO, empresa no sentido jurídico é a atividade desenvolvida pelo empresário. Doutrina: ―Trabalha o jurista, portanto, sobre o conceito econômico para formular a noção jurídica de empresa. (…) O Prof. Ferri, que apresenta essas observações, lembra os ângulos mais expressivos da empresa, pelos quais se interessa o direito. Nele nos apoiamos, para este resumo [dos ângulos mais expressivos da empresa]: a)A empresa como expressão da atividade do empresário. A atividade do empresário está sujeita a normas precisas, que subordinam o exercício da empresa a determinadas FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR condições ou pressupostos ou o titulam com particulares garantias. São as disposições legais que se referem à empresa comercial, como o seu registro e condições de funcionamento. b)A empresa como ideia criadora, a que a lei concede tutela. São as normas legais de repressão à concorrência desleal, proteção à propriedade imaterial (nome comercial, marcas, patentes etc.). c)Como um complexo de bens, que forma o estabelecimento comercial, regulando a sua proteção (ponto comercial), e a transferência de sua propriedade. d)As relações com os dependentes, segundo princípios hierárquicos e disciplinares nas relações de emprego, matéria que hoje se desvinculou do direito comercial para se integrar no direito do trabalho. (…) Essas considerações levam-nos a compreender que, no ângulo do direito comercial, empresa, na acepção jurídica, significa uma atividade exercida pelo empresário. Disso decorre inevitavelmente que avulta no campo jurídico a proeminente figura do empresário.‖ (Rubens Requião) 1.3. Noção legal de empresa. Conforme FÁBIO ULHOA COELHO, a empresa é a ―atividade econômica organizada de produção ou circulação de bens ou serviços‖. Doutrina: ―Aproveitando o teor do artigo 966 do Código Civil de 2002, bem como do artigo 2.082 do Código Civil italiano de 1942, podemos concluir que a empresa é a atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços para o mercado.‖serão entidades distintas, pois uma será a organização e a outra a pessoa física ou jurídica, a quem pertence. O Código Civil brasileiro (Lei nº 10.406, de 10/01/2002) define empresário em seu art. 966: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.[20] Coelho destaca da definição as noções de profissionalismo, atividade econômica organizada e produção ou circulação de bens ou serviços. Profissionalismo associa-se a considerações de habitualidade, pessoalidade e monopólio de informações. Quanto à habitualidade, não se poderia considerar profissional uma pessoa que realizasse suas atribuições esporadicamente. Não pode ser considerado empresário quem organiza a produção de uma mercadoria de modo eventual, irregular, casual ou sem frequência. Não é empresário quem testa ou experimenta atividades empresariais por razões eventuais ou financeiras e não mantém este exercício de forma habitual. Em seguida, a respeito da pessoalidade, o empresário deve contratar empregados para efetivamente produzirem ou fazerem circular os bens e os serviços. O empresário exerce as atividades empresariais pessoalmente enquanto os seus empregados produzem ou fazem circular bens ou serviços em nome do empregador. O monopólio de informações que possui sobre o objeto de sua empresa, ou seja, sobre os produtos ou serviços da mesma é a última característica associada ao profissionalismo do empresário. As informações a respeito das condições de uso, qualidade, insumos utilizados, defeitos de fabricação e riscos aos consumidores devem ser de conhecimento do primeiro em razão https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn20 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR de ser este um profissional. Finalmente, o empresário também tem o dever de informar de maneira abrangente os consumidores e usuários a respeito de tais riscos. Atividade O empresário exerce profissionalmente a atividade economicamente organizada de produzir ou circular bens ou serviços - atividade denominada empresa. Empresa – atividade - não deve ser confundida com o sujeito de direito que a exerce – o empresário. Também não deve ser a empresa confundida com o local físico onde é exercida. A expressão adequada para estas duas últimas situações é a de estabelecimento empresarial. Finalmente, não se deve dizer que duas pessoas abriram uma empresa, mas sim que contrataram uma sociedade. Empresa significa empreendimento. Econômica A atividade empresarial é econômica porque busca a obtenção de lucro por quem a exerce. O lucro pode ser o objetivo maior da atividade ou não. Nesta segunda hipótese, o lucro será instrumento para outros fins.[27] Escolas religiosas, por exemplo, devem lucrar para que o seu resultado seja instrumento utilizado na realização de seus fins humanitários ou de educação para uma doutrina de salvação. Organizada A empresa é atividade organizada porque nela são ligados, pelo empresário, quatro fatores de produção: capital, mão de obra, insumos e tecnologia. Para ser considerado empresário há de haver nas suas atividades estes quatro fatores.[28] Produção de bens ou serviços Produzir bens é fabricar produtos ou mercadorias. Atividades industriais são definidas como empresariais. Produção de serviços, por sua vez, é prestação de serviços. Produzem bens as montadoras de veículos ou as fábricas de eletrodomésticos enquanto prestam serviços os bancos, as seguradoras os hospitais e as escolas.[29] Circulação de bens ou serviços https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn27 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn28 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn29 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Comercializar é buscar bens no produtor para levá-los ao consumidor. Fazer comércio é atuar na cadeia de escoamento de mercadorias. Empresário pode ser tanto atacadista como varejista, tanto comerciante de insumos quanto de mercadorias prontas para o consumo final. Circular serviços é servir de intermediário na prestação dos mesmos. As agências de turismo, por exemplo, não prestam serviços de transporte aéreo ou de hospedagem, mas, na verdade, montam pacotes de viagem onde são oferecidos estes serviços. Bens ou serviços Bens são corpóreos, serviços não. Prestar serviços comporta uma obrigação de fazer. Atividades econômicas civis A teoria da empresa apenas modifica a delimitação do objeto do Direito Comercial. Não ultrapassa a bipartição do Direito Privado em Civil e Comercial. As atividades econômicas civis são divididas em quatro: 1. As atividades exploradas pelos não empresários. Prestação de serviços diretamente sem a organização na forma de uma empresa, mesmo que exercida profissionalmente, com fins de obtenção de lucro, não geram a condição de empresário e o regime será civil[32]; 2. Atividades dos profissionais intelectuais – advogados, médicos, dentistas, arquitetos, escritores, músicos, atores, et cetera - são aqueles que exercem profissões intelectuais, científicas por natureza, literária ou artística mesmo que contratem empregados para auxiliá-los. As atividades destes profissionais são econômicas de natureza civil e não comercial. Exemplos de médicos que ampliam seus consultórios para clínicas e hospitais se enquadram, excepcionalmente, em elemento de empresa e, assim, escapam da condição de profissionais intelectuais para se enquadrarem na condição jurídica de empresário; 3. As atividades dos empresários rurais que não são registrados na Junta Comercial – atividades econômicas rurais são aquelas exploradas normalmente fora da cidade como as de agricultura ou reflorestamento, pecuária, suinocultura, granja, equinocultura, corte de árvores, caça, pesca e mineração. O Código Civil, art. 971, permite que aqueles que exercerem https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn32 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR atividade rural como principal profissão, podem requerer inscrição na Junta Comercial, adquirir a condição de empresários e receber o tratamento jurídico como tal adequando-se ao conceito de agronegócio. Aqueles que, por sua vez, não se registrarem na Junta Comercial permanecerão sob o regime jurídico do Direito Civil e se enquadrarão na condição predominante de titulares de negócios rurais familiares; 4. Cooperativas – as cooperativas serão sempre sociedades simples, independentemente da atividade explorada pelas mesmas. Código Civil, art. 982, parágrafo único. As cooperativas são bastante similares aos empresários nos seus requisitos identificadores como profissionalismo, atividade econômica organizada, produção e circulação de bens ou serviços mas se submetem legalmente ao regime jurídico civil e não podem falir ou requerer sua recuperação judicial, por exemplo. Empresário individual Pessoa física – empresário individual - ou pessoa jurídica – sociedade empresária. Sócios da sociedade empresária não são empresários. Serão empreendedores ou investidores. As regras aplicadas aoempresário individual não se aplicam aos sócios das sociedades empresárias. Empresários individuais – atividades econômicas não muito importantes. Costumam ser rudimentares ou ambulantes, sacoleiros, bancas de frutas, et cetera. Há de haver pleno gozo da sua capacidade civil pelo empresário individual. Assim, não serão empresários individuais os índios (por legislação própria), os menores de 18 anos não antecipados, ébrios habituais, viciados em tóxicos deficientes mentais, excepcionais e pródigos. Os menores emancipados podem exercer empresa por estarem no gozo de sua capacidade jurídica. Os incapazes podem exercer empresa se possuir alvará de autorização judicial salvo se a empresa for iniciada por ele na sua incapacidade. Esta situação será realizada por meio de representação ou assistência. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada A empresa individual de responsabilidade limitada – UNIPESSOAL – não é um empresário individual juridicamente. Esta é a sociedade limitada de apenas um sócio. O FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR sócio único da UNIPESSOAL não é empresário. A pessoa jurídica da UNIPESSOAL é empresária. Desta forma tem acesso aos direitos de uma empresa. Prepostos do empresário A mão de obra que desempenha tarefas para o empresário é composta pelos trabalhadores que serão denominados de prepostos. Previstos nos artigos 1169 a 1178 do Código Civil, os prepostos não podem, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas. Além do mais, o preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo nos casos em que haja prazo para reclamação. Em relação ao preposto gerente, considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou agência. Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados. Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos a dois ou mais gerentes. As limitações contidas na outorga de poderes, para serem opostas a terceiros, dependem do arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de Empresas Mercantis, salvo se provado serem conhecidas da pessoa que tratou com o gerente. Para o mesmo efeito e com idêntica ressalva, deve a modificação ou revogação do mandato ser arquivada e averbada no Registro Público de Empresas Mercantis. O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu próprio nome, mas à conta daquele. O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas obrigações resultantes do exercício da sua função. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos. Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor. Fontes Pesquisadas: Bibliografia Pesquisadas: Site: https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014 [1] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.23. [2] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.24. [3]Idem. [4] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.25. [5]Idem. [6] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.26. [7]Idem. [8] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, Pp.26-27. [9] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.27. [10]Idem. [11] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, Pp.27-28. [12] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.28. [13]PAVEZZI, Letícia. Teoria dos atos de comércio e teoria da empresa. Disponível no endereço: http://www.webartigos.com/artigos/teoria-dos-atos-do-comercio-e-teoria-da-empresa/9029/ Acessado em 18/04/2014. [14]Idem. [15] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.29. [16] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, Pp.29-30. [17] BRASIL, Decreto 737 de 1850: http://arisp.files.wordpress.com/2008/04/decreto-737-de-1850.pdf, acesso em 18/04/2014. [18] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.31. [19] DE PLÁCIDO E SILVA, Vocabulário Jurídico, 27ª edição, quarta tiragem. RJ: Forense, 2007, verbete empresário. [20] BRASIL, Código Civil. Disponível no endereço: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L1040 6.htm, acesso em 18/04/2014. [21] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.32. [22] AULETE, Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível no endereço: http://aulete.uol.com.br/espor%C3 %A1dico, acesso em 18/04/2014. [23] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.32. [24]Idem. [25] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, Pp.32-33. [26] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.33. [27] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.34. [28]Idem. [29] COELHO, Fábio Ulhoa, Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 26ª edição. SP: Saraiva, 2014, p.35. [30]Idem. htm. Acesso em 25/04/2014. TEORIA GERAL DA EMPRESA: Direito Empresarial: https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref1 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref2 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref3 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref4 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref5 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref6 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref7https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref8 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref9 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref10 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref11 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref12 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref13 http://www.webartigos.com/artigos/teoria-dos-atos-do-comercio-e-teoria-da-empresa/9029/ https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref14 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref15 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref16 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref17 http://arisp.files.wordpress.com/2008/04/decreto-737-de-1850.pdf https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref18 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref19 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref20 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref21 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref22 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref23 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref24 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref25 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref26 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref27 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref28 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref29 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftnref30 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Quem pode e não pode ser Empresário no Brasil? A atividade dos empresários pode ser vista como a de articular fatores de produção, que no sistema capitalista são quatro: capital, mão de obra, insumo e tecnologia. As organizações em eu se produzem bens e serviços necessários ou úteis à vida humana são resultado da ação dos empresários, ou seja, nascem do aporte de capital – próprio ou alheio -, compra de insumos, contratação de mão de obra e desenvolvimento ou aquisição de tecnologia que realizam. Quando alguém com vocação para essa a atividade identifica a chance de lucrar, atendendo à demanda de quantidade considerável de pessoas – quer dizer, uma necessidade, utilidade ou simples desejo de vários homens e mulheres -, na tentativa de aproveitar tal oportunidade, ele deve estruturar uma organização que produza a mercadoria ou serviço correspondente, ou que os traga aos consumidores. Empresário é definido na lei como profissional exercente de ―atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços‖ (CC, art. 966). Destacam-se da definição as noções de profissionalismo, atividade econômica organizada e produção ou circulação de bens ou serviços. 1. Quais são as atividades consideradas empresariais e não empresariais pela legislação vigente? Conforme a norma há algumas atividades que não são consideradas empresariais, quais são: Empresários que trabalham em atividade rural familiar, os profissionais intelectuais, Profissionais liberais, e nos artigos 1093 até 1096, do Código Civil, que falam sobre as Cooperativas. As atividades que são consideradas empresariais são: Atividades praticadas por empresário individual, ou seja, pessoa natural (necessitando de registro junto à junta comercial e apresentar capacidade ou excepcionalmente se incapaz, mas manter-se assistido ou representado de acordo com o art. 974 do CC)―que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços‖ (art. 966CC). Empresa é o mesmo que atividade empresarial, ou seja, atividade de produção ou circulação de bens e serviços e atividade praticada por uma pessoa jurídica (sociedade empresária). http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10663622/artigo-1093-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10663132/artigo-1096-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10674399/artigo-974-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 2. Quais os requisitos para ser empresário e os impedimentos para exercer a atividade empresarial? “Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. Quanto aos incapazes podemos ler no artigo 974 do mesmo código”: “Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança”. § 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. § 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização. § 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011) I - o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011) II - o capital social deve ser totalmente integralizado; (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011) III - o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais. (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011). Os que não podem exercer atividade empresarial: Servidores Públicos Militares da Ativa Magistrados e Membros do MP FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Leiloeiro – IN do DNRC – Auxiliar da Empresa –Falido – Lei nº 11.101/05 Interesse Público. Diplomatas Estrangeiros Estrangeiro não Residente no País Pessoa Física – Débitos de INSS – Lei nº 8.212/91 Pessoa Física – Condenação Vedando Atividade Empresarial “Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas”. 3. A prática de atos isolados caracteriza o sujeito como empresário? Não, uma vez que é necessária que a atividadeempresarial seja realizada de forma contínua, a prática não contínuos ou esporádicos, não pode ser considerada como empresarial e nem quem o realiza como empresário. O Código Civil em seu artigo 966 dispõe os elementos característicos do empresário: “Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Igualmente, a prática habitual e organizada dos atos são necessários para o exercício da atividade econômica escolhida para conquista de lucros, ademais, a ausência de qualquer elemento descaracteriza o sujeito como empresário. 4. Sócios e acionistas podem ser considerados empresários? Os sócios e acionistas não podem ser considerados empresários. Conforme o art. 966 do Código Civil, empresário é quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. A ―atividade‖ citada no artigo refere-se à ―empresa, os sócios de uma sociedade empresária não são considerados empresários. A sociedade trata-se do empresário como pessoa jurídica já o acionista somente possui ações da empresa. http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera��o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal�ncia-lei-11101-05 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983686/lei-org�nica-da-seguridade-social-lei-8212-91 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 5. Pode-se dizer que o “camelô” exerce atividade empresarial? Sim, conforme descrito no artigo 966CC: “Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”. Como podemos ler no artigo, o camelô exerce atividade econômica para circulação de bens, portanto ele exerce atividade empresarial. Fontes Pesquisadas: Bibliografia Pesquisada: COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de Direito Comercial – Direito de Empresa. 24. Ed. São Paulo: Saraiva, 2012). TEORIA GERAL DA EMPRESA: Direito Empresarial: Teoria Geral Empresa: O que é Empresa / Qual a diferença entre Empresa e Empresário: Conheça o conceito e diferença entre os institutos. A terminologia ―EMPRESA‖ é utilizado no cotidiano como significação de realidades muito diversas. Não por outro motivo, invariavelmente se considera que ―o conceito jurídico de empresa é um ‗tormento da doutrina‘‖ (L. BRASSI). Compreendendo a Empresa, sem olvidar da sua importância e manifestação no cenário econômico, a melhor análise jurídica deste instituto a tem observado como uma abstração. É nesse sentido que bem observa o estudioso Dr. José Augusto Araújo Pereira, que considera a Empresa como ―o útero onde nascem os negócios‖. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Diz-se da Empresa uma abstração porque, ao contrário do que pensa o homem comum, o instituto não se resume a um lugar físico onde se realize a atividade comercial / empresária. De maneira diversa: Entende-se juridicamente Empresa “como sendo a atividade, cuja marca essencial é a obtenção de lucros com o oferecimento ao mercado de bens ou serviços, gerando estes mediante a organização dos fatores de produção [...]. Em termos técnicos, contudo, empresa é a atividade [...].‖ (FABIO ULHOA COELHO, in Curso de Direito Empresarial, p. 18 e 63, v. 1). Ora, adotando o que postulam os mestres, a Empresa como ―atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços‖ (WILGES BRUSCATO, in Manual de Direito Empresarial Brasileiro, p. 82), e sabendo de antemão que Empresário é “quem desenvolve atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços”(art. 966, CC), temos por conclusão lógica que empresa é a atividade típica do empresário. Diante disso, não se confunde Empresa com Empresário, e tampouco com o conceito de Sociedade. A Empresa compreende ―uma realidade muito mais ampla do que a sociedade, abrangendo todos os elementos, materiais e imateriais, jurídicos e metajurídicos, que o empresário deve organizar para o eficaz desenvolvimento de sua atividade‖ (FABIO TOKARS, in Primeiros Estudos de Direito Empresarial, p. 22). Conhecendo, pois, a Empresa como instituto jurídico autônomo, distinto dos conceitos de Empresário e Sociedade, somos capazes de observar a dinâmica das relações empresárias com maior clareza, revestindo cada instituto com a tutela jurídica adequada. Fontes Pesquisadas: Bibliografia Pesquisadas: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Site: https://guithibes.jusbrasil.com.br/artigos/311871680/o-que-e-empresa-qual-a-diferenca-entre-empresa-e-empresario TEORIA GERAL DA EMPRESA: Disciplina: Teoria Geral Empresa. Função social da empresa: A função social da empresa é importante princípio e vetor para o exercício da atividade econômica, tendo em vista que o seu sentido advém da articulação entre os diversos princípios da ordem econômica constitucional. Longe de ser mera norma interpretativa e integrativa, traduz-se igualmente em abstenções e mesmo em deveres positivos que orientam a atividade empresarial, de maneira a contemplar, além dos interesses dos sócios, os interesses dos diversos sujeitos envolvidos e afetados pelas empresas, como é o caso dos trabalhadores, dos consumidores, dos concorrentes, do poder público e da comunidade como um todo. Dessa maneira, a função social da empresa contém também uma essencial função sistematizadora do ordenamento jurídico, sendo adensada por intermédio de normas jurídicas que têm por objetivo compatibilizar os diversos interesses envolvidos na atividade econômica ao mesmo tempo em que se busca a preservação da empresa e da atividade lucrativa que assim a qualifica. 1. O Estado Social e a função social da empresa 2. A função social da empresa na Constituição de 1988 3. O alcance da função social da empresa 4. A dimensão ativa da função social da empresa 4.2. A reconfiguração dos destinatários dos deveres dos gestores 4.3. Alternativas para a implementação da dimensão ativa da função social da empresa 4.4. Síntese conclusiva: os desafios da operacionalização dos deveres oriundos da funçãosocial 5. A dimensão de limitação a exercício de direitos e liberdades 1. O Estado Social e a função social da empresa A função social da empresa e, antes disso, a noção de finalidade social dos direitos subjetivos são discussões que se inserem no contexto de crítica e superação do formalismo e individualismo exacerbados do Estado Liberal, quadro que possibilitou, a partir do final do século XIX e início do século XX, maior discussão acerca da intersubjetividade das relações jurídicas e da reaproximação do direito com a moral e a justiça. 1 Nesse sentido, tem-se que a alteração do paradigma do Estado Liberal – caracterizado pela fruição absoluta e egoística de direitos subjetivos e pelo receio de intervenção https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-1 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-1 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-1 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-2 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-2 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-2 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-3 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-3 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-3 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-4 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-4 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-4 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-5 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-5 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-6 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-6 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-6 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-7 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-7 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-7 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-8 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-8 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-8 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-9 https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa#anchor-titulo-index-9 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR estatal nas relações privadas – para o Estado Social ocorreu antes mesmo do advento das primeiras Constituições sociais do século XX, isto é, da Constituição mexicana de 1917 e da Constituição de Weimar, de 1919, 2 em razão da crescente superação da ideia de direitos subjetivos e liberdades como poderes absolutos, vistos sob uma perspectiva individualista e formalista. Foi nesse contexto que, no intuito de reparar falhas do sistema de livre mercado e de compensar desigualdades econômicas, surgiram diversas teorias favoráveis à intervenção do Estado na economia, de maneira a conciliar a liberdade de iniciativa e a propriedade privada, de um lado, e os interesses sociais, de outro. Nesse sentido, desempenhou fundamental importância o pensamento de Keynes, que forneceu modelo capaz de estabelecer correspondência global entre os imperativos de crescimento econômico e as demandas sociais no âmbito de um Estado econômica e socialmente ativo. 3 Antes que se discorra diretamente sobre a função social da empresa, é necessário pontuar que, tendo em vista a vinculação entre liberdade e propriedade, esta última posteriormente ainda foi desenvolvido pela sociologia e pela doutrina social da Igreja Catócupou posição central nas primeiras discussões sobre a função social dos direitos subjetivos. 4 Vale notar que os primeiros delineamentos sobre a função social da propriedade advêm do pensamento de Auguste Comte, 5 que procurou substituir o caráter pessoal e arbitrário da propriedade privada por finalidade orientada para o bem da sociedade, o que posteriormente ainda foi desenvolvido pela sociologia e pela doutrina social da Igreja Católica. 6 Certo é que, posteriormente, a ideia de função social projetou-se sobre outros direitos e inclusive sobre a liberdade de contratar, suscitando discussões sobre a boa-fé, o equilíbrio contratual e a justiça material. Assim, como decorrência necessária do reconhecimento da função social da propriedade e da função social do contrato, a função social da empresa foi ganhando relevância, na medida em que aumentava o reconhecimento da empresa como instituição fundamental não apenas no âmbito econômico, mas também nos âmbitos político e social. 7 Passo importante para a consolidação da função social da empresa foi o advento do Estado Social, que surge, de certa forma, para conciliar o capitalismo com o bem- estar social, 8 além de promover a superação da dicotomia entre direito público e direito privado, 9 para que sejam entendidos no âmbito de uma relação de recíproca complementaridade e dependência, de modo a realçar o compromisso dos direitos subjetivos privados em assegurar o bem-estar comum. 10 É importante observar que o reconhecimento da noção de função social não foi capaz de resolver, por si só, o problema do exercício de direitos subjetivos, na medida em que a fluidez do conceito ensejou as mais diversas interpretações sobre seu alcance, sobretudo no que toca à criação de deveres positivos, e não apenas a abstenções decorrentes dos direitos. 11 Acrescente-se, também, que o fato de a função social ter sido alçada a princípio jurídico ensejou grande discussão – persistente até os dias de hoje – sobre a possibilidade de os poderes e faculdades que caracterizam os direitos subjetivos coexistirem com deveres positivos em favor da coletividade. 12 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Não obstante, a função social da empresa, pelo menos como proposta, consolidou-se a partir do momento em que a função social da propriedade projetou seus efeitos sobre os bens de produção, que igualmente têm sua estrutura alterada para assumir compromissos e obrigações com empregados, consumidores e com a comunidade como um todo. 13 Assim, o patrimônio da empresa não pode estar comprometido tão somente com os interesses dos sócios, mas também com os interesses da coletividade. Contudo, a função social dos bens de produção compreende apenas uma parcela da função social da empresa, que diz respeito a realidade complexa que não se limita ao seu aspecto patrimonial. Vale observar que, em face da existência do poder de controle e de sua possível dissociação da propriedade, 14 a função socialda empresa precisou ampliar seu âmbito de incidência para abranger também o controle e a administração. Dessa maneira, o foco da função social deslocou-se da propriedade dos bens de produção para o poder de organização e controle. 15 A grande dificuldade do princípio da função social da empresa é justamente a de operacionalizar os deveres e responsabilidades advindos de tais modificações produzidas sobre a concepção clássica de direitos subjetivos. Não obstante, o estudo dos efeitos da função social da empresa sobre as relações privadas estabelecidas requer a harmonização de tal princípio com as demais normas orientadoras da ordem econômica constitucional de 1988, o que será explorado na seção a seguir. 2. A função social da empresa na Constituição de 1988. Dispõe o caput do art. 170 da Constituição Federal de 1988 que a ordem econômica está ―fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa‖ e ―tem por fim assegurar a todos uma existência digna, conforme os ditames da justiça social‖, para então elencar os princípios que conformam a ordem econômica constitucional: (i) a soberania nacional; (ii) a propriedade privada; (iii) a função social da propriedade; (iv) a livre concorrência; (v) a defesa do consumidor; (vi) a defesa do meio ambiente; (vii) a redução das desigualdades regionais e sociais; (viii) a busca do pleno emprego; e (ix) o tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte. A norma em questão, juntamente dos arts. 1º e 3º da Constituição, permite compreender a base sobre a qual se estrutura a ordem econômica brasileira, mostrando claramente que não existe oposição entre a liberdade de iniciativa e as responsabilidades inerentes à autonomia. Note-se que, como manifestação da autonomia, da emancipação do homem e do desenvolvimento da personalidade, a livre iniciativa recebe proteção FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR constitucional em todos os seus desdobramentos, seja na liberdade de investimento, na liberdade de organização ou na liberdade de contratação. 16 Importa ressaltar que o art. 170 traz diversos princípios que orientam e direcionam o exercício da livre iniciativa empresarial, a exemplo da livre concorrência, da proteção dos empregados, da defesa do consumidor e do meio ambiente, da redução das desigualdades e do tratamento diferenciado à empresa de pequeno porte. 17 A função social, nesse sentido, mantém relação com todos esses princípios, procurando destacar que o fim da empresa é o de proporcionar benefícios para todos os envolvidos diretamente com a atividade e, ainda, para a coletividade. Não é por outra razão que há considerável ação do legislador nos assuntos descritos pelo art. 170, com vistas a concretizar tais princípios em regulação jurídica específica. 18 É o que se verifica, por exemplo, nas normas de proteção da concorrência e de repressão estatal sobre atos praticados por detentores de poder econômico, que adensam o princípio da livre concorrência (CF, art. 170, IV), ao promover seu objetivo de garantir nível de competitividade que tanto possibilite a liberdade dos agentes econômicos que pretendam ingressar ou permanecer no mercado, quanto assegure aos consumidores menores preços advindos da liberdade de escolha e da difusão do conhecimento econômico. No mesmo sentido, o princípio da defesa do consumidor (CF, art. 170, V) concede proteção diferenciada aos destinatários finais de produtos e serviços, o que se concretiza por intermédio do Código de Defesa do Consumidor, aplicável a todas as atividades empresariais. No que diz respeito à proteção dos trabalhadores, consubstanciada pela busca ao pleno emprego (CF, art. 170, VIII) e pelos direitos fundamentais dos trabalhadores previstos pelo art. 7º da Constituição de 1988, a função social age no sentido de legitimar ou promover a implementação de mecanismos para a distribuição dos resultados da atividade empresarial e a viabilização de iniciativas de co-gestão. 19 Importa, ainda, destacar que a proteção ao meio ambiente (CF, art. 170, VI) mantém importante vinculação com a função social da empresa, na medida em que impõe à atividade empresarial vários deveres positivos em prol de tal objetivo, limitando em grande medida seu âmbito de atuação com vistas a preservar os recursos naturais e promover o desenvolvimento econômico sustentável. 20 A exposição dos exemplos acima serve para demonstrar que todos esses princípios da ordem econômica constitucional estão conectados à função social da empresa, uma vez que têm por objetivo ampliar os interesses que devem ser protegidos e atendidos por meio da atividade empresarial, 21 constituindo importantes parâmetros para o direito societário como um todo. É claro, contudo, que os princípios constantes do art. 170 da Constituição não esgotam o sentido da função social da empresa. Na verdade, o equilíbrio entre liberdade empresarial e o igual direito à liberdade do restante da sociedade suscita importantes questões concernentes à justiça social, que não pode ser reduzida a fórmulas fechadas e insensíveis ao processo democrático e ao contexto social em que é analisada. 22 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Por óbvio, a função social não tem por fim aniquilar liberdades e direitos dos empresários e tampouco de tornar a empresa mero instrumento para a consecução de fins sociais. A função social tem por objetivo, com efeito, reinserir a solidariedade social na atividade econômica sem desconsiderar a autonomia privada, fornecendo padrão mínimo de distribuição de riquezas e de redução das desigualdades. A proximidade da função social da empresa com a justiça social levanta importantes questões sobre sua amplitude e seu alcance e, ainda, sobre a possibilidade de se imputarem deveres positivos a empresários e gestores sem que sequer exista prévia identificação dessas obrigações pelo legislador. Por essa razão, é importante que se discuta de que maneira a função social altera a própria noção de interesse social da empresa e, assim, projetar seus efeitos sobre a atividade empresarial como um todo. 3. O alcance da função social da empresa A compreensão do âmbito de incidência da função social da empresa requer que sejam superadas discussões polarizadas e contaminadas de discursos maniqueístas ou excessivamente ideológicos, procurando articular maneiras efetivas de equilíbrio da dimensão funcional com a autonomia privada. Existe grande necessidade, nesse sentido, de adoção de visão integrada da empresa, a fim de se chegar a soluções coerentes, sistemáticas e que evitem uma excessiva funcionalização. É necessário pontuar que a função social da empresa é princípio que amplia e modifica o interesse social das sociedades empresárias e mesmo os objetivos da atividade empresarial. Com isso, tal princípio tem impacto direto sobre a compreensão do interesse social, que continua sendo questão fundamental do direito societário nos dias atuais. O interesse social ―é o parâmetro que conforma os fins e os meios pelos quais tal atividade deve ser exercida, diante dos valores ou objetivos maiores que justificam a existência da própria sociedade‖. 23 Dessa maneira, o interesse social é a baliza estrutural e valorativa da gestão das sociedades empresárias, estando seus desdobramentos filosóficos e técnico-operacionais em constante interpenetração. A noção de interesse social, contudo, foi elaborada de maneiras diversas ao longo dos tempos, destacando-se o embate entre concepções contratualistas e institucionalistas.A abordagem contratualista do interesse social, estruturada no século XIX, parte do pressuposto de que o interesse social corresponderia ao interesse dos próprios acionistas. 24 Com a derrocada do Estado Liberal, foram dados os primeiros passos para a construção de uma abordagem institucionalista do interesse social, a partir de perspectiva que considera as pessoas jurídicas como ―núcleos sociais autônomos destinados a atender finalidades socialmente úteis em torno das quais os indivíduos se unem e criam uma organização‖. 25 Uma das consequências da nova abordagem, que passou igualmente pela influência da função social da empresa, foi a de considerar que o interesse social deve abranger interesses outros que não apenas os dos acionistas e que ―a racionalidade empresarial precisa direcionar-se igualmente para o atendimento de padrões mínimos de justiça‖, 26 ainda que haja dúvidas sobre como compatibilizar os interesses contrapostos que se projetam sobre a sociedade. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Por essa razão, o debate entre contratualismo e institucionalismo ainda mantém relevância, ainda que sob nova roupagem. 27 É o que se verifica na oposição entre o modelo clássico (shareholder-oriented), direcionado à proteção dos interesses dos sócios, personagens centrais no regime de governança corporativa das empresas; e o modelo de proteção a stakeholders (stakeholder-oriented), alternativa por meio da qual serão também sujeitos relevantes no regime de governança corporativa todos aqueles que estejam de alguma maneira ligados à atividade em questão, sejam empregados, credores, consumidores, o poder público, entre outros. 28 É importante lembrar que, mesmo sob a ótica do contratualismo, as sociedades – e especialmente a sociedade anônima – são palcos naturais de conflitos. No direito anglo-saxão, em razão da grande disseminação do controle gerencial, 29 o principal conflito societário (agencyproblem) ocorre entre acionistas e administradores, enquanto que, nos países de tradição romano-germânica, o principal conflito ainda diz respeito à relação entre acionistas controladores e minoritários. O que ocorre em razão da função social da empresa é o aumento exponencial desses conflitos, que deixam de se referir apenas aos acionistas e aos gestores. Afinal, mesmo as versões mais moderadas do institucionalismo mostram que os interesses dos sócios, embora importantes, não são os únicos que merecem tutela, sendo igualmente dignos de proteção os interesses dos trabalhadores, dos consumidores, do poder público e da própria coletividade. para serem atendidos. 33 A correta compreensão do âmbito de incidência da função social da empresa requer que se considerem os diversos interesses que compõem o ―interesse social‖ e da preservação da empresa como parâmetros interpretativos das regras existentes sobre diversas disputas societárias. Há que se esclarecer igualmente que, muito embora a função social apresente grande amplitude, há formas de manifestação do poder empresarial no âmbito das quais a própria lei pode restringir seu âmbito de incidência. É o caso das empresas estatais, regidas pela Lei 13.303/2016, que delimitou o conceito de função social da empresa estatal de forma mais precisa, identificando-o com a realização do interesse coletivo ou o atendimento a imperativo de segurança nacional constantes da lei autorizadora (art. 27). 34 Por fim, não se pode esquecer que a incidência do princípio da função social da empresa encontra também importante problemática na recente mudança das formas de organização da atividade econômica, que paulatinamente deixa de se estruturar por estruturas hierárquicas para adotar outros formatos, a exemplo dos chamados contratos associativos e contratos híbridos. 35 Para alguns, como é o caso de Ronald Dore, 36 a realidade atual é marcada pela fragmentação ou desagregação da empresa, ou seja, pela substituição de um sistema de produção coordenado dentro de uma empresa verticalmente integrada por um sistema de produção coordenado entre um largo número de empresas que precisam encontrar arranjos contratuais que assegurem a estabilidade de suas relações. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Frente a tal quadro, a incidência da função social da empresa tão somente sobre o controle ou a administração se mostra insuficiente para tutelar as situações de materialização do poder empresarial de maneira a proteger os demais afetados por suas consequências. Além disso, passam a exercer papel importante na organização empresarial figuras como fundos de investimento e formas de ―controle‖ como a influência relevante produzida por práticas como o interlocking, 37 cuja estrutura sem dúvida enseja maiores reflexões sobre a necessidade de garantia da observância dos deveres advindos da função social da empresa. 4. A dimensão ativa da função social da empresa 4.1. Projeções da dimensão ativa sobre a distribuição dos recursos da empresa A função social, conforme construída pela doutrina italiana, não tem por finalidade apenas a anulação de condutas antissociais, mas também o direcionamento e orientação do exercício dos direitos para a realização do interesse público, sem comprometer o núcleo de individualidade a eles inerente. Segundo Pietro Perlingieri, 38 a função social não serve apenas à delimitação dos limites dos interesses e direitos subjetivos, mas também comporta uma dimensão ativa ou impulsiva. Apesar das diferenças encontradas na doutrina sobre o aspecto positivo ou impulsivo da função social, 39 a base comum de sentido que une as várias teorias sobre o assunto é a preocupação de que os direitos subjetivos possam e devam ser instrumentos de construção de uma sociedade mais justa e solidária, resgatando o compromisso destes com liberdade e a emancipação não apenas dos seus titulares, como também dos demais membros da sociedade. Entretanto, uma das discussões que subsiste diz respeito à necessidade da prévia intermediação legal para a concretização da dimensão ativa da função social, sob o fundamento de que seria mera norma programática, direcionada apenas ao legislador e não aos cidadãos. A prevalecer esta linha de raciocínio, o princípio não teria nenhuma eficácia prática como cláusula geral a orientar o exercício dos direitos subjetivos. 40 Tal questão diz respeito não apenas aos enunciados constitucionais relativos à função social, mas também a normas legais, como aquela prevista pelo art. 154 da Lei das S/A, segundo a qual ―[o] administrador deve exercer as atribuições que a lei e o estatuto lhe conferem para lograr os fins e no interesse da companhia, satisfeitas as exigências do bem público e da função social da empresa‖. Já se viu que a função social da empresa não se resume a norma programática, mas é princípio que vincula a atividade empresarial à realização da justiça social, de maneira a modificar a noção de interesse social para abarcar todos os sujeitos que, de alguma forma, sejam afetados pela atividade empresarial, interna ou externamente. Logo, resta saber a medida a dimensão ativa ou impulsiva da função social da empresa. Se a dimensão ativa da função social consiste justamente na criação de um plus ao princípio norteador da atividade econômica constante da Constituição de 1988, impondo obrigações destinadas a garantir que o patrimônio, os lucros e demais recursos da companhia sejam igualmente investidos para o atendimento dos demais interesses FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA:DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR que se projetam sobre a empresa, 41 uma questão fundamental é saber se o princípio impõe algum tipo de redistribuição direta dos recursos empresariais. A melhor compreensão é que políticas distributivas devam ser feitas por obrigações legais específicas e claras, sob pena de sujeitar os gestores das sociedades empresárias à tarefa complexa e praticamente inexequível, com muitos efeitos deletérios, dentre os quais: (i) o engessamento da atividade empresarial em razão da ampliação dos deveres passíveis de responsabilização; (ii) o aumento de custos de transação em razão da incerteza quanto à extensão dos deveres; (iii) o repasse dessas dificuldades para os custos finais; (iv) o aumento da discricionariedade dos administradores, enfraquecendo a prestação de contas; (v) a admissibilidade de amplo controle judicial sobre o mérito das decisões empresariais; 42 (vi) o risco de fuga de investimentos em razão da discricionariedade dos gestores. 43 É necessário, pois, que o ordenamento forneça regras que estabeleçam claramente as obrigações imputáveis aos gestores, não havendo que se falar em sua responsabilização pessoal em virtude do descumprimento de cláusulas gerais excessivamente amplas. Exemplos de regras dessa espécie são a regulamentação estatal do mercado de capitais; a adoção de estratégias de governança adequadas à natureza da atividade, como ocorre no regime da Lei das Estatais (Lei 13.303/2016); a introdução de soluções estruturais; a prevenção do conflito de interesses; a legitimação e estímulo da responsabilidade social voluntária, entre outros, como se mostrará a seguir. Dessa maneira, é forçoso concluir que a função social da empresa não tem o condão de obrigar que o patrimônio, os lucros e demais recursos da companhia sejam distribuídos diretamente para atender aos interesses que se projetam sobre a empresa, ainda mais quando a ação dos gestores já é naturalmente conformada pelas inúmeras exigências impostas, tais como as previstas nas leis protetivas dos consumidores, trabalhadores, meio ambiente, mercado de capitais, dentre outros. 44 Daí a dificuldade de se impor aos gestores uma redefinição dos seus deveres que os obrigue a realizar a distribuição dos recursos da companhia a partir de uma cláusula geral da função social da empresa sem nenhuma especificação. Por essa razão, o processo distributivo a ser sustentado pela imperatividade do princípio da função social da empresa requer a intermediação da lei ou a previsão de critérios mais consistentes, sob pena de imputar aos gestores tarefa inexequível, para a qual teriam poderes tão incontroláveis como arbitrários. 45 4.2. A reconfiguração dos destinatários dos deveres dos gestores Um dos principais efeitos da função social da empresa é o de reconfigurar os deveres gerais dos gestores e mesmo dos sócios minoritários, bem como de modificar os destinatários de suas atividades. Nesse sentido, tendo em vista a já comentada transformação produzida pela função social sobre o conceito de interesse social, ganha fundamental relevância o dever de agir no interesse da companhia. É claro que a atribuição de deveres decorrentes da função social não pode comprometer o conteúdo mínimo da autonomia e individualidade dos sócios, porém o dever de agir no interesse da companhia se fará presente quando este for convergente com sua posição de sócio, FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR isto é, com a comunhão dos acionistas em torno do objeto social; 46 e com o respeito aos demais interesses que se projetam sobre a empresa. 47 Dessa maneira, o compromisso dos acionistas com o interesse social se traduz nos deveres de cuidado e proteção que necessariamente deverão orientar o exercício do direito de voto, sobretudo no que diz respeito à tutela de valores constitucionalmente protegidos. Importa rememorar, portanto, que embora diversos interesses sejam merecedores de tutela, o interesse da empresa deve prevalecer sobre o de qualquer grupo envolvido. Por mais que tal dever se imponha a todos os sócios, a situação do controlador apresenta peculiaridade que agrava o grau de cuidado a ser observado em sua tomada de decisões: a necessária observância a acentuados deveres de diligência e lealdade, que aumentam consideravelmente o grau de cuidado no uso de seus direitos e prerrogativas, lembrando que o abuso de direito de voto muitas vezes se conecta com o abuso de poder de controle. 48 O dever de lealdade está fortemente conectado ao interesse social, constituindo- se como cláusula geral que permite a evolução do direito societário e sua adaptação a novos fatos e, também, como fonte de uma série de condutas vedadas que adensam a cláusula geral em regras de comportamento que têm por objetivo evitar a ação do controlador em detrimento do interesse da companhia. 49 É importante notar que a quebra dos deveres de lealdade nem sempre está associada a danos ao patrimônio social, mas a situações nas quais o gestor age com base em interesses próprios ou de terceiros, em detrimento do interesse da companhia. 50 É por essa razão que, em casos de violação ao dever de lealdade, o controlador tem a obrigação não apenas de ressarcir o dano, mas de devolver o benefício indevido. 51 Embora a companhia e os acionistas, especialmente os minoritários, sejam importantes destinatários do dever de lealdade, as reflexões propiciadas pelo institucionalismo e pela função social da empresa alargaram o rol de beneficiados. Em razão do princípio da função social da empresa, o espectro dos interesses a serem observados pelo dever de lealdade ganha considerável expansão não somente em relação aos administradores, mas também em relação aos controladores. Não é sem razão que o art. 116, § único da Lei das S/A, chega a mencionar os deveres que o controlador tem em relação à comunidade, cujos ―direitos e interesses devemlealmente respeitar e atender‖. 52 Os gestores também são submetidos ao dever de informação, na medida em que a tomada de decisões deve estar aparelhada com todas as informações postas à sua disposição, buscando aconselhamento próprio quando não estiverem munidos do conhecimento necessário para realizar determinada escolha. 53 Tal dever se caracteriza, ainda, pela necessidade de os gestores desconfiarem e certificarem-se da higidez das informações recebidas, com vistas a assegurar o cumprimento do interesse da companhia. 54 Sob essa perspectiva, o dever de informação deve projetar-se igualmente sobre as consequências da gestão sobre todos os interesses que compõem o interesse social. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Já o dever de diligência é caracterizado pela adoção como parâmetros de conduta os padrões de cuidado todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus negócios (Lei 6.404/1973, art. 153), razão pela qual se sustenta que tal dever é o primeiro aos quais os gestores estarão sujeitos. Trata-se de dever de grande fluidez que deve ser avaliado de forma casuística, considerando fatores como o tamanho da companhia, a natureza de suas atividades, a forma de estruturação da administração e o tempo e as circunstâncias em que a decisão foi tomada. 55 O dever em questão determina que controladores deverão agir apenas se detiverem as informações necessárias para tanto, o que dependerá da complexidade da questão envolvida e do tempo para a tomada da decisão. Dessa maneira, sustenta-se que o conteúdo mínimo do dever de diligência é o dever de agir informado.56 Nesse sentido, o significado do dever de diligência não se resume ao dever de agir informado, mas também apresenta importante aspecto organizacional, tendo em vista que faz parte de seu âmbito de aplicação o dever de estruturação da atividade empresarial segundo as regras cogentes aplicáveis às empresas como um todo ou ao setor da atividade explorada. Pode-se, a título de exemplo, mencionar a necessidade de organização da empresa em consonância com as legislações anticorrupção e antitruste, no âmbito das quais têm adquirido relevância os programas de compliance, 57 instrumentos capazes de demonstrar o cumprimento dessas regras por intermédio de mecanismos de vigilância, supervisão e investigação sobre as atividades da sociedade, viabilizando a intervenção adequada diante da identificação de problemas e ameaças. 58 O compliance, assim, constitui ferramenta capaz de apresentar o comprometimento da empresa com o cumprimento das normas legais e, assim, de conferir accountabilityà gestão empresária. Na mesma linha, o fortalecimento de boas práticas de governança corporativa igualmente contribui para a construção de gestão transparente e orientada pelos princípios reitores da atividade empresarial. 59 Não é por outra razão que o próprio mercado de capitais dispõe de listagens específicas para empresas que adotem determinadas práticas de governança corporativa, como é o caso do Novo Mercado e dos níveis de governança 1 e 2 da Bovespa. Embora a companhia continue sendo uma importante destinatária do dever de diligência, é certo que a função social da empresa tem como importante consequência a de ampliar os destinatários deste, incluindo, no seu espectro de proteção, outros direitos e interesses que não apenas os da companhia. 60 Nesse sentido, uma das tendências atuais do direito societário é precisamente a de reforçar o dever de diligência dos administradores em relação aos acionistas, empregados, investidores em títulos de companhias abertas, poder público e terceiros. 61 O principal efeito da ampliação subjetiva do dever de diligência é a de impor aos gestores das companhias que assumam a postura de árbitros de vários interesses, devendo sopesá-los com prudência, para tomar decisões equilibradas. 62 Apesar das dificuldades relacionadas à mediação dos conflitos provenientes da ampliação do rol de destinatários do dever de diligência, pode-se concluir que os poderes de controle e de administração sejam exercidos de maneira informada, FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR moderada e proporcional, a fim de não criar danos desnecessários, inadequados ou desarrazoados para os demais interesses que se projetam sobre a empresa. Desse modo, por mais que a gestão deva ser orientada para o lucro e para a manutenção da empresa, caberá aos administradores trilhar esse caminho de forma ponderada e não excessiva, diante dos demais interesses que devem ser resguardados, sendo possível inclusive o afastamento de ações vantajosas para a sociedade e os sócios sempre que trouxerem danos desproporcionais a outros grupos envolvidos. 63 Tais cláusulas gerais dedutíveis do princípio da função social da empresa constituem importantes vetores da gestão empresarial, servindo inclusive para a identificação da culpa no exercício do controle, de poderes administrativos ou mesmo de direitos de sócios minoritários. 64 Mesmo assim, apesar de apresentarem algum grau de densificação com relação aos princípios constitucionais incidentes, ainda carecem de concretização por deveres específicos a serem observados pelas empresas. 4.3. Alternativas para a implementação da dimensão ativa da função social da empresa Ainda resta discorrer sobre importantes alternativas idôneas para a implementação da função social da empresa, como é o caso das soluções organizativas. Excelente exemplo é o modelo de co-gestão, mediante o qual os interesses de stakeholders como os trabalhadores podem ser internalizados através da participação desses sujeitos nos órgãos administrativos. Precedente importante é o da Alemanha, cujo modelo de co-gestão foi implantado no intuito de resolver conflitos de interesses entre acionistas e empregados, partindo-se do pressuposto de que ambos convergiam para a manutenção duradoura e rentável da empresa. 65 Muito embora alguns autores defendam que o modelo de co-gestão foi iniciativa de sucesso local que não poderia ser expandido de forma eficiente para outros ordenamentos. 66 Ainda assim, a adoção de soluções estruturais é alternativa relevante de solução das controvérsias advindas de interesses externos à gestão, razão pela qual é possibilidade digna de reflexão. É também da função social da empresa e de seu efeito de expansão do interesse social que advém a legitimação da responsabilidade social voluntária, cuja possibilidade decorre não apenas do texto constitucional, mas também da própria Lei das S/A, que no § 4º de seu art. 154 dispõe que ―o conselho de administração ou a diretoria podem autorizar a prática de atos gratuitos razoáveis em benefício dos empregados ou da comunidade de que participe a empresa, tendo em vista suas responsabilidades sociais‖. A responsabilidade social diz respeito à integração voluntária de preocupações sociais à atividade empresarial, indo além das obrigações básicas previstas pela legislação – motivo pelo qual difere do compliance –, de sorte a conciliar o desenvolvimento social ao desenvolvimento das empresas.67 Na esteira da legitimação da responsabilidade social, pode-se indagar a respeito da compatibilidade de atos gratuitos com objetivos filantrópicos com relação à finalidade lucrativa da atividade empresarial. Partindo-se do pressuposto de que as empresas têm por objetivo precípuo o lucro, em que medida empreendimentos FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR filantrópicos estariam de acordo com o objeto social das empresas? Apesar de o ordenamento brasileiro franquear a responsabilidade social voluntária, pode-se cogitar de modelos empresariais cuja atividade social seja a própria atividade da empresa, atividade esta que serve concomitantemente à busca pelo lucro. Questões como essas ensejaram, em outros sistemas, a criação de modelos de organização empresarial especificamente destinados a conformar empreendimentos caracterizados por essa dupla missão, isto é, a busca pelo lucro atrelada ao desenvolvimento social. Trata-se das chamadas benefitcorporations, que no modelo norte-americano ampliam os deveres de transparência, cuidado, lealdade e boa-fé para que a persecução da finalidade social possa ser fiscalizada e que, como contrapartida, a empresa possa fruir de certas vantagens legais e mesmo do ganho em reputação oriundo de sua qualificação como empresa social. 68 4.4. Síntese conclusiva: os desafios da operacionalização dos deveres oriundos da função social Partindo-se das premissas acima expostas, segundo as quais a função social da empresa, consequência direta da articulação dos princípios da ordem econômica constitucional, tem o condão de ampliar o rol de destinatários da atividade empresarial, é forçoso reconhecer que de tal norma geral é possível deduzir normas imperativas a serem observadas pelos gestores. Certo é que, mesmo com a intermediação da lei, há diversos problemas relativos à criação dos deveres positivos a serem endereçados. Por essa razão, não se pode cogitar de um dever geral, de caráter redistributivo, em relação aos recursos e ao patrimônio da empresa. Em qualquer caso, o ideal é que a função social da empresa seja implementadapor meio de deveres claros e objetivos, e não cláusulas excessivamente abertas. Por conseguinte, também será necessário harmonizar as diversas hipóteses de ―aplicação‖ da função social – como se verá na seção destinada à dimensão hermenêutico- integrativa do princípio –, bem como os procedimentos para o cumprimento de tais imperativos. Há que se pensar igualmente em como o direito pode incentivar a realização da função social da empresa por meio de iniciativas como as soluções estruturais e a responsabilidade social voluntária. Por fim, é preciso que se verifique em que medida tais regras serão eficazes, de que maneira ocorrerá seu enforcemente quais serão seus impactos do ponto de vista econômico, tendo em vista que somente se pode cogitar de efetividade da função social da empresa se o princípio da preservação da empresa for também posto em evidência. Com isso, haverá espaço para a concretização do princípio na reconfiguração dos deveres de cuidado e proteção dos gestores, com vistas a incluir igualmente os shareholderscomo destinatários. 5. A dimensão de limitação a exercício de direitos e liberdades FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Além de projetar seus efeitos sobre a atividade empresarial para criar deveres positivos a serem observados por seus gestores, a função social da empresa apresenta também importante dimensão negativa ou passiva, direcionada à proibição do exercício de direitos subjetivos e liberdades que, por mais que estejam em aparente conformidade com o direito, sejam contrários às finalidades e princípios maiores do ordenamento jurídico. Por essa razão, a dimensão negativa da função social da empresa está intimamente relacionada à cláusula geral de vedação ao abuso de direito, 69 traduzindo- se em crítica ao formalismo e ao absolutismo da concepção liberal dos direitos subjetivos. 70 Como já se comentou, os princípios constitucionais que regem a livre iniciativa empresarial ampliam os deveres a que estão submetidos os gestores de empresas, de maneira que o desrespeito aos imperativos de tais normas de conduta terá por consequência a sua responsabilização pessoal. Diferentemente do que ocorre com a infração a deveres positivos, o abuso de direito possui a particularidade de decorrer de suposto assento em direito, 71 apesar de ser ato ilícito. 72 Por essa razão, os atos abusivos têm apuração mais difícil do que a do ato ilícito comum, mesmo porque requerem a análise dos limites a partir do qual o exercício de determinado direito deixa de ser legítimo. 73 Esses aspectos servem para demonstrar que deve haver equilíbrio entre a liberdade do titular do direito subjetivo e os direitos dos demais membros da sociedade, característica convergente com os ditames da função social da empresa e sua projeção sobre o conceito de interesse social. 74 Tendo em vista que os juízos de moderação, proporcionalidade ou equilíbrio para aferição do exercício abusivo de direitos pode conduzir a resultados equivocados em virtude de compreensão inadequada do que pode ser considerado exercício regular de direito subjetivo, a relação entre abuso de direito e função social da empresa se perfaz mediante a observância de critérios como a autonomia e a dignidade da pessoa humana. Esses critérios são capazes de orientar, de maneira mais coerente e segura, a verificação do exercício desproporcional de direitos ou liberdades, na medida em que propiciam juízo de comparação não entre diversos interesses ou direitos supostamente conflitantes, mas entre o igual direito dos membros da sociedade de serem livres e iguais. 75 Por conseguinte, embora não exista previsão constitucional explícita sobre a vedação ao abuso da livre iniciativa empresarial, a existência de cláusula geral nesse sentido é consequência do caráter deontológico e vinculante dos princípios previstos pelo art. 170 da Constituição de 1988. Sendo certo que as infrações à ordem econômica são justificadoras de punição (CF, art. 173, § 5º), com maior razão devem ser consideradas as condutas abusivas que causarem danos a terceiros para efeitos da responsabilidade civil tanto da companhia quanto, em certos casos, de seus dirigentes. 77 Como já se mencionou, a função social da empresa não tem por objetivo tolher o âmbito de atuação dos empresários por intermédio de normas extremamente abarcantes, mas sim de oferecer tratamento adequado à grande questão do direito societário: o correto equilíbrio entre poder e responsabilidade. Com isso, tem-se que os deveres FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR imputados aos gestores devem ser lidos à luz da Constituição e, assim, reconfigurados para corretamente endereçar a necessidade de consideração dos interesses dos diversos stakeholders. Nesse contexto, ganha importância a figura do abuso de direito dos gestores – tanto administradores quanto controladores, seja no exercício do poder de controle ou do direito de voto – tanto na modalidade dolosa, como na culposa, conforme já admitido pelo STJ, 78 e, ainda, a possibilidade de abuso por omissão nos casos em que houver dever jurídico de atuar. 79 Isso porque sobre a conduta dos gestores incide não apenas a função social da empresa, mas também a boa-fé objetiva, que da mesma maneira funciona como parâmetro para identificação do abuso de direito ao impor uma série de deveres especiais de proteção, de sorte que o abuso ocorrerá também sempre que houver omissão no cumprimento de tais deveres. 80 Além disso, vale notar que o abuso por omissão está muito mais vinculado à dimensão ativa da função social do que a modalidade comissiva, relacionada ao excesso no exercício de direito, cujo combate está mais associado à dimensão passiva da função social. Questão importante a ser esclarecida, ainda a respeito do espaço de atuação dos gestores das sociedades e da criação de deveres positivos, é a distinção entre o regime aplicável aos controladores e administradores, categorias aqui tratadas conjuntamente sob a denominação de ―gestores‖. Por mais que ambos devam agir no interesse da companhia, a função social da empresa e a aplicação de instrumentos como a responsabilização pessoal devem operar de maneira diversa, uma vez que, ao passo que os administradores exercem competência funcional – e, portanto, estão obrigados a votar –, controladores exercem direitos subjetivos ou situações jurídicas complexas, motivo pelo qual podem inclusive optar por não votar, até para o fim de renunciarem ao controle, já que tal posição pressupõe a efetividade do poder. 81 Dessa forma, é perfeitamente possível interpretar o § único do art. 116 da Lei das S/A, por exemplo, de forma ampliativa, de maneira coibir, também o abuso por omissão. Acrescente-se que, muito embora tais abusos geralmente ocorram no exercício de poderes ou direitos de controladores e administradores, é possível também que o abuso, aqui entendido como ação em desacordo com o interesse social ou com os deveres gerais impostos a todos os sócios, ocorra também por parte da minoria societária, também passível de responsabilização pessoal. 82 A dimensão de limitação do exercício de direitos e liberdades mantém também, como já se pontuou, importante relação com o princípio da boa-fé objetiva, na medida em que o exercício de direitos subjetivos ou competências administrativas na gestão empresarial deverá observar os limites qualitativos e quantitativos que tal princípio impõe, especialmente diante de interesses constitucionalmente protegidos. A boa-fé objetiva, na verdade, representa parâmetro de aferição(Marlon Tomazette) FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Legislação: CLT Consolidação das Leis do Trabalho ―Art. 966, caput, do CC. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.” Note que o Código Civil de 2002 não define empresa, mas sim empresário, de onde é extraído seu conceito legal. 1.3. Organograma das noções FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Bibliografia Pesquisada: Fonte Pesquisada: Site: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/direito-empresarial-carreiras-juridicas-nocoes-economica-juridica- e-legal-de-empresa/ Teoria Poliédrica da Empresa e como ela foi adotada no Brasil? - Andrea Russar Rachel O eminente professor Ricardo Negrão, ao tratar sobre os perfis da empresa, leciona que o conceito poliédrico desenvolvido por Alberto Asquini concebe quatro perfis à empresa, visualizando-a, como objeto de estudos, por quatro aspectos distintos, a saber: a) perfil ou aspecto subjetivo; b) perfil ou aspecto objetivo; c) perfil ou aspecto funcional; e d) perfil ou aspecto corporativo ou institucional. O aspecto subjetivo consiste no estudo da pessoa que exerce a empresa, ou seja, a pessoa natural (empresário individual) ou a pessoa jurídica (sociedade empresária) que exerce atividade empresarial. O aspecto objetivo foca-se nas coisas utilizadas pelo empresário individual ou sociedade empresária no exercício de sua atividade. São os bens corpóreos e incorpóreos que instrumentalizam a vida negocial. Em suma, consiste no estudo da teoria do estabelecimento empresarial. Já o aspecto funcional, refere-se à dinâmica empresarial, isto é, a atividade própria do empresário ou da sociedade empresária, em seu cotidiano negocial. Nesse aspecto, https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/direito-empresarial-carreiras-juridicas-nocoes-economica-juridica-e-legal-de-empresa/ https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/direito-empresarial-carreiras-juridicas-nocoes-economica-juridica-e-legal-de-empresa/ FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR empresa é entendida como exercício da atividade (complexo de atos que compõem a vida empresarial). Finalmente, o aspecto corporativo ou institucional estuda os colaboradores da empresa, empregados que, com o empresário, envidam esforços à consecução dos objetivos empresariais. Pelo fato do aspecto corporativo submeter-se às regras da legislação laboral no direito brasileiro, o professor Ricardo Negrão prossegue ministrando que Waldírio Bulgarelli prefere dizer que, no Brasil, a Teoria Poliédrica da Empresa foi reduzida à Teoria Triédrica da Empresa, abrangendo tão-somente os perfis subjetivo, objetivo e funcional, que interessam à legislação civil. Partindo desses elementos, Waldírio Bulgarelli define Empresa como atividade econômica organizada de produção e circulação de bens e serviços para o mercado, exercida pelo empresário, em caráter profissional, através de um complexo de bens. Fonte Pesquisada. Bibliográfia Pesquisada: Site: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1727882/em-que-consiste-a-teoria-poliedrica-da-empresa-e-como-ela-foi-adotada-no- brasil-andrea-russar-rachel TEORIA GERAL DA EMPRESA: Direito Empresarial: Teoria Geral Empresa: Quais os princípios que regem o Direito Empresarial: Direito Empresarial: Princípios Aplicáveis O direito empresarial é regulamentado por normas especiais para disciplinar o mercado econômico. Princípio da Autonomia Privada. Princípio da Função Social da Empresa. Princípio da Preservação da Empresa. Princípio da Boa-fé Objetiva. Princípio da Interdição da Concorrência Desleal. O Direito Empresarial e seus Princípios Constitucionais Introdução: FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Feita uma rápida pesquisa, constatamos não haver tratamento, por parte da doutrina privada ou ―comercialista‖ dos princípios constitucionais do direito empresarial (ou comercial, para aqueles que preferem esta denominação). Então traçaremos aqui breves comentários aos princípios que regem esse ramo do direito. O Super Princípio dos Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa O princípio fundamental esculpido no ar. 1º, IV, CRFB, nos dá um dos valores (super princípios) resguardados por nossa Carta Política, quais sejam, o trabalho e livre iniciativa. Ambos estão no mesmo inciso não é à toa, pois são indissociáveis num Estado Democrático de Direito. Indissociáveis porque o trabalho é uma atividade humana que, em regra, visa realizar a produção e circulação de bens e serviços, e a livre iniciativa é o que legitima o direito à liberdade de organizar uma atividade econômica (claro, cumpridos os requisitos legais). A ordem econômica e financeira e os princípios gerais da atividade econômica A CRFB trouxe, como um de seus títulos, a ordem econômica e financeira, verdadeiro direito humano (ou fundamental) a uma ordem econômica justa e razoável, que obedeça a critérios de ordem pública, sujeitando-se os atores da atividade econômica nacional às regras e princípios legais e constitucionais. O primeiro dos capítulos desse título versa sobre os princípios gerais da atividade econômica, ou seja, dá ao intérprete a noção de que o disposto ali é um conjunto de princípios, que devem ser aplicados pelos juízes e orientadores de interpretação da norma e da própria CRFB. O art. 170, caput Nota-se que esse artigo traz valiosas noções ao direito: diz que a ordem econômica tem como fundamento o trabalho humano e a livre iniciativa, o que nos remete ao super princípio do art. 1º, IV, CRFB, e diz também que a finalidade do trabalho humano e da livre iniciativa é assegurar a todos uma existência digna (que traz íntima ligação com o super princípio da dignidade da pessoa humana, escrito no art. 1º, III, CRFB). Sendo assim, se não se está assegurando uma existência digna, o Estado deve promover políticas que visem trazer um existência digna. Um condicionador que existe no texto é que essa existência deve ser conforme os ditames da justiça social, o que nos traz a idéia de que o Estado deve usar a justiça social como parâmetro de atuação sobre a ordem econômica. A lei (Legislativo), o ato administrativo (Executivo) e a sentença (Judiciário) devem se pautar pela justiça social (que é um valor subjetivo) ao tratarem da ordem econômica. Os princípios específicos da ordem econômica vemos adiante. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR O inciso I: o princípio da soberania nacional Esse princípio não é o mesmo que aquele valor explicitado no art. 1º, I, CRFB. Trata-se aqui de particularidade específica da soberania do Estado. Devemos entender aqui que a soberania é o poder que o Estado tem, através de seus instrumentos (lei, ato administrativo e sentença), de fazer valer sua vontade e comandar a ordem econômica, naquilo que for essencial. Essa intervenção estatal na ordem econômica não é nova, pois até a tutela processual penal já fazia referência a ela em 1941, poisdo abuso de direito, uma vez que serve para delinear o alcance das liberdades dos gestores no que diz respeito às relações com terceiros interessados na atividade empresarial em questão. Assim, o princípio da boa-fé – para além de produzir deveres positivos e de realçar o dever de cuidado – impõe que as decisões sejam tomadas por intermédio de procedimento razoável e bem informado. 83 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Essa dimensão negativa da função social da empresa igualmente não se resume a enunciados normativos gerais, mas encontra densificação em diversas regras que têm por objetivo a limitação do exercício dos direitos e liberdades empresariais em prol do atendimento do interesse social. Exemplos disso são visualizados no âmbito da Lei de Recuperação de Empresas e Falências (Lei 11.101/2005), que apresenta uma série de dispositivos destinados a limitar atos de gestão em prol da proteção dos credores (arts. 129 e seguintes.) e, ainda, disposições especiais acerca da proteção de detentores de créditos oriundos da legislação trabalhista (arts. 54; 83, I; etc.). No mesmo sentido, pode-se citar o já mencionado abuso de direito de voto, consequência lógica do princípio maior da vedação ao abuso de direito. Tal hipótese é regulada, ao menos para as sociedades por ações, pelo art. 115 da Lei das S/A, segundo o qual ―considerar-se-á abusivo o voto exercido com o fim de causar dano à companhia ou a outros acionistas, ou de obter, para si ou para outrem, vantagem a que não faz jus e de que resulte, ou possa resultar, prejuízo para a companhia ou para outros acionistas‖. Desse modo, tem-se novamente por consequência do exercício abusivo do direito de voto a responsabilização pessoal do acionista, ainda que o voto não tenha prevalecido, já que mesmo esta hipótese é capaz de causar danos à companhia. Por óbvio, em razão da importância da função conferida pelo Direito Societário aos controladores, seu voto abusivo ou mesmo o abuso do poder de controle devem ser combatidos, com vistas a compatibilizar adequadamente poder e responsabilidade. 84 Importa notar que o voto emulativo, isto é, aquele proferido com o fim de causar dano à companhia ou a outros acionistas, não é a única hipótese de voto abusivo descrita pela Lei das S/A. O referido diploma também prevê a abusividade do voto que traz vantagens indevidas para acionistas ou terceiros em detrimento da companhia ou demais acionistas. Trata-se de voto proferido em conflito de interesses, que consiste na violação do dever maior de agir no interesse da companhia. A proibição do conflito de interesses é consequência direta do dever de agir no interesse a companhia, pois o primeiro ocorre precisamente quando o interesse da companhia é preterido diante de outros interesses. 85 Não se pode esquecer, também, que o poder de gestão é condicionado pela incidência não apenas do § único do art. 116 da Lei das S/A, mas também da cláusula geral de vedação ao abuso de poder de controle constante do caput do art. 117 mesmo diploma e da enumeração exemplificativa de condutas vedadas que se lê no § 1º do art. 117. Com isso, além de enumerar as condutas mais comumente associadas ao abuso de poder de controle, a lei societária contém princípio geral que proíbe o controlador de utilizar-se indevidamente do seu poder, como já se comentou na seção anterior. 86 Por fim, a limitação aos direitos e liberdades produzida pela incidência da função social da empresa não pode se estender de tal maneira a controlar o resultado das decisões negociais das companhias. As obrigações relacionadas aos deveres e vedações aplicáveis à gestão empresarial são de meio, mas jamais de fim. Tal constatação é assegurada por intermédio da aplicação da businessjudgementrule, que consiste na presunção de que a tomada de decisões dos gestores parte de base informada em boa-fé FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR e de que a ação foi tomada no melhor interesse da companhia e, ainda, na ideia de que o mérito das decisões dos administradores não é suscetível de alteração judicial, salvo se incorrerem em alguma das vedações legais supramencionadas (fraude, conflito de interesses, ilegalidade, entre outros). 87 Fontes Pesquisadas: Bibliografia Pesquisadas: https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/222/edicao-1/funcao-social-da-empresa ABREU, Jorge Manuel Coutinho. Deveres de cuidado e de lealdade dos administradores e interesse social. Reformas do Código das Sociedades. Jorge Manuel Coutinho Abreu et al. Coimbra: Almedina, 2007. ADAMEK, Marcelo Vieira von. Abuso de minoria em direito societário: abuso das posições subjetivas minoritárias. Tese de Doutorado em Direito Comercial. São Paulo: Faculdade de Direito; Universidade de São Paulo, 2010. ALMEIDA, Marcus Elidius Michelli. Abuso do direito e concorrência desleal. São Paulo: Quartier Latin, 2004. AMERICANO, Jorge. Do abuso de direito no exercício da demanda. São Paulo: Casa Varnoden, 1932. ARON, Raymon. As etapas do pensamento sociológico. Trad. por Sérgio Bath. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002. ATIENZA, Manuel; MANERO, Juan Ruiz. Ilícitos atípicos.Sobre el abuso delderecho, el fraude de ley y ladesviación de poder. Madri: Trotta, 2006. BARASSI, Ludovico. La proprietánelnuovocodicecivile. 2. ed. Milão: Giuffré, 1943. BERLE, Adolf A.; MEANS, Gardiner C. The moderncorporation&privateproperty. Newsbruck; Londres: TransactionPublishers, 2005. BERNAL, Martin. El abuso delderecho. Madri: Montecorvo, 1982. CARVALHOSA, Modesto. Comentários à lei das sociedades anônimas. São Paulo: Saraiva, 2003. CASTAN TOBEÑAS, Jose. La Idea de Justicia Social. Madri: Servicio de Publicaciones de la Secretaria General Técnica delMinisterio de Justicia, 1966. CLARK, Robert Charles. Corporate Law. New York: Aspen Law & Business, 1986. CUNHA DE SÁ, Fernando Augusto. Abuso do direito. Coimbra: Almedina, 1997. CUNHA, Rodrigo Ferraz Pimenta da. Estrutura de interesses nas sociedades anônimas. Hierarquia e conflitos. São Paulo: Quartier Latin, 2007. DANTAS, San Tiago. O conflito de vizinhança e sua composição. Rio de Janeiro: Forense, 1972. DORE, Ronald. Goodwillandmarketcapitalism. Firms, organizationsandcontracts. Peter Buckley e Jonathan Michie. New York: Oxford University, 1999. DUARTE, Teófilo de Castro. O abuso do direito e as deliberações sociais. 2. ed. Coimbra: Coimbra, 1955. DURKHEIM, Emile. Coleção grandes cientistas sociais. José Albertino Rodrigues (org.). São Paulo: Ática, 2001. FORGIONI, Paula. Teoria geral dos contratos empresariais. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011. FRAZÃO, Ana. Direito da concorrência: pressupostos e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2017. __________________. Regime societário das empresas públicas e sociedades de economia mista. Estatuto jurídico das empresas estatais: Lei 13.303, de 30.06.2016., Ricardo Martins; Augusto Neves Dal Pozzo. São Paulo: Contracorrente, 2017. __________________. Dever de diligência: novas perspectivas em face de programas de compliance e de atingimento de metas. Jota. Disponível em . Acesso em 15.02.2017. __________________. A morte de sócio e o problema da sucessão das participações societárias. Revista direito empresarial, nº 3, v. 12. Curitiba, 2015. __________________. Função social da empresa: repercussões sobre a responsabilidade civil de controladores e administradores de S/As. Rio de Janeiro: Renovar 2011. FRAZÃO, Ana; PRATA DE CARVALHO, Ângelo Gamba. Responsabilidade social empresarial. Constituição, Empresae Mercado. Ana Frazão (org.). Brasília: FD/UnB, 2017. GALGANO, Francesco. Il dirittoprivatofra Codice e Constituzione. Bologna: Nicola Zanichelli, 1999. GOMES, Orlando. Direitos reais. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1990. HABERMAS, Jürgen. Facticidad y validez. Trad. por Manuel Jiménez Redondo. Madri: Trota, 2001. HALF, Ek von; HOYENBERG, Philipp von. Aktiengesellschaften. München: DTV, 2006. HANSMANN, Henry; KRAAKMAN, Reinier. The endofhistory for corporatelaw. The Harvard Center for Law, Economicsand Business. Discussionpaper nº 280, Cambridge: Harvard, 2000. HERTIG, Gerard; KANDA, Hideki. Relatedpartiestransactions. The anatomyofcorporatelaw. A comparativeandfunctional approach. Reinier Kraakman (org.). New York: Oxford University, 2004. SILVA, José Afonso. Curso de direito constitucional positivo. 39. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. STUCKE, Maurice E. In searchofeffectiveethics& compliance programs. Journalofcorporationlaw, nº 769, v. 39. Iowa City, 2013. TEORIA GERAL DA EMPRESA: Direito Empresarial: Teoria Geral Empresa. Teoria Geral Empresa: Capacidade Jurídica para o exercício da atividade empresarial 1. Conceitos e características: FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR O conceito de atividade empresarial pode ser identificado no artigo 966 do Código Civil. Segundo a teoria da empresa, ―considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços‖. O empresário pode ser pessoa física (empresário individual) ou jurídica (sociedade empresária); em ambos os casos, são requisitos ou características: profissional: o empresário deve exercer sua atividade de forma habitual, não esporádica; atividade: o empresário exerce uma atividade, que é a própria empresa; econômica: a busca do lucro na exploração da empresa; organizada: segundo o professor Fábio Ulhoa Coelho, os fatores presentes na empresa são: o capital, a mão de obra, os insumos e a tecnologia; produção: a fabricação de mercadorias ou a prestação de serviços; circulação: a intermediação de mercadorias ou de serviços. 2. Capacidade civil para ser empresário: maiores de 18 anos, no gozo de seus direitos civis; maiores de 16 e menores de 18 anos, desde que emancipados e não legalmente impedidos. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. Nesses casos, o incapaz será autorizado pelo juiz. Se, contudo, o representante ou assistente forem pessoas legalmente impedidas, será nomeado um gerente com a aprovação do juiz, sem prejuízo da responsabilidade do representante ou do assistente. Ademais, o uso da firma caberá, conforme o caso, ao gerente ou ao representante do incapaz, ou a este, quando puder ser autorizado. Destaque-se que, tanto a emancipação, quanto a autorização deverão ser averbadas no Registro do Comércio, ou seja, na Junta Comercial. 3. Sócio Incapaz: O Registro Público de Empresas Mercantis, a cargo das Juntas Comerciais, deverá registrar os contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que (CC, Art. 974, § 3o): I – o sócio incapaz não exerça cargo de administração da sociedade; II – o capital social esteja inteiramente integralizado; III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz, representado. 4. Não podem ser empresários (impedimento por leis específicas) Algumas pessoas, embora tenham plena capacidade civil, não podem atuar como empresários ou administradores de sociedades empresárias, por estarem legalmente proibidos de empreender, independente da área de atuação pretendida. Neste contexto, FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR estão proibidos de atuar como empresários ou administradores de sociedades empresárias: militares da ativa das três Forças Armadas e das Polícias Militares; funcionários públicos civis (União, Estados, Territórios e Municípios); magistrados; médicos, para o exercício simultâneo da medicina e farmácia, drogaria ou laboratório; estrangeiros não residentes no país; cônsules, salvo os não remunerados; corretores e leiloeiros; falidos, enquanto não reabilitados. Essa impossibilidade, entretanto, não alcança a mera participação dessas pessoas como acionistas, sócios ou quotistas de sociedade empresária na condição de investidor, que terá direito de receber lucros e dividendos, além dos demais direitos essenciais de sócios. Já em relação ao Código Civil, não podem ser administradores de empresas na condição de sócio ou não sócio, enquanto perdurarem os efeitos da condenação, além das pessoas impedidas por lei especial (Código Civil artigo 1.011, § 1º): os condenados à pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade. 5. Sociedade entre cônjuges e terceiros: No âmbito da capacidade de cada cônjuge, individualmente ou conjuntamente, o Código Civil faculta aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens ou no da separação obrigatória (Código Civil, art. 977). Assim, pessoas casadas sob o regime da comunhão parcial de bens podem ser sócias entre si, com ou sem a presença de terceiros na sociedade, pois estão fora dos impedimentos. Por fim, podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. Por outro lado, a pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas, não havendo limitação desta responsabilidade, nem o benefício de ordem quanto a eventuais execuções dos bens da empresa, podendo alcançar diretamente os bens pessoais. Fontes Pesquisadas: Bibliografia Pesquisadas: www.josecarlosfortes.com.br/blog/capacidade-juridica-para-o-exercicio-da-atividade-empresarial/ FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR TEORIA GERAL DA EMPRESA: Direito Empresarial: Teoria Geral Empresa. FORMALIZAÇÃO DA EMPRESA EMPRESÁRIO INDIVIDUAL. 1.Quais as principais características do Empresário Individual? A empresa constituída por uma única pessoa, na qual o empresário exerce em nome próprio uma atividade empresarial recebe a denominação de Empresário Individual – EI. Ao se formalizar como Empresário Individual e cumprir com as obrigações tributárias e trabalhistas, o empreendedor tem direito aos benefícios da previdência privada e seguridade social. A empresa poderá ser aberta com qualquer capital, visto que a lei não estabelece um capital social mínimo para abertura. Assim como o Microempreendedor Individual – MEI, neste tipo de estrutura jurídica, o empreendedor atua sem a separação de bens da pessoa física e jurídica e responde de forma ilimitada pelos compromissos financeiros da empresa. O Empresário Individual poderá ser enquadrado como Microempresa (ME) se o seu faturamento for de até R$ 400 mil anuais. Caso o FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEISDISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR faturamento seja de R$ 400 mil até R$ 4,8 milhões por ano, poderá optar pela estrutura de uma Empresa de Pequeno Porte (EPP). 2.Pesquise o nome e a localização antes de abrir a sua empresa: Quando abrir a sua empresa, faça uma pesquisa prévia do nome empresarial e viabilidade do endereço pretendido junto à prefeitura municipal e demais órgãos. Informe-se sobre quais as licenças necessárias para a concessão do Alvará de Funcionamento. O Alvará é um documento concedido pela prefeitura que autoriza o funcionamento de uma empresa dos segmentos da indústria, comércio e serviços, conforme o local e a atividade. 3.Conheça os tipos de tributação para Empresa Individual: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real são as três possibilidades de regime tributário para um empreendimento no Brasil. Ao optar pela formalização como Empresário Individual, deve se fazer uma análise dos valores de faturamento, quantidade de funcionários e porte do empreendimento antes de optar por um tipo de regime. Simples Nacional é um regime tributário simplificado que favorece as Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP). Este é o tipo de tributação mais indicado para o empreendedor individual com receita acima de R$ 60 mil anuais, mas que não ultrapassa R$ 3,6 milhões. Para empresas com faturamento superior a R$ 4,8 milhões, a opção pode ser o Lucro Presumido. A alíquota presumida varia de acordo com a atividade econômica da empresa, sendo de 8% para atividades comercias e de 32% para prestação de serviços. O Lucro Real é o regime obrigatório para empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões e empresas com atividades voltadas para o setor financeiro. O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL: Poderá ser enquadrado como Microempresa (ME) se o seu faturamento for de até R$ 400 mil anuais. Caso o faturamento seja de R$ 400 mil até R$ 4,8 milhões por ano, poderá optar pela estrutura de uma Empresa de Pequeno Porte (EPP). FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 4.Tributos instituídos por lei que o Empresário Individual está sujeito a pagar, conforme suas atividades: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) Contribuição Social sobre o Faturamento das Empresas (COFINS) Imposto sobre Importações (II) Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) Imposto Sobre Serviços (de qualquer natureza) (ISS) Contribuições Previdenciárias INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) 5.Etapas para a abertura da sua Empresa Individual: 1. Faça a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, juntamente com o arquivamento do requerimento de empresário. Se o sistema da sua cidade ou estado não for integrado, faça primeiro o registro na Junta Comercial e depois efetue a inscrição do CNPJ; 2. Se a empresa atuar no segmento industrial ou comercial, realize o cadastro na Secretaria Estadual da Fazenda como contribuinte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) 3. Se a empresa for prestadora de serviços, providencie a inscrição nas Secretarias Municipais de Finanças ou da Fazenda. O registro municipal, para as empresas que trabalham com prestação de serviços, geralmente sai automaticamente após o registro na Junta Comercial, mas é necessário ver as regras do seu município. 4. Concluídos os registros e inscrições fiscais e atendidas as exigências de licenciamento do funcionamento, solicite à prefeitura a emissão do alvará de funcionamento. A empresa está apta a dar início as suas atividades quando estiver de posse do alvará de funcionamento. 5. Faça o cadastro na Previdência Social (mesmo se a empresa não tiver funcionários). O empresário deve ir à Agência da Previdência da sua cidade ou região para cadastrar a sua empresa. O prazo para cadastramento é de 30 dias após a abertura da empresa. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 6. O empresário também deverá providenciar a emissão das Notas fiscais. Se a empresa atuar no setor de atividades industriais e/ou comércio, deve ir à Secretaria de Estado da Fazenda. Se a empresa for uma prestadora de serviços deve ir à Secretaria da Fazenda Municipal. 6. Documentos necessários para a abertura da empresa: – Documentos pessoais, como RG, CPF, Título de Eleitor e Certificado de Reservista (em caso de homens). – Requerimento Padrão. – Ficha de Cadastro Nacional, que será feito na Junta Comercial. P.S – Assim que a empresa estiver registrada, o empresário receberá o Número de Identificação do Registro de Empresa (NIRE). Com o NIRE em mãos, poderá fazer o registro do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Essa etapa poderá ser feita online pelo site da Receita Federal. 7.Escolha a Razão Social e o nome fantasia: O nome empresarial que constará no Requerimento de Empresário deverá estar de acordo com a Instrução Normativa DNRC Nº 116/2011. A denominação empresarial adotada pelo Empresário Individual deverá ser composta pelo nome civil do proprietário, que poderá ser completo ou abreviado. Na denominação não poderá ser excluído qualquer um dos componentes do nome, sendo permitido abreviar todos os nomes, exceto o último sobrenome. Também é permitido acrescentar o gênero do negócio. O nome fantasia ou nome comercial é aquele pelo qual a empresa será conhecida pelo público, ou seja, o nome da marca da empresa. Para ter exclusividade no uso do nome da empresa deve se efetuar o registro de marca no INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Antes de solicitar o registro, é preciso pesquisar para saber se já não existe uma marca formalizada com o mesmo nome. O registro oferece a garantia de exclusividade da marca por 10 anos. Após este período, é preciso fazer a renovação. Os custos básicos para abrir a sua empresa: FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR DARE: Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais; DARF: Documento de Arrecadação de Receitas Federais; Junta Comercial: que é a taxa destinada ao registro público da empresa; Certificado Digital: que é exigido dos negócios que emitem nota fiscal eletrônica para confirmar a sua autenticidade. P.S – Essas taxas são obrigatórias e o custo é aproximadamente de 500 reais. Essas são as formalidades para se tornar um Empresário Individual, você pode planejar a abertura de seu negócio com muito mais segurança seguindo as regras supracitadas. Para criar e gerenciar a sua empresa. Fonte Pesquisas: Bibliografia Pesquisada: Site: https://www.juridoc.com.br/blog/abrir-uma-empresa/5249-etapas-abrir-empresa-individual/ TEORIA GERAL DA EMPRESA: Direito Empresarial: Teoria Geral Empresa. Impedimentos de ser empresário: Introdução O Direito Empresarial nos remete à Antiguidade, tendo como exemplo grandes comerciantes os fenícios nos séculos X e IX a. C. "... A Fenícia vivia em absoluto estado de esplendor graças ao intenso comércio e a dedicação às navegações marítimas, que legaram a sua gente uma sólida reputação nesse campo. Com muita habilidade e coragem ímpar, os fenícios ousaram singrar oceanos a bordo de embarcações bem construídas. Fundaram colônias no Norte da África, dentre as quais Cartago se evidencia..." (PALMA, 2011: 18) Muitas foram as contribuições da Grécia (regras costumeiras), de Roma (escrituraçãodoméstica), Babilônia (Código Hamurabi), tendo o Direito antes comercial passado por https://www.juridoc.com.br/blog/abrir-uma-empresa/5249-etapas-abrir-empresa-individual/ FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR diversas fases, como Evolutiva, Mercado de Trocas, Subjetiva Moderna, pois a humanidade sempre precisou de regras e normas para viver em sociedade. Com o passar dos anos o Direito Empresarial vem se evoluindo com as novas mudanças ocorridos no comércio e na sociedade, que cada vez mais Com a adoção da Teoria da Empresa, grandemente desenvolvida pelo italiano Alberto Asquini, o Brasil optou por introduzir o sistema italiano para a caracterização dos atos empresariais, e em 2002 com o advento do Novo Código Civil, o Direito empresarial passa ter sua regras inseridas dentro do próprio Código Civil, Livro II, Direito de Empresa, artigos 966 à 1.195, mostrando o que caracteriza e os requisitos para ser considerados empresário, como bem trata o artigo 966, que só pode ser considerado empresário quem exerce atividade econômica organizada para a produção de bens e serviços, e só pode exercer tal atividade que estiver em pleno gozo da capacidade civil e não for legalmente impedidos, art. 972. Nos últimos anos é muito comum vermos grandes operações da polícia no intuito de que grandes empresários sejam presos pela pratica de crimes empresariais, como sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, evasão de divisas. Neste trabalho abordaremos como temas principais os impedimentos e crimes empresariais. Sendo que a primeira parte tratará dos impedimentos relacionados aos empresários, e a segunda parte trará grande parte dos crimes empresariais e suas penalidades. 1 IMPEDIMENTOS DE SER EMPRESÁRIO “Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.” (Constituição Federal /88) Estabelecidos em lei, existem os impedidos, os proibidos legalmente de exercer atividade empresarial, como dita o Código Civil. “Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.” (Código Civil) No Código Comercial havia em entre seus artigos, o art. 2º que especificava os que estavam impedidos de ser empresários por serem funcionários públicos e hoje, veda-se ainda, impedindo senadores e deputados, presidentes, por exemplo, sendo que para alguns não se trata de total vedação. É vedado também aos cônsules, nos seus distritos, exceto os não remunerados, de acordo com o decreto nº 3.259 de 1889, os militares ativos das três armas, vide Estatuto e Código Militar, aos Magistrados pela Lei Orgânica da Magistratura, aos membro do Ministério Público, Lei Orgânica do Ministério Público, aos leiloeiros no decreto nº 21.981 de 1932 e aos médicos para o exercício em conjunto com o ramo farmacêutico pelo decreto nº 20.377 de 1931. Nos dias atuais, os impedimentos não entram mais em questões comerciais e sim, relacionados ao Direito Administrativo (ROCHA FILHO, 2004). http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10655329/artigo-1195-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10674485/artigo-972-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91562/c�digo-comercial-lei-556-50 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103250/decreto-21981-32 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Abaixo segue relação de alguns casos específicos dos impedidos de ser empresários e dentro dos tópicos, está relacionando e referindo a outros desse mesmo rol. 1.1 Servidores públicos civis federais, (Lei n.º 8.112/90, art. 117, inciso X), estaduais e municipais Este, deve ser atento a sua profissão, como menciona ROCHA FILHO, pag. 141: “É a necessidade de não se distrair dos deveres de seu cargo, a conveniência de manter o prestígio e a dignidade de certas autoridades – que uma declaração de falência, por exemplo, poderia comprometer seriamente – e os perigos do abuso e do monopólio que orientam, em suma, a incompatibilidade.” A lei nº 8.112 de Dezembro de 1990 dispõe sobre os servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. O artigo 117, inciso X que se refere a esta questão. Com observação no parágrafo único que em alguns casos não se aplica os impedimentos dos servidores públicos. “Art. 117. Ao servidor é proibido: X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses.” [1] Os servidores públicos como o Presidente da República, Governadores, Ministros, Prefeitos e os que ocupam cargos comissionados são impedidos totalmente de exercer atividade empresarial, sendo um dos motivos, o já mencionado e por ter prazo estabelecido como o mandato. Aos Senadores, Deputados em geral e Vereadores, há impedimento parcial, quando “a empresa goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada”. (Constituição Federal de 1988, art. 54, inciso II, letra a). A estes últimos, poderão ser empresários concomitantemente com o desempenho da função legislativa, atendendo os requisitos do artigo 55 da Constituição Federal que terá como conseqüência, perda de mandato quando violada a proibição. Assim, sendo decidido pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal. (REQUIÃO, 2013) A proibição referente ao Presidente da República compreende também os funcionários públicos, de acordo com cada estatuto; os militares da ativa das três Armas; os corretores, os médicos, os leiloeiros, os magistrados e aos cônsules. (REQUIÃO, 2013) 1.2 Falidos não reabilitados De acordo com a Lei nº 11.101, de 9 de Fevereiro de 2005 regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Os falidos não reabilitados, pelo fato de não terem recuperação judicial ou extrajudicial, sendo a perda seus bens e até a administração deles, são considerados parte da massa falida. E por esse http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97937/regime-jur�dico-dos-servidores-publicos-civis-da-uni�o-lei-8112-90 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm#art117p. http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633997/artigo-54-da-constitui��o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10703174/inciso-ii-do-artigo-54-da-constitui��o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10703130/alinea-a-do-inciso-ii-do-artigo-54-da-constitui��o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633862/artigo-55-da-constitui��o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera��o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal�ncia-lei-11101-05 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR motivo, não poderão exercer a atividade empresarial até sua reabilitação que é decretada pelo juiz. Caso essa falência seja por condenação de fraude ou ainda respondendo por crime falimentar, como está disposto no art. 138 e no art. 197 dessa mesma Lei com o Decreto Lei nº 7.661, não bastará à declaração de extinção das obrigações para se tornar reabilitado, necessita após decurso do prazo legal a reabilitação penal (COELHO, 1959). “Art. 197. A reabilitação extingue a interdição do exercício do comercio, mas somente pode ser concedida após o decurso de três ou de cinco anos, contados do dia em que termine a execução, respectivamente, das penas de detenção ou de reclusão, desde que o condenado prove estarem extintas por sentença suas obrigações.” [2] O artigo 181 da Lei nº 11.101/2005, prevê condenação por crime como efeito dos casos previstos nessa lei como, ―a inabilitação para o exercício da atividade empresarial, o impedimento para o exercício de cargo ou de função em conselho administrativo, diretoria ou gerência das sociedades sujeitas a esta Lei e a impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio.‖ Dessa forma, o torna impedido e caso viole, terá seu efeito sendo condenação por crime. Mas, de acordo com Rocha Filho, 2004, o falido tem a faculdade de pedir ao juiz uma autorização para seguir com a sua atividade, sendo ela controlada, mas é impossível adentrar em um novo negócio. 1.3 Os militares da ativa das Forças Armadas e das Polícias Militares (Decreto-Lei n.º 1.029/69, art. 35). “Art. 35. Ao militar da ativa, ressalvado o disposto nos parágrafos 2º e 3º deste artigo, é vedado exercer atividades remuneradas em organizações ou empresas privadas de qualquer natureza. § 1º Os militares da reserva, quando convocados, ficam proibidos de tratar nos corpos, repartições públicas civis ou militares, e em qualquer estabelecimento militar, interesses da indústria ou comércio, a que estiverem associados. § 2º Os militares da ativa podem exercer, diretamente, a gestão de seus bens, desde que não infrinjam o disposto no presente artigo. § 3º Aos militares cujo ingresso nas Forças Armadas se faz, após formação técnico-profissional externa, mediante concurso, no intuito de desenvolver a prática profissional, é permitido o exercício em caráter particular de atividades técnico-profissionais remuneradas, no meio civil, desde que não haja prejuízo para o serviço.” [3] De acordo com o Código Penal Militar, eles são proibidos de exercer atividade empresarial, de participar da gerência ou da sua administração, podendo apenas como cotista ou acionista de sociedade anônima ou por cota de responsabilidade limitada. A punição para essa categoria de proibidos é mais rígida, pois o exercício do comércio está sendo relacionado como crime em seu próprio Código (REQUIÃO, 2013). 1.4 Penalmente proibidos ―Art. 1011. O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios.” (Código Civil) No § 1º desse mesmo artigo, do Código Civil: “Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103255/lei-de-fal�ncia-decreto-lei-7661-45 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10924483/artigo-181-da-lei-n-11101-de-09-de-fevereiro-de-2005 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera��o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal�ncia-lei-11101-05 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028353/c�digo-penal-militar-decreto-lei-1001-69 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação.” Os de lei especial são os servidores públicos civis federais, municipais e estaduais, os militares da ativa das Forças Armadas e das Polícias Militares, os magistrados; os membros do Ministério Público; os empresários falidos enquanto não reabilitados; os corretores, leiloeiros e despachantes aduaneiros; os cônsules, exceto os não remunerados (consuleselectii); os médicos em relação a farmácia, drogaria ou laboratório farmacêutico; os estrangeiros não residentes no País (com restrição ainda maior aos residentes, quanto à propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão). O art. 56 do Código Penal faz referencia as penas de interdição previstas no art. 47 em seus incisos I e II, que são aplicadas ―para todo crime cometido no exercício de profissão, atividade, ofício, cargo ou função, sempre que houver violação dos deveres que lhes são inerentes‖. Assim, mostra-se que a interdição temporária de seus direitos está relacionada à violação dos deveres como exercer o cargo e até o mandato e aqueles que necessitam de habilitação especial ou autorização pública, inerentes de acordo com a categoria, sendo esta, uma conseqüência dos que estão penalmente proibidos de exercer atividade empresarial pelo período da condenação (REQUIÃO, 2013). O art. 147 da Lei das S/A também se refere ao caso dos penalmente proibidos, que se for incidida pela área criminal, a pena de proibição da atividade comercial para pessoa, será também relacionada à Junta Comercial em que não poderá arquivar ato constitutivo de empresa com o nome do proprietário seja um deles relacionados a cima. Caso conceder a reabilitação penal, cessará esta proibição (COELHO, 1959). “Art. 147. Quando a lei exigir certos requisitos para a investidura em cargo de administração da companhia, a assembléia-geral somente poderá eleger quem tenha exibido os necessários comprovantes, dos quais se arquivará cópia autêntica na sede social.§ 1º São inelegíveis para os cargos de administração da companhia as pessoas impedidas por lei especial, ou condenadas por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade, ou a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos.” [4] 1.5 Magistrado De acordo com a Lei Orgânica da Magistratura – Lei Complementar n.35, de 4 de março de 1978. “Art. 36 - É vedado ao magistrado: I - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista, exceto como acionista ou quotista; II - exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, e sem remuneração; (...)” http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633498/artigo-56-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c�digo-penal-decreto-lei-2848-40http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10634339/artigo-47-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/127116/lei-das-sociedades-anonimas-lei-9457-97 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR e) Os membros do Ministério Público (Lei n.º 8.625/93, art. 44, inciso III). Estabelecido na Lei Orgânica do Ministério Público, como estabelecido no art. 128, § 5º da Constituição Federal/88 que o Estatuto de cada Ministério Público, a organização, atribuições serão estabelecidas pela iniciativa facultada aos respectivos Procuradores Gerais (REQUIÃO, 2013). No seu inciso II, possui a seguinte vedação e se refere a tornarem empresários individuais, controladores ou diretores de empresas ou participar de sociedade comercial como um todo. “(...) c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;(...) “ 1.6 Médicos relacionados ao ramo farmacêutico O recente Código de Ética Médica, atualizado e aprovado pela Resolução nº 1.246 de Janeiro de 1988, do Conselho Federal de Medicina, dispõe em seu art. 98 que é impedido o médico que ―exercer a profissão com interação ou dependência de farmácia, laboratório farmacêutico, ótica ou qualquer organização destinada à fabricação, manipulação ou comercialização de produtos de prescrição médica de qualquer natureza, exceto quando se tratar de exercício da medicina do trabalho‖ e em seu art. 99 veda ―exercer simultaneamente a Medicina e a Farmácia, bem como obter vantagem pela comercialização de medicamentos, órteses ou próteses, cuja compra decorra de influência direta em virtude da sua atividade profissional.‖ Sendo essa, uma proibição parcial em que só aqueles ligados a esses ramos estão proibidos de exercer atividade empresarial (ROCHA FILHO, 2004). 1.7 Leiloeiros “Art. 12. É proibido ao leiloeiro: I - sob pena de destituição e consequente cancelamento de sua matrícula: a) exercer atividade empresária, ou participar da administração e/ou de fiscalização em sociedade de qualquer espécie, no seu ou em alheio nome; “ Desse modo, caso violado sua proibição, acarretará conseqüência relacionada à sua matricula. “Art. 16. Constituem-se infrações disciplinares: II – manter sociedade empresária.(...)” [5] Neste caso, por gozarem da fé pública, cabe a eles exercitarem apenas as funções de sua profissão. Devem estar matriculados no Registro Públicos de Empresas Mercantis, de acordo com o art. 32, I da Lei 8.934/94. Em se tratando dos leiloeiros, era previsto o seu texto d impedimentos no Código Comercial em hoje foi revogado parte dele, vigorando sua legislação particular também nesse caso (REQUIÃO, 2013). 1.8 Devedores do INSS http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/127649/lei-org�nica-nacional-do-minist�rio-p�blico-lei-8625-93 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/12098417/artigo-44-da-lei-n-8625-de-12-de-fevereiro-de-1993 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/12098307/inciso-iii-do-artigo-44-da-lei-n-8625-de-12-de-fevereiro-de-1993 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10678529/artigo-128-da-constitui��o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10678078/par�grafo-5-artigo-128-da-constitui��o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11467722/artigo-32-da-lei-n-8934-de-18-de-novembro-de-1994 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11467672/inciso-i-do-artigo-32-da-lei-n-8934-de-18-de-novembro-de-1994 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/105531/lei-8934-94 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91562/c�digo-comercial-lei-556-50 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR O devedor do INSS é aquele que não recolhe as contribuições durante seu tempo de trabalho, e é assim chamado pela Previdência Social, sendo impedido de comerciar por não haver comprometimento com o recolhimento. Essa dívida do devedor poderá ser executada a qualquer hora, tendo a Previdência cinco anos para a cobrança. Em sua Lei Orgânica de Seguridade Social, Lei n. 8.212, em seu art. 95, § 2º ―a empresa que transgredir as normas desta Lei, além das outras sanções previstas, sujeitar-se-á, nas condições em que dispuser o regulamento: (...) d) à interdição para o exercício do comércio, se for sociedade mercantil ou comerciante individual.‖ É o direito previdenciário que regula esse tipo de proibição (COELHO, 1959). 1.9 Incapazes O artigo 972 do Código Civil especifica quem pode ser empresário, aquele de capacidade civil, maior de 18 anos, não sendo impedido legalmente. Os incapazes de exercer atos da vida civil, prevê no art. 3º do mesmo Código os absolutamente sendo: ―I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.” Existe uma exceção para poder exercer atividade empresarial, absolutamente incapaz com representante legal e em casos específicos. Há ainda os relativamente incapazes, previsto no art. 4º ―I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.”Esse últimos, poderá ser emancipado em que nunca poderá ser revogado, a não ser em caso de fraude, ou poderá ter um representante nomeado pelo juiz por autorização que poderá ser revogada a qualquer hora. Os relativamente incapazes, abrange também os casados, pois entende que quando se casa sua emancipação é conseqüência (Código Civil). 1.10 Os estrangeiros não residentes no país Os residentes no país poderão exercer atividade empresarial nos limites da lei ordinária, pois estes foram devidamente autorizados por meio de um visto permanente a ingressar e residir no país, previsto isso, na Constituição Federal de 1988 em seu art. 5º, XIII. Antigamente, havia muitas restrições diferentes de hoje. Um exemplo, antes da CF/88 não podia os estrangeiros ser proprietários ou administradores de empresas jornalísticas, de radiodifusão e de televisão, hoje, diferentemente, é “privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País” – Art. 222. (ROCHA FILHO, 2004:105) Sobre os não residentes nos país há correntes diversas, os que visam a Legislação do Imposto de Renda e até o Estatuto do Estrangeiro. A primeira, possui preceitos aos estrangeiros não residentes no Brasil, estabelecendo o pagamento de impostos nos rendimentos originários no Brasil. Já a segunda, de acordo com a Lei n 6.815/80, no seu art. 99, proíbe o estrangeiro residente no país a atividade empresarial, com tudo, assim, entende- se ao estrangeiro que não reside, proibindo o também. Mas, não proíbe a ele não residindo no Brasil, tornar-se sócio de empresa com sede no país, respeitando sempre os casos que a lei proíbe sua participação. (ROCHA FILHO, 2004). http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983686/lei-org�nica-da-seguridade-social-lei-8212-91 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11341674/artigo-95-da-lei-n-8212-de-24-de-julho-de-1991 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11341318/par�grafo-2-artigo-95-da-lei-n-8212-de-24-de-julho-de-1991 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10674485/artigo-972-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui��o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730602/inciso-xiii-do-artigo-5-da-constitui��o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/108497/estatuto-do-estrangeiro-lei-6815-80 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/108497/estatuto-do-estrangeiro-lei-6815-80 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11638417/artigo-99-da-lei-n-6815-de-19-de-agosto-de-1980 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Os proibidos de exercer a atividade empresarial sofrerão as penalidades administrativas, como já foi mencionado que é ramo do direito administrativo, de acordo com a sua categoria profissional ou sua maneira de agir como na falência. O ato, nesses casos, é sempre válido e não nulo (ROCHA FILHO, 2004). Além dessa penalidade administrativa, o violador da proibição sofrerá sanções de contravenção penal cometida por exercer ilegalmente a profissão. A Lei de Contravenções Penais tem a prisão, por dias ou meses, ou a multa para quem não tiver condições de exercer a atividade comercial/empresarial e se houver falta de sucesso nos negócios proporcionará como punição a falência e suas da lei que a rege. Só será crime ser empresário quando for praticado pelos militares, de acordo com o seu Estatuto (ROCHA FILHO, 2004). Fontes Pesquisadas: Bibliografia Pesquisadas: Site: https://luizuchoas2010.jusbrasil.com.br/artigos/254538913/impedimentos-de-ser-empresario. PALMA, Rodrigo Freitas. História do Direito. 4º edição. Saraiva: 2011. REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial. 32 edição - São Paulo: Saraiva, 2013. ROCHA FILHO, José Maria. Curso de direito comercial. 3º edição – Belo Horizonte: Del Rey, 2004. COELHO, Fábio Ulhôa, 1959. Manual de direito comercial. 12º edição – São Paulo: Saraiva, 2000. [1] (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8112cons.htm) [2] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm [3] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del1029.htm" [4] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm [5] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D21981.htm TEORIA GERAL DA EMPRESA: Direito Empresarial: Disciplina: Teoria Geral da Empresa: 1. Introdução: A Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) é uma modalidade empresarial regulamentada pela Lei nº 13.874/2019, a chamada Lei da Liberdade Econômica. A SLU permite que um único empresário constitua uma empresa. Principais características da SLU O patrimônio do empreendedor é separado do patrimônio da empresa Não há exigência de valor mínimo para compor o Capital Social Os regimes tributários que podem ser estabelecidos pela SLU são os mesmos utilizados por outras empresas http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/110062/lei-das-contravencoes-penais-decreto-lei-3688-41 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/110062/lei-das-contravencoes-penais-decreto-lei-3688-41 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/110062/lei-das-contravencoes-penais-decreto-lei-3688-41 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8112cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del1029.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D21981.htm FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR A SLU pode ser aberta por pessoas de diversas profissões, como engenheiros, dentistas, contadores, médicos, arquitetos etc. Vantagens da SLU Desburocratiza o processo de abertura de novas empresas Protege o patrimônio pessoal do empresário Permite que o empresário inicie seus negócios de maneira autônoma Como funciona a SLU É obrigatório a utilização do nome civil do seu proprietário, seguido da palavra ―limitada‖, formalmente utilizada como ―Ltda― A SLU pode participar de outras sociedades Substituiu a Eireli A SLU substituiu a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), que possuía determinadas restrições e exigências que limitavam sua aplicabilidade. “https://www.google.com.br/search?q=RESUMO+EMPRESA+UNIPESSOAL++LEI+&sca_esv=539099fe38e3365b&hl= pt-BR&sxsrf=AHTn8zqgbO4dj- eO_55I2jfa97zkXUUTrA%3A1742244432221&ei=UIrYZ_mZDc2j5OUPir_eaQ&ved=0ahUKEwj5gfqj_pGMAxXNEbkGH YqfNw0Q4dUDCBA&uact=5&oq=RESUMO+EMPRESA+UNIPESSOAL++LEI+&gs_lp=Egxnd3Mtd2l6LXNlcnAiH1JFU1 VNTyBFTVBSRVNBIFVOSVBFU1NPQUwgIExFSSAyBRAhGKABMgUQIRigAUifJFDhBVj5DnABeACQAQCYAe0BoAH TC6oBBTAuMi41uAEDyAEA- AEBmAIHoALSCsICChAAGLADGNYEGEeYAwCIBgGQBgiSBwUxLjEuNaAH6RWyBwUwLjEuNbgHxAo&sclient=gws- wiz-serp” Conforme o Artigo 966 do Código Civil, será considerado empresário aquele que: ―exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços‖. Em outras palavras, é a pessoa que articula os fatores de produção (capital, matéria-prima, mão de obra, insumos e tecnologia) de forma organizada para exercer uma atividade com bens ou serviços visando obter lucro (atividade econômica) e o faz de forma habitual, com o emprego de um conhecimento que ele detém, podendo sempre contar com o trabalho de funcionários que realizam sua atividade principal. A personalidade jurídica é justamente a separação entre a pessoa do empreendedor e a empresa propriamente dita. Quando a empresa adquire personalidade jurídica, signi- fica que ela se separou daqueles que a criaram, passando, a partir deste momento, a ter um patrimônio próprio. Ou seja, ao adquirir personalidade jurídica, o patrimônio que os sócios entregaram à empresa deixa de ser deles. Em troca, ou eles recebem cotas da empresa, podendo participar dos seus lucros, ou, em caso de encerramento da empresa, recebem o que sobrar após o pagamento de todos os credores. É mister destacar que o empresário Individual não goza da proteção fornecida pela personalidade jurídica, qual seja, a limitação de responsabilidade decorrente da separação do patrimônio da empresa e daquele que a controla. Desta forma, se o empreendedor quisesse a proteção da limitação de responsabilidade, era necessário encontrar um sócio, o que poderia trazer inconvenientes, como a dificuldade de relacionamento e a repartição do lucro. Na prática, o que ocorria era a http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675096/artigo-966-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR utilização de um parente ou terceira pessoa como sócio fictício – ou seja, um sócio que não participava de fato da sociedade, apenas emprestando seus dados para que fosse possível a criação da empresa. Essa situação atrasava o desenvolvimento do País, pois o empreendedor não gozava da segurança necessária para investir seus recursos de forma individual, situação que dava ensejo ao surgimento de inúmeras empresas individuais travestidas de sociedades. Em outros países, no entanto, a figura da Empresa Individual com Responsabilidade Limitada já existe há muitos anos, como em Portugal (que já tem modalidade semelhante desde 1986), Dinamarca, França, Espanha, Bélgica, Chile, dentre outros. Em alguns países, inclusive, o empreendedor pode escolher modalidades de sociedade para montar a empresa individual, como a sociedade anônima de capital fechado. Nãohavia mais razão para, no século XXI, obrigar o empreendedor a ter sócio para poder gozar da separação entre seu patrimônio pessoal e aquele destinado à empresa, principalmente ao se considerar que muitas sociedades possuem um sócio apenas ―no papel‖. O mundo contemporâneo é muito dinâmico, principalmente em razão da Internet, sendo imprescindível a criação de mecanismos que facilitem e incentivem o empreendedorismo. A UNIPESSOAL objetiva a facilitação da atividade empreendedora, trazendo mais segurança, principalmente ao pequeno empresário. Consequentemente, tal medida contribui para o crescimento econômico do País. 2. Requisitos e impedimentos pessoais Para ser titular de empresa individual de responsabilidade limitada – UNIPESSOAL alguns requisitos legais devem ser preenchidos por aquele que deseja constituir ou abrir uma UNIPESSOAL. Seguem abaixo requisitos e impedimentos para ser titular e administrador. 2.1. Capacidade para ser titular Pode ser titular de UNIPESSOAL a pessoa natural, desde que não haja impedimento legal: a) maior de 18 anos, brasileiro (a) ou estrangeiro (a), que se achar na livre administração de sua pessoa e bens; b) menor emancipado: • por concessão dos pais, ou de um deles na falta de outro se o menor tiver dezesseis anos completos. A outorga constará de instrumento público, que deverá ser inscrito no Registro Civil das Pessoas Naturais e arquivado na Junta Comercial. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR • por sentença do juiz que, também, deverá ser inscrita no Registro Civil das Pessoas Naturais; • pelo casamento; • pelo exercício de emprego público efetivo (servidor ocupante de cargo em órgão da administração direta, autarquia ou fundação pública federal, estadual ou municipal); • pela colação de grau em curso de ensino superior; e • pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria; Menor de 18 e maior de 16 anos, emancipado A prova da emancipação do menor de 18 anos e maior de 16 anos, anteriormente averbada no registro civil, correspondente a um dos casos a seguir, deverá instruir o processo ou ser arquivada em separado, simultaneamente, com o ato constitutivo: a) pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, ou por sentença judicial; b) casamento; c) exercício de emprego público efetivo; d) colação de grau em curso de ensino superior; e) estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha adquirido economia própria. 2.2. Impedimento para ser titular Não pode ser titular de UNIPESSOAL a pessoa jurídica, bem assim a pessoa natural impedida por norma constitucional ou por lei especial. 2.3. Impedimentos para ser administrador Não pode ser administrador de Unipessoal a pessoa: FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR a) condenada a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perduraram os efeitos da condenação; b) Impedida por norma constitucional ou por lei especial: • Brasileiro naturalizado há menos de 10 anos: - Em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e radiodifusão de sons e imagens; • Estrangeiro sem visto permanente. A indicação de estrangeiro para cargo de administrador poderá ser feita, sem ainda possuir ―visto permanente‖, desde que haja ressalva expressa no ato constitutivo de que o exercício da função depende da obtenção deste ―visto‖; •Nnatural de país limítrofe, domiciliado em cidade contígua ao território nacional e que se encontre no Brasil; - Em empresa jornalística de qualquer espécie, de radiodifusão sonora e de sons e imagens; - Em pessoa jurídica que seja titular de direito real sobre imóvel rural na Faixa de Fronteira (150 Km de largura ao longo das fronteiras terrestres), salvo com assentimento prévio do órgão competente; • Português, no gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade, comprovado mediante Portaria do Ministério da Justiça, pode ser administrador de EIRELI, exceto na hipótese de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; • Pessoa jurídica; • O cônsul, no seu distrito, salvo o não remunerado; • O funcionário público federal civil ou militar da ativa. Em relação ao funcionário estadual e municipal, observar as respectivas legislações; FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR • O Chefe do Poder Executivo, federal, estadual ou municipal; • O magistrado; • Os membros do Ministério Público da União, que compreende: Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; • Os membros do Ministério Público dos Estados, conforme a Constituição respectiva; • O falido, enquanto não for legalmente reabilitado; • O leiloeiro; • A pessoa absolutamente incapaz, tais como: o menor de 16 anos; o que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiver o necessário discernimento para a prática desses atos; o que, mesmo por causa transitória, não puder exprimir sua vontade; • A pessoa relativamente incapaz, quais sejam: o maior de 16 anos e menor de 18 anos (pode ser emancipado e, desde que o seja, pode assumir a administração de empresa); o ébrio habitual, o viciado em tóxicos, e o que, por deficiência mental, tenha o discernimento reduzido e o excepcional, sem desenvolvimento mental completo. Alerta importante: a capacidade dos índios é regulada por lei especial (Estatuto do Índio). 3. Firma e denominação A essência dessa espécie de nome empresarial é o nome civil de um ou mais sócios. Então se não aparecer o nome civil, não poderá ser firma. Em outras palavras, na firma tem que constar no mínimo um nome civil. Os nomes civis podem ser por extenso ou abreviados e havendo mais de um, se algum deles for omitido, deverá ser usada a expressão "& Cia" ou "e companhia" ao final da firma, pois se usada no início vai caracterizar sociedade anônima e esta só pode usar denominação. Também pode haver combinação dos nomes civis com o ramo de atividade desenvolvida. Denominação: nesse caso, a essência do nome empresarial é o objeto da empresa, ou seja, o ramo de atividade desenvolvida. Se não constar o ramo de atividade não poderá ser denominação. Em outras palavras, na denominação tem que constar a atividade desenvolvida. http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109873/estatuto-do-�ndio-lei-6001-73 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109873/estatuto-do-�ndio-lei-6001-73 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109873/estatuto-do-�ndio-lei-6001-73 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Aqui também pode haver a combinação da atividade desenvolvida com nomes civis. Sendo assim, percebe-se que não é sempre que podemos só de olhar para o nome empresarial, saber tratar-sede firma ou denominação. Por vezes é necessário olhar no contrato social. Certo é que se no nome empresarial não constar nome civil algum, não pode ser firma; e se não constar a atividade, não pode ser denominação. Outro fator importante é que a firma é usada para assinatura, para a sociedade contrair direitos e obrigações. Então os sócios assinarão, por exemplo, Tiago Filho e Caetano Veloso Cosméticos (exemplo de sociedade em nome coletivo), jamais podendo assinar, apesar de rotineiro, seus nomes civis. Já no caso da denominação, os sócios não podem usá-la como assinatura, então devem assinar seus nomes civis sobre a denominação escrita, carimbada ou impressa. Quem adota só firma: - Empresário individual. Ex: Caetano Veloso; C. Veloso; C. Veloso Produções; etc. - Sociedade em nome coletivo. Ex: Jair Melo & Tom Braz; Jair Melo & Cia; J. Melo & Cia Veículos; etc. - Sociedade em comandita simples. Ex: João Rui, Tim Maia, Lia Silva & Cia; Rui, Maia & Silva Chocolates; etc.(aqui sempre vai haver a expressão "& Cia", para fazer referência aos sócios comanditários, uma vez que estes não figuram na firma, pois não possuem responsabilidade ilimitada. Quem adota só denominação: - Sociedade anônima. Em primeiro lugar é preciso frisar que vai ter que aparecer na denominação o tipo societário, ou seja, "Sociedade Anônima", "S. A." ou "S/A" no início, no meio ou no final da denominação, ou a expressão "companhia" ou "Cia" no início ou no meio da denominação. Ex: S/A Maremoto Eventos; Maremoto S. A. Eventos; Maremoto Enventos S. A.; Corcovado Produções Sociedade Anônima; Companhia de Shows Corcovado; Corcovado Cia. De Shows; etc. Quem pode adotar firma ou denominação: - Sociedade limitada. Nesse caso, independentemente do nome que adotar, também se faz necessária a discriminação do tipo societário por meio da expressão "limitada" ou "Ltda.". Ex: Tom Jobim & Cia. Ltda.; Jobim & Veloso Limitada; T. Jobim & Cia. Produções Ltda.; Maremoto Produções Ltda.; etc. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR - Sociedade em comandita por ações. É obrigatória a identificação do tipo societário pela locução "comandita por ações" ou "C. A." no início ou no fim do nome. Os exemplos podem ser idem aos de cima, mas onde lê-se Ltda., leia-se C. A. A sociedade em conta de participação está proibida de adotar nome empresarial que denuncie sua existência. 4. Requisitos para compor uma EMPRESA UNIPESSOAL: 1 - A SOCIEDADE LIMITADA “UNIPESSOAL” (“SLU”) É UM NOVO TIPO DE EMPRESA? Não. Trata-se da sociedade limitada, todavia apelidada de sociedade limitada “unipessoal” ou “SLU”. Logo, a sociedade limitada unipessoal é o mesmo tipo de empresa previsto no art. 1.052 do Código Civil, ou seja, sociedade limitada. Esse artigo foi alterado para a inclusão do parágrafo primeiro, ou seja, “A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas”. É importante esclarecer que a expressão correta para esse tipo de empresa é LTDA e não SLU. Esse tipo de sociedade também possui um contrato social com cláusulas obrigatórias e facultativas. Diante disso, esse é o documento que será levado a registro quando da sua abertura. Havendo necessidade de realizar alterações, deve ser apresentada a alteração contratual. No caso de extinção, deve ser apresentado o distrato. 2 - QUAL A NATUREZA JURÍDICA DA SOCIEDADE LIMITADA “UNIPESSOAL”? Quando for registrada na Junta Comercial, deve ser utilizado o código 206-2 - Sociedade Empresária Limitada. Quando registrada no Cartório de Pessoas Jurídicas, deve ser utilizado o código 224-0 - Sociedade Simples Limitada. 3 - É OBRIGATÓRIO CONSTAR NO CONTRATO SOCIAL QUE A EMPRESA É UMA LIMITADA UNIPESSOAL? Não é obrigatório constar no instrumento a expressão Sociedade Limitada Unipessoal. 4 - A EMPRESA TINHA MAIS DE UM SÓCIO, RESTOU APENAS UM E NO CONTRATO SOCIAL HÁ UMA CLÁUSULA DIZENDO QUE É OBRIGATÓRIO RECOMPOR A PLURALIDADE DE SÓCIOS EM 180 DIAS. O QUE FAZER? A empresa pode seguir com apenas um sócio. Conforme disposto no Art. 1.052 do CC:§ 1º A Sociedade Limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas. Não é mais cabível a cláusula citando o inciso IV do artigo 1.033 do Código Civil nos casos em que a Sociedade Limitada fica unipessoal. Logo, havendo a retirada de um sócio, faça a adequação do contrato social para realizar a retirada dessa cláusula. 5 - COMO INICIAR O PEDIDO DE VIABILIDADE DA LIMITADA UNIPESSOAL? FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Ao fazer a viabilidade selecione: Tipo Jurídica: Sociedade; Natureza Jurídica: Sociedade empresária limitada. 6 - QUAL PASSO A PASSO DEVO OBSERVAR PARA ABRIR ESSE TIPO DE EMPRESA? Clique aqui para acessar passo a passo, quando se pretende abrir a empresa pelo procedimento do balcão único. Clique aqui para acessar passo a passo, quando se pretende abrir a empresa pelo procedimento tradicional. 7 - QUAIS EVENTOS CONSTARÃO NA CAPA DOS PROCESSOS DAS LIMITADAS UNIPESSOAIS? No Requerimento Eletrônico constará na capa Ato: 090 e Evento: 090 - contrato social, quando se tratar de Constituição; e Ato 002 quando tratar de alterações, servindo de base a mesma tabela de atos e eventos da sociedade LTDA. 8 - QUEM PODE SER SÓCIO DESSE TIPO DE EMPRESA? Qualquer pessoa física ou jurídica. Em relação à pessoa física, pode ser formada por pessoa capaz ou incapaz. No caso do menor de 16 anos, deve ser representado pelos pais. O menor entre 16 e 18 deve ser assistido pelo pais. Em ambos os casos, assim como quando a sócia é pessoa jurídica, deve ser nomeado administrador pessoa física capaz e não impedida por lei. Vale destacar que o emancipado pode fazer parte da administração da sociedade. 9 - COMO TRANSFORMAR A SOCIEDADE LIMITADA EM LIMITADA UNIPESSOAL? A transformação é a operação de troca do tipo societário, ou seja, quando troco a natureza jurídica. Logo, não seria o caso de transformar, visto que, não ocorre alteração na natureza jurídica. Com a saída dos demais sócios, restando apenas um, você já terá uma Limitada Unipessoal. 10 - JÁ TENHO UMA SOCIEDADE LIMITADA: POSSO VIRAR LIMITADA UNIPESSOAL? Sim. Se a sociedade tiver dois ou mais sócios, basta promover a saída dos demais sócios. Com isso, a sociedade a partir do momento em que passa a ter apenas um sócio, já será considerada sociedade limitada unipessoal. Se você já era o único sócio da sociedade limitada, não há necessidade de promover nenhuma alteração. Todavia, recomenda-se a adequação do contrato social para refletir a situação atual da sociedade. No entanto, não há obrigação. 11 - ESSE TIPO DE EMPRESA PODE SOLICITAR O ENQUADRAMENTO COMO https://atendimento.jucesc.sc.gov.br/help/pt-br/57-empresario-individual-e-sociedade-limitada/193-balcao-unico-abertura-de-empresas-empresario-individual-e-ltda https://atendimento.jucesc.sc.gov.br/help/pt-br/57-empresario-individual-e-sociedade-limitada/164-constituicao-inscricao-de-empresario-individual-e-sociedade-limitada FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR MICROEMPRESA OU EMPRESA DE PEQUENO PORTE? Sim, pode. No entanto, deve observar as mesmas regras de impedimento previstos na Lei Complementar nº 123, de 2006. 12 - POSSO TER MAIS DE UM TIPO DESSA EMPRESA? Sim, pode quantas quiser, exceto quando se tratar de uma empresa simples de crédito. Nos demais casos, não há vedação, ou seja, não existe a vedação que existia para a EIRELI - empresa individual de responsabilidade limitada. 13 - A SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOAL É IGUAL A EIRELI? Não. A sociedadelimitada unipessoal é a sociedade limitada prevista no art. 1.052 do Código Civil. A EIRELI tinha a sua previsão no art. 980-A do Código Civil, ou seja, cada tipo de empresa possuía as suas regras. Cabe destacar que a EIRELI não existe mais em virtude da revogação do art. 980-A e inciso VI do art. 44 do Código Civil. Todas as EIRELIs foram transformadas automaticamente em sociedade limitada com apenas um sócio ("unipessoal"). 14 - COMO DEVE SER FORMADO O NOME EMPRESARIAL DA LIMITADA UNIPESSOAL? O Nome Empresarial pode ser composto na forma de firma ou de denominação. Exemplo de firma: João da Silva Ltda; Exemplo de denominação: Silva Comércio de tapetes Limitada. Lembrando que com a atual legislação é possível ainda utilizar o CNPJ como nome empresarial. 15 - É POSSÍVEL TRANSFORMAR UM EMPRESÁRIO INDIVIDUAL EM SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOAL E NO MESMO ATO SUBSTITUIR O SÓCIO? Sim. Cabe lembrar ainda que a legislação sofreu alterações e os atos de transformação envolvendo Empresários Individuais hoje tramitam em apenas um processo. Clique aqui para ler o passo a passo desse tipo de operação. 16 - O SÓCIO CUJO NOME COMPÕE O NOME EMPRESARIAL DA LIMITADA VAI SER RETIRAR, É NECESSÁRIO ADEQUAR O NOME EMPRESARIAL? Nos casos em que o nome empresarial era formado na forma de firma (composto pelos nomes e sobrenomes dos sócios), deve efetuar a alteração de nome empresarial adequando para a nova situação da empresa que passará a ser composta por apenas um sócio. Exemplo: sociedade entre Maria e João com o nome empresarial Maria da Silva e Cia LTDA. Se Maria vai se retirar e vai ficar somente o João, você vai precisar adequar o nome empresarial https://atendimento.jucesc.sc.gov.br/help/pt-br/64-transformacao/249-registro-do-processo-de-transformacao-de-empresario-individual-em-sociedade-limitada FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR atendendo assim ao princípio da veracidade. 17 - COMO FICAM AS ATAS DE REUNIÕES DA LIMITADA UNIPESSOAL? No caso de Sociedade Limitada com único sócio, as decisões tomadas poderão ser instrumentalizadas através de um documento chamado (documento de decisão de sócio único ou ata de decisão de sócio único). O anexo IV da instrução normativa do DREI 81, de 2020, trata sobre a formalidade desse tipo de documento, ou seja, deve conter as seguintes formalidades: O documento de decisão deve conter: I - título do documento; II - nome, CNPJ e endereço; III - identificação do sócio e/ou do seu procurador, se for o caso; IV - decisões; V - data; e VI - assinatura. Esse processo deve ser arquivado sob o código do ato 021/985 (ata de reunião ou assembleia de sócios). Clique aqui para acessar o passo a passo. 18 - A PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA PODE SER SÓCIA DE MAIS DE UMA LIMITADA UNIPESSOAL? Pode uma mesma pessoa física ou jurídica ser sócio de mais de uma Sociedade Limitada com um único sócio (o Código Civil não estipula limite de participação). https://atendimento.jucesc.sc.gov.br/help/pt-br/79-perguntas-frequentes/364-duvidas-sobre-sociedade-limitada-unipessoal ESTATUTO DA MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE: LC 123/06 - LC - Lei Complementar nº 123 de 14.12.2006 Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis nºs 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, da Lei nº 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei https://atendimento.jucesc.sc.gov.br/help/pt-br/57-empresario-individual-e-sociedade-limitada/165-reuniao-assembleia-de-socios-registro-da-certidao-da-ata-de-reuniao-ou-assembleia-de-socios https://atendimento.jucesc.sc.gov.br/help/pt-br/79-perguntas-frequentes/364-duvidas-sobre-sociedade-limitada-unipessoal FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis nºs 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. D.O.U.: 15.12.2006 Sobre a vigência e vetos ver Mensagem nº 1.098 de 14.12.2006. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere: I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias; II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias; III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. § 1º Cabe ao Comitê Gestor de que trata o inciso I do caput do art. 2º desta Lei Complementar apreciar a necessidade de revisão dos valores expressos em moeda nesta Lei Complementar. § 2º (VETADO). Art. 2º O tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte de que trata o art. 1º desta Lei Complementar será gerido pelas instâncias a seguir especificadas:Institui o Estatuto Nacional daMicroempresa e da Empresa dePequeno Porte; altera dispositivos das: Leis nºs 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, da Lei nº 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis nºs 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. I - Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, vinculado ao Ministério da Fazenda, composto por 2 (dois) representantes da Secretaria da Receita Federal e 2 (dois) representantes da Secretaria da Receita Previdenciária, como representantes da União, 2 (dois) dos Estados e do Distrito Federal e 2 (dois) dos Municípios, para tratar dos aspectos tributários; e II - Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, com a participação dos órgãos federais competentes e das entidades vinculadas ao setor, FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR para tratar dos demais aspectos. § 1º O Comitê de que trata o inciso I do caput deste artigo será presidido e coordenado por um dos representantes da União. § 2º Os representantes dos Estados e do Distrito Federal no Comitê referido no inciso I do caput deste artigo serão indicados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária - Confaz e os dos Municípios serão indicados, um pela entidade representativa das Secretarias de Finanças das Capitais e outro pelas entidades de representação nacional dos Municípios brasileiros. § 3º As entidades de representação referidas no § 2º deste artigo serão aquelas regularmente constituídas há pelo menos 1 (um) ano antes da publicação desta Lei Complementar. § 4º O Comitê Gestor elaborará seu regimento interno mediante resolução. § 5º O Fórum referido no inciso II do caput deste artigo, que tem por finalidade orientar e assessorar a formulação e coordenação da política nacional de desenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte, bem como acompanharo Código de Processo Penal, no seu art. 312, diz que poderá ser decretada pelo juiz a prisão preventiva como garantia da ordem pública, da ordem econômica, [...] quando houver prova de existência do crime e indício suficiente de autoria. Vemos aí a preocupação do legislador que se utilizou até do instituto da prisão preventiva para protegê-la. O inciso II: o princípio da propriedade privada Esse princípio assegura aos trabalhadores, empresários, investidores etc. que a propriedade privada deles é da ingerência dos mesmos, não devendo o Estado interferir sem motivos relevantes naquilo que é a mola propulsora da atividade econômica. Esta só existe para que haja produção e circulação de mercadorias e serviços. O art. 5º, XXII, CRFB, traz esse direito de forma geral, sendo essa propriedade privada do art. 170 um princípio específico e individualizado de garantia de não-intervenção estatal sem motivos justos e razoáveis. O inciso III: o princípio da função social da propriedade Uma limitação do princípio aventado acima, que legitima a intervenção estatal na propriedade que não cumpre sua função social. No prisma da ordem econômica, esse princípio reza que a propriedade deve cumprir sua função econômica, ou seja, deve ser usada para gerar riquezas, garantir o trabalho, sustentar o Estado através de tributos justos e promover o desenvolvimento econômico. Podemos vislumbrar aqui também que há no art. 5º, XXIII, CRFB, esse mesmo princípio, mas de forma geral, que complementa este do art. 170. O inciso IV: o princípio da livre concorrência Os atores da atividade econômica possuem a garantia de concorrer livremente entre si, sem intervenção estatal desnecessária. Sob o aspecto negativo deste princípio, o Estado não pode proibir ou discriminar injustamente uma atividade econômica por si só, sem fundamentos justos; sob o aspecto positivo deste princípio, o Estado deve promover incentivos (sobretudo fiscais) aos atores financeiros que estejam cumprindo requisitos legais, atuando em áreas de manutenção da sobrevivência humana e encorajando outros atores financeiros à atuação pelos ditames legais. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR O inciso V: o princípio da defesa do consumidor Princípio de suma importância nos dias de hoje, sobretudo pela grande eficácia social do CDC, esse princípio reza que a atividade econômica deve proteger a parte mais fraca, o consumidor, das agruras do mercado financeiro, sobretudo de suas regras ininteligíveis para o ―homem mediano‖. Essa proteção deve vir de dois agentes: o Estado, ao editar leis, atos e sentenças que se coadunam com o já existente CDC, e os atores econômicos, que devem se pautar pelos princípios e regras consumeristas. O inciso VI: a defesa do meio ambiente Esse princípio foi alterado pela Emenda Constitucional 42, que trouxe uma inovação ao princípio. Além de ter a obrigação de proteger o meio ambiente (que também tem tratamento constitucional), merece tratamento diferenciado (para melhor ou para pior) por parte do Estado, conforme o impacto que o agente econômico causar. Dessa forma, deve o Estado incentivar aquele que se preocupa com o meio ambiente, e penalizar aquele que o depreda. O inciso VII: a redução das desigualdades regionais e sociais A CRFB estende aos atores econômicos um dos objetivos do Estado, que é reduzir desigualdades sociais e regionais, conforme o art. 3º, III. Os agentes financeiros devem, através de suas atividades, ir de encontro às desigualdades para tentar minimizá-las, sobretudo quando o Estado já tenha dirigido e orientado aos agentes os atos a serem realizados por eles. Deve a lei dizer ostensivamente os locais e áreas sociais a serem preenchidos pelos agentes com a produção e circulação de seus bens e serviços. O inciso VIII: a busca do pleno emprego Esse inciso versa sobre o aproveitamento máximo do capital, da mão-de-obra, da tecnologia e dos insumos da produção e circulação de bens e serviços. Isso implica no: não desperdício de insumos; na busca de novas tecnologias para a realização da atividade; no emprego do capital de forma diligente; e na capacitação de recursos humanos atuais e futuros, com o devido aproveitamento por parte dos atores econômicos, o que traz à baila a íntima relação entre o valor social do trabalho e o valor social da livre iniciativa na atividade econômica. O inciso IX: tratamento favorecido para empresas que cumpram certos requisitos Esse inciso foi modificado pela Emenda Constitucional 6, que estendeu o benefício de tratamento favorecido a empresas de pequeno porte (aí incluídas as microempresas), desde que sejam constituídas conforme a lei brasileira e mantenham sede e administração no país. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR O parágrafo único: a liberdade de exercício de atividade econômica No parágrafo único é assegurado um outro aspecto da liberdade, qual seja, o livre exercício de atividades econômicas, sem a necessidade de autorização estatal. Essa liberdade não pode, evidentemente, ser absoluta, devendo a lei ordinária especificar quais atividades necessitam de autorização legal. Apenas a lei pode realizar esse controle, pois ela é fruto de deliberação de órgão representativo dos cidadãos do país, e meio ideal de controlar o exercício de direitos constitucionais. Assim, tem-se a regra geral da liberdade, com a limitação legal devidamente posta no mundo jurídico para realizar a soberania estatal de controle e comando da atividade econômica. Fontes Pesquisadas: Bibliografia Pesquisadas: Site:https://www.google.com.br/search?ei=fDJKXeKTO8a85OUPn- UuAk&q=principios+da+atividade+economica+direito+empresarial&oq=PRINCIPIO+DA+ATIVIDADE+E&gs_l=psy- PINHEIRO, Marcio Alves. O Direito empresarial e seus princípios constitucionais. Portal Jurídico Investidura, Florianópolis/SC, 23 Jul. 2009. Disponível em: investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/empresarial/3987-o-direito-empresarial-e-seus- principios-constitucionais. Acesso em: 06 Ago. 2019. Teoria Geral empresa. A Livre Concorrência como um fator chave para a evolução do mercado Mercado, Livre Concorrência, Estado, Economia. 1 INTRODUÇÃO Faz-se necessária uma melhor analise de como funciona o sistema de mercado para então aprofundar no tema da livre concorrência. 2 O FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO Em sua análise microeconômica, Mankiw[4] ensina que o comércio permite que as pessoas interajam fornecendo aquilo que elas fazem de melhor, dando a chance de aperfeiçoarem as suas habilidades naquele produto ou serviço que elas dominam sem ter de se preocupar em produzir os demais produtos e serviços de que necessitam. Assim, pode-se concluir que é o mercado que viabiliza e fundamenta a vida em sociedade. No mercado, não podemos apenas falar em concorrência, é preciso entende-lo como uma forma de parceria. https://www.google.com.br/search?ei=fDJKXeKTO8a85OUPn-UuAk&q=principios+da+atividade+economica+direito+empresarial&oq=PRINCIPIO+DA+ATIVIDADE+E&gs_l=psy- https://www.google.com.br/search?ei=fDJKXeKTO8a85OUPn-UuAk&q=principios+da+atividade+economica+direito+empresarial&oq=PRINCIPIO+DA+ATIVIDADE+E&gs_l=psy- http://investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/empresarial/3987-o-direito-empresarial-e-seus-principios-constitucionais http://investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/empresarial/3987-o-direito-empresarial-e-seus-principios-constitucionais FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEISe avaliar a sua implantação, será presidido e coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. CAPÍTULO II DA DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais); II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais). § 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. § 2º No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite a que se refere o caput deste artigo será proporcional ao número de meses em que a microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as frações de meses. § 3º O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desenquadramento não implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contratos por elas anteriormente firmados. § 4º Não se inclui no regime diferenciado e favorecido previsto nesta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica: I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos- calendário anteriores; X - constituída sob a forma de sociedade por ações. § 5º O disposto nos incisos IV e VII do § 4º deste artigo não se aplica à participação no capital de cooperativas de crédito, bem como em centrais de compras, bolsas de sub-contratação, no consórcio previsto nesta Lei Complementar, e associações assemelhadas, sociedades de interesse econômico, sociedades de garantia solidária e outros tipos de sociedade, que tenham como objetivo social a defesa exclusiva dos interesses econômicos das microempresas e empresas de pequeno porte. § 6º Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte incorrer em alguma das situações previstas nos incisos do § 4º deste artigo, será excluída do regime de que trata esta Lei Complementar, com efeitos a partir do mês seguinte ao que incorrida a situação impeditiva. § 7º Observado o disposto no § 2º deste artigo, no caso de início de atividades, a microempresa que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no ano-calendário seguinte, à condição de empresa de pequeno porte. § 8º Observado o disposto no § 2º deste artigo, no caso de início de atividades, a empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, não ultrapassar o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no ano- calendário seguinte, à condição de microempresa. § 9º A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso II do caput deste artigo fica excluída, no ano- calendário seguinte, do regime diferenciado e favorecido previsto por esta Lei Complementar para todos os efeitos legais. § 10. A microempresa e a empresa de pequeno porte que no decurso do ano- calendário de início de atividade ultrapassarem o limite de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) multiplicados pelo número de meses de funcionamento nesse período estarão excluídas do regime desta Lei Complementar, com efeitos FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR retroativos ao início de suas atividades. § 11. Na hipótese de o Distrito Federal, os Estados e seus respectivos Municípios adotarem o disposto nos incisos I e II do caput do art. 19 e no art. 20 desta Lei Complementar, caso a receita bruta auferida durante o ano-calendário de início de atividade ultrapasse o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais) ou R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais), respectivamente, multiplicados pelo número de meses de funcionamento nesse período, estará excluída do regime tributário previsto nesta Lei Complementar em relação ao pagamento dos tributos estaduais e municipais, com efeitos retroativos ao início de suas atividades. § 12. A exclusão do regime desta Lei Complementar de que tratam os §§ 10 e 11 deste artigo não retroagirá ao início das atividades se o excesso verificado em relação à receita bruta não for superior a 20% (vinte por cento) dos respectivos limites referidos naqueles parágrafos, hipóteses em que os efeitos da exclusão dar- se-ão no ano-calendário subseqüente. CAPÍTULO III DA INSCRIÇÃO E DA BAIXA Art. 4º Na elaboração de normas de sua competência, os órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo, deverão considerar a unicidade do processo de registro e de legalização de empresários e de pessoas jurídicas, para tanto devendo articular as competências próprias com aquelas dos demais membros, e buscar, em conjunto, compatibilizar e integrar procedimentos, de modo a evitar a duplicidade de exigências e garantir a linearidade do processo, da perspectiva do usuário. Art. 5º Os órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo, no âmbito de suas atribuições, deverão manter à disposição dos usuários, de forma presencial e pela rede mundial de computadores, informações, orientações e instrumentos, de forma integrada e consolidada, que permitam pesquisasprévias às etapas de registro ou inscrição, alteração e baixa de empresários e pessoas jurídicas, de modo a prover ao usuário certeza quanto à documentação exigível e quanto à viabilidade do registro ou inscrição. Parágrafo único. As pesquisas prévias à elaboração de ato constitutivo ou de sua alteração deverão bastar a que o usuário seja informado pelos órgãos e entidades competentes: I - da descrição oficial do endereço de seu interesse e da possibilidade de exercício da atividade desejada no local escolhido; II - de todos os requisitos a serem cumpridos para obtenção de licenças de autorização de funcionamento, segundo a atividade pretendida, o porte, o grau de risco e a localização; e III - da possibilidade de uso do nome empresarial de seu interesse. Art. 6º Os requisitos de segurança sanitária, metrologia, controle ambiental e prevenção contra incêndios, para os fins de registro e legalização de empresários e pessoas jurídicas, deverão ser simplificados, racionalizados e uniformizados pelos órgãos envolvidos na abertura e fechamento de empresas, no âmbito de suas competências. § 1º Os órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de empresas que sejam responsáveis pela emissão de licenças e autorizações de funcionamento somente realizarão vistorias após o início de operação do estabelecimento, quando a atividade, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR procedimento. § 2º Os órgãos e entidades competentes definirão, em 6 (seis) meses, contados da publicação desta Lei Complementar, as atividades cujo grau de risco seja considerado alto e que exigirão vistoria prévia. Art. 7º Exceto nos casos em que o grau de risco da atividade seja considerado alto, os Municípios emitirão Alvará de Funcionamento Provisório, que permitirá o início de operação do estabelecimento imediatamente após o ato de registro. Art. 8º Será assegurado aos empresários entrada única de dados cadastrais e de documentos, resguardada a independência das bases de dados e observada a necessidade de informações por parte dos órgãos e entidades que as integrem. Art. 9º O registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas), referentes a empresários e pessoas jurídicas em qualquer órgão envolvido no registro empresarial e na abertura da empresa, dos 3 (três) âmbitos de governo, ocorrerá independentemente da regularidade de obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas de que participem, sem prejuízo das responsabilidades do empresário, dos sócios ou dos administradores por tais obrigações, apuradas antes ou após o ato de extinção. § 1º O arquivamento, nos órgãos de registro, dos atos constitutivos de empresários, de sociedades empresárias e de demais equiparados que se enquadrarem como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o arquivamento de suas alterações são dispensados das seguintes exigências: I - certidão de inexistência de condenação criminal, que será substituída por declaração do titular ou administrador, firmada sob as penas da lei, de não estar impedido de exercer atividade mercantil ou a administração de sociedade, em virtude de condenação criminal; II - prova de quitação, regularidade ou inexistência de débito referente a tributo ou contribuição de qualquer natureza. § 2º Não se aplica às microempresas e às empresas de pequeno porte o disposto no § 2º do art. 1º da Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994. Art. 10. Não poderão ser exigidos pelos órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo: I - excetuados os casos de autorização prévia, quaisquer documentos adicionais aos requeridos pelos órgãos executores do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e do Registro Civil de Pessoas Jurídicas; II - documento de propriedade ou contrato de locação do imóvel onde será instalada a sede, filial ou outro estabelecimento, salvo para comprovação do endereço indicado; III - comprovação de regularidade de prepostos dos empresários ou pessoas jurídicas com seus órgãos de classe, sob qualquer forma, como requisito para deferimento de ato de inscrição, alteração ou baixa de empresa, bem como para autenticação de instrumento de escrituração. Art. 11. Fica vedada a instituição de qualquer tipo de exigência de natureza documental ou formal, restritiva ou condicionante, pelos órgãos envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo, que exceda o estrito limite dos requisitos pertinentes à essência do ato de registro, alteração ou baixa da empresa. CAPÍTULO IV FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR DOS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES Seção I Da Instituição e Abrangência Art. 12. Fica instituído o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional. Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo; III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo; V - Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo; VI - Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso das pessoas jurídicas que se dediquem às atividades de prestação de serviços previstas nos incisos XIII a XXVIII do § 1º e no § 2º do art. 17 desta Lei Complementar; VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS; VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. § 1º O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas: I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF; II - Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros - II; III - Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados - IE; IV - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - IPTR; V - Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável; VI - Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente; VII - Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF; VIII - Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; IX - Contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa ao trabalhador; X - Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual; XI - Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas; XII - Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes na importação de bens e serviços;FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR XIII - ICMS devido: a) nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária; b) por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação estadual ou distrital vigente; c) na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, bem como energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou industrialização; d) por ocasião do desembaraço aduaneiro; e) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de documento fiscal; f) na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal; g) nas operações com mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, bem como do valor relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal, nos termos da legislação estadual ou distrital; XIV - ISS devido: a) em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte; b) na importação de serviços; XV - demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, não relacionados nos incisos anteriores. § 2º Observada a legislação aplicável, a incidência do imposto de renda na fonte, na hipótese do inciso V do § 1º deste artigo, será definitiva. § 3º As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela União, inclusive as contribuições para as entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o art. 240 da Constituição Federal, e demais entidades de serviço social autônomo. § 4º (VETADO). Art. 14. Consideram-se isentos do imposto de renda, na fonte e na declaração de ajuste do beneficiário, os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, salvo os que corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados. § 1º A isenção de que trata o caput deste artigo fica limitada ao valor resultante da aplicação dos percentuais de que trata o art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, sobre a receita bruta mensal, no caso de antecipação de fonte, ou da receita bruta total anual, tratando-se de declaração de ajuste, subtraído do valor devido na forma do Simples Nacional no período. § 2º O disposto no § 1º deste artigo não se aplica na hipótese de a pessoa jurídica manter escrituração contábil e evidenciar lucro superior àquele limite. Art. 15. (VETADO). Art. 16. A opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica enquadrada na condição de microempresa e empresa de pequeno porte dar-se-á na forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor, sendo irretratável para todo o ano-calendário. § 1º Para efeito de enquadramento no Simples Nacional, considerar-se-á microempresa ou empresa de pequeno porte aquela cuja receita bruta no ano- calendário anterior ao da opção esteja compreendida dentro dos limites previstos no art. 3º desta Lei Complementar. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR § 2º A opção de que trata o caput deste artigo deverá ser realizada no mês de janeiro, até o seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano- calendário da opção, ressalvado o disposto no § 3º deste artigo. § 3º A opção produzirá efeitos a partir da data do início de atividade, desde que exercida nos termos, prazo e condições a serem estabelecidos no ato do Comitê Gestor a que se refere o caput deste artigo. § 4º Serão consideradas inscritas no Simples Nacional as microempresas e empresas de pequeno porte regularmente optantes pelo regime tributário de que trata a Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, salvo as que estiverem impedidas de optar por alguma vedação imposta por esta Lei Complementar. § 5º O Comitê Gestor regulamentará a opção automática prevista no § 4º deste artigo. § 6º O indeferimento da opção pelo Simples Nacional será formalizado mediante ato da Administração Tributária segundo regulamentação do Comitê Gestor. Seção II Das Vedações ao Ingresso no Simples Nacional Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte: I - que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); II - que tenha sócio domiciliado no exterior; III - de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal; IV - que preste serviço de comunicação; V - que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa; VI - que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros; VII - que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica; VIII - que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; IX - que exerça atividade de importação de combustíveis; X - que exerça atividade de produção ou venda no atacado de bebidas alcoólicas, cigarros, armas, bem como de outros produtos tributados pelo IPI com alíquota ad valorem superior a 20% (vinte por cento) ou com alíquota específica; XI - que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios; XII - que realize cessão ou locação de mão-de-obra; XIII - que realize atividade de consultoria; XIV - que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis. § 1º As vedações relativas a exercício de atividades previstas no caput deste artigo FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR não se aplicam às pessoas jurídicas que se dediquem exclusivamente às atividades seguintes ou as exerçam em conjunto com outras atividades que não tenham sido objeto de vedação no caput deste artigo: I - creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental; II - agência terceirizada de correios; III - agência de viagem e turismo; IV - centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga; V - agência lotérica; VI - serviços de manutenção e reparação de automóveis, caminhões, ônibus, outros veículos pesados, tratores, máquinas e equipamentos agrícolas; VII - serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para veículos automotores; VIII - serviços de manutenção e reparação de motocicletas, motonetas e bicicletas; IX - serviços de instalação, manutenção e reparação de máquinas de escritório e de informática; X - serviços de reparos hidráulicos, elétricos, pintura e carpintaria em residências ou estabelecimentos civis ou empresariais, bem como manutenção e reparação de aparelhos eletrodomésticos; XI - serviços de instalação e manutençãode aparelhos e sistemas de ar condicionado, refrigeração, ventilação, aquecimento e tratamento de ar em ambientes controlados; XII - veículos de comunicação, de radiodifusão sonora e de sons e imagens, e mídia externa; XIII - construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de sub-empreitada; XIV - transporte municipal de passageiros; XV - empresas montadoras de estandes para feiras; XVI - escolas livres, de línguas estrangeiras, artes, cursos técnicos e gerenciais; XVII - produção cultural e artística; XVIII - produção cinematográfica e de artes cênicas; XIX - cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros; XX - academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais; XXI - academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; XXII - (VETADO); XXIII - elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante; XXIV - licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; XXV - planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante; XXVI - escritórios de serviços contábeis; XXVII - serviço de vigilância, limpeza ou conservação; XXVIII - (VETADO). § 2º Poderão optar pelo Simples Nacional sociedades que se dediquem exclusivamente à prestação de outros serviços que não tenham sido objeto de vedação expressa no caput deste artigo. § 3º (VETADO). FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Seção III Das Alíquotas e Base de Cálculo Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa e empresa de pequeno porte, optante do Simples Nacional, será determinado mediante aplicação da tabela do Anexo I desta Lei Complementar. § 1º Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração. § 2º Em caso de início de atividade, os valores de receita bruta acumulada constantes das tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar devem ser proporcionalizados ao número de meses de atividade no período. § 3º Sobre a receita bruta auferida no mês incidirá a alíquota determinada na forma do caput e dos §§ 1º e 2º deste artigo, podendo tal incidência se dar, à opção do contribuinte, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, sobre a receita recebida no mês, sendo essa opção irretratável para todo o ano-calendário. § 4º O contribuinte deverá considerar, destacadamente, para fim de pagamento: I - as receitas decorrentes da revenda de mercadorias; II - as receitas decorrentes da venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte; III - as receitas decorrentes da prestação de serviços, bem como a de locação de bens móveis; IV - as receitas decorrentes da venda de mercadorias sujeitas a substituição tributária; e V - as receitas decorrentes da exportação de mercadorias para o exterior, inclusive as vendas realizadas por meio de comercial exportadora ou do consórcio previsto nesta Lei Complementar. § 5º Nos casos de atividades industriais, de locação de bens móveis e de prestação de serviços, serão observadas as seguintes regras: I - as atividades industriais serão tributadas na forma do Anexo II desta Lei Complementar; II - as atividades de prestação de serviços previstas nos incisos I a XII do § 1º do art. 17 desta Lei Complementar serão tributadas na forma do Anexo III desta Lei Complementar; III - atividades de locação de bens móveis serão tributadas na forma do Anexo III desta Lei Complementar, deduzindo-se da alíquota o percentual correspondente ao ISS previsto nesse Anexo; IV - as atividades de prestação de serviços previstas nos incisos XIII a XVIII do § 1º do art. 17 desta Lei Complementar serão tributadas na forma do Anexo IV desta Lei Complementar, hipótese em que não estará incluída no Simples Nacional a contribuição prevista no inciso VI do caput do art. 13 desta Lei Complementar, devendo ela ser recolhida segundo a legislação prevista para os demais contribuintes ou responsáveis; V - as atividades de prestação de serviços previstas nos incisos XIX a XXVIII do § 1º e no § 2º do art. 17 desta Lei Complementar serão tributadas na forma do Anexo V desta Lei Complementar, hipótese em que não estará incluída no Simples Nacional a contribuição prevista no inciso VI do caput do art. 13 desta Lei Complementar, devendo ela ser recolhida segundo a legislação prevista para os demais contribuintes ou responsáveis; VI - as atividades de prestação de serviços de transportes intermunicipais e FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR interestaduais serão tributadas na forma do Anexo V desta Lei Complementar, acrescido das alíquotas correspondentes ao ICMS previstas no Anexo I desta Lei Complementar, hipótese em que não estará incluída no Simples Nacional a contribuição prevista no inciso VI do caput do art. 13 desta Lei Complementar, devendo esta ser recolhida segundo a legislação prevista para os demais contribuintes ou responsáveis. § 6º No caso dos serviços previstos no § 2º do art. 6º da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, prestados pelas microempresas e pelas empresas de pequeno porte, o tomador do serviço deverá reter o montante correspondente na forma da legislação do município onde estiver localizado, que será abatido do valor a ser recolhido na forma do § 3º do art. 21 desta Lei Complementar. § 7º A empresa comercial exportadora que houver adquirido mercadorias de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, com o fim específico de exportação para o exterior, que, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da emissão da nota fiscal pela vendedora, não comprovar o seu embarque para o exterior ficará sujeita ao pagamento de todos os impostos e contribuições que deixaram de ser pagos pela empresa vendedora, acrescidos de juros de mora e multa, de mora ou de ofício, calculados na forma da legislação que rege a cobrança do tributo não pago, aplicável à própria comercial exportadora. § 8º Para efeito do disposto no § 7º deste artigo, considera-se vencido o prazo para o pagamento na data em que a empresa vendedora deveria fazê-lo, caso a venda houvesse sido efetuada para o mercado interno. § 9º Relativamente à contribuição patronal, devida pela vendedora, a comercial exportadora deverá recolher, no prazo previsto no § 8º deste artigo, o valor correspondente a 11% (onze por cento) do valor das mercadorias não exportadas nos termos do § 7º deste artigo. § 10. Na hipótese do § 7º deste artigo, a empresa comercial exportadora não poderá deduzir do montante devido qualquer valor a título de crédito de Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI da Contribuição para o PIS/Pasep ou da Cofins, decorrente da aquisição das mercadorias e serviços objeto da incidência. § 11. Na hipótese do § 7º deste artigo, a empresa comercial exportadora deverá pagar, também, os impostos e contribuições devidos nas vendas para o mercado interno, caso, por qualquer forma, tenha alienado ou utilizado as mercadorias. § 12. Na apuração do montante devido no mês relativo a cada tributo, o contribuinte que apure receitas mencionadas nos incisos IV e V do § 4º deste artigo terá direito a redução do valor a ser recolhido na forma do Simples Nacional calculada nos termos dos §§ 13 e 14 deste artigo. § 13. Para efeito de determinação da redução de que trata o § 12 deste artigo, as receitas serão discriminadas em comerciais, industriais ou de prestação de serviços na forma dos Anexos I, II,III, IV e V desta Lei Complementar. § 14. A redução no montante a ser recolhido do Simples Nacional no mês relativo aos valores das receitas de que tratam os incisos IV e V do § 4º deste artigo corresponderá: I - no caso de revenda de mercadorias: a) ao percentual que incidiria sobre o montante total de receita, caso não houvesse nenhuma redução, previsto no Anexo I desta Lei Complementar, relativo à Cofins, aplicado sobre a respectiva parcela de receita referida nos incisos IV ou V do § 4º deste artigo, conforme o caso; FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR b) ao percentual que incidiria sobre o montante total de receita, caso não houvesse nenhuma redução, previsto no Anexo I desta Lei Complementar, relativo à Contribuição para o PIS/Pasep, aplicado sobre a respectiva parcela de receita referida nos incisos IV ou V do § 4º deste artigo, conforme o caso; c) ao percentual que incidiria sobre o montante total de receita, caso não houvesse nenhuma redução, previsto no Anexo I desta Lei Complementar, relativo ao ICMS, aplicado sobre a respectiva parcela de receita referida nos incisos IV ou V do § 4º deste artigo, conforme o caso; II - no caso de venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte: a) ao percentual que incidiria sobre o montante total de receita, caso não houvesse nenhuma redução, previsto no Anexo II desta Lei Complementar, relativo à Cofins, aplicado sobre a respectiva parcela de receita referida nos incisos IV ou V do § 4º deste artigo, conforme o caso; b) ao percentual que incidiria sobre o montante total de receita, caso não houvesse nenhuma redução, previsto no Anexo II desta Lei Complementar, relativo à Contribuição para o PIS/Pasep, aplicado sobre a respectiva parcela de receita referida nos incisos IV ou V do § 4º deste artigo, conforme o caso; c) ao percentual que incidiria sobre o montante total de receita, caso não houvesse nenhuma redução, previsto no Anexo II desta Lei Complementar, relativo ao ICMS, aplicado sobre a respectiva parcela de receita referida nos incisos IV ou V do § 4º deste artigo, conforme o caso; d) ao percentual que incidiria sobre o montante total de receita, caso não houvesse nenhuma redução, previsto no Anexo II desta Lei Complementar, relativo ao IPI, aplicado sobre a respectiva parcela de receita referida nos incisos IV ou V do § 4º deste artigo, conforme o caso. § 15. Será disponibilizado sistema eletrônico para realização do cálculo simplificado do valor mensal devido referente ao Simples Nacional. § 16. Se o valor da receita bruta auferida durante o ano-calendário ultrapassar o limite de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) multiplicados pelo número de meses do período de atividade, a parcela de receita que exceder o montante assim determinado estará sujeita às alíquotas máximas previstas nos Anexos I a V desta Lei Complementar, proporcionalmente conforme o caso, acrescidas de 20% (vinte por cento). § 17. Na hipótese de o Distrito Federal ou o Estado e os Municípios nele localizados adotarem o disposto nos incisos I e II do caput do art. 19 e no art. 20, ambos desta Lei Complementar, a parcela da receita bruta auferida durante o ano-calendário que ultrapassar o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais) ou R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais), respectivamente, multiplicados pelo número de meses do período de atividade, estará sujeita, em relação aos percentuais aplicáveis ao ICMS e ao ISS, às alíquotas máximas correspondentes a essas faixas previstas nos Anexos I a V desta Lei Complementar, proporcionalmente conforme o caso, acrescidas de 20% (vinte por cento). § 18. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito de suas respectivas competências, poderão estabelecer, na forma definida pelo Comitê Gestor, independentemente da receita bruta recebida no mês pelo contribuinte, valores fixos mensais para o recolhimento do ICMS e do ISS devido por microempresa que aufira receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), ficando a microempresa sujeita a esses valores durante todo o FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR ano-calendário. § 19. Os valores estabelecidos no § 18 deste artigo não poderão exceder a 50% (cinqüenta por cento) do maior recolhimento possível do tributo para a faixa de enquadramento prevista na tabela do caput deste artigo, respeitados os acréscimos decorrentes do tipo de atividade da empresa estabelecidos no § 5º deste artigo. § 20. Na hipótese em que o Estado, o Município ou o Distrito Federal concedam isenção ou redução do ICMS ou do ISS devido por microempresa ou empresa de pequeno porte, ou ainda determine recolhimento de valor fixo para esses tributos, na forma do § 18 deste artigo, será realizada redução proporcional ou ajuste do valor a ser recolhido, na forma definida em resolução do Comitê Gestor. § 21. O valor a ser recolhido na forma do disposto no § 20 deste artigo, exclusivamente na hipótese de isenção, não integrará o montante a ser partilhado com o respectivo Município, Estado ou Distrito Federal. § 22. A atividade constante do inciso XXVI do § 1º do art. 17 desta Lei Complementar recolherá o ISS em valor fixo, na forma da legislação municipal. § 23. Da base de cálculo do ISS será abatido o material fornecido pelo prestador dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. § 24. Para efeito de aplicação do Anexo V desta Lei Complementar, considera-se folha de salários incluídos encargos o montante pago, nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração, a título de salários, retiradas de pró-labore, acrescidos do montante efetivamente recolhido a título de contribuição para a Seguridade Social e para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Art. 19. Sem prejuízo da possibilidade de adoção de todas as faixas de receita previstas no art. 18 desta Lei Complementar, os Estados poderão optar pela aplicação, para efeito de recolhimento do ICMS na forma do Simples Nacional em seus respectivos territórios, da seguinte forma: I - os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto brasileiro seja de até 1% (um por cento) poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das faixas de receita bruta anual até R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais); II - os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto brasileiro seja de mais de 1% (um por cento) e de menos de 5% (cinco por cento) poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das faixas de receita bruta anual até R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais); e III - os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto brasileiro seja igual ou superior a 5% (cinco por cento) ficam obrigados a adotar todas as faixas de receita bruta anual. § 1º A participação no Produto Interno Bruto brasileiro será apurada levando em conta o último resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou outro órgão que o substitua. § 2º A opção prevista nos incisos I e II do caput deste artigo, bem como a obrigatoriedade de adotar o percentual previsto no inciso III do caput deste artigo, surtirá efeitos somente para o ano-calendário subseqüente. § 3º O disposto neste artigo aplica-se ao Distrito Federal. Art. 20. A opção feita na forma do art. 19 desta Lei Complementar pelos Estados importará adoção do mesmo limite de receita bruta anual para efeito de recolhimento na forma do ISS dos Municípios nele localizados, bem como para o do FACULDADE UNINASSAUCURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR ISS devido no Distrito Federal. § 1º As microempresas e empresas de pequeno porte que ultrapassarem os limites a que se referem os incisos I e II do caput do art. 19 desta Lei Complementar estarão automaticamente impedidas de recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples Nacional no ano-calendário subseqüente ao que tiver ocorrido o excesso. § 2º O disposto no § 1º deste artigo não se aplica na hipótese de o Estado ou de o Distrito Federal adotarem, compulsoriamente ou por opção, a aplicação de faixa de receita bruta superior à que vinha sendo utilizada no ano-calendário em que ocorreu o excesso da receita bruta. § 3º Na hipótese em que o recolhimento do ICMS ou do ISS não esteja sendo efetuado por meio do Simples Nacional por força do disposto neste artigo e no art. 19 desta Lei Complementar, as faixas de receita do Simples Nacional superiores àquela que tenha sido objeto de opção pelos Estados ou pelo Distrito Federal sofrerão, para efeito de recolhimento do Simples Nacional, redução na alíquota equivalente aos percentuais relativos a esses impostos constantes dos Anexos I a V desta Lei Complementar, conforme o caso. § 4º O Comitê Gestor regulamentará o disposto neste artigo e no art. 19 desta Lei Complementar. Seção IV Do Recolhimento dos Tributos Devidos Art. 21. Os tributos devidos, apurados na forma dos arts. 18 a 20 desta Lei Complementar, deverão ser pagos: I - por meio de documento único de arrecadação, instituído pelo Comitê Gestor; II - segundo códigos específicos, para cada espécie de receita discriminada no § 4º do art. 18 desta Lei Complementar; III - enquanto não regulamentado pelo Comitê Gestor, até o último dia útil da primeira quinzena do mês subseqüente àquele a que se referir; IV - em banco integrante da rede arrecadadora credenciada pelo Comitê Gestor. § 1º Na hipótese de a microempresa ou a empresa de pequeno porte possuir filiais, o recolhimento dos tributos do Simples Nacional dar-se-á por intermédio da matriz. § 2º Poderá ser adotado sistema simplificado de arrecadação do Simples Nacional, inclusive sem utilização da rede bancária, mediante requerimento do Estado, Distrito Federal ou Município ao Comitê Gestor. § 3º O valor não pago até a data do vencimento sujeitar-se-á à incidência de encargos legais na forma prevista na legislação do imposto sobre a renda. § 4º Caso tenha havido a retenção na fonte do ISS, ele será definitivo e deverá ser deduzida a parcela do Simples Nacional a ele correspondente, que será apurada, tomando-se por base as receitas de prestação de serviços que sofreram tal retenção, na forma prevista nos §§ 12 a 14 do art. 18 desta Lei Complementar, não sendo o montante recolhido na forma do Simples Nacional objeto de partilha com os municípios. § 5º O Comitê Gestor regulará o modo pelo qual será solicitado o pedido de restituição ou compensação dos valores do Simples Nacional recolhidos indevidamente ou em montante superior ao devido. Seção V Do Repasse do Produto da Arrecadação Art. 22. O Comitê Gestor definirá o sistema de repasses do total arrecadado, inclusive encargos legais, para o: FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR I - Município ou Distrito Federal, do valor correspondente ao ISS; II - Estado ou Distrito Federal, do valor correspondente ao ICMS; III - Instituto Nacional do Seguro Social, do valor correspondente à Contribuição para manutenção da Seguridade Social. Parágrafo único. Enquanto o Comitê Gestor não regulamentar o prazo para o repasse previsto no inciso II do caput deste artigo, esse será efetuado nos prazos estabelecidos nos convênios celebrados no âmbito do colegiado a que se refere a alínea g do inciso XII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal. Seção VI Dos Créditos Art. 23. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional. Art. 24. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal. Seção VII Das Obrigações Fiscais Acessórias Art. 25. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes do Simples Nacional apresentarão, anualmente, à Secretaria da Receita Federal declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais, que deverão ser disponibilizadas aos órgãos de fiscalização tributária e previdenciária, observados prazo e modelo aprovados pelo Comitê Gestor. Art. 26. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam obrigadas a: I - emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de acordo com instruções expedidas pelo Comitê Gestor; II - manter em boa ordem e guarda os documentos que fundamentaram a apuração dos impostos e contribuições devidos e o cumprimento das obrigações acessórias a que se refere o art. 25 desta Lei Complementar enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes. § 1º Os empreendedores individuais com receita bruta acumulada no ano de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais): I - poderão optar por fornecer nota fiscal avulsa obtida nas Secretarias de Fazenda ou Finanças dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios; II - farão a comprovação da receita bruta, mediante apresentação do registro de vendas independentemente de documento fiscal de venda ou prestação de serviço, ou escrituração simplificada das receitas, conforme instruções expedidas pelo Comitê Gestor; III - ficam dispensados da emissão do documento fiscal previsto no inciso I do caput deste artigo caso requeiram nota fiscal gratuita na Secretaria de Fazenda municipal ou adotem formulário de escrituração simplificada das receitas nos municípios que não utilizem o sistema de nota fiscal gratuita, conforme instruções expedidas pelo Comitê Gestor. § 2º As demais microempresas e as empresas de pequeno porte, além do disposto nos incisos I e II do caput deste artigo, deverão, ainda, manter o livro-caixa em que será escriturada sua movimentação financeira e bancária. § 3º A exigência de declaração única a que se refere o caput do art. 25 desta Lei FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Complementar não desobriga a prestação de informações relativas a terceiros. § 4º As microempresas e empresas de pequeno porte referidas no § 2º deste artigo ficam sujeitas a outras obrigações acessórias a serem estabelecidas pelo Comitê Gestor, com características nacionalmente uniformes, vedado o estabelecimento de regras unilaterais pelas unidades políticas partícipes do sistema. § 5º As microempresas e empresas de pequeno porte ficam sujeitas à entrega de declaração eletrônica que deva conter os dados referentes aos serviços prestados ou tomados de terceiros, na conformidade do que dispuser o Comitê Gestor. Art. 27. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão, opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os registros e controles das operações realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor. Seção VIII Da Exclusão do Simples Nacional Art. 28. A exclusão do Simples Nacional será feita de ofício ou mediante comunicação das empresas optantes. Parágrafo único. As regras previstas nesta seção e o modo de sua implementação serão regulamentados pelo Comitê Gestor. Art. 29. Aexclusão de ofício das empresas optantes pelo Simples Nacional dar-se-á quando: I - verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória; II - for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública; III - for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade; IV - a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas; V - tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta Lei Complementar; VI - a empresa for declarada inapta, na forma dos arts. 81 e 82 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e alterações posteriores; VII - comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho; VIII - houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da movimentação financeira, inclusive bancária; IX - for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade; X - for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de estoque, for superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade. § 1º Nas hipóteses previstas nos incisos II a X do caput deste artigo, a exclusão produzirá efeitos a partir do próprio mês em que incorridas, impedindo a opção pelo regime diferenciado e favorecido desta Lei Complementar pelos próximos 3 (três) anos-calendário seguintes. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR § 2º O prazo de que trata o § 1º deste artigo será elevado para 10 (dez) anos caso seja constatada a utilização de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha a fiscalização em erro, com o fim de suprimir ou reduzir o pagamento de tributo apurável segundo o regime especial previsto nesta Lei Complementar. § 3º A exclusão de ofício será realizada na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, cabendo o lançamento dos tributos e contribuições apurados aos respectivos entes tributantes. § 4º Para efeito do disposto no inciso I do caput deste artigo, não se considera período de atividade aquele em que tenha sido solicitada suspensão voluntária perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ. § 5º A competência para exclusão de ofício do Simples Nacional obedece ao disposto no art. 33, e o julgamento administrativo, ao disposto no art. 39, ambos desta Lei Complementar. Art. 30. A exclusão do Simples Nacional, mediante comunicação das microempresas ou das empresas de pequeno porte, dar-se-á: I - por opção; II - obrigatoriamente, quando elas incorrerem em qualquer das situações de vedação previstas nesta Lei Complementar; ou III - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-calendário de início de atividade, o limite de receita bruta correspondente a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), multiplicados pelo número de meses de funcionamento nesse período, em relação aos tributos e contribuições federais, e, em relação aos tributos estaduais, municipais e distritais, de R$ 100.000,00 (cem mil reais) ou R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais), também multiplicados pelo número de meses de funcionamento no período, caso o Distrito Federal, os Estados e seus respectivos Municípios tenham adotado os limites previstos nos incisos I e II do art. 19 e no art. 20, ambos desta Lei Complementar. § 1º A exclusão deverá ser comunicada à Secretaria da Receita Federal: I - na hipótese do inciso I do caput deste artigo, até o último dia útil do mês de janeiro; II - na hipótese do inciso II do caput deste artigo, até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorrida a situação de vedação; III - na hipótese do inciso III do caput deste artigo, até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subseqüente ao do início de atividades. § 2º A comunicação de que trata o caput deste artigo dar-se-á na forma a ser estabelecida pelo Comitê Gestor. Art. 31. A exclusão das microempresas ou das empresas de pequeno porte do Simples Nacional produzirá efeitos: I - na hipótese do inciso I do caput do art. 30 desta Lei Complementar, a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente, ressalvado o disposto no § 4º deste artigo; II - na hipótese do inciso II do caput do art. 30 desta Lei Complementar, a partir do mês seguinte da ocorrência da situação impeditiva; III - na hipótese do inciso III do caput do art. 30 desta Lei Complementar: a) desde o início das atividades; b) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente, na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) o limite proporcional de que trata o FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR § 10 do art. 3º desta Lei Complementar, em relação aos tributos federais, ou os respectivos limites de que trata o § 11 do mesmo artigo, em relação aos tributos estaduais, distritais ou municipais, conforme o caso; IV - na hipótese do inciso V do caput do art. 17 desta Lei Complementar, a partir do ano-calendário subseqüente ao da ciência da comunicação da exclusão. § 1º Na hipótese prevista no inciso III do caput do art. 30 desta Lei Complementar, a microempresa ou empresa de pequeno porte não poderá optar, no ano-calendário subseqüente ao do início de atividades, pelo Simples Nacional. § 2º Na hipótese do inciso V do caput do art. 17 desta Lei Complementar, será permitida a permanência da pessoa jurídica como optante pelo Simples Nacional mediante a comprovação da regularização do débito no prazo de até 30 (trinta) dias contado a partir da ciência da comunicação da exclusão. § 3º A exclusão do Simples Nacional na hipótese em que os Estados, Distrito Federal e Municípios adotem limites de receita bruta inferiores a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais) para efeito de recolhimento do ICMS e do ISS seguirá as regras acima, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor. § 4º No caso de a microempresa ou a empresa de pequeno porte ser excluída do Simples Nacional no mês de janeiro, na hipótese do inciso I do caput do art. 30 desta Lei Complementar, os efeitos da exclusão dar-se-ão nesse mesmo ano. Art. 32. As microempresas ou as empresas de pequeno porte excluídas do Simples Nacional sujeitar-se-ão, a partir do período em que se processarem os efeitos da exclusão, às normas de tributação aplicáveis às demais pessoas jurídicas. § 1º Para efeitos do disposto no caput deste artigo, na hipótese da alínea a do inciso III do caput do art. 31 desta Lei Complementar, a microempresa ou a empresa de pequeno porte desenquadrada ficará sujeita ao pagamento da totalidade ou diferença dos respectivos impostos e contribuições, devidos de conformidade com as normas gerais de incidência, acrescidos, tão-somente, de juros de mora, quando efetuado antes do início de procedimento de ofício. § 2º Para efeito do disposto no caput deste artigo, o sujeito passivo poderá optar pelo recolhimento do imposto de renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido na forma do lucro presumido, lucro real trimestralou anual. Seção IX Da Fiscalização Art. 33. A competência para fiscalizar o cumprimento das obrigações principais e acessórias relativas ao Simples Nacional e para verificar a ocorrência das hipóteses previstas no art. 29 desta Lei Complementar é da Secretaria da Receita Federal e das Secretarias de Fazenda ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal, segundo a localização do estabelecimento, e, tratando-se de prestação de serviços incluídos na competência tributária municipal, a competência será também do respectivo Município. § 1º As Secretarias de Fazenda ou Finanças dos Estados poderão celebrar convênio com os Municípios de sua jurisdição para atribuir a estes a fiscalização a que se refere o caput deste artigo. § 2º Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte exercer alguma das atividades de prestação de serviços previstas nos incisos XIII a XXVIII do § 1º do art. 17 desta Lei Complementar, caberá à Secretaria da Receita Previdenciária a fiscalização da Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR § 3º O valor não pago, apurado em procedimento de fiscalização, será exigido em lançamento de ofício pela autoridade competente que realizou a fiscalização. § 4º O Comitê Gestor disciplinará o disposto neste artigo. Seção X Da Omissão de Receita Art. 34. Aplicam-se à microempresa e à empresa de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional todas as presunções de omissão de receita existentes nas legislações de regência dos impostos e contribuições incluídos no Simples Nacional. Seção XI Dos Acréscimos Legais Art. 35. Aplicam-se aos impostos e contribuições devidos pela microempresa e pela empresa de pequeno porte, inscritas no Simples Nacional, as normas relativas aos juros e multa de mora e de ofício previstas para o imposto de renda, inclusive, quando for o caso, em relação ao ICMS e ao ISS. Art. 36. A falta de comunicação, quando obrigatória, da exclusão da pessoa jurídica do Simples Nacional, nos prazos determinados no § 1º do art. 30 desta Lei Complementar, sujeitará a pessoa jurídica a multa correspondente a 10% (dez por cento) do total dos impostos e contribuições devidos de conformidade com o Simples Nacional no mês que anteceder o início dos efeitos da exclusão, não inferior a R$ 500,00 (quinhentos reais), insusceptível de redução. Art. 37. A imposição das multas de que trata esta Lei Complementar não exclui a aplicação das sanções previstas na legislação penal, inclusive em relação a declaração falsa, adulteração de documentos e emissão de nota fiscal em desacordo com a operação efetivamente praticada, a que estão sujeitos o titular ou sócio da pessoa jurídica. Art. 38. O sujeito passivo que deixar de apresentar a Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica a que se refere o art. 25 desta Lei Complementar, no prazo fixado, ou que a apresentar com incorreções ou omissões, será intimado a apresentar declaração original, no caso de não-apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela autoridade fiscal, na forma definida pelo Comitê Gestor, e sujeitar-se-á às seguintes multas: I - de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, incidentes sobre o montante dos tributos e contribuições informados na Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica, ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega da declaração ou entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o disposto no § 3º deste artigo; II - de R$ 100,00 (cem reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas. § 1º Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso I do caput deste artigo, será considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado para a entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não-apresentação, da lavratura do auto de infração. § 2º Observado o disposto no § 3º deste artigo, as multas serão reduzidas: I - à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; II - a 75% (setenta e cinco por cento), se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. § 3º A multa mínima a ser aplicada será de R$ 500,00 (quinhentos reais). FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR § 4º Considerar-se-á não entregue a declaração que não atender às especificações técnicas estabelecidas pelo Comitê Gestor. § 5º Na hipótese do § 4º deste artigo, o sujeito passivo será intimado a apresentar nova declaração, no prazo de 10 (dez) dias, contados da ciência da intimação, e sujeitar-se-á à multa prevista no inciso I do caput deste artigo, observado o disposto nos §§ 1º a 3º deste artigo. Seção XII Do Processo Administrativo Fiscal Art. 39. O contencioso administrativo relativo ao Simples Nacional será de competência do órgão julgador integrante da estrutura administrativa do ente federativo que efetuar o lançamento ou a exclusão de ofício, observados os dispositivos legais atinentes aos processos administrativos fiscais desse ente. § 1º O Município poderá, mediante convênio, transferir a atribuição de julgamento exclusivamente ao respectivo Estado em que se localiza. § 2º No caso em que o contribuinte do Simples Nacional exerça atividades incluídas no campo de incidência do ICMS e do ISS e seja apurada omissão de receita de que não se consiga identificar a origem, a autuação será feita utilizando a maior alíquota prevista nesta Lei Complementar, e a parcela autuada que não seja correspondente aos tributos e contribuições federais será rateada entre Estados e Municípios ou Distrito Federal. § 3º Na hipótese referida no § 2º deste artigo, o julgamento caberá ao Estado ou ao Distrito Federal. Art. 40. As consultas relativas ao Simples Nacional serão solucionadas pela Secretaria da Receita Federal, salvo quando se referirem a tributos e contribuições de competência estadual ou municipal, que serão solucionadas conforme a respectiva competência Seção XIII Do Processo Judicial Art. 41. À exceção do disposto no § 3º deste artigo, os processos relativos a tributos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional serão ajuizados em face da União, que será representada em juízo pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. § 1º Os Estados, Distrito Federal e Municípios prestarão auxílio à Procuradoria- Geral da Fazenda Nacional, em relação aos tributos de sua competência, na forma a ser disciplinada por ato do Comitê Gestor. § 2º Os créditos tributários oriundos da aplicação desta Lei Complementar serão apurados, inscritos em Dívida Ativa da União e cobrados judicialmente pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. § 3º Mediante convênio, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional poderá delegar aos Estados e Municípios a inscrição em dívida ativa estadual e municipal e a cobrança judicial dos tributos estaduais e municipais a que se refere esta Lei Complementar. CAPÍTULO V DO ACESSO AOS MERCADOS Seção única Das Aquisições Públicas Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR assinatura do contrato. Art. 43. As microempresas e empresas de pequeno porte, por ocasião da participaçãoem certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal, mesmo que esta apresente alguma restrição. § 1º Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de 2 (dois) dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado o vencedor do certame, prorrogáveis por igual período, a critério da Administração Pública, para a regularização da documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa. § 2º A não-regularização da documentação, no prazo previsto no § 1º deste artigo, implicará decadência do direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a assinatura do contrato, ou revogar a licitação. Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte. § 1º Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem classificada. § 2º Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1º deste artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço. Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o empate, proceder-se-á da seguinte forma: I - a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado; II - não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, na forma do inciso I do caput deste artigo, serão convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem na hipótese dos §§ 1º e 2º do art. 44 desta Lei Complementar, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito; III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e empresas de pequeno porte que se encontrem nos intervalos estabelecidos nos §§ 1º e 2º do art. 44 desta Lei Complementar, será realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta. § 1º Na hipótese da não-contratação nos termos previstos no caput deste artigo, o objeto licitado será adjudicado em favor da proposta originalmente vencedora do certame. § 2º O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta inicial não tiver sido apresentada por microempresa ou empresa de pequeno porte. § 3º No caso de pregão, a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada será convocada para apresentar nova proposta no prazo máximo de 5 (cinco) minutos após o encerramento dos lances, sob pena de preclusão. Art. 46. A microempresa e a empresa de pequeno porte titular de direitos creditórios decorrentes de empenhos liquidados por órgãos e entidades da União, Estados, Distrito Federal e Município não pagos em até 30 (trinta) dias contados da data de liquidação poderão emitir cédula de crédito microempresarial. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Parágrafo único. A cédula de crédito microempresarial é título de crédito regido, subsidiariamente, pela legislação prevista para as cédulas de crédito comercial, tendo como lastro o empenho do poder público, cabendo ao Poder Executivo sua regulamentação no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da publicação desta Lei Complementar. Art. 47. Nas contratações públicas da União, dos Estados e dos Municípios, poderá ser concedido tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte objetivando a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, a ampliação da eficiência das políticas públicas e o incentivo à inovação tecnológica, desde que previsto e regulamentado na legislação do respectivo ente. Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar, a administração pública poderá realizar processo licitatório: I - destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); II - em que seja exigida dos licitantes a sub-contratação de microempresa ou de empresa de pequeno porte, desde que o percentual máximo do objeto a ser sub- contratado não exceda a 30% (trinta por cento) do total licitado; Art. 49. Não se aplica o disposto nos arts. 47 e 48 desta Lei Complementar quando: I - os critérios de tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não forem expressamente previstos no instrumento convocatório; II - não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores competitivos enquadrados como microempresas ou empresas de pequeno porte sediados local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no instrumento convocatório; III - o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não for vantajoso para a administração pública ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado; IV - a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. CAPÍTULO VI DA SIMPLIFICAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO Seção I Da Segurança e da Medicina do Trabalho Art. 50. As microempresas serão estimuladas pelo poder público e pelos Serviços Sociais Autônomos a formar consórcios para acesso a serviços especializados em segurança e medicina do trabalho. Seção II Das Obrigações Trabalhistas Art. 51. As microempresas e as empresas de pequeno porte são dispensadas: I - da afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências; II - da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro; III - de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR de Aprendizagem; IV - da posse do livro intitulado "Inspeção do Trabalho"; e V - de comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas. Art. 52. O disposto no art. 51 desta Lei Complementar não dispensa as microempresas e as empresas de pequeno porte dos seguintes procedimentos: I - anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS; II - arquivamento dos documentos comprobatórios de cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias, enquanto não prescreverem essas obrigações; III - apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP; IV - apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED. Parágrafo único. (VETADO). Art. 53. Além do disposto nos arts. 51 e 52 desta Lei Complementar, no que se refere às obrigações previdenciárias e trabalhistas, ao empresário com receita bruta anual no ano-calendário anterior de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais) é concedido, ainda, o seguinte tratamento especial, até o dia 31 de dezembro do segundo ano subseqüente ao de sua formalização: I - faculdade de o empresário ou os sócios da sociedade empresária contribuir para a Seguridade Social, em substituição à contribuição de que trata o caputdo art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, na forma do § 2º do mesmo artigo, na redação dada por esta Lei Complementar; II - dispensa do pagamento das contribuições sindicais de que trata a Seção I do Capítulo III do Título V da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943; III - dispensa do pagamento das contribuições de interesse das entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o art. 240 da Constituição Federal, denominadas terceiros, e da contribuição social do salário-educação prevista na Lei nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996; IV - dispensa do pagamento das contribuições sociais instituídas pelos arts. 1º e 2º da Lei Complementar nº 110, de 29 de junho de 2001. Parágrafo único. Os benefícios referidos neste artigo somente poderão ser usufruídos por até 3 (três) anos-calendário. Seção III Do Acesso à Justiça do Trabalho Art. 54. É facultado ao empregador de microempresa ou de empresa de pequeno porte fazer-se substituir ou representar perante a Justiça do Trabalho por terceiros que conheçam dos fatos, ainda que não possuam vínculo trabalhista ou societário. CAPÍTULO VII DA FISCALIZAÇÃO ORIENTADORA Art. 55. A fiscalização, no que se refere aos aspectos trabalhista, metrológico, sanitário, ambiental e de segurança, das microempresas e empresas de pequeno porte deverá ter natureza prioritariamente orientadora, quando a atividade ou situação, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse procedimento. § 1º Será observado o critério de dupla visita para lavratura de autos de infração, FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR salvo quando for constatada infração por falta de registro de empregado ou anotação da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, ou, ainda, na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à fiscalização. § 2º (VETADO). § 3º Os órgãos e entidades competentes definirão, em 12 (doze) meses, as atividades e situações cujo grau de risco seja considerado alto, as quais não se sujeitarão ao disposto neste artigo. § 4º O disposto neste artigo não se aplica ao processo administrativo fiscal relativo a tributos, que se dará na forma dos arts. 39 e 40 desta Lei Complementar. CAPÍTULO VIII DO ASSOCIATIVISMO Seção Única Do Consórcio Simples Art. 56. As microempresas ou as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão realizar negócios de compra e venda, de bens e serviços, para os mercados nacional e internacional, por meio de consórcio, por prazo indeterminado, nos termos e condições estabelecidos pelo Poder Executivo federal. § 1º O consórcio de que trata o caput deste artigo será composto exclusivamente por microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional. § 2º O consórcio referido no caput deste artigo destinar-se-á ao aumento de competitividade e a sua inserção em novos mercados internos e externos, por meio de ganhos de escala, redução de custos, gestão estratégica, maior capacitação, acesso a crédito e a novas tecnologias. CAPÍTULO IX DO ESTÍMULO AO CRÉDITO E À CAPITALIZAÇÃO Seção I Disposições Gerais Art. 57. O Poder Executivo federal proporá, sempre que necessário, medidas no sentido de melhorar o acesso das microempresas e empresas de pequeno porte aos mercados de crédito e de capitais, objetivando a redução do custo de transação, a elevação da eficiência alocativa, o incentivo ao ambiente concorrencial e a qualidade do conjunto informacional, em especial o acesso e portabilidade das informações cadastrais relativas ao crédito. Art. 58. Os bancos comerciais públicos e os bancos múltiplos públicos com carteira comercial e a Caixa Econômica Federal manterão linhas de crédito específicas para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, devendo o montante disponível e suas condições de acesso ser expressos nos respectivos orçamentos e amplamente divulgadas. Parágrafo único. As instituições mencionadas no caput deste artigo deverão publicar, juntamente com os respectivos balanços, relatório circunstanciado dos recursos alocados às linhas de crédito referidas no caput deste artigo e aqueles efetivamente utilizados, consignando, obrigatoriamente, as justificativas do desempenho alcançado. Art. 59. As instituições referidas no caput do art. 58 desta Lei Complementar devem se articular com as respectivas entidades de apoio e representação das microempresas e empresas de pequeno porte, no sentido de proporcionar e desenvolver programas de treinamento, desenvolvimento gerencial e capacitação tecnológica. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Art. 60. (VETADO). Art. 61. Para fins de apoio creditício às operações de comércio exterior das microempresas e das empresas de pequeno porte, serão utilizados os parâmetros de enquadramento ou outros instrumentos de alta significância para as microempresas, empresas de pequeno porte exportadoras segundo o porte de empresas, aprovados pelo Mercado Comum do Sul - MERCOSUL. Seção II Das Responsabilidades do Banco Central do Brasil Art. 62. O Banco Central do Brasil poderá disponibilizar dados e informações para as instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional, inclusive por meio do Sistema de Informações de Crédito - SCR, visando a ampliar o acesso ao crédito para microempresas e empresas de pequeno porte e fomentar a competição bancária. § 1º O disposto no caput deste artigo alcança a disponibilização de dados e informações específicas relativas ao histórico de relacionamento bancário e creditício das microempresas e das empresas de pequeno porte, apenas aos próprios titulares. § 2º O Banco Central do Brasil poderá garantir o acesso simplificado, favorecido e diferenciado dos dados e informações constantes no § 1º deste artigo aos seus respectivos interessados, podendo a instituição optar por realizá-lo por meio das instituições financeiras, com as quais o próprio cliente tenha relacionamento. Seção III Das Condições de Acesso aos Depósitos Especiais do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT Art. 63. O CODEFAT poderá disponibilizar recursos financeiros por meio da criação de programa específico para as cooperativas de crédito de cujos quadros de cooperados participem micro-empreendedores, empreendedores de microempresa e empresa de pequeno porte bem como suas empresas. Parágrafo único. Os recursos referidos no caput deste artigo deverão ser destinados exclusivamente às microempresas e empresas de pequeno porte. CAPÍTULO X DO ESTÍMULO À INOVAÇÃO Seção I Disposições Gerais Art. 64. Para os efeitos desta Lei Complementar considera-se: I - inovação: a concepção de um novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando em maior competitividade no mercado; II - agência de fomento: órgão ou instituição de natureza pública ou privada que tenha entre os seus objetivos o financiamento de ações que visem a estimular e promover o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação; III - Instituição Científica e Tecnológica - ICT: órgão ou entidade da administração pública que tenha por missão institucional, dentre outras, executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico; IV - núcleo de inovação tecnológica: núcleo ou órgão constituído por uma ou mais ICT com a finalidade de gerirDISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Já em uma visão macroeconômica, pode-se observar também como o comércio beneficia a todos: uma vez que a criação um produto implica em custos, e um destes custos é o próprio tempo deve-se pensar que ainda que um país consiga produzir tudo com mais qualidade ou quantidade que outro, este mesmo país, ainda lucraria mais caso se concentrasse apenas naquilo que ele produz de melhor, focando-se no aperfeiçoamento daquele bem ao invés de produzir de forma difusa, desperdiçando tempo. Assim, um segundo país teria menos concorrência para produzir em outros setores, e ambos países se beneficiariam, cada um produzindo bens de forma especializada, economizando tempo e recursos e melhorando técnicas e aumentando a produção, o que reduziria os preços e beneficiaria os consumidores, assim, o comércio seria benéfico a todos.[5] Uma vez compreendido a eficácia do comércio na vida dos membros de uma sociedade ou mesmo em uma visão macro, entre países, deve-se observar como se configura a economia. 3 A CONFIGURAÇÃO DA ECONOMIA Há duas formas da economia de uma sociedade se configurar, pode-se dar pela definição do Estado, imerso no domínio público ou em um prisma privado, através do livre exercício da atividade econômica: Segundo os ensinamentos de Mankiw[6], a economia de um país pode ser planejada pelo Estado, sendo este sistema conhecido como "economia de planejamento central" ou pode ser guiada pelo Livre Mercado, em um sistema chamado de "economia de mercado". Quando o Estado define como alocar os recursos ele decidirá quais bens serão produzidos, quanto será produzido, quem irá produzir e como seria distribuído na sociedade, sendo a maior preocupação do Estado, o bem-estar econômico da Sociedade. Já quando o Estado opta por deixar o mercado livre para a iniciativa privada, teremos milhares de famílias constituindo milhares de empresas, e tomando decisões sobre diversos bens e serviços. Neste modelo de mercado, não há uma preocupação com o bem-estar da sociedade, mas sim como o bem-estar próprio. As decisões são tomadas de forma descentralizadas, e movidas por interesses particulares, mas ainda assim, a economia de mercado privado tem se mostrado muito bem-sucedida para promover um bem-estar geral do que a economia regulamentada pelo Estado.[7] Robert Cooter[8] ensina que a eficiência no mercado se relaciona ao fato do homem ser racional, e justamente por este ser racional, ele tende à buscar a maximização das coisas: Os economistas geralmente supõem que cada agente econômico maximize algo: os consumidores maximizam a utilidade (isto é, a felicidade ou satisfação), as empresas maximizam os lucros, os políticos maximizam votos, as burocracias maximizam as receitas, [...] e assim por diante. Os economistas dizem, muitas vezes, que os modelos que supõem o comportamento maximizador funcionam porque a maioria das pessoas são racionais, e a racionalidade exige a maximização.[9] FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Assim, com o tempo, a maior parte dos Estados deixou de tentar regular a economia pelo planejamento central, por perceber que o mercado operado por particulares trazia melhores resultados.[10] Desta forma, é interessante entender como os particulares atuam no mercado, exercendo a liberdade comercial privada. 4 O FENÔMENO DO LIVRE EXERCÍCIO DA ATIVIDADE ECONÔMICA No Brasil, a lei assegura o livre exercício da atividade econômica através da Constituição Federal, em seu dispositivo 170 caput: ―A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social [...]. [11]‖ Depois reforça esta ideia em seu parágrafo único: ―É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.[12] ‖ Vicente Bagnoli afirma que ―[...] o constituinte buscou afastar empecilhos burocráticos que retardassem, dificultassem ou impedissem o exercício de qualquer atividade econômica, salvo os casos específicos previstos em lei.[13]― O fenômeno do sucesso da iniciativa privada conduzindo o mercado, foi observado e estudado pelo pensador escocês Adam Smith, que buscou entender como as ações de indivíduos egoístas agindo em nome da sua própria vontade, poderia resultar em um mercado ordenado e estável.[14] Ele deu a resposta em sua obra de 1776, A riqueza das nações. O homem, com sua liberdade, rivalidade e desejo de ganhar, é ―guiado por uma mão invisível a promover um fim que não fazia parte de sua intenção‖ – ele age de modo involuntário em nome do interesse maior da sociedade.[15] Para Adam Smith, ficou claro que todo indivíduo age em interesse próprio, e em um mercado isto pode levara a uma mistura caótica de produtos e preços, mas, outras pessoas interesseiras também fazem a competição, se aproveitando da ganancia alheia. Isto resulta que, se um vendedor cobrar caro demais, o seu concorrente irá reduzir o preço de seu produto, assim o primeiro não conseguirá realizar vendas, indo à falência se não rebaixar seu preço a um valor competitivo. Também ao empregador que pagar um salário baixo demais, terá seu concorrente pegando os empregados dele e com isto não haverá mão de obra para o primeiro conduzir sua empresa, levando-o a falência. Além destes fatores, o mercado por sua vez, constituído pelos consumidores, demandam por determinados produtos, condicionando a produção. Assim a mão invisível impõe ordem ao mercado regulado pelo setor privado.[16] http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Segundo Mankiw, Adam Smith também aborda outro ponto importante: a influência negativa da mão opressiva do Estado sobre a mão invisível do mercado privado. Quando o Estado decide intervir na economia ele acaba distorcendo o mercado de alguma forma, seja controlando os preços, ou instituindo impostos, as famílias e empresas que regem a mão invisível terão de aprender a lidar com esta distorção e o mercado de uma forma geral vai sofrer o impacto e precisará se reajustar ao equilíbrio.[17] O Estado não entende o que é valioso para o mercado, o Estado planeja com base naquilo que ele julga necessário. Os planejadores centrais falharam porque "não tinham as informações necessárias sobre o gasto dos consumidores e os custos dos produtores que, em uma economia de mercado são refletidas nos preços."[18] Pensar no Estado como um ente que interfere de forma maléfica na economia leva ao seguinte questionamento: qual é a importância do Estado para a economia? 5 O PAPEL DO ESTADO NA PROTEÇÃO DA ECONOMIA O Estado é importante quando se entende que alguém tem que garantir o funcionamento regular da sociedade. O comércio só irá funcionar se houver uma sociedade organizada, e é aí que o estado entra. (Posso citar o leviatã). É na política e no direito que o estado organiza a sociedade. Graças ao estado o cidadão tem garantido o seu direito de propriedade privada, trazendo segurança e garantias para as relações comerciais, viabilizando a existência do mercado em si.[19] A propriedade privada é garantida pela Constituição Federal em seu art. 5º, XXII como garantia ao indivíduo e como princípio da ordem econômica, sendo um pressuposto da liberdade e iniciativa. É característica típica da economia capitalista e sem ela não haveria segurança jurídica parasua política de inovação; V - instituição de apoio: instituições criadas sob o amparo da Lei nº 8.958, de 20 de FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR dezembro de 1994, com a finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico. Seção II Do Apoio à Inovação Art. 65. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e as respectivas agências de fomento, as ICT, os núcleos de inovação tecnológica e as instituições de apoio manterão programas específicos para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive quando estas revestirem a forma de incubadoras, observando-se o seguinte: I - as condições de acesso serão diferenciadas, favorecidas e simplificadas; II - o montante disponível e suas condições de acesso deverão ser expressos nos respectivos orçamentos e amplamente divulgados. § 1º As instituições deverão publicar, juntamente com as respectivas prestações de contas, relatório circunstanciado das estratégias para maximização da participação do segmento, assim como dos recursos alocados às ações referidas no caput deste artigo e aqueles efetivamente utilizados, consignando, obrigatoriamente, as justificativas do desempenho alcançado no período. § 2º As pessoas jurídicas referidas no caput deste artigo terão por meta a aplicação de, no mínimo, 20% (vinte por cento) dos recursos destinados à inovação para o desenvolvimento de tal atividade nas microempresas ou nas empresas de pequeno porte. § 3º Os órgãos e entidades integrantes da administração pública federal atuantes em pesquisa, desenvolvimento ou capacitação tecnológica terão por meta efetivar suas aplicações, no percentual mínimo fixado no § 2º deste artigo, em programas e projetos de apoio às microempresas ou às empresas de pequeno porte, transmitindo ao Ministério da Ciência e Tecnologia, no primeiro trimestre de cada ano, informação relativa aos valores alocados e a respectiva relação percentual em relação ao total dos recursos destinados para esse fim. § 4º Fica o Ministério da Fazenda autorizado a reduzir a zero a alíquota do IPI, da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep incidentes na aquisição de equipamentos, máquinas, aparelhos, instrumentos, acessórios sobressalentes e ferramentas que os acompanhem, adquiridos por microempresas ou empresas de pequeno porte que atuem no setor de inovação tecnológica, na forma definida em regulamento. Art. 66. No primeiro trimestre do ano subseqüente, os órgãos e entidades a que alude o art. 67 desta Lei Complementar transmitirão ao Ministério da Ciência e Tecnologia relatório circunstanciado dos projetos realizados, compreendendo a análise do desempenho alcançado. Art. 67. Os órgãos congêneres ao Ministério da Ciência e Tecnologia estaduais e municipais deverão elaborar e divulgar relatório anual indicando o valor dos recursos recebidos, inclusive por transferência de terceiros, que foram aplicados diretamente ou por organizações vinculadas, por Fundos Setoriais e outros, no segmento das microempresas e empresas de pequeno porte, retratando e avaliando os resultados obtidos e indicando as previsões de ações e metas para ampliação de sua participação no exercício seguinte. CAPÍTULO XI DAS REGRAS CIVIS E EMPRESARIAIS Seção I FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Das Regras Civis Subseção I Do Pequeno Empresário Art. 68. Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação do disposto nos arts. 970 e 1.179 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, o empresário individual caracterizado como microempresa na forma desta Lei Complementar que aufira receita bruta anual de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais). Subseção II (VETADO) Art. 69. (VETADO). Seção II Das Deliberações Sociais e da Estrutura Organizacional Art. 70. As microempresas e as empresas de pequeno porte são desobrigadas da realização de reuniões e assembléias em qualquer das situações previstas na legislação civil, as quais serão substituídas por deliberação representativa do primeiro número inteiro superior à metade do capital social. § 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica caso haja disposição contratual em contrário, caso ocorra hipótese de justa causa que enseje a exclusão de sócio ou caso um ou mais sócios ponham em risco a continuidade da empresa em virtude de atos de inegável gravidade. § 2º Nos casos referidos no § 1º deste artigo, realizar-se-á reunião ou assembléia de acordo com a legislação civil. Art. 71. Os empresários e as sociedades de que trata esta Lei Complementar, nos termos da legislação civil, ficam dispensados da publicação de qualquer ato societário. Seção III Do Nome Empresarial Art. 72. As microempresas e as empresas de pequeno porte, nos termos da legislação civil, acrescentarão à sua firma ou denominação as expressões "Microempresa" ou "Empresa de Pequeno Porte", ou suas respectivas abreviações, "ME" ou "EPP", conforme o caso, sendo facultativa a inclusão do objeto da sociedade. Seção IV Do Protesto de Títulos Art. 73. O protesto de título, quando o devedor for microempresário ou empresa de pequeno porte, é sujeito às seguintes condições: I - sobre os emolumentos do tabelião não incidirão quaisquer acréscimos a título de taxas, custas e contribuições para o Estado ou Distrito Federal, carteira de previdência, fundo de custeio de atos gratuitos, fundos especiais do Tribunal de Justiça, bem como de associação de classe, criados ou que venham a ser criados sob qualquer título ou denominação, ressalvada a cobrança do devedor das despesas de correio, condução e publicação de edital para realização da intimação; II - para o pagamento do título em cartório, não poderá ser exigido cheque de emissão de estabelecimento bancário, mas, feito o pagamento por meio de cheque, de emissão de estabelecimento bancário ou não, a quitação dada pelo tabelionato de protesto será condicionada à efetiva liquidação do cheque; III - o cancelamento do registro de protesto, fundado no pagamento do título, será feito independentemente de declaração de anuência do credor, salvo no caso de impossibilidade de apresentação do original protestado; FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR IV - para os fins do disposto no caput e nos incisos I, II e III do caput deste artigo, o devedor deverá provar sua qualidade de microempresa ou de empresa de pequeno porte perante o tabelionato de protestos de títulos, mediante documento expedido pela Junta Comercial ou pelo Registro Civil das Pessoas Jurídicas, conforme o caso; V - quando o pagamento do título ocorrer com cheque sem a devida provisão de fundos, serão automaticamente suspensos pelos cartórios de protesto, pelo prazo de 1 (um) ano, todos os benefícios previstos para o devedor neste artigo, independentemente da lavratura e registro do respectivo protesto. CAPÍTULO XII DO ACESSO À JUSTIÇA Seção I Do Acesso aos Juizados Especiais Art. 74. Aplica-se às microempresas e às empresas de pequeno porte de que trata esta Lei Complementar o disposto no § 1º do art. 8º da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, e no inciso I do caput do art. 6º da Lei nº 10.259, de 12 de julho de 2001, as quais, assim como as pessoas físicas capazes, passam a ser admitidas como proponentes de ação perante o Juizado Especial, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas. Seção II Da Conciliação Prévia, Mediaçãoe Arbitragem Art. 75. As microempresas e empresas de pequeno porte deverão ser estimuladas a utilizar os institutos de conciliação prévia, mediação e arbitragem para solução dos seus conflitos. § 1º Serão reconhecidos de pleno direito os acordos celebrados no âmbito das comissões de conciliação prévia. § 2º O estímulo a que se refere o caput deste artigo compreenderá campanhas de divulgação, serviços de esclarecimento e tratamento diferenciado, simplificado e favorecido no tocante aos custos administrativos e honorários cobrados. CAPÍTULO XIII DO APOIO E DA REPRESENTAÇÃO Art. 76. Para o cumprimento do disposto nesta Lei Complementar, bem como para desenvolver e acompanhar políticas públicas voltadas às microempresas e empresas de pequeno porte, o poder público, em consonância com o Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, deverá incentivar e apoiar a criação de fóruns com participação dos órgãos públicos competentes e das entidades vinculadas ao setor. Parágrafo único. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior coordenará com as entidades representativas das microempresas e empresas de pequeno porte a implementação dos fóruns regionais nas unidades da federação. CAPÍTULO XIV DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 77. Promulgada esta Lei Complementar, o Comitê Gestor expedirá, em 6 (seis) meses, as instruções que se fizerem necessárias à sua execução. § 1º O Ministério do Trabalho e Emprego, a Secretaria da Receita Federal, a Secretaria da Receita Previdenciária, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão editar, em 1 (um) ano, as leis e demais atos necessários para assegurar o FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR pronto e imediato tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido às microempresas e às empresas de pequeno porte § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista integrantes da administração pública federal adotarão, no prazo previsto no § 1º deste artigo, as providências necessárias à adaptação dos respectivos estatutos ao disposto nesta Lei Complementar. § 3º (VETADO). Art. 78. As microempresas e as empresas de pequeno porte que se encontrem sem movimento há mais de 3 (três) anos poderão dar baixa nos registros dos órgãos públicos federais, estaduais e municipais, independentemente do pagamento de débitos tributários, taxas ou multas devidas pelo atraso na entrega das respectivas declarações nesses períodos. § 1º Os órgãos referidos no caput deste artigo terão o prazo de 60 (sessenta) dias para efetivar a baixa nos respectivos cadastros. § 2º Ultrapassado o prazo previsto no § 1º deste artigo sem manifestação do órgão competente, presumir-se-á a baixa dos registros das microempresas e as das empresas de pequeno porte. § 3º A baixa, na hipótese prevista neste artigo ou nos demais casos em que venha a ser efetivada, inclusive naquele a que se refere o art. 9º desta Lei Complementar, não impede que, posteriormente, sejam lançados ou cobrados impostos, contribuições e respectivas penalidades, decorrentes da simples falta de recolhimento ou da prática, comprovada e apurada em processo administrativo ou judicial, de outras irregularidades praticadas pelos empresários, pelas microempresas, pelas empresas de pequeno porte ou por seus sócios ou administradores, reputando-se como solidariamente responsáveis, em qualquer das hipóteses referidas neste artigo, os titulares, os sócios e os administradores do período de ocorrência dos respectivos fatos geradores ou em períodos posteriores. § 4º Os titulares ou sócios também são solidariamente responsáveis pelos tributos ou contribuições que não tenham sido pagos ou recolhidos, inclusive multa de mora ou de ofício, conforme o caso, e juros de mora. Art. 79. Será concedido, para ingresso no regime diferenciado e favorecido previsto nesta Lei Complementar, parcelamento, em até 120 (cento e vinte) parcelas mensais e sucessivas, dos débitos relativos aos tributos e contribuições previstos no Simples Nacional, de responsabilidade da microempresa ou empresa de pequeno porte e de seu titular ou sócio, relativos a fatos geradores ocorridos até 31 de janeiro de 2006. § 1º O valor mínimo da parcela mensal será de R$ 100,00 (cem reais), considerados isoladamente os débitos para com a Fazenda Nacional, para com a Seguridade Social, para com a Fazenda dos Estados, dos Municípios ou do Distrito Federal. § 2º Esse parcelamento alcança inclusive débitos inscritos em dívida ativa. § 3º O parcelamento será requerido à respectiva Fazenda para com a qual o sujeito passivo esteja em débito. § 4º Aplicam-se ao disposto neste artigo as demais regras vigentes para parcelamento de tributos e contribuições federais, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor. Art. 80. O art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, fica acrescido dos seguintes §§ 2º e 3º, passando o parágrafo único a vigorar como § 1º: FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR "Artigo 21. (...) (...) § 2º É de 11% (onze por cento) sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição a alíquota de contribuição do segurado contribuinte individual que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, e do segurado facultativo que optarem pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição. § 3º O segurado que tenha contribuído na forma do § 2º deste artigo e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contribuição a que se refere o art. 94 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição mensal mediante o recolhimento de mais 9% (nove por cento), acrescido dos juros moratórios de que trata o disposto no art. 34 desta Lei." (NR) Art. 81. O art. 45 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Artigo 45. (...) (...) § 2º Para apuração e constituição dos créditos a que se refere o § 1º deste artigo, a Seguridade Social utilizará como base de incidência o valor da média aritmética simples dos maiores salários- de-contribuição, reajustados, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994. (...) § 4º Sobre os valores apurados na forma dos §§ 2º e 3º deste artigo incidirão juros moratórios de 0,5% (zero vírgula cinco por cento) ao mês, capitalizados anualmente, limitados ao percentual máximo de 50% (cinqüenta por cento), e multa de 10% (dez por cento). (...) § 7º A contribuição complementar a que se refere o § 3º do art. 21 desta Lei será exigida a qualquer tempo, sob pena de indeferimento do benefício." (NR) Art. 82. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Artigo 9º (...) § 1º O Regime Geral de Previdência Social - RGPS garante a cobertura de todas as situações expressas no art. 1º desta Lei, exceto as de desemprego involuntário, objeto de lei específica, e de aposentadoria por tempo de contribuição para o trabalhador de que trata o § 2º do art. 21 da FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. (...).....(...)...(...)..(...)" (NR) "Artigo 18. (...).........(...)I - (...) (...) c) aposentadoria por tempo de contribuição; (...) § 3º O segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, e o segurado facultativo que contribuam na forma do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, não farão jus à aposentadoria por tempo de contribuição." (NR) "Artigo 55. (...) (...) § 4º Não será computado como tempo de contribuição, para efeito de concessão do benefício de que trata esta subseção, o período em que o segurado contribuinte individual ou facultativo tiver contribuído na forma do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, salvo se tiver complementado as contribuições na forma do § 3º do mesmo artigo." (NR) Art. 83. O art. 94 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, fica acrescido do seguinte § 2º, passando o parágrafo único a vigorar como § 1º: "Artigo 94. (...) (...) § 2º Não será computado como tempo de contribuição, para efeito dos benefícios previstos em regimes próprios de previdência social, o período em que o segurado contribuinte individual ou facultativo tiver contribuído na forma do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, salvo se complementadas as contribuições na forma do § 3º do mesmo artigo." (NR) Art. 84. O art. 58 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º: "Artigo 58. (...) (...) § 3º Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a forma e a natureza da remuneração." (NR) Art. 85. (VETADO). Art. 86. As matérias tratadas nesta Lei Complementar que não sejam reservadas constitucionalmente a lei complementar poderão ser objeto de alteração por lei ordinária. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Art. 87. O § 1º do art. 3º da Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação: "Artigo 3º (...) § 1º O valor adicionado corresponderá, para cada Município: I - ao valor das mercadorias saídas, acrescido do valor das prestações de serviços, no seu território, deduzido o valor das mercadorias entradas, em cada ano civil; II - nas hipóteses de tributação simplificada a que se refere o parágrafo único do art. 146 da Constituição Federal, e, em outras situações, em que se dispensem os controles de entrada, considerar- se-á como valor adicionado o percentual de 32% (trinta e dois por cento) da receita bruta. (...)" (NR) Art. 88. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, ressalvado o regime de tributação das microempresas e empresas de pequeno porte, que entra em vigor em 1º de julho de 2007. Art. 89. Ficam revogadas, a partir de 1º de julho de 2007, a Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e a Lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999. Brasília, 14 de dezembro de 2006; 185º da Independência e 118º da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Guido Mantega Luiz Marinho Luiz Fernando Furlan Dilma Rousseff ANEXO I Partilha do Simples Nacional - Comércio Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP INSS ICMS Até 120.000,00 4,00% 0,00% 0,21% 0,74% 0,00% 1,80% 1,25% De 120.000,01 a 240.000,00 5,47% 0,00% 0,36% 1,08% 0,00% 2,17% 1,86% De 240.000,01 a 360.000,00 6,84% 0,31% 0,31% 0,95% 0,23% 2,71% 2,33% De 360.000,01 a 480.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% De 480.000,01 a 600.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% De 600.000,01 a 720.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% De 720.000,01 a 840.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% De 840.000,01 a 960.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% De 960.000,01 a 1.080.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR ANEXO II Partilha do Simples Nacional - Indústria Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP INSS ICMS IPI Até 120.000,00 4,50% 0,00% 0,21% 0,74% 0,00% 1,80% 1,25% 0,50% De 120.000,01 a 240.000,00 5,97% 0,00% 0,36% 1,08% 0,00% 2,17% 1,86% 0,50% De 240.000,01 a 360.000,00 7,34% 0,31% 0,31% 0,95% 0,23% 2,71% 2,33% 0,50% De 360.000,01 a 480.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50% De 480.000,01 a 600.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50% De 600.000,01 a 720.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50% De 720.000,01 a 840.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50% De 840.000,01 a 960.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50% De 960.000,01 a 1.080.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50% De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50% ANEXO III Partilha do Simples Nacional - Serviços e Locação de Bens Móveis Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP INSS ISS Até 120.000,00 6,00% 0,00% 0,39% 1,19% 0,00% 2,42% 2,00% De 120.000,01 a 240.000,00 8,21% 0,00% 0,54% 1,62% 0,00% 3,26% 2,79% De 240.000,01 a 360.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50% De 360.000,01 a 480.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84% De 480.000,01 a 600.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87% De 600.000,01 a 720.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23% De 720.000,01 a 840.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26% De 840.000,01 a 960.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31% De 960.000,01 a 1.080.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00% De 1.440.000,01 a 1.560.000,0015,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00% ANEXO IV Partilha do Simples Nacional - Serviços Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ISS Até 120.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00% De 120.000,01 a 240.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79% De 240.000,01 a 360.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50% De 360.000,01 a 480.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84% FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR De 480.000,01 a 600.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87% De 600.000,01 a 720.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23% De 720.000,01 a 840.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26% De 840.000,01 a 960.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31% De 960.000,01 a 1.080.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00% De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00% ANEXO V 1) Será apurada a relação (r) conforme abaixo: (r) = Folha de Salários incluídos encargos (em 12 meses) / Receita Bruta (em 12 meses) 2) Na hipótese em que (r) seja maior ou igual a 0,40 (quarenta centésimos), as alíquotas do Simples Nacional relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL e Cofins corresponderão ao seguinte: Receita Bruta em 12 meses (em R$) IRPJ, PIS/PASEP, COFINS E CSLL Até 120.000,00 4,00% De 120.000,01 a 240.000,00 4,48% De 240.000,01 a 360.000,00 4,96% De 360.000,01 a 480.000,00 5,44% De 480.000,01 a 600.000,00 5,92% De 600.000,01 a 720.000,00 6,40% De 720.000,01 a 840.000,00 6,88% De 840.000,01 a 960.000,00 7,36% De 960.000,01 a 1.080.000,00 7,84% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 8,32% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 8,80% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 9,28% De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 9,76% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,24% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,72% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11,20% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,68% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 12,16% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 12,64% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 13,50% 3) Na hipótese em que (r) seja maior ou igual a 0,35 (trinta e cinco centésimos) e menor que 0,40 (quarenta centésimos), a alíquota do Simples Nacional relativa ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL e Cofins para todas as faixas de receita bruta será igual a 14,00% (catorze por cento). 4) Na hipótese em que (r) seja maior ou igual a 0,30 (trinta centésimos) e menor que 0,35 (trinta e cinco centésimos), a alíquota do Simples Nacional relativa ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL e Cofins para todas as faixas de receita bruta será igual a 14,50% (catorze inteiros e cinqüenta centésimos por cento). 5) Na hipótese em que (r) seja menor que 0,30 (trinta centésimos), a alíquota do Simples Nacional relativa ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL e Cofins para todas as faixas de receita bruta será igual a 15,00% (quinze por cento). FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR 6) Somar-se-á a alíquota do Simples Nacional relativa ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL e Cofins apurada na forma acima a parcela correspondente ao ISS prevista no Anexo IV desta Lei Complementar. 7) A partilha das receitas relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL e Cofins arrecadadas na forma deste Anexo será realizada com base nos seguintes percentuais: Receita Bruta em 12 meses (em R$) IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP Até 120.000,00 0,00% 49,00% 51,00% 0,00% De 120.000,01 a 240.000,00 0,00% 49,00% 51,00% 0,00% De 240.000,01 a 360.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 360.000,01 a 480.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 480.000,01 a 600.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 600.000,01 a 720.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 720.000,01 a 840.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 840.000,01 a 960.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 960.000,01 a 1.080.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 45,00% 23,00% 27,00% 5,00% FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Teoria Geral Empresa. Obrigações dos Empresários: Os atos necessários para a formalização do registro de empresa Os empresários têm certas obrigações que, uma vez não cumpridas, implicam em graves consequências, até mesmo penais. São elas: o registro na Junta Comercial, a escrituração regular de seus negócios e as demonstrações contábeis periódicas. O empresário que não cumpri-las é chamado de empresário irregular e sua empresa informal. O principal ato a ser cumprido tem a atual denominação de ―Registro de Empresas Mercantis e Atividades Afins‖, e deve ser efetuado pelas sociedades empresárias na Junta Comercial competente da unidade federativa em que se localiza. Já as sociedades simples devem registrar-se no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. O Departamento Nacional do Registro do Comércio é o órgão federal responsável pela normatização, disciplina, supervisão e controle do registro, isto é, tem competência para coordenar e orientar os atos praticados pelas Juntas Comerciais e organizar o Cadastro Nacional de Empresas Mercantis. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Já as Juntas Comerciais se estruturam de acordo com a legislação estadual respectiva. Elas devem ser comportas pela Presidência (responsável pela administração e direção), Plenário (composto pelos vogais, é o principal órgão deliberativo), Turmas (integram o Plenário, composta por 3 vogais), Secretaria-Geral (executa os atos de registro) e Procuradoria (tem função de consultoria e fiscalização). Os Registros são efetuados em três atos distintos: 1. Matrícula: refere-se a profissionais que exercem atividades sujeitas ao controledas Juntas comerciais (leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns- gerais); 2. Arquivamento: faz referência à generalidade de atos levados ao registro de empresas (constituição, alteração, dissolução e extinção de sociedades empresárias) e documentos de interesse de empresários ou da empresa; 3. Autenticação: refere-se aos instrumentos de escrituração (livros contábeis, fichas, balanços e outras demonstrações financeiras). Esses atos têm apenas alcance formal, não cabendo às Juntas apreciar seu mérito, mas tão somente sua formalidade e observância das exigências legais. Caso a Junta extrapole essa competência, é possível a interposição de mandado de segurança. A Sociedade Empresária que não cumprir esses atos, isso é, a sociedade não registrada torna-se irregular, o que implica na responsabilidade ilimitada dos sócios e http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR seu patrimônio pelas obrigações da sociedade. Além disso, a sociedade irregular não tem legitimidade para o pedido de falência de outro comerciante, bem como não pode requerer recuperação judicial. Ainda, não será possível se inserir no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas e, por consequência, deverá pagar multa pela inobservância da obrigação. Os atos de registro são, como se pôde verificar, de extrema importância para o pleno e efetivo funcionamento da empresa. Uma vez descumpridos ou, ainda, cumpridos imprecisamente, toda a atividade empresarial restará prejudicada e, por consequência, será ferido seu principal objetivo: a obtenção do lucro, o que não se pode admitir no âmbito comercial. Como já foi dito, a principal obrigação dos empresários é o registro de todos os atos societários. Contudo, outra obrigação não menos importante é manter a escrituração dos negócios que realizam, isto é, manter uma espécie de contabilidade. A escrituração é uma forma de o próprio empresário avaliar seus resultados e desempenhos, assim tem função de natureza gerencial. Outra função está relacionada à necessidade de demonstrações dos resultados para outras pessoas, que tem natureza documental. Ainda, a escrituração serve para exercer o controle da incidência e do pagamento dos tributos, ou seja, tem também função fiscal, a qual deve ser realizada por pessoas especializadas. Manter os livros atualizados é dever fundamental do empresário. Eles são instrumentos unilaterais, e podem ser contábeis ou simplesmente memoriais (livros de empregados, de operações de compra e venda e etc.), sendo que nos segundos não há necessidade de uma contabilidade por profissional especializado, mas somente a apresentação de dados fáticos. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Os livros dividem-se em duas categorias distintas, de acordo com sua exigibilidade: 1. Obrigatórios: sua escrituração é imposta e sua falta implica em sanções. São os diários (é o livro contábil que deve ser atualizado diariamente as operações da atividade empresarial), os registros de duplicatas (só é imposta àqueles que emitem duplicata mercantil ou prestação e serviços), os livros próprios das sociedades anônimas (onde são registradas as atas de assembleias gerais), os livros de atas da assembleia e os livros de atas e pareceres do conselho fiscal. 2. Facultativos: qualquer registro ordenado e uniforme que os empresários mantenham para controlar o andamento de seus negócios. A escrituração deve, ainda, atender aos requisitos intrínsecos previstos em lei, nos seguintes termos: “Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens.” Existem também requisitos extrínsecos que devem ser cumpridos para conferir segurança jurídica, são eles: o termo de abertura, o termo e encerramento e a autenticação da Junta Comercial. É de suma importância ressaltar que os livros comerciais são dotados de sigilo, de acordo com o art. 1.190 do Código Civil, porém não é aplicado contra autoridades http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10655619/artigo-1190-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c�digo-civil-lei-10406-02 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR fiscais ou ordem judicial. Ainda, a jurisprudência aceita a fiscalização dos livros em dois casos, de acordo com a Súmula 439 do Supremo Tribunal Federal: ―Estão sujeitos a fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação.‖ A falta da escrituração implica em consequências sancionadoras e motivadoras. As sancionadoras importam em penalização, e na órbita civil importam na veracidade dos fatos apresentados pela parte adversa em medida judicial e na órbita penal importam na tipificação de crime falimentar. Já as motivadoras são a inacessibilidade à recuperação judicial e ineficácia probatória da escrituração. Outro dever a ser observado pelos empresários consiste na obrigação de demonstrações contábeis periódicas. Quando se fala em sociedades limitadas, essa obrigação corresponde ao levantamento do balanço geral do ativo (bens, dinheiro e crédito) e passivo (obrigações de que é devedora) e a demonstração de resultados. Esses balanços serão inseridos no livro Diário. Já no caso das sociedades anônimas, a lei exige, ainda, além do balanço patrimonial, o levantamento de outras demonstrações contábeis: lucros ou prejuízos acumulados, resultado do exercício, dos fluxos de caixa e valor adicionado. As demonstrações são, em regra, anuais, e as consequências da sua falta são a dificuldade de acesso ao crédito bancário, a não permissão em participação de licitação promovida pelo Poder Público e, por fim, a responsabilidade dos administradores perante os sócios por eventuais prejuízos. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Conclui-se, portanto, que tanto a escrituração quanto as demonstrações contábeis periódicas são atos cujo objetivo é assegurar a transparência de informações relevante das empresas, diferentemente dos atos de registro, cujo objetivo é a formalização e a limitação da responsabilidade dos sócios. Fontes Pesquisadas: Bibliografia Pesquisadas: https://karenmpires.jusbrasil.com.br/artigos/174149059/obrigacoes-dos-empresarios Disciplina: Teoria Geral da Empresa: Assunto: Escrituração Contábil: Analisaremos a escrituração nos campos da legislação societária, tributária e profissional, do meio empresarial. Escrituração. Lançamento. Planejamento. Técnica contábil. A escrituração contábil é a primeira e mais importante das técnicas contábeis, pois somente a partir dela que se desenvolvem as demais técnicas de demonstração, analise e auditoria, sua finalidade é a de fornecer a pessoas interessadas informações sobre um patrimônio determinado. Todo fato da entidade deverá ser escriturado, para este fim devem ser utilizados livros contábeis, que devem seguir critérios intrínsecos e extrínsecos, de acordo com a legislação. Alguns livros são obrigatórios, taiscomo o Livro Diário e o Livro Razão que de acordo com a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/livro_diario/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR devem ser registros permanentes da empresa, outros são facultativos, pois, por não serem exigidos por lei, podem ser adotados ou não a critério da empresa. A contabilidade de uma entidade deverá ser centralizada, sendo que é facultado às pessoas jurídicas que possuírem filiais, sucursais ou agências, manter contabilidade não centralizada, devendo incorporar na escrituração da Matriz os resultados de cada uma delas, conforme artigo 252 do Decreto n. º 3.000/99, o mesmo se aplica a filiais, sucursais, agências ou representações, no Brasil, das pessoas jurídicas com sede no exterior, devendo o agente ou representante escriturar os seus livros comerciais, de modo que demonstrem, além dos seus próprios rendimentos, os lucros reais apurados nas operações alheias em que agiu como intermediário. A Resolução n. º 684/90, editada pelo Conselho Federal de Contabilidade, estabelece que a empresa que tiver unidade operacional ou de negócios, quer com filial, agência, sucursal ou assemelhada, e que optar por sistema de escrituração descentralizado deverá ter registros contábeis que permitam a identificação das transações de cada uma dessas unidades, a escrituração de todas as unidades deverá integrar um único sistema contábil, sendo que o grau de detalhamento dos registros contábeis ficará a critério da empresa. As contas recíprocas relativas às transações entre matriz e unidades, ou vice- versa, serão eliminadas quando da elaboração das demonstrações contábeis. As despesas e receitas que não possam ser atribuídas às unidades serão registradas na matriz, enquanto o rateio de despesas e receitas, da matriz para as unidades, ficará a critério da administração. O método utilizado para a escrituração contábil é o método das partidas dobradas, desenvolvido pelo frade Luca Pacioli em 1494, neste método todo lançamento deverá conter a origem e o destino do mesmo, ou seja, para todo débito haverá um crédito de mesmo valor, ou vice-versa. DESENVOLVIMENTO Na escrituração dos livros contábeis algumas formalidades devem ser observadas, estas formalidades se subdividem em dois tipos: https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Formalidades Extrínsecas: São as formalidades relacionadas à apresentação ou aparência dos livros, esta formalidade exige por exemplo que os livros, sejam encadernados, que tenham suas folhas numeradas tipograficamente, possuam termo de abertura e de encerramento em que conste entre outras informações a assinatura do responsável, a identificação da empresa e do livro, espécie de livro, número de páginas e número de ordem, etc... Formalidades intrínsecas: São as formalidades relacionadas à escrituração propriamente dita, segundo as formalidades intrínsecas os livros de escrituração devem obedecer a um método de escrituração mercantil uniforme, em língua e moeda nacionais, com individualização e clareza, ser escriturado em rigorosa ordem cronológica, não conter, rasuras, emendas, entrelinhas, borrões ou raspaduras, espaços em branco, observações ou escritas à margem.. Livros contábeis 1.1 Livro razão Após lançamento no Diário, o registro contábil é desdobrado e lançado, conta por conta, em um livro ou jogo de fichas denominado Razão. A sua escrituração deve ser individualizada e obedecer à ordem cronológica das operações, sendo dispensável o registro ou autenticação do livro ou fichas, e o seu preenchimento devem obedecer ao método das partidas dobradas. O lançamento no livro Razão é muito importante para as empresas, pois, com a totalização individual das contas, possibilita saber a qualquer momento, o saldo de cada uma delas. Com esses dados fornecidos através da escrituração do livro razão, temos o controle do patrimônio, e essas informações trazem resultados positivos para melhor administrar as organizações empresarias. 1.2 . Livro diário O livro diário assim como o razão são os principais livros da contabilidade, o diário registra todas as operações que envolvam o patrimônio da empresa no decorrer de um período. O livro diário, ao contrário do razão deve ser autenticado e é de uso https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/livro_diario/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/livro_diario/ FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR obrigatório. É um livro que se registra todas as operações contábeis da Entidade, em ordem cronológica e com a observância de regras, como as suas folhas numeradas sequencialmente e serão lançados os atos ou operações da atividade que altere ou possam vir alterar a situação patrimonial da empresa. O livro Diário deverá conter o termo de abertura e encerramento, a ser submetido ao órgão competente do Registro do Comércio dentro do prazo previsto na legislação, sob pena de multa prevista no Imposto de Renda. 1.3 livros auxiliares Nas entidades empresariais adotam outros livros, que são considerados extras contábeis, que são conhecidos como fiscais sociais e administrativos. 1.3.1. Livros Sociais, exigidos para as sociedades que se enquadra na Lei n. 6.404/76, que são: Registro de Atas de Assembleias Gerais; Registro de Presença de Acionistas; Registro de Atas de Reuniões da Diretoria; Registro das Ações Normativas; Registro de Transferência das Ações Normativas; Registro de Partes Beneficiárias; Registro de Debêntures, etc. 1.3.2 Livros Fiscais, que são exigidos pela legislação fiscal, que são: Inventário; Apuração de Lucro Real; Razão Auxiliar; Registro de Entrada de Mercadorias; Registro de Saída de Mercadorias; Registro de Controle de Produção e Estoque; Registro de Impressão de Documentos Fiscais; Registro de Apuração de ICMS; Registro de Apuração de IPI; https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/livro_diario/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/imposto_de_renda/ FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Registro de Apuração de ISS, etc. 1.3.3 Outros livros Caixa Controles Bancários Registro de Duplicatas Registro de Empregados, etc. 2. Requisitos para escrituração do livro diário Cada lançamento no Diário deverá ter: Local e data da operação Título da conta de débito Título da conta de crédito Histórico Estes quesitos a ser observados, são obrigatórios, porque eles padronizam a escrituração nos livros, trazendo estética e segurança no trabalho profissional. 3. Legislação societária Está previsto nos artigos1.179 a1.195 do Novo Código Civil Brasileiro, a obrigatoriedade da escrituração contábil nas sociedades empresariais, obrigadas a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros em documentos hábeis e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. Essa mesma lei dispensa da escrituraçãoos pequenos empresários, conforme art. 68 da Lei Complementar 123/06, e considera como pequeno empresário, os mandamentos dos artigos 970 e 1.179 da Lei 10.406/02 (novo código civil) e o empresário individual enquadrado como microempresa que auferir receita bruta anual até R$36.000,00. No capítulo XV da Lei 6.404/76 existe a determinação de que ao fim de cada exercícios social a diretoria deverá elaborar com base na escrituração mercantil das companhia, as demonstrações financeiras e contábeis, já no art 177 da mesma lei, estabelece que a escrituração das empresas deve ser mantida em registros https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/balanco_patrimonial/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/balanco_patrimonial/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/balanco_patrimonial/ FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR permanentes, com obediência aos preceitos da legislação empresarial e aos princípios de contabilidade, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes, segundo o regime de competência. A legislação que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresaria, menciona: para instruir o pedido do benefício de recuperação judicial devem ser juntadas as demonstrações e os demais documentos contábeis, na forma do art . 51, inciso II, e no parágrafo 2° da Lei 11.101/05. Esta mesma lei estabelece severas punições pela não execução ou pela apresentação de falhas na escrituração contábil conforme artigos (168 a182). 4. Legislação tributária No âmbito da legislação tributária, a escrituração contábil se mostra de suma importância, pois os livros obrigatórios de escrituração empresarial e fiscal deverão ser mantidos enquanto o credito tributário não prescreva, lembrando que, o prazo de prescrição ocorre a partir do momento do lançamento do crédito tributário, e este prazo de acordo com o CTN é de 5 (cinco) anos, porém existe também o prazo decadencial, que é o prazo para o fisco efetuar o lançamento do credito tributário, este prazo também é de 5 (cinco) anos, então não basta conservar os documentos por apenas 5 (cinco) anos, já que, se o fisco demorar 5 anos para lançar o credito tributário, os dados deverão ser preservados por 10 anos, isto se não ocorrer interrupção ou suspensão do prazo, prorrogando ainda mais a guarda dos registros contábeis. O decreto 3.000/99, que regulamenta o Imposto de Renda determina em seu art. 251 que a pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real deve manter escrituração com observância das leis comerciais e fiscais. A escrituração deve abranger todas as operações do contribuinte, os resultados apurados em sua atividade nacionais, bem como os lucros, rendimentos e ganhos de capital no exterior. Tratando de empresa enquadrada no lucro presumido é dispensada a escrituração contábil completa, mas esse benefício se aplica no regulamento do https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/imposto_de_renda/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/lucro_real/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/lucro_presumido/ FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR imposto de renda, não contemplando à legislação empresarial, societária e previdenciária, entre outras. A lei complementar 123/06 estabelece regras gerais relativo ao tratamento diferenciado e favorecido, aplicados às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos poderes daUnião, dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios. O artigo 27 da lei complementar diz que as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão, opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os registros e controle das operações realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor. Como se pode observar, a escrituração contábil tem sua importância nas entidades empresariais, isto não só pela exigência legal, pois para se ter uma empresa organizada e um bom planejamento, inicia-se pela escrituração, através dela o empresário terá uma visão global de seu investimento. 5. Legislação profissional O Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução CFC n°563/93, aprovou a NBCT 2, normatizando as formalidades da escrituração contábil que, entre outros procedimentos, estabelece: I- escrituração será executada em moeda corrente nacional, em forma contábil, em ordem cronológica de dias, mês, e ano, com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens e, ainda, com base em documentos probantes. II- A terminologia adotada deverá expressar o verdadeiro significado da transação efetuada, admitindo-se o uso de código e/ou abreviaturas de históricos. III- O diário poderá ser escriturado por partidas mensais ou de forma sintetizada, desde que apoiado em registros auxiliares que permitam a identificação individualizada dos registros. As formalidades inerentes às Demonstrações Contábeis estão contidas nas NBCT2.7 e NBCT3, que trazem esclarecimentos importantes sobre a elaboração do https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/imposto_de_renda/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/simples_nacional/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Balanço Patrimonial e outros demonstrativos previsto em lei, definido os seus conceitos, conteúdos e estruturas. A NBCT19.13 baixada pelo CFC, por meio da Resolução 1115/2007, trata escrituração Contábil Simplificada para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, diferenciando das demais empresas e proporcionando tratamento diferenciado a este seguimento empresarial. Independente da legislação societária e fiscal, o contabilista é obrigado a cumprir as normas emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, estando sujeito às penalidades impostas pelo código de ética profissional. Conclusão Como podemos perceber, a escrituração contábil está presente em inúmeras normas que deverão ser conhecidas pelo profissional que atuará na área, portanto é necessário um amplo conhecimento dos aspectos formais e matérias relativos à escrituração para não incorrer em erros ou punições relativos a legislação vigente. A atualização profissional neste caso deverá ser feita de forma continuada, observando as novas normas que são incluídas a cada dia em nosso ordenamento jurídico e contábil, não deixando de lado, a atualização técnica relativa às ferramentas utilizadas no processo contábil, tais como, a utilização da informática, a leitura assídua de outros ramos do conhecimento que auxiliarão a carreira profissional. Fontes Pesquisadas: Bibliográfia Pesquisada: Site: https://www.contabeis.com.br/artigos/685/escrituracao-contabil/ CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade. Brasília: Editora CFC Equipe de Professores da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP. Contabilidade Introdutória. São Paulo: Editora Atlas MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. São Paulo: Editora Atlas. REIS, Arnaldo. Iniciação à Contabilidade. São Paulo: Editora Saraiva. BOM ESTUDO: PROFº FÁBIO Souza Direito Empresarial. https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/balanco_patrimonial/https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/ https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/a atuação dos agentes econômicos no mercado.[20] Além das garantias fundamentais para viabilizar o comércio, o Estado pode atuar na economia como guardião do equilíbrio do mercado, já que nem sempre o equilíbrio será mantido, como bem ensina Mankiw: Outro ponto fundamental para justificar a importância do estado para economia, são as razões legitimas de intervenção do estado na economia, sendo duas razões genéricas: A primeira se mostra quando a 'mão invisível' do mercado privado não consegue alocar os recursos de forma eficaz. Geralmente o defeito na eficácia se manifesta em razão do surgimento de uma 'falha de mercado' que geralmente surge de uma externalidade, ou seja, "o impacto das ações e uma pessoa sobre o bem-estar dos outros que estão próximos."[21] Como exemplo de externalidade, pode-se citar a poluição. Outra forma de falha de mercado é o poder de mercado, que se caracteriza pela "capacidade de uma pessoa (ou um pequeno grupo de pessoas) influenciar indevidamente os preços de mercado. Como exemplos de poder de mercado pode-se mencionar: o monopólio, o oligopólio, o mercado monopsônio, o oligopsônio.[22] http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui��o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730256/inciso-xxii-do-artigo-5-da-constitui��o-federal-de-1988 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Robert Cooter aponta quais políticas públicas devem ser usadas para o combate do poder de mercado: As políticas públicas para corrigir as deficiências do monopólio são substituir o monopólio pela concorrência onde isso seja possível ou regulamentar o preço cobrado pelo monopolista. A primeira política é a razão de ser das leis antitruste. Mas às vezes não é possível ou sequer desejável substituir um monopólio. Monopólios naturais, a exemplo das concessionárias de serviços públicos, são um exemplo disso; esses monopólios tem a permissão de continuar existindo, mas o governo regulamenta seus preços.[23] A segunda forma legitima para um Estado intervir na economia é a promoção da igualdade. Embora a mão invisível garanta o desenvolvimento da economia, ela não é capaz de garantir sempre que o desenvolvimento será imbuído de igualdade. Isto acabará resultando em situações onde nem todos terão recursos básicos o suficiente para se manter, como por exemplo, a fome, desemprego, má distribuição de renda entre setores distintos da economia.[24] Tanto em um caso quando em outro, o Estado terá a legitimidade necessária para intervir, implementando políticas públicas para equilibrar e corrigir os possíveis problemas que o mercado privado venha a gerar. Garantindo assim, o funcionamento pleno da sociedade e evitando o colapso do mercado.[25] Dizer que o governo pode, por vezes, melhorar os resultados do mercado não significa que ele sempre o fará. A política pública não é feita por anjos, mas por um processo político que está longe de ser perfeito. Às vezes, as políticas são concebidas somente para recompensar os politicamente poderosos. Às vezes são feitas por líderes bem- intencionados, mas mal informados. [26] Desta forma, pode-se dizer que um dos objetivos do estudo da economia é justamente perceber quando uma política do governo será justificável e quando será apenas prejudicial ao livre mercado privado que é regulado pela ―mão invisível‖ de Adam Smith. 6 A LIVRE INICIATIVA E A LIVRE CONCORRÊNCIA COMO FATORES VIABILIZANTES DO EQUILÍBRIO DE MERCADO No Brasil, com a chegada da Constituição Federal de 1988, o legislador optou pelo mercado regulado pela iniciativa privada, e para tanto, ele estabeleceu no dispositivo 170 e seguintes da carta constitucional, os princípios da ordem econômica, estando entre eles a Livre iniciativa (caput) e a Livre Concorrência (170, IV), que podem ser entendidas como a livre possibilidade de ingresso no mercado, de qualquer pessoa que se interesse a vender determinado produto ou serviço garantindo aos agentes econômicos, a oportunidade de competirem de forma justa no mercado.[27] A livre concorrência se baseia nos conceitos de liberalismo econômico, que se contextualiza por pensadores como Friedrich Hayek, defensor do livre mercado. A ideia a de que as empresas não conhecem a amplitude do mercado econômico, mas ela sabe exatamente sobre o próprio mercado, entendendo quanto deve produzir e como deve http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR cobrar, gerindo o seu mercado de maneira autônoma, porém, sua atuação acaba refletindo no mercado como um todo, influenciando e sendo influenciada pelo mesmo. Isso produz um mercado livre, que devem ser protegidos pelo governo para que tenhamos uma sociedade livre.[28] A livre concorrência traz benefícios para o consumidor, ao estimular o ingresso de diversas fontes de fornecimento de produtos ou serviços, dando assim, mais opções de consumo e gerando a concorrência que força a redução do preço do produto final ou a elevação da qualidade, aperfeiçoando o produto e trazendo novos diferenciais para o mercado. [29] Também deve-se mencionar que a livre concorrência se harmoniza com o equilíbrio econômico do mercado, cujo maior pensador é Léon Walras, responsável pela teoria do equilíbrio geral, que trabalha com a oferta e procura. A ideia central é que que a escassez de oferta em uma área da econômica criará excedentes de oferta em outro lugar, portanto, onde há escassez, os preços sobem e onde há excedentes os preços caem. Quando o preço sobe, a procura cai e a oferta cresce, eliminando a escassez. Quando os preços caem a procura vai crescer e a oferta cairá, eliminando os excedentes. As economias como um todo tendem ao equilíbrio, desde que tenham liberdade para tanto. Um sistema de livre mercado é estável.[30] Com base no que já foi exposto anteriormente, pode-se concluir que a livre concorrência poderá sofrer influencias de duas partes: primeiramente, os particulares que poderão buscar apoio entre si, originando os Carteis e as Falhas de Mercado (monopólio, oligopólio, monopsônio, oligopsônio). Em segundo lugar, a interferência do Estado poderá gerar mudanças e regulamentação à livre concorrência, alterando e controlando todo o comércio com um caráter regulador oriundo de corrupção ou imprudência na aplicação das políticas públicas. O que ambas as formas de interferência têm em comum é a alteração do proposito da livre concorrência, que agora deixa de ser livre por depender da influência de um destes agentes. A conclusão que se chega é que não importa como irá ocorrer a interferência à livre concorrência, ao final quem acaba perdendo será sempre o consumidor. 7 O BRASIL E A PROTEÇÃO DA LIVRE CONCORRÊNCIA Como já observado, a livre concorrência é essencial para o desenvolvimento do mercado de forma favorável para o consumidor, além de garantir para qualquer cidadão, liberdade para empreender na área que ele desejar. Vimos também que embora essencial, a livre concorrência sofre de certa fragilidade para se manter ativa, visto que pode sofrer interferências de diversas formas, sendo necessário a atuação de órgãos voltados para a proteção da mesma. Justamente para proteger o consumidor e preservar o equilíbrio de mercado o Brasil conta com um sistema de defesa à livre concorrência, conhecido como Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, composto pelo CADE Conselho Administrativode Defesa Econômica e pela SEAE, Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda estruturados pela lei 12.528/2011[31]. http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1034155/lei-12528-11 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Quanto ao CADE, trata-se de uma ―autarquia federal, vinculada ao Ministério da Justiça, com sede e foro no Distrito Federal, que exerce, em todo o Território nacional, as atribuições dadas pela Lei nº 12.529/2011. ‖[32] O Cade tem como missão zelar pela livre concorrência no mercado, sendo a entidade responsável, no âmbito do Poder Executivo, não só por investigar e decidir, em última instância, sobre a matéria concorrencial, como também fomentar e disseminar a cultura da livre concorrência. O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de planejamento governamental que define diretrizes, objetivos e metas do CADE, sendo monitorado semestralmente, as metas do CADE até 2019 foram definidas como:[33] • Analisar Atos de Concentração com celeridade, mantendo o tempo médio de instrução pelo rito sumário abaixo de 30 dias, priorizando a solução de problemas concorrenciais por meio de acordos • Investigar infrações contra a ordem econômica com mais celeridade, de modo que o número de casos em investigação há mais de 5 anos não ultrapasse 20% do estoque • Elevar a efetividade do combate a condutas anticompetitivas, por meio de uso crescente de técnicas de investigação e de gestão de processos Em que pese a utilidade do órgão, sua eficácia deixa a desejar, conforme ensina Nelson Nazar[34], por se tratar de um órgão integrado por diversas indicações políticas, acaba por comprometer sua eficácia na proteção da livre concorrência, podendo ser entendido como um órgão de Governo e não de Estado, isto é tende a atuar em conformidade com políticas governamentais, o que foge ao propósito original de sua função. Como exemplo de ineficácia do CADE pode-se mencionar a permissão da criação da AMBEV, da compra da GVT pela VIVO, dentre outros. 8 COMO AS POLÍTICAS PARA CORRIGIR MERCADOS PODEM PIORA- LOS Segundo pensadores como Kelvin Lancaster e Richard Lipsey, o livre mercado é em tese a economia mais eficiente possível, porém as economias reais contêm muitas distorções ineficientes e bastante nocivas ao mercado. Tais distorções podem estar interacionadas e com isto a atuação do governo fica comprometida ao passo que se o governo elimina uma das distorções ele poderia acabar piorando a outra, gerando um dano ainda maior ao mercado.[35] Como exemplo pode-se ilustrar a situação com um monopólio de determinado setor da indústria que gere muita poluição. O Estado ao acabar com o monopólio desfaz uma distorção do mercado, isto resultará nas novas empresas que virão a integrar o mercado, passando a produzir de forma concorrencial, aumentando a produção daquele produto, http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1030141/lei-12529-11 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR mas em contrapartida a emissão da poluição necessária para aquele setor vai aumentar substancialmente, agravando a distorção da poluição.[36] Pode-se concluir que o Estado deve ser cauteloso ao intervir no Mercado. Vale por fim, mencionar que atualmente, com as inovações tecnológicas, diversos setores do mercado estão sofrendo revoluções em seus meios comerciais. A televisão por exemplo, possuía sua versão paga, com diversos canais, através de pacotes de assinaturas e concorriam entre si, mas agora concorrem com a difusão de mídia pela internet, através de sites como o YouTube, ou o aplicativo NETFLIX. Taxis, que até então estavam se beneficiando com os aplicativos de chamada via aparelhos celulares smartphones, agora sofrem concorrência com um novo tipo de serviço de prestação de transporte urbano, o UBÉR, que também é um aplicativo de smartphone, Muitas polemicas surgiram pela indignação dos taxistas que se sentiram prejudicados pela ausência de regulação especifica para este meio de transporte, alegando concorrência desleal, chegando a agredir motoristas do UBÉR e a quebrar os seus carros. Frente a estes novos cenários de mercado, o Estado tem de se posicionar, mas a questão é: de que lado o Estado deve figurar? A favor da proteção de mercados, inibindo a livre concorrência ou a favor do consumidor, forçando os setores decadentes a se adaptar? Fontes Pesquisadas: Bibliografia Pesquisadas: Site: https://rodrigofs20.jusbrasil.com.br/artigos/343923381/a-livre-concorrencia-como-um-fator-chave-para-a-evolucao-do-mercado BAGNOLI. Vicente. Direito econômico. 3. Ed. São Paulo: Atlas. 2008. BRASIL. (Constituição 1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil: de 5 de outubro de 1988. Brasília: Senado, 1988. BRASIL. Lei n. 12.529 de 30 de Novembro de 2011. Estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência; dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações contra a ordem econômica; altera a Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, o Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal, e a Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985; revoga dispositivos da Lei no 8.884, de 11 de junho de 1994, e a Lei no 9.781, de 19 de janeiro de 1999; e dá outras providências. Diário Oficial da União. 30 nov. 2011. Disponível em: . Acesso em: 29 maio. 2016. CADE. (O Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Site oficial do governo. Disponível em:. Acesso em: 29 maio. 2016. COOTER, Robert. Direito & economia. 5. Ed. Porto Alegre: Bookman. 2010. MANKIW, N. Gregory. Princípios de Microeconomia. 5. Ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009. NAZAR, Nelson. Direito Econômico. 3. Ed. Bauru, São Paulo: EDIPRO, 2014. O livro da economia. Tradução Carlos S. Mendes Rosa. São Paulo: Globo. 2013. TEORIA GERAL DA EMPRESA: http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui��o-federal-constitui��o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1030141/lei-12529-11 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103291/lei-de-crimes-contra-a-ordem-tribut�ria-lei-8137-90 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c�digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c�digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103274/lei-de-a��o-civil-p�blica-lei-7347-85 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103268/lei-antitruste-lei-8884-94 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/106756/lei-9781-99 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/Lei/L12529.htm%3e FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Disciplina: A Livre Iniciativa/ Concorrência Desleal / Constituição Federal: ARTIGOS 170, 172,173 E 174 CF. Os princípios constitucionais, são um conjunto de normas que fundamentam todas as demais normas do nosso Ordenamento Jurídicas, razão pela qual estão situados em posição de superioridade visto que as normas subordinadas não podem contrariar as normas de hierarquia superior. O artigo 1º da Constituição Federal eleva à condição de princípio fundamental a livre iniciativa, lado a lado com os valores sociais do trabalho. Vejamos: ―A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:IV – Os valores sociais do trabalho e dalivre iniciativa.” A Constituição de 1988, em seu artigo 170 dispõe: “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa", tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I – Soberania nacional; II – Propriedade privada; III – Função social da propriedade; IV – Livre concorrência; V – Defesa do consumidor; VI – Defesa do meio ambiente; VII – Redução das desigualdades regionais e sociais; VIII – Busca do pleno emprego; IX - Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.” Este artigo da norma constitucional introduz um modelo econômico baseado na liberdade de iniciativa, que tem por finalidade assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, sem exclusões nem discriminações. Daí entende-se que, independentemente de sua natureza, se pública ou privada, toda a empresa para desenvolver atividade econômica, seja esta indústria ou comércio, ou ainda, prestação de serviços, regem-se pelos princípios contidos neste artigo, não obstante opinião contrária do Professor Weter R Faria [1], que sustenta que: FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR ―as normas de defesa de concorrência não se aplicam a nenhuma empresa- órgão gerida pela União, nem as que executam serviços públicos, estrito senso, sob a titularidade dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Aplica-se, todavia às empresas-órgãos dê natureza industrial e comercial que operam em regime de concorrência, administradas pelos Estados, pelo Distrito Federal e os Municípios. Excetuam-se os organismos federais, porque não se concebe a União como sujeito passivo das normas que promulga para proteger o mercado contra as práticas comerciais restritas”. O Princípio da Livre Iniciativa é considerado como fundamento da ordem econômica e atribui a iniciativa privada o papel primordial na produção ou circulação de bens ou serviços, constituindo a base sobre a qual se constrói a ordem econômica, cabendo ao Estado apenas uma função supletiva pois a Constituição Federal determina que a ele cabe apenas a exploração direta da atividade econômica quando necessária a segurança nacional ou relevante interesse econômico (CF, art. 173). Nossa Constituição Pátria dispõe em seu art. 174 que o Estado tem o papel primordial como agente normativo e regulador da atividade econômica exercendo as funções de Fiscalização, Incentivo e Planejamento de acordo com a lei, no sentido de evitar irregularidades. Sendo assim, a nossa Constituição não coíbe o intervencionismo estatal na produção ou circulação de bens ou serviços, mas assegura e estimula o acesso à livre concorrência por meio de ações fundadas na legislação. O Professor José Afonso da Silva, em seu curso de Direito Constitucional Positivo[2] ensina: ―a liberdade de iniciativa envolve a liberdade de indústria e comércio ou liberdade de empresa e a liberdade de contrato.” Assegura a todos o art. 170 da Carta Magna o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. No entanto, como qualquer princípio, a livre iniciativa não pode ser considerada absoluta uma vez que há restrições que a própria ordem econômica, refletida em lei, impõe sobre ela, como por exemplo, quando há exigência legal para a obtenção de autorização para o exercício de determinada atividade econômica, como é o caso dos bancos comerciais e sociedades seguradoras, que precisam obter autorização do Banco Central do Brasil e da Superintendência de Seguros Privados, respectivamente para funcionarem. Há de se frisar que a relatividade do princípio da livre iniciativa refere-se, especificamente, às restrições impostas em lei para o livre exercício de uma determinada atividade econômica, não infringindo a dissociação entre o direito de exercer livremente uma atividade econômica e o direito de administrá-la. Consideram algumas doutrinas, a partir do balizamento constitucional da livre iniciativa por valores de ―justiça social e bem-estar coletivo‖, que a exploração de atividade econômica com puro objetivo de lucro e satisfação pessoal do empresário seria ilegítima sob o ponto de vista jurídico. É, este o entendimento de José Afonso da Silva[3]: FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR “A natureza neoliberal da ordem econômica prevista na Constituição não tem, entretanto, tal extensão. A equiparação entre a livre iniciativa e os valores normalmente desconsiderados pelo empresário egoísta – que seria a defesa do consumidor, a proteção do meio ambiente, a função social da propriedade etc. – só afasta a possibilidade de edição de leis, complementares ou ordinárias, disciplinadoras da atividade econômica, desatentas a esses valores.” Podemos dizer que os dois aspectos relevantes que se concluem da inserção da livre iniciativa entre os fundamentos da ordem econômica são a constitucionalidade de preceitos de lei que visem a motivar os particulares à exploração de atividades empresariais, como é o caso do primado da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas quando aplicado ao direito societário, tendo o sentido de limitar o risco de forma que as pessoas não receiem investir em atividades econômicas em razão da possibilidade de elevado comprometimento de seu patrimônio e por fim, a aplicação do princípio da autonomia das obrigações cambiais que está destinado a viabilizar a ágil circulação de crédito, mesmo quando o devedor do título é um consumidor[4]. A liberdade de iniciativa trazida pela Constituição prestigia o reconhecimento de um direito titularizado por todos que é o de explorarem as atividades empresariais, decorrendo no dever, imposto à generalidade das pessoas, de respeitarem o mesmo direito constitucional, bem como a ilicitude dos atos que impeçam o seu pleno exercício e que se contrapõe ao próprio estado, que somente pode ingerir-se na economia nos limites constitucionais definidos contra os demais particulares. O direito repudia duas formas de concorrência e que desprestigiam a livre iniciativa, quais sejam: a concorrência desleal e o abuso de poder. A Concorrência Desleal é reprimida pelo direito civil e penal nos casos em que houver desrespeito ao direito constitucional de explorar a atividade econômica expresso no princípio da livre iniciativa como fundamento da organização da economia, sendo esse dever em relação ao estado fundado na inconstitucionalidade de exigências administrativas não fundadas em lei para o estabelecimento e funcionamento de uma empresa (CF, art. 170, parágrafo único) e no que concerne aos particulares se traduz pela ilicitude de determinadas práticas concorrências. Na concorrência desleal o empresário tem o intuito de prejudicar seus concorrentes, de modo claro e indisfarçado, retirando-lhes, total ou parcialmente, fatias do mercado que haviam conquistado, infligindo perdas a seus concorrentes, porque é assim que poderão obter ganhos. O Abuso de poder no qual está prevista constitucionalmente a sua repressão, através do art. 173, § 4º: “A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.” A nossa constituiçãopátria traz em seu bojo um conjunto de normas referentes à ordem econômica se baseando nos princípios tradicionais do liberalismo econômico quais sejam: a propriedade privada, a liberdade de iniciativa e a de competição, a função social da propriedade, a defesa do consumidor, a busca do pleno emprego etc. No entanto, por outro lado prevê-se a repressão ao abuso do poder FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR econômico através de modalidades de exercício do poder econômico que podem ser consideradas juridicamente abusivas e que põem em risco a própria estrutura do livre mercado e que podem ocasionar a dominação de setores da economia, eliminando a competição ou aumento arbitrário de lucros. Osprejuízos à Livre Concorrência ou Livre Iniciativa estão delineados na Lei 8.884/94, em seu artigo 20, que diz: “Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados: I – Limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa; II – Dominar mercado relevante de bens ou serviços; III - Aumentar arbitrariamente os lucros; IV – Exercer de forma abusiva posição dominante.” O direito positivo estabelece que os atos de qualquer natureza que tenham o efeito, potencial ou real, de limitar, falsear, ou prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa são definidos como infração de ordem econômica. Limitar a livre concorrência ou a livre iniciativa nada mais é do que barrar de forma total ou parcial, mediante determinadas práticas empresariais, a possibilidade que tem outros empreendedores ao acesso à atividade produtiva e esta obstaculização de acesso decorre do aumento dos custos para novos estabelecimentos, provocado com vistas a desencorajar eventuais interessados. Falsear sugere uma idéia muito mais ampla que simulação relativa aos efeitos dos atos jurídicos. Falsear a livre concorrência ou a livre iniciativa significa ocultar a prática restritiva através de atos e contratos aparentemente compatíveis com as regras de estruturação do livre mercado. Pode haver falseamento de concorrência, sem que o negócio jurídico que o viabiliza se caracterize como simulado e as autoridades não precisam demonstrar a existência do defeito do ato jurídico como condição de sanção. Prejudicar a livre concorrência ou iniciativa nada mais é do que incorrer em qualquer prática empresarial lesiva às estruturas do mercado, ainda que não limitativas ou falseadoras dessas estruturas. Tais condutas são consideradas reprimíveis pela lei o abuso do poder econômico que visa à eliminação da concorrência (CF, art. 173, § 4º). O texto constitucional não faz referência específica à limitação, falseamento ou prejuízo da livre concorrência, que são consideradas formas de eliminação parcial e não total da competição. Para Medeiros da Silva [5], a norma correspondente da lei de 1962, que tipificava como abuso de poder econômico a eliminação parcial da concorrência, seria inconstitucional por falta de distinção entre as diversas formas de eliminação. Em síntese, podemos afirmar que a livre iniciativa é um dos preceitos fundamentais da Carta Política de 1988, reconhecido não apenas pela Constituição como também pela doutrina e que rege a ordem econômica nacional, tendo por finalidade assegurar a todos uma existência digna, conforme os ditames da justiça social, sem exclusões nem discriminações. FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR Fontes Pesquisadas: Bibliografia Pesquisada: Site: https://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/artigo/851/o-principio-livre-iniciativa. Constituição da República Federativa do Brasil, 30ª Edição. Saraiva. São Paulo – 2002. COELHO, Fábio Ulhôa. Curso de Direito Empresarial, 6ª edição. Saraiva. São Paulo - 2002. SILVA, de Plácido e. Vocabulário Jurídico, 19ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2002. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 17ª Edição, São Paulo. Melhoramentos, 2000. FARIA, Werter R. Constituição econômica, liberdade de iniciativa e de concorrência. Sérgio Antônio Fabris Editor. Porto Alegre, 1990. MEDEIROS DA SILVA, Jorge. A lei antitruste brasileira. São Paulo, Resenha Universitária, 1979. TEORIA GERAL DA EMPRESA: Disciplina: Teoria Geral Empresa: EMPRESA E ATIVIDADE EMPRESÁRIA. Objeto do direito comercial. Comércio e empresa: evolução. Europa. França: Direito Privado. Teoria dos atos de comércio Itália: Teoria da Empresa. Brasil. Empresário. Atividade. Econômica. Organizada. Produção de bens ou serviços. Circulação de bens ou serviços. Bens ou serviços. Atividades econômicas civis. Empresário individual. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. Prepostos do empresário. Introdução: Objeto do Direito Comercial: Organizações econômicas especializadas produzem bens e serviços necessários ao atendimento das necessidades cotidianas das pessoas como alimentação, saúde, vestuário, etc e os negociam em mercado. Estas organizações são criadas pelas pessoas que combinam os ―fatores de produção‖ e são fortemente estimuladas pela possibilidade de ganhar muito dinheiro. Tais pessoas são os empresários.[1] Os empresários articulam os fatores de produção dentro do sistema capitalista: capital, mão de obra, insumo e tecnologia. As empresas surgem da ação dos empresários a partir de um capital próprio ou não, da obtenção e atendimento a exigências como máquinas, equipamentos, energia, trabalho ou mão de obra envolvidos na produção de https://twitter.com/home?status=https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial https://twitter.com/home?status=https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial https://twitter.com/home?status=https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial https://wa.me/?text=https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial https://wa.me/?text=https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial https://wa.me/?text=https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial https://wa.me/?text=https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn1 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR mercadorias ou serviços e desenvolvimento ou aquisição da tecnologia necessária. Todos estes elementos são então denominados insumos. A ação de constatar chances de lucro por meio do atendimento às necessidades de um grupo considerável de pessoas faz com que se crie uma estrutura para produzir as mercadorias ou os serviços respectivos e os ofereça aos consumidores. Montar uma empresa significa reunir capital, mão de obra, insumos e tecnologia para oferecer no mercado de consumidores com preços competitivos. As atividades respectivas representam riscos a serem enfrentados. Além da possibilidade de não ter seus produtos ou serviços aceitos pelo mercado, os empresários também correm sérias possibilidades de insucesso.[2] Os empresários devem possuir capacidade de medir e de atenuar os riscos que vão correr durante seus empreendimentos. Para tal fim, ressalte-se, o importante papel dos bons contadores para auxiliar os empresários na tarefa de medir os riscos dos empreendimentose colaborar para que sejam enfrentados e vencidos. O Direito Comercial trata do exercício das atividades econômicas organizadas de prestação de bens ou serviços chamadas empresas. O objeto do direito comercial é o estudo dos instrumentos jurídicos para a superação de conflitos de interesses que envolvam empresários ou suas empresas. Para Coelho: As leis e a forma pela qual são interpretadas pela jurisprudência e doutrina, os valores prestigiados pela sociedade, bem assim o funcionamento dos aparatos estatal e paraestatal, na superação desses conflitos de interesses, formam o objeto da disciplina.[3] Em relação à denominação direito comercial ou direito empresarial, razões históricas são favoráveis à manutenção da primeira denominação. Isto porque as denominações outras como direito mercantil,, direito empresarial, direito dos negócios ou outras não teriam sido capazes de substituir por completo a denominação tradicional. Embora o objeto do direito comercial não se limite à disciplina jurídica do comércio, Direito Comercial é nome que identifica o ramo do direito direcionado às questões dos https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn2 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn3 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR empresários e das empresas e à maneira pela qual são estruturadas a produção e a negociação dos bens e serviços necessários à vida em sociedade.[4] Comércio e empresa: evolução Tudo o que precisamos para viver é produzido e comercializado em organizações econômicas especializadas. Coelho informa que na Antiguidade os povos como os fenícios intensificaram as trocas e estimularam a produção de bens para a venda.[5] Atividade com fins econômicos, o comércio cresceu vigorosamente. São resultantes da expansão do comércio fatores como intercâmbio cultural, desenvolvimento de tecnologias e de meios de transporte, o fortalecimento dos estados, o povoamento do planeta terra, as guerras, a escravização dos povos e, finalmente, o esgotamento dos recursos naturais. A mais recente etapa de evolução comercial é a da globalização onde as fronteiras nacionais correm o risco de serem derrubadas e o planeta Terra seja transformado em um grande e único mercado.[6] O comércio gerou um sentimento de interesse de se produzir bens não necessários para o uso pessoal e que seriam vendidos. Isto representou o início da produção industrial. Os próprios bancos e seguros também surgiram para o atendimento dos comerciantes.[7] Europa Na Idade Média, o comércio difundiu-se por todo o mundo até então civilizado. No período do Renascimento Comercial, na Europa, artesãos e comerciantes reuniram- se e criaram as corporações de ofício localizadas em burgos com independência em relação aos reis e aos senhores feudais. Nas corporações de ofício surgiram normas para regular o convívio entre seus filiados. Após a Idade Média, então, as normas criadas sofreram tentativas de serem sistematizadas e se transformaram no que se chamou de Direito Comercial.[8] https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn4 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn5 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn6 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn7 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn8 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR França: Direito Privado Em 1804 e 1808, na França, foram criados o Código Civil e o Código Comercial. Foi estabelecido, desta forma, um sistema que disciplinava as atividades de todos os cidadãos e que se espalhou por diversos países. Tais atividades denominaram- se de relações de direito privado civis e comerciais. Foram instituídas regras distintas para tratar de contratos, obrigações, prescrição, prova judiciária e foros. Para se identificar o que pertencia ao Direito Comercial, foi utilizada a teoria dos atos de comércio. São palavras de Fábio Coelho: Sempre que alguém explorava atividade econômica que o direito considera ato de comércio (mercancia), submetia-se às obrigações do Código Comercial (escrituração de livros, por exemplo) e passava a usufruir de proteção por ele liberada (direito à prorrogação dos prazos de vencimento das obrigações em caso de necessidade, instituto denominado concordata).[9] Bancos, seguros e indústrias só com o tempo foram consideradas atividades de comércio. Atividades de negociação de imóveis, agricultura ou extrativismo também não eram consideradas de comércio.[10] Comerciantes e senhores feudais travaram acirrada luta de classes.[11] Com o passar do tempo, a teoria dos atos de comércio revelou-se insuficiente para definir o objeto do Direito Comercial. As dificuldades, então, fizeram com que surgisse a teoria da empresa como outro identificador do âmbito de incidência do Direito Comercial.[12] Teoria dos atos de comércio[13] https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn9 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn10 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn11 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn12 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn13 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR A primeira fase do Direito Comercial, ligava o comerciante a uma corporação de ofício mercantil. Comerciante era quem praticava a mercancia, subordinava-se à corporação de mercadores e sujeitava-se às decisões dessas corporações. A fase seguinte, fase da Teoria dos Atos do Comércio de origem francesa se caracterizava pelo próprio objeto da ação do agente, pelo o ato do comércio que caracterizava a profissão dos mercadores. Comerciante era quem praticava habitual e profissionalmente atos de comércio. Itália: Teoria da Empresa No início da década de 1940, na Itália, surge a teoria da empresa como nova forma de pautar as atividades econômicas dos particulares. As atividades ligadas à terra e as de prestação de serviços também passaram a se sujeitar ao mesmo conjunto de normas aplicadas nas relações comerciais, bancárias, securitárias e industriais.[14] A evolução ocorrida foi no sentido de que o Direito Comercial deixaria de cuidar especificamente das atividades de mercancia e passaria a regular a atividade empresarial como forma específica de produzir ou circular bens e serviços.[15] Além de subsistir na Itália, a teoria da empresa também alcançou outros países com a Espanha no ano de 1989.[16] Brasil Abordando a evolução do Direito Comercial no Brasil, Fábio Ulhoa Coelho conclui que o nosso direito incorporou na doutrina, jurisprudência e legislação esparsa a teoria da empresa antes da entrada do novo Código Civil de 2002 que a consagraria definitivamente. Empresário Empresário é a pessoa que dirige ou é dona de uma empresa. A empresa pertence a uma firma individual ou a uma firma coletiva. Finalmente, a empresa e a https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn14 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn15 https://conteudojuridico.com.br/coluna/1793/atividade-empresarial#_ftn16 FACULDADE UNINASSAU CURSO: ADMINISTRAÇÃO / CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL 1º PERIODO – A RESUMO: MATERIAL ESTUDO COMPLEMENTAR firma empresária