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Jonathas Dias de Sousa Teor de umidade do solo Palmas – TO 2015 Jonathas Dias de Sousa teor de umidade do solo Relatório apresentado como requisito parcial para formação de nota alusiva a G1, referente à unidade curricular Mecânica dos Solos, do curso de Engenharia Civil, ministrada pelo Prof.ªJacqueline Henrique. Orientador: Prof.º Jacqueline Henrique INTRODUÇÃO Para realização de uma obra é necessário conhecer em detalhes o solo onde a mesma será realizada, isso garantirá segurança para edificação e prevenirá eventuais patologias. Os solos são identificados por sua textura, composição granulométrica, plasticidade, consistência ou compacidade, e ainda existem outras propriedades que auxiliam na sua identificação, como estrutura, forma dos grãos, cor, cheiro e outras. Dentre as diferentes características pesquisadas numa amostra de solos, destacamos dentre elas a determinação do teor de umidade.Através dessa determinação, pode-se identificar a quantidade de água necessária para obter uma melhor compactação do solo, por exemplo. Dado esses fatos entende-se o quanto é importante à determinação do mesmo, já que projetos de infraestrutura mal realizados ou executados são difíceis de corrigir além de possuir custo elevado para reparação. A determinação do teor de umidade pode ser definida de varias formas, porém no ensaio realizado no Laboratório de Solos do CEULP/ULBRA, no dia 27 de agosto de 2015, com orientação da professora Jacqueline Henrique, foram utilizados os seguintes métodos: Speedy Test, Frigideirae Estufa Padrão. ABNT NBR 16097:2012 - Solo — Determinação do teor de umidade — Métodos expeditos de ensaio,descreve os procedimentos para execução do ensaio de teor de umidade. OBJETIVO Determinar o teor de umidade do solo através de três métodos de ensaios diferentes. ENSAIOS Método Speedy Test A determinação do teor de umidade de solos e agregados miúdos com utilização do aparelho “Speedy” tem por base a reação química da água existente em uma amostra com o carbureto de cálcio, realizada em ambiente confinado, gerando pressão no mesmo. CaC2+ 2 H2O » C2 H2+ Ca (OH)2 (carbureto de cálcio + água » acetileno e hidróxido de cálcio) Através da pressão medida no manômetro acoplado ao equipamento determinamos o teor de umidade. Materiais e Equipamentos 12 g de solo; Conjunto de Speedy Test: Ampola com Carbureto de Cálcio; Esferas metálicas; Recipiente metálico que suporta altas pressões com tampa e manômetro acoplado. Procedimentos de Execução do Ensaio Iniciou-se pesando 12 g de solo, após pesagem, foram colocados no recipiente o solo, a ampola de carbureto de cálcio (CaC2) e as esferas metálicas.Fechou-se o aparelho, agitando-o repetidas vezes até quebrar as ampolas, fato confirmado pela observação do manômetro que começou a sofrer alterações. Aguardou-se a pressão do manômetro estabilizar-se, indicando que a reação teria encerrado.Logo após, realizou-se a leitura da pressão e da umidade (Figura 01), já que o conjunto “Speedy” utilizado já possuía indicação de umidade no monômetro. Figura 01 – Manômetro com valores estabilizados. Análise de Dados A pressão encontrada foi de 1,55 Kgf/cm² e teor de umidade 13,5%. Porém, conforme manual de procedimentos do aparelho “Speedy Test” utilizado, para amostras de solos inferiores a 15 g, deve-se dividir os valores encontrados por dois. Onde: é a pressão (Kgf/cm³; é o teor de umidade (%). Resultados e Discussão Como resultado da analise dos dados colhidos, obtivemos a tabela 01 a seguir: Pressão (Kgf/cm²) Mass (g) Teor de umidade (%) Leitura 1,55 12 g 13,5 Resultado 0,77 12 g 6,75 Tabela 01 – Speddy Test Conclusão Por não apresentar nenhum problema na execução do procedimento do ensaio concluímos que o mesmo é valido com resultado de teor de umidade igual a 6,75%. Método da Frigideira O método da frigideira ou fogareiro utiliza-se da secagem através da emissão de calor. Por não conseguirmos manter essa fonte de calor em constância, esse método não é recomendado para solos com presença de material orgânico, pois a temperatura elevada pode queimar substâncias pulverulentas e interferir no resultado final. Materiais e Equipamentos Amostra de Solo; Balança; Cápsulas Numeradas; Espátulas; Fogareiro. Procedimentos de Execução do Ensaio Para utilizar o método do fogareiro, pesou-se três cápsulas vazias. Logo após depositou-se em torno de 20 gramas de solo em cada uma das cápsulas, pesou-se novamente. Acendeu-se a chama do fogareiro, colocou-se as cápsulas com as amostras do solo sobre o fogareiro (Figura 02). Com auxilio da espátula mexia-se no solo para acelerar a secagem e evitar queimas. Retirou-se as cápsulas após verificação aparente de secas. Pesou-se novamente. Figura 02 – Capsulas sobre o fogareiro. Análise de Dados Com a pesagem após o procedimento de ensaio, obtivemos as massas de 38,9 g (cápsula 02), 40,0 g (cápsula 03) e 33,7 g (cápsula 05), sendo esses resultados, massa do solo seco com massa da cápsula. Aplicou-se a fórmula para obtenção do teor de umidade individual de cada amostra. Onde: é o teor de umidade (%); é a massa do solo úmido ou inicial (g); é a massa seca oufinal (g); é a massa da cápsula (g). Resultados e Discussão Após da analise dos dados colhidos, obtivemos a tabela 02 a seguir: FOGAREIRO TIPO CÁPSULA (g) 2 3 5 Mu + Cápsula (g) 41,2 42,7 35,6 Ms + Cápsula (g) 38,9 40,0 33,7 Massa Cápsula (g) 15,0 12,6 12,2 Teor de umidade (%) 9,62 9,64 8,84 Tabela 02 – Fogareiro Para determinação do teor de umidade dessas amostras de solo faz a média simples dos resultados individuais. Onde: é o teor de umidade médio (%); é o somatório dos teores individuais (%). Conclusão Por falta de ocorrência de problemas na execução do procedimento do ensaio, e logo após determinação da média simples, concluímos que o mesmo é valido apresentando como resultado final o teor de umidade igual a 9,36 %. Método da Estufa O método da estufa consiste na retirada da umidade do solo através de secagem em estufa com temperatura média de 105° C por 24h. Este procedimento é o que melhor determina a umidade do solo, por não agredir o solo com elementos que químicos que podem interagir com outros elementos e também, por não queimar materiais orgânicos ou pulverulentos. Materiais e Equipamentos Amostra de solo; Balança com precisão de 0,01g; Cápsulas em alumínio; Estufa. Procedimentos de Execução do Ensaio Pesou-se três cápsulas vazias, logo após depositou-se uma quantidade média 20 gramas de solo, pesou-se novamente e anotou-se os valores. Colocou-se em estufa a 105° C por 24h. Após este período, retirou-se as cápsulas e as pesou-senovamente (Figura 03). Figura 03 – Cápsula 3 sendo pesada após secagem em estufa. Análise de Dados Com a pesagem após o procedimento de ensaio, obtivemos as massas de 38,2 g (cápsula 02), 38,7 g (cápsula 03) e 43,8 g (cápsula 04). Aplicou-se a formula para obtenção do teor de umidade individual de cada amostra. Onde: é o teor de umidade (%); é a massa do solo úmido ou inicial (g); é a massa seca ou final (g); é a massa da cápsula (g). Resultados e Discussão Após da analise dos dados colhidos, obtivemos a tabela a seguir: ESTUFA TIPO CÁPSULA (g) 2 3 4 Mt + Cápsula 39,8 40,4 45,8 Ms + Cápsula 38,2 38,7 43,8 Massa Cápsula 17,4 17,4 17,4 Teor de umidade (h) 7,69 % 7,98 % 7,57 % Para determinação do teor de umidade dessas amostras de solo faz a média simples dos resultados individuais. Onde: é o teor de umidade médio (%); é o somatório dos teores individuais (%). Conclusão Não ocorreu nenhum problema durante a execução do procedimento do ensaio. Após determinação da média simples, concluímosque o referido ensaio é valido eapresenta como resultado final o teor de umidade igual a 7,74 %. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme verificado, para o método do “Speedy Test” encontramos 6,75 % de teor de umidade, para o método do fogareiro 9,36 % e 7,74 % para o da estufa. Essa grande diferença entre o método do fogareiro e os demais pode ser resultado de uma secagem mal feita, o fogareiro não estava pré-aquecido quando colocado as cápsulas, por isso, o tempo em que estas ficaram sobre ele pode ter sido mal interpretado, tal como, a aparência de seca, já que ainda poderia conter agua hidroscópica nas amostras analisadas. No método do “Speedy Test” o valor obtido foi inferior aos demais, porém, aproximando-se do encontrado pelo da estufa, o que o torna menos errôneo que o do fogareiro. Neste caso o mais provável é que a amostra utilizada era insuficiente por isso o valor aproximou-se, mas ainda sim, teve diferença significativa. O método da estufa é o padrão para determinação do teor de umidade e não ocorreu nenhum problema na execução do ensaio, portanto, podemos concluir que o teor de umidade do solo é 7,74 %. Os demais métodos servem de parâmetros in loco, onde não é possível fazer uma análise com estufa, como por exemplo, em obras de pavimentação. O grande aprendizado é que independente do procedimento escolhido, a determinação de uma amostra significativa e a atenção na execução faz toda a diferença. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CALDERÓN, Victor J.V., Interpretação dos resultados de ensaios TDR para a determinação do teor de umidade dos solos. 2010. Monografia (Mestrado em Geotecnia) – Escola de Engenharia, Universidade de São Paulo, São Paulo. CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC vol. I IFTO – MATO GROSSO. http://files.ilcoribeiro.webnode.com.br/200000165-cfb9cd0b28/aula%2004%20-%20Teor%20de%20umidade.pdf ANEXO APRESENTAÇÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Antes da realização dos ensaios a amostra precisa ser retirada com cuidado conforme a finalidade a qual será aplicado, com amostras para ensaio de permeabilidade, por exemplo, retira-se uma amostra do solo inteiro, as vezes o recobre com parafina para evitar desmoronamento ou perda de umidade. Para os demais ensaios, costuma-se coletar 40 kg de solo, o qual é transportado em saco de lona (Figura 04), evitando a perda de umidade do mesmo. Figura 04 – Saco de lona utilizado para coletar o solo. A NBR 6457/1986 – Amostras de solo - Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização – demonstra os procedimentos e materiais utilizados para preparar as amostras. Dentre os equipamentos e materiais utilizados temos: almofariz e mão de gral recoberta de borracha (Figura 05), repartidor de amostras (Figura 06), balanças de precisão, peneiras com abertura especificadas em norma e bandejas (Figura 07). Figura 05 – Almofariz e mão de gral. Figura 06 – Repartidor de amostras. Figura 07 – Bandeja. A NBR 6459/1984 – Solo - Determinação do limite de liquidez – detalha os procedimentos e materiais utilizados para determinar o limite de liquidez de uma amostra de solo. Dentre os materiais utilizados podemos citar: o aparelho Casagrande (Figura 08), cinzel (Figura 09), balança de precisão, estufa e cápsulas para as amostras. Figura 08 – Aparelho Casagrande. A NBR 7180/1984 – Solo - Determinação do limite de plasticidade – especifica os materiais e procedimentos utilizados para definir o limite de plasticidade de uma amostra de solo. Dentre os materiais utilizados para a realização deste ensaio, podemos citar: o gabarito cilíndrico para comparação (Figura 09), placa de vidro de superfície esmerilhada para enrolar os moldes (Figura 09), estufa para secagem das amostras, cápsulas para as amostras e balança de precisão. Figura 09 – Gabarito cilíndrico à esquerda, ao centro e a direito cinzel utilizado no limite de liquidez, sob os aparelhos placa de vidro. A NBR 7181/1984 – Solo - Análise granulométrica – especifica os materiais e procedimentos utilizados para realização do ensaio de granulometria e ajudar na caracterização do solo com a amostra estudada do mesmo, utilizando-se de peneiramento ou combinação de sedimentação e peneiramento. Podemos destacar como materiais utilizados para a realização deste ensaio: sequência de peneiras (Figura 10) conforme estabelecido em norma, balança de precisão e agitador de peneiras mecânico. Figura 10 – Sequência de peneiras. A NBR 7182/1986 – Solo - Ensaio de compactação – especifica os materiais e procedimentos utilizados para realização do ensaio de compactação levando em conta a relação entre o teor de umidade e a massa específica aparente seca de solos quando compactados, de acordo com os processos especificados. Alguns dos materiais utilizados para a realização deste ensaio são: soquete (Figura 11), cilindro metálico (Figura 12), balança de precisão, cápsulas metálicas e estufa. Figura 11 – Soquete. Figura 12 – Cilindro metálico. A NBR 6508/84 – Solo - Ensaio de determinação da massa especifica relativa dos grãos – aponta os materiais e procedimentos utilizados para realização do mesmo. Alguns dos materiais utilizados para a realização deste ensaio são: picnômetro (Figura 13), dispersor (Figura 14), bomba de vácuo, cápsulas metálicas, balança de precisão e funil. Figura 13 – Picnômetro. Figura 14 – Dispersor.
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