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PROFESSOR WAGNER ALVARENGA – INSTAGRAM @WAGALVARENGA 
 
I 13.869/2019 
PROFESSOR WAGNER ALVARENGA – INSTAGRAM @WAGALVARENGA 
 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO 
Lei 10.826/03 
Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o 
Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências. 
 
O SINARM 
Art. 1o O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, 
no âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional. 
 
Art. 2o Ao Sinarm compete: 
 
 I – identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante 
cadastro; 
 
 II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País; 
 
 III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas 
pela Polícia Federal; 
 
 IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras 
ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de 
fechamento de empresas de segurança privada e de transporte de valores; 
 
 V – identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento 
de arma de fogo; 
 
 VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes; 
 
 VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a 
procedimentos policiais e judiciais; 
 
 VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para 
exercer a atividade; 
 
PROFESSOR WAGNER ALVARENGA – INSTAGRAM @WAGALVARENGA 
 
 IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, 
exportadores e importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e munições; 
 
 X – cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões 
de raiamento e de microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e testes 
obrigatoriamente realizados pelo fabricante; 
 
 XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito 
Federal os registros e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, 
bem como manter o cadastro atualizado para consulta. 
 
 Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das 
Forças Armadas e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros 
próprios. 
 
FORÇAS ARMADAS – MARINHA, EXÉRCITO e AERONÁUTICA. 
FORÇAS AUXILIARES – PM e CBM. 
REGISTROS PRÓPRIOS - Entende-se por registros próprios, os REGISTROS 
FEITOS pelas instituições, órgãos e corporações em DOCUMENTOS OFICIAIS DE 
CARÁTER PERMANENTE. 
 
REGISTRO DA ARMA DE FOGO 
 
Art. 3º É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente. 
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do 
Exército, na forma do regulamento desta Lei. 
 
 
AQUISIÇÃO DE ARMA DE FOGO 
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de 
declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos: 
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de 
antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de 
não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser 
fornecidas por meios eletrônicos; 
PROFESSOR WAGNER ALVARENGA – INSTAGRAM @WAGALVARENGA 
 
II – apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência 
certa; 
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio 
de arma de fogo, atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei. 
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, 
ressalvados os integrantes das entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do 
caput do art. 6o desta Lei. PORTE FUNCIONAL NÃO EXIGE IDADE MÍNIMA! 
§ 1o O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os 
requisitos anteriormente estabelecidos, em nome do requerente e para a arma 
indicada, sendo intransferível esta autorização. 
§ 6o A expedição da autorização a que se refere o § 1o será concedida, ou recusada 
com a devida fundamentação, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do 
requerimento do interessado. 
§ 2o A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à 
arma registrada e na quantidade estabelecida no regulamento desta Lei. 
§ 3o A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a 
comunicar a venda à autoridade competente, como também a manter banco de dados 
com todas as características da arma e cópia dos documentos previstos neste artigo. 
§ 4o A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde 
legalmente por essas mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade 
enquanto não forem vendidas. 
§ 5o A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas 
físicas somente será efetivada mediante autorização do Sinarm. 
 
Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território 
nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior 
de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de 
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou 
empresa. POSSE!!! 
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo, 
considera-se residência ou domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural. 
 
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e 
será precedido de autorização do Sinarm. 
SINARM AUTORIZA, POLÍCIA FEDERAL EXPEDE! (USO PERMITIDO!!!) 
 
 
PROFESSOR WAGNER ALVARENGA – INSTAGRAM @WAGALVARENGA 
 
 
PORTE DE ARMA DE FOGO 
 
Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os 
casos previstos em legislação própria e para: 
I – os integrantes das Forças Armadas; 
MESMO FORA DO SERVIÇO 
VALIDADE NACIONAL 
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144 da 
Constituição Federal e os da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP); 
ATENÇÃO! INCISO VI DO ARTIGO 144!!! 
MESMO FORA DO SERVIÇO 
VALIDADE NACIONAL 
 
 III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios 
com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no 
regulamento desta Lei; 
MESMO FORA DO SERVIÇO 
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 
(cinqüenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; 
§ 7o Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões 
metropolitanas será autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço. 
STF garante porte de arma a todas as guardas municipais do país! 
Os ministros derrubaram vedação do Estatuto do Desarmamento que proibia o porte de 
armas de fogo por integrantes de guardas municipais em municípios com menos de 50 mil 
habitantes. 
ATUALIZAÇÃO RECENTE (MARÇO/2021) – PORTE DE ARMA DE FOGO PARA TODAS 
AS GUARDAS MUNICIPAIS. O SERVIDOR PODERÁ PORTAR QUANDO EM SERVIÇO 
E DURANTE A FOLGA, LEMBRANDO DA LIMITAÇÃO TERRITORIAL (PORTE 
ESTADUAL). 
 
V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do 
Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da 
República; 
MESMO FORA DO SERVIÇO 
PROFESSOR WAGNER ALVARENGA – INSTAGRAM @WAGALVARENGA 
 
VALIDADE NACIONAL 
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da 
Constituição Federal; POLÍCIA LEGISLATIVA 
MESMO FORA DO SERVIÇO 
VALIDADE NACIONAL 
 VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das 
escoltas de presos e as guardasArt. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei 
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. 
 
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, 
as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição 
peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. 
 
 
 
Direitos Fundamentais 
 
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante 
a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o 
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. 
 
Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de 
saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, 
atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, 
perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde. 
 
§ 6º A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência 
durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato. 
(IMPORTANTE) 
 
Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na 
Adolescência, a ser realizada anualmente na semana que incluir o dia 1º de fevereiro, 
com o objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que 
contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência. 
 
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições 
adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida 
privativa de liberdade. 
 
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade 
 
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade 
como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos 
civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. 
 
 Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: 
 
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as 
restrições legais; 
 
II - opinião e expressão; 
 
 
 
III - crença e culto religioso; 
 
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; 
 
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; 
 
VI - participar da vida política, na forma da lei; 
 
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. 
 
 Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, 
psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, 
da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos 
pessoais. 
 
 Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a 
salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou 
constrangedor. 
 
CONCEITOS IMPORTANTES: 
CASTIGO FÍSICO = ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força 
física sobre a criança ou o adolescente que resulte em SOFRIMENTO FÍSICO OU 
LESÃO. 
 
TRATAMENTO CRUEL OU DEGRADANTE = conduta ou forma cruel de tratamento em 
relação à criança ou ao adolescente que HUMILHE, AMEACE GRAVEMENTE ou 
RIDICULARIZE. 
 
Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária 
 
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família 
e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e 
comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. 
 
 
FAMÍLIA NATURAL: comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus 
descendentes. 
FAMÍLIA SUBSTITUTA: a colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, 
tutela ou adoção. 
 
 
Da prática de ATO INFRACIONAL 
 
Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou 
contravenção penal. 
O MENOR DE 18 ANOS NÃO COMETE CRIME! 
 
 Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às 
medidas previstas nesta Lei. 
 
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente 
à data do fato. (TEORIA DA ATIVIDADE) 
 
 Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas 
no art. 101. (MEDIDAS DE PROTEÇÃO) 
 
Do acesso à justiça 
 
Art. 141. É garantido o acesso de toda criança ou adolescente à Defensoria Pública, ao 
Ministério Público e ao Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos. 
 
§ 1º. A assistência judiciária gratuita será prestada aos que dela necessitarem, 
através de defensor público ou advogado nomeado. 
 
§ 2º As ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da Juventude são 
isentas de custas e emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé. 
 
 Art. 142. Os menores de dezesseis anos serão representados e os maiores de 
dezesseis e menores de vinte e um anos assistidos por seus pais, tutores ou 
curadores, na forma da legislação civil ou processual. 
 
 
 
Parágrafo único. A autoridade judiciária dará curador especial à criança ou adolescente, 
sempre que os interesses destes colidirem com os de seus pais ou responsável, ou 
quando carecer de representação ou assistência legal ainda que eventual. 
 
 Art. 143. E vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que digam 
respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional. 
(IMPORTANTE) 
 
Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a Adolescente 
 
Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo, 
encaminhado à autoridade judiciária. (imediatamente) 
 
Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde logo, 
encaminhado à autoridade policial competente. (imediatamente) 
Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada para atendimento de 
adolescente e em se tratando de ato infracional praticado em co-autoria com maior, 
prevalecerá a atribuição da repartição especializada, que, após as providências 
necessárias e conforme o caso, encaminhará o adulto à repartição policial própria. 
 
Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido mediante violência ou grave 
ameaça a pessoa, a autoridade policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, 
parágrafo único, e 107, deverá: 
 
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o adolescente; 
 
II - apreender o produto e os instrumentos da infração; 
 
III - requisitar os exames ou perícias necessários à comprovação da materialidade e 
autoria da infração. 
 
Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a lavratura do auto poderá ser 
substituída por boletim de ocorrência circunstanciada. 
 
 
 
Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o adolescente será 
prontamente liberado pela autoridade policial, sob termo de compromisso e 
responsabilidade de sua apresentação ao representante do Ministério Público, no mesmo 
dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato, exceto quando, pela gravidade do 
ato infracional e sua repercussão social, deva o adolescente permanecer sob internação 
para garantia de sua segurança pessoal ou manutenção da ordem pública. 
 
Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade policial encaminhará, desde logo, o 
adolescente ao representante do Ministério Público, juntamente com cópia do auto de 
apreensão ou boletim de ocorrência. 
 
§ 1º Sendo impossível a apresentação imediata, a autoridade policial encaminhará o 
adolescente à entidade de atendimento, que fará a apresentação ao representante do 
Ministério Público no prazo de vinte e quatro horas. 
 
§ 2º Nas localidades onde não houver entidade de atendimento, a apresentação far-
se-á pela autoridade policial. À falta de repartição policial especializada, o adolescenteaguardará a apresentação em dependência separada da destinada a maiores, não 
podendo, em qualquer hipótese, exceder o prazo referido no parágrafo anterior. 
 
Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a autoridade policial encaminhará 
imediatamente ao representante do Ministério Público cópia do auto de apreensão ou 
boletim de ocorrência. 
 
 Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver indícios de participação de 
adolescente na prática de ato infracional, a autoridade policial encaminhará ao 
representante do Ministério Público relatório das investigações e demais documentos. 
 
 Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional não poderá ser 
conduzido ou transportado em compartimento fechado de veículo policial, em condições 
atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou mental, 
sob pena de responsabilidade. (IMPORTANTE – ABUSO DE AUTORIDADE) 
 
 
 
 
 
 
Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará qualquer medida, desde que 
reconheça na sentença: 
 
I - estar provada a inexistência do fato; 
 
II - não haver prova da existência do fato; 
 
III - não constituir o fato ato infracional; (FATO ATÍPICO) 
 
IV - não existir prova de ter o adolescente concorrido para o ato infracional. 
 
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, estando o adolescente internado, será 
imediatamente colocado em liberdade. 
 
 
Da Infiltração de Agentes de Polícia para a Investigação de Crimes contra a 
Dignidade Sexual de Criança e de Adolescente 
 
• Prazo de 90 dias, sendo permitidas renovações, mas o prazo total da infiltração não 
poderá exceder 720 dias. (ATENÇÃO AOS PRAZOS) 
• Só poderá ser adotada se a prova não puder ser produzida por outros meios 
disponíveis. (MEDIDA EXCEPCIONAL) 
• A infiltração de agentes ocorre apenas na internet. 
 
A infiltração somente será permitida se for previamente autorizada por decisão 
judicial devidamente circunstanciada e fundamentada, que estabelecerá os limites da 
infiltração para obtenção de prova. 
O magistrado não deverá, portanto, deferir pedidos de infiltração feitos de forma genérica 
e sem elementos relacionados com o caso concreto. 
Antes de decidir, o juiz deverá ouvir o Ministério Público, caso este não tenha sido o autor 
do pedido. 
 
 
 
 
 
A infiltração será apreciada pelo juiz a partir de: 
a) requerimento do Ministério Público; ou 
b) representação do Delegado de Polícia. 
 
A Lei prevê que não comete crime o policial que oculta a sua identidade para, por meio 
da internet, colher indícios de autoria e materialidade dos crimes para os quais é 
permitida a infiltração (art. 190- C do ECA). 
O agente policial infiltrado que deixar de observar a estrita finalidade da investigação 
responderá pelos excessos praticados (art. 190-C, parágrafo único do ECA). 
 
 
Dos crimes e das infrações administrativas 
 
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as normas da Parte Geral do 
Código Penal e, quanto ao processo, as pertinentes ao Código de Processo Penal. 
 
 Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública incondicionada. 
(IMPORTANTE) 
 
Art. 227-A Os efeitos da condenação prevista no inciso I do caput do art. 92 do Decreto-
Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para os crimes previstos nesta 
Lei, praticados por servidores públicos com abuso de autoridade, são condicionados à 
ocorrência de reincidência. (IMPORTANTE) 
 
CRIMES MAIS COBRADOS EM PROVAS! 
Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou 
adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o 
fito de obter lucro: 
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa. 
Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência. 
 
666 
 
 
 
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer 
meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: 
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 
§ 1 o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo 
intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, 
ou ainda quem com esses contracena. 
§ 2 o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime: 
I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la; 
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; 
III – prevalecendo-se de relações de parentesco consangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou 
por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro 
título, tenha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento. 
 
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra 
forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança 
ou adolescente: 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 1 o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de pequena quantidade o material a 
que se refere o caput deste artigo. 
§ 2 o Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a finalidade de comunicar às autoridades 
competentes a ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, 
quando a comunicação for feita por: 
I – agente público no exercício de suas funções; 
II – membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, entre suas finalidades institucionais, 
o recebimento, o processamento e o encaminhamento de notícia dos crimes referidos neste 
parágrafo; 
III – representante legal e funcionários responsáveis de provedor de acesso ou serviço prestado 
por meio de rede de computadores, até o recebimento do material relativo à notícia feita à 
autoridade policial, ao Ministério Público ou ao Poder Judiciário. 
§ 3 o As pessoas referidas no § 2 o deste artigo deverão manter sob sigilo o material ilícito 
referido. 
 
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, 
criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso: 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
 
 
 
 
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a 
criança ou adolescente arma, munição ou explosivo: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. 
 
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de 
qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros 
produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica: 
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2 o desta 
Lei, à prostituição ou à exploração sexual: 
Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além da perda de bens e valores utilizados na 
prática criminosa em favor do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da unidade da 
Federação (Estado ou Distrito Federal) em que foi cometido o crime, ressalvado o direito de 
terceiro de boa-fé. 
 
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele 
praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 
§ 1 o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas 
utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet. 
§ 2 o As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a infração 
cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1 o da Lei n o 8.072, de 25 de julho de 1990 . 
(CRIMES HEDIONDOS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE 
JUIZADOSESPECIAIS CRIMINAIS 
 
Juizados Especiais 
 
 Lei 9.099 
 Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências. 
 Lei 10.259 
 Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da 
Justiça Federal. 
 
 
 
 
 
Disposições gerais 
 
 Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos da Justiça Ordinária, serão 
criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para 
conciliação, processo, julgamento e execução, nas causas de sua competência. 
 Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, 
informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a 
conciliação ou a transação. 
 
 
 
 
 
Competência 
 
 Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, 
tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais 
de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. 
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta 
Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 
(dois) anos, cumulada ou não com multa. 
 
 
 
 
 
Competência Juizados Especiais Criminais no âmbito da Justiça Federal Lei 10.259 
 
 Art. 2o Compete ao Juizado Especial Federal Criminal processar e julgar os feitos de 
competência da Justiça Federal relativos às infrações de menor potencial ofensivo, 
respeitadas as regras de conexão e continência. 
 Justiça Federal NÃO JULGA CONTRAVENÇÃO PENAL!!! 
 Competência da Justiça Federal estão no artigo 109 da CF/88. 
 
 
 
 
Os princípios e objetivo. 
 
 Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da 
oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, 
sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de 
pena não privativa de liberdade. 
Lembrar do BIZU DO “COISE”. 
 
 
 
 
 
Competência e atos processuais 
 
 Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a 
infração penal. (TEORIA DA ATIVIDADE) 
 Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno e 
em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. 
 
 Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as finalidades 
para as quais foram realizados, atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei. 
 § 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo. 
 § 2º A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por 
qualquer meio hábil de comunicação. 
§ 3º Serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos havidos por essenciais. Os 
 
 
atos realizados em audiência de instrução e julgamento poderão ser gravados em fita 
magnética ou equivalente 
 
 
 
 
Citação e intimação 
 
 Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou 
por mandado. 
 Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará 
as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei. 
 Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com aviso de recebimento pessoal 
ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao 
encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado, ou, sendo 
necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta 
precatória, ou ainda por qualquer meio idôneo de comunicação. 
 Parágrafo único. Dos atos praticados em audiência considerar-se-ão desde logo 
cientes as partes, os interessados e defensores. 
 Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do mandado de citação do acusado, 
constará a necessidade de seu comparecimento acompanhado de advogado, com a 
advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á designado defensor público 
 
 
 
 
 
Termo Circunstanciado de Ocorrência 
 
 Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo 
circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a 
vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. 
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente 
encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá 
prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá 
determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de 
convivência com a vítima. 
 
 
Simplicidade do processo 
 
 Art. 77. 
 § 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de 
ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir- 
se-á do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por 
boletim médico ou prova equivalente. 
 § 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da 
denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças 
existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei. 
 
 
 
 
 
 
Fase preliminar 
 
 Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério Público, o 
autor do fato e a vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados por seus 
advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da 
aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade. 
 Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz 
mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil 
competente. 
 Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal 
pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao 
direito de queixa ou representação. 
 Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente ao 
ofendido a oportunidade de exercer o direito de representação verbal, que será 
reduzida a termo. 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública 
incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a 
aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. 
(TRANSAÇÃO PENAL) CABE RECURSO APELAÇAO 
 
 
Transação penal 
 
 Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: 
 I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa 
de liberdade, por sentença definitiva; 
 II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela 
aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; 
 III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, 
bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da 
medida. 
 
 ACEITA A PROPOSTA PELO JUIZ: 
 NÃO IMPORTA EM REINCIDÊNCIA; 
 REGISTRADA APENAS PARA IMPEDIR NOVAMENTE O MESMO BENEFÍCIO NO PRAZO DE 
5 ANOS; 
 NÃO CONSTARÁ DE CERTIDÃO DE ANTECEDENTES CRIMINAIS; 
 NÃO TERÁ EFEITOS CIVIS 
 
 
 
 
Da Execução 
 
 Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa, seu cumprimento far-se-á mediante 
pagamento na Secretaria do Juizado. 
 Parágrafo único. Efetuado o pagamento, o Juiz declarará extinta a punibilidade, 
determinando que a condenação não fique constando dos registros criminais, exceto 
para fins de requisição judicial. 
 Art. 85. Não efetuado o pagamento de multa, será feita a conversão em pena 
privativa da liberdade, ou restritiva de direitos, nos termos previstos em lei. 
 Art. 86. A execução das penas privativas de liberdade e restritivas de direitos, ou 
de multa cumulada com estas, será processada perante o órgão competente, nos 
termos da lei. 
 
 
Disposições finais 
 
 Art. 88. Além das hipóteses do Código Penale da legislação especial, dependerá de 
representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões 
culposas. 
 Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, 
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá 
propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não 
esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os 
demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena 
 Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposições dos Códigos Penal e de Processo 
Penal, no que não forem incompatíveis com esta Lei. 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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I 13.869/2019 
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LEI FEDERAL 11.340/2006 
LEI MARIA DA PENHA 
Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos 
termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação 
de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção 
Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe 
sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; 
altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá 
outras providências. 
 
A Lei Maria Da Penha: e a proteção constitucional contra a violência doméstica. 
 
Art. 226 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL - A família, base da sociedade, tem especial 
proteção do Estado. 
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a 
integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. 
 
COMO FOI COBRADA NO ÚLTIMO CONCURSO PMMG? 
9. Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006, cria mecanismos para coibir a violência 
doméstica e familiar contra a mulher: Art. 1º ao 7º, 10 ao 12, 22 ao 24 e 34 ao 45. 
 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar 
contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção 
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção 
Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros 
tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a 
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criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece 
medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e 
familiar. 
 
Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, 
cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à 
pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem 
violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e 
social. 
 
Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos 
à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso 
à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao 
respeito e à convivência familiar e comunitária. 
 
§ 1º O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos 
das mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las 
de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
 
§ 2º Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as condições necessárias para 
o efetivo exercício dos direitos enunciados no caput. 
 
Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina 
e, especialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de violência 
doméstica e familiar. 
O nome desta Lei é advindo de uma mulher chamada Maria da Penha Maia Fernandes, 
esta sofreu diversas agressões do cônjuge, e em decorrência desta violência ficou 
tetraplégica, mas mesmo diante das dificuldades lutou até conseguir que seu ex-marido 
fosse preso. 
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Em 2001 a Organização de Direitos Humanos responsabilizou o Estado Brasileiro por ser 
negligente quanto a violência doméstica contra as mulheres. Posteriormente em 2006, 
criou-se a “Lei Maria da Penha”. 
 
 
DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 
 
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher 
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento 
físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: 
O sujeito passivo (autor) pode ser do sexo masculino ou feminino. O sujeito passivo 
(vítima) deve ser do sexo feminino. 
 
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio 
permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente 
agregadas; 
 
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que 
são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade 
expressa; 
 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido 
com a ofendida, independentemente de coabitação. 
 
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de 
orientação sexual. 
A violência pode se dar no espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem 
vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas (âmbito da unidade doméstica), 
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ou na comunidade formada por indivíduos que são ou que se consideram aparentados, 
unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa (âmbito da família) ou 
ainda em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido 
com a ofendida, independentemente de coabitação. Vale ressaltar ainda que essas 
relações pessoais mencionadas acima independem de orientação sexual. 
 
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de 
violação dos direitos humanos. 
Qualquer tipo de violência doméstica e familiar contra a mulher constitui violação dos 
direitos humanos. 
 
 
DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 
 
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 
Conforme o artigo 5º da Lei Maria da Penha, a violência doméstica e familiar contra a 
mulher é entendida como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause 
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. 
 
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou 
saúde corporal; 
Chutes, socos, tapas, empurrões, etc. 
 
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano 
emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno 
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças 
e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, 
vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua 
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intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro 
meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação 
Xingamentos, humilhações, ameaças, etc. 
 
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a 
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, 
coação ou uso da força; que a induza a comercializar oua utilizar, de qualquer modo, a 
sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao 
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno 
ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; 
Forçar a mulher a manter relação sexual sem preservativo, obrigar a mulher a se prostituir, 
etc. 
 
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, 
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, 
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os 
destinados a satisfazer suas necessidades; 
Reter o cartão bancário da mulher, danificar seus objetos, subtrair bens pessoas, etc. 
 
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação 
ou injúria. 
A diferença entre cada um desses crimes contra a honra está no conceito de honra que 
sofre a ofensa. A calúnia ofende a honra enquanto cidadão. Já a difamação ataca a honra 
objetiva que é a reputação; enquanto a injúria ofende a honra subjetiva, que trata das 
qualidades do sujeito. 
 
 
DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO 
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Art. 8º A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-
se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretrizes: 
 
I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria 
Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho 
e habitação; 
 
II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com 
a perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à 
freqüência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de 
dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das 
medidas adotadas; 
 
III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e 
da família, de forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a 
violência doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art. 1º , no 
inciso IV do art. 3º e no inciso IV do art. 221 da Constituição Federal ; 
 
IV - a implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em 
particular nas Delegacias de Atendimento à Mulher; 
 
V - a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência 
doméstica e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e 
a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres; 
 
VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de 
promoção de parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-
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governamentais, tendo por objetivo a implementação de programas de erradicação da 
violência doméstica e familiar contra a mulher; 
 
VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo 
de Bombeiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso 
I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia; 
 
VIII - a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito 
respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia; 
 
IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos 
relativos aos direitos humanos, à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da 
violência doméstica e familiar contra a mulher. 
 
DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E 
FAMILIAR 
 
Art. 9º A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será 
prestada de forma articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei 
Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de 
Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de proteção, e 
emergencialmente quando for o caso. 
 
§ 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência 
doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e 
municipal. 
 
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§ 2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para 
preservar sua integridade física e psicológica: 
 
I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração 
direta ou indireta; 
 
II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de 
trabalho, por até seis meses. 
 
III - encaminhamento à assistência judiciária, quando for o caso, inclusive para eventual 
ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de 
dissolução de união estável perante o juízo competente. (novidade!) 
 
§ 3º A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar 
compreenderá o acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e 
tecnológico, incluindo os serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças 
Sexualmente Transmissíveis (DST) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e 
outros procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de violência sexual. 
 
§ 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual ou psicológica 
e dano moral ou patrimonial a mulher fica obrigado a ressarcir todos os danos causados, 
inclusive ressarcir ao Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a tabela SUS, os 
custos relativos aos serviços de saúde prestados para o total tratamento das vítimas em 
situação de violência doméstica e familiar, recolhidos os recursos assim arrecadados ao 
Fundo de Saúde do ente federado responsável pelas unidades de saúde que prestarem os 
serviços. (novidade!) 
 
§ 5º Os dispositivos de segurança destinados ao uso em caso de perigo iminente e 
disponibilizados para o monitoramento das vítimas de violência doméstica ou familiar 
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amparadas por medidas protetivas terão seus custos ressarcidos pelo agressor. 
(novidade!) 
 
§ 6º O ressarcimento de que tratam os §§ 4º e 5º deste artigo não poderá importar ônus 
de qualquer natureza ao patrimônio da mulher e dos seus dependentes, nem 
configurar atenuante ou ensejar possibilidade de substituição da pena aplicada.” 
(novidade!) 
 
§ 7º A mulher em situação de violência doméstica e familiar tem prioridade para matricular 
seus dependentes em instituição de educação básica mais próxima de seu domicílio, 
ou transferi-los para essa instituição, mediante a apresentação dos documentos 
comprobatórios do registro da ocorrência policial ou do processo de violência doméstica e 
familiar em curso. (novidade!) 
 
§ 8º Serão sigilosos os dados da ofendida e de seus dependentes matriculados ou 
transferidos conforme o disposto no § 7º deste artigo, e o acesso às informações será 
reservado ao juiz, ao Ministério Público e aos órgãos competentes do poder público. 
(novidade!) 
 
DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL 
 
Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a 
mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, 
as providências legais cabíveis. 
Iminência é a condição ou característica do que está iminente; ameaça, aproximação, 
urgência, algo que está prestes a acontecer. 
 
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao descumprimento de 
medida protetiva de urgência deferida. 
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Ao tomar conhecimento do descumprimento de medida protetiva de urgência, a autoridade 
policial adotará, de imediato, as providências legais cabíveis 
Art. 10-A. É direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o 
atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores - 
preferencialmente do sexo feminino - previamente capacitados. 
A palavra PREFERENCIALMENTE quer dizer de “preferência”, mas não exclusivamente. 
 
§ 1º A inquirição de mulher em situação de violência doméstica e familiar ou de 
testemunha de violência doméstica, quando se tratar de crime contra a mulher, obedecerá 
às seguintes diretrizes: 
I - salvaguarda da integridade física, psíquica e emocional da depoente, considerada a 
sua condição peculiar de pessoa em situação de violência doméstica e familiar; 
II - garantia de que, em nenhuma hipótese, a mulher em situação de violência doméstica 
e familiar, familiares e testemunhas terão contato direto com investigados ou suspeitos 
e pessoas a eles relacionadas; 
Em nenhuma hipótese a vítima ou a testemunha terão contato direto com investigados, 
suspeitos ou pessoas relacionadas a eles. 
III - não revitimização da depoente, evitando sucessivas inquirições sobre o mesmo fato 
nos âmbitos criminal, cível e administrativo, bem como questionamentos sobre a vida 
privada. 
A mulher em situação de violência doméstica e familiar já é vítima, já sofre as 
consequências daquela violência, por isso é importante a não revitimização da depoente. 
 
§ 2º Na inquirição de mulher em situação de violência doméstica e familiar ou de 
testemunha de delitos de que trata esta Lei, adotar-se-á, preferencialmente, o seguinte 
procedimento: 
A palavra PREFERENCIALMENTE quer dizer de “preferência”, mas não exclusivamente. 
 
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I - a inquirição será feita em recinto especialmente projetado para esse fim, o qual 
conterá os equipamentos próprios e adequados à idade da mulher em situação de 
violência doméstica e familiar ou testemunha e ao tipo e à gravidade da violência sofrida; 
II - quando for o caso, a inquirição será intermediada por profissional especializado 
em violência doméstica e familiar designado pela autoridade judiciária ou policial; 
III - o depoimento será registrado em meio eletrônico ou magnético, devendo a 
degravação e a mídia integrar o inquérito. 
DEGRAVAÇÃO é a transcrição ipsis verbis (reprodução exata e literal) de um áudio em 
formato de texto. Assim, na transcrição inclui todos os erros da fala, jargões, pausas, 
hesitações, repetições, não encontradas normalmente na língua culta. 
 
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a 
autoridade policial deverá, entre outras providências: 
 
I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao 
Ministério Público e ao Poder Judiciário; 
 
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal; 
 
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, 
quando houver risco de vida; 
 
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences 
do local da ocorrência ou do domicílio familiar; 
 
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis, 
inclusive os de assistência judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo competente 
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da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de 
união estável. (novidade!) 
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o 
registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes 
procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: 
 
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se 
apresentada; 
 
II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas 
circunstâncias; 
 
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o 
pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência; 
 
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar 
outros exames periciais necessários; 
 
V - ouvir o agressor e as testemunhas; 
 
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes 
criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências 
policiais contra ele; 
 
VI-A - verificar se o agressor possui registro de porte ou posse de arma de fogo e, na 
hipótese de existência, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a ocorrência 
à instituição responsável pela concessão do registro ou da emissão do porte, nos termos 
da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento); (novidade!) 
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VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público. 
 
§ 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter: 
 
I - qualificação da ofendida e do agressor; 
 
II - nome e idade dos dependentes; 
 
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida. 
 
IV - informação sobre a condição de a ofendida ser pessoa com deficiência e se da 
violência sofrida resultou deficiência ou agravamento de deficiência preexistente. 
 
§ 2º A autoridade policial deverá anexar ao documento referido no § 1º o boletim de 
ocorrência e cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida. 
 
§ 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos 
por hospitais e postos de saúde. 
 
Art. 12-A. Os Estados e o Distrito Federal, na formulação de suas políticas e planos de 
atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, darão prioridade, no 
âmbito da Polícia Civil, à criação de Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher 
(Deams), de Núcleos Investigativos de Feminicídio e de equipes especializadas para o 
atendimento e a investigação das violências graves contra a mulher. 
§ 3º A autoridade policial poderá requisitar os serviços públicos necessários à defesa da 
mulher em situação de violência doméstica e familiar e de seus dependentes. 
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Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade 
física da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o 
agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a 
ofendida: 
Artigo inserido em 2019, grandes chances de cair na sua prova! 
I - pela autoridade judicial; 
É a regra, o juiz. 
II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; 
Se o município não for sede de comarca, fica a cargo do delegado de polícia. 
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado 
disponível no momento da denúncia. 
Na ausência de delegado disponível no momento da denúncia, nos Municípios que não 
forem sedes de comarcas, qualquer policial poderá afastar o agressor tanto da mulher 
vítima da violência quanto de seus dependentes. 
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no 
prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção 
ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público 
concomitantemente. 
Apesar de qualquer policial ter agora a prerrogativa de afastar o agressor (nos Municípios 
que não são sedes de comarcas e quando não houver delegado disponível no momento dadenúncia), tal afastamento deverá ser comunicado ao juiz em 24 horas. O juiz então 
decidirá se mantém ou não a medida protetiva de urgência. 
§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida 
protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso. 
A regra acima representa mais um avanço na proteção da mulher em situação de violência 
doméstica e familiar. Muitos desses agressores eram beneficiários de liberdade provisória. 
 
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DOS PROCEDIMENTOS 
 
Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das causas cíveis e criminais 
decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão 
as normas dos Códigos de Processo Penal e Processo Civil e da legislação específica 
relativa à criança, ao adolescente e ao idoso que não conflitarem com o estabelecido nesta 
Lei. 
 
Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da 
Justiça Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no 
Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a 
execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a 
mulher. 
Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher é uma unidade judicante criada 
para para julgar especificamente casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. 
 
Parágrafo único. Os atos processuais poderão realizar-se em horário noturno, 
conforme dispuserem as normas de organização judiciária. 
Os atos processuais podem ser realizados no período da noite. 
 
Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio ou de dissolução de 
união estável no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. 
(novidade!) 
§ 1º Exclui-se da competência dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a 
Mulher a pretensão relacionada à partilha de bens. 
§ 2º Iniciada a situação de violência doméstica e familiar após o ajuizamento da ação de 
divórcio ou de dissolução de união estável, a ação terá preferência no juízo onde estiver. 
 
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Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por 
esta Lei, o Juizado: 
 
I - do seu domicílio ou de sua residência; 
 
II - do lugar do fato em que se baseou a demanda; 
 
III - do domicílio do agressor. 
A competência jurisdicional para os processos cíveis será fixada conforme opção da 
vítima, podendo ser o local de seu domicílio, de sua residência, do lugar do fato do crime 
ou do domicílio do agressor. 
 
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que 
trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em 
audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da 
denúncia e ouvido o Ministério Público. 
A renúncia nas ações penais públicas condicionadas à representação poderá ocorrer, 
desde que a vítima a formalize perante a autoridade judiciária em audiência própria e 
desde que ocorra antes do recebimento da denúncia, ouvido o Ministério Público. 
 
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a 
mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a 
substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa. 
Apresenta um marco na legislação processual, pois proíbe a aplicação de penas 
pecuniárias, como o pagamento de cestas básicas, além de vedar a aplicação isolada de 
multa em substituição às penas cominadas que o permitem. 
 
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA 
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Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 
48 (quarenta e oito) horas: 
A autoridade judiciária terá um prazo de 48 h para sua concessão, a partir do recebimento 
do pedido. 
 
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de 
urgência; 
 
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, 
quando for o caso, inclusive para o ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, 
de anulação de casamento ou de dissolução de união estável perante o juízo competente; 
(novidade!) 
 
III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis. 
 
IV - determinar a apreensão imediata de arma de fogo sob a posse do agressor. 
(novidade!) 
 
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a 
requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida. 
As medidas poderão ser requeridas pelo Ministério Público ou pela ofendida. 
 
§ 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, 
independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, 
devendo este ser prontamente comunicado. 
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As medidas protetivas de urgência, como o próprio nome já diz, são urgentes. Por isso, 
podem ser concedidas independentemente de audiência das partes e manifestação do MP, 
devendo nesses casos ser feita a comunicação imediata ao MP. 
 
§ 2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e 
poderão ser substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os 
direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados. 
A autoridade judiciária poderá conceder tantas medidas quantas forem necessárias para 
garantir a proteção da vítima e de seus dependentes, sendo possível ainda serem 
substituídas ou revistas a qualquer tempo por outra de maior eficácia, ou ainda podendo 
ser acrescentadas àquelas já concedidas anteriormente, de forma a complementar a 
proteção. 
 
§ 3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, 
conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se 
entender necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, 
ouvido o Ministério Público. 
 
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a 
prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do 
Ministério Público ou mediante representação da autoridade policial. 
A prisão preventiva do agressor poderá ser decretada de ofício ou mediante representação 
do MP ou da autoridade policial, em qualquer fase do IP ou da instrução criminal. 
 
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, 
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se 
sobrevierem razões que a justifiquem. 
 
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Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, 
especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação 
do advogado constituído ou do defensor público. 
Visando sempre à proteção da mulher, a vítima deverá ser notificada de todos os atos 
processuais relativos ao agressor, em especial da revogação da prisão preventiva. 
 
Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao 
agressor . 
Este ato visa proteger a mulher. 
 
 
 
 
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA QUE OBRIGAM O AGRESSOR 
 
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos 
termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou 
separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: 
 
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão 
competente, nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 ; 
Suspende a posse ou restringe o porte de armas. 
 
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; 
Éa medida mais comum, pode ser aplicada por qualquer policial (respeitado o previsto no 
Art. 12C. 
 
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III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: 
 
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite 
mínimo de distância entre estes e o agressor; 
 
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de 
comunicação; 
Acrescenta-se que, quando a lei prevê a proibição de qualquer tipo de contato com a 
mulher, com seus filhos e com testemunhas, proíbe também o contato por WhatsApp ou 
Facebook, bem como outras redes sociais. 
 
c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e 
psicológica da ofendida; 
 
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de 
atendimento multidisciplinar ou serviço similar; 
Medida muito complexa, uma vez que, afasta o agressor de seus filhos. 
 
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios. 
Tanto os alimentos provisionais quanto os alimentos provisórios se destinam, 
fundamentalmente, a suprir as necessidades da vítima. É a famosa e popular “pensão 
alimentícia”. 
 
§ 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas 
na legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o 
exigirem, devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público. 
 
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§ 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas condições 
mencionadas no caput e incisos do art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 
2003, o juiz comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as medidas 
protetivas de urgência concedidas e determinará a restrição do porte de armas, ficando o 
superior imediato do agressor responsável pelo cumprimento da determinação 
judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou de desobediência, 
conforme o caso. 
Quando o agressor possuir porte funcional de arma de fogo (policiais civis, por exemplo), o 
juiz comunicará à instituição a medida protetiva e o superior imediato (o chefe) do agressor 
é quem suspenderá o porte de arma de fogo do agressor. 
 
§ 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz 
requisitar, a qualquer momento, auxílio da força policial. 
A polícia, na prática, é quem garante a efetividade das medidas protetivas na urgência. 
 
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA À OFENDIDA 
 
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: 
 
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de 
proteção ou de atendimento; 
São os programas de proteção de vítimas. 
 
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo 
domicílio, após afastamento do agressor; 
A vítima e seus dependentes retornam ao lar já desocupado pelo agressor. 
 
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III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a 
bens, guarda dos filhos e alimentos; 
A vítima se afasta do lar, mas não perdeu seus direitos. 
 
IV - determinar a separação de corpos. 
A separação de corpos é providência inevitável quando há ameaça ou consumação de 
violência física, psicológica ou social de um dos cônjuges contra o outro. 
 
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de 
propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes 
medidas, entre outras: 
 
I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida; 
Restituição é a devolução. 
 
II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e 
locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial; 
Evita que os bens do casal sejam vendidos antes da partilha. 
 
III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor; 
Procuração é o poder que uma pessoa dá a outra de agir em seu nome. 
 
IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos 
materiais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida. 
Caução provisória funciona como garantia de que o agressor irá pagar valor devido. 
 
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Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos 
nos incisos II e III deste artigo. 
É o cartório competente que vai garantir a eficácia das medidas previstas nos incisos II e 
III. 
 
 
DO CRIME DE DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA 
Este é o único crime tipificado pela lei Maria da Penha. Inserido em 2018, tem grandes 
chances de cair na sua prova. 
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência 
previstas nesta Lei: 
O descumprimento dessas medidas agora é crime! 
 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. 
 
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que 
deferiu as medidas. 
Perceba que não faz diferença se o magistrado que deferiu a medida protetiva 
descumprida era um juiz cível ou criminal. 
 
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder 
fiança. 
Crime afiançável, mas a fiança somente pode ser concedida pelo juiz, e não pelo Delegado 
de Polícia. 
 
§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis. 
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Não há qualquer empecilho à aplicação de mais de uma medida, ou à substituição delas 
por outras que tenham maior eficácia. 
 
DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
Art. 25. O Ministério Público intervirá, quando não for parte, nas causas cíveis e 
criminais decorrentes da violência doméstica e familiar contra a mulher. 
Participação obrigatória em todas as ações que tenham por objeto o processamento desse 
tipo de crime, seja no desdobramento civil ou mesmo no criminal. 
 
Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras atribuições, nos casos de 
violência doméstica e familiar contra a mulher, quando necessário: 
 
I - requisitar força policial e serviços públicos de saúde, de educação, de assistência 
social e de segurança, entre outros; 
 
II - fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de atendimento à mulher em 
situação de violência doméstica e familiar, e adotar, de imediato, as medidas 
administrativas ou judiciais cabíveis no tocante a quaisquer irregularidades constatadas; 
 
III - cadastrar os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. 
 
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA 
 
Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de 
violência doméstica e familiar deverá estar acompanhada de advogado, ressalvado o 
previsto no art. 19 desta Lei. 
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Para requerer medida protetiva de urgência é dispensável a presença de advogado. 
 
Art. 28. É garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o 
acesso aos serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos 
termos da lei, em sede policial e judicial, mediante atendimento específico e humanizado. 
O acesso à assistência e orientação judicial pela Defensoria Pública deverá ser garantida 
em juízo e também perante o atendimento policial. 
 
DA EQUIPE DE ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR 
 
Art. 29. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher que vierem a 
ser criados poderão contar com uma equipe de atendimento multidisciplinar, a ser 
integrada por profissionais especializados nas áreas psicossocial, jurídica e de saúde. 
Prevista a participação da equipe multidisciplinar, formada "por profissionais especializados 
nas áreaspsicossocial, jurídica e de saúde" que poderão integrar a estrutura das varas 
especializadas. 
 
Art. 30. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar, entre outras atribuições que 
lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao 
Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos ou verbalmente em audiência, e 
desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas, 
voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com especial atenção às crianças e 
aos adolescentes. 
Sua função é auxiliar e instruir o juízo, o MP e a própria Defensoria Pública, além de 
promover a orientação e o amparo psicossocial às famílias das vítimas, com especial 
atenção às crianças e adolescentes. 
 
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Art. 31. Quando a complexidade do caso exigir avaliação mais aprofundada, o juiz 
poderá determinar a manifestação de profissional especializado, mediante a indicação da 
equipe de atendimento multidisciplinar. 
 
Art. 32. O Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária, poderá prever 
recursos para a criação e manutenção da equipe de atendimento multidisciplinar, 
nos termos da Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
 
FORO COMPETENTE 
 
Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar 
contra a Mulher, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para 
conhecer e julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra 
a mulher, observadas as previsões do Título IV desta Lei, subsidiada pela legislação 
processual pertinente. 
Fica cumulada a competência cível e criminal às Varas Criminais, com processamento 
prioritário, até que os Juizados e varas especializadas equivalentes sejam criadas. 
 
Parágrafo único. Será garantido o direito de preferência, nas varas criminais, para o 
processo e o julgamento das causas referidas no caput. 
 
DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
Art. 34. A instituição dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher 
poderá ser acompanhada pela implantação das curadorias necessárias e do serviço 
de assistência judiciária. 
 
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Art. 35. A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e 
promover, no limite das respectivas competências: 
 
I - centros de atendimento integral e multidisciplinar para mulheres e respectivos 
dependentes em situação de violência doméstica e familiar; 
 
II - casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes menores em situação de 
violência doméstica e familiar; 
 
III - delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de saúde e centros de perícia 
médico-legal especializados no atendimento à mulher em situação de violência doméstica 
e familiar; 
 
IV - programas e campanhas de enfrentamento da violência doméstica e familiar; 
 
V - centros de educação e de reabilitação para os agressores. 
 
Art. 36. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a adaptação 
de seus órgãos e de seus programas às diretrizes e aos princípios desta Lei. 
 
Art. 37. A defesa dos interesses e direitos transindividuais previstos nesta Lei poderá ser 
exercida, concorrentemente, pelo Ministério Público e por associação de atuação na área, 
regularmente constituída há pelo menos um ano, nos termos da legislação civil. 
 
Parágrafo único. O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz 
quando entender que não há outra entidade com representatividade adequada para o 
ajuizamento da demanda coletiva. 
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Art. 38. As estatísticas sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher serão 
incluídas nas bases de dados dos órgãos oficiais do Sistema de Justiça e Segurança a fim 
de subsidiar o sistema nacional de dados e informações relativo às mulheres. 
 
Parágrafo único. As Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal 
poderão remeter suas informações criminais para a base de dados do Ministério da 
Justiça. 
 
Art. 38-A. O juiz competente providenciará o registro da medida protetiva de urgência. 
(novidade!) 
A medida será registrada em banco de dados do Conselho Nacional de Justiça. 
 
Parágrafo único. As medidas protetivas de urgência serão registradas em banco de 
dados mantido e regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça, garantido o 
acesso do Ministério Público, da Defensoria Pública e dos órgãos de segurança pública e 
de assistência social, com vistas à fiscalização e à efetividade das medidas protetivas. 
Assim, o MP, a Defensoria Pública e os órgãos de segurança pública e assistência social 
terão acesso às medidas protetivas e poderão fiscalizar o cumprimento das mesmas. 
 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no limite de suas 
competências e nos termos das respectivas leis de diretrizes orçamentárias, poderão 
estabelecer dotações orçamentárias específicas, em cada exercício financeiro, para a 
implementação das medidas estabelecidas nesta Lei. 
 
Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei não excluem outras decorrentes dos 
princípios por ela adotados. 
A lei Maria da Penha é uma lei especial, não exclui a aplicação de outras leis gerais. 
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Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, 
independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro 
de 1995. 
Independente da pena prevista, se o crime foi praticado com violência doméstica e familiar 
contra a mulher, não se aplica a lei 9.099 (juizados especiais). 
 
Art. 42 Alteração do CPP para acrescentar, entre as hipóteses autorizativas de decretação 
de prisão preventiva previstas no art. 313 o crime doloso que "envolver violência doméstica 
e familiar contra a mulher, nos termos da lei específica, para garantir a execução das 
medidas protetivas de urgência"; 
 
Art. 43 Alteração do CP, quando trata das agravantes genéricas do crime (art. 61), 
especificamente quando praticado com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de 
relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, também o crime praticado "com 
violência contra a mulher na forma da lei específica"; 
 
Art. 44 Alteração do CP também no art. 129, que disciplina o crime de lesão corporal, se a 
lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou 
com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações 
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade terá pena de detenção de 3 meses a 3 
anos. A pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa 
portadora de deficiência. 
 
Art. 45 Altera a Lei de Execuções Penais e diz que nos casos de violência doméstica 
contra a mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento obrigatório do agressor a 
programas de recuperação e reeducação. 
 
Art. 46. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após sua publicação. 
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A referida lei passou a vigorar 45 dias após a publicação, que foi feita no dia 7 de agosto 
de 2006. 
 
ALGUNS PONTOS IMPORTANTES SOBRE A LEI 11.340: 
 
1 – A Lei Maria da Penha criou o juizado de violência doméstica e familiar contra a mulher. 
Sua finalidade é trazer um atendimento mais célere para a mulher e resolver ações cíveis e 
criminais em uma mesma vara. 
2 – A lei proíbe a aplicação da lei dos juizados especiais (lei 9.099) à violência doméstica. 
3 – Também trouxe medidas protetivas de urgência, que protegem a vítima da violência 
doméstica. Com essas medidas, por exemplo, pode-se exigir que o agressor não viva mais 
na mesma casa que a vítima, entre outras possibilidades 
4 – O crime de lesão corporal leve será objeto de apuração e processo,mesmo que a 
vítima não queira. 
5 – A mulher agredida tem direito à assistência em múltiplos setores, como psicológico, 
social, médico e jurídico. 
6 – A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação 
dos direitos humanos. 
7 – As relações pessoais independem de orientação sexual. 
8 – É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de 
penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de 
pena que implique o pagamento isolado de multa. 
9 – Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão 
preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público 
ou mediante representação da autoridade policial. 
10 – Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida 
protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso. 
 
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COMO A LEI MARIA DA PENHA É APLICADA EM CONCURSOS? 
FAREMOS agora algumas questões de concurso sobre a Lei 11.349/06. 
 
1 - Acerca da violência familiar e doméstica contra a mulher (lei 11.340/2006), marque a 
opção correta: 
a) são formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, dentre outras: a violência 
física, a violência psicológica, a violência sexual, a violência patrimonial e a violência 
moral, desde que não praticadas pelo cônjuge; 
b) constitui violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão 
baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e 
dano moral ou patrimonial, seja no âmbito da unidade doméstica, no âmbito da família ou 
em qualquer relação íntima de afeto; 
c) somente são cabíveis medidas de proteção e urgência em favor da mulher quando 
houver sido praticada uma conduta que cause violência doméstica e familiar e haja pedido 
formal do Ministério Público; 
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d) nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata a lei 
11.340/06 somente será admitida a renúncia à representação na presença do juiz, 
independentemente da oitiva do Ministério Público; 
e) a lei 11.340/06 veda a aplicação de penas de prestação de serviços comunitários ou de 
penas de cestas básicas, mas possibilita a substituição da pena privativa por pagamento 
isolado de multa. 
 
2 - DULCE mantém relacionamento afetivo com ANA por cerca de dez anos, sendo 
diariamente ofendida, por meio de palavras e gestos. Deprimida, DULCE perdeu o 
emprego e assinou procuração à companheira ANA, que vem dilapidando o patrimônio 
comum do casal e bens particulares da companheira, sem prestação de contas ou partilha. 
DULCE se dirigiu à Delegacia de Defesa da Mulher, onde: 
a) foi lavrado Termo Circunstanciado pela possível prática de delito de menor potencial 
ofensivo, regido pela Lei dos Juizados Especiais Criminais (Lei no 9.099/99). 
b) foi lavrado Boletim de Ocorrência, após notícia dos fatos, porque DULCE foi vítima de 
violência patrimonial e psicológica, por condição de gênero feminino. 
c) não foi lavrado Boletim de Ocorrência, após notícia dos fatos, porque ANA, autora dos 
fatos, é mulher, e, portanto, DULCE não está em situação de vulnerabilidade. 
d) não foi lavrado Boletim de Ocorrência, após notícia dos fatos, porque a violência 
patrimonial implica ilícito civil, não contemplado pela Lei Maria da Penha (Lei no 
11.340/06). 
 
3 - Carla e Mariana vivem relacionamento conjugal há sete anos. Recentemente Carla vem 
sendo agredida física e moralmente pela companheira em função de ciúmes. Com relação 
aos dispositivos da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), o caso descrito: 
a) não poderá ser enquadrado na Lei Maria da Penha, posto que a norma é orientada para 
as agressões perpetradas por homens contra mulheres; 
b) não poderá ser enquadrado na Lei Maria da Penha, posto que Carla não foi vítima de 
violência grave tal como definida pela lei; 
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c) somente poderá ser tipificado como violência doméstica, nos termos da Lei Maria da 
Penha, caso Carla assim se manifeste; 
d) poderá ser enquadrado na Lei Maria da Penha, pois a conduta de Mariana é 
reconhecida como violenta segundo disposto na lei, independente da orientação sexual 
das duas; 
e) poderá ser enquadrado como violência doméstica nos termos da Lei nº 11.340/2006, 
desde que assim seja entendido pela equipe psicossocial que atender Carla. 
 
4 - Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, ao ofensor o 
juiz: 
a) de imediato poderá aplicar a proibição de aproximação da ofendida, de seus familiares e 
das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor. 
b) só poderá proibir o contato físico com a ofendida, depois do trânsito em julgado da 
sentença e se não houver reconciliação do casal. 
c) não poderá, em nenhuma hipótese, estender a proibição de aproximação da ofendida 
aos dependentes menores, ou restringir-lhe ou suspender-lhe as visitas. 
d) poderá suspender a posse ou restrição de porte de arma de fogo, ainda que se trate de 
integrante de órgãos policiais, independentemente de comunicação ao órgão competente 
ou autoridade a que esteja subordinado. 
 
5 - A Lei Federal n° 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, cria mecanismos 
para coibir e prevenir a violência contra a mulher, dispõe sobre a criação de juizados 
especiais para atendimento à mulher violentada e estabelece medidas de assistência e 
proteção às mulheres em situação de violência. Os mecanismos a que se refere essa lei 
visam protegera mulher que sofra violência: 
a) no âmbito religioso. 
b) no âmbito profissional. 
c) em qualquer âmbito. 
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d) no âmbito doméstico e familiar. 
 
6 - De acordo com a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, a Lei Maria da Penha, assinale 
a alternativa que corresponde a forma de violência doméstica e familiar contra a mulher: 
“qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus 
objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou 
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades”. 
a) Violência Física. 
b) Violência Sexual. 
c) Violência Patrimonial. 
d) Violência Psicológica. 
 
7 - Acerca da Lei nº 11.340 de 07 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), marque a 
alternativa correta: 
a) Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão 
preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, 
não sendo permitida representação da autoridade policial; 
b) O juiz não poderá revogar a prisão preventiva, ainda que, no curso do processo, verificar 
a falta de motivo para que subsista; 
c) A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, 
especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação 
do advogado constituído ou do defensor público; 
d) A Lei Maria da Penha aplica-se em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor 
conviva ou tenha convivido com a ofendida, fazendo-se necessária a comprovação de 
coabitação. 
 
8 - “Estabelece a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 – Lei Maria da Penha, que nas 
ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata a referida 
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lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência 
especialmente designada com tal finalidade, _____________________ da denúncia e 
ouvido o ____________.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a 
afirmativa anterior. 
a) antes da defesa / Defensor Público 
b) apósportuárias; POLÍCIA PENAL!!! 
VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos 
desta Lei; 
IX – para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades 
esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, 
observando-se, no que couber, a legislação ambiental. 
X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal 
do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. 
XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os 
Ministérios Públicos da União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus 
quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de segurança, na forma 
de regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho 
Nacional do Ministério Público - CNMP. 
 
§ 1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput deste artigo terão direito de 
portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou 
instituição, mesmo fora de serviço, nos termos do regulamento desta Lei, com validade em 
âmbito nacional para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI. 
 
1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais poderão portar 
arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou 
instituição, mesmo fora de serviço, desde que estejam: 
I - submetidos a regime de dedicação exclusiva; 
II - sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento; e 
III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno. 
 
§ 3o A autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais está 
condicionada à formação funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de 
atividade policial, à existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas 
condições estabelecidas no regulamento desta Lei, observada a supervisão do Ministério da 
Justiça. 
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Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança 
privada e de transporte de valores, constituídas na forma da lei, serão de propriedade, 
responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente podendo ser utilizadas 
quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de armazenagem 
estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a autorização de 
porte expedidos pela Polícia Federal em nome da empresa. 
 § 1o O proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança privada e de transporte 
de valores responderá pelo crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem 
prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se deixar de registrar ocorrência policial 
e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas 
de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e 
quatro) horas depois de ocorrido o fato. 
§ 2o A empresa de segurança e de transporte de valores deverá apresentar documentação 
comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes do art. 4o desta Lei quanto aos 
empregados que portarão arma de fogo. 
§ 3o A listagem dos empregados das empresas referidas neste artigo deverá ser atualizada 
semestralmente junto ao Sinarm. 
 
 
PORTE CAÇADOR DE SUBSISTÊNCIA (CAÇA PARA COMER) 
 
§ 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem 
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será 
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para 
subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, 
de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado 
comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser anexados os 
seguintes documentos: 
I - documento de identificação pessoal; 
II - comprovante de residência em área rural; e 
III - atestado de bons antecedentes. 
§ 6o O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, 
independentemente de outras tipificações penais, responderá, conforme o caso, por 
porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso permitido. 
 
PORTE DE ARMA DE FOGO DO CIDADÃO 
 
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Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o 
território nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após 
autorização do Sinarm. 
SINARM AUTORIZA E A PF EXPEDE O “PAF”. 
 
 § 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária 
e territorial limitada, nos termos de atos regulamentares, e dependerá de o requerente: 
 I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de 
risco ou de ameaça à sua integridade física; 
 II – atender às exigências previstas no art. 4o desta Lei; AS MESMAS DA POSSE!!! 
 III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu 
devido registro no órgão competente. 
 § 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá 
automaticamente sua eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado 
de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas. 
DESDE QUE ESTEJA PORTANDO SUA ARMA DE FOGO, ÓBVIO! 
 
 
 
 
DOS CRIMES E DAS PENAS 
 
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido 
 
 Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de 
uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de 
sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde 
que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa: 
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
 
Omissão de cautela CONDUTA OMISSIVA!!! 
 
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 
(dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo 
que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade: 
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Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável 
de empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar 
ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas 
de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas 
primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato. CRIME PRÓPRIO!!! 
 
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido 
 
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, 
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou 
ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar: ATENÇÃO PARA OCULTAR!!! 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Não confunda este crime com o de posse irregular, pois naquele caso o agente 
apenas tem a posse ou guarda da arma em sua residência ou local de trabalho, 
enquanto neste crime o agente manipula a arma, praticando uma das condutas 
previstas. 
PARÁGRAFO ÚNICO É INCONSTITUCIONAL. 
 
 
 
Disparo de arma de fogo 
 
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas 
adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha 
como finalidade a prática de outro crime: APENAS MODALIDADE DOLOSA!!!! 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Para que esse delito esteja consumado,o recebimento / Defensor Público 
c) antes do recebimento / Ministério Público 
d) antes do recebimento / Assistente Social do Juízo 
 
9 - Para fins de aplicação das medidas protetivas da Lei Maria da Penha: 
a) agressor e agredida não mais precisam viver juntos, mas devem ter coabitado. 
b) só o homem pode ser sujeito passivo das medidas protetivas. 
c) agressor e agredida devem viver juntos. 
d) não importa a coabitação e nem a orientação sexual de agressor e agredida. 
e) a mulher pode ser sujeito passivo das medidas protetivas, mas somente se mantiver 
relações de parentesco com a agredida. 
 
10 - O descumprimento de medida protetiva de urgência prevista na Lei Maria da Penha 
(Lei nº 11.340/2006) configura: 
a) conduta atípica; 
b) desobediência; 
c) desacato; 
d) crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência, previsto na própria lei 
supracitada; 
e) abuso de autoridade. 
 
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GABARITO 
1 B 
2 B 
3 D 
4 A 
5 D 
6 C 
7 C 
8 C 
9 D 
10 D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Se você encontrar um caminho sem obstáculos, ele provavelmente não leva a lugar nenhum.” 
Frank A. Clark 
 
 
LEI ESTADUAL Nº 14.310/2002 
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES DO ESTADO DE 
MINAS GERAIS 
 
 
Art. 1º – O Código de Ética e Disciplina dos Militares de Minas Gerais – CEDM – tem por 
finalidade definir, especificar e classificar as transgressões disciplinares e estabelecer normas 
relativas a sanções disciplinares, conceitos, recursos, recompensas, bem como regulamentar o 
Processo Administrativo-Disciplinar e o funcionamento do Conselho de Ética e Disciplina 
Militares da Unidade – CEDMU. 
 
 
 
 
QUEM SÃO OS MILITARES DO ESTADO DE MINAS GERAIS? 
Os MILITARES integrantes da POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS e do CORPO DE 
BOMBEIROS MILITARES DO ESTADO DE MINAS GERAIS. 
 
 
 
 
QUEM SÃO OS MILITARES REGIDOS POR ESTE CÓDIGO? 
Art. 2º – Este Código aplica-se: 
 
I – aos militares da ativa; 
 
II – aos militares da reserva remunerada, nos casos expressamente mencionados 
neste Código. Parágrafo único – Não estão sujeitos ao disposto neste Código: 
I – os Coronéis Juízes do Tribunal de Justiça Militar Estadual, regidos por legislação específica; 
 
Militar da Ativa é o que, ingressando na carreira policial-militar, faz dela profissão, até ser 
transferido para a reserva, reformado ou excluído. 
Militar da Reserva é o que, tendo prestado serviço na ativa, passa à situação de inatividade. 
 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO DE COMANDANTE 
Art. 4º – Para efeito deste Código, a palavra comandante é a denominação genérica dada ao 
militar investido 
de cargo ou função de direção, comando ou chefia. 
 
 
“Em uma viatura, o COMANDANTE será aquele mais antigo ou mais graduado.” 
 
O CONCEITO DO MILITAR É MEDIDO POR PONTOS 
 
Art. 5º – Será classificado com um dos seguintes conceitos o militar que, no período de doze 
meses, tiver registrada em seus assentamentos funcionais a pontuação adiante especificada: 
 
I – conceito “A” – cinquenta pontos positivos; 
 
II – conceito “B” – cinquenta pontos negativos, 
no máximo; III – conceito “C” – mais de 
cinquenta pontos negativos. 
§ 1º – Ao ingressar nas Instituições Militares Estaduais –IMEs –, o militar será classificado no 
conceito “B”, com zero ponto. 
 
§ 2º – A cada ano sem punição, o militar receberá dez pontos positivos, até atingir o conceito “A”. 
 
 
PRINCÍPIOS DAS INSTITUIÇÕES MILITARES ESTADUAIS - IMES 
Art. 6º – A hierarquia e a disciplina constituem a base institucional das IMEs. 
 
“HIERARQUIA É a ordenação da autoridade, em níveis diferentes (degraus), dentro da 
estrutura da instituição (soldado, cabo, sargento, tenente, etc). 
“DISCIPLINAR MILITAR É o exato cumprimento de deveres.” 
 
 
COLABORAÇÃO COM A DISCIPLINA 
Art. 8º – O militar que presenciar ou tomar conhecimento de prática de transgressão disciplinar 
comunicará o fato à autoridade competente, no prazo estabelecido no art. 57, nos limites de 
sua competência. 
 
“O prazo é de 5 dias úteis, contados da observação do fato ou do conhecimento!” 
 
 
SUBSTITUIÇÃO DE SANÇÃO 
Art. 10 – Sempre que possível, a autoridade competente para aplicar a sanção disciplinar 
verificará a conveniência e a oportunidade de substituí-la por aconselhamento ou advertência 
verbal pessoal, ouvido o CEDMU. 
 
“MAS QUAIS SÃO AS SANÇÕES PREVISTAS NESTE CÓDIGO?” 
1 – advertência; 
ADMOESTAÇÃO VERBAL 2 – 
repreensão; CENSURA 
FORMAL 
3 – prestação de serviços de natureza preferencialmente operacional, correspondente a um 
turno de serviço semanal, que não exceda a oito horas; 
 
4 – suspensão, de até dez dias; INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA COM DIAS NÃO 
REMUNERADOS 5 – reforma disciplinar compulsória; AFASTAMENTO DO 
MILITAR DO SERVIÇO ATIVO 
6 – demissão; DESLIGAMENTO DO MILITAR DA INSTITUIÇÃO 
 
6 – perda do posto, patente ou graduação do militar da reserva; 
 
8 – cancelamento de matrícula, com desligamento de curso, 
estágio ou exame; 9 – destituição de cargo, função ou comissão; 
10 – movimentação de unidade ou fração. 
 
 
 
TRANSGRESSÃO DISCIPLINAR 
É toda ofensa concreta aos princípios da ética e aos deveres inerentes às atividades das 
IMEs em sua manifestação elementar e simples, objetivamente especificada neste Código, 
distinguindo-se da infração penal, considerada violação dos bens juridicamente tutelados 
pelo Código Penal Militar ou comum. 
 
As transgressões são classificadas em LEVES (artigo 15), MÉDIAS (artigo 14), 
GRAVES (artigo 13). Podendo ser atenuadas ou agravadas! 
 
 
 
JULGAMENTO DAS TRANSGRESSÕES 
Art. 16 – O julgamento da transgressão será precedido de análise 
que considere: I – os antecedentes do transgressor; 
II – as causas que a determinaram; 
 
 
III – a natureza dos fatos ou dos atos que a envolveram; 
IV – as consequências que dela possam advir. 
 
 
Art. 17 – No julgamento da transgressão, serão apuradas as causas que a justifiquem e as 
circunstâncias que a atenuem ou agravem. 
 
Parágrafo único – A cada atenuante será atribuído um ponto positivo e a cada 
agravante, um ponto negativo. 
 
Art. 18 – Para cada transgressão, a autoridade aplicadora da sanção atribuirá pontos negativos 
dentro dos seguintes parâmetros: 
 
I – de um a dez pontos para infração de natureza leve; 
 
II – de onze a vinte pontos para infração de natureza média; 
 
III – de vinte e um a trinta pontos para infração de natureza grave. 
 
§ 1º – Para cada transgressão, a autoridade aplicadora tomará por base a seguinte pontuação, 
sobre a qual incidirão, se existirem, as atenuantes e agravantes: 
 
I – cinco pontos para transgressão de natureza leve; 
 
II – quinze pontos para transgressão de natureza média; 
 
III – vinte e cinco pontos para transgressão de natureza grave. 
 
§ 2º – Com os pontos atribuídos, far-se-á a computação dos pontos correspondentes às 
atenuantes e às agravantes, bem como da pontuação prevista no art. 51 (pontuação das 
recompensas), reclassificando-se a transgressão, se for o caso. 
 
 
CAUSAS DE JUSTIFICAÇÃO (EXCLUDENTES DE TRANSGRESSÃO) 
 
I – motivo de força maior ou caso fortuito, plenamente 
comprovado; II – evitar mal maior, dano ao serviço ou à 
ordem pública; 
III – ter sido cometida a transgressão: 
 
a) na prática de ação meritória; 
 
b) em estado de necessidade; 
 
 
c) em legítima defesa própria ou de outrem; 
 
d) em obediência a ordem superior, desde que manifestamente legal; 
 
e) no estrito cumprimento do dever legal; 
 
f) sob coação irresistível. 
AS CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES E AGRAVANTES ESTÃO CONTIDAS NOS ARTIGOS 20 E 21 do 
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES DO ESTADO DE MINAS GERAIS! 
 
 
OBTIDO O SOMATÓRIO DOS PONTOS (depois de analisados pontuação da transgressão, 
atenuantes ou agravantes) serão APLICADAS AS SEGUINTES SANÇÕES DISCIPLINARES: 
- de UM a QUATRO pontos = ADVERTÊNCIA 
- de CINCO a DEZ pontos = REPREENSÃO 
- de ONZE a VINTE pontos = PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
- de VINTEE UM a TRINTA pontos = SUSPENSÃO 
 
“AS SANÇÕES DISCIPLINARES TÊM CARÁTER PREVENTIVO E EDUCATIVO!” 
 
 
RECURSO DISCIPLINAR Arts 59 a 62 
Interpor, na esfera administrativa, recurso disciplinar é direito do militar que se sentir 
prejudicado, ofendido ou injustiçado por qualquer ato ou decisão administrativa. 
 
Da decisão que aplicar sanção disciplinar caberá recurso à autoridade superior, com efeito 
suspensivo, no prazo de cinco dias úteis, contados a partir do primeiro dia útil posterior ao 
recebimento da notificação pelo militar. 
 
Da decisão que avaliar o recurso caberá novo recurso no prazo de cinco dias úteis. 
 
O recurso disciplinar, encaminhado por intermédio da autoridade que aplicou a sanção, 
será dirigido à autoridade imediatamente superior àquela, por meio de petição ou 
requerimento. 
 
Recebido o recurso disciplinar, a autoridade que aplicou a sanção poderá reconsiderar a sua 
decisão, no prazo de cinco dias, ouvido o CEDMU, se entender procedente o pedido, e, caso 
contrário, encaminhá-lo-á ao destinatário, instruído com os argumentos e documentação 
necessários. 
 
A autoridade imediatamente superior proferirá decisão em cinco dias úteis, explicitando o 
fundamento legal, fático e a finalidade. 
 
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 
Art. 64 – Será submetido a Processo Administrativo-Disciplinar o militar, com no mínimo três 
anos de efetivo serviço, que: 
 
I – vier a cometer nova falta disciplinar grave, se classificado no conceito “C”; 
 
II – praticar ato que afete a honra pessoal ou o decoro da classe, independentemente do 
conceito em que estiver classificado. 
 
Paragrafo único – Para fins do disposto no inciso II do caput, consideram-se atos que afetam a 
honra pessoal ou o decoro da classe: 
 
I – praticar ato atentatório à dignidade da pessoa ou que ofenda os princípios da cidadania e 
dos direitos humanos, devidamente comprovado em procedimento apuratório; 
 
II – concorrer para o desprestígio da respectiva IME, por meio da prática de crime doloso, 
devidamente comprovado em procedimento apuratório, que, por sua natureza, amplitude e 
repercussão, afete gravemente a credibilidade e a imagem dos militares; 
 
III – faltar publicamente, fardado, de folga ou em serviço, com o decoro pessoal, dando 
causa a grave escândalo que comprometa a honra pessoal e o decoro da classe; 
 
IV – exercer coação ou assediar pessoas com as quais mantenha relações funcionais; 
 
V – fazer uso do posto ou da graduação para obter ou permitir que terceiros 
obtenham vantagem pecuniária indevida. 
 
 
 
Militar com MENOS DE 3 ANOS de efetivo serviço = PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 
SUMÁRIO 
 
Militar com 3 anos de efetivo serviço = PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (CPAD – 
COMISSÃO) 
 
 
Art. 74 – Encerrados os trabalhos, o presidente remeterá os autos do processo ao CEDMU, que 
emitirá o seu parecer, no prazo de dez dias úteis, e encaminhará os autos do processo à 
autoridade convocante, que proferirá, nos limites de sua competência e no prazo de dez dias 
úteis, decisão fundamentada, que será publicada em boletim, concordando ou não com os 
pareceres da CPAD e do CEDMU. 
 
COMISSÃO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR – CPAD 
Destinada a examinar e dar parecer, mediante processo especial, sobre a incapacidade de 
militar para permanecer na situação de atividade ou inatividade nas IMEs, tendo como 
princípios o contraditório e a ampla defesa. 
 
A CPAD compõe-se de três militares de maior grau hierárquico ou mais antigos que o 
submetido ao processo. 
 
 
CONSELHO DE ÉTICA E DISCIPLINA MILITARES DA UNIDADE – CEDMU 
Art. 78 – O Conselho de Ética e Disciplina Militares da Unidade – CEDMU – é o órgão 
colegiado designado pelo Comandante da Unidade, abrangendo até o nível de Companhia 
Independente, com vistas ao assessoramento do Comando nos assuntos de que trata este 
Código. 
 
Art. 79 – O CEDMU será integrado por três militares, superiores hierárquicos ou mais antigos 
que o militar cujo procedimento estiver sob análise, possuindo caráter consultivo. 
 
Art. 80 – Recebida qualquer documentação para análise, o CEDMU lavrará termo próprio, o 
qual será seguido de parecer destinado ao Comandante da Unidade, explicitando os 
fundamentos legal e fático e a finalidade, bem como propondo as medidas pertinentes ao 
caso. 
 
Art. 81 – O CEDMU atuará com a totalidade de seus membros e deliberará por maioria de 
votos, devendo o membro vencido justificar de forma objetiva o seu voto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – CEDM 
 
 
1) Considerando a Lei n. 14.310/02, que dispõe sobre o Código de Ética 
e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais, marque a alternativa CORRETA: 
 
A) Não estão sujeitos ao disposto neste código os Coronéis Juízes 
do Tribunal de Justiça Militar Estadual e os militares da reserva e 
da ativa. 
B) A transgressão disciplinar será leve, média, grave ou gravíssima, 
podendo ser atenuada ou agravada. 
C) Transgressão disciplinar é toda ofensa concreta aos princípios da 
ética e aos deveres inerentes às atividades das IMEs em sua 
manifestação elementar e simples, objetivamente especificada na 
Lei n. 14.310/02, distinguindo-se da infração penal, considerada 
violação dos bens juridicamente tutelados pelo Código Penal Militar 
ou comum. 
D) São causas de justificação estar o militar classificado no 
conceito “A” e ter prestado serviços relevantes. 
 
 
2) Durante uma palestra sobre o Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas 
Gerais – CEDM, foram feitas as seguintes afirmativas: 
 
I – uma das sanções disciplinares previstas é a repreensão. 
II – o Cmt de um Pelotão destacado pode conceder a recompensa dispensa do serviço” a um 
militar de sua fração. 
III – cometer uma transgressão disciplinar sob coação irresistível é uma das causas de 
justificação. IV – exercitar a proatividade no desempenho profissional é um dos 
princípios da ética militar. 
V – na formulação de uma queixa disciplinar, o querelante não deve tecer comentários ou opiniões 
pessoais. 
 
Estão CORRETAS as assertivas: 
a) I, II e III, apenas. 
b) II, III e IV, apenas. 
c) todas. 
d) I e IV, apenas. 
 
 
3) Nos termos da Lei Estadual nº 14.310/2002, que dispõe sobre Código de Ética e Disciplina dos 
Militares do Estado de Minas Gerais (CEDM) e tem como uma de suas finalidades definir, 
especificar e classificar as transgressões disciplinares, marque a alternativa que NÃO corresponde 
a uma causa de justificação: 
 
a)estrito cumprimento do dever legal. b)consentimento do ofendido. c)estado de necessidade 
d)caso fortuito, comprovado. 
 
4) Marque a alternativa CORRETA. Será submetido a Processo Administrativo-Disciplinar 
(PAD) o militar, com no mínimo três anos de efetivo serviço, que: 
 
a) Cometer duas ou mais faltas disciplinares, de natureza grave, no intervalo de um ano. 
b) Atingir o conceito “ C”. 
c) Classificado no conceito “ C” vier a cometer nova falta disciplinar, independente da natureza. 
d) Classificado no conceito “ C”, vier a cometer nova falta disciplinar grave. 
 
 
5) Quanto ao Código de Ética e Disciplina dos Militares de Minas Gerais (CEDM), marque a 
alternativa CORRETA: 
 
a) As transgressões disciplinares podem ser: leve, média, grave, ou gravíssima. 
b) O CEDM é aplicável somente aos militares da PMMG. 
c) Estão sujeitos ao CEDM os militares da ativa e os da reserva, e não se aplica aos coronéis 
PM juízes do Tribunal de Justiça Militar Estadual. 
d) Sempre que possível, a autoridade competente para aplicar a sanção disciplinar determinará 
o arquivamento dos autos e a advertência ao PM, nos casos em que a transgressão deu-se em 
efetivo serviço operacional. 
 
 
6) Baseado no Código de Ética e Disciplina dos Militares, negar publicidade a ato oficial”, é 
uma transgressão disciplinar de natureza: 
 
a) Média 
b) Não é transgressão. 
c) Grave. 
d) Leve 
 
 
7) Segundo o Código de Ética e Disciplina dos Militares, o militar que presenciar ou tomarconhecimento de prática de transgressão disciplinar comunicará o fato à autoridade 
competente, no prazo de: 
 
a) 10 dias corridos. 
b) 3 dias úteis. 
c) 5 dias úteis 
d) 5 dias corridos. 
 
8) Com base no Código de Ética e Disciplina dos Militares, marque a alternativa INCORRETA: 
 
a) Ao ingressar nas Instituições Militares Estaduais –IMEs –, o militar será classificado no 
conceito “B”, com zero ponto. 
b) A cada ano sem punição, o militar receberá dez pontos positivos, até atingir o conceito “A”. 
c) A hierarquia e a disciplina constituem a base institucional das IMEs. 
d) A sanção administrativa tem caráter punitivo. 
 
 
9) Recompensas são prêmios concedidos aos militares em razão de: 
 
a) atos meritórios, serviços relevantes e inexistência de sanções disciplinares. 
b) notas meritórias, serviços relevantes e existência de poucas sanções disciplinares. 
c) prestação de bons serviços, 12 meses sem punição e atos meritórios. 
d) atos meritórios, inexistência de sanções disciplinares e bom condicionamento físico. 
 
 
 
10) Ainda no Código de Ética e Disciplina dos Militares, marque a alternativa que corresponde à 
composição do CEDMU: 
 
a) O CEDMU será integrado por cinco militares, superiores hierárquicos ou mais antigos que o 
militar cujo procedimento estiver sob análise, possuindo caráter consultivo. 
b) O CEDMU será integrado por três militares, superiores hierárquicos ou mais antigos que o 
militar cujo procedimento estiver sob análise, possuindo caráter consultivo. 
c) O CEDMU será integrado por três militares, superiores hierárquicos ou mais antigos que o 
militar cujo procedimento estiver sob análise, possuindo caráter educativo. 
d) O CEDMU será integrado por três militares, superiores hierárquicos e amigos do militar cujo 
procedimento estiver sob análise, possuindo caráter consultivo. 
 
 
 
 
 
 
 
BONS ESTUDOS! 
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I 13.869/2019 
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ABUSO DE AUTORIDADE 
 
Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público, 
servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse 
do poder que lhe tenha sido atribuído. 
 
§ 1º As condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso de autoridade quando 
praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si 
mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal. 
FINALIDADES ESPECÍFICAS (DOLOS) 
1 PREJUDICAR OUTREM 
2 BENEFICIAR A SI MESMO 
3 BENEFICIAR A TERCEIRO 
4 MERO CAPRICHO 
5 SATISFAÇÃO PESSOAL 
 
§ 2º A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura 
abuso de autoridade. 
 
SUJEITO ATIVO 
QUEM SÃO AS AUTORIDADES? 
 
Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor 
ou não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo, mas não 
se limitando a: 
 
I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas; 
 
II - membros do Poder Legislativo; 
 
III - membros do Poder Executivo; 
 
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IV - membros do Poder Judiciário; 
 
V - membros do Ministério Público; 
 
VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas. 
 
Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que 
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, 
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, 
cargo, emprego ou função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo. 
TODO AQUELE QUE EXERCE, AINDA QUE TRANSITORIAMENTE OU SEM 
REMUNERAÇÃO, CARGO EMPREGO OU FUNÇÃO PÚBLICA! 
 
AÇÃO PENAL 
 
Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada. 
§ 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo 
legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia 
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor 
recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte 
principal. 
§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da 
data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia. 
 
EFEITOS DA CONDENAÇÃO 
 
Art. 4º São efeitos da condenação: 
 
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a 
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos 
causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos; AUTOMÁTICA! 
 
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 
1 (um) a 5 (cinco) anos; 
 
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III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública. 
 
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são 
condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não 
são automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença. 
REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA! 
 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO 
Art. 5º As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas 
nesta Lei são: 
 
I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; 
 
II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 
(seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens; 
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou 
cumulativamente. 
 
SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADMINISTRATIVA 
 
Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independentemente das sanções de 
natureza civil ou administrativa cabíveis. 
Parágrafo único. As notícias de crimes previstos nesta Lei que descreverem falta funcional 
serão informadas à autoridade competente com vistas à apuração. 
 
Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não 
se podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões 
tenham sido decididas no juízo criminal. 
 
Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a 
sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, 
em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de 
direito. EXCLUDENTES DE ILICITUDE! 
 
DOS CRIMES E DAS PENAS 
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Art. 9º Decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com 
as hipóteses legais: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo 
razoável, deixar de: 
I - relaxar a prisão manifestamente ilegal; 
II - substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou de conceder liberdade 
provisória, quando manifestamente cabível; 
III - deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando manifestamente cabível.’ 
 
Art. 10. Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente 
descabida ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade 
judiciária no prazo legal: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: 
I - deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão temporária ou preventiva à 
autoridade judiciária que a decretou; 
II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se 
encontra à sua família ouà pessoa por ela indicada; 
III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a nota de culpa, 
assinada pela autoridade, com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das 
testemunhas; 
IV - prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão temporária, de prisão 
preventiva, de medida de segurança ou de internação, deixando, sem motivo justo e 
excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura imediatamente após recebido ou de 
promover a soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal. 
 
Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou 
redução de sua capacidade de resistência, a: 
I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública; 
II - submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei; 
III - produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro: 
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Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à 
violência. 
 
Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, 
ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem prossegue com o interrogatório 
I - de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio; ou 
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por advogado ou defensor público, sem a 
presença de seu patrono. 
 
Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de 
sua captura ou quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como responsável por interrogatório em 
sede de procedimento investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao preso ou 
atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou função. 
 
Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso 
noturno, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, 
consentir em prestar declarações: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
Art. 19. Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de preso à autoridade 
judiciária competente para a apreciação da legalidade de sua prisão ou das 
circunstâncias de sua custódia: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o magistrado que, ciente do impedimento ou da 
demora, deixa de tomar as providências tendentes a saná-lo ou, não sendo competente para 
decidir sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à autoridade judiciária que o seja. 
 
Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu 
advogado: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
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Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o preso, o réu solto ou o investigado 
de entrevistar-se pessoal e reservadamente com seu advogado ou defensor, por prazo 
razoável, antes de audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se 
durante a audiência, salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada por 
videoconferência. 
 
Art. 21. Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem mantém, na mesma cela, criança ou 
adolescente na companhia de maior de idade ou em ambiente inadequado, observado o 
disposto na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). 
 
Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade 
do ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas 
condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem: 
I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel 
ou suas dependências; 
III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou 
antes das 5h (cinco horas). 
§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando houver fundados 
indícios que indiquem a necessidade do ingresso em razão de situação de flagrante delito 
ou de desastre. 
 
Art. 23. Inovar artificiosamente, no curso de diligência, de investigação ou de 
processo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se de 
responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-lhe a 
responsabilidade: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem pratica a conduta com o intuito de: 
I - eximir-se de responsabilidade civil ou administrativa por excesso praticado no curso de 
diligência; 
II - omitir dados ou informações ou divulgar dados ou informações incompletos para desviar 
o curso da investigação, da diligência ou do processo. 
 
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Art. 24. Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de 
instituição hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito 
já tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando sua 
apuração: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à 
violência. 
 
Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em procedimento de investigação ou 
fiscalização, por meio manifestamente ilícito: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz uso de prova, em desfavor do 
investigado ou fiscalizado, com prévio conhecimento de sua ilicitude. 
 
Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração 
penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática 
de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de sindicância ou investigação preliminar 
sumária, devidamente justificada. 
 
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se 
pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a 
imagem do investigado ou acusado: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou 
administrativo com o fim de prejudicar interesse de investigado: 
 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa 
causa fundamentada ou contra quem sabe inocente: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
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Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do 
investigado ou fiscalizado: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou 
conclusão de procedimento, o estende de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo do 
investigado ou do fiscalizado. 
 
Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de 
investigação preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro 
procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa, assim como 
impedir a obtenção de cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em 
curso, ou que indiquem a realização de diligênciasfuturas, cujo sigilo seja 
imprescindível: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
Art. 33. Exigir informação ou cumprimento de obrigação, inclusive o dever de fazer 
ou de não fazer, sem expresso amparo legal: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se utiliza de cargo ou função pública ou 
invoca a condição de agente público para se eximir de obrigação legal ou para obter 
vantagem ou privilégio indevido. 
 
Art. 36. Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de ativos financeiros em 
quantia que extrapole exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida 
da parte e, ante a demonstração, pela parte, da excessividade da medida, deixar de 
corrigi-la: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Art. 37. Demorar demasiada e injustificadamente no exame de processo de que tenha 
requerido vista em órgão colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou 
retardar o julgamento: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, 
inclusive rede social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e 
formalizada a acusação: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
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DO PROCEDIMENTO 
Art. 39. Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos previstos nesta Lei, no que 
couber, as disposições do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de 
Processo Penal), e da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. 
 
MAPA MENTAL - BÔNUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1) São finalidades específicas previstas na Lei 13.869/19, EXCETO: 
A) prejudicar outrem. 
B) beneficiar a si mesmo. 
C) beneficiar terceiro. 
D) por mero capricho. 
E) cumprir estritamente o dever legal. 
 
2) Os crimes previstos na Lei 13.869/19 são de crimes de ação: 
A) penal pública condicionada à representação da vítima. 
B) penal estritamente privada. 
C) penal pública incondicionada, sem possibilidade de admissão de ação privada. 
D) penal pública incondicionada, admitindo ação penal privada quando da inércia do 
Ministério Público. 
 
3) A Lei 13.869/19 traz em seu Artigo 4º os efeitos da condenação. Assinale a alternativa 
que apresenta efeito automático: 
A) a perda do cargo, do mandato ou da função pública. 
B) tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a 
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos 
causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos. 
C) a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 
1 (um) a 5 (cinco) anos. 
D) prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas. 
 
4) A suspensão do exercício do cargo, prevista como pena privativa de direito 
substitutiva da privativa de liberdade, segundo a Lei 13.869/19, é de: 
A) 1 (um) a 5 (cinco) anos. 
B) no máximo 3 anos. 
C) 30 (trinta) a 180 (cento e oitenta) dias. 
D) 1 (um) a 6 (seis) meses, com perda dos vencimentos e vantagens. 
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E) 6 (seis) meses, com perda dos vencimentos e vantagens. 
5) Acerca da Lei 13.869/19, assinale a alternativa INCORRETA: 
A) As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independentemente das sanções de 
natureza civil ou administrativa cabíveis. 
B) Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a 
sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em 
legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. 
C) As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se 
podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões 
tenham sido decididas no juízo criminal. 
D) As notícias de crimes previstos nesta Lei que descreverem falta funcional serão 
informadas à autoridade competente sempre com vistas à punição. 
 
6) Assinale a alternativa que NÃO apresenta crime de abuso de autoridade, segundo a 
Lei 13.869/19: 
A) Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente 
descabida ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo. 
B) Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no 
prazo legal. 
C) Decretar medida de privação da liberdade em conformidade com as hipóteses legais. 
D) Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, 
ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo. 
 
7) Segundo a Lei 13.869/2019, é crime submeter o preso a interrogatório policial durante 
o período de repouso noturno, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, 
devidamente assistido, consentir em prestar declarações. Ainda com base nesta lei, 
considera-se período de repouso noturno o intervalo compreendido entre: 
A) o pôr e o nascer do sol. 
B) às 18 horas e 6 horas. 
C) às 22 horas e 8 horas. 
D) às 21 horas e 5 horas. 
E) depende da região. 
 
8) Aquele que impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com 
seu advogado, estará sujeito à pena de: 
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A) detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
B) detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, sem possibilidade multa. 
C) reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
D) detenção, de 1 (um) a 6 (seis) anos, e multa. 
 
9) “Reputa-se agente público, para os efeitos da Lei 13.869/19, todo aquele que exerce, 
_________________, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer 
outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão 
público.” 
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna acima: 
A) desde que transitoriamente ou sem remuneração. 
B) ainda que transitoriamente ou sem remuneração. 
C) efetivamente e mediante remuneração. 
D) ainda que transitoriamente, desde que remunerado. 
 
10) Analise os itens a seguir, sobre a Lei 13.869/2019: 
I – A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data 
em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia. 
II – As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente. 
III – Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos previstos nesta Lei, no que 
couber, apenas as disposições do Código de Processo Penal. 
IV – O particular não pode, em nenhuma circunstância, responder por abuso de 
autoridade. 
Assinale a alternativa correta: 
A) Apenas o item I está correto. 
B) Todos os itens estão corretos. 
C) Os itens I e II estão corretos. 
D) Os itens I, II e IV estão corretos. 
 
 
 
 
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GABARITO 
1 E 
2 D 
3 B 
4 D 
5 D 
6 C 
7 D 
8 A 
9 B 
10 C 
 
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I 13.869/2019 
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CRIMES HEDIONDOS – LEI 8.072/1990 
Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição 
Federal, e determina outras providências. 
 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da 
tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como 
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo 
evitá-los, se omitirem; 
 
BIZU DO “FIGA” 
OS CRIMES HEDIONDOS SÃO INSUSCETÍVEIS DE: 
F- fiança 
I- indulto 
G- graça 
A- anistia 
 
Os crimes hediondos são previstos por meio do sistema legal, há previsão normativa 
expressa de rol taxativode crimes hediondos. Com isso, não cabe ao juiz fazer 
qualquer juízo de valor quanto à hediondez do crime, independentemente das 
circunstâncias fáticas em questão. Não há de se falar, portanto, em discricionariedade 
judicial. 
 
 
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei 
no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: 
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda 
que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, 
V, VI, VII); 
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal 
seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito 
nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força 
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra 
seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 
condição; 
II-roubo: 
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); 
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego 
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de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); 
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º); 
III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, se ocorrência de lesão 
corporal grave ou morte (art. 158, § 3º); 
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); 
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); 
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); 
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). 
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B) 
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança 
ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). 
IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo 
comum (art. 155, § 4º-A). 
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados: 
I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 
1956; 
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido previsto no art. 16 
da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; 
III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 
22 de dezembro de 2003; 
IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no 
art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; 
V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou 
equiparado. (BIZU DO TTT PARA EQUIPARADOS). 
 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: (Hediondos e Equiparados) 
I - anistia, graça e indulto; 
II - fiança. 
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime 
fechado. 
§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu 
poderá apelar em liberdade. 
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§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, 
nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
 
Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao 
cumprimento de penas impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em 
presídios estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública. 
 
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 (Associação 
Criminosa) do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo. 
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou 
quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços. 
 
PROGRESSÃO DE REGIME – CRIMES HEDIONDOS 
Art. 112 (LEP). A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a 
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver 
cumprido ao menos: 
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime 
hediondo ou equiparado, se for primário; 
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: 
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for 
primário, vedado o livramento condicional; 
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa 
estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; 
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime 
hediondo ou equiparado; 
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo 
ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional. 
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa 
conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que 
vedam a progressão. 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1) A Lei n. 8.072/90 (art. 1° ) considera hediondos os seguintes crimes, exceto 
a) homicídio simples, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio. 
b) homicídio qualificado. 
c) latrocínio. 
d) falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais. 
e) tráfico ilícito de entorpecentes. 
 
2) Em face da Lei nº 8.072/90 (Crimes hediondos) não são considerados crimes 
hediondos: 
a) perigo de contágio de moléstia grave e homicídio simples. 
b) latrocínio e falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos para fins 
terapêuticos ou medicinais. 
c) homicídio qualificado e causar epidemia com resultado morte. 
d) estupro e extorsão mediante sequestro na forma qualificada. 
e) genocídio e extorsão qualificada pela morte. 
 
3) É crime hediondo nos termos do art. 1.º, da Lei n.º 8.072/90: 
a) tráfico ilícito de entorpecentes. 
b) epidemia com resultado morte. 
c) terrorismo. 
d) tortura. 
 
4) Sobre a Lei n o 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos), é correto afirmar que 
a) em relação ao crime de homicídio, com exceção do homicídio culposo, todas as 
demais formas são consideradas crimes hediondos. 
b) o tráfico de drogas, o roubo – desde que praticado com emprego de arma de fogo– e 
o estupro são considerados crimes hediondos. 
c) as penas dos crimes hediondos são fixadas em regime integralmente fechado. 
d) os crimes hediondos são previstos por meio do sistema legal. 
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5) A Lei dos crimes hediondos (Lei n° 8.072/90), embora não forneça o conceito de 
crime hediondo, apresenta um rol dos crimes que se enquadram em seus dispositivos, 
entre os quais se pode destacar 
a) instigação ao suicídio. 
b) lesão corporal de natureza grave. 
c) incêndio qualificado pela morte. 
d) extorsão mediante sequestro. 
 
6) Conforme disposição do art. 2º, § 4 da Lei 8.072 /90, o número de dias, prorrogáveis 
pelo mesmo período em caso de extrema e comprovada necessidade, da prisão 
temporária do indivíduo que comete crime hediondo é 
a) cinco. 
b) dez. 
c) quinze. 
d) trinta. 
 
7) Avalie os tipos de crimes listados a seguir. 
I. Extorsãomediante sequestro; 
II. Estupro; 
III. Qualquer homicídio, simples ou qualificado, desde que doloso; 
IV. Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais. 
 
De acordo com a Lei n. 8.072/90, são considerados crimes hediondos: 
a) I e II, somente. 
b) I e III, somente. 
c) I, II e IV, somente. 
d) I, III e IV, somente. 
e) II, III e IV, somente. 
 
 
 
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8) A Lei de Crimes Hediondos (Lei n.º 8.072/90) dispõe que será de três a seis anos de 
reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal (Associação Criminosa), quando 
se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins ou terrorismo. Nessa hipótese, o participante e o associado que denunciar 
à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento: 
a) deverá cumprir a pena em estabelecimento distinto dos demais participantes. 
b) deixará de responder pelo referido crime. 
c) terá a pena reduzida de um a dois terços. 
d) terá a pena anistiada pelo Presidente da República. 
e) terá sua pena convertida para prestação de serviços à comunidade. 
 
9) Aquele que é acusado por crime hediondo, nos estritos termos da Lei n.º 8.072/90: 
I. fica sujeito a prisão temporária de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em 
caso de extrema e comprovada necessidade; 
II. se condenado, cumprirá a pena integralmente em regime fechado; 
III. se condenado, não tem direito de apelar em liberdade. 
 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
10) A prisão temporária dos acusados por crime hediondo terá o prazo de 30 (trinta) 
dias: 
a) improrrogável. 
b) prorrogável por igual período em caso de extrema necessidade. 
c) prorrogável por quantos outros tantos períodos de 30 (trinta) dias forem necessários, 
mediante decisão judicial fundamentada. 
d) podendo, contudo, desde o início, ser decretada por período superior, desde que 
mediante decisão judicial fundamentada. 
e) automaticamente prorrogável por igual período se não houver revogação da 
determinação judicial que determinou o primeiro período. 
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GABARITO 
1 E 
2 A 
3 B 
4 D 
5 D 
6 D 
7 C 
8 C 
9 A 
10 B 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO: 
 A Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro, conhecida como LINDB, apesar 
de ser estudada na disciplina de Direito Civil, como o próprio nome sugere, é uma lei que se 
aplica a todo o Direito. Pode ser entendida como a “lei das leis”, ou seja, uma lei que tem 
por objetivo disciplinar outras normas jurídicas. 
 
 Passemos a análise da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 
 
 
DECRETO -LEI N.º 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942 
Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da 
Constituição, decreta: 
 
 
Art. 1o - Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco 
dias depois de oficialmente publicada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
§ 1o - Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se 
inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
 
 
A criação de lei no Brasil segue o chamado PROCESSO LEGISLATIVO, 
devendo passar por algumas fases, conhecidas como: INICIATIVA, DISCUSSÃO, 
APROVAÇÃO, SANÇÃO/VETO e PROMULGAÇÃO (é a declaração da existência) 
e PUBLICAÇÃO (divulgação da existência). 
 Conforme a LINDB, a lei começará a vigorar em todo o País após 45 dias da 
publicação. Esse período compreendido entre a publicação e o vigor da lei é 
conhecido como “vacatio legis”. Mais muita atenção! O artigo 1º menciona “ salvo 
disposição contrária”, isso significa que a lei poderá prever prazo diferente dos 45 
dias, inclusive com vigência imediata. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO! A obrigatoriedade da lei brasileira se inicia em 3 meses depois de publicada 
nos países estrangeiros, é diferente de 90 dias. A pegadinha de prova está nos 90 dias. 
E existe diferença entre VALIDADE, VIGÊNCIA, VIGOR e EFICÁCIA? 
Existe sim, e você precisa ficar atento. 
• VALIDADE: se a norma foi produzida por autoridade competente e se seu conteúdo 
é válido, logo, possui aspectos formais e materiais na produção. 
• VIGÊNCIA: é o período de que a norma produzirá efeitos, considerado o tempo. 
• VIGOR: é a força vinculante da lei. 
• EFICÁCIA: possibilidade de produzir seus efeitos no caso concreto. 
 
 
§ 2o - (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). 
 
 
§ 3o - Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a 
correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova 
publicação. 
 
§ 4o -As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 2o - Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a 
modifique ou revogue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vacatio Legis 
BRASIL: 
45 Dias 
ESTRANGEIRO: 
3 Meses 
AUTODECLARAÇÃO: 
Prazo definido na própria lei 
Correção na LEI: 
a) Antes da publicação: sem impeditivo. 
b) Durante a “vacatio legis”: é necessário novo prazo. 
c) Após a lei entrar em vigor: só é possível por uma nova lei. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12036.htm#art4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
§ 1o - A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com 
ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
 
§ 2o - A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, 
não revoga nem modifica a lei anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
§ 3o - Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei 
revogadora perdido a vigência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 3o -Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
 
 
Art. 4o -Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os 
costumes e os princípios gerais de direito. 
 
 
 
 
 
O referido artigo menciona o Princípio da Continuidade. Isso significa que, 
salvo em casos de lei com vigência temporária, como exemplo as leis temporárias 
ou excepcionais, a lei permanecerá em vigor (produzindo seus efeitos) até que outra 
a modifique ou revogue. 
Nesse sentido, a lei posterior só revogará a lei anterior quando 
expressamente a declare, quando for incompatível, ou quando regule inteiramente 
a matéria. 
 
Quanto a extensão da revogação, ela poderá ser parcial ou total, assim, na sua 
prova pode aparecer as expressões “ab-rogação” e “derrogação”. 
AB-ROGAÇÃO: Absoluta 
DERROGAÇÃO: parcial 
No §3º temos a chamada “REPRISTINAÇÃO”, que significa restaurar a lei 
anteriormente revogada. A lei expressamente poderá assim fazê-lo, porém a 
repristinação é exceção no Ordenamento Jurídico brasileiro. 
Exemplo: A Lei “X” revoga a Lei “Y” e posteriormente a Lei “W” revogar a Lei “X”, 
salvo disposição contrário na Lei “X, a lei “X” NÃO será restaurada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 5o -Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às 
exigências do bem comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o 
direito adquirido e a coisa julgada. 
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que 
se efetuou. 
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, 
possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição 
pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. 
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já nãocaiba 
recurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mesmo a lei sendo omissa, o juiz deverá decidir o mérito. Trata-se do 
chamado “PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DA JURISDIÇÃO”. Significa 
que, em caso de lacuna legislativa, o juiz utilizará da analogia, costume e 
princípios gerais do direito para decidir o caso concreto. 
 
ATENÇÃO! Perceba que o artigo não menciona a EQUIDADE, como 
método de integração, assim o juiz só decidirá com base na equidade nos casos 
previstos em lei, de acordo com o artigo 140 do Código de Processo Civil. 
Pela leitura o artigo 5º, é possível verificar a busca pela adaptação da norma ao 
sentido/fim das exigências sociais. 
 
 
A Constituição Federal de 1988 menciona no artigo 5º, inciso XXXVI que “a lei 
não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.” 
Partindo disso, é necessário entender que, para que a lei retroaja, é necessário 
expressa disposição normativa e que não prejudique o chamado direito adquirido, ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada. 
Vamos entender essas expressões? 
1- Ato Jurídico Perfeito: é o ato que já foi consumado segundo a lei vigente ao 
tempo em que se efetuou. 
2- Direito Adquirido: é o direito que o seu titular, ou alguém por ele, possa 
exercer, com aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixado ou 
condição pré-estabelecida de maneira inalterável a vontade do outro. Pode ser 
entendido como, um direito que já cumpriu todos os requisitos necessários. 
3- Coisa Julgada: é a decisão que já não é passível nenhum recurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo 
e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. 
 
§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos 
impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. 
§ 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas 
ou consulares do país de ambos os nubentes. 
§ 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a 
lei do primeiro domicílio conjugal. 
§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os 
nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. 
§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa 
anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, 
se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os 
direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. 
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, 
só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver 
sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá 
efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças 
estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, 
poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de 
homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a 
produzir todos os efeitos legais. 
§ 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge 
e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. 
 
 
§ 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua 
residência ou naquele em que se encontre. 
 
Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a 
lei do país em que estiverem situados. 
§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens 
moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares. 
§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se 
encontre a coisa apenhada. 
 
Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se 
constituírem. 
§ 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma 
essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos 
requisitos extrínsecos do ato. 
§ 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o 
proponente. 
 
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado 
o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. 
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei 
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, 
sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. 
§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder. 
 
Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e 
as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem. 
§ 1o Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de 
serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei 
brasileira. 
§ 2o Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que 
eles tenham constituído, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão 
adquirir no Brasil bens imóveis ou susceptíveis de desapropriação. 
§ 3o Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à 
sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares. 
 
Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no 
Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. 
§ 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis 
situados no Brasil. 
§ 2o A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma 
estabelecida pela lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira 
competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências. 
 
Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, 
quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas 
que a lei brasileira desconheça. 
 
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova 
do texto e da vigência. 
 
 
 
Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reúna os 
seguintes requisitos: 
a) haver sido proferida por juiz competente; 
b) terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia; 
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução 
no lugar em que foi proferida; 
d) estar traduzida por intérprete autorizado; 
e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. 
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). 
 
Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei 
estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por 
ela feita a outra lei. 
 
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de 
vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem 
pública e os bons costumes. 
 
Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares 
brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, 
inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no 
país da sede do Consulado. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) 
 
§ 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação 
consensuale o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou 
incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar 
da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens 
comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu 
nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o 
casamento. 
§ 2o É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará 
mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma 
delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a 
assinatura do advogado conste da escritura pública. 
 
Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados pelos 
cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde 
que satisfaçam todos os requisitos legais. 
Parágrafo único. No caso em que a celebração desses atos tiver sido recusada pelas 
autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao interessado 
é facultado renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da publicação 
desta lei. 
 
 
 
 
 
 
 
A LINDB sofreu alteração em 2018 com a inclusão dos artigos referentes ao Direito 
Público. A principal finalidade da modificação foi buscar dar maior segurança e 
previsibilidade ao direito e consequentemente diminuir a discricionariedade dos 
agentes públicos. 
 Muita atenção nos artigos 20 a 30. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12036.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del4657.htm
 
 
 
 
Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base 
em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas 
da decisão. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida 
imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, 
inclusive em face das possíveis alternativas. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a 
invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de 
modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas. (Incluído pela Lei nº 13.655, 
de 2018) (Regulamento) 
 
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, 
indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e 
equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos 
atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou 
excessivos. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
 
 
 
 
 
Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os 
obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a 
seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados. 
 
§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, 
processo ou norma administrativa, serão consideradas as circunstâncias práticas que 
houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do agente. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 
2018) 
 
§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração 
cometida, os danos que dela provierem para a administração pública, as circunstâncias 
agravantes ou atenuantes e os antecedentes do agente. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais 
sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
O artigo 20 menciona que para proferir uma decisão deve-se considerar as 
consequências práticas da decisão além da necessidade de motivação da medida 
ou invalidação. 
O artigo menciona que o julgador deverá indicar as consequências jurídicas e 
administrativas da decisão que anular um ato, contrato, ajuste, processos ou norma 
administrativa, ainda, a decisão não poderá “onerar” sujeitos de forma excessiva. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9830.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1
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Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação 
ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou 
novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando 
indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de 
modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais. 
Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade 
de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver 
completado levará em conta as orientações gerais da época, sendo vedado que, com 
base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações 
plenamente constituídas. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) (Regulamento) 
 
Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e especificações 
contidas em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa 
majoritária, e ainda as adotadas por prática administrativa reiterada e de amplo 
conhecimento público. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
 Art. 25. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na 
aplicação do direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade 
administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização 
de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral, celebrar 
compromisso com os interessados, observada a legislação aplicável, o qual só produzirá 
efeitos a partir de sua publicação oficial. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
§ 1º O compromisso referido no caput deste artigo: (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
I - buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível com os interesses 
gerais; (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
II – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
III - não poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de direito 
reconhecidos por orientação geral; (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
IV-deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu cumprimento e as 
sanções aplicáveis em caso de descumprimento. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
 
Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, 
poderá impor compensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos 
resultantes do processo ou da conduta dos envolvidos. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
Para novasorientações em conteúdo indeterminado deve-se prever um regime de 
transição de forma a fazer cumprir o direito de modo mais equânime e eficiente. O 
objetivo é proteger o interessado de “surpresas desagradáveis”, dando tempo hábil 
para adaptação a nova interpretação e orientação. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1
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§ 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas previamente as partes sobre 
seu cabimento, sua forma e, se for o caso, seu valor. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
§ 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado compromisso 
processual entre os envolvidos. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões 
técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade 
administrativa, salvo os de mera organização interna, poderá ser precedida de consulta 
pública para manifestação de interessados, preferencialmente por meio eletrônico, a qual 
será considerada na decisão. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
§ 1º A convocação conterá a minuta do ato normativo e fixará o prazo e demais condições 
da consulta pública, observadas as normas legais e regulamentares específicas, se 
houver. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
 
Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na 
aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e 
respostas a consultas. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018) 
O artigo 27 busca evitar que as partes sofram prejuízos “anormais” ou aufiram 
benefícios indevidos devido às decisões dos processos, podendo abrir a possibilidade 
de compensação, desde que haja a devida fundamentação. 
Menciona o artigo 37, §6º da CF/88 
“§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito 
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.” 
Perceba que há uma aparente restrição do artigo 37,§6º da CF , uma vez que apenas 
o dolo ou erro grosseiro geraria responsabilidade do agente, enquanto o texto 
constitucional garante o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou 
culpa. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1
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Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante 
em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão. (Incluído pela Lei nº 
13.655, de 2018) 
 
Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1942, 121o da Independência e 54o da República. 
 
GETÚLIO VARGAS 
Alexandre Marcondes Filho 
Oswaldo Aranha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1
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EXERCÍCIOS: 
Chegou o momento de colocar em prática o que você aprendeu sobre o conteúdo 
trabalhado. 
Você deverá responder as questões e ao final poderá corrigir as alternativas 
identificando as respostas corretas. Espero que você faça as questões e somente ao final 
faça a correção. 
 Lembre-se: “Treino duro, jogo fácil!” 
 
 
1- (PGE/MS.2019.PROCURADOR DO ESTADO) Assinale a alternativa incorreta: 
a) A lei, a analogia, o costume e os princípios gerais do direito são considerados fontes 
do direito. 
b) Inexiste hierarquia para utilização dos mecanismos de integração das normas 
jurídicas. 
c) A analogia não se confunde com interpretação extensiva. 
d) No direito brasileiro a irretroatividade da lei é regra. 
e) A generalidade e a permanência são características da lei. 
 
 
2- (CONTEMAX.2021.PREFEITURA DE VISTA SERRANA/PB) De acordo com a Lei 
de Introdução ao Código Civil: 
I- Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a 
lei do país em que estiverem situados. 
II- Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens 
moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares. 
III- O penhor regula-se pela lei do domicilio que tiver a pessoa, em cuja posse se 
encontre a coisa apenhada. 
 
Está correto o que se afirma em: 
a) I e II, apenas. 
b) I e III, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) Todos os itens. 
e) Nenhum dos itens. 
 
3- (CONTEMAX.2021.PREFEITURA DE VISTA SERRANA/PB) O Decreto- Lei 4657/41 
aponta que salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país: 
a) Doze dias depois de oficialmente publicada. 
b) Vinte e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
c) Vinte e dois dias depois de oficialmente publicada. 
d) Trinta dias depois de oficialmente publicada. 
e) Quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
 
 
 
4- (INSTITUTO CONSULPLAN.2020. CÂMARA DE AMPARO/SP) Conforme dispõe a 
Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro-LINDB, é correto afirmar que: 
a) Na aplicação de sanções, serão consideradas apenas a natureza e a gravidade 
da infração cometida e os danos que dela provierem para a Administração Pública. 
b) Nas esferas administrativas, controladora e judicial, nas decisões com base em 
valores jurídicos abstratos, dispensa-se a apresentação das consequências 
práticas da decisão. 
c) A decisão do processo, nas esferas administrativas, controladora ou judicial, não 
poderá prever compensação por benefícios indevidos resultantes da conduta dos 
envolvidos. 
d) A decisão que, nas esferas administrativas, controladora ou judicial, decretar a 
invalidação de ato deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas 
e administrativas. 
 
 
5- (QUADRIX.2021. CRECI) A Lei de Introdução ás Normas do Direito Brasileiro regula 
as normas jurídicas de uma maneira geral, quer sejam do direito público ou do direito 
privado, e é considerada como uma normaO DISPARO DEVE OCORRER: 
✓ em lugar habitado ou em suas adjacências; OU 
✓ em via pública; OU 
✓ em direção a ela (via pública). 
 
PARÁGRAFO ÚNICO É INCONSTITUCIONAL. 
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 Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito 
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, 
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter 
sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem 
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: POSSE OU 
PORTE!!!! 
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de 
fogo ou artefato; 
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma 
de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir 
a erro autoridade policial, perito ou juiz; 
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; 
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, 
marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado; 
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, 
munição ou explosivo a criança ou adolescente; e 
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer 
forma, munição ou explosivo. 
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de 
fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. 
 
Comércio ilegal de arma de fogo 
 
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, 
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer 
forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou 
industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa. 
§ 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, 
qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou 
clandestino, inclusive o exercido em residência. 
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§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou 
munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou 
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos 
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. 
 
Tráfico internacional de arma de fogo 
 
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a 
qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade 
competente: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, 
acessório ou munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade 
competente, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios 
razoáveis de conduta criminal preexistente. 
 
 
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a 
arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito. 
Comércio ilegal de arma de fogo e Tráfico internacional de arma de fogo 
 
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da 
metade se: 
14) Porte Ilegal de Arma de Fogo; 
15) Disparo de Arma de Fogo; 
16) Posse ou Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Restrito; 
17) Comércio Ilegal de Arma de Fogo; e 
18) Tráfico Internacional de Arma de Fogo 
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º 
e 8º desta Lei; ou 
As empresas mencionadas são aquelas que desenvolvem as atividades de 
segurança privada e transporte de valores. 
✓integrantes das Forças Armadas e dos órgãos de segurança pública; 
✓integrantes das Guardas Municipais 
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✓integrantes da ABIN e do GSI/PR e das Policias Legislativas Federais; 
✓integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, das escoltas 
de presos e das guardas portuárias; 
✓integrantes da carreira de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de 
Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário; 
✓Técnicos Judiciários e do Ministério Público; 
✓empregados autorizados das empresas de segurança privada e transporte de 
valores; 
✓o caçador para subsistência; 
✓integrantes de entidades esportivas legalmente autorizados 
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza. 
 
ARMAS “DE BRINQUEDO” 
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de 
brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir. 
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros destinados à 
instrução, ao adestramento, ou à coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas 
pelo Comando do Exército. 
A PROIBIÇÃO É QUANTO À FABRICAÇÃO, VENDA, COMERCIALIZAÇÃO E 
IMPORTAÇÃO. NÃO HÁ PROIBIÇÃO OU TIPIFICAÇÃO CRIMINAL QUANTO À 
POSSE OU O PORTE. NÃO SE ENQUADRA AQUI “AIRSOFT”, “PAINTBALL” OU 
ARMAS DE PRESSÃO. 
 
CAC 
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao 
Comando do Exército autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, 
desembaraço alfandegário e o comércio de armas de fogo e demais produtos 
controlados, inclusive o registro e o porte de trânsito de arma de fogo de 
colecionadores, atiradores e caçadores. 
 
DESTINAÇÃO DAS ARMAS APREENDIDAS 
 
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua 
juntada aos autos, quando não mais interessarem à persecução penal serão 
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encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no prazo de até 48 
(quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança 
pública ou às Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei. 
§ 1º-A. As armas de fogo e munições apreendidas em decorrência do tráfico de drogas 
de abuso, ou de qualquer forma utilizadas em atividades ilícitas de produção ou 
comercialização de drogas abusivas, ou, ainda, que tenham sido adquiridas com 
recursos provenientes do tráfico de drogas de abuso, perdidas em favor da União e 
encaminhadas para o Comando do Exército, devem ser, após perícia ou vistoria que 
atestem seu bom estado, destinadas com prioridade para os órgãos de segurança 
pública e do sistema penitenciário da unidade da federação responsável pela apreensão. 
 
 
BANCO NACIONAL DE PERFIS BALÍSTICOS 
 
Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de registros balísticos serão armazenados no 
Banco Nacional de Perfis Balísticos. 
§ 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem como objetivo cadastrar armas de 
fogo e armazenar características de classe e individualizadoras de projéteis e de 
estojos de munição deflagrados por arma de fogo. 
§ 2º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será constituído pelos registros de elementos 
de munição deflagrados por armas de fogo relacionados a crimes, para subsidiar ações 
destinadas às apurações criminais federais, estaduais e distritais. 
§ 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será gerido pela unidade oficial de perícia 
criminal. 
§ 4º Os dados constantes do Banco Nacional de Perfis Balísticos terão caráter sigiloso, 
e aquele que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta 
Lei ou em decisãosobre normas, conforme ressalta Carlos 
Roberto Gonçalves. Acerca dos preceitos contidos no referido ato normativo, julgue 
o item: 
 
“ Para regular as relações concernentes a bens, aplica-se a lei do país em que 
estiverem situados e, para reger as obrigações, aplica-se a lei do País em que se 
constituírem.” 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
6- (AVANÇA SP. 2020. CÂMARA DE VINHEDO/PR) No que se refere às Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, mais precisamente no tocante à eficácia 
da lei no espaço, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta. 
I-A lei do domicilio do de cujus regula a capacidade para suceder do herdeiro ou 
legatário. 
II-Em questão sobre a qualificação e regulação das relações concernentes a bens, 
deve ser aplicada a lei do país do domicilio do proprietário. 
III- Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se 
constituírem, reputando-se constituída no lugar em que residir o proponente. 
 
a) Apenas o item I é verdadeiro. 
b) Apenas o item II é verdadeiro. 
c) Apenas o item III é verdadeiro. 
d) Apenas os itens I e II são verdadeiros. 
e) Todos os itens são verdadeiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7- (CESPE/CEBRASPE. 2021) Conforme as disposições legais sobre vigência e 
aplicação das leis, prescrição, pessoas naturais e jurídicas, julgue o item a seguir. 
 
“De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, além de 
situações de expressa revogação, nova lei implica a revogação de legislação anterior 
que regulasse inteiramente a mesma matéria ou, ainda, que estabelecesse regras 
gerais sobre o mesmo assunto”. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
8- (COPESE-UFT.2010.MPE.TO) Assinale a alternativa INCORRETA: 
a) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, 
não revoga nem modifica a lei anterior. 
b) A repristinação tácita é instituto legal permitido pelo ordenamento jurídico. 
c) As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
d) Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do 
texto e da vigência. 
 
 
 
9- (ADME TEC.2019. PREF. DE CARNEIROS-AL) Leia as afirmativas a seguir e 
marque a opção CORRETA: 
a) Nenhum cidadão pode se escusar a cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
b) É vedado à União prestar cooperação financeira aos municípios para a 
modernização da respectiva administração tributária. 
c) É vedado à autoridade judiciaria brasileira julgar as ações em que no Brasil tiver 
de ser cumprida a obrigação. 
d) A lei n.º 13.105/15 proíbe a cooperação jurídica internacional para a colheita de 
provas. 
e) As leis municipais devem sempre contemplar dispositivas contrários á dignidade 
da pessoa humana. 
 
 
10- (FAFIPA.2019.CREA/PR) A respeito das formas de integração da norma jurídica, 
bem como da vigência e aplicação da lei no tempo e no espaço, é CORRETO afirmar 
que: 
a) Integração da norma jurídica não pode ser feita através da analogia. 
b) O art. 7º da LINDB consagra a regra “lex domicili” no que concerne ao começo e 
fim da personalidade, inclusive quanto ao nome, à capacidade e aos direitos de 
família. 
c) A retroativa da lei nova é a regra. 
d) Lei nova nunca retroagirá; 
e) Lei nova sempre retroagirá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11- ( NUCEPE.PC/PI.2018) Com base na Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro, marque a alternativo CORRETA: 
a) O período de vacatio legis de uma lei de direito material é diferente quando se 
trata de norma de direito processual. 
b) As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as 
fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem. 
c) Dependendo da importância da lei, o legislador deve estabelecer um período de 
vacatio legis mais extenso, de 1 (um) ano para os Códigos e Leis 
Complementares. 
d) Uma lei nova não modifica a anterior se for com ela incompatível ou tratar sobre a 
mesma matéria. 
e) A equidade é sempre uma forma de integração quando houver omissão da lei. 
 
 
12- (UEG. PC/GO.2013) O artigo 7º da Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro 
-LINDB estabelece regras para o instituto do casamento, e na dissolução no que se 
refere, especificamente, ao domicilio. Essas regras dispõem o seguinte: 
a) Tendo os nubentes domicilio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimonio 
a lei do último domicilio conjugal. 
b) O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades 
diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. 
c) É a lei do ultimo domicilio conjugal que será aplicada no caso de questionamentos 
quanto ao regime de bens. 
d) Brasileiros divorciados no estrangeiro terão seu divorcio reconhecido no Brasil 
após 1 (um) ano do pedido de homologação feito ao Superior Tribunal de Justiça. 
 
 
13- (VUNESP. 2014.PC/SP) Assinale a alternativa correta, de acordo com as disposições 
da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei n.º 4.657/1942): 
a) A lei nova revoga a lei antiga, quando com esta incompatível, ainda que não haja 
expressa declaração de revogação. 
b) As correções a texto de lei já em vigor não implicam em lei nova. 
c) A repristinação é regra no direito brasileiro, admitindo-se disposição legal que 
afaste sua incidência. 
d) Entende-se por ato jurídico perfeito a decisão judicial da qual não caiba mais 
recurso. 
e) O Brasil não adota, em regra, o instituto da vacatio legis, salvo no estrangeiro, 
quando admitida a obrigatoriedade da lei brasileira. 
 
 
14- (FCC.TJ/PI.2015) Lei nova que estabelecer disposição geral a par da lei já existente, 
a) Apenas modifica a lei anterior. 
b) Não revoga, nem modifica a lei anterior. 
c) Derroga a lei anterior. 
d) Ab-roga a lei anterior. 
e) Revoga tacitamente a lei anterior. 
 
 
 
 
 
15- (CESPE/CEBRASPE.MPE/CE.2020) À luz da Lei de Introdução às Normas do 
Direito Brasileiro, julgue o item a seguir: Ao decretar a invalidação de um ato, a 
autoridade administrativa deve indicar, de forma expressa, as consequências 
jurídicas e administrativas dessa decisão. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
16- ( CESPE/CEBRASPE. PREF. CAMPO GRANDE/MS) Considerando as disposições 
da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item a seguir. “Diante 
de omissão legal, o juiz decidirá de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais do direito, visando atender aos fins sociais da lei e às exigências do 
bem comum.” 
 ( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
17- ( QUADRIX. CRM/PR.2018) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro, julgue o item a seguir. “A proteção ao direito adquirido tem aplicação 
somente no âmbito do direito privado, uma vez que, nas relações de natureza pública, 
o interesse social prevalece sobre a segurança jurídica.” 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
18- ( CESPE/CEBRASPE. TJ/DFT) À luz da LINDB, julgue o item a seguir. “ O 
conhecimento da lei estrangeira é dever do magistrado, não podendo o juiz exigir de 
quem a invoca a prova do texto nem de sua vigência.” 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
19- (CESPE. PC/SE. 2018) Uma nova lei, que disciplinou integralmente matéria antes 
regulada por outra norma, foi publicada oficialmente sem estabelecer data para a sua 
entrada em vigor e sem prever prazo de sua vigência. Sessenta dias após a 
publicação oficial dessa nova lei, foi ajuizada uma ação em que as partes discutem 
um contrato firmado anos antes sobre o assunto objeto das referidas normas. Tendo 
como referencia essa situação hipotética, julgue o seguinte item, com base na Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro. No momento do ajuizamento da ação, a 
nova lei já estava em vigor. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
20- A lei em vigor não terá de respeitar o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa 
julgada. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTAS: 
1- Letra B. 
2- Letra D. 
3- Letra E. 
4- Letra D. 
5- CERTO6- Letra C 
7- ERRADO. 
8- Letra B. 
9- Letra A. 
10- Letra B 
11- Letra B 
12- Letra B 
13- Letra A 
14- Letra B 
15- CERTO 
16- CERTO 
17- ERRADO 
18- ERRADO 
19- CERTO 
20- ERRADOjudicial responderá civil, penal e administrativamente. 
§ 5º É vedada a comercialização, total ou parcial, da base de dados do Banco Nacional 
de Perfis Balísticos. 
§ 6º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional de Perfis Balísticos serão 
regulamentados em ato do Poder Executivo federal. 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1) De acordo com a Lei 10.826/03, que dispõe sobre registro, posse e comercialização 
de armas de fogo e munição e sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm compete 
ao Sinarm, dentre outras atribuições: 
 
I. Identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro. 
 
II. Cadastrar as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, mantendo registro 
próprio. 
 
III. Cadastrar as apreensões de armas de fogo, exceto as vinculadas a procedimentos 
policiais e judiciais. 
 
IV. Cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para 
exercer a atividade. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
A) Todas estão corretas. 
B) Apenas II e IV estão corretas. 
C) Apenas I e IV estão corretas. 
D) Apenas I e II estão corretas. 
 
2) Zé Carabina possuía em sua casa um revólver calibre 38 registrado, embora não 
tivesse autorização para portar arma de fogo. Certo dia, após efetuar a manutenção 
(limpeza etc.) da arma e municiá-la com (05) cinco cartuchos, deixou-a sobre a mesa 
da sala, local onde passaram a brincar seus filhos e alguns colegas, todos menores, 
com idade média de 08 (oito) anos. O filho mais velho, de 09 (nove) anos de idade, 
apoderou-se da arma e passou a apontá-la na direção dos amigos, dizendo que era 
da polícia. Nesse momento, Zé Carabina ingressou na sala, tomando a arma do filho 
e evitando o que poderia ser uma tragédia. Considerando a hipótese narrada, é 
CORRETO afirmar que Zé Carabina praticou: 
A) o crime de perigo para a vida ou saúde de outrem, porém com a atenuante do 
arrependimento eficaz. 
B) o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. 
C) um crime omissivo. 
D) um fato atípico. 
 
3) [B] é parado em uma blitz policial quando é flagrado transportando no porta-malas de 
seu veículo uma espingarda desmontada, acondicionada em um saco plástico. A 
conduta de [B] configura: 
A) crime impossível por impropriedade absoluta do objeto. 
B) crime impossível por inidoneidade absoluta do meio. 
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C) crime de porte ILEGAL de arma de fogo, previsto no art. 14 do Estatuto do 
Desarmamento (Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003). 
D) crime de posse de arma de fogo, previsto no art. 12 do Estatuto do Desarmamento 
(Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003). 
 
4) Sobre o disposto no Estatuto do Desarmamento, assinale a alternativa correta. 
A) Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas 
adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta tenha como 
finalidade a prática de outro crime, caracteriza a prática do delito de disparo de arma 
de fogo. 
B) Empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de 
uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, caracteriza a prática do delito de porte ilegal de arma de fogo de uso 
permitido. 
C) Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, desde que 
a título oneroso, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da 
autoridade competente, caracteriza a prática do delito de tráfico internacional de arma 
de fogo. 
D) Expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no 
exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, 
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, 
caracteriza a prática do delito de tráfico nacional de arma de fogo. 
 
5) Com relação ao Estatuto do Desarmamento, Lei no 10.826/2003, assinale a alternativa 
correta. 
A) É proibida a conduta de portar arma de fogo de uso permitido ou proibido, não se 
punindo, no estatuto, a conduta de portar ou possuir acessório ou munição para arma 
de fogo. 
B) O porte de arma de fogo com numeração raspada, previsto no parágrafo único, 
inciso IV, do artigo 16, refere-se tanto à arma de fogo de uso permitido como à arma 
de fogo de uso restrito. 
C) O crime de disparo de arma de fogo, previsto no artigo 15 do estatuto, é autônomo, 
sendo que, na hipótese de o agente tentar matar a vítima com disparos de arma de 
fogo, responderá por tentativa de homicídio e pelo crime de disparo de arma de fogo 
em concurso material de delitos. 
D) vedação à concessão de fiança prevista no parágrafo único do artigo 15 (disparo 
de arma de fogo) foi declarada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação 
direta de constitucionalidade. 
 
6) Dentre as alternativas sobre o Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826), marque a 
alternativa CORRETA. 
A) É obrigatório o registro de arma de fogo no departamento de Polícia Federal e no 
Ministério do Exército. 
B) Somente é possível adquirir arma de fogo no Brasil os integrantes das forças 
armadas e das guardas municipais. 
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C) Perde a autorização de porte de arma de fogo, o portador dela, que for detido sob 
efeito de substâncias químicas ou alucinógenas. 
D) Não há qualquer ilicitude possuir arma de fogo sem registro, desde que seja na 
sua residência. 
 
7) Quanto ao Estatuto do Desarmamento, é INCORRETO afirmar que: 
A) a empresa que comercializa arma de fogo em território nacional é obrigada a 
comunicar a venda à autoridade competente, bem como a manter banco de dados 
com todas as características da arma; 
B) as armas de fogo utilizadas pelas empresas de segurança privada e de transporte 
de valores, constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e 
guarda das empresas, sendo a autorização de porte expedida pela Polícia Federal 
em nome do empregado da respectiva empresa; 
C) o certificado de registro de arma de fogo autoriza seu proprietário a manter a arma 
no seu local de trabalho, desde que seja ele o responsável legal pela empresa; 
D) aos residentes em áreas rurais, que comprovem depender do emprego de arma 
de fogo para prover sua subsistência, será autorizado, na forma prevista no 
regulamento dessa Lei, o porte de arma de fogo na categoria “caçador para 
subsistência”. 
 
8) Qualquer cidadão comum que queira adquirir arma de fogo deverá declarar a 
necessidade e atender a vários requisitos elencados no Estatuto do Desarmamento, 
e após todos os requisitos terem sido comprovados, a emissão do porte de arma é 
realizada 
A) pela Polícia Federal. 
B) pelo Ministério da Justiça. 
C) pelo Comando do Exército. 
D) pela Secretaria de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal. 
 
9) Segundo a Lei nº 10.826/2003, a idade mínima para se adquirir uma arma de fogo, 
excetuando-se os integrantes das entidades constantes do artigo 6º da lei, é de 
A) vinte e um anos 
B) dezoito anos. 
C) vinte e cinco anos. 
D) vinte e seis anos. 
 
10) Dentre os crime tipificados na Lei n. 10.826/2003, é de menor potencial ofensivo o 
crime de: 
A) omissão de cautela. 
B) posse irregular de arma de fogo de uso permitido. 
C) disparo de arma de fogo. 
D) comércio ilegal de arma de fogo. 
 
 
11) Conforme dispõe o Estatuto do Desarmamento, relativamente às armas de fogo, 
assinale a alternativa correta: 
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A) são vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de 
brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam 
confundir. 
B) cabe ao Comando da Polícia Militar autorizar, excepcionalmente, nos estados, a 
aquisição de armas de fogo de uso restrito. 
C) armas de fogo apreendidas devem ser, após elaboraçãodo laudo, encaminhadas 
pelo juiz, quando não mais interessarem à persecução penal, à Superintendência da 
Polícia Federal, para destruição, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas 
D) todas as armas de fogo comercializadas no exterior devem estar acondicionadas 
em embalagens com sistema de código de barras, gravado na caixa, visando 
possibilitar a identificação do alienante. 
 
 
12) A Lei n° 10.826, de 22/12/2003, estabelece que os integrantes do quadro efetivo de 
agentes e guardas prisionais podem portar arma de fogo de propriedade particular ou 
fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que 
estejam: 
 
I. excluídos do regime de dedicação exclusiva; 
II. sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento; 
III. subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno. 
 
Está correto o que consta em: 
A) I, II e III. 
B) I e III, apenas. 
C) II e III, apenas. 
D) I e II, apenas. 
 
13) Conforme dispõe a Lei n° 10.826, de 2003, a posse irregular de arma de fogo de uso 
permitido (possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de 
uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de 
sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que 
seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa) constitui crime 
sancionável com a seguinte pena: 
A) detenção, de 1 a 2 anos, e multa. 
B) reclusão, de 1 a 3 anos, e multa. 
C) detenção, de 1 a 3 anos, e multa. 
D) reclusão, de 2 a 4 anos, e multa. 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
1 C 
2 C 
3 C 
4 B 
5 B 
6 C 
7 B 
8 A 
9 C 
10 A 
11 A 
12 C 
13 C 
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I 13.869/2019 
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
LEI 8.069/90 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ECA 
ARTIGOS 1º AO 6º 
 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. 
 
 Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e 
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. 
 
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre 
dezoito e vinte e um anos de idade. 
 
 Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem 
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as 
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, 
em condições de liberdade e de dignidade. 
 
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem 
discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, 
condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local 
de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. 
 
 Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta 
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao 
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e 
comunitária. 
 
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: 
 
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; 
 
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; 
 
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; 
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d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. 
 
 Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, 
aos seus direitos fundamentais. 
 
 Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem 
comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como 
pessoas em desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 
QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
1) O Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/90, no parágrafo único do Artigo 4º, afirma 
que a garantia de prioridade compreende: 
I. Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias. 
II. Precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública. 
III. Preferência na formação e na execução das políticas sociais públicas. 
IV. Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à 
juventude. 
 
a) Apenas I e II estão corretas. 
b) Apenas II e IV estão corretas. 
c) Apenas III e IV estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) I, II, III e IV estão corretas. 
 
2) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instituído pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, 
tornou-se uma conquista histórica como marco legal sobre os direitos da criança e do adolescente no 
Brasil. No que concerne às suas especificidades normativo-conceituais, analise as proposições a 
seguir: 
I – Para efeito dessa Lei, considera-se criança a pessoa até doze anos completos, sendo adolescente 
aquela entre doze e dezoito anos incompletos. 
II – Excepcionalmente, de acordo com casos expressos em lei, o ECA pode ser aplicado às pessoas 
entre dezoito e vinte e um anos de idade. 
 
Em relação a essas duas asserções, marque a alternativa CORRETA: 
a) A primeira asserção é uma proposição falsa, sendo a segunda verdadeira. 
b) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, sendo a segunda falsa. 
c) A primeira asserção é uma proposição parcialmente verdadeira, sendo a segunda falsa. 
d) A primeira asserção é uma proposição falsa, sendo que a segunda não se aplica à primeira. 
e) As duas asserções são proposições falsas. 
 
3) O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) dispõe sobre a proteção integral à criança e ao 
adolescente. De acordo com o artigo 2°. da Lei 8.069/90: 
a) Considera-se criança a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre 
doze e dezoito anos de idade. 
b) Considera-se criança a pessoa até dez anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre dez e 
dezoito anos de idade. 
c) Considera-se criança a pessoa até quinze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre 
quinze e dezoito anos de idade. 
d) Considera-se criança a pessoa até dezesseis anos de idade incompletos, e adolescente aquela 
entre dezesseis e dezoito anos de idade. 
 
 
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4) A Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 instituiu o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA que dispõe 
sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Segundo este estatuto: 
a) considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e 
adolescente a pessoa entre doze e vinte anos de idade incompletos. 
b) é dever da família e do poder público, por meio das políticas sociais, assegurar com absoluta 
prioridade, o direito à vida do idoso. 
c) o jovem tem a primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias. 
d) deve-se garantir a destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a 
proteção à infância e à juventude.PROFESSOR WAGNER ALVARENGA – INSTAGRAM @WAGALVARENGA 
 
 
 
GABARITO 
 
1 – E 
2 – A 
3 – A 
4 – D 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE 
 
LEI 8.069/90 – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
 
 
O QUE É ECA? 
 
O Estatuto da Criança e do Adolescente. 
 
 
Dispõe sobre: 
Proteção INTEGRAL à criança e ao adolescente! 
 
 
QUEM É CRIANÇA? 
 
Pessoa com até 12 anos incompletos. 
 
 
QUEM É ADOLESCENTE? 
 
Pessoa ENTRE 12 e 18 anos. 
 
 
O ECA SE APLICA A OUTRAS IDADES? 
 
PODE SER APLICADO, EXCEPCIONALMENTE EM ALGUNS CASOS, A PESSOAS COM IDADE 
ENTRE 18 E 21 ANOS! 
 
 
QUAIS SÃO OS DIREITOS FUNDAMENTAIS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES? 
 
Direito à vida e à saúde; 
Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade; 
Direito à convivência familiar e comunitária; 
Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer; 
Direito à profissionalização e à proteção no trabalho. 
 
 
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa 
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por 
outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, 
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. 
 
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, 
sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, 
deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente 
social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a 
comunidade em que vivem. 
 
 
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, 
com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à 
educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade 
e à convivência familiar e comunitária. 
 
 
QUAIS SÃO OS TIPOS DE FAMÍLIA? 
 
FAMÍLIA NATURAL: comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. 
 
FAMÍLIA SUBSTITUTA: a colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou 
adoção. 
 
 
PROTEÇÃO DO TRABALHO 
 
É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade! 
QUALQUER TRABALHO É PROIBIDO AO MENOR DE 14 ANOS (ATENÇÃO) 
 
Ao menor de 16 anos de idade é vedado qualquer trabalho, salvo na condição de aprendiz a partir 
de 14 anos. 
QUEM TEM MAIS DE 14 E MENOS DE 16 ANOS PODE TRABALHAR COMO APRENDIZ. 
 
Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas 
e previdenciários. 
 
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola 
técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho: 
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte; 
II - perigoso, insalubre ou penoso; 
III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral 
e social; 
IV - realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à escola. 
 
 
PREVENÇÃO 
 
Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do 
adolescente. 
 
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões, 
espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em 
desenvolvimento. 
 
 
PROIBIÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS 
 
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de: 
I - armas, munições e explosivos; 
II - bebidas alcoólicas; 
III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que por 
utilização indevida; 
IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam 
 
 
incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida; 
V - revistas e publicações a que alude o art. 78; (MATERIAL IMPRÓPRIO) 
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes. 
 
Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão ou 
estabelecimento congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsável. 
 
 
AUTORIZAÇÃO PARA VIAJAR 
 
Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar para fora 
da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem expressa autorização 
judicial. 
 
E QUANDO NÃO SE EXIGE AUTORIZAÇÃO??? 
 
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do adolescente menor de 16 
(dezesseis) anos, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região 
metropolitana; 
b) a criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos estiver acompanhado: de 
ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o 
parentesco; 
de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável. 
 
A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização válida por 
dois anos. 
 
 
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a criança ou 
adolescente: 
 
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável; 
 
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento 
com firma reconhecida. 
 
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido em 
território nacional poderá sair do País em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado 
no exterior. 
 
 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO 
 
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos 
reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados: 
 
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; 
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; 
III - em razão de sua conduta. 
poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo. 
 
 
MAS QUAIS SÃO ESSAS MEDIDAS? 
 
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderá 
determinar, dentre outras, as seguintes medidas: 
 
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; 
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários; 
III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; 
 
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da 
família, da criança e do adolescente; 
 
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou 
ambulatorial; 
 
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e 
toxicômanos; 
 
VII - acolhimento institucional; 
 
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; 
IX - colocação em família substituta. 
 
 
O QUE SÃO ATOS INFRACIONAIS? 
 
O MENOR DE 18 ANOS NÃO COMETE CRIME! 
 
Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal. 
 
Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas 
nesta Lei. 
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data 
do fato. 
 
Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art. 
101 (proteção) 
 
DIREITOS INDIVIDUAIS 
 
Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional 
ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente. 
 
Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela sua apreensão, 
devendo ser informado acerca de seus direitos. 
 
Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido serão incontinenti 
comunicados à autoridade judiciáriacompetente e à família do apreendido ou à pessoa por ele 
 
 
indicada. 
 
Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob pena de responsabilidade, a possibilidade de 
liberação imediata. 
 
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de 
quarenta e cinco dias. 
 
Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e basear-se em indícios suficientes de autoria 
e materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa da medida. 
 
Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será submetido a identificação compulsória 
pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação, havendo dúvida 
fundada. 
 
Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional não poderá ser conduzido ou 
transportado em compartimento fechado de veículo policial, em condições atentatórias à sua 
dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade. 
 
 
 
MEDIDAS SOCIO EDUCATIVAS 
 
APLICADAS SOMENTE AOS ADOLESCENTES 
 
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao 
adolescente as seguintes medidas: 
 
I - advertência; 
 
II - obrigação de reparar o dano; 
 
III - prestação de serviços à comunidade; 
IV - liberdade assistida; 
V - inserção em regime de semi-liberdade; 
 
VI - internação em estabelecimento educacional; 
 
VII - qualquer uma das previstas no art. 101 (PROTEÇÃO), I a VI. 
 
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as 
circunstâncias e a gravidade da infração. 
 
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado. 
 
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento individual e 
especializado, em local adequado às suas condições. 
 
 
ADVERTÊNCIA 
 
 
Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal, que será reduzida a termo e assinada. 
 
OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO 
 
Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá determinar, 
se for o caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra 
forma, compense o prejuízo da vítima. 
 
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por outra 
adequada. 
 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
 
Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse 
geral, por período não excedente a seis meses, junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas e 
outros estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais. 
 
Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as aptidões do adolescente, devendo ser 
cumpridas durante jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados, domingos e feriados ou 
em dias úteis, de modo a não prejudicar a freqüência à escola ou à jornada normal de trabalho. 
 
LIBERDADE ASSISTIDA 
 
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o 
fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente. 
 
REGIME DE SEMI-LIBERDADE 
 
Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser determinado desde o início, ou como forma de 
transição para o meio aberto, possibilitada a realização de atividades externas, independentemente 
de autorização judicial. 
 
§ 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre que possível, ser 
utilizados os recursos existentes na comunidade. 
 
INTERNAÇÃO 
 
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, 
excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. 
 
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo 
expressa determinação judicial em contrário. 
 
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, 
mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses. 
 
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos. 
 
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente deverá ser liberado, colocado 
em regime de semi-liberdade ou de liberdade assistida. 
 
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade. 
 
 
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério 
Público. 
 
§ 7o A determinação judicial mencionada no § 1º poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade 
judiciária. 
 
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando: 
 
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa; 
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves; 
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta. 
 
§ 1º O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser superior a 3 (três) 
meses, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal. 
 
§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada. 
 
 
Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, em local 
distinto daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por critérios de idade, compleição 
física e gravidade da infração. 
 
Parágrafo único. Durante o período de internação, inclusive provisória, serão obrigatórias 
atividades pedagógicas. 
 
Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes: 
I - entrevistar-se pessoalmente com o representante do Ministério Público; 
II - peticionar diretamente a qualquer autoridade; 
III - avistar-se reservadamente com seu defensor; 
IV - ser informado de sua situação processual, sempre que solicitada; 
V - ser tratado com respeito e dignidade; 
VI - permanecer internado na mesma localidade ou naquela mais próxima ao domicílio de seus pais 
ou responsável; 
 
VII - receber visitas, ao menos, semanalmente; 
 
VIII - corresponder-se com seus familiares e amigos; 
 
IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio pessoal; 
 
X - habitar alojamento em condições adequadas de higiene e salubridade; 
XI - receber escolarização e profissionalização; 
 
 
XII - realizar atividades culturais, esportivas e de lazer: 
 
XIII - ter acesso aos meios de comunicação social; 
 
XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o deseje; 
 
XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guardá-los, recebendo 
comprovante daqueles porventura depositados em poder da entidade; 
 
XVI - receber, quando de sua desinternação, os documentos pessoais indispensáveis à vida em 
sociedade. 
 
§ 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade. 
 
§ 2º A autoridade judiciária poderá suspender temporariamente a visita, inclusive de pais ou 
responsável, se existirem motivos sérios e fundados de sua prejudicialidade aos interesses do 
adolescente. 
 
Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física e mental dos internos, cabendo-lhe adotar 
as medidas adequadas de contenção e segurança. 
 
 
REMISSÃO 
REMISSÃO É PERDÃO! 
 
Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante 
do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, 
atendendo às circunstâncias e conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade 
do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional. 
 
Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da remissão pela autoridade judiciária 
importará na suspensão ou extinção do processo. 
 
Art. 127. A remissão não implica necessariamente o reconhecimento ou comprovação da 
responsabilidade, nem prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir eventualmente a 
aplicação de qualquer das medidas previstasem lei, exceto a colocação em regime de semi-liberdade 
e a internação. 
 
Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá ser revista judicialmente, a qualquer tempo, 
mediante pedido expresso do adolescente ou de seu representante legal, ou do Ministério Público. 
 
 
CONSELHO TUTELAR 
 
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado 
pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos 
nesta Lei. 
 
Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 
1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco) 
membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução 
por novos processos de escolha. 
 
 
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos: 
I - reconhecida idoneidade moral; 
II - idade superior a vinte e um anos; 
III - residir no município. 
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento do Conselho 
Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais é assegurado o direito 
a: 
 
I - cobertura previdenciária; 
 
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da remuneração mensal; 
III - licença-maternidade; 
IV - licença-paternidade; 
V - gratificação natalina. 
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e da do Distrito Federal previsão dos 
recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e formação continuada 
dos conselheiros tutelares. 
 
 
SÃO ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO TUTELAR 
 
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as 
medidas previstas no art. 101, I a VII; 
 
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII; 
III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto: 
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e 
segurança; 
 
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas 
deliberações. 
 
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal 
contra os direitos da criança ou adolescente; 
 
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; 
 
VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de 
I a VI, para o adolescente autor de ato infracional; 
 
VII - expedir notificações; 
 
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário; 
 
 
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e 
programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente; 
 
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, 
§ 3º, inciso II, da Constituição Federal; 
 
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, 
após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família 
natural. 
 
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e 
treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes. 
 
Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o 
afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe 
informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a orientação, o 
apoio e a promoção social da família. 
 
Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária a 
pedido de quem tenha legítimo interesse. 
 
 
IMPEDIMENTOS NO CONSELHO TUTELAR 
 
Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e 
descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto 
ou madrasta e enteado. 
 
Parágrafo único. Estende-se o impedimento do conselheiro, na forma deste artigo, em relação à 
autoridade judiciária e ao representante do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e 
da Juventude, em exercício na comarca, foro regional ou distrital. 
 
 
INFILTRAÇÃO DE AGENTES POLICIAIS 
 
• Prazo de 90 dias, sendo permitidas renovações, mas o prazo total da infiltração não poderá exceder 
720 dias. 
 
• Só poderá ser adotada se a prova não puder ser produzida por outros meios disponíveis. 
 
• A infiltração de agentes ocorre apenas na internet. 
 
A infiltração somente será permitida se for previamente autorizada por decisão judicial devidamente 
circunstanciada e fundamentada, que estabelecerá os limites da infiltração para obtenção de prova. 
O magistrado não deverá, portanto, deferir pedidos de infiltração feitos de forma genérica e sem 
elementos relacionados com o caso concreto. 
Antes de decidir, o juiz deverá ouvir o Ministério Público, caso este não tenha sido o autor do pedido. 
 
A infiltração será apreciada pelo juiz a partir de: 
a) requerimento do Ministério Público; ou 
b) representação do Delegado de Polícia 
 
 
A Lei prevê que não comete crime o policial que oculta a sua identidade para, por meio da internet, 
colher indícios de autoria e materialidade dos crimes para os quais é permitida a infiltração (art. 190- 
C do ECA). 
 
O agente policial infiltrado que deixar de observar a estrita finalidade da investigação responderá 
pelos excessos praticados (art. 190-C, parágrafo único do ECA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “Já experimentou acreditar em você? Tente! Você não faz ideia do que é capaz.” 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1) Maurício completou quatorze anos de idade e deseja trabalhar, mas não quer abandonar 
seus estudos. Nesse caso, o direito de proteção especial permite que Maurício seja admitido 
ao trabalho, cabendo ao Estado garantir seu acesso à escola. 
CERTO ou ERRADO? 
 
 
2) O artigo 2° , parágrafo único, do Estatuto da Criança e do Adolescente, assevera que nos 
casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito 
e vinte e um anos de idade. O próprio Estatuto prevê, de maneira expressa, específica e 
literal, que a liberação será compulsória SOMENTE aos vinte e um anos de idade em relação 
à(s) seguinte(s) medida(s) socioeducativa(s): 
a) Internação, semiliberdade, liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade. 
b) Internação, semiliberdade, liberdade assistida, prestação de serviços à comunidade e 
obrigação de reparar o dano. 
c) Internação e liberdade assistida. 
d) Internação, semiliberdade e liberdade assistida. 
e) Internação, apenas. 
 
 
 
3) O ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente tornou-se Lei Federal em 13 de julho de 1990 
– Lei número 8.069. Essa lei foi criada com o intuito de proteger e amparar nossas crianças e 
adolescentes, garantindo-lhes todas as oportunidades e facilidades, com objetivo de 
proporcionar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de 
liberdade e dignidade. Com relação à ECA, é correto afirmar, exceto: 
a) Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. 
b) Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade 
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. 
c) Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade 
incompletos, e adolescente aquela entre doze e quinze anos de idade. 
d) Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público 
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitosreferentes à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, 
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. 
 
 
4) Considerando as normas da Lei Federal nº 8.069, de 13/07/1990, assinale a alternativa 
correta sobre quem deve ser considerado criança ou adolescente. 
a) Considera-se criança, para os efeitos da referida lei, a pessoa até doze anos de idade 
completos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade 
b) Considera-se criança, para os efeitos da referida lei, a pessoa até dez anos de idade 
incompletos, e adolescente aquela entre dez e dezoito anos de idade 
c) Considera-se criança, para os efeitos da referida lei, a pessoa até dez anos de idade 
completos, e adolescente aquela entre dez e dezoito anos de idade 
d) Considera-se criança, para os efeitos da referida lei, a pessoa até doze anos de idade 
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade 
 
 
5) Um agente de polícia federal verificou que o adolescente Juliano havia acabado de adquirir 
30 g de maconha para seu consumo pessoal e que ele trazia consigo a droga. Nessa 
situação, seria ilícito que o referido agente apreendesse Juliano em flagrante, porque 
adolescentes somente podem ser apreendidos em flagrante pela prática de atos infracionais 
que envolvam violência ou ameaça a terceiros. 
CERTO ou ERRADO? 
 
 
 
6) Conforme reza o Estatuto da Criança e do Adolescente, no caso de prática de ato infracional, 
a internação do adolescente, antes da sentença, pode ser pelo prazo máximo de: 
a) cinco dias. 
b) quinze dias. 
c) quarenta e cinco dias úteis. 
d) quarenta e cinco dias. 
 
 
 
7) No que se refere à medida socioeducativa de internação, segundo o Estatuto da Criança e 
do Adolescente (ECA) e o entendimento do STJ, assinale a alternativa correta. 
a) A liberação do interno será compulsória aos 21 anos de idade. 
b) Pode ser aplicada mesmo que haja outra medida menos onerosa à liberdade do 
adolescente. 
c) Deve ser aplicada em caso de ato infracional análogo ao crime de tráfico de drogas. 
 
 
d) A internação não possui função protetiva e pedagógica, contrariamente às demais 
medidas socioeducativas. 
 
 
8) Sobre a Internação, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069/90, como 
medida sócio•educativa, julgue os itens abaixo: 
 
I • Poderá ser aplicada quando se tratar de ato infracional cometido mediante grave ameaça 
ou violência à pessoa. 
II • Poderá ser aplicada por reiteração no cometimento de outras infrações graves. 
III • Poderá ser aplicada por descumprimento reiterado e injustificável da medida 
anteriormente imposta. 
 
a) Somente os itens I e II estão corretos. 
b) Somente os itens I e III estão corretos. 
c) Nenhum item está correto. 
d) Todos os itens estão corretos. 
 
 
 
9) O Estatuto da Criança e do Adolescente, ocupando-se da disciplina do tema da prática de 
ato infracional por adolescente, trouxe inúmeros dispositivos legais, dentre eles os 
responsáveis pela delimitação das medidas socioeducativas. No que diz respeito a essas 
medidas, o Estatuto determina que: 
a) em atos infracionais com reflexos patrimoniais, a autoridade competente não poderá 
determinar que o adolescente restitua o objeto, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra 
forma, compense o prejuízo da vítima, pois esse dever incumbe aos seus pais. 
b) a prestação de serviços comunitários consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse 
geral, por um período de doze meses, junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas e 
outros estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou 
governamentais. 
c) em se tratando de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência à pessoa e, 
no descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta, poderá ser 
aplicada a medida de internação. 
d) a liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de três meses, podendo a qualquer tempo 
ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o Ministério 
 
 
Público e o defensor. 
 
 
 
10) Marcelo viajará do Pará para o Maranhão, levando consigo sua filha Anita e uma sobrinha, 
ambas com 11 anos de idade. Nessa situação, para conduzir licitamente as crianças, 
Marcelo precisa de autorização escrita tanto da mãe de Anita quanto dos pais de sua 
sobrinha, ou dos responsáveis por ela. 
CERTO ou ERRADO? 
 
 
11) Para efeito de confrontação, mesmo que não haja dúvida fundada, o adolescente civilmente 
identificado será submetido a identificação compulsória pelos órgãos policiais. 
CERTO ou ERRADO? 
 
 
12) Rodrigo compareceu ao Aeroporto Internacional de Belém com seu filho Gustavo, de 8 anos 
de idade, para juntos embarcarem em um vôo com destino à Venezuela, onde deveriam se 
encontrar com a mãe da criança, que havia viajado uma semana antes e deixado com 
Rodrigo uma autorização por escrito, sem firma reconhecida, para que ele levasse Gustavo à 
capital venezuelana. Nessa situação, o embarque de Gustavo deve ser autorizado porque, 
estando ele acompanhado de seu pai, o reconhecimento de firma na autorização é uma 
formalidade dispensável. 
CERTO ou ERRADO? 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
Questão 1 - CERTO 
Questão 2 - E 
Questão 3 - C 
Questão 4 - D 
Questão 5 - ERRADO 
Questão 6 - D 
Questão 7 - A 
Questão 8 - D 
Questão 9 - C 
Questão 10 - ERRADO 
Questão 11 - ERRADO 
Questão 12 - ERRADO 
 
 
 
 
 
LEI 8069/90 – ECA 
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. 
TÓPICOS + RELEVANTES PARA A PROVA CFSD PMMG 
 
Disposições Preliminares. 
 
O QUE É ECA? 
O Estatuto da Criança e do Adolescente. 
 
Dispõe sobre: 
Proteção INTEGRAL à criança e ao adolescente! 
 
QUEM É CRIANÇA? 
Pessoa com até 12 anos incompletos. 
 
QUEM É ADOLESCENTE? 
Pessoa ENTRE 12 e 18 anos. 
 
O ECA SE APLICA A OUTRAS IDADES? 
PODE SER APLICADO, EXCEPCIONALMENTE EM ALGUNS CASOS, A PESSOAS 
COM IDADE ENTRE 18 E 21 ANOS! 
 
QUAIS SÃO OS DIREITOS FUNDAMENTAIS DAS CRIANÇAS E DOS 
ADOLESCENTES? 
Direito à vida e à saúde; 
Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade; 
Direito à convivência familiar e comunitária; 
Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer; 
Direito à profissionalização e à proteção no trabalho. 
 
 
 
 
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à 
pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-
se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes 
facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de 
liberdade e de dignidade. 
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e 
adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, 
etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e 
aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra 
condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. 
 
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público 
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, 
à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (DEVER DE 
TODOS) 
 
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: 
 
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; 
 
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; 
 
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; 
 
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção 
à infância e à juventude.

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