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* * Significações do vocábulo Direito ‘ SIMBOLÓGICA FORMA NOMINAIS CONTEÚDO * * ETIMOLOGIA [grego] – parte da gramática que estuda a origem/história das palavras; composição dos vocábulos. De acordo com o dicionário Aurélio – É a ciência que investiga a origem (étimo) das palavras, procurando determinar as causas e circunstâncias de seu processo evolutivo. * * SEMÂNTICA – “é a parte da gramática que registra os diferentes sentidos que a palavra alcança em seu desenvolvimento. O mundo das palavras possui vida e é dinâmico. O povo cria a linguagem e é agente de sua evolução.” (NADER, Paulo. Introdução ao estudo do direito. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p. 75) * * Significado etimológico e semântico do vocábulo Direito Latim = DIRECTUS; RECTUM Reto ou colocado em linha reta. Latim clássico = JUS; JUSSUM; JUBERE; JUSTITIA Justo; justiça; conjunto de leis. Grego = DIKÉ; DÍKAION Indicar; direito; o que foi indicado. * * Definição Semântica Direito: (positivo) conjunto de normas (jurídicas) advindas do Poder Político (Estado), que se impõem e regulam a vida em sociedade. Direito positivo seria o direito posto (ditado, promulgado) pelo Estado. As normas jurídicas advêm do Poder Político, por intermédio do órgão produtor de leis (Legislativo) que tem a autoridade/legitimidade para impor a sociedade determinada conduta (fazer ou não fazer alguma coisa). * * * * Balança Utensílio de origem caldeia*, símbolo místico da justiça, quer dizer, da equivalência e equação entre o castigo e a culpa (CIRLOT, 1984, p. 112); não é apenas um signo zodiacal, mas em geral o símbolo da justiça e do comportamento correto, da medida, do equilíbrio; em muitas culturas, representa a imagem da jurisdição, da justiça terrena [...] . Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=bibliotecaConsultaProdutoBibliotecaSimboloJustica&pagina=balanca * Caldeia era uma região no sul da Mesopotâmia, principalmente na margem oriental do rio Eufrates, mas muitas vezes o termo é usado para se referir a toda a planície mesopotâmica. * * Martelo Também chamado de malhete, o martelo do juiz, todo em madeira, é [...] um dos mais fortes e conhecidos símbolos do direito e da justiça. A origem para seu significado é controversa, alguns autores ligam-no à mitologia grega, para a qual a figura do martelo liga-se à do deus Hefesto, divindade do fogo, dos metais e da metalurgia, conhecido como o ferreiro divino. Outros autores fazem referência ao antigo cajado utilizado pelos sacerdotes judeus e cristãos, que, quando presidindo os cultos ou reuniões públicas, o utilizavam para chamar a atenção da assembleia. No Direito o martelo representa o sinal de alerta, respeito e ordem para o silêncio. Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=bibliotecaConsultaProdutoBibliotecaSimboloJustica&pagina=martelo * * Espada Em primeiro lugar, a espada é o símbolo do estado militar e de sua virtude, a barreira, bem como de sua função, o poderio. O poderio tem um duplo aspecto: o destruidor (embora essa destruição possa aplicar-se contra a injustiça, a maleficência e a ignorância, e por causa disso, tornar-se positiva); e o construtor, pois estabelece e mantém a paz e a justiça (CHEVALIER, 2002, p. 392). É aplicada contra a injustiça, maleficência e ignorância. Tornando-se positiva, ela estabelece e mantém a paz e a justiça. De acordo com Udo Becker (1999, p. 101), quando associada com o símbolo da Justiça, simboliza a decisão, a separação entre o bem e mal, sendo misericordiosa com o primeiro e golpeando e punindo o segundo. É a força máxima para punir o culpado e perdoar o inocente. (BECKER, 1999, p. 101). Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=bibliotecaConsultaProdutoBibliotecaSimboloJustica&pagina=espada * * * * * * * * * * * * * * * * * * TÊMIS É uma divindade grega por meio da qual a justiça é definida, no sentido moral, como o sentimento da verdade, da equidade e da humanidade, colocado acima das paixões humanas. Por este motivo, sendo personificada pela deusa Têmis, é representada de olhos vendados e com uma balança na mão. Ela é a deusa da justiça, da lei e da ordem, protetora dos oprimidos. Na qualidade de deusa das leis eternas, era a segunda das esposas divinas de Zeus, e costumava sentar-se ao lado do seu trono para aconselhá-lo. * * * * OLHOS ABERTOS: ciência e consciência, percepção da realidade. OLHOS VENDADOS: percepção que dispensa a captação das aparências, poder extra-sensorial que percebe a realidade sem precisar vê-la. * * CONCLUSÃO O vocábulo Direito apresenta diversas acepções, no entanto, é preciso saber distinguir cada um desses sentidos. É uma exigência não apenas de ordem teórica, mas, também, prática. * * O homem é um ser social e desde o início de sua existência na terra tem vivido em sociedade. Esta foi a forma que ele encontrou para melhor suprir algumas de suas necessidades coletivas, tais como segurança. * * HOMEM SER SOCIAL * * COM O CRESCIMENTO DAS AGLOMERAÇÕES HUMANAS, A SOCIEDADE FOI SE TORNANDO CADA VEZ MAIS COMPLEXA, HAVENDO NECESSIDADE DA CRIAÇÃO DE UM ENTE COM PODERES DE ORGANIZAR E EXECUTAR AS TAREFAS DE INTERESSE COLETIVO. * * O ESTADO VISA PROPORCIONAR O BEM ESTAR À SOCIEDADE ATRAVÉS DA PROMOÇÃO DA SAÚDE, SEGURANÇA, EDUCAÇÃO, ETC. * * BEM ESTAR ORDEM SOCIAL ESTABELECER RESTRIÇÕES DETERMINAR LIMITES * * ORGANIZAÇÃO A organização da sociedade se verifica através da edição de normas de toda espécie. DIVISÃO DE PODERES Executivo, Legislativo e Judiciário NECESSIDADES Recursos materiais e humanos * * “Ubi societas, ibi jus” “Onde está a sociedade, está o direito. Onde está o direito, está a sociedade.” * * DIREITO DETERMINA REGRAS DA VIDA EM SOCIEDADE * * DIREITO É O CONJUNTO DE NORMAS GERAIS E POSITIVAS, QUE REGULAM A VIDA SOCIAL (Radbruch) * * DIREITO Conceito básico de direito: A palavra “direito” vem do latim directum, que supõe a idéia de regra, direção. Juridicamente se considera direito como norma de conduta social, garantida pelo poder político e organizadora da sociedade em suas partes fundamentais, de modo a serem atingidas determinadas finalidades. * * É UM REGRAMENTO DE CONDUTA O direito não existe sem sociedade. Como norma de conduta, o direito atribui faculdade ou poderes a uma parte e impõem a outra, obrigações. Portanto, o Direito se expressa por meio de normas que enlaçam o direito de uma parte, com o dever de outra. O direito é parte integrante da vida diária. As regras de conduta ou normas obrigatórias são necessárias para extinguir conflitos e criar uma certa ordem entre as diversas pessoas de uma mesma sociedade. * * O Direito não constitui um fim, mas um meio (direitos e deveres) para tornar possível a convivência e o progresso social. Sua característica é essencialmente humana, instrumento para o convívio social * * DIREITO E CIÊNCIAS AFINS CIÊNCIA DO DIREITO (disciplina jurídica fundamental): Chamada também de Dogmática Jurídica, aborda o direito vigente em determinada sociedade e as questões relativas à sua interpretação e aplicação. Tem por função revelar o SER do Direito – aquele que é obrigatório, que está nas leis e nos códigos. O cientista do direito não é um crítico, apenas faz um juízo de constatação, a fim de apurar as determinações contidas no ordenamento normativo. É expressão usada em sentido amplo também, para designar a totalidade dos estudos desenvolvidos sobre o direito. * * DIREITO E CIÊNCIAS AFINS FILOSOFIA (jurídica) ou DO DIREITO(disciplina jurídica fundamental): Se limita a descrever e sistematizar o Direito vigente. Vai além do plano normativo para questionar o critério de justiça adotado nas normas jurídicas. Enquanto a Ciência do Direito questiona o que é o direito, a Filosofia do Direito questiona o que é direito. Está preocupada com o DEVER SER, com o melhor direito, com o Direito justo, sendo indispensável que se conheça a natureza humana como o teor das leis. * * DIREITO E CIÊNCIAS AFINS SOCIOLOGIA DO DIREITO (disciplina jurídica fundamental): Busca a convergência entre o Direito e a sociedade. Examina o fenômeno jurídico do ponto de vista social, a fim de observara adequação da ordem jurídica aos fatos sociais. * * DIREITO E CIÊNCIAS AFINS HISTÓRIA DO DIREITO (disciplina jurídica auxiliar): Tem por objetivo a pesquisa e a análise dos institutos jurídicos do passado. O direito é impregnado por fatos históricos que comandam seu rumo e sua compreensão exige, muitas vezes, o conhecimento das condições sociais existentes à época em que foi elaborado. * * DIREITO E CIÊNCIAS AFINS DIREITO COMPARADO (disciplina jurídica auxiliar): Tem por objetivo o estudo comparativo de ordenamento jurídicos de diferentes Estados, com o propósito de revelar as novas conquistas alcançadas em determinado ramo da árvore jurídica e que podem orientar os legisladores. Mas é preciso ainda que se analisem os fatos culturais e políticos que serviram de suporte naquele ordenamento. Cria um instrumento adequado para futuras reformas. * * Direito, moral, religião Normas éticas •As normas éticas são: – Imperativas (é dada uma ordem a um receptor que deve cumpri-la desde que emitida por autoridade) – Violáveis (é possível descumpri-la podendo submeter-se às sanções punitivas) – Contrafáticas(a lei não deixa de existir caso não cumprida) • Além disso, correspondem a fenômenos tridimensionais: Fato + valor + norma •As principais espécies de normas éticas são: –Direito, moral social, moral individual e religião * * Direito, moral, religião Uma norma cultural pode ser ética, de caráter: religioso (ex: ir à missa aos domingos), jurídica (ex: não dirigir embriagado), moral individual (ex: fazer a barba antes de trabalhar) e moral coletiva (ex: entrar no final da fila). Todas têm em comum o fato de serem imperativas, contrafáticas e violáveis. Possuindo as três características, a norma jurídica comunga também de características como a coercibilidade, bilateralidade axiológica e atributividade. * * Direito, moral, religião • Definições Normas religiosas •Fundadas na “fé” •Orientam o ser humano para obter a felicidade eterna •Esperam realizar os valores divinos limitando as condutas humanas Ex. Mandamentos: •Não matarás. •Não furtarás. •Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seus servos ou servas, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença. * * Direito, moral, religião • Definições Normas morais individuais •Fundadas na esfera íntima de cada um •Visando o bem individual •Esperam aperfeiçoar o ser humano em sua Individualidade - Para que se realize enquanto ser autônomo * * Direito, moral, religião • Definições Normas morais sociais – Paulo Nader as chamam de “Regras de Trato Social” ou “Convencionalismos Sociais e Usos Sociais” • “etiquetas sociais” – Deveres do indivíduo para com seu grupo social • Buscam aperfeiçoar o ambiente social –Cortesia, cavalheirismo, pontualidade, galanteria... •Fundam-se em usos, hábitos, costumes A pergunta aqui é : qual o valor ou valores que esse campo normativo realiza? * * Direito, moral, religião • Definições Podemos dizer que essas Regras de Trato Social possuem valor próprio, que é o de aprimorar o nível das relações sociais, dando a elas o polimento necessário à sua compreensão. Trata-se de valor de natureza não independente, mas sim complementar! Pressupõe a atuação dos valores fundamentais do Direito e da Moral. * * Direito, moral, religião • Definições Normas jurídicas •Buscam o “bem” social •Esperam orientar a conduta para concretizar valores sociais, sendo o maior deles a Justiça * * Direito, moral, religião - Características distintivas Características distintivas das normas éticas •Além de serem imperativas, violáveis e contrafáticas (a lei não deixa de existir se for violada), as normas éticas, como dito anteriormente, podem apresentar outras características que as distinguem: –Heteronomia –Coercibilidade –Bilateralidade –Atributividade * * Direito, moral, religião - Características distintivas Heteronomia •Significa, literalmente, “regra feita pelo outro”, ou seja, a norma é heterônoma é aquela elaborada por outra pessoa que não seu próprio destinatário •Nesse sentido, o destinatário é obrigado a submeter-se à norma, mesmo que não esteja intimamente convencido da correção de seu conteúdo –Mas, normalmente, uma norma heterônoma não se preocupa com o pensamento subjetivo do destinatário, apenas com sua conduta exteriorizada. * * Direito, moral, religião - Características distintivas Coercibilidade •Uma norma é coercível se conta com a possibilidade de invocar o uso da força para ser respeitada • Distinção: – Coação (coatividade, coativo ou coercitivo) = força em ato – Coerção = força em potência (ameaça) A norma religiosa não conta com a coercibilidade, exceto em sociedades em que não há a separação da religião do Estado. * * Direito, moral, religião - Características distintivas Bilateralidade • Uma norma é bilateral em dois sentidos: – Social: refere-se a uma relação intersubjetiva – Axiológica: estabelece uma proporção valorativa não arbitrária •Distribui direitos e deveres entre as pessoas envolvidas na relação, sem desconsiderar qualquer uma delas •Visa à satisfação de valores sociais, sobretudo ao “bem comum” •Nem toda norma ética é axiologicamente bilateral * * Direito, moral, religião - Características distintivas Atributividade • É o poder, conferido por uma norma a uma pessoa, de se exigir um comportamento de outra pessoa bilateralmente envolvida na relação • Mas esse poder deve gozar de alguma espécie de “garantia” –Há uma entidade social que “garante” a exigência do comportamento –Exigibilidade garantida *
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