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CIÊNCIAS CONTÁBEIS UNIDADE 2 – Rendas e Regimes nos Fundos de Pensão WEBAULA 1 APRESENTAÇÃO Olá, caros alunos, vamos ver, a seguir, alguns conceitos básicos sobre alguns tipos de renda contratados pelos contribuintes dos planos de previdência. Vale destacar que, a depender do tipo de plano e da renda envolvida, os cálculos atuariais necessitam incorporar variáveis que permitam a correta previsão do desencaixe futuro que o fundo de pensão terá. Dentre as variáveis mais importantes está aquela relativa ao tempo de recebimento e o tipo de renda que é contratado pelo pensionista. O momento do início do recebimento da renda também é uma variável muito importante e envolve saber em que condições se gerará a obrigação do início e final do pagamento da renda. Fundos de Pensão Podemos considerar um fundo de pensão qualquer fundação ou sociedade civil que tenha por objetivo a gestão de contribuições e patrimônio de seus contribuintes ou patrocinadores com a finalidade de geração de renda. SAIBA MAIS Para ver um exemplo de fundo de pensão, acesse o material disponível em: . Acesso em: 8 set. 2014. Fazem parte desse tipo de estrutura pelo menos os seguintes atores: Fonte: Clip-art Associado: que representa a entidade da qual os planos de pensões ou de benefícios de saúde são financiados por um fundo. Participante: pessoa que faz jus aos benefícios de um plano devido à sua condição pessoal ou profissional, independentemente de contribuir ao plano. Contribuinte: pessoa que contribui para um plano em benefício do participante. Beneficiário: pessoa que tem direitos aos benefícios definidos no plano, independentemente de ser participante. Aderente: pessoa ou entidade que faz a adesão a um plano. Entidade gestora: é a entidade que faz o processo de gestão dos fundos de pensões. Fonte: Clip-art QUESTÕES PARA REFLEXÃO Você faz, já fez ou pretende fazer parte de um fundo de pensão com o objetivo de garantir sua aposentadoria? Que tipo de classificação você teria dentre as listadas anteriormente? Os gestores dos fundos de previdência possuem a responsabilidade de manter a segurança patrimonial dos mesmos, bem como os equilíbrios que darão origem ao que denominamos desegurança atuarial. Fonte: Clip-art Basicamente, os fundos possuem a responsabilidade de manutenção das reservas que suportarão suas obrigações, sendo que merecem destaque: Reserva matemática, que representa o valor determinado por meio dos cálculos atuariais determinando a necessidade do montante de recursos financeiros para garantir o pagamento das obrigações que geralmente estão na forma de benefícios futuros aos participantes do plano. Reserva de contingência, que representa o valor determinado pela legislação e corresponde a 25% da reserva matemática. Fonte: Clip-art Vale destacar que a reserva de contingência é constituída com base no superávit do plano de previdência, sendo que se persistir o superávit, os gestores deverão constituir outra reserva, denominada reserva especial. SAIBA MAIS Para saber mais sobre reservas atuariais, acesse o material disponível em: . Acesso em: 8 set. 2014. No caso de haver o consumo da reserva de contingência em virtude de problemas extraordinários com a arrecadação ou com o pagamento de benefícios, a recomposição deverá ser feita utilizando-se a reserva especial. De qualquer forma, ambas as reservas são determinadas a partir da realidade de cada fundo e com base nos cálculos atuariais. QUESTÕES PARA REFLEXÃO Você concorda que as reservas para contingências são fundamentais para as organizações? Seria por meio delas que as empresas se preparam para superar situações inesperadas? As contribuições que dão origem aos fundos advêm basicamente de duas fontes principais: Dos empregados: que são aqueles que por pertencerem a determinada categoria participam de determinado fundo. Fonte: Clip-art Dos patrocinadores: que são as entidades empregadoras e que em algum percentual contribuem em prol do fundo de aposentadoria de seus colaboradores a título de benefício trabalhista. Fonte: Clip-art A forma de se receber os benefícios dos planos geridos pelos fundos de pensões dá-se por meio da renda garantida pelo plano. Nesse sentido, existem vários tipos de renda que podem estar previstos nos planos de benefícios, dentre eles os seguintes: RENDA POR SOBREVIVÊNCIA: renda a ser paga ao participante do plano que sobreviver ao prazo de diferimento contratado, geralmente denominada de aposentadoria. RENDA POR INVALIDEZ: renda a ser paga ao participante em decorrência de sua invalidez total e permanente ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. Fonte: Clip-art PENSÃO POR MORTE: renda a ser paga ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição em decorrência da morte do participante ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. PECÚLIO POR MORTE: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrência da morte do participante ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. PECÚLIO POR INVALIDEZ: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao próprio participante, em decorrência de sua invalidez total e permanente ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. (PREVIDÊNCIA..., 2014). É importante que você compreenda a função dos planos, bem como obtenha informações acerca dos direitos e obrigações a eles inerentes. Assista ao vídeo a seguir e conheça mais alguns conceitos. VÍDEO . Acesso em: 8 set. 2014. Fonte: Clip-art No link a seguir você poderá acessar ao site da Susep na seção de perguntas frequentes, que poderão ajudá-lo a esclarecer dúvidas sobre os planos e fundos de pensão, tanto de renda como de saúde. LINK . Acesso em: 8 set. 2014. Existem vários tipos de renda que podem ser recebidas pelos participantes, contribuintes e beneficiários de um plano. Segundo a SUSEP (PREVIDÊNCIA..., 2014), os pagamentos podem ser feitos pelo menos de duas formas, no caso, por exemplo, de um plano do tipo PGBL. Fonte: Clip-art PAGAMENTO ÚNICO: No primeiro dia útil seguinte à data prevista para o término do período de diferimento, será concedido ao participante benefício sob a forma de pagamento único, calculado com base no saldo de provisão matemática de benefícios a conceder verificado ao término daquele período. RENDA MENSAL POR PRAZO CERTO: consiste em uma renda mensal a ser paga por um prazo preestabelecido ao participante/assistido (PREVIDÊNCIA..., 2014). Como é possível se observar, a diferença básica entre os dois tipos de pagamentos acima reside na forma de pagamento, sendo uma feita em parcela única e a segunda na forma mensal. Renda Aleatória Imediata Antecipada Temporária Fonte: Clip-art Esse tipo de renda anual é pago no início do período e possui um prazo determinado para seu recebimento por parte do pensionista. Esse tipo de renda possui quase as mesmas características da renda aleatória imediata antecipada vitalícia, tendo como único diferencial a questão do tempo no qual ela deverá ser paga ao pensionista. QUESTÕES PARA REFLEXÃO Na sua opinião, qual tipo de renda é mais oneroso para o fundo de pensão? A renda aleatória imediata antecipada vitalícia ou a temporária? Para o recebimento da renda, no entanto, precisamos consideraras formas de capitalização e de distribuição do capital. Quem regula esses sistemas é a Superintendência de Seguros Privados – SUSEP. Fonte: Clip-art No vídeo a seguir você poderá melhorar sua compreensão sobre os regimes de capitalização, bem como a estrutura dos fundos perante o Banco Central e a SUSEP. VÍDEO . Acesso em: 8 set. 2014. São regimes, segundo a SUSEP (PREVIDÊNCIA..., 2014): Regime Financeiro de Capitalização: a estrutura técnica em que as contribuições são determinadas de modo a gerar receitas capazes de, capitalizadas durante o período de cobertura, produzir montantes equivalentes aos valores atuais dos benefícios a serem pagos aos beneficiários no respectivo período; Regime Financeiro de Repartição de Capitais de Cobertura: a estrutura técnica em que as contribuições pagas por todos os participantes do plano, em um determinado período, deverão ser suficientes para constituir as provisões matemáticas de benefícios concedidos, decorrentes dos eventos ocorridos neste período; Regime Financeiro de Repartição Simples: a estrutura técnica em que as contribuições pagas por todos os participantes do plano, em um determinado período, deverão ser suficientes para pagar os benefícios decorrentes dos eventos ocorridos nesse período. Fonte: Clip-art Esses sistemas de repartição dos fundos interferem nos benefícios a serem concedidos aos participantes, contribuintes e beneficiários. Uma síntese dessa estrutura envolvendo os regimes financeiros e os tipos de benefícios pode ser encontrada a seguir: Quadro 1: REGIMES FINANCEIROS É importante que entendamos as relações entre os fundos e os beneficiários em termos de distribuição da renda gerada a partir da capitalização do fundo, uma vez que a função do atuário passa por manter o equilíbrio entre essas duas variáveis. Veja no link a seguir um texto que poderá ajudá-lo a esclarecer essa relação. LINK . Acesso em: 8 set. 2014. Fonte: Clip-art Conforme se pode ver, a regulação da SUSEP para que haja seriedade na gestão dos recursos provenientes das contribuições aos fundos é fundamental. Existem outras áreas que também se relacionam com a atividade atuarial de forma bastante ativa, como as listadas na figura a seguir: Figura 1: Principais entidades envolvidas com a atuária Fonte: O autor (2014) A maioria das informações relativas aos planos e fundos de pensão depende do sistema de previdência organizado no Brasil. Por isso é importante o entendimento de como essa atividade é organizada e a quem procura atender em cada uma de suas especialidades. A previdência no Brasil é dividida da seguinte forma: A Previdência Social no Brasil é composta por três regimes: a) Regime Geral de Previdência Social (RGPS): operado pelo INSS, uma entidade pública e de filiação obrigatória para os trabalhadores regidos pela CLT; b) Regime Próprio de Previdência Social (RPPS): instituído por entidades públicas – Institutos de Previdência ou Fundos Previdenciários e de filiação obrigatória para os servidores públicos titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e c) Regime de Previdência Complementar: operado por Entidades Abertas e Fechadas de Previdência Complementar, regime privado, com filiação facultativa, criado com a finalidade de proporcionar uma renda adicional ao trabalhador, que complemente a sua previdência oficial. (DIFERENÇAS..., 2014). Esta unidade apresentou as principais informações sobre a atividade de fundos de previdência, desde sua conceituação até classificação segundo a estrutura estabelecida pela legislação brasileira. Destacou os tipos de capitalização financeira, bem como a distribuição dos recursos pelos fundos, e apresentou os tipos de benefícios dos planos de previdência segundo o que determina a SUSEP. Fonte: Clip-art PARA DISCUTIR Agora que você obteve mais informações sobre os regimes de previdência no Brasil, vá até ao Fórum da disciplina e comente sobre a importância da previdência para a vida das pessoas. Por que torna-se importante, muitas vezes, a complementação da aposentadoria por meio dos planos de previdência complementar? Referencias DIFERENÇAS entre RPPS e RGPS. FUNPRESP. Disponível em: < http://www.funpresp.com.br/portal/?page_id=16 >. Acesso em: 8 set. 2014. PREVIDÊNCIA complementar aberta. SUSEP. Disponível em: < http://www.susep.gov.br/menu/informacoes-ao-publico/planos-e- produtos/previdencia-complementar-aberta#planorisco >. Acesso em: 8 set. 2014. IEPREV. Portal do Instituto de Estudos Previdenciários: Tábuas de mortalidade usadas em Previdência Complementar. Disponível em:. Acesso em: 8 set. 2014. OLIVEIRA, Mario de Oliveira et al. Tábuas biométricas de mortalidade e sobrevivência: experiência do mercado segurador brasileiro – 2010. Rio de Janeiro: FUNENSEG, 2012. Disponível em: < www.atuarios.org.br/docs/eventos/palestra/Livro_Tabuas_Portugues.pdf >. Acesso em: 8 set. 2014.
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