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Charlene Reis

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UNIVERSIDADE PAULISTA
JOAO VICTOR MESQUITA DE LIMA
TRAFICO DE DROGAS 
RIO BRANCO 
2024
JOAO VICTOR MESQUITA DE LIMA
 TRAFICO DE DROGAS
Artigo científico apresentado a categoria atividades complementares para obtenção do título de graduação em Gestão de Segurança Privada apresentado à Universidade Paulista – UNIP.
Orientador Prof.:
 
RIO BRANCO
2024
INTRODUÇÃO
 	O tráfico de drogas é um assunto que toca todo o mundo, não tem como afirmar um local que não esteja com problemas relativos ao uso de entorpecentes e seus efeitos na sociedade.
	O governo em contrapartida, cria ações que criminalizam desde o plantio até o incentivo do consumo das mesmas, com leis de amplo sentido, punindo os que traficantes bem como os usuários. 
Não se deixando comover com ações de legalização em outros países, o Brasil até o presente momento não houve legalização de nenhum dos ópios que estão proibidos desde o início das leis antidrogas mundiais.
Falar sobre as drogas requer uma devida atenção, pois a indústria farmacêutica usa alguns componentes nos principais remédios, sendo assim muitos indiretamente estão fazendo uso de drogas lícitas que trazem consigo uma dependência que não está nem perto de ser acabada.
	A tradicionalidade das drogas vem desde os primórdios da humanidade e com a globalização foi sendo identificando um mercado para estes produtos, abrangendo vendas até chegar no ponto que o mundo precisava impor regras.
Tal banalização do uso de entorpecentes era tamanha que foram necessárias medidas de controle, tanto  da produção quanto a venda, manuseio e transporte, fazendo que todos os produtos que causasse alterações psicossociais - exceto prescritos com intuitos medicinais- fossem considerados ilegais ao consumo, venda e transporte.
	No Brasil percebemos que o uso de drogas precede a facilidade fronteirista existente, temos acesso vias marítimas, aéreas e terrestres a vários países, onde a produção e o consumo ainda acontece sem atenção dos governantes.
	Restando somente implantar ações que visem a repressão de fronteira, ações internas de controle e erradicação dos plantios de drogas.
Neste estudo falaremos sobre as drogas que são lícitas e ilícitas, trazendo fatos que aconteceram até o processo  de ilegalidade atual, bem como as leis que regem a política antidrogas e como são feitas as ações para repressão ao tráfico de drogas, suas penalidades, bem como o uso dos bens apreendidos nas ações. Quais perspectivas temos ao tratar do assunto droga? Qual sua atuação nos organismos? 
Para melhor entender acerca dos conceitos das drogas que existem nos dias atuais, sua ação contra o tráfico de drogas, evidenciando as medidas aplicadas por lei.
O método utilizado para essa pesquisa é o método qualitativo através de referencial teórico, artigos da internet e conhecimentos básicos sobres o assunto.
	Sendo que a pesquisa qualitativa é um método de investigação científica que se foca no caráter subjetivo do objeto analisado, estudando as suas particularidades e experiências individuais, por exemplo.
REFERENCIAL TEÓRICO
	Abordaremos a seguir a conceituação de droga, suas especialidades perante a sociedade e as leis impostas para controle das mesmas, quais medidas o governo toma em relação às mesmas de maneira a prevenir e também reprimir o uso de drogas, de maneira sistêmica identificando os dados coletados na pesquisa bibliográfica.
CONCEITO DE DROGA
Segundo a Organização Mundial de Saúde:
Droga é um nome genérico dado a todo o tipo de substância natural ou não, que ao ser introduzida no organismo provoca mudanças físicas ou psíquicas.
Para as áreas de Medicina e Farmacologia, droga é qualquer substância que previne ou cure doenças que causam alterações fisiológicas nos organismos.
No sentido que estamos trabalhando, droga refere-se às substâncias ilícitas que provocam dependência, afetando o sistema nervoso central, modificando as sensações, corpo e comportamento do indivíduo, sendo assim as substâncias lícitas como o álcool, tabaco e os medicamentos de tarja preta.
	Denominadas também como narcóticos e entorpecentes, as drogas são classificadas como:
· Naturais: produzidas a partir de plantas, por exemplo, da planta Cannabis sativa se extrai a maconha, da flor da Papoula se obtém o ópio etc.
· Semissintéticas: produzidas a partir de drogas naturais, porém passam por processos químicos em laboratórios. Exemplo: crack, cocaína, heroína etc.
· Sintéticas: são totalmente produzidas em laboratórios seguindo técnicas específicas. Exemplo: ecstasy, LSD, anfetamina etc.
	As pessoas que as utilizam podem ser classificadas de acordo com a experiência e o consumo: experimental, ocasional, habitual ou dependente.
Existem ainda os usuários de abuso e os usuários crônicos, que usam drogas de forma compulsiva. Geralmente as drogas tem a capacidade de causar dependência química ou psicológica no indivíduo, podendo levar até a morte (overdose).
Drogas lícitas
As drogas lícitas perante a lei, são as legalizadas e produzidas livremente: álcool, cigarro, anorexígenos (moderadores de apetite), benzodiazepínicos (remédios utilizados para reduzir a ansiedade, desde que sancionados pela ANVISA) e os produtos tabagistas, como cigarro, charuto e cachimbo.
Por isso as drogas lícitas também são nocivas  à saúde, não deixando que sejamos enganados por seus efeitos, o álcool, por exemplo, quando consumidas mais de 5 (cinco) doses num período de duas horas para os homens e mais de 4 (quatro) no mesmo período para as mulheres, pode ocasionar parada respiratória, anestesiar áreas vitais do cérebro, sobrecarregando o fígado e diminuindo a memória. 
O cigarro é extremamente prejudicial ao sistema respiratório, sendo consumido em qualquer unidade ou quantidade é extremamente contraindicado.
Remédios, álcool e cigarros.
Droga ilícita
	Drogas ilícitas são as substâncias que além de serem proibida a sua produção, comercialização e consumo, em alguns países o consumo é permitido e considerado normal(culturalmente). 
	As mesmas são classificadas como estimulantes, depressivas ou perturbadoras do SNC (sistema nervoso central), afetando visivelmente e em grande escala o organismo consumidor.
Exemplos de drogas ilícitas: maconha, cocaína, crack, ecstasy, LSD, inalantes, heroína, barbitúricos, morfina, Skank, chá de cogumelo, anfetaminas, clorofórmio, ópio e outras.
Por sua proibição, entram no país de forma ilegal através do tráfico que a comercializa sem a devida autorização das autoridades de consumo vigentes no Brasil.
Discorrendo sobre as consequências enfatizamos a violência gerada por elas em todas as fases de comercialização e uso,  disforia, alterações nas funções motoras, perda de memória, disfunções no sistema reprodutor e respiratório, câncer, espinhas, convulsões, desidratação, náuseas e exaustão, arritmia cardíaca, trombose, AVC, necrose cerebral, insuficiência renal e cardíaca, depressão.
HISTÓRIA DA PROIBIÇÃO DAS DROGAS
	Como as drogas foram adquirindo o  seu lugar nos séculos passados, foi somente no início do século XX que começou as proibições acerca dos efeitos nas pessoas. A Liga das Nações, e atualmente a Organização das Nações Unidas (ONU), convocou uma reunião para formar a Comissão de Xangai (1909), que trataria inicialmente ao ópio fumado, mostrando que desde o início as medidas de proibição não era tão abrangente, pois os Alcaloides derivados do ópio (heroína, morfina e codeína) ficaram fora dessa restrição às drogas.
	Os Estados Unidos da América, que no século XX, atingia o patamar de uma das principais economias capitalistas e industriais, viu com bons olhos esta proibição que também atingiria o comércio do ópio inglês, com isso os Estados Unidos da América fez a frente dos trabalhos com a desculpa de que buscava o resgate dos bons costumes, convocando a Convenção de Haia (1912) para retificar a proibição e o comércio do  ópio realizado na Comissão de Xangai.
	Como a Inglaterra estava muito prejudicada condicionoua sua participação com a inclusão de outras drogas, tais como os derivados do ópio como a heroína e a cocaína, fazendo que a proibição às drogas caísse também as outras potências mundiais como por exemplo, a Alemanha, Holanda e França, que comercializavam a cocaína através da crescente indústria farmacêutica.
	Neste período que as palavras narcótico e entorpecente, passou a distinguir todo tipo de substância psicoativa - apesar de a cocaína ser um estimulante; a maconha ser considerada um alucinógeno. 
A variedade dos interesses fez com que cada país interpretasse e cumprisse as resolutivas proibitivas de acordo com a realidade e as conveniências econômicas e políticas. Somente nos Estados Unidos da América é que a proibição a algumas drogas se tornou, uma prioridade política, por seu papel significante ao conservadorismo, a moral e os bons costumes.
	Fazendo necessário entender a proibição das drogas nos Estados Unidos da América, onde estamos nos dias atuais numa crescente política de repressão a drogas, com o estereótipo moral, cujas consequências estão na distinção dos que consomem com drogas permitidas e proibidas, bem como a criação do estereótipo médico que surgiu em 1914, distinguindo os usuários e os traficantes.
O governo estadunidense utilizou, de forma estratégica, a assinatura do Convênio de Haia para pressionar o Congresso Nacional a adaptar as leis nacionais, consideradas pelo Poder Executivo ainda frágeis e restritas. A tática era simples: nós, os Estados Unidos da América, ao nos comprometermos internacionalmente, iniciando novas normas sobre o controle de drogas, temos o dever de adequar nossas leis internas, tornando-as mais rígidas. Bem-sucedida, a manobra auxiliou na aprovação, em 1914, do Harrison Narcotic Act, lei mais complexa e severa que os acordos internacionais já assinados e que investia na proibição explícita de qualquer uso de psicoativos considerados sem finalidades médicas. Da Lei Harrison deve se mencionar uma importante novidade: o texto criava as figuras do traficante e do viciado, respectivamente aquele que produz e comercializa drogas psicoativas irregularmente e aquele que consome sem permissão médica. O traficante deveria ser preso e encarcerado; o usuário, considerado doente, deveria ser tratado, mesmo que compulsoriamente. 
(RODRIGUES apud ZACCONI, 2007, p. 82). 
Todavia com esta nova medida, os médicos eram proibidos de receitar determinadas substâncias psicoativas, porém adquiriram o poder de lidar com elas legalmente. Contudo, o consumo não se restringiu somente ao uso medicinal e seletivo, abrindo também o uso recreativo e hedonista, bem como a automedicação, inaugurando o mercado ilícito de drogas, dado que prenunciou a economia do narcotráfico.
A América Latina, e principalmente os países da América do Sul, como por exemplo, Brasil, Colômbia e Venezuela, mesmo com realidades econômicas e sociais muito distintas dos Estados Unidos, passaram a incorporar o modelo médico-jurídico estadunidense. Sendo que em 10 de fevereiro de 1967 é editado no Brasil o Decreto-Lei 159, decreto este expressava a ilegalidade de substância psicoativas. O Brasil foi o segundo país no mundo, logo após dos Estados Unidos, a considerar tão nocivo o uso anfetamínicos e entorpecentes. Segue abaixo o texto do decreto: 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 9º § 2º, do Ato Institucional nº. 4, de 7 de dezembro de 1966, DECRETA: Art. 1º Às substâncias capazes de determinar dependências física ou psíquica, embora não consideradas entorpecentes, aplica-se o disposto nos arts. 1º, § 2º, 15 16, 17, 18, 19, 21, 23, 27, 29, 47, 50, 53, 56, 58, 62 caput, 63 e 64 do Decreto-lei nº. 891, de 25 de novembro de 1938, e, no que couber, o disposto nos arts. 280 e 281 do Código Penal, com a redação dada pela Lei nº. 4.451, de 4 de novembro de 1964. Parágrafo único. As substâncias de que trata este artigo serão relacionadas em Portaria do Diretor Nacional do Serviço de Fiscalização da Medicina e Farmácia do Departamento Nacional de Saúde, publicada no Diário Oficial. Art. 2º A venda ao público das substâncias referidas no artigo anterior só será permitida às farmácias e mediante receita médica, observadas as instruções do Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia. Art. 3º A distribuição de amostras de produtos que contenham qualquer das substâncias especificadas nas relações de que trata o art. 1º, parágrafo único, deste decreto-lei, fica sujeita à autorização especial do Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia. Art. 4º Ao Diretor do Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia competem as atribuições que o Decreto-lei nº. 891, de 25 de novembro de 1938, confere ao Diretor-Geral do Departamento Nacional de Saúde, cabendo lhe, também, expedir instruções para a execução deste decreto-lei. Art. 5º Este decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação revogadas as disposições em contrário. Brasília, 10 de fevereiro de 1967; 146º da Independência e 79º da República.H. CASTELLO BRANCO 
TRÁFICO DE DROGAS 
	Definindo a palavra tráfico é de modo amplo a circulação de mercadoria ilícita, bem como a sua produção, venda, exploração e uso, nesse contexto o tráfico de drogas é o comércio de toda mercadoria ilícita de acordo com as legislações vigentes  em cada país.
O tráfico de drogas como atividade econômica, é a indústria que mais cresce no cenário mundial e também brasileiro, absorvendo uma grande quantidade de pessoas que a despeito dos riscos vivem na marginalidade, fazendo com que os nossos esforços se transformem para compreender o mundo. 
Segundo Feffermann (2006, p. 15):
 Há outras formas de tratar o fenômeno do tráfico de drogas; todavia, existe um consenso de que se está diante de uma das indústrias mais lucrativas do mundo, ultrapassando até a petrolífera. 
Assim as grandes transformações tecnológicas e organizacionais, aplicadas a essa indústria ilegal pode ter uma expansão enorme, apesar do caráter ilegal, o tráfico é parte ativa da geração de capital, tanto pela possibilidade de acúmulo de capital quanto ao reconhecimento que proporciona aos traficantes, formando uma socialização extremamente peculiar.
No Brasil foi criado em 23 de agosto de 2006 a Lei nº 11.343 da República Federativa do Brasil que dispõe do seguinte texto acerca das drogas:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o  Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes.
Parágrafo único.  Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União.
Art. 2o  Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso.
Parágrafo único.  Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas.
TÍTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS
Art. 3o  O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas com:
I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de drogas;
II - a repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas.
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOSDO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS
Art. 4o  São princípios do Sisnad:
I - o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, especialmente quanto à sua autonomia e à sua liberdade;
II - o respeito à diversidade e às especificidades populacionais existentes;
III - a promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro, reconhecendo-os como fatores de proteção para o uso indevido de drogas e outros comportamentos correlacionados;
IV - a promoção de consensos nacionais, de ampla participação social, para o estabelecimento dos fundamentos e estratégias do Sisnad;
V - a promoção da responsabilidade compartilhada entre Estado e Sociedade, reconhecendo a importância da participação social nas atividades do Sisnad;
VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos fatores correlacionados com o uso indevido de drogas, com a sua produção não autorizada e o seu tráfico ilícito;
VII - a integração das estratégias nacionais e internacionais de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito;
VIII - a articulação com os órgãos do Ministério Público e dos Poderes Legislativo e Judiciário visando à cooperação mútua nas atividades do Sisnad;
IX - a adoção de abordagem multidisciplinar que reconheça a interdependência e a natureza complementar das atividades de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas, repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas;
X - a observância do equilíbrio entre as atividades de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito, visando a garantir a estabilidade e o bem-estar social;
XI - a observância às orientações e normas emanadas do Conselho Nacional Antidrogas - Conad.
Art. 5o  O Sisnad tem os seguintes objetivos:
I - contribuir para a inclusão social do cidadão, visando a torná-lo menos vulnerável a assumir comportamentos de risco para o uso indevido de drogas, seu tráfico ilícito e outros comportamentos correlacionados;
II - promover a construção e a socialização do conhecimento sobre drogas no país;
III - promover a integração entre as políticas de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua produção não autorizada e ao tráfico ilícito e as políticas públicas setoriais dos órgãos do Poder Executivo da União, Distrito Federal, Estados e Municípios;
IV - assegurar as condições para a coordenação, a integração e a articulação das atividades de que trata o art. 3o desta Lei.
	Como fora dito o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad, posiciona as medidas para prevenção do uso indevido,  sua atenção e reinserção social de usuários e dependentes das mesmas, também estabelecendo as normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; definindo os crimes, bem como as penalidades cabíveis em Lei.
No Brasil nenhuma das drogas ilícitas citadas no texto, tem abertura para comércio e produção, porém por vias duvidosas, as drogas entram no país de maneira sorrateira, por vezes até explicitamente, de tal maneira que nos dias atuais é quase impossível determinar a cura desta doença social que se instaurou na população.
Surge da ilegalidade e na mesma acarretando importantes consequências sociais: crime, violência, corrupção, marginalidade, taxas maiores de intoxicação por produtos químicos adulterantes dos entorpecentes, etc.
As penas da repressão as drogas são mais efetivas que os efeitos da droga em si, sendo que vários países possuem experiências de sucesso no âmbito da descriminalização/legalização de drogas leves.
A Lei de Drogas fazem um crime de múltiplos agentes , porém permitindo que  mesmo seja tipificado em várias nomenclaturas e responder somente a um crime único.
O tráfico de drogas pode ser praticado por qualquer pessoa, salvaguardado em relação ao verbo “prescrever” pois aquele que exerce uma profissão habilitada a prescrição de drogas é um crime próprio sugerindo um sujeito ativo do delito e  o sujeito passivo é a coletividade (usuários).
Com o objetivo de coibir atividades relativas à produção não autorizada e tráfico de drogas está descrito no artigo 33, parágrafo 1º, as penas de detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
Assim cada vez mais países se posicionam de maneira liberal para tirar os danos causados por sua ilegalidade, tanto que em alguns países, inclusive no Brasil, existem movimentos sociais pró-legalização da cannabis sativa, uma substância ilícita.
A Marcha da Maconha é um exemplo disso, pessoas de vários lugares do país vão para as ruas gritar, buzinar, mostrar cartazes e dar aulas a respeito da maconha, mostrando o lado do consumidor de drogas.
CONSUMO DE DROGAS
Segundo dados do Ministério da Saúde de 2013, o álcool é a droga mais abusada no Brasil, sendo que 22,3% dos condutores envolvidos em acidentes de automóvel, apresentando alguns sinais de embriaguez segundo um levantamento de 2013 feito pelo Ministério da Saúde.
O consumo de droga ilícita mais consumida é a maconha. Segundo o relatório mundial sobre droga, de 2008, cerca de 3,9% da população mundial entre 15 e 64 anos abusam da maconha.
A fabricação de drogas é um dos negócios mais rentáveis do mundo, em razão da ilegalidade e sua proibição, se torna também um dos mais perigosos não impedindo que tenham no mundo cerca de 243 milhões de usuários no  mundo. segundo a Comissão de Narcóticos das Nações Unidas (ONU), este movimenta globalmente cerca de US$ 320 bilhões, enquanto no Brasil as cifras são em torno de R$ 1,4 bilhão.
PRODUÇÃO DE DROGAS
	A produção de maconha e cocaína concentra-se na Bolívia, Peru, Paraguai e Colômbia - o Brasil produz muito pouco dados as medidas de proibição vigentes. como o mercado interno de consumo não consegue absorver tudo o que produzem tem a necessidade de mandar as drogas para outros locais, haja visto que a produção internacional é menor, expandido assim o mercado de venda.
O Brasil ficou vulnerável a ação dos traficantes produtores por ser um alto consumidor e também pela posição geográfica de atingir um maior número de países, propiciando uma rota a Europa e África ocidental.
É de grande complexidade o controle e fiscalização das rotas de entrada, no Brasil, conseguem entrar por vias marítima, terrestre e aérea, dificultando as ações de fiscalização, fazendo que o planejamento de combate ao tráfico de drogas seja algo constante e intenso, nas principais vias de acesso a uma cidade ou região.
 
 CONHECENDO OS RECURSOS CONTRA O TRÁFICO DE DROGAS
	Acerca dos recurso contra o tráfico de drogas, no Brasil temos o Fundo Nacional Antidrogas-FUNAD- que é gerido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - Senad, recebendo as dotações específicas pelo orçamento da União, a partir de recursos de doações, quaisquer bens de valores econômicos que foram apreendidos em decorrência do tráfico de drogas ou atividades ilícitas, que após decisão judicial não serão devolvidos.
Os recursos da Funad, em síntese, são para o desenvolvimento, implementação e à execução de ações, programas de repressão, prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social dos dependentes.
Segundo as competências:
I - assessorar e assistir o Ministro de Estado quanto às políticas sobre drogas;
II - articular e coordenar as atividades de prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e de dependentes de drogas e as atividades de capacitação e treinamento dos agentes do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas;
III - apoiar as ações de cuidado e de tratamento de usuários e dependentes de drogas, em consonância com as políticas do Sistema Único de Saúde e do Sistema Único de Assistência Social;
IV - desenvolver ecoordenar atividades relativas à definição, à elaboração, ao planejamento, ao acompanhamento, à avaliação e à atualização de planos, programas, procedimentos e políticas públicas sobre drogas;
V - gerir o Fundo Nacional Antidrogas e fiscalizar a aplicação dos recursos repassados pelo Fundo aos órgãos e às entidades conveniados;
VI - firmar contratos, convênios, acordos, ajustes e instrumentos congêneres com entes federativos, entidades, instituições e organismos nacionais e propor acordos internacionais, no âmbito de suas competências;
VII - indicar bens apreendidos e não alienados em caráter cautelar, a serem colocados sob custódia de autoridade ou de órgão competente para desenvolver ações de redução da demanda e da oferta de drogas, para uso em tais ações ou em apoio a elas;
VIII - gerir o Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas;
IX - desempenhar as atividades de secretaria-executiva do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas - Conad;
X - analisar e propor atualização da legislação pertinente a sua área de atuação;
XI - executar as ações relativas à Política Nacional sobre Drogas e a programas federais de políticas sobre drogas;
XII - organizar informações, acompanhar fóruns internacionais  e promover atividades de cooperação técnica, científica, tecnológica e financeira com outros países e organismos internacionais, mecanismos de integração regional e sub-regional que tratem de políticas sobre drogas.
Assim verificamos que toda regulamentação faz parte dos serviços que vemos nas escolas, banners e outdoors que estão pela cidade, para evidenciar a nocividade do uso das drogas, formar as políticas de assistência pelo SUS, integrando os recursos a sociedade e as pessoas que dele necessitam de atendimento
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REFERÊNCIAS
BRASIL, Presidência da República do, 2006. LEI Nº 11.343. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm. Acesso em 20 set 2024
SUS, Universidade aberta,2014. Drogas: um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Disponível em: http://www.unasus.ufma.br/site/servicos/noticias/28-dependencia-quimica/692-drogas-um-dos-principais-problemas-de-saude-publica-no-mundo. Acesso em: 20 set 2024.
JUSTIÇA, Ministério da, Fundo Nacional Antidrogas, 2011. Disponível em: http://www.justica.gov.br/sua-protecao/politicas-sobre-drogas/fundo-nacional-antidrogas-1. Acesso em: 20 set 2024
DANTAS, Gabriela Cabral da Silva.  Drogas ilícitas; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/drogas/drogas-iliciitas.htm. Acesso em: 22 set 2024
POUBEL, Victor. A distribuição de drogas no Brasil, 2017. Disponível em: https://m.extra.globo.com/casos-de-policia/papo-federal/a-distribuicao-das-drogas-no-brasil-21305909.html. Acesso em: 24 set 2024
ZACCONI, Orlando. Acionistas do nada: quem são os traficantes de drogas. Rio de Janeiro: Revan, 2007. 
RODRIGUES, Thiago. Narcotráfico: uma guerra na guerra. São Paulo: Desativo, 2003.
Faria, A. A. C. & Barros, V. A. Tráfico de drogas: uma opção entre escolhas escassas. Minas Gerais, 2001
Feffermann, M. Vidas arriscadas: o cotidiano dos jovens trabalhadores do tráfico. Petrópolis, RJ, 2006.
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