Buscar

Texto dissertativo-argumentativo

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Análise Textual 
 Texto dissertativo-argumentativo
 Profa Ms Thaís Daniela Sant’ Ana e Pereira
 
Texto que se caracteriza por analisar, explicar, interpretar e avaliar os vários aspectos associados a uma determinada questão. 
A finalidade da dissertação é explicitar um ponto de vista claro e articulado sobre um tema específico. Em alguns casos, além da análise cuidadosa e detalhada de um tema, espera-se que o texto também apresente os argumentos para a defesa de um ponto de vista. Quando isso ocorre, tem-se a dissertação-argumentativa. 
Dissertação ou textos dissertativos-argumentativos
Contexto de circulação: espaços escolares e universitários, focando avaliar a capacidade de expor e argumentar dos alunos.
Linguagem: O presente do indicativo predomina em textos expositivos, discurso generalizante e substantivos abstratos, evitar o uso da 1°pessoa e, norma culta.
Leitores de dissertação: autor/professor, banca examinadora do mestrado, colegas e, posteriormente, são lidas por pessoas interessadas no tema analisado.
Os objetivos a serem alcançados por seu autor é fazer com que os leitores encarem a análise exposta como a “voz” do bom senso, da verdade, da razão. 
Estrutura:
Título;
1°parágrafo: apresentação da tese que irá defender de acordo com a análise, introdução ao assunto e a antecipação do desenvolvimento do tema, que será feito no 2°parágrafo; apresentar as antíteses;
2°parágrafo: início da análise, apresentação dos argumentos para sustentar a tese; continuar com as antíteses como afirmação contínua da perspectiva analítica abordada;
3° e 4° parágrafos: reafirmação da tese principal por meio de comparações, exemplos;
5° parágrafo: conclusão do texto
Por trás das paredes 
 Do encontro à união. Talvez duas famílias amigas em busca de convivência amigável, talvez pessoas em perigo na luta contra um inimigo comum... Ou, quem sabe, nada disso! Por que não uma “trombada” casual entre um homem e uma mulher andando em sentido contrário? A trombada explicaria melhor toda a dinâmica do que é atualmente uma cópia diminuída (mas nem por isso menos complexa) do planeta como um todo. 
A cidade, vista em toda a sua diversidade, mostra constantemente os choques entre grupos diferentes quanto a pontos de vista, filosofias, ideais, trabalho, ou mesmo quanto à marca de uma camiseta que não pode ser de todos. Desde suas formas mais primitivas, quando os primeiros seres humanos resolveram ou, por acaso, passaram a conviver em um mesmo local, a inconstância de um comportamento padrão nos núcleos urbanos tornou-se marca registrada e pouquíssimas vezes violada. Inconscientemente muitas pessoas se chocam.
 Sempre foi assim e certamente continuará sendo não pelo fato de os semelhantes se repelirem (como chamar de semelhantes seres tão complexos e singulares como os homens?), mas sim pela incompreensível lei antifísica que trata da repulsão não generalizada entre os diferentes.
Com o passar dos anos, o caráter ainda rural das pioneiras cidades foi sendo modificado pela dinâmica de seus moradores e, consequentemente, de seus interesses. De simples agrupamentos humanos em busca de segurança a gigantescos espaços geográficos em constante ebulição, o crescimento nem sempre foi contínuo. 
	A ruralização feudal freou todo o esplendor e magnitude das lendárias cidades da Antiguidade Clássica, símbolos do poder de seus imperadores e instrumentos de dominação da imensa maioria marginalizada. Com o renascimento comercial, a urbanização reapareceu com toda a sua força e, a partir de então, passando pela Revolução Industrial, as cidades não pararam mais de crescer.
. O resultado não concluído de tal processo pode ser visto hoje através das megacidades espalhadas ao redor do mundo, mas, como tudo o que é humano, existe também o oposto. Vilarejos, distritos e pequenos municípios ainda conservam o ar feudal há muito vivido. 
 Mas a questão é: qual a magia das cidades, que reúnem pessoas tão diferentes em espaços também tão distintos, em busca de objetivos variados através de instrumentos também incomuns?
 A resposta talvez seja a incompatibilidade entre o espírito humano e a dinâmica alucinada da cidade. Não apenas da grande metrópole abarrotada de gente, mas também do pequeno município, cuja dinâmica se adéqua às pessoas que nele vivem. 
 
 O campo limita a sobrevivência ao plantio ou ao cuidado de animais. Não oferece mais opções. Já a cidade vive graças ao novo, abre espaço àquilo que é diferente, estimula os desvios de padrão. Como não observar a abertura dos shoppings , tipicamente elitistas, às camadas mais populares? Como não notar o cinturão de favelas envolvendo o núcleo rico dos grandes centros, ou mesmo as casas mais pobres em contraste com as mansões das pequenas cidades?
 O núcleo urbano se adéqua à essência humana na medida em que oferece perspectivas de progresso aos mais ricos e de ascensão aos marginalizados. 
A diversidade encanta, a multiplicidade estimula o sonho mesmo daqueles que não têm onde dormir. É o sonhar acordado na busca do melhor. Inegavelmente, a cidade também oferece mais recursos relativos à educação, saúde, lazer e cultura, embora tais recursos obedeçam à lógica irracional de desigualdades que governa o mundo. A cidade é o microcosmo do planeta. Todas as relações observadas entre países ricos e países pobres são também vistas nela, em escala reduzida. São essas reações que explicam a atual situação de violência e medo, mas também de crescimento, progresso e união. 
 Cidade é fruto de união entre o que não combina, resultando numa harmonia toda especial e desajeitada, ora tímida, ora agressiva, muitas vezes aconchegante e tantas outras repulsiva. A cidade não é um lugar, mas sim um conjunto de pessoas que têm, cada uma, uma visão toda particular e única desse modo de vida. 
São essas pessoas, nas suas relações diárias, que movimentam as engrenagens deste complexo e o fazem andar. Enquanto existir vida humana e diversidade de pensamento, a cidade e seus mecanismos estarão de pé. Isso porque cidade não é concreto, nem tijolo, nem água encanada. Cidade é, pura e simplesmente, o que se chama vida. 
S. E SILVA, Murilo di PauIa. Vestibular Unicamp: redações 2004. Campinas: Editora da Unicamp, 2004, p. 68-73.
P.276
Atividades
Exemplos de Intertextualidade
A intertextualidade decorre de repetição de ideias de outros emissores, com quaisquer outras intenções. 
Algumas vezes nos deparamos com um texto ou imagem que nos provoca a sensação de estar diante de algo conhecido.
Para Ingedore Koch (1990) a intertextualidade é um fator que confere coerência aos textos, uma vez que para ser interpretado, é necessário que ele guarde alguma relação com textos que o antecederam. 
Intertextualidade- tipo de Polifonia

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando