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Violações de Direitos Humanos Fundamentais 
Síria: um dos palcos de violação dos Direitos Humanos (armas químicas, homicídios ilegais..)-
Considerações iniciais: 
Nas democracias constitucionais os direitos fundamentais ocupam uma posição de centralidade -
Não é possível entender a democracia sem o reconhecimento e proteção dos direitos fundamentais, que 
passaram a assumir o papel decisivo nas sociedades, na medida em que é por meio deles que se avalia o grau de 
legitimidade de todos os poderes sociais, políticos e individuais. 
-
Delimitação terminológica e conceitual sobre os direitos fundamentais
Não há consenso doutrinário e conceitual sobre os direitos fundamentais (liberdades públicas, direitos 
individuais, direitos subjetivos públicos, direitos humanos)
•
Adota-se a expressão "direitos fundamentais", alinhada com a terminologia utilizada pela CF de 88, conforme 
previsto do Título II, "Direitos e Garantias Fundamentais", gênero que abrange solidariedade, ou, em especial, 
os direitos civis individuais e coletivos (cap. 1), os direitos sociais (cap II titulo VIII), os direitos de nacionalidade 
(cap III), os direitos políticos (cap IV) e partidos (cap V), além dos direitos econômicos (título VII)
•
Delimitação terminológica e conceitual dos direitos fundamentais 
São os direitos humanos positivados nas Constituições estatais, enquanto os Direitos Humanos são os 
fundamentais positivados em Tratados e Convenções Internacionais 
•
Os direitos fundamentais surgem ligados à proteção da dignidade da pessoa humana, valor supremo e pré-
constitucional, de reconhecimento universal. São direitos concebidos como posições jurídicas essenciais que 
explicitam e concretizam a dignidade da pessoa humana
•
Direitos humanos fundamentais: finalidades
1)
Na visão ocidental de democracia, governo pelo povo e limitação de poder são indissoluvelmente combinados•
O povo escolhe seus representantes que, agindo como mandatários, decidem os destinos da nação •
O poder delegado pelo povo a seus representantes, porém, não é absoluto, conhecendo várias limitações, 
inclusive com a previsão de direitos fundamentais, do cidadão relativamente ao demais cidadãos e ao próprio 
Estado 
•
Poder e liberdade são fenômenos sociais contraditórios, que tendem a anular-se reciprocamente, merecendo 
por parte do direito uma regulamentação, de forma a impedir a anarquia e quando há arbitrariedade
•
2)
CF: além de organizar a forma de Estado e os poderes que exercerão as funções estatais, igualmente consagra 
os direitos fundamentais a serem exercidos pelos indivíduos, principalmente contra eventuais ilegalidade e 
arbitrariedades do Estado.
•
A previsão dos direitos humanos fundamentais direciona-se basicamente para a proteção à dignidade humana 
em seu sentido mais amplo. São consequência do legado histórico da humanidade, cujo ideal libertário está 
presente desde a antiguidade, com a concepção de direitos inatos do homem, em razão da própria condição 
humana. 
A afirmação histórica e progressiva dos direitos humanos fundamentais está centrada em torno da limitação do 
poder político do Estado e sua menor ingerência sobre as liberdades individuais.
Antecedentes históricos e evolução dos conceitos fundamentais
Código de Hamurabi •
Filosofia religiosa a.C (época em que se destacaram as ideias de Zortoastro (Zaratustra), na Pérsia, século VII a.C; 
Confúcio na China; Buda, na Índia
•
Lei das doze tábuas;•
A doutrina antiga do Cristianismo (segundo a qual os homens, por serem criados à imagem e semelhança de 
Deus, possuem alto valor interno e liberdade inerente à sua natureza)
•
A evolução dos direitos fundamentais (os direitos fundamentais de primeira, segunda, terceira, quarta e quinta 
Direitos Humanos
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023 10:03
 Página 1 de Nova Seção 1 
A evolução dos direitos fundamentais (os direitos fundamentais de primeira, segunda, terceira, quarta e quinta 
geração ou dimensão)
O movimento histórico de expansão e afirmação progressiva dos direitos humanos fundamentais justifica o 
estudo de sua evolução no tempo
•
É possível organizar a evolução em gerações ou dimensões de direitos, que correspondem a sucessão temporal 
de afirmação e acumulação de novos direitos fundamentais 
•
As gerações correspondem aos direitos de liberdade, igualdade e fraternidade•
A organização inicial é atribuída ao jurista tcheco-francês Karel Vasak•
Os direitos fundamentais de primeira dimensão (os direitos de liberdade: direitos civis e políticos)
Formam os primeiros direitos reconhecidos solenemente nas Declarações do Século XVIII e Constituições 
escritas do despontaram no constitucionalismo ocidental, como resultado do pensamento liberal-burguês da 
época
São direitos marcadamente individualistas, afirmando-se como direitos do indivíduo frente ao Estado, mais 
propriamente como direitos de defesa. Esses direitos correspondem às chamadas liberdades públicas dos 
franceses, compreendendo os direitos civis e políticos. 
Segunda dimensão: (direitos sociais, econômicos e culturais)
O Estado Liberal caracterizava-se por uma ação exclusivamente política, mas alheio e indiferente à vida 
econômica e social. No entanto, após a 1° guerra, os problemas sociais voltam a gerar opressão, levando os 
indivíduos a buscar proteção do Estado. Neste contexto, surge o Estado de Bem-estar social, buscando maior 
Justiça Social. Assim, as Constituições implementam os direitos de segunda dimensão, na forma de prestações 
sociais estatais, como saúde, educação... Destinados à garantia da igualdade material.
Terceira dimensão (direitos de solidariedade)
São os mais recentes, sendo resultado de novas reivindicações do gênero humano, sobretudo até o impacto 
tecnológico e o estado contínuo de conflito. Caracterizam-se por destinarem-se à proteção da coletividade 
social sendo, portanto, de titularidade coletiva ou difusa. São exemplos o direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, o direito à segurança, à paz, solidariedade universal, ao reconhecimento mútuo de 
direitos entre vários países, à comunicação, à autodeterminação dos povos e ao desenvolvimento
Direitos de solidariedade ou fraternidade
Quarta dimensão (direito à democracia direta e os direitos relativos à biotecnologia)
Atualmente há forte tendência doutrinária em reconhecer a existência de uma quarta dimensão de direitos 
fundamentais, em que pese ainda não ter merecido consagração das ordens jurídicas interna e internacional. 
Compreende os direitos à democracia direta, ao pluralismo e à informações. Abrangem-se, também, o direito 
contra manipulações genéticas, o direito à mudança de sexo e, em geral, os relacionados à biotecnologia. 
Quinta geração (o direito à paz)
Proposição de reconhecimento do direito à paz como direito de quinta geração
O direito à paz é considerado condição indispensável ao progresso de todas as nações que, no âmbito do Direito 
é um dos mais notáveis progressos já alcançados pela teoria dos direitos fundamentais. A preservação e 
manutenção da paz tem como fundamento a preservação da vida humana
Direito Internacional dos Direitos Humanos: conceito, finalidade e marco histórico
A necessidade primordial de proteção e efetividade aos direitos humanos possibilitou, em nível internacional, o 
surgimento de uma disciplina autônoma ao direito internacional público, denominada Direito Internacional dos 
Direitos Humanos, cuja finalidade consiste na concretização da plena eficácia dos direitos humanos 
fundamentais e previsões de instrumentos políticos e jurídicos de implementação. O Direito Internacional dos 
Direitos Humanos visa garantir o exercício dos direitos da pessoa humana.
A fase da internacionalização dos direitos humanos
A Carta da Organização das Nações Unidas e Declaração Universal de Direitos Humanos-
Nova organização da sociedade internacional no pós-Segunda Guerra Mundial; fatos anteriores levaram ao 
reconhecimento da vinculação entre a defesa da democracia e dos direitos humanos com os interessesem crimes: 
a) de genocídio; 
b) contra a humanidade; 
c) de guerra; e 
d) de agressão.
Estrutura:
Sede: Haia/Holanda 
Composição: 18 juízes indicados pelos Estados-partes com mandato de 9 anos, sem direito a recondução. -
1 procurador (com um conjuntos de assistentes) com a competência para receber e recolher informações, 
iniciar inquéritos com autorização do Juízo de Instrução e promover a ação penal. 
-
Órgãos: Presidência, Secretaria, Procuradoria, Juízo de Instrução e Juízo de Julgamento, Juízo de Recursos, 
Assembleia dos Estados Partes.
-
Princípios:
Princípio da Irretroatividade de Lei penal (salvo para beneficiar o réu) 
• Complementariedade da jurisdição do TPI em relação à jurisdição dos Estados 
• Ne bis in idem 
• Responsabilidade individual e superior 
• Legalidade, vedação da analogia e anterioridade da lei penal 
• Imprescritibilidade 
• Exclusão de responsabilidade para menores de 18 anos 
• Irrelevância da qualidade oficial 
• Crime cometido em obediência a ordens superiores não exclui, em princípio, a responsabilidade
• Gravidade e contexto - O crime deve ser grave e afetar a segurança internacional, em violação da paz.
Crime de Genocídio - Art. 6° 
Para os efeitos do presente Estatuto, entende-se por "genocídio", qualquer um dos atos que a seguir se enumeram, 
praticados com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, enquanto 
tal: 
a) Homicídio de membros do grupo; 
b) Ofensas graves à integridade física ou mental de membros do grupo;
c) Sujeição intencional do grupo a condições de vida com vista a provocar a sua destruição física, total ou parcial; 
d) Imposição de medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo; 
e) Transferência, à força, de crianças do grupo para outro grupo.
Crimes Contra a Humanidade - Art. 7°
Homicídio-
Extermínio-
 Página 18 de Nova Seção 1 
Extermínio-
Escravidão-
Deportação ou transferência forçada de uma população-
Prisão ou outra forma de privação de liberdade física grave, em violação das normas fundamentais de direito 
internacional
-
Tortura-
Agressão sexual-
Perseguição de grupos ou coletividade-
Desaparecimento forçado -
Crime de apartheid-
Outros atos desumanos semelhantes que causem intencionalmente sofrimento ou afetem gravemente a 
integridade física ou mental 
-
Crimes de Guerra - Art. 8°
Para os efeitos do presente Estatuto, entende-se por "crimes de guerra":
a) As violações graves às Convenções de Genebra, de 12 de Agosto de1949, a saber, qualquer um dos seguintes atos, 
dirigidos contra pessoas ou bens protegidos nos termos da Convenção de Genebra que for pertinente:
I) Homicídio doloso; 
II) Tortura ou outros tratamentos desumanos, incluindo as experiências biológicas; 
III) O ato de causar intencionalmente grande sofrimento ou ofensas graves à integridade física ou à saúde; 
IV) Destruição ou a apropriação de bens em larga escala, quando não justificadas por quaisquer necessidades militares 
e executadas de forma ilegal e arbitrária;
V) O ato de compelir um prisioneiro de guerra ou outra pessoa sob proteção a servir nas forças armadas de uma 
potência inimiga; 
VI) Privação intencional de um prisioneiro de guerra ou de outra pessoa sob proteção do seu direito a um julgamento 
justo e imparcial;
VII) Deportação ou transferência ilegais, ou a privação ilegal de liberdade; 
VIII) Tomada de reféns;
b) Outras violações graves das leis e costumes aplicáveis em conflitos armados internacionais no âmbito do direito 
internacional, a saber, qualquer um dos seguintes atos: I) Dirigir intencionalmente ataques à população civil em geral 
ou civis que não participem diretamente nas hostilidades; 
II) Dirigir intencionalmente ataques a bens civis, ou seja bens que não sejam objetivos militares; 
III) Dirigir intencionalmente ataques ao pessoal, instalações, material, unidades ou veículos que participem numa 
missão de manutenção da paz ou de assistência humanitária, de acordo com a Carta das Nações Unidas, sempre que 
estes tenham direito à proteção conferida aos civis ou aos bens civis pelo direito internacional aplicável aos conflitos 
armados; 
IV) Lançar intencionalmente um ataque, sabendo que o mesmo causará perdas acidentais de vidas humanas ou 
ferimentos na população civil, danos em bens de caráter civil ou prejuízos extensos, duradouros e graves no meio 
ambiente que se revelem claramente excessivos em relação à vantagem militar global concreta e direta que se previa; 
V) Atacar ou bombardear, por qualquer meio, cidades, vilarejos, habitações ou edifícios que não estejam defendidos e 
que não sejam objetivos militares; 
VI) Matar ou ferir um combatente que tenha deposto armas ou que, não tendo mais meios para se defender, se tenha 
incondicionalmente rendido;
VII) Utilizar indevidamente uma bandeira de trégua, a bandeira nacional, as insígnias militares ou o uniforme do 
inimigo ou das Nações Unidas, assim como os emblemas distintivos das Convenções de Genebra, causando deste 
modo a morte ou ferimentos graves; 
VIII) A transferência, direta ou indireta, por uma potência ocupante de parte da sua população civil para o território 
que ocupa ou a deportação ou transferência da totalidade ou de parte da população do território ocupado, dentro ou 
para fora desse território; 
IX) Dirigir intencionalmente ataques a edifícios consagrados ao culto religioso, à educação, às artes, às ciências ou à 
beneficência, monumentos históricos, hospitais e lugares onde se agrupem doentes e feridos, sempre que não se 
trate de objetivos militares; 
X) Submeter pessoas que se encontrem sob o domínio de uma parte beligerante a mutilações físicas ou a qualquer 
tipo de experiências médicas ou científicas que não sejam motivadas por um tratamento médico, dentário ou 
hospitalar, nem sejam efetuadas no interesse dessas pessoas, e que causem a morte ou coloquem seriamente em 
perigo a sua saúde;
XI) Matar ou ferir à traição pessoas pertencentes à nação ou ao exército inimigo; 
XII) Declarar que não será dado quartel; 
 Página 19 de Nova Seção 1 
XII) Declarar que não será dado quartel; 
XIII) Destruir ou apreender bens do inimigo, a menos que tais destruições ou apreensões sejam imperativamente 
determinadas pelas necessidades da guerra; 
XIV) Declarar abolidos, suspensos ou não admissíveis em tribunal os direitos e ações dos nacionais da parte inimiga; 
XV) Obrigar os nacionais da parte inimiga a participar em operações bélicas dirigidas contra o seu próprio país, ainda 
que eles tenham estado ao serviço daquela parte beligerante antes do início da guerra; 
XVI) Saquear uma cidade ou uma localidade, mesmo quando tomada de assalto; 
XVII) Utilizar veneno ou armas envenenadas; 
XVIII) Utilizar gases asfixiantes, tóxicos ou outros gases ou qualquer líquido, material ou
dispositivo análogo; 
XIX) Utilizar balas que se expandem ou achatam facilmente no interior do corpo humano, tais como balas de 
revestimento duro que não cobre totalmente o interior ou possui incisões;
XX) Utilizar armas, projéteis; materiais e métodos de combate que, pela sua própria natureza, causem ferimentos 
supérfluos ou sofrimentos desnecessários ou que surtam efeitos indiscriminados, em violação do direito internacional 
aplicável aos conflitos armados, na medida em que tais armas, projéteis, materiais e métodos de combate sejam 
objeto de uma proibição geral e estejam incluídos em um anexo ao presente Estatuto, em virtude de uma alteração 
aprovada em conformidade com o disposto nos artigos 121 e 123; 
XXI) Ultrajar a dignidade da pessoa, em particular por meio de tratamentos humilhantes e degradantes; 
XXII) Cometer atos de violação, escravidão sexual, prostituição forçada, gravidez à força, tal como definida na alínea f) 
do parágrafo 2o do artigo 7o , esterilização à força e qualquer outra forma de violência sexual que constitua também 
um desrespeito grave às Convenções de Genebra; 
XXIII) Utilizar a presença de civis ou de outras pessoas protegidas para evitar que determinados pontos,zonas ou 
forças militares sejam alvo de operações militares; 
XXIV) Dirigir intencionalmente ataques a edifícios, material, unidades e veículos sanitários, assim como o pessoal que 
esteja usando os emblemas distintivos das Convenções de Genebra, em conformidade com o direito internacional; 
XXV) Provocar deliberadamente a inanição da população civil como método de guerra, privando-a dos bens 
indispensáveis à sua sobrevivência, impedindo, inclusive, o envio de socorros, tal como previsto nas Convenções de 
Genebra; 
XXVI) Recrutar ou alistar menores de 15 anos nas forças armadas nacionais ou utilizá-los para participar ativamente 
nas hostilidades;
c) Em caso de conflito armado que não seja de índole internacional, as violações graves do artigo 3o comum às quatro 
Convenções de Genebra, de 12 de Agosto de1949, a saber, qualquer um dos atos que a seguir se indicam, cometidos 
contra pessoas que não participem diretamente nas hostilidades, incluindo os membros das forças armadas que 
tenham deposto armas e os que tenham ficado impedidos de continuar a combater devido a doença, lesões, prisão ou 
qualquer outro motivo: 
I) Atos de violência contra a vida e contra a pessoa, em particular o homicídio sob todas as suas formas, as mutilações, 
os tratamentos cruéis e a tortura;
II) Ultrajes à dignidade da pessoa, em particular por meio de tratamentos humilhantes e degradantes; 
III) A tomada de reféns; 
IV) As condenações proferidas e as execuções efetuadas sem julgamento prévio por um tribunal regularmente 
constituído e que ofereça todas as garantias judiciais geralmente reconhecidas como indispensáveis.
d) A alínea c) do parágrafo 2o do presente artigo aplica-se aos conflitos armados que não tenham caráter 
internacional e, por conseguinte, não se aplica a situações de distúrbio e de tensão internas, tais como motins, atos de 
violência esporádicos ou isolados ou outros de caráter semelhante; 
e) As outras violações graves das leis e costumes aplicáveis aos conflitos armados que não têm caráter internacional, 
no quadro do direito internacional, a saber qualquer um dos seguintes atos: 
I) Dirigir intencionalmente ataques à população civil em geral ou civis que não participem diretamente nas 
hostilidades; 
II) Dirigir intencionalmente ataques a edifícios, material, unidades e veículos sanitários, bem como ao pessoal que 
esteja usando os emblemas distintivos das Convenções de Genebra, em conformidade com o direito internacional;
III) Dirigir intencionalmente ataques ao pessoal, instalações, material, unidades ou veículos que participem numa 
missão de manutenção da paz ou de assistência humanitária, de acordo com a Carta das Nações Unidas, sempre que 
estes tenham direito à proteção conferida pelo direito internacional dos conflitos armados aos civis e aos bens civis;
IV) Atacar intencionalmente edifícios consagrados ao culto religioso, à educação, às artes, às ciências ou à 
beneficência, monumentos históricos, hospitais e lugares onde se agrupem doentes e feridos, sempre que não se 
trate de objetivos militares; 
V) Saquear um aglomerado populacional ou um local, mesmo quando tomado de assalto; 
 Página 20 de Nova Seção 1 
V) Saquear um aglomerado populacional ou um local, mesmo quando tomado de assalto; 
VI) Cometer atos de agressão sexual, escravidão sexual, prostituição forçada, gravidez à força, tal como definida na 
alínea f do parágrafo 2o do artigo 7o ; esterilização à força ou qualquer outra forma de violência sexual que constitua 
uma violação grave do artigo3o comum às quatro Convenções de Genebra; 
VII) Recrutar ou alistar menores de 15 anos nas forças armadas nacionais ou em grupos, ou utilizá-los para participar 
ativamente nas hostilidades; 
VIII) Ordenar a deslocação da população civil por razões relacionadas com o conflito, salvo se assim o exigirem a 
segurança dos civis em questão ou razões militares imperiosas;
IX) Matar ou ferir à traição um combatente de uma parte beligerante; 
X) Declarar que não será dado quartel; 
XI) Submeter pessoas que se encontrem sob o domínio de outra parte beligerante a mutilações físicas ou a qualquer 
tipo de experiências médicas ou científicas que não sejam motivadas por um tratamento médico, dentário ou 
hospitalar nem sejam efetuadas no interesse dessa pessoa, e que causem a morte ou ponham seriamente a sua saúde 
em perigo; 
XII) Destruir ou apreender bens do inimigo, a menos que as necessidades da guerra assim oexijam; 
f) A alínea e) do parágrafo 2o do presente artigo aplicar-se-á aos conflitos armados que não tenham caráter 
internacional e, por conseguinte, não se aplicará a situações de distúrbio e de tensão internas, tais como motins, atos 
de violência esporádicos ou isolados ou outros de caráter semelhante; aplicar-se-á, ainda, a conflitos armados que 
tenham lugar no território de um Estado, quando exista um conflito armado prolongado entre as autoridades 
governamentais e grupos armados organizados ou entre estes grupos. 
3. O disposto nas alíneas c) e e) do parágrafo 2o , em nada afetará a responsabilidade que incumbe a todo o 
Governo de manter e de restabelecer a ordem pública no Estado, e de defender a unidade e a integridade 
territorial do Estado por qualquer meio legítimo.
-
Crime de Agressão – artigo 8, bis 
•Não era inicialmente definido pelo Estatuto de Roma ou por qualquer disposição proferida pelo TPI.
• Resolução RC 6/2010 define o crime de agressão, pela inclusão do artigo 8º, bis, ao Estatuto de Roma. 
• É considerado crime de agressão o planejamento, preparação ou execução, de ação política estatal em violação à 
Carta das Nações Unidas.
Questões de Admissibilidade – Artigo 17º
1. Tendo em consideração o décimo parágrafo do preâmbulo e o artigo 1o, o Tribunal decidirá sobre a não 
admissibilidade de um caso se: 
a) O caso for objeto de inquérito ou de procedimento criminal por parte de um Estado que tenha jurisdição sobre o 
mesmo, salvo se este não tiver vontade de levar a cabo o inquérito ou o procedimento ou, não tenha capacidade para 
o fazer; 
b) O caso tiver sido objeto de inquérito por um Estado com jurisdição sobre ele e tal Estado tenha decidido não dar 
seguimento ao procedimento criminal contra a pessoa em causa, a menos que esta decisão resulte do fato de esse 
Estado não ter vontade de proceder criminalmente ou da sua incapacidade real para o fazer; 
c) A pessoa em causa já tiver sido julgada pela conduta a que se refere a denúncia, e não puder ser julgada pelo 
Tribunal em virtude do disposto no parágrafo 3o do artigo 20; 
d) O caso não for suficientemente grave para justificar a ulterior intervenção do Tribunal.
2. A fim de determinar se há ou não vontade de agir num determinado caso, o Tribunal, tendo em consideração as 
garantias de um processo equitativo reconhecidas pelo direito internacional, verificará a existência de uma ou mais 
das seguintes circunstâncias: 
a) O processo ter sido instaurado ou estar pendente ou a decisão ter sido proferida no Estado com o propósito de 
subtrair a pessoa em causa à sua responsabilidade criminal por crimes da competência do Tribunal, nos termos do 
disposto no artigo 5o ; 
b) Ter havido demora injustificada no processamento, a qual, dadas as circunstâncias, se mostra incompatível com a 
intenção de fazer responder a pessoa em causa perante a justiça; 
c) O processo não ter sido ou não estar sendo conduzido de maneira independente ou imparcial, e ter estado ou estar 
sendo conduzido de uma maneira que, dadas as circunstâncias, seja incompatível com a intenção de levar a pessoa 
em causa perante a justiça; 
3. A fim de determinar se há incapacidade de agir num determinado caso, o Tribunal verificará se o Estado, por 
colapso total ou substancial da respectiva administração da justiça ou por indisponibilidade desta, não estará em 
condições de fazer comparecer o acusado, de reunir os meios de prova e depoimentos necessários ou não estará, por 
outros motivos, em condições de concluir o processo.
 Página 21 de Nova Seção 1 
ResponsabilidadeCriminal Individual – Artigo 25º
• 1. De acordo com o presente Estatuto, o Tribunal será competente para julgar as pessoas físicas. 
2. Quem cometer um crime da competência do Tribunal será considerado individualmente responsável e poderá ser 
punido de acordo com o presente Estatuto. 
3. Nos termos do presente Estatuto, será considerado criminalmente responsável e poderá ser punido pela prática de 
um crime da competência do Tribunal quem:
a) Cometer esse crime individualmente ou em conjunto ou por intermédio de outrem, quer essa pessoa seja, ou não, 
criminalmente responsável; 
b) Ordenar, solicitar ou instigar à prática desse crime, sob forma consumada ou sob a forma de tentativa; 
c) Com o propósito de facilitar a prática desse crime, for cúmplice ou encobridor, ou colaborar de algum modo na 
prática ou na tentativa de prática do crime, nomeadamente pelo fornecimento dos meios para a sua prática;
Disposições procedimentais 
• Entrega de Nacionais ou surrender 
• Decisões e sua natureza: A sentença do TPI é obrigatória e será proferida por unanimidade ou por maioria de votos 
dos juízo do Juízo de Julgamento em Primeira Instância. As deliberações acerca da decisão serão secretas, mas a 
sentença será proferida em audiência pública e, sempre que possível, na presença do acusado. 
Penas: 
Prisão – máxima de 30 anos 
Prisão em caráter perpétuo – se há elevado grau de ilicitude do fato e as condições do condenado justificarem 
Multa – perda de produtos, bens e haveres provenientes, direta ou indiretamente, do crime Indenização e reparação 
em favor das vítimas (Fundo de Reparação)
Crimes Internacionais e Justiça Internacional
Direito Internacional Penal Direito Penal Internacional
Ramo do Direito Internacional Público destinado a 
responder, de forma rigorosa, às atrocidades 
cometidas em tempos de guerra ou paz, consideradas 
crimes internacionais. Regula a responsabilização 
individual por crimes definidos em tratados 
internacionais e a atuação da cortes internacionais 
penais. Instrumento de proteção de direitos 
humanos.
Sistema de regras relativas à validade espacial do direito 
penal interno. Destina-se aos crimes denominados 
transnacionais, praticados entre as jurisdições entre os 
Estados. Regulação a cooperação jurídica em matéria penal 
entre Estados.
• Crimes com estreita relação com os direitos humanos e humanitário (violações cometidas em conflitos armados).
• Protegem interesses fundamentais e bens supremos, como paz e a dignidade do ser humano. 
Violações de direitos humanos entendidas como atrocidades. 
• A gravidade de comportamento, afeta os fundamentos da sociedade humana, deduzida do caráter do ato 
(crueldade, monstruosidade, barbárie etc.) alcance de seus efeitos (efeitos massivos) e, em algumas hipóteses, a 
intenção do autor (genocídio). 
• Crimes tipificados a partir de tratados internacionais.
Crimes internacionais, ius cogens e obrigações erga omnes 
• Normas ius cogens são as normas imperativas do Direito Internacional. São obrigatórias e objeto de consenso dos 
Estados. Estão acima da vontade da sociedade internacional e não admitem revogação. 
• Os tratados que tipificam crimes internacionais estariam sob esta classificação e proteção. • O efeito de uma norma 
ius jogens é gerar obrigação recíproca de todos os Estados e da sociedade internacional. Trata-se, portanto, de um 
efeito erga omnes
A criação de uma jurisdição penal internacional – de Nuremberg a Haia 
• O primeiro antecedente na história do direito internacional penal tem início no século XIX, a chamado direito de 
guerra, também denominado modernamente, direito dos conflitos armados ou humanitário. 
• As Convenções da Haia de 1899 e 1907, negociadas nas Conferências de Paz, aprovaram normas sobre o direito de 
guerra, procurando conciliar as necessidades militares com as leis de humanidade (Cláusula Martens). 
• Os beligerantes passaram a não ter o direito ilimitado quanto à escolha dos meios de prejudicar o inimigo. 
• Violações aos tratados que regularam a guerra e proteção dos civis e combatentes, deram início ao conceito de 
crime internacional.
 Página 22 de Nova Seção 1 
crime internacional.
Tratado de Versalhes - 1919
A primeira tentativa de estabelecimento de uma jurisdição penal internacional ocorre com o Tratado de Versalhes, 
que põe fim à Primeira Guerra. 
• Com base nos arts. 227 e 228, surgiu a primeira tentativa de submeter os criminosos de guerra a um tribunal 
internacional, em vez das anistias tradicionais, optou-se pela responsabilidade individual. 
• O ex-imperador da Alemanha, Guilherme II, foi acusado por ofensa à moral internacional e à autoridade dos 
tratados. Os demais criminosos de guerra alemães, foram acusados pelo cometimento de atos contrários às leis e aos 
costumes de guerra, e entregues aos governos aliados para que fossem julgados por seus tribunais militares. 
• Essa é a primeira fase das tentativas de estabelecimento de um Tribunal Penal Internacional, ficando estabelecido, 
também pela primeira vez, o princípio da punibilidade individual dos crimes de guerra no plano internacional.
Projeto de Criação de uma Corte Penal Internacional Permanente - 1937
No período entre guerras, surge a primeira discussão acerca deum projeto de Convenção para a Criação de uma Corte 
Penal Internacional Permanente, sob comando da Sociedade das Nações (Convenção de Genebra de 1937). Essa corte 
teria competência para julgar crimes de terrorismo. 
• A Convenção foi assinada por 13 Estados, mas não obteve as retificações necessárias, o que impediu sua 
concretização. 
• Sendo assim, inexistia um sistema de sanções relativas à responsabilidade individual penal internacional até o pós 
Segunda Guerra.
Declaração de Moscou/1943
Em 17 de dezembro de 1942, os governos das forças Aliadas, anunciaram sua decisão de punir os criminosos de 
guerra do Eixo. Os líderes dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e União Soviética emitiram a primeira declaração 
conjunta registrando oficialmente à ocorrência do assassinato em massa de judeus europeus, informando sua decisão 
de processar os responsáveis por crimes contra populações civis. Assinada em outubro de 1943, a Declaração de 
Moscou previa que durante o tempo de duração de qualquer armistício, as pessoas consideradas responsáveis por 
crimes de guerra deveriam ser devolvidas aos países nos quais os crimes haviam sido cometidos, onde seriam julgadas 
de acordo com as leis da nação em questão. Os “grandes” criminosos de guerra, seriam punidos de acordo com 
decisões conjuntas dos governos Aliados. Após a Guerra, o julgamento dos principais oficiais alemães ocorreu no 
Tribunal Militar Internacional (TMI) em Nuremberg, na Alemanha, perante juízes que representavam as forças Aliadas.
Estatuto do Tribunal Militar Internacional (Carta de Nuremberg) - 1945
Crimes contra a paz: isto é, a direção, a preparação, o desencadeamento ou a continuidade de uma guerra de 
agressão, ou de uma guerra violando tratados, garantias ou acordos internacionais, ou a participação em um plano 
orquestrado ou em um complô para o cumprimento de qualquer um dos atos anteriores; 
• Crimes de guerra: isto é, violações das leis ou costumes da guerra. Tais violações incluem assassinatos, maus-tratos 
ou deportação para realizar trabalhos forçados ou para outros propósitos em relação à população civil de um 
território ocupado ou naquele território, o assassinato ou maus-tratos de prisioneiros de guerra ou pessoas no mar, o 
execução de reféns, pilhagem de bens públicos ou privados, a destruição sem motivo das cidades e dos vilarejos ou a 
devastação que não se justifiquem pelas exigências militares;
Crimes contra a humanidade: isto é, assassinato, extermínio, a escravidão, a deportação e qualquer outro ato 
desumano cometido contra qualquer população civil, antes ou durante a guerra, ou as perseguições, quer tenham 
constituído ou não uma violação do direito interno do país onde foram perpetrados, tenham sido cometidos em 
decorrência de qualquer crime que faça parteda competência do Tribunal, ou estejam vinculados a esse crime. 
• Os dirigentes, organizadores, provocadores ou cumplices que tomarem parte na elaboração ou na execução de um 
plano orquestrado ou de um complô para cometer um dos crimes definidos são responsáveis por todos os atos 
realizados por qualquer pessoa na execução desse plano.
Convenção para a prevenção e a repressão do crime de Genocídio, concluída em Paris, a 11 de dezembro de 1948, por 
ocasião da III Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Na presente Convenção entende-se por genocídio qualquer dos seguintes atos, cometidos com a intenção de destruir 
no todo ou em parte, um grupo nacional. étnico, racial ou religioso, como tal: 
a) matar membros do grupo; 
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo; 
c) submeter intencionalmente o grupo a condição de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou 
parcial; 
d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio de grupo; 
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d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio de grupo; 
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo.
 Página 24 de Nova Seção 1dos 
Estados em manter um relacionamento pacífico na comunidade internacional
-
Conferência de São Francisco (abril a junho de 1945): Carta de São Francisco.-
Declaração Universal de Direitos Humanos (também chamada de “Declaração de Paris”), aprovada sob a forma 
de Resolução da Assembleia Geral da ONU, em 10 de dezembro de 1948 em Paris.
-
 Página 2 de Nova Seção 1 
de Resolução da Assembleia Geral da ONU, em 10 de dezembro de 1948 em Paris.
A Constitucionalização das Declarações de Direitos, a função legitimadora dos direitos fundamentais e seu regime 
jurídico reforçado
Apesar da contribuição que as Declarações de Direitos deram a afirmação e reconhecimento dos direitos 
fundamentais, as Constituições estatais passaram a subjetivar (destinando-os aos seus indivíduos), 
positivar(tratando em normas-princípios) e fundamentar as garantias visando maior efetivação. Este fenômeno 
é denominado constitucionalização de direitos fundamentais.
-
A positivação dos direitos fundamentais pela Constituição é uma das características do Estado Democrático de 
Direito.
-
A constitucionalização confere aos direitos eficácia imediata, obrigatória e vinculada, determinada aos 
indivíduos e instituições.
-
Características dos Direitos Humanos Fundamentais
Historicidade: são resultado de processos históricos de emancipação e transformações sociais;a)
Imprescritibilidade: os direitos não se perdem pelo decurso de prazo;b)
Inalienabilidade: não há possibilidade de transferência dos direitos humanos fundamentais, seja a título 
gratuito, seja a título oneroso
c)
Irrenunciabilidade: os direitos humanos fundamentais não podem ser objeto de renúncia. Dessa característica 
surgem discussões importantes na doutrina e posteriormente analisadas, como a renúncia aos direitos à vida e 
a eutanásia, o suicídio e o aborto
d)
Inviolabilidade: impossibilidade de desrespeito por determinações constitucionais ou por atos das autoridades 
públicas, sob pena de responsabilização civil, administrativa e criminal
e)
Universalidade: a abrangência desses direitos engloba todos os indivíduos, independentemente de sua 
nacionalidade, sexo, raça, credo ou convicção política-filosófica
f)
Efetividade: a atuação do poder público deve ser sentido de garantir a efetivação dos direitos e garantias 
previstos, como mecanismos coercitivos, uma vez que a CF não se satisfaz com o simples reconhecimento 
abstrato; 
g)
Interdependência e indivisibilidade: os direitos integram um todo interdependente e indivisível. Assim, por 
exemplo, a liberdade de locomoção está intimamente ligada à garantia do habeas corpus, bem como previsão 
de prisão somente por flagrante delito ou por ordem da autoridade judicial competente. Proteção integral e 
conjunta
h)
Concorrência: os direitos fundamentais podem ser exercidos cumulativamente. Por exemplo, o direito de 
liberdade de manifestação do pensamento com o direito de reunião ou associação.
i)
Proibição do retrocesso: não podem ser suprimidos, abolidos ou enfraquecidos considerando que são resultado 
de lutas históricas
j)
Relatividade dos direitos humanos fundamentais
Os direitos humanos fundamentais não podem mascarar a prática de atividades ilícitas, nem ser argumento 
para afastamento ou diminuição da responsabilidade civil ou penal por atos criminosos, sob pena de total 
consagração ao desrespeito a um verdadeiro Estado de direito
•
Apontando a necessidade de relativização dos direitos fundamentais, o STF afirma que um direito individual 
"não pode servir de salvaguarda de práticas ilícitas"
•
Quando houver conflito entre dois ou mais direitos ou garantias fundamentais, o intérprete deve utilizar-se do 
princípio da concordância prática ou harmonização, deforma a coordenar e combinar os bens jurídicos em 
conflito ,evitando o sacrifício total de uns em relação aos outros, realizando uma redução proporcional do 
âmbito de alcance de cada qual (contradições dos princípios), em busca do verdadeiro significado da norma e da 
harmonia do texto constitucional com suas finalidades precípuas
•
Restrições excepcionais aos direitos fundamentais na CF/88 - Estado de defesa e Estado de Sítio
O ordenamento constitucional brasileiro prevê a aplicação de duas medidas excepcionais para restauração da 
ordem em momentos de anormalidade – Estado de defesa e Estado de sítio, possibilitando a suspensão pelo 
Presidente da República de determinadas garantias constitucionais, em lugar e certo tempo, possibilitando 
ampliação do poder repressivo do Estado, justificado pela gravidade da perturbação da ordem pública. 
•
Estado de Sítio
Instrumento utilizado pelo Presidente da República em que se suspende temporariamente os direitos e as garantias 
dos cidadãos, tendo em vista a necessidade de defesa da ordem pública. Previsto no artigo 137 da CF/88. No Brasil, 
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dos cidadãos, tendo em vista a necessidade de defesa da ordem pública. Previsto no artigo 137 da CF/88. No Brasil, 
para decretar o Estado de Sítio, o PR, após o respaldo do Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional -
que oferecerão parecer não vinculativo - solicita uma autorização do Congresso Nacional para efetivar o decreto.
Direitos ou garantias individuais que podem ser suspensos: (art. 5º, XII), sigilo de correspondência de 
comunicações telegráficas (art. 5º, XII), direito de reunião (art. 5º, LXI), direito de propriedade (art. 5º, LXI), 
liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão. Mantêm-se a exigibilidade de prisão somente em flagrante 
delito ou por ordem da autoridade judicial competente.
•
Estado de Defesa 
Instrumento mais brando que o Estado de sítio. Previsto no artigo 136 da CF/88.•
Medida que o Presidente da República pode utilizar, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa 
Nacional, para preservar ou restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social 
ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções 
na natureza. É instituído através de decreto, que deverá indicar a sua duração, as áreas abrangidas e medidas 
coercitivas.
•
Direitos e garantias individuais afetados: sigilo de correspondência de comunicações telegráficas (art. 5º, XII), 
direito de reunião (art. 5º, LXI).Mantêm-se a exigibilidade de prisão somente em flagrante delito ou por ordem 
da autoridade judicial competente.
•
Outras previsões para o Estado de Defesa e Sítio
A possibilidade do controle jurisdicional do Estado de Defesa e Sítio envolvem diversos problemas, mas a 
doutrina e jurisprudência direcionam-se para a possibilidade do controle de legalidade. São regimes de exceção 
mas não de inconstitucionalidade. Será possível, ainda, o Poder Judiciário reprimir eventuais abusos e 
ilegalidade cometidas durante a execução das medidas pelo Estado de Defesa ou Sítio, em sede de mandado de 
segurança ou habeas corpus
•
Em âmbito de Direito Internacional existe previsão para suspensão de direitos e garantias fundamentais. O 
Pacto de San José da Costa Rica, prevê no seu art. 27, a suspensão de garantias em caso de guerra, perigo 
público ou outro motivo que ameace a independência do Estado-parte, mediante comunicado aos demais 
Estados e OEA.
•
Os Direitos Fundamentais na Constituição Federal de 88
A CF/88 inaugurou uma era de amplo respeito pelos direitos fundamentais. Distinguindo-se da Carta anteriores, 
a Constituição em vigor positivou os direitos fundamentais logo no início de suas disposições (Título II), após o 
que tratou da organização do Estado (Título III) e dos Poderes (VI), dando amostras de que se preocupou 
prevalentemente como o ser humano, enaltecendo-o como o “fim” para o qual deve ser dirigir o Estado, este 
considerado “instrumento” de realização da dignidade da pessoa humana
Titulares dos direitos fundamentais
Todas as pessoas, físicas ou jurídicas (privadas e públicas), nacionais ou estrangeiras, com residência ou não no 
Brasil, são titulares dos direitos e garantiasfundamentais previstos na Constituição, salvo disposições em 
contrário (Ex. direitos políticos foram limitados aos brasileiros. Brasileiros naturalizados não podem ocupar 
determinados cargos (art. 12, § 3º)
A eficácia dos direitos fundamentais e o princípio da aplicabilidade imediata das normas definidoras de direitos 
fundamentais
Significado e alcance do art. 5º, § 1º, da Constituição de1988: segundo a CF/88, as normas definidoras de direito 
e garantias fundamentais têm aplicação imediata (art. 5º, §1º). Significa afirmar que, em princípio, essas normas 
têm eficácia máxima, não sendo dependentes de qualquer interposição do legislador por lograrem a efetividade 
ou eficácia social
A concepção materialmente aberta dos direitos fundamentais na CF/88 e a cláusula de abertura material ou de 
inesgotabilidade dos direitos fundamentais do Art. 5º, §§ 2º e 3º
A CF/88 (Art. 5º, § 2º) (art. 78) prevê que os direitos e garantias expressos em seu texto não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados. Não excluem, também, outros decorrentes dos 
tratados internacionais em que o Brasil seja parte (art. 5º, § 3º) aprovados sob a procedimento de emenda 
constitucional (apreciação pelo Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos.
O STF passou a reconhecer a supra legalidade dos tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos, 
salvo se aprovados nos termos do procedimento de emenda constitucional.
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salvo se aprovados nos termos do procedimento de emenda constitucional.
Tratados de Diretos Humanos aprovados nos termos do § 3º do Art. 5º da CF/88
Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo (2009).a)
Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras Publicados às Pessoas Cegas, com Deficiência Visual ou 
com outras Dificuldades para ter Acesso ao Texto Impresso(2018).
b)
Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância(2022).c)
Classificação dos direitos fundamentais na Constituição de 1988
direitos fundamentais como direitos de defesa.a)
Segundo Robert Alexy, os direitos de defesa ou negativos, são aqueles que desempenham a funções de tutela 
da autonomia individual, afastando a ação abusiva do Estado. São os status negativus ou status libertatis que 
correspondem aos direitos de primeira dimensão.
direitos fundamentais como direitos a prestações (de natureza fática e jurídica)b)
Segundo Robert Alexy designam os direitos a ação positivas, são aquelas posições jurídicas que habilitam o 
indivíduo a exigir do Estado postura ativa, para o efetivo exercício de liberdades materiais.
Correspondem ao status positivus e direitos de segunda dimensão, fruto da transformação do Estado Liberal de 
Direito para o Estado Democrático Social de Direito.
O Estados de Coisas Inconstitucional como garantia dos Direitos Fundamentais
O conceito ECI tem origem nas decisões da Corte Constitucional Colombiana (CCC) diante da constatação de violações 
generalizadas, contínuas e sistemáticas de direitos fundamentais. Tem por finalidade a construção de soluções 
estruturais, dialógicas e pactuadas voltadas à superação do quadro de violações massiva de direitos das populações 
vulneráveis em face da ações e omissões lesivas do poder público
Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental - nº 347/DF
Em 2015, o Supremo Tribunal Federal, deferiu parcialmente o pedido de medidas cautelares formulado na ADPF nº 
347/DF, proposta em face da crise do sistema carcerário brasileiro, reconheceu expressamente a existência do Estado 
de Coisas Inconstitucional no sistema penitenciário brasileiro, ante as graves, generalizadas e sistemáticas violações 
de direitos fundamentais da população carcerária.
Ao deferir parcialmente a liminar, o STF:
proibiu o Poder Executivo de contingenciar os valores disponíveis no Fundo Penitenciário Nacional – FUNPEN. A 
decisão determinou que a União libere o saldo acumulado do Fundo Penitenciário Nacional para a utilização 
com a finalidade para a qual foi criado, abstendo-se de realizar novos contingenciamentos.
a)
determinou aos Juízes e Tribunais que passem a realizar audiência de custódia para viabilizar o comparecimento 
do preso operante a autoridade judiciária, num prazo de até 24 horas do momento da prisão.
b)
Preâmbulo constitucional
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado 
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e 
sempre conceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução 
pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL.
O preâmbulo de uma Constituição pode ser definido como o documento de intenções do diploma, e consiste 
em uma certidão de origem e legitimidade do novo texto constitucional e uma proclamação de princípios, 
demonstrando a ruptura com o ordenamento constitucional anterior e o surgimento jurídico de um novo 
Estado. Tradição em nosso Direito Constitucional e nele devem constar os antecedentes e enquadramento 
histórico da Constituição, bem como sua justificativas e seus grandes objetivos e finalidades. Não contêm 
normas constitucionais de valor jurídico autônomo, mas é elemento de interpretação dos artigos que seguem.
Título I dos Princípios Fundamentais
Art. 1° A república Federativa do Brasil formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
A soberaniaI-
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A soberaniaI-
A cidadania;II-
A dignidade da pessoa humana;III-
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;IV-
O pluralismo político.V-
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos da constituição. 
Fundamentos da República Federativa do Brasil
Soberania: capacidade de editar suas próprias normas, sua ordem jurídica (a começar pela lei Magna). O sentido 
democrático continua na previsão do art. 1° "todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos da CF"
a)
Cidadania: representa um status do ser humano, apresentando-se, simultaneamente, como objeto e direito 
fundamental das pessoas
b)
A dignidade da pessoa humana: valor espiritual e moral inerente à pessoa humana, que se manifesta 
singularmente na autodeterminação consciente e responsável da própria vida e que traz consigo a pretensão ao 
respeito por parte das demais pessoas, constituindo-se um mínimo invulnerável por todo estatuto jurídico deve 
assegurar, de modo que, somente excepcionalmente, possam ser feitas limitações ao exercício dos direitos 
fundamentais, mas sempre sem menosprezar a necessária estima que merecem todas as pessoas enquanto 
seres humanos.
c)
Súmula Vinculante n° 11: só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de 
perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade 
por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da 
prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado
STF ADIn 2649 Lei 8899/1994 
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa: é através do trabalho que o homem garante sua subsistência 
e o crescimento do país, prevendo a CF, em diversas passagens, a liberdade, o respeito e a dignidade ao 
trabalhador (ex: Art. 5°, XIII, 6°, 7° e 8°, 194-204)
d)
O pluralismo político: demonstra a preocupação do legislador constituinte em afirmar-se a ampla e livre 
participaçãopopular nos destinos políticos do país, garantindo a liberdade de convicção e, também, a 
possibilidade de organização e participação em partidos políticos
e)
Objetivos fundamentais da República
O rol de objetivos do Art.3° não é taxativo, tratando-se tão somente da previsão de algumas finalidades 
perseguidas pela República Federativa do Brasil.
Os poderes públicos devem buscar os meios e instrumentos para promover condições de igualdade real e 
efetiva e não somente contentar-se como a igualdade formal, em respeito a um dos objetivos fundamentais da 
República: construção de uma sociedade justa.
Para adoção desse conceito deve existir uma política legislativa e administrativa que não pode contentar-se com 
a pura igualdade legal, adotando normas tendentes a corrigir os efeitos díspares ocasionados pelo tratamento 
igual dos desiguais.
Art.2° São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o executivo e judiciário. 
Art.3° constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil
Construir uma sociedade livre, justa e solidáriaI-
Garantir o desenvolvimento nacional;II-
Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;III-
Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação
IV-
Inclusão de pessoas com deficiência e construção de uma sociedade solitária •
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
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IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos 
da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
Princípios:
Autodeterminação: Arts. 1 a 55 da Carta das Nações Unidas, afirmando que o direito dos povos e nacionais à livre 
determinação é um requisito prévio para o exercício pleno de todos os direitos humanos fundamentais 
Igualdade: todos os Estados são iguais perante a lei. 
Não discriminação: 
As legislações constitucionais modernas pretendem defender as minorias étnicas (incluindo os indígenas e os 
estrangeiros) religiosas, linguísticas, políticas e discriminações.
•
Proibição de doação de sangue por homossexuais: 
o projeto de lei que proíbe a discriminação de doadores de sangue com base na orientação sexual.
Asilo Político: 
Acolhimento de estrangeiro por parte de um Estado que não é o seu, em virtude da perseguição por ele sofrida e 
praticada ou por seu próprio país ou, ainda, por terceiro. As causas ensejadora da concessão de asilo dissidência 
política, livre manifestação de pensamento ou, ainda de crimes relacionados com a segurança do Estado, que não 
configurem delitos no direito penal comum. Apresenta natureza territorial, ou seja, será concedido ao estrangeiro que 
tenha ingressado nas fronteiras do novo Estado, colocando-se no âmbito espacial de sua soberania. 
CF: repúdio ao terrorismo - "o repúdio ao terrorismo: um compromisso ético-jurídico assumido pelo Brasil, quer 
em face de sua própria Constituição, quer perante a comunidade internacional. Os atos delituosos de natureza 
terrorista, considerados os parâmetros consagrados na vigente CF, não se subsumem à noção de criminalidade 
política, pois a Lei Fundamental proclamou o repúdio ao terrorismo cono um dos princípios essenciais que 
devem reger o Estado brasileiro em suas relações internacionais, além de haver qualificado o terrorismo, para 
efeito de repressão interna, como crime equiparável aos delitos hediondos. "
-
Diferenciação entre direitos e garantias individuais 
Destinatários de proteção - Art. 5° 
Brasileiros -
Estrangeiros de passagem -
Residentes-
Direito à Vida
A CF: •
Todos são iguais perante à lei sem distinção de qualquer natureza. Garante aos estrangeiros residentes e aos 
brasileiros o direito à vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. É o mais fundamental de todos os 
direitos, pois seu asseguramento impõe-se, já que se constituiu um pré-requisito à existência e exercício dos 
demais direitos 
Obrigação do Estado:
Cuidado de toda pessoa humana que não disponha de recursos suficientes e que seja incapaz de obtê-los por 
seus próprios meios
-
Efetivação de órgãos competentes públicos ou privados, através de permissões, concessões, convênios, para 
prestação de serviços públicos adequados 
-
Aborto: 
CF protege a vida de forma geral, inclusive uterina, pois a gestação gera um terceiro -
A penalização do aborto (CP, Art. 124) corresponde à proteção da vida do nascituro em momento anterior ao 
seu nascimento
-
CP Art. 128, expressamente prevê a possibilidade do aborto terapêutico sentimental ou humanitário, da seguinte 
forma: não se pune o aborto praticado por médico:
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forma: não se pune o aborto praticado por médico:
Se não há meio de salvar a vida da gestante;I-
Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de 
seu representante legal
II-
Há hipóteses já permitidas em lei penal. Ex: acrania, inviabilidade da vida extrauterina, vida da mãe. **Estaria ferindo 
o direito da mulher. 
Questão da Eutanásia e Suicídio
Proteção à vida = impede configurá-lo como um direito de liberdade que inclua o direito a própria vida•
Condena incitação ao suicídio•
Direito à igualdade - Art.5°
Todos são iguais perante a lei. Todos devem ter tratamento igual, independentemente de qualquer razão, sem 
tipo de privilégio ou perseguição, sendo dever do Estado garantir esse direito. 
-
Racismo: crime inafiançável - Art. 5°, XLII✓
Proibição de diferença de salários - Art. 7°, XXX✓
Proibição de discriminação quanto ao salário e admissão de trabalhados portado de deficiência - Art. 7°, XXXI✓
Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos - Art. 7° 
XXXIII
✓
Igualdade de direitos entre o trabalhador com o vínculo empregatício permanente e o avulso - Art. 7°, XXXIV✓
Sem distinção entre brasileiros natos e naturalizados - Art.12°, 2° ✓
Vedado aos Estados a criação de distinções entre brasileiros/ preferências - Art. 19, III✓
Salários de servidores públicos: Art. 39,§ 4, Art. 37, X✓
Art. 150, II; Art. 151, I✓
Cotas Raciais: 
Igualdade formal: impede a lei de estabelecer privilégios entre pessoasa)
Igualdade material: racismo estrutural gerou desigualdade material, logo, qualquer política redistributiva deve 
assegurar vantagem competitiva aos negros 
b)
Igualdade como reconhecimento: significa respeitar as pessoas nas suas diferenças e procurar aproximá-las, 
igualando as oportunidades 
c)
Princípio da Igualdade em concurso público - magistratura
CNJ estabeleceu idade máxima de 45 anos como requisito para o ingresso na Magistratura. •
Livre acesso de homens e mulheres - STF - Art. 5° inciso I e § 2 do Art. 39 •
Tratamento constitucional da tortura - Art. 5°, III e XLIII
III: ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante 
Crime inafiançável e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os 
que, podendo evitá-los, se omitirem.
Lei n° 8072/90
Terrorismo: edição de lei infraconstitucional, de competência da União - Art. 22, I, da CF, tipificando-os, em razão do 
próprio preceito constitucional do Art. 5°, XXXIX
Tortura - ONU - Art. ° Convenção Contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis
Castigar intencionalmente; provocar sofrimento físicoe mental; castigá-la, a fim de punir, conseguir 
informações ou confissões.
✓
Não é considerada tortura as dores e sofrimentos conseguintes de sanções legítimas✓
Direito à Liberdade 
Investe o ser humano o poder de autodeterminação conforme a sua própria consistência. É atenuação do poder em 
busca de realização pessoal e felicidade. 
Liberdade de ação; locomoção; opinião ou pensamento; expressão de atividade intelectual; artística; científica e 
de comunicação; informação; consciência e crença; reunião; associação e opção profissional
-
Ação: 
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Ação: 
Liberdade de agir, fazer ou não fazer, quando não vedada por lei. É a base de todas as outras (Art. 5°, II, CF). Ninguém 
será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo que não esteja previsto em lei. 
Exercício do poder de polícia: impor restrições ao exercício de direitos, visando ao bem-estar da coletividade. A 
solicitação de documentos e propriedade de veículos não denota nenhuma ilegalidade. 
Liberdade de locomoção: liberdade de ir e vir. Art. 5°, VI - livre locomoção em tempos de paz. Integra a consciência 
jurídica da sociedade que repele qualquer atividade não autorizada pela CF/88 de cercear o trânsito das pessoas. Ela 
cede quando visa resguardar outros interesses (ordem pública, paz social...)
Liberdade de opinião ou pensamento (liberdade de expressão)
Direito de exprimir o que se pensa. Podendo expressar juízos, conceitos, convicções e conclusões. 
A CF/88 consagra a liberdade de manifestação de pensamento sob qualquer forma, processo ou veículo, sendo 
vedado o anonimato (Art. 5° IV) e toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística (Art, 220, § 2). 
Assegura o direito de resposta a que se sentiu ofendido ou atingido pela opinião de outrem, proporcional ao agravo, 
além de indenização por dano material, moral ou à imagem. Art. 5°, V
Limites à liberdade 
Poderá ser balizada, por exemplo, pelo direito fundamental a inviolabilidade de intimidade, previsto no Art. 5°, X (CF. 
STF. ADPF 130) além da dignidade da pessoa humana. Exercido o direito à manifestação de pensamento detectado 
que seu conteúdo é racista/ discriminatório, sua veiculação seja proibida e o ator da ofensa responsabilidade civil e 
criminalmente. (Art. 5°, V e XLII)
Liberdade de expressão de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação
Art. 5°, IX, CF “livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente 
de censura ou licença.”
Decorre da liberdade de pensamento, ou seja, de externar juízos, conceitos, convicções e conclusões. É o direito de 
manifestação das sensações, sentimentos ou criatividade do indivíduo, tais como pintura, música, teatro e fotografia. 
É ilegítima a censura prévia do Estado. 
Liberdade de informação
Três aspectos essenciais: direito de informar, de se informar e de ser informado. 
Consiste em transmitir informações pelos meios de comunicação;-
Direito de se informar corresponde à faculdade do indivíduo buscar as informações pretendidas sem quaisquer 
obstáculos. A CF assegura a todos o acesso à informações e resguardado o sigilo de fonte, quando necessário ao 
exercício profissional
-
Direito a ser informado equivale à faculdade de ser mantido completa e adequadamente informado-
A CF/88 garante que todos têm o direito de receber os órgãos públicos informações de seu interesse particular, 
ou de interesse coletivo ou geral que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aqueles cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 
-
Liberdade de consciência e crença. A escusa de consciência.
A CF/88 tutela tanto a liberdade de consciência quanto a de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos 
e garantindo, na formada lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias (art. 5º, VII)
Consiste na autonomia de se orientar a partir de determinada convicção, política e ideológica, enquanto a liberdade 
de crença, ninguém deverá ser privado de direitos por motivos de crença religiosa ou de convicção filosófica ou 
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recursar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei (Art. 5°, VIII)
A Lei n° 8.249/91, regulamentando o art. 143, §§ 1º e 2ª da CF/88, dispõe sobre a prestação de serviço alternativo ao 
serviço militar obrigatório em razão de sentimento religioso.
Liberdade de crença, dignidade da pessoa e proteção à vida e à saúde
Não é admitido que, em pretexto de se proteger a liberdade de crença, se imponha a alguém tratamento 
incompatível com a dignidade da pessoa humana. Foi decidido que os pais não podem impedir que o filho se submeta 
a transfusão de sangue por motivos religiosos (TRF 4°). A pessoa capaz poderá recusar determinados procedimentos 
médicos em razão de sentimento religioso.
Liberdade de reunião/ associação
A Constituição declara o direito de liberdade de reunião, assegurando que todos podem reunir-se pacificamente, sem 
armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião 
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armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente (art. 5º, 
XVI)
É o direito de união de forma estável e duradoura, em torno de um interesse comum, que tenha por objetivo um fim 
lícito. Tem a garantia de que a criação de associações independe de autorização, sendo vedada a interferência estatal 
em seu funcionamento (Art. 5°, XVIII), assim como na garantia de que elas só poderão ser compulsoriamente 
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado 
(Art. 5°, XIX) 
Art.5°/CF: é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar 
Direito de criar associação independente de autorização;-
Direito de se associar sem ser obrigado e de desligar-se quando quiser;-
Direito de permanência e existência, só podendo ser dissolvida por ação judicial;-
Direito do associado de ser representado pela associação judicial ou extrajudicialmente, desde que autorize 
expressamente, ainda que a autorização seja deliberada em assembleia
-
Liberdade de opção profissional
Art. 5° XIII/ CF. A CF consagra a liberdade de trabalho, ofício ou profissão como um Direito Fundamental
Direito de exercer sua profissão de acordo com opções e vocações, bem como direito extensivo às pessoas jurídicas 
em relação a sua liberdade de exercer atividade econômica, indústria ou comércio
Limites à liberdade de profissão
São as chamadas profissões regulamentadas que a lei irá exigir o cumprimento de certas condições e habilidades 
especiais, como a conclusão de graduação, aprovação em exames de ingresso em conselhos profissionais, registos em 
conselhos profissionais, entre outros. 
Art. 5°, inciso XIII - atendidas as qualificações que a lei estabelecer
É competência privativa da União Legislar sobre as condições para p exercício das profissões (Art. 22, XVI)
Direito à Privacidade 
Proteção à própria imagem frente aos meios de comunicação; dados pessoais; -
Intimidade: 
Dados sensíveis (ex: prontuário médico) -
Segredos mais recônditos do indivíduo. Ex: vida amorosa, diário íntimo, vida sexual, sigilo profissional-
Vida privada
Menos secreta-
Trabalho, família, vida social-
Honra
Nome e boa fama-
Honra é a dignidade pessoal refletida na consideração alheia e no sentimento da própria pessoa-
Crimes: calúnia, difamação e injúria (Arts. 139 - 140)-
Legítima defesa da honra -
Informação
Não responde civilmente o órgão de divulgação que, sem ofender a vida privada dos figurantes de fatos, 
notícias crimes, apurados em inquéritos policiais 
-
Fiscalização popular e direito à honra 
Garantia ao povo de que não haja censura nem abuso de poder-
Direito à imagemDireito à proteção da própria imagem, diante da utilização de fotografia em anúncio com fim lucrativo, sem a 
devida autorização da pessoa correspondente. Indenização pelo uso indevido da imagem
-
Inviolabilidade à honra e imunidade do advogado
A inviolabilidade do advogado, por seus atos e manifestações no exercício da profissão, não é absoluta, 
sujeitando-se aos limites legais
-
Inviolabilidade constitucional da privacidade dos dados bancários
Complementa a previsão ao direito à intimidade e vida privada (Art. 5°, X), sendo ambas previsões de defesa da 
privacidade 
-
Autorização para quebra do sigilo 
A inviolabilidade dos sigilos não é absoluta, podendo ser afastada quando estiverem sendo utilizados para ocultar a 
prática de atividade ilícitas presente os seguintes requisitos:
autorização judicial ou determinação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CF, art. 58, § 3º);a)
indispensabilidade dos dados constantes em determinada instituição financeira, Receita Federal ou Fazendas b)
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indispensabilidade dos dados constantes em determinada instituição financeira, Receita Federal ou Fazendas 
Públicas. Assim, a quebra do sigilo bancário e/ou fiscal só deve ser decretada, e sempre em caráter de absoluta 
excepcionalidade, quando existentes fundados elementos de suspeita que se apoiem em indícios idôneos, 
reveladores de possível autoria de prática delituosa por parte daquele que sofre a investigação;
b)
individualização do investigado e do objeto da investigação;c)
obrigatoriedade da manutenção do sigilo em relação às pessoas estranhas à causa;d)
utilização de dados obtidos somente para a investigação que lhe deu causa;e)
os sigilos bancário e fiscal são relativos e apresentam limites, podendo ser devassados pela Justiça Penal ou 
Civil, pelas Comissões Parlamentares de Inquérito e, excepcionalmente, pelo Ministério Público, em hipóteses 
restritas de investigação de recursos públicos, uma vez que a proteção constitucional do sigilo não deve servir 
para detentores de cargos públicos que realizam negócios escusos e não transparentes ou de devedores que 
tiram proveito deles para não honrar seus compromissos.
f)
Inviolabilidade domiciliar 
– a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo 
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
a)
A proteção constitucional à inviolabilidade domiciliar, abrange todo local, delimitado e separado, que alguém ocupa 
com exclusividade a qualquer título, inclusive profissionalmente, pois nessa relação entre pessoa e espaço 
preservaram-se, imediatamente, a intimidade e avida privada do indivíduo.
Sigilo de correspondência e de comunicação 
É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e 
na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal
XII-
Possibilidade de intercepção telefônica
Exceções
Ordem judicial;-
Para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;-
Nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer-
Somente será possível a autorização para a interceptação quando o fato investigado constituir infração penal 
punida com reclusão, o que, entendemos, não desautoriza a utilização, como meio de prova, de eventuais 
gravações relacionadas com crimes apenados com detenção, desde que conexos como o objeto principal da 
investigação e obtidas no mesmo procedimento
-
Gravação clandestina e direito à intimidade e à vida privada (CF, Art. 5°, X)
A tutela constitucional das comunicações pretende tornar inviolável a manifestação de pensamento que não se 
dirige ao público em geral, mas a pessoa ou pessoas determinadas. Consiste, pois, no direito de escolher o 
destinatário da transmissão
-
O plenário da Corte Suprema, por muito tempo, decidiu pela inadmissibilidade, como meio prova, de laudo de 
degravação de conversa telefônica obtido por meios ilícitos (art. 5º, LVI, da Constituição Federal), por se tratar 
de gravação realizada por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, havendo a de gravação sido feita 
com inobservância do princípio do contraditório, e utilizada com violação à privacidade alheia, consagrada no 
art. 5º, X, da Constituição Federal
-
A atual composição do Supremo Tribunal Federal, porém, alterando posicionamento anterior passou a admitir a 
gravação telefônica clandestina realizada por um dos interlocutores, estendendo essa permissão, inclusive, no 
tocante a gravações ambientais
-
Direito à imagem
Resguardar os aspectos físicos da pessoa, impedindo sua divulgação -
A divulgação carece de autorização dos envolvidos -
Direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais
Lei nº 13.709/2018. 
Art. 18. O titular dos dados pessoais tem direito a obter do controlador, em relação aos dados do titular por ele 
tratados, a qualquer momento e mediante requisição: 
I - confirmação da existência de tratamento; 
II - acesso aos dados; 
III - correção de dados incompletos, inexatos ou desatualizados; 
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III - correção de dados incompletos, inexatos ou desatualizados; 
IV - anonimização, bloqueio ou eliminação de dados desnecessários, excessivos ou tratados em desconformidade com 
o disposto nesta Lei; 
V - portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviço ou produto, mediante requisição expressa, de acordo com a 
regulamentação da autoridade nacional, observados os segredos comercial e industrial; 
VI - eliminação dos dados pessoais tratados com o consentimento do titular, exceto nas hipóteses previstas no art. 16 
desta Lei; 
VII - informação das entidades públicas e privadas com as quais o controlador realizou uso compartilhado de dados; 
VIII - informação sobre a possibilidade de não fornecer consentimento e sobre as consequências da negativa; 
IX - revogação do consentimento, nos termos do § 5º do art. 8º desta Lei
Direito de propriedade
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse 
social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de 
penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de 
financiar o seu desenvolvimento;
Propriedade Intelectual 
Aspecto patrimonial e moral. São inalienáveis e irrenunciáveis. Somente os materiais são objeto de transmissão. -
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível 
aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas 
atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos 
criadores, aos intérpretes e às respectivas representações
sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário
para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das
marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o
interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
Direito de Herança
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pelalei brasileira em benefício do cônjuge ou 
dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";
A defesa do consumidor
“XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;” 
A edição do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº8.078/90) regulamentou o preceito constitucional, 
estabelecendo as regras necessárias à proteção das relações de consumo e do próprio consumidor
-
A proteção do consumidor deve ser compatibilizada com os preceitos tradicionais da livre iniciativa e a livre 
concorrência.
-
Direito à informação 
“XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;”
Desdobramento do Art. 5°, XIV -
Lei 12.527/2012 -
Sob o inciso XXXIII, além de outros fundamentos, foi instituído o projeto de Justiça de Transição no Brasil, com a 
previsão da Comissão Nacional da Verdade, com o objetivo de reparação histórica por violações de direitos 
humanos e fundamentais cometidas na Ditadura Militar.
-
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Direito de Petição e Certidão 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal. Havendo negativa do órgão público é dada a garantia do acesso ao mandado de segurança ou 
qualquer outra medida judicial pertinente.
Direito de acesso à justiça
Atuação do poder judiciário para a defesa de um direito;-
é a previsão de inafastabilidade de jurisdição, que proibiu qualquer lei ou ato limitar o acesso ao Judiciário. A lei 
não pode condicionar o ingresso em juízo à prévia exaustão das vias administrativas.
-
A criação dos Juizados Especiais, destinados ao julgamento de causas de pequeno valor e menor complexidade 
também é reflexo desta garantia fundamental, considerando que possibilitam ajuizamento sem representação 
por advogado em determinados casos.
-
Súmula 667 - STF 
VIOLA A GARANTIA CONSTITUCIONALDE ACESSO À JURISDIÇÃO A TAXAJUDICIÁRIA CALCULADA SEM LIMITESOBRE O 
VALOR DA CAUSA.
Direito à segurança Jurídica 
XXXVI - A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada
Garantia fundamental dos regimes democráticos, consagra a proteção da confiança e a segurança de 
estabilidade das relações jurídicas constituídas
-
Certeza e estabilidade das relações ou situações jurídicas e a proteção à confiança -
Garantia do direito adquirido
Entende-se por direito adquirido a garantia segundo a qual um direito, quando cumpridas as condições necessárias 
para o seu exercício, incorpora-se definitivamente ao patrimônio de seu titular, que ainda não o exerceu, mas que 
poderá usufruí-lo a qualquer tempo, ainda que posteriormente extinto ou agravadas as bases normativas.
Garantia do ato jurídico perfeito 
É a garantia que preserva todos os atos ou negócios jurídicos decorrentes da manifestação legítima de vontade de 
quem os editou, em consonância com a ordem jurídica existente no momento de sua formação.
Ato já realizado e consumado de acordo com o sistema jurídico vigente em que efetivou. -
Distingue-se do direito adquirido, porque enquanto este resulta diretamente da lei, o ato jurídico perfeito 
decorre diretamente da vontade de quem o originou, estando apenas assentado na lei.
-
Garantia da coisa julgada 
é a garantia que torna inquestionável, imutável e irreversível uma decisão judicial contra a qual não caiba recurso. A 
finalidade do processo é a composição dos conflito de interesse, é mais do que recomendável que exista um 
momento em que a pacificação desses conflitos se torne definitiva. É a garantia que evita a eternização dos litígios e, 
em consequência, a rediscussão das controvérsias.
Ação rescisória e inconstitucionalidade 
São dispositivos que, buscando harmonizar a garantia da coisa julgada com o primado da Constituição, vieram agregar 
ao sistema processual brasileiro um mecanismo com eficácia rescisória de sentenças revestidas de vício de 
inconstitucionalidade qualificado, assim caracterizado nas hipóteses em que (a) a sentença exequenda esteja fundada 
em norma reconhecidamente inconstitucional – seja por aplicar norma inconstitucional, seja por aplicar norma em 
situação ou com um sentido inconstitucionais; ou(b) a sentença exequenda tenha deixado de aplicar norma 
reconhecidamente constitucional; e (c) desde que, em qualquer dos casos, o reconhecimento dessa 
constitucionalidade ou a inconstitucionalidade tenha decorrido de julgamento do STF realizado em data anterior ao 
trânsito em julgado da sentença exequenda”
Direitos Humanos e o Ordenamento Jurídico Brasileiro
Direito Fundamentais: positivados nas Constituições dos Estados
Direitos Humanos: previstos em documentos internacionais. 
A CF/88 adota técnica mais moderna; abre-se com um título sobre os princípios fundamentais, e logo introduz o -
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A CF/88 adota técnica mais moderna; abre-se com um título sobre os princípios fundamentais, e logo introduz o 
Título II – Dos Direitos e Garantia Fundamentais.
-
Cláusulas Pétreas
EXPLÍCITAS (art. 60, § 4º, DACF/88): não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
I – a forma federativa de Estado; 
II – o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III – a separação dos Poderes;
IV – os direitos e garantias individuais.
Implícitos: 
Titularidade do poder: a titularidade do poder pelo povo não pode ser alterada;-
Vedação à dupla reforma: a dupla reforma é a alteração de um limite ao Poder Reformador para permitir 
posterior modificação daquilo que outrora era vedado.
-
República: a matéria é controvertida, mas existem argumentos favoráveis a tese de que a República é uma 
cláusula pétrea.
-
Hierarquia e natureza dos tratados internacionais de direito humanos
1. Os que versam sobre direitos humanos, aprovados pelo rito da emendas constitucionais, ou seja, em cada casa do 
Congresso Nacional em dois turnos, por 3/5 dos votos dos respectivos membros. (art. 5º, § 3º da CF/88).
2. Os que versam sobre os direitos humanos, mas aprovados pelo procedimento ordinário– que são aprovados por 
maioria simples (art. 47 da CF/88), possuem status supralegal, situando-se entre as leis e a Constituição. Ex. Pacto de 
São José da Costa Rica.
3. Os que não versam sobre direitos humano ingressam no ordenamento jurídico brasileiro com força de lei ordinária. 
O STF não admite que Tratado Internacional trate de matéria reservada à Lei Complementar.
O controle de convencionalidade e suas espécies: o controle de matriz internacional e o controle de matriz nacional
Controle de convencionalidade internacional 
Conceito: consiste na análise da compatibilidade dos atos internos(comissivos ou omissivos) em face das normas 
internacionais(tratados, costumes internacionais, princípios gerais de direito, atos unilaterais, resoluções vinculantes 
de organizações internacionais),realizada por órgãos internacionais. É, em geral, atribuído a órgãos compostos por 
julgadores independentes, criados por tratados internacionais, para evitar que os próprios Estados sejam, ao mesmo 
tempo, fiscais e fiscalizados. É, portanto, fruto da ação do intérprete autêntico – os órgãos internacionais.
Controle de convencionalidade nacional
Conceito: consiste no exame de compatibilidade do ordenamento interno diante das normas internacionais 
incorporadas, realizado pelos próprios Tribunais internos. No Brasil, o controle de convencionalidade nacional na 
seara dos direitos humanos consiste na análise da compatibilidade entre as leis (e atos normativos) e os tratados 
internacionais de direitos humanos, realizada pelos juízes e tribunais brasileiros,no julgamento de casos concretos.
Diferenças entre controle de convencionalidade internacional e nacional
1) O parâmetro de confronto no controle de convencionalidade internacional é a norma internacional; seu objeto é 
toda norma interna, não importando a sua hierarquia nacional, podendo mesmo ser oriunda do Poder Constituinte 
Originário. No controle nacional, há limite ao objeto de controle, uma vez que não se analisam normas do Poder 
Constituinte Originário. 
2) No controle de convencionalidade nacional, a hierarquia do tratado-parâmetro depende do próprio Direito 
Nacional, que estabelece o estatuto dos tratados internacionais. No controle de convencionalidade internacional, o 
tratado de direitos humanos é sempre a norma paramétrica superior. 
3) A interpretação do que é compatível ou incompatível com o tratado-parâmetro não é a mesma e o controle 
nacional nem sempre resulta em preservação dos comandos das normas contidas nos tratados tal qual interpretados 
pelos órgãos internacionais.
Federalização dos crimes graves contra os direitos humanos
É a possibilidade, excepcional, de deslocamento da competência da justiça estadual, para a justiça federal, quando 
existe crime contra os direitos humanos, visando maior imparcialidade da investigação e processamento dos caso (art. 
109, § 5º, CF/1988 –incluído pelo EC nº 45/2004): 
A) grave violação de direitos humanos; 
B) necessidade de assegurar o cumprimento, pelo Brasil, de obrigações decorrentes de tratados internacionais; 
C) incapacidade das autoridades locais – oriunda de inércia, omissão, ineficácia, negligência, falta de vontade política, 
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C) incapacidade das autoridades locais – oriunda de inércia, omissão, ineficácia, negligência, falta de vontade política, 
de condições pessoais e/ou materiais.
Instituições de defesa dos direitos humanos no âmbito federal
Desde 1993, na Conferência de Viena da ONU, a comunidade internacional atualizou a compreensão sobre os 
elementos básico dos instrumentos sobre os direito humanos apontando a importância de ações pelos Estados. 
Recomentou, portanto, que o países formulassem e implementas sem Programas e Planos Nacional de Direito 
Humanos. 
Os planos e programa de direitos humanos são, portanto, instrumentos de avaliação de políticas públicas e de 
pactuação das demandas da sociedade; recursos para definir metas, orientar e consolidas as estratégias de 
ações do Estado nesse campo, além de contribuir para indicar à sociedade civil caminhos de monitoramento das 
políticas públicas.
-
Instituições de defesa dos direitos humanos no âmbito federal
Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH ( Decreto nº7.037/09): 
Interação democrática entre Estado e Sociedade Civil; -
Desenvolvimento e Direitos Humanos; -
Universalizar direitos em um contexto de desigualdade; -
Segurança pública, acesso à justiça e combate à violência; -
Educação e cultura em direitos humanos; -
Direito à memória e à verdade.-
Instituições de defesa dos direitos humanos no âmbito federal
Conselho Nacional de Direitos Humanos – CNDH 
Criador pela Lei nº 12.986/2014 em substituição do Conselho de Direitos da Pessoa Humana – CDDPH, o CNDH 
tem por finalidade a promoção e a defesa dos direitos humanos, mediante ações preventivas, protetivas, 
reparadoras e sancionadoras das condutas e situações de ameaça ou violação desses direitos. 
-
I) PROMOCIONAL: elaboração de estudos, recomendações e opiniões sobre ações na temática, inclusive para 
influenciar na capacitação e educação para os direitos humanos.
Conselho Nacional de Direitos Humanos – CNDH: 
II) FISCALIZADORA: dever de fiscalizar a política nacional de direitos humanos e observar o cumprimento das 
obrigações na capacitação e educação para os direitos humanos. 
III) REPRESSIVA: 
a) direta – apura condutas de violação de direitos humanos e impõe sanções, e 
b) indireta – o CNDH representa contra condutas violadoras e cobra ação das autoridades policiais e do 
Ministério Público, evitando que haja negligência e impunidade. 
Sanções: advertência pública, censura pública, recomendação para afastamento do cargo, função ou emprego 
da Administração Pública, recomendação de que não sejam concedidos financiamento público a entidades que 
violam direitos humanos.
-
Proteção Internacional dos Direitos Humanos
Os sistemas global e regionais de proteção de direitos humanos são estruturados em três eixos de adensamento da 
dignidade da pessoa humana na ordem jurídica internacional:
A) os tratados de direitos humanos em geral; 
B) os tratados de direito internacional humanitário; 
C) os tratados sobre os refugiados.
Sistemas de Proteção dos Direitos Humanos
Sobre o prisma do alcance, os conjuntos convencionais são globais ou regionais, tendo natureza complementar, não 
antagônica, e podem ser acessados alternativa ou sucessivamente pelos indivíduos atingidos ou pelos Estados 
legitimados, sempre que uma violação se apresenta. São os sistemas:
A) o sistema onusiano, constituído pelos tratados internacionais concluídos sob direção das Nações Unidas que têm o 
Secretariado Geral da ONU como órgão depositário;
B) o sistema interamericano, formado pelos tratados assinados no nosso hemisfério e que têm na OEA o seu 
depositário; 
C) o sistema europeu, o primeiro regime regional, que abrange os tratados firmados no âmbito do Conselho da 
Europa (CoE), organização distinta da União Europeia (UE) e que tem 47 membros; 
D) o sistema africano, que engloba os tratados que foram gestados pela Organização da Unidade Africana, que em 
1999, com a Declaração de Sirte, passou a se denominar União Africana (UA), com 55 membros.
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1999, com a Declaração de Sirte, passou a se denominar União Africana (UA), com 55 membros.
Não há um sistema asiático regional de proteção de direitos humanos. 
Na Ásia, o mais amplo está representado em torno da Associação das Nações do Sudoeste Asiático (ASEAN –
Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos, Camboja), instituição criada 
em 1967. 
-
Várias nações da Ásia são parte de tratados do sistema onusiano. -
Também não existem sistemas regionais organizados para a proteção no Pacífico ou na Oceania. -
No contexto brasileiro, os sistemas onusiano e interamericano aderem à ordem brasileiro diretamente, a partir 
da integração de seus tratados com status supralegal ou constitucional. 
-
Os sistemas africano e europeu relacionam-se indiretamente com o ordenamento jurídico brasileiro, 
especialmente em temas de cooperação jurídica internacional.
-
Três aspectos da proteção dos Direitos Humanos
Há três aspectos importantes na proteção de Direitos Humanos: o caráter erga omnes, sua exigibilidade e aplicação 
imediata. 
A) erga omnes: reconhecidos por toda a comunidade internacional e aplicados a todos os seres humanos, 
diretamente pelos Estados ou órgãos supranacionais. Qualquer indivíduo, sem discriminação, pode reclamar seus 
direitos humanos e invocar a proteção judicial em caso de violação. 
B) exigibilidade: são exigíveis na comunidade internacional e seu enforcement deve realizar-se preferencialmente por 
mecanismos coletivos, previstos em tratados, com competência para reconhecer ou não a existência de 
responsabilidade internacional, do Estado por violação de direitos humanos. 
C) aplicabilidade imediata: os direitos humanos são gravados com esta característica (self-executing). Terão 
autoaplicabilidade, independentemente de interposição legislativa no plano local.
Os direitos humanos tem dupla dimensão: objetiva e subjetiva. 
No aspecto objetivo, o Estado têm o dever de implementar e desenvolver os direitos individuais e de prever 
mecanismos para assegurá-los concretamente. Os direitos humanos são um conjunto de regras impositivas para a 
proteção de direitos individuais.
Tais deveres de proteção correspondem à proibição da proteção deficiente e constam dos tratados mais 
importantes, como obrigações positivas aos Estados signatários.-
No aspecto subjetivo, os direitos humanos são faculdades atribuídas a certos sujeitos, que são beneficiários da 
proteção dos Estados.
-
Sistema Global ou Universal de Proteção aos Direitos Humanos
• Sistema iniciado após a Segunda Guerra, com a criação da ONU e posteriormente, com a adoção de diversos 
tratados e convenções internacionais de direitos humanos. 
• Conta com organismos judiciais e “quase-judiciais”, cuja função é monitorar o cumprimento das normas contidas 
nos tratado e convenção pelos Estados signatários (os treaties bodies). 
• Os órgãos de tratados recebem e analisam relatório periódicos acerca das medidas que determinado Estado tem 
adotado para cumprir as obrigações assumidas, bem como petições individuais de vítimas de direitos humanos.
• A internacionalização dos direitos humanos tem se apresentado como ferramenta essencial para a proteção de 
grupos vulneráveis contra a conduta violadora ou negligente dos Estados.
Organização das Nações Unidas (ONU) 
• O conjunto convencional do sistema ONU é composto por uma grande série de tratados, convenções e protocolos 
de cunho universal, com escopo geral ou temático. 
• Ao lado do conjunto convencional, há declarações, princípios e asregra mínimas, documentos que integram as 
soluções de soft law. 
• Os documentos fundantes do sistema onusiano são um tratado – a Carta das Nações Unidas, de 1945 – e um 
instrumento de natureza jurídica controvertida – a Declaração Universal dos Direitos Humanos– DUDH, de 1948. 
• Há, ainda, dois tratados fundamentais de 1960: o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (PIDCP) e o Pacto 
Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC)
Na temática dos direitos humanos, no sistema onusiano, vários órgãos têm relevância, como a Assembleia Geral, o 
Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, a Corte Internacional de Justiça e o Secretariado. São os 
chamados UN Charter Bodies. 
• Atualmente, no sistema onusiano, há 10 human rights treaty bodies, que são compostos por peritos (quase-juízes) 
independentes indicados pelos Estados Partes escolhidos pela Assembleia Geral das Nações Unidas:
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Comitê Tratado 
Comitê de Direitos Humanos (HRC) -
Genebra
Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos(1966) e seu Protocolo 
Facultativo (1966)
Comitê de Direito Econômicos, Sociais e 
Culturais (CESCR) - Genebra
Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966) e 
seu Protocolo Facultativo
Comitê sobre Eliminação da 
Discriminação Racial (CERD) - Genebra
Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de 
Discriminação Racial (1966)
Comitê sobre a Eliminação da 
Discriminação contra a Mulher 
(CEDAW) - Genebra
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação 
contra a Mulher (1969) e Protocolo Facultativo à Convenção sobre os 
Direitos da Mulher
Comitê contra a Tortura (CAT) –
Genebra
Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, 
Desumanos ou Degradantes (1984)
Comitê sobre os Direitos da Criança 
(CRT) - Genebra
Convenção sobre os Direitos da Criança (1989) e Protocolo Facultativo 
Relativo a um Procedimento de Comunicações (2011)
Comitê sobre Trabalhadores Migrantes –
(CMW) – Nova York
Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de Todos os 
Trabalhadores Migrantes e dos Membro das suas famílias (1990)
Comitê dos Direitos das Pessoas com 
Deficiência (CRPD) - Genebra
Convenção dos Direitos das Pessoas como Deficiência(2007) e seu 
Protocolo Facultativo (2007)
Comitê contra Desaparecimentos 
Forçados (CED) - Genebra
Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o 
Desaparecimento Forçado (2006)
Subcomitê para a Prevenção da Tortura 
(SPT) - Genebra
Protocolo Facultativo à Convenção contra a Tortura(2002)
Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)
O Sistema Universal de Direitos Humanos é composto por tratados de adesão aberta a todos os Estados e possui 
como maior fundamento a Declaração Universal dos Direitos Humanos e gerido, principalmente, pela ONU através do 
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. 
• Tem como fundamentos a universalidade, igualdade e não discriminação. Outros aspectos relevantes são os direitos 
sociais, civil e políticos além da não admissão da pena de morte. 
• A natureza jurídica da DUDH é de resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, e tem força vinculante de 
direito costumeiro internacional e é interpretação autêntica da ONU sobre a temática dos direitos humanos.
• O artigo 5º da CF/88 é baseado na DUDH.
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (PIDCP)
Aprovado em 1966, mas com entrada em vigor somente no ano de 1976,em decorrência da necessidade de uma certo 
número de ratificações, tendo, em 2021, um número de 173 Estados participantes. 
• Direitos que o pacto protege: vida, direito de não submissão a tortura ou tratamentos cruéis e desumanos, direito a 
não escravização e servidão, direitos à liberdade e segurança pessoal e, o direito de não ser submetido a prisões 
arbitrárias, direito de julgamento justo, de igualdade, proteção à interferência arbitrária na vida privada, liberdade de 
movimento, direito a nacionalidade, direito de casar, formar uma família, liberdade de pensamento, consciência, 
expressão, religião, opinião, expressão, religião, reunião pacífica, liberdade de associação, direito de escolher 
sindicatos, devotar e de tomar parte do Governo.
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (PIDCP)
• Conjuntamente ao texto principal, há o Protocolo facultativo ao Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, 
adotado em 16 de dezembro de1966 e, se refere ao mecanismo de petições individuais que serão apreciados pelo 
Comitê de Direitos Humanos. 
• Até 2021, 116 Estados retificaram o Protocolo, sendo relevante o fato que até hoje os EUA não assinaram e 
ratificaram o tratado, apenas o texto principal. 
• A petição individual deve estar de acordo com os requisitos presentes no art. 5º e comprovar que o pedido não está 
sendo examinado em outra instância internacional. 
• O Estado deve ainda, cumprir o prazo de 6 meses para fornecer informações ao Comitê. O órgão ainda poderá 
determinar reparação pelo Estado violador.
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Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC)
Tratado que tem como objetivo incorporar os dispositivos presentes na Declaração Universal, criando obrigações 
legais para serem cumpridas pelos Estados-membros,171 países em 2021. São os direitos de segunda dimensão: 
direito ao trabalho e a justa remuneração, direito de formar e associar-se a sindicatos, direito ao nível de vida 
adequado, à moradia, educação, previdência social, saúde e, direito à participação na vida cultural. O Protocolo 
Facultativo também garante o mecanismo das petições individuais e habilita ao Comitê de Direitos Econômicos a 
analisar as petições de indivíduos que alegam violação por parte dos Estados. Há, ainda, possibilidade de investigação 
externa.
Tribunal Penal Internacional
Criado a partir da reunião de plenipotenciários que aprovaram o Estatuto de Roma - 1998, o Tribunal Penal 
internacional (TPI) é uma corte independente, de caráter permanente, de abrangência universal, vinculado ao sistema 
das Nações Unidas e que possui como principal característica o princípio da complementaridade. 
• O Tribunal atua de forma complementar às jurisdições dos tribunais dos
Estados-Partes, caso o julgamento nacional tenha sido realizado de maneira parcial ou inidônea ou se o ente estatal 
opta pela jurisdição internacional. 
• O início da jurisdição será relacionado aos crimes cometidos no território dos estados signatários à partir de 2002.
• O Brasil ratificou o Estatuto de Roma, ato que foi promulgado por meio do Decreto n o 4.388, de 25 de setembro de 
2002, sujeitando-se aos ditames legais nele estabelecidos. 
• O Estatuto do TPI prevê o julgamento de pessoas envolvidas

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