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Métodos científicos

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Métodos científicos
A pesquisa científica
É a exploração, é a inquisição e é o procedimento sistemático e intensivo que têm por objetivo descobrir, explicar e compreender os fatos que estão inseridos ou que compõem uma determinada realidade.
A pesquisa científica é o produto de uma investigação, cujo objetivo é resolver problemas e solucionar dúvidas, mediante a utilização de procedimentos científicos. A investigação é a composição do ato de delimitar, observar e experimentar os fenômenos, colocando de lado a sua compreensão a partir de apreensões superficiais, subjetivas e imediatas. (BARROS; LEHFELD, 1990)
Pesquisa Pura e Pesquisa Aplicada
Há muitas razões que determinam a realização de uma pesquisa. Podem, no entanto, ser classificadas em dois grandes grupos: razões de ordem intelectual e razões de ordem prática. São chamadas puras e aplicadas . A pesquisa classifica-se como aplicada ou prática quando é desenvolvida tendo-se em vista sua utilização. Exemplo: A busca de uma vacina contra a AIDS; A implantação de ferramentas de qualidade total na empresa. 
A pesquisa é pura quando não tem por finalidade a utilização prática, mas contribui para o avanço do conhecimento da teoria estudada. 
Mesmo que a pesquisa de base não dê nenhuma perspectiva de utilidade a curto e médio prazo ela não pode ser considerada dispensável. Além do conhecimento per se, pode haver alguma aplicação que simplesmente não estava prevista. Ninguém que viveu no primeiro quarto do século XX poderia imaginar que estudos aparentemente tão distantes da realidade, sobre espectros de corpo-negro, efeito fotoelétrico, espectros de emissão e absorção atômicos, formariam a base de uma teoria que seria responsável direta pelo futuro desenvolvimento não só do laser, mas também de aparelhos de televisão, computadores e uma enorme quantidade de outras maravilhas eletrônicas que fazem parte de nosso cotidiano.
Mesmo a ciência aplicada também pode originar novos questionamentos de caráter fundamental. Muitas das observações experimentais feitas no século XIX ligadas a problemas tecnológicos como o controle da temperatura de fornos metalúrgicos não puderam ser entendidas a contento com base no referencial teórico disponível para a física da época. Os espectros de emissão térmica de corpos negros só puderam ser descritos com a introdução do conceito de quantização de energia. A motivação de Planck para seus trabalhos sobre a radiação de corpo negro é um bom exemplo de como a ciência aplicada pode levar a descobertas na ciência pura, o que só reforça a hipótese de que a distinção entre as duas é inexata, absurda e artificial.
Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/biosferas/art_11.php>
Pesquisa qualitativa
Na abordagem qualitativa, o pesquisador procura aprofundar-se na compreensão dos fenômenos que estuda – ações dos indivíduos, grupos ou organizações em seu ambiente e contexto social – interpretando-os segundo a perspectiva dos participantes da situação enfocada, sem se preocupar com representatividade numérica, generalizações estatísticas e relações lineares de causa e efeito. Assim sendo, a interpretação, a consideração do pesquisador como principal instrumento de investigação e a necessidade do pesquisador de estar em contato direto e prolongado com o campo, para captar os significados dos comportamentos observados, revelam-se como características da pesquisa qualitativa. 
(ALVES, 1991; GOLDENBERG, 1999; NEVES, 1996; PATTON, 2002). 
Os métodos quantitativos e qualitativos, apesar de suas especificidades, não se excluem. Para melhor compreendê-los, apresentam-se, a seguir, as suas principais características. 
Nos estudos organizacionais, a pesquisa quantitativa permite a mensuração de opiniões, reações, hábitos e atitudes em um universo, por meio de uma amostra que o represente estatisticamente. 
Método científico
O método é um instrumento do conhecimento que proporciona aos pesquisadores orientação geral que facilita planejar uma pesquisa, formular hipóteses, coordenar investigações, realizar experiências e interpretar os resultados. 
O método é um caminho, uma forma, uma lógica de pensamento.
Método, em pesquisas, é a escolha de procedimentos sistemáticos para descrição e explicação de um estudo.
O método acompanha todo saber que pretende ir além das experiências vulgares
O método outorga ao saber sua firmeza, a sua coerência, a sua validade, é como o princípio organizador e a sua garantia.
De acordo com a natureza específica de cada problema investigado, estabelece-se a escolha dos métodos apropriados para se atingir um fim, que é o saber.
O método baseia-se, principalmente, em dois motivos:
A) natureza do objeto a que se aplica; e
B) objetivo que se tem em vista.
Método é um plano de ação, formado por um conjunto de etapas ordenadamente dispostas
Dispositivo ordenado, o procedimento sistemático, em plano geral. (CERVO; BERVIAN, 2002)
Técnica é a aplicação do plano metodológico e a forma especial de o executar. A técnica está subordinada ao método, sendo sua auxiliar imprescindível. (CERVO; BERVIAN, 2002)
Técnica está ligada ao modo de realizar a atividade, fazendo-a transcorrer de forma mais hábil, mais perfeita.
O método refere-se ao atendimento de um objetivo, enquanto a técnica operacionaliza o método.
Métodos científicos
Métodos racionais – são aqueles que fazem parte da estrutura do raciocínio. Já raciocínio é um procedimento coerente que coleta elementos relativos de faculdade espiritual própria do homem, ou seja, a razão.
Esses elementos se processam pelo método indutivo (análise) e pelo método dedutivo (síntese), os quais constituem procedimentos fundamentais para a compreensão de fatos por meio da ciência.
Métodos de abordagem
Indução X Dedução 
Essas formas de condução do raciocínio, a indução e a dedução, são operações mentais, formas de raciocínio, conclusões baseadas na reflexão e não, apenas, no livre curso do pensamento.
O pensamento alimenta-se da realidade externa e é produto direto da experiência; é natural, dispersivo, espontâneo, tem compromisso com o sentimento, com a opinião.
A reflexão requer um esforço de concentração; é dirigida e planificada. Na reflexão, a conclusão do raciocínio é o último elo da cadeia lógica de ideias; o raciocínio é ordenado, coerente, lógico.
método indutivo 
Método indutivo (Bacon, Hobbes, Locke e Hume)
É um procedimento do raciocínio que, a partir de uma análise de dados particulares, encaminha-se para noções gerais.
Neste caso, apresenta-se como forma ordenada do raciocínio dos dados singulares para uma verdade geral.
Assim, a marcha do conhecimento principia com os elementos singulares e vai caminhando para os elementos gerais.
Pressupõe que o conhecimento é fundamentado na experiência,
A generalização deriva da observação de casos da realidade concreta.
Por exemplo:
Partindo da observação empírica de que a prata é um minério condutor de eletricidade e que se inclui no grupo dos metais, conclui-se, portanto, que ela faz parte dos minérios. Daí se infere, por análise indutiva, que a prata é condutor de eletricidade. 
PARTICULAR GERAL
Ex: 	Este pedaço de fio de cobre conduz energia.
		Este segundo e este terceiro pedaços de fio de cobre conduzem 
 energia.
		___________________________________
		Fio de cobre (todo) conduz energia.
		Cobre conduz energia.
		Ouro conduz energia.
		Ferro conduz energia
		____________________________________
		(Todo) metal conduz energia
__________________________________________________________________
O curso de Administração da Faculdade X é bem conceituado e de boa qualidade;
A faculdade X possui, também, cursos de Ciências Contábeis e Economia;
Logo, os cursos de Ciências Contábeis e Economia são de boa qualidade.
Método dedutivo
É um raciocínio que ocorre de modo contrário ao anterior. Parte-se de uma verdade estabelecida (geral) para provar a validade de um fato particular.
 Parte do geral para o particular, do conhecimento universal
para o conhecimento particular. Da causa para o efeito.
Por exemplo: Todos os metais são condutores de eletricidade. A prata é um metal; logo a prata é condutor de eletricidade.
Pelo raciocínio dedutivo, se os metais pertencem ao grupo dos condutores de eletricidade e se a prata conduz eletricidade, necessariamente entendemos que a prata é um metal. Não há outra alternativa.
De modo geral, toda a atividade intelectual procede dos métodos indutivo e dedutivo. O método indutivo é uma fase meramente científica, é o espírito experimental da ciência, por meio do qual os resultados universais empíricos são obtidos, já o dedutivo é a fase de realização da atividade. Assim, a indução oferece-nos probabilidades, e a dedução, certezas.
O método dedutivo pode demonstrar que um fenômeno é consequência de outro fenômeno.
Método Dedutivo – (Descartes, Spinoza e Leibniz)
Só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. Tem o objetivo de explicar o conteúdo da premissa.
GERAL PARTICULAR
Ex: 	Todo homem é mortal 
 	Pedro é homem
 		Pedro é mortal 
		Todo mamífero é vertebrado 
		Todo homem é mamífero
		Todo homem é vertebrado 
O governo baixou lei que isenta as pessoas maiores de 60 anos de pagar passagem de ônibus;
Minha avó irá completar 60 anos no próximo mês;
Logo, ela não precisará mais gastar dinheiro com passagem de ônibus.
Indução
Dedução
Generaliza uma conclusãoobtida a partir de um número restrito de casos
Particulariza a conclusão a partir da confirmação geral de todos os casos.
Premissa maior não é verdade para todos os casos.
Premissa maior é a verdade para todos os casos e contém a premissa menor.
Empírica, experimental,hipotética
Lógica, segura, comprovada
Indica probabilidade
Verdade incontestável
Propõe verdades para serem deduzidas
Comprova verdades induzidas.
A busca da verdade pode ser feita tanto pela indução, como pela dedução. Na última, há uma verdade incontestável; no primeiro, probabilidades. Se o homem só trabalhar com raciocínios dedutivos, a ciência não progredirá, apenas se confirmará. Através de induções, proposições de verdades, serão descobertos novos caminhos, novas leis, novos princípios úteis ao bem-estar da humanidade.
O método hipotético-dedutivo
É a herança da corrente epistemológica denominada positivismo, que vê o mundo como existindo, independente da apreciação que alguém faça dele, independentemente do olho do observador. Deduz alguma coisa a partir da formulação de hipóteses que são testadas, e busca de regularidades e relacionamentos causais entre elementos.
Enfatiza a relevância da técnica e da quantificação, daí serem os procedimentos estatísticos sua grande força. Questionários estruturados, testes e escalas são seus principais instrumentos de coleta de dados. 
Método fenomenológico
Opõe-se à corrente positivista, para afirmar que algo só pode ser entendido a partir do ponto de vista das pessoas que o estão vivendo e experimentando; tem portanto, caráter subjetivo.
As crenças, paradigmas e valores estão presentes no olhar que lança ao fenômeno estudado.
Busca a compreensão de significados. A compreensão exige a leitura do contexto. Diários, biografias, relatos centrados no cotidiano, estudos de caso, observação, conteúdo de textos para a análise são as principais fontes de dados para o pesquisador.
Método fenomenológica
Seus fundamentos são encontrados na Fenomenologia, movimento filosófico iniciado no século XX e que tem como principais expoentes Edmund Husserl (1859-1938), Martin Heidegger e Maurice Merleau-Ponty (1908-1961).
Método dialético
Também se opõe à corrente positivista e sua linearidade. Vê as coisas em constante fluxo e transformação. Seu foco é o processo. Dentro dele, o entendimento de que a sociedade constrói o homem e, ao mesmo tempo, é por ele construída.
Conceitos como totalidade, contradição, mediação, superação lhe são próprios. Longe de isolar um fenômeno, estuda-o dentro de um contexto, que configura a totalidade. Nesta, observa que tudo, de alguma forma, mutuamente se relaciona e que há forças que se atraem e, ao mesmo tempo, contraditoriamente, se repelem. É a contradição que permite a superação de determinada situação, ou seja, a mudança.
Tanto no método fenomenológico quanto no dialético o pesquisador obtém os dados de que necessita na observação, em entrevistas e questionários não estruturados, nas histórias de vida, em conteúdos de textos, na história de países, empresas, organizações em geral, enfim, em tudo aquilo que lhe permita refletir sobre processos e interações.
Outros métodos
Método Etnográfico é o método que, apropriado da Antropologia, exige do pesquisador contato direto e prolongado com seu objeto de estudo. Vale-se, predominantemente, da observação participante e da entrevista não estruturada para obter dados sobre pessoas, espaços, interações, símbolos e tudo o mais que interessar a sua investigação. Embora parta de algum referencial teórico, o pesquisador não é a ele escravizado. Confronta teoria e prática o tempo todo e vai reconstruindo a teoria.
Método comparativo
Busca ressaltar similaridades e diferenças entre pessoas, padrões de comportamento e fenômenos. Não são raros estudos que comparam, por exemplo, semelhanças e diferenças entre culturas, como a americana e a japonesa, ou padrões de comportamento entre empresas do início e deste fim de século.
Podem ser feitos estudos comparando diferentes culturas ou sistemas políticos, padrões de comportamentos familiares, variáveis organizacionais, fatos contáveis, comportamentos religiosos de épocas diferentes.
Este método é eficaz para tratar problemas que envolvam escolha e opção entre medidas, estratégias, táticas organizacionais, vendas, custos e outros.
Método sistêmico
Procura identificar as relações do todo com as partes e das partes entre si. O todo pode ser, por exemplo, um ambiente de negócios e as partes, as empresas que o viabilizam; ou pode ser uma empresa e suas partes internas. 
O método privilegia processos e seu movimento na direção de uma evolução. Descarta, no entanto, a possibilidade de contradições, como forma de superação de uma situação.
Survey para medir opiniões e atitudes
De acordo com Maria Helena Michel (2009)
É o método que utiliza escalas de medidas, muito usado na pesquisa qualiquanti, cujo propósito é medir e quantificar opiniões e atitudes.
O significado da palavra survey nos remete às noções de levantamento, sondagem, varredura; por isso, sua importância e adequação principalmente para medir atitudes, motivos, opiniões de um grupo de pessoas definido por amostra.
Grounded theory
Método que objetiva captar o simbólico e gerar teoria, com base em dados coletados pelo pesquisador, no campo. É portanto, um método indutivo. É no processo de investigação que conceitos e hipóteses são formulados, não a priori. O pesquisador busca a emergência de categorias e as relações entre elas, notadamente no que diz respeito a diferenças, de modo a poder construir uma teoria.
Tipo de pesquisa
Há várias taxionomias de tipos de pesquisa, conforme os critérios utilizados pelos autores.
De acordo com Vergara (2005)
A. quanto aos fins;
B. quanto aos meios.
Quanto aos fins, uma pesquisa pode ser:
A. exploratória
B. descritiva
C. explicativa
D. metodológica
E. aplicada
F. intervencionista
Quanto aos meios de investigação, pode ser:
A. pesquisa de campo
B. pesquisa de laboratório
C. telematizada
D. documental
E. bibliográfica
F. experimental
G. ex post facto
H. participante
i. pesquisa-ação
J. estudo de caso.
Investigação exploratória
É realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não comporta hipóteses que, todavia, poderão surgir durante ou ao final da pesquisa.
A pesquisa descritiva
Expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que
descreve, embora sirva de base para tal explicação. Pesquisa de opinião insere-se nessa classificação.
Pesquisa explicativa
Tem como principal objetivo tornar algo inteligível, justificar os motivos. Visa, portanto, esclarecer quais fatores contribuem, de alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno. Por exemplo: as razões do sucesso de determinado empreendimento. Pressupõe pesquisa descritiva como base para suas explicações.
Pesquisa metodológica 
É o estudo que se refere a instrumentos de captação ou de manipulação da realidade. Está, portanto, associada a caminhos; formas, maneiras, procedimentos para atingir determinado fim. Construir um instrumento para avaliar o grau de descentralização decisória de uma organização é exemplo de pesquisa metodológica.
Pesquisa aplicada
É fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não. Tem, portanto, finalidade prática, ao contrário da pesquisa pura, motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador e situada sobretudo no nível da especulação.
Exemplo de pesquisa aplicada: proposta de mecanismos que diminuam a infecção hospitalar.
Investigação intervencionista
Tem como principal objetivo interpor-se, interferir na realidade estudada, para modificá-la. Não se satisfaz, portanto, em apenas explicar. Distingue-se da pesquisa aplicada pelo compromisso de não somente propor resoluções de problemas, mas também de resolvê-los efetiva e participativamente.
Pesquisa de campo
É investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionários, testes e observação participante ou não.
Exemplo: levantar com os usuários do Banco X a percepção que têm sobre o atendimento ao cliente.
Pesquisa de laboratório
É experiência realizada em local circunscrito, já que no campo seria praticamente impossível realizá-la. Simulações em computador situam-se nesta classificação.
Pesquisa telematizada – busca informações em meios que combinam o uso de computador e de telecomunicações. Pesquisas na Internet são um exemplo.
Investigação documental
É a realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas: registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, microfilmes, fotografias, vídeo-tape, informações em disquete, diários, cartas pessoais e outros. O livro editado pela Fundação Getúlio Vargas e pela Siciliano em 1995 sobre a vida de Getúlio Vargas é, basicamente, apoiado em pesquisa documental, notadamente, o diário de Vargas.
Pesquisa bibliográfica
É o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. Fornece instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesma. 
Pesquisa experimental
É investigação empírica na qual o pesquisador manipula e controla variáveis independentes e observa as variações que tal manipulação e controle produzem em variáveis dependentes. Variável é um valor que pode ser dado por quantidade, qualidade, característica, magnitude, variando em cada caso individual. Exemplo: na expressão sociedade globalizada, globalizada é variável do conceito sociedade. Variável independente é aquela que influencia, determina ou afeta a dependente. É conhecida, aparece antes, é o antecedente. Variável dependente é aquela que vai ser afetada pela independente. É descoberta, é o consequente. A pesquisa experimental permite observar e analisar um fenômeno, sob condições determinadas. 
Pesquisa participante
Não se esgota na figura do pesquisador. Dela tomam parte pessoas implicadas no problema sob investigação, fazendo com que a fronteira pesquisador/pesquisado, ao contrário do que ocorre na pesquisa tradicional, seja tênue.
Pesquisa-ação
É um tipo particular de pesquisa participante que supõe intervenção participativa na realidade social. Quanto aos fins é, portanto, intervencionista.
Estudo de caso
É o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão público, uma comunidade ou mesmo um país. Tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo.
Exemplos de problema de pesquisa
Problema: 
Alguns autores têm afirmado que a produção científica brasileira em organizações está fortemente calcada em referencial estrangeiro, sobretudo no de origem americana. Quais as possíveis consequências desse fato para a administração no Brasil?
Objetivo geral:
Apresentar a consolidação de reflexões sobre as possíveis consequências, para a administração no Brasil, das referências utilizadas por nossos autores.
Objetivos específicos
- levantar as nacionalidades das referências utilizadas por autores brasileiros de análise organizacional;
- levantar as principais razões que levam esses autores à utilização do tipo de referencial indicado e, dessa forma, explicar tal uso.
Problema: Quais as percepções, expectativas e sugestões dos trabalhadores em educação da UFRJ quanto a sua política de qualificação para esse segmento?
Tipo de pesquisa:
Para a classificação da pesquisa, toma-se como base a taxionomia apresentada por Vergara (1990), que a qualifica em relação a dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios.
Quanto aos fins, a pesquisa será exploratória e descritiva. Exploratória porque, embora a UFRJ seja uma instituição com tradição e alvo de pesquisas em diversas áreas de investigação, não se verificou a existência de estudos que abordem a política de qualificação de seu quadro de funcionários com o ponto de vista pelo qual a pesquisa tem a intenção de abordá-la. Descritiva, porque visa descrever percepções, expectativas e sugestões do pessoal técnico-administrativo de nível superior da UFRJ, acerca de sua política de qualificação de pessoal.
Quanto aos meios, a pesquisa será bibliográfica, documental e de campo. Bibliográfica, porque para a fundamentação teórico-metodológica do trabalho será realizada investigação sobre os seguintes assuntos: evolução das organizações e recursos humanos, setor de recursos humanos, planejamento e administração de pessoal, qualificação de pessoal, política educacional, missão da universidade, quadro de pessoal de uma universidade. A investigação será, também, documental, porque se valerá de documentos internos à UFRJ que digam respeito ao objeto de estudo. A pesquisa será de campo, porque coletará dados primários na UFRJ.
Referências 
FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
BARROS, Aidil de Jesus paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. 14. Ed. Petrópolis, rj: vozes, 2003.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
MICHEL, Maria Helena. Metodologia e pesquisa científica em ciências sociais. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
ALVES, A. J. O planejamento de pesquisas qualitativas em educação. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 77, p. 53-61, maio, 1991. 
GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Record, 1999. 
NEVES, J. L. Pesquisa qualitativa: características, usos e possibilidades. Cadernos de Pesquisas em 
Administração, v. 1, n.3, 2º sem., 1996. 
PATTON, M. Qualitative research and evaluation methods. Londres, Thousand Oaks : Sage Publications, 2002.

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