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FACULDADE DAS AMÉRICAS
FAM 2014
RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA MATERIAL NAS AÇÕES DE PATERNIDADE
Docente: Marcos Lopes Padilha
Discente: Nádia Pessotti
RA: 06080
Sumário
I – Tema
II – Justificativa
III – Problema
IV – Revisão da doutrina
V – Crítica a doutrina
VI – Resposta do autor do projeto
VII – Objeto de pesquisa
VIII – Metodologia de pesquisa
IX - Referências bibliográficas
I – Tema
 Tema que tem gerado grande controvérsia na doutrina, é sem dúvida o da relativização da coisa julgada material. Esta, por si, gera a INDISCUTIBILIDADE da decisão judicial no processo em que foi produzida e em qualquer outro, não eternizando os litígios entre as partes e validando o princípio da segurança jurídica das sentenças transitadas em julgado.
 Ocorre que, em razão de certos casos, há quem sustente a possibilidade de se desconsiderar a sentença transitada em julgado (produtora da coisa julgada material). Um dos exemplos que tem sido usado para dar fundamento a essa tese é o da ação de investigação de paternidade, cuja sentença, transitada em julgado, declarou que o autor não é filho do réu (ou o inverso), vindo depois de muitos anos um exame de DNA a demonstrar o contrário. Diante disso, e para tornar possível a rediscussão do que foi afirmado pela sentença transitado em julgado, argumenta-se que a INDISCUTIBILIDADE da coisa julgada não pode prevalecer sobre a realidade, e que, portanto deve ser possível rever a conclusão formada. 
 Assim, entram em conflito alguns princípios constitucionais: em defesa da imutabilidade da coisa julgada, o princípio da segurança jurídica e, em favor da relativização nas ações de investigação de paternidade, o principio da dignidade da pessoa humana e a verdade real, que no âmbito jurídico equivale ao próprio ideal de justiça.
 Este trabalho pretende demonstrar à possibilidade de mitigação da coisa julgada material na propositura da ação de investigação de paternidade, que a época da prolação da sentença não teve o autor ou réu a possibilidade de realização de exame de DNA, seja por HIPOSSUFICIÊNCIA econômica, pelo difícil acesso a este ou ainda, pela inexistência da técnica. Para tanto, far-se-á necessário o estudo de princípios regentes da Carta Magna, o equilíbrio e ponderação entre esses valores de suma importância para a preservação do Estado Democrático de Direito, afim de que se busque uma sentença justa e digna para aqueles que postulam a respectiva tutela jurisdicional.
 Para chegar a esse ponto passaremos pela análise das espécies de coisa julgada, os mecanismos processuais para a impugnação desta, o conflito entre os princípios regentes na carta Magna, os direitos fundamentais e as decisões dos Superiores Tribunais de Justiça e do Supremo Tribunal Federal referentes ao tema.
 Esperamos que, ao fim, tenhamos cumprido os propósitos acima e, mais ainda, tenhamos abordado um tema de suma importância em uma sociedade que se pretende evoluída e respeitadora do Estado Democrático de Direito e da dignidade do ser humano.
 II – Justificativa
 Durante muitos séculos a coisa julgada material foi tida como algo absolutamente intocável. Um verdadeiro dogma, insuscetível de qualquer discussão. A coisa julgada era vista como um instrumento de pacificação social. Ainda que equivocada a sentença, a partir de certo momento deveria ser ela considerada imutável e indiscutível, sob pena de se eternizar o conflito. E esse conceito é de fato, permanente na doutrina processualística. 
A questão até poucos anos não era objeto de atenção da doutrina ou pela jurisprudência. Em tempos recentes, no entanto, especialmente em virtude do surgimento e aperfeiçoamento do exame de DNA e de sua aparente condição de propiciar absoluta certeza a respeito da existência ou inexistência de vínculo genético entre autor e réu, o assunto passou a chamar a atenção, pois no passado muitas ações de investigação de paternidade foram julgadas improcedentes pela impossibilidade probatória real; os juízes baseavam suas decisões em fatos corriqueiros e poucos pontuais. 
Assim, passados anos da sentença prolatada e transitada em julgado, e com o advento do exame de DNA, que gera uma presunção absoluta da paternidade (e não relativa, como outrora), teria o autor, direito a rediscussão da ação investigatória de paternidade? Afinal, deve-se ou não relativizar a coisa julgada nas ações de investigação de paternidade?
Ocorre que, em alguns casos, inerentes principalmente ao estado das pessoas, nas situações em que a busca da verdade assume concretamente um valor fundamental.
Como é o caso da direito a própria identidade e origem, passou alguns tribunais a mitigarem a coisa julgada material, voltando a rediscutir casos que já haviam sido envoltos pelo manto da sentença transitada em julgado, causando grande repercussão doutrinaria e jurisprudencial.
Este tema tem grande importância na esfera fática, já que, relativizar a coisa julgada é ir ao desencontro de um preceito protegido constitucionalmente, mas também caminhar em direção da justiça e da proteção da dignidade do indivíduo.
III – Problema
Diante dos problemas práticos que podem ser gerados por sentenças injustas ou contrárias ao ordenamento jurídico que tenham alcançado a autoridade de coisa julgada, surge, então, o dilema: deve-se admitir ou não a relativização da coisa julgada nas ações de paternidade.
Argumentos de peso há, registre-se, em ambos os sentidos, não sendo possível a qualquer processualista nos dias de hoje permanecer indiferente ao tema.
Todo indivíduo tem o direito a conhecer sua origem, sua identidade, sua ascendência, tem o direito de se relacionar, de ao menos saber quem é descendente, de constar em seus documentos o reconhecimento de sua paternidade, a determinação da paternidade deixa de ser um vínculo legal e passa a ser um direito primário de qualquer ser humano de conhecer sua origem genética.
Por vez, tem o judiciário, o dever de preponderar com sabedoria e razoabilidade os princípios constitucionais da segurança jurídica e da justiciabilidade para o deslinde da questão.
IV – Revisão da Doutrina
A doutrina diverge a respeito da relativização. Para ilustríssimo processualista Leonardo Grecco, é inadmissível a relativização da coisa julgada, por ser esta uma garantia fundamental, decorrente da garantia da segurança jurídica estabelecida pelo art. 5º da Constituição Federal. 
Entendimento análogo é sustentado por José Maria Rosa Teishener. Para o mestre, tem-se observado forte tendência, no Brasil, no sentido de mitigar a coisa julgada. Chega mesmo Tesheneir a falar em uma tendência, “bem moderna de desdenhar, senão de eliminar, o instituto da coisa julgada”. Sustenta o autor, que o melhor seria, no caso de sentenças objetivamente desarrazoadas, abrirem-se a possibilidade de sua rescisão a qualquer tempo. Compartilha da mesma opinião do processualista gaúcho, Sérgio Gilberto Porto.
Ocorre que, há ainda uma terceira corrente, composta por Candido Rangel Dinamarco, HumbertoTheodoro Júnior e Juliana Cordeiro de Faria, que ficam no meio do caminho, a favor da relativização somente nos casos em que se justifique tal medida.
V – Crítica a doutrina
Leonardo Grecco adota uma posição da indiscutibilidade e imutabilidade absoluta da coisa julgada material, o que ao meu ver, se fosse a posição absolvida pelos Tribunais referentes ás rediscussões nas ações de investigação de paternidade, ter-se-ia o cometimento de uma injustiça irreparável. O direito não é matemático, não é exato. Os fatos devem ser analisados caso a caso, fato a fato, a ciência jurídica é dinâmica e osprocedimentos processuais devem moldar-se ás necessidades fáticos vividas em sociedade, pois bem lembrado é que o direito vive para o homem e não o revés. 
Já Teishener adota posição muito extremista, ao posicionar-se em sentido de eliminação da coisa julgada material e total prosperidade da relativização. Para haver segurança jurídica nas decisões proferidas em juízo, mister á que as decisões sejam cobertas pelo manto da coisa julgado, senão a parte sucumbente no processo eternizaria o conflito, sempre apelando da decisão que não lhe favorecera. 
Pois bem, a terceira corrente, que mais se amolda às necessidades processuais referentes ao tema, defendida pelos processualistas Candido Rangel Dinamarco e Humberto Theodoro, são as que de fato, tem mais pertinência, e que, inclusive o julgado tem decidido no mesmo sentido. Trata de avaliar, caso a caso, a necessidade de relativização nas ações de paternidade, aplicando-a ou não.
VI – Resposta do autor do projeto
Caberia à ciência processual estabelecer uma medida de vedação à relativização da coisa julgada? Pois bem. A ciência processual é um meio disponível a todos os integrantes da sociedade para que possam exercer o seu direito de ação, o seu direito de acesso à tutela jurisdicional. 
A partir do momento que o Estado tomou para si a possibilidade de dirimir conflitos, está ele obrigado a criar soluções para resolvê-los e mecanismos eficientes na busca da justiça.
O processo não tem validade se for um fim em si mesmo, é um meio para que as partes interessadas alcancem a tutela jurisdicional e obtenham a devida proteção na esfera material. Logo, deve a ciência processual estabelecer meios para que a verdade probatória real seja produzida naquelas demandas de investigação de paternidade em que não foi realizado o exame de DNA, seja porque a técnica não existia a época da demanda, seja porque as partes não tinham recursos para produzi-las.
A relativização da coisa julgada é o melhor meio para rediscussão nas ações de paternidade? 
O código de direito processual civil, de certa forma reconheceu a possibilidade de mitigação da coisa julgada através das ações rescisórias, entretanto o prazo do transito em julgado da sentença é de apenas 2 anos, o que impossibilitaria que muitas sentenças de ação investigatórias de paternidade fossem rediscutidas já que, na maioria dos caos, o transito em julgado ocorreu a mais de 8 anos, percebendo a necessidade do instituto em discussão.
VII – Objeto de pesquisa
Não há dúvida que a relativização é um tema bastante controverso, seja no âmbito da doutrina, ou no da jurisprudência. 
Porquanto a instrumentalidade que rege as normas do processo não poderia conduzir a que a coisa julgada se sobrepusesse ao direito personalíssimo à identidade, razão pela qual, à luz do postulado da proporcionalidade, deve ser permitida a rediscussão da filiação e o exame de DNA. 
A garantia da coisa julgada material no Estado de Direito, como precursora da segurança jurídica, não poderia ser concebida em termos absolutos, devendo ceder passo à busca pela verdade em concretização ao direito personalíssimo em jogo.
Quando princípios fundamentais se colidem, no caso o da segurança jurídica versus o da dignidade da pessoa humana se torna necessária uma adequação do instituto em analise à realidade, para ser sacrificado o mínimo de interesses possível. 
Cabe ainda, aos juízes atarefa de descobrir as situações nas quais a coisa julgada deve ser relativizada, recusando-se a flexibilizá-la sempre que o caso não seja portador de absurdos, injustiças graves.
VIII – Metodologia da Pesquisa
O presente estudo foi baseado em pesquisas bibliográficas em livros de direito processual civil, civil e constitucional e sobre julgados e jurisprudências que tratam do assunto, tanto no âmbito Estadual (Superior Tribunal de Justiça), quanto no âmbito Federal (Supremo Tribunal Federal).
IX - Referências bibliográficas
· ARMELIN, Donaldo. Relativização da Coisa Julgada Material. In. DIDIER
JR, Fredie (Organizador). Relativização da Coisa Julgada – Enfoque Crítico –
Salvador: JusPODIVM, 2006
· CÂMARA, Alexandre Freitas. Relativização da Coisa Julgada Material. In. DIDIER JR, Fredie (Organizador). Relativização da Coisa Julgada – Enfoque Crítico –Salvador: JusPODIVM, 2006.
· DIDIER JR, Fredie (Organizador). Relativização da Coisa Julgada – Enfoque Crítico – Salvador: JusPODIVM, 2004.
· FARIAS, Cristiano Chaves de. Relativização da Coisa Julgada Material. In. DIDIER JR, Fredie (Organizador). Relativização da Coisa Julgada – Enfoque Crítico – Salvador: JusPODIVM, 2006.
· MARINIONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo Civil-Processo de Conhecimento; v.2. 7 ed. rev. e atual. São Paulo: ed. Revista dos Tribunais, 2005.
· VITAGLIANO, José Arnaldo. Coisa Julgada e Ação Anulatória. Curitiba: Juruá, 2006.

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