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INTRODUÇÃO AO TURISMO
As origens: Mobilidade, Viagens e Turismo
 
 O aparecimento dos primeiros turistas surgiu quando houve possibilidade financeira e 
não havia qualquer restrição por parte do governo. 
 Com isto, houve uma melhoria na capacidade de deslocação. Criaram-se novos 
transportes e melhoraram-se os que já haviam, tornando-os mais rápidos e eficazes. 
 O tempo livre foi também um factor que levou ao aparecimento do turismo. As pessoas 
começaram a viajar por lazer e não por trabalho com, por motivação, obtenção de lucro. 
História do turismo
 Na Grécia Antiga dava-se uma grande importância ao tempo livre. Estes eram dedicados 
na cultura, no desporto, na religião e na diversão. Um dos grandes exemplos de turismo na 
Idade Antiga foi o querer assistir às olimpíadas. As pessoas misturavam a religião e o desporto, 
deslocando-se para poder usufruir do seu tempo de lazer. 
 Durante o século XVI surge o costume de mandar os jovens aristocratas ingleses para 
fazerem um Grand Tour ao final de seus estudos. Como é obvio, estas viagens só se realizavam 
devido ao elevado poder económico e aos tempos livres de que estes jovens usufruíam. 
 Esta grande viagem tinha como finalidade: complementar a sua formação, adquirir 
novas experiências, criar um maior interesse cultural e o mais importante, saberem mover-se em 
sociedade. 
 Sendo esta uma viagem de larga duração (entre 3 e 5 anos) que se fazia por distintos 
países europeus, nasce desta atividade as palavras: turismo, turista, etc. 
 No final do século XVIII, dá-se a Revolução Industrial. Esta faz com que existisse uma 
inovação na tecnologia bem como um desenvolvimento económico. 
 A alteração nos estilos de vida e na forma de pensar das pessoas nessa época levou a 
que a burguesia voltasse a dispor de recursos económicos e de tempo livre para viajar. 
 Foi nesta altura que se desenvolveu novas formas de viajar. O uso do vapor fez com que 
houvesse uma revolução nos transportes. 
 Construiu-se o comboio a vapor, transporte que possibilitava viagens, de longas 
distancias, mais seguras, mais rápidas e mais confortáveis. Esta nova técnica também foi 
utilizada nos navios. Reduziu-se o tempo nos deslocamentos, e ao mesmo tempo criou-se uma 
nova atração turística, os cruzeiros. 
 No século XIX, surge um novo tipo de turismo e turista. Este turismo foi considerado o 
turismo de Elite. Criaram-se novos postos turísticos tais como: 
• Estância termal, utilizada para retiro; 
• Estância de montanha, utilizada para o problema da tuberculose; 
• Estâncias balneares, utilizada para apanhar “bons ares”. 
 Todas as estâncias mencionadas eram de grande interesse para a sociedade de elite 
pois as águas eram consideradas terapêuticas. 
 Desta forma, o turismo deixou de ser só realizado pelos jovens e passou a ser realizado 
também por grandes famílias de elite. Por este motivo, foi necessário criar-se grandes hotéis de 
luxo para o prolongamento da estadia nas estâncias. 
 As viagens organizadas é algo que hoje em dia já se utiliza muito, nomeadamente em 
viagens de trabalho. Nesta época, Thomas Cook organizou pela primeira vez as viagens de uns 
médicos a um congresso e vendeu em forma de pacote turístico. Algo inovador para a época 
que criou este novo conceito de “viagens /turismo organizado” que tem algumas vantagens 
para o consumidor: 
• não há preocupações; 
• sabe quanto dinheiro vai gastar (exceto extras: prendas); 
• se algo correr mal, tem a quem reclamar; 
• tem segurança. 
 Em 1911, Hermann Schattenhofen disse que: “turismo é o conceito que compreende 
todos os processos, especialmente os económicos, que se manifestam na chegada, na 
permanência e na saída do turista a um determinado município, país ou estado”. 
 O instituto nacional de estatística relata que, no século XX, com a melhoria e o 
aparecimento de novos meios de transporte, tais como, o avião, o carro, o barco, o autocarro, 
entre outros, detecta-se uma expansão da atividade turística. 
 Contudo, os transportes utilizados para a deslocação não foi o único fator que contribuiu 
para o crescimento do turismo. Existiram muitos mais, entre os quais: 
• A construção de novas vias de transporte que facilitam a deslocação; 
• O desenvolvimento das tecnologias; 
• Os meios de comunicação de massas: redes sociais, jornais, revistas, rádio, televisão e 
internet; 
• A informação sobre os destinos através das classes médias e classes altas; 
• O reconhecimento da importância social e económica do turismo; 
• O crescimento da classe média. 
 Com a segunda guerra mundial, o turismo fica paralisado no mundo todo. Os efeitos da 
guerra são tão profundos, que somente em 1949, o turismo renasce, então com características 
crescentes de “turismo de massa”. A partir desse período as atividades turísticas ganham melhor 
organização nacional em diversos países. Desenvolveram-se os meios de transportes, os 
equipamentos de hospedagem, as agências de turismo, a infra-estrutura de base, entre outros. 
“Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres e, especialmente, a uma limitação 
razoável da duração do trabalho e a férias periódicas pagas” 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, 1948
 Uma das definições bem mais recentes foi proposta por Mathieson e Wall, para os quais 
o turismo poderia ser considerado como: […] movimento temporário de pessoas para locais de 
destino externos a seus lugares de trabalho e moradia, às atividades exercidas durante a 
permanência desses viajantes nos locais de destino, incluindo os negócios realizados e as 
facilidades, os equipamentos e os serviços criados, decorrentes das necessidades dos viajantes. 
 O século XX abriu as portas para a prática do turismo em grande escala, graças às 
transformações proporcionadas pela Revolução Industrial. O turismo passa a integrar a vida das 
nações. 
 Nos anos 60, no final da guerra, depois de começar tudo a voltar ao normal, as pessoas 
sentiram necessidade de descontrair. Foi nesta altura que se deu o “Boom” turístico: 
• Forte e rápido aumento do número de turistas; 
• Alastramento do turismo a novas regiões do mundo 
• Concentração turística: 
1. Espacial 
2. Temporal 
3. Tipo de consumo /experiências 
4. Empresarial 
 Um dos tipos de consumo mais procurado nesta época era os 3S: Sun, Sand & Sea. Em 
relação à concentração espacial, este encontrava-se no litoral, num período sazonal (verão ou 
primavera) e por este motivo, houve uma preocupação na criação de grandes cadeias 
internacionais de hotéis, agencias de viagem e operadoras turísticas, para uma maior 
rentabilização e prolongação da estadia. 
História do turismo em Portugal
 O turismo em Portugal começou na segunda metade do século XIX, com o termalismo e 
o turismo balnear terapêutico. Os turistas estrangeiros, principalmente os ingleses iam para a 
Madeira e para os Açores fazerem retiros e apanhar os “belos ares” da praia. 
 Em 1910, deu-se em Portugal a inovação Republicana e o turismo foi uma Estratégia 
Nacional. Criou-se uma Sociedade de Propaganda Nacional através da insistência dos 
republicanos. Nesta altura, os republicanos queriam investir no turismo em Portugal para o 
modernizar e colocar ao mesmo nível de desenvolvimento que os outros países, 
nomeadamente França e Inglaterra. O grande objetivo dos republicanos era a divulgação da 
imagem de Portugal internacionalmente, apresentando as ofertas sofisticadas que os turistas 
procuravam de modo a colocar Portugal na rota turística. 
 Em 1911, originou-se a Repartição do Turismo no Ministério do Fomento, organismo 
publico que tinha como responsabilidade a promoção do turismo português. 
 Uns anos mais tarde, em 1917, criou-se o Bureau de Renseignments de Paris, uma das 
Casas de Portugal (organismo internacional turístico para promoção do turismo em Portugal). 
 A secretaria de estado estava especialmente dirigida ao Turismo assim como as 
embaixadas, para facilitarem a divulgação do país e para a criação de uma rede comercial com 
contactos internacionais. 
 No anode 1921, criaram-se comissões de iniciativa onde órgãos locais e o poder 
autárquico se untaram para garantir um inventário do que havia a nível de recursos para atrair 
turistas, de monumentos, de belezas naturais e de preservação do património. Assim, em 1924, 
Raul Proença publicou o primeiro Guia Turístico de Portugal. 
 
 Haviam dois destinos que traziam muitos turistas, como, o Estoril e Fátima. Fátima pois 
era uma forma de realizar turismo religioso visitando a arvore onde nossa Senhora de Fátima 
apareceu aos três pastorinhos. No entanto, o Estoril pois era um local de lazer onde havia uma 
estação marítima e um clima mediterrâneo. As duas grandes atrações eram o desporto e as 
termas. 
 Em 1914, Fausto Figueiredo, um grande empresário, tentou implementar o projeto de 
criação de uma estância turística no Estoril: 
• Grand Hotel (hotel palácio atualmente existente, inaugurado em 1930); 
• Casino (inaugurado em 1931); 
• Prática de vela para elitistas; 
• Enfatizar o ar puro do Estoril; 
• Equitação; 
• Ténis; 
• Construção de uma linha férrea que ligasse Lisboa ao Estoril. 
 Mas, visto que em 1914, começou a 1ª Guerra Mundial, pelo que não havia potencial 
para trazer turistas a Portugal, o projeto não arrancou. 
 Com a entrada do país na ditadura militar de Salazar e o inicio da 2ª Guerra Mundial, o 
país foi “fechado” para que ninguém entrasse ou saísse do mesmo. Assim, o turismo em 
Portugal não se sucedeu como era esperado pois as filosofias da 1ª Republica e da Ditadura 
eram totalmente diferentes. 
 Durante esta época, a pessoa mais importante para o turismo português foi António 
Ferro (a esta época deu-se o nome de O “consulado” de António Ferro). Este queria 
desenvolver a cultura no país pois era muito viajado e intelectual. Em 1933 foi convidado por 
Salazar para dirigir o Secretariado de Propagação Nacional de modo a divulgar os feitos do seu 
estado. 
 Em 1935 deu inicio à Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho (FNAT) para que 
esta organizasse excursões para os trabalhadores se contentarem com o trabalho que 
realizavam e para fomentar a motivação. 
 Como forma de propaganda do estado, António Ferro faz uma promoção turística, 
apostando no “Reaportuguesamento” e toca nos aspetos mais tradicionais, ao contrario da 1ª 
Republica. O turismo passa a ser a propaganda do estado. Passa a apresentar o país como 
sendo um país tradicional, rural e de artesanato. Para a entrada em Portugal, durante esta época, 
requeria a obtenção de vistos, o que indicava que Portugal não estava interessado na presença 
de turistas estrangeiros. 
 A partir dos anos 60, assiste-se a uma mudança no crescimento do turismo. As políticas e 
as filosofias voltam a mudar abrindo as fronteiras e dinamizando o país. Tem se o objetivo de 
mostrar que não nos importávamos que viessem conhecer as nossas tradições pois foi quando 
se teve a noção de que o turismo iria melhorar a economia do país. 
 Tal como no resto do mundo, Portugal também utilizou o turismo com uma atividade de 
estratégia. Concentrou o turismo no Algarve, na Madeira, em Tróia e em Lisboa e fez um 
desregulamento do número de camas. 
 Nos anos 60, com o crescimento do turismo descobriu-se a “´pérola do Algarve”. A 
entrada de estrangeiros em território português aumento cada vez mais verificando-se uma 
grande diferença no número de turistas entre 1958 e 1973. 
 Nos anos de 70, o turismo desce devido à instabilidade do nosso país. Quando entra na 
CEE, Portugal utiliza o turismo como estratégia de desenvolvimento social e económico, de 
ordenamento do território e de defesa de património. Isto só foi possível com: 
• A formação profissional e a qualificação de oferta; 
• O começo do turismo interno; 
• A realização de mega eventos: 
• A criação do Turismo de Portugal. 
 Depois do 25 de Abril desenvolveu-se o turismo em termos internacionais e apostando 
cada vez mais, não em muitos turistas mas, em poucos mas bons. Criaram-se planos de 
ordenamento do território e fez-se a requalificação dos centros históricos. Isto fez com que 
fosse proibido a construção de hotéis em zonas de património natural (defesa do património). A 
formação profissional na área do turismo também foi favorecida, construíram-se escolas de 
turismo (nos anos 60, não havia profissionais que trabalhavam em hotéis e em restaurantes). 
 Evitavam-se as férias para o estrangeiro e motivava-se os portugueses a irem de férias no 
seu próprio país. Com isto, dinamizou-se a oferta turística em todo o território português. 
PENT
 PENT é um plano de estratégia nacional de Turismo realizado em 2007 pelo Turismo de 
Portugal. Este plano revela alguns pólos de Portugal ainda por desenvolver: 
• Douro 
• Alqueva 
• Serra da Estrela 
• Oeste 
• Porto Santo 
• Litoral Alentejano 
 No entanto também identifica 10 produtos turísticos estratégicos para o crescimento e 
para o desenvolvimento do turismo em Portugal: 
• Golfe 
• Saúde e Bem estar 
• Turismo Náutico 
• Gastronomia e Vinho 
• Turismo de Natureza 
• Resort’s Integrados e Turismo Residencial 
• Sol e Mar 
• Turismo de negócios 
• City Breaks 
• Touring Cultural e Paisagístico 
 
Definindo o Turismo
 
 
Viajante - Qualquer pessoa que desloque entre dois ou mais países ou entre duas ou mais 
localidades dentro do seu país de residência habitual. 
Visitante - Todo o viajante que realiza uma viagem a um destino situado fora do seu ambiente 
habitual, durante um período inferior a um ano, por um motivo que não seja o de exercer uma 
atividade. 
Viajante 
Turista Visitante do dia 
Excursionista
Visitante
• Trabalhadores de fronteira 
• Imigrantes temporários e permanentes 
• Nómadas 
• Passageiros em trânsito 
• Refugiados 
• Membros da força armada 
• Diplomatas
Outros viajantes
Visitante do dia - Todo o visitante que não passa a noite no local visitado. 
Turista - Todo o visitante que passa pelo menos uma noite num estabelecimento de alojamento 
coletivo ou num alojamento privado no local visitado. 
 O motivo de ser turista nem sempre é devido ao lazer. Há diversas motivações para as 
pessoas efetuarem turismo e serem turistas. O turista ou visitante é sempre um consumidor. 
Nos dias de hoje, a definição de turista está atualizada. Independentemente dos motivos, o 
turista viaja sempre como consumidor e não como produtor. 
Turismo como Sistema
Sistema funcional do Turismo 
 O turismo apresenta-se como um sistema, isto é, como um conjunto de elementos que 
estabelecem conexões interdependentes entre si. 
Procura 
Oferta 
 Os Destinos são constituídos pelas localidades turísticas que dispõe de atrações 
susceptíveis de originarem a deslocação das pessoas mas que implicam um intervenção 
humana para satisfazer os seus visitantes. 
 Os Transportes são a componente do sistema que garante a ligação entre a residência e 
o local do destino 
 A Promoção e a Informação é formada pelo conjunto de atividades, iniciativas e ações 
que influenciam as pessoas a tomar decisões sobre as viagens e lhes proporcionam os 
conhecimentos para obter a máxima satisfação das suas viagens. 
 As Empresas e os Serviços Turísticos é a componente funcional mais importante do 
sistema. Presta o alojamento, a alimentação, a distribuição, as divisões, as ocupações nos 
tempos livres, entre outros serviços. 
Organizações 
Turísticas
Visitante (sujeito)
(objeto) 
Destinos 
Localidades Turísticas
Transportes
Empresas e 
Serviços Turísticos
Promoção e 
informação
 As Organizações Turísticas são conjuntos de áreas de responsabilidade que visam 
garantir o funcionamento do sistema. São formados pelos serviços do estado, autarquias, 
organismos públicos locais e associações profissionais. 
Sistema de inter-relações do Turismo 
 O sistema turístico funciona como um conjunto de agregados independentes. 
 O turismo influencia o Sistema Económico/Financeiro na medida em que cria riqueza e 
emprego, permitindo alcançar objetivos de desenvolvimento económico, e dinamizam outras 
atividades económicas. O consumo dos turistasfaz aumentar a produção de emprego. 
 Do ponto de vista económico o turismo produz bens e serviços especificamente 
turísticos: transportes, alojamento, restauração, animação, organização de viagens. Mas ao 
mesmo tempo é um estimulo para a produção de bens não especificamente turísticos: 
artesanato e mobiliário. 
 É o Sistema Social que determina os desejos , as atitudes e os comportamentos dos 
grupos sociais, que constitui o elemento básico da propensão a viajar, ou a disposição das 
pessoas para viajar. A própria atitude das comunidades sociais perante os visitantes influencia o 
turismo (hospitalidade) 
 O Progresso Tecnológico é um dos principais fatores de desenvolvimento do turismo, no 
que diz respeito aos transportes e as tecnologias da sua informação, que estimulam as viagens 
e a sua organização para todos os destinos. 
 O turismo beneficia da evolução tecnológica mas também a influencia (aparecimento 
dos aviões de maior dimensão e velocidade). 
Social Ambiental Politico
Jurídico/ 
Institucional
CulturalSanitário
Sistema Turistico
Económico
Tecnológico
Cientifico/ 
Educativo
 Os Sistemas Políticos oferecem influencias que , de modo mais ou menos decisivo, 
determinará o aumento e a diminuição das viagens: o grau de liberdade individual, os sistemas 
políticos, a estabilidade política, o controlo e os estímulos ao turismo. 
 O Ambiente e a Ecologia é o fundamento da atividade turística não só porque constitui o 
principal fator de atração no caso em que se trata de espaços naturais atraentes, preservados e 
equilibrados, mas também quando o homem vive em cidades influencia o homem a deslocar-se 
para o reencontro com a natureza. 
 O turismo pode exercer sobre o ambiente em efeito favorável e desfavorável. 
• Favorável: melhora as condições ambientais e o processo biológico 
• Desfavoráveis: grandes concentrações espaciais e temporais de fluxos turísticos 
 O turismo pode melhorar as condições ambientais (proteção das atrações naturais e 
preservação do ambiente) mas também pode transformar-se num agente de destruição, 
ocupando espaços pela construção, eliminando a vegetação, entre outros. 
 O Sistema Jurídico/ Institucional favorece ou prejudica o desenvolvimento do turismo. A 
existência de leis que regulamentem a atividade por forma a defender os interesses em jogo e 
que estabelecem um quadro de normas jurídicas que estimulem as iniciativas, favorecem o 
desenvolvimento do turismo, mas se pelo contrário, um quadro de normas excessivamente 
regulamentadoras que impeça a inovação e a criatividade condiciona o desenvolvimento do 
turismo. 
 A Cultura, um dos mais importantes fatores de desenvolvimento. Grande parte das 
viagens realizam-se para destinos que dispo~em de fatores culturais, locais históricos, 
monumentos, etc. 
 Alguns destes fatores podem ser criados artificialmente (museus), mas outros estão 
ligados aos locais onde se desenvolveram (locais históricos) e outros à maneira de viver de cada 
povo (tradições). É considerada uma das atrações mais forte. 
 O Sistema Sanitário influencia e é influenciado pelo turismo. Influencia o turismo 
favorecendo as viagens, quando existem condições que garantam a assistência médica, mas 
também prejudica viagens no caso das existência de epidemias, doenças. O turismo pode ser 
considerado uma forma de propagação de doenças. 
 O Sistema Educativo e Cientifico é ligado aos conhecimentos e à sua transmissão, 
garante o desenvolvimento de aptidões pessoais para introduzir a inovação e a criatividade. 
Sistema Aberto/Fechado 
 O Sistema Fechado é completamente imune às componentes externas (influencias) 
 O Sistema Aberto é um elemento de ordem externa que prejudica o sistema turístico, 
que está a funcionar bem. Ex: (política) crise política no egipto, fez com que houvessem 
impactos no sistema turístico (inseguranças) 
Grandes Componentes da Oferta Turistica 
 As Componentes Primárias são componentes pré-existentes a atividade turística. Os 
recursos primários, justifica se uma área tem vocação turística ou não. 
• Recursos naturais: tem a ver com a natureza, praia, clima ameno e os parques naturais. 
• Recursos culturais: património cultural que possa ser recurso turístico. Tem que ser uma 
criação humana (Monumentos, castelos, igrejas, vestígios, património material e imaterial) 
- Património material: castelos 
- Património imaterial: fado, folclore, tradições e lendas 
 As Componentes Secundárias são todas as infra-estruturas que foram construídas para a 
atividade turística. Deste modo, tem a intervenção do homem e é uma base para as ofertas 
primárias serem atrativas 
• Atividades recreativas e de animação: realizadas nos recursos naturais ou culturais, conferindo 
um novo sentido à visita. Ex: Peça de teatro dentro de uma visita guiada. 
• Serviços de informação /acolhimento: postos de turismo, guias de informação 
• Infra-estruturas básicas de apoio: serviços de electricidade, águas, segurança, hospitais. Não 
são especificamente dirigidos aos turistas mas são indispensáveis. 
• Alojamento 
• Restauração e bebidas 
• Transportes e acessibilidades 
 A Hospitalidade tem que estar presente nas duas componentes de oferta. A 
hospitalidade tem que ser uma das características das populações locais e é um elemento 
importante na oferta turística nos dias de hoje. 
Formas e Tipos de Turismo
 Segundo a OMT, dependendo de uma pessoa estar em viagem para, de ou dentro de 
um certo país, existem sempre formas de turismo: 
• Turismo Doméstico ou Interno: quando é realizada pelos residentes de um dado país dentro 
dos limites do mesmo; 
• Turismo Receptivo: é realizado pelos viajantes e não-residentes do nosso país (entrada de 
turistas para o país) 
• Turismo Emissivo: quando residentes viajam para outro país (saída de residentes para outro 
país). 
 De acordo com o local onde a despesa de consumo turismo é efetuado e com a origem 
do visitante, surgem várias classificações de Consumo Turístico: 
1. Consumo Turístico Interno ou Doméstico: correspondente ao consumo turístico realizado 
pelos visitantes internos, ou seja, pelos visitantes residentes que se deslocam dentro do seu 
país de residência. 
2. Consumo Turístico Emissor: resulta do consumo turístico realizado com a visita de residentes 
de um país a outro país, ou outros países. 
3. Consumo Turístico Recetor: representa o consumo turístico resultante das visitas a um país 
por não-residentes. 
• Consumo Turístico interior: equivale ao consumo turístico realizado dentro das fronteiras de 
um país, seja este efetuado por residentes ou não. Neste sentido, este corresponde ao 
somatório do Consumo interno ou Doméstico com o consumo turístico recetor. 
• Consumo Turístico Nacional: inclui o consumo turístico, no país ou fora deste, efetuados pelos 
visitantes residentes, pelo que pode ser calculado pelos somatório do consumo interno ou 
doméstico com o consumo turístico emissor. 
• Consumo turístico internacional: representa o consumo turístico realizado sempre que 
existam deslocações que obriguem a atravessar forasteiras, incluindo o cosmo turístico 
recetor com o consumo turístico emissor. 
O turismo quanto à motivações e aos objetivos da viagem: 
• Turismo Recreativo ou de Lazer 
• Turismo Cultural 
• Turismo de Saúde 
• Turismo Religioso 
• Turismo Desportivo 
• Turismo de Eventos 
O turismo quanto ao volume da procura: 
• Turismo de Massas (roteiro muito procurado) 
• Turismo de Minorias (roteiro pouco procurado) 
O turismo quanto às formas de organização: 
• Turismo Individual (organização da viagem feita pela própria pessoa) 
• Turismo Organizado (organização da viagem feita por agencias) 
• Turismo Social (financiado por terceiros, caso de entidades) 
O turismo quanto à faixa etária: 
• Turismo Juvenil 
• Turismo Adulto 
• Turismo para a Terceira Idade 
• Turismo Misto

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