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AULA DIA 02/06/15 Títulos de Crédito “O título de crédito é o responsável pelas negociações entre as empresas e proporciona o crescimento das empresas e agências bancárias.” O título de crédito é um documento formal, com força executiva, representativo de dívida líquida e certa, de circulação desvinculada do negócio que o originou. Formal: é formal porque tem uma forma própria definida em lei e segue normas, que por muitas vezes são normas internacionais. Força Executiva: tem força executiva porque, se ele cumpre os requisitos, pode ser cobrado em lei, pois serve como comprovação legal da dívida. Representativo de dívida líquida e certa: Representa uma dívida líquida porque o valor da dívida está escrito de forma integral referente à dívida representada por esse título e representa uma dívida certa porque o valor da dívida determinado no título é certo e comprovado por todas as partes envolvidas. Não se deve nem mais, nem menos do que se está registrado no título. Circulação desvinculada do negócio: Tem circulação desvinculada do negócio originário porque ele representa o valor da dívida e não o produto da venda ou o serviço prestado. Ele se torna um documento negociável no mercado, independente da negociação que o originou. Principais características dos Títulos de Crédito: Cartularidade: não pode ser verbal, não havendo o que se cobrar em sede de direito empresarial sem o documento, sem o título propriamente dito. Esta característica decorre da literalidade e da autonomia. *Literalidade – é o que está realmente escrito. *Autonomia – é a característica de poder circular pelo mercado. Literalidade: vale somente aquilo que efetivamente está escrito no título, nada mais, nada menos. Autonomia: divide-se em: Abstração – a obrigação consubstanciada (concretizada) em título se desvincula do negócio que lhe deu origem. Não oposição das exceções a terceiros de boa fé – a invalidade de uma relação não prejudica as demais. *sempre o direito vai preservar os que agiram de boa fé. Classificação dos Títulos de Créditos: O Título de Crédito poderá ser livre, não existindo um padrão para sua confecção (letra de câmbio e nota promissória) ou desvinculado, como é o caso do cheque e da duplicata. *O título livre tem como possibilidade a confecção pela própria pessoa que emite desde que tenha as características necessárias para validar o título de crédito. Já o título desvinculado tem um padrão pré-estabelecido, e deve ser confeccionado por um órgão específico. O Título também poderá se uma promessa ou ordem de pagamento. No caso de promessa de pagamente, tal relação cria duas situações: 1ª – quem paga, que é o emitente ou sacador; 2ª – quem recebe, que é o beneficiário ou tomador. Exemplo: Nota promissória. A ordem de pagamento cria três situações jurídicas: 1ª – a do sacador, que emite a ordem para que alguém pague; 2ª – a do sacado, que recebe a ordem; 3ª a do tomador, que se beneficia da ordem. Exemplo: Cheques e duplicatas. Finalmente, os Títulos podem ser nominativos ou à ordem. *Será nominativo quando o nome do tomador estiver no título. Terá, obrigatoriamente, o nome da pessoa que receberá o valor contido no título. *E será à ordem quando emitido em benefício de pessoa determinada. Não será obrigatório ser emitido com o nome da pessoa que a recebeu. Títulos em Espécies Letra de Câmbio: É um Título de Crédito abstrato, que corresponde a um documento formal, decorrente da relação de crédito entre duas ou mais pessoas. Por essa relação o sacador dá a ordem de pagamento, à vista ou a prazo, ao sacado no valor e condições constantes no título. São requisitos da letra de câmbio: A expressão “LETRA DE CÂMBIO” A ordem de pagar a quantia. O lugar do pagamento. O nome do sacado O nome do tomador. Local e data do saque. Assinatura do sacador. *Ela tem que conter esses requisitos, com exceção da data, senão ela está invalidada. Exemplo: AULA DIA 03/06/15 Nota promissória: É uma promessa de pagamento que uma pessoa faz a outra, diferentemente do que ocorre com a letra de câmbio (três situações jurídicas), na nota promissória encontraremos duas situações jurídicas distintas, ou seja, aquele que promete pagar determinada quantia e o beneficiário desta promessa. A pessoa que promete pagar denomina-se promitente ou emitente. A pessoa a favor de quem é feita a promessa denomina-se sacado ou beneficiário. Requisitos das notas promissórias: Denominação “NOTA PROMISSÓRIA” Promessa pura e simples de pagar quantia determinada. Pessoa a quem deve ser paga. Data de emissão Assinatura do emitente. Exemplo: Cheque: É uma ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco e com base e suficiente provisão de fundos ou oriundos de abertura de crédito. *Se um cheque não tiver fundos no dia da data de emissão, o emitente poderá ser enquadrado no Art. 171 do código penal, como crime de estelionato. *Após 6 meses da data de emissão, o cheque prescreve, perdendo sua característica de título executivo, ficando assim, dependendo do emitente substituir ou pagar o valor do cheque. Exemplo: Duplicata: A lei estabelece que todo empresário, que realiza uma venda com prazo não inferior a 30 dias, deverá extrair uma fatura e apresentá-la ao devedor. A fatura é um documento emitido pelo vendedor relacionado às mercadorias vendidas, discriminando-as com respectivos valor e quantidade. *Essa lei foi criada para facilitar o fisco. Para tornar mais fácil fiscalizar as transações comerciais. Com isso, ajuda a controlar os impostos e tributos das mercadorias pelo fisco. A lei também prevê que no ato de emissão da fatura o empresário poderá emitir um título de crédito chamado duplicata. *A fatura não é um título de crédito, mas pode gerar um título, a duplicata Duplicata pode ser definida como uma ordem de pagamento emitida pelo empresário com o objetivo de documentar o crédito oriundo de uma operação de compra e venda mercantil. A DUPLICATA EXIGE ACEITE. *Uma venda a prazo produz uma fatura que pode gerar títulos de créditos, que são as duplicatas, cuja veracidade necessita de um aceite (aceitação da dívida) por parte do devedor. *A duplicata é um título de crédito causal, porque precisa de uma dívida de compras para ser usada como causa, diferentemente dos outros títulos. Necessita de uma fatura e de aceite para ter causa valida e poder ser emitida. *A duplicata para ser emitida precisa de uma Nota Fiscal de venda a prazo com emissão de fatura, ou seja, a duplicata precisa de uma causa para ser emitida. Exemplo:
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