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Codigo de ëtica do Contador

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CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTADOR
Resolução CFC nº803/96, alterada pela Resolução CFC nº 1.307/2010
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Código de Ética Profissional do Contador
Além de servir como guia à ação moral, o CEPC tem como propósito:
- cumprir as regras da sociedade;
- servir com lealdade e diligência;
- respeitar a si mesma.
O objetivo do CEPC é habilitar o profissional a adotar uma atitude pessoal, de acordo com os princípios éticos conhecido e aceitos pela sociedade.
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Código de Ética Profissional do Contador
O contador deve manter um comportamento social adequado às exigências que lhe faz a sociedade. Não basta a preparação técnica é preciso encontrar uma finalidade social superior nos serviços que executa. Respeitando os princípios e valores éticos da sua profissão de modo a produzir uma imagem verdadeira do que ela se constitui para a nova geração de profissionais.
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Código de Ética Profissional do Contador
O CEPC tem caráter obrigatório e as atitudes antiéticas recebem reprovação por parte da classe contábil. 
A sanção é imposta ao indivíduo ou conjunto de indivíduos, a aplicação da pena é feita por meio de processo ético. 
As penas podem ser: advertência reservada, censura reservada e censura pública.
O Tribunal de Ética, formado por conselheiros do CRC em sessão própria, deve considerar: falta cometida em defesa de prerrogativa profissional, ausência de punição ética anterior; prestação de relevantes serviços à contabilidade. 
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Histórico do Código de Ética Profissional do Contador
Resolução CPC nº 290 de 29/10/1970.
Resolução CFC nº 803 de 10/10/1996.
Resolução CFC nº 1.307 de 09/12/2010.
A intensificação do relacionamento do Profissional da Contabilidade com a sociedade e com o próprio grupo profissional exigiu uma atualização dos conceitos éticos na área da atividade contábil.
As alterações visam a adequar os profissionais brasileiros ao que já existe em termos de Códigos de Ética em outros países, visando a harmonizar as questões éticas.
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TEMAS RELEVANTES DO CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTADOR
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Exercício Profissional: honestidade, dignidade e liberdade profissional
 Não pode haver negligência quanto ao zelo, à diligência e a honestidade, observada a legislação vigente e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissional.
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Sigilo Profissional
 O contador tem acesso a todas as informações e dados relativos à intimidade patrimonial. 
 O CEPC expressa como dever: guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitados por autoridades competentes.
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A Confiança Reciproca: Contador e Cliente
 Na relação profissional, o contador deve procurar ser merecedor da confiança do seu cliente ou empregador.
 Essa confiança é fundamental também em relação ao cliente ou empregador que deve manter uma relação cordial e respeitosa com o profissional.
 Pelo CEPC o contador tem obrigação de comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular a consulta ou lhe confiar o trabalho.
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A Confiança Reciproca: Contador e Cliente
 Também o CEPC orienta o profissional a:
inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso; renunciar as funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do contratante, zelando para que o interesses dele não sejam prejudicados; evitar declarações públicas sobre os motivos da renúncia; se substituído na função informar ao substituto sobre os fatos que conhece; e manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da profissão.
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Remuneração e Condições de Trabalho
 O contador não deve abdicar do direito a sua honra e ao seu respeito, devendo manter comportamento solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja lutando por remunerações condignas, seja zelando por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da contabilidade e seu aprimoramento técnico.
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O Marketing e a Divulgação dos Serviços
 O contador não pode anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo ou mensagem que resulte em preconceito e na diminuição do colega, da organização contábil ou da classe.
Pode citar sua titulação e especializações, tipos de serviços oferecidos, trabalhos realizados e relação de clientes.
Não será permitido assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza com prejuízo moral ou desprestígio ao colega ou a classe.
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Remuneração Vinculada à Atividade Contábil
 A remuneração pela prestação de serviço deve ser limitada à prática profissional de serviços não contrários à lei e aos bons costumes.
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Assinatura de Peças e Documentos Contábeis
 A escrituração dos livros contábeis e elaboração dos demonstrativos contábeis deles extraídos, são prerrogativas exclusivas dos contabilistas.
 O CEPC proíbe o contabilista de assinar documentos e peças contábeis elaborados por outrem, alheios à sua orientação, supervisão e fiscalização.
 É vedado, também, publicação ou distribuição, em seu nome, de trabalho científico ou técnico do qual não tenha efetivamente participado. (esse procedimento contraria os direitos autorais)
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Impedimentos e Acobertamentos do Exercício Ilegal da Profissão
 O exercício da profissão é privativo aos profissionais registrados no CRC.
 Se o contabilista legalmente registrado assinar qualquer documento produzido por pessoas não habilitadas, estará contrariando o CEPC. 
Ao assinar documentos ou mesmo abrigar o leigo, estará o contabilista sujeito a penalidades por dar cobertura ao exercício ilegal da profissão. 
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As Organizações de Serviços Contábeis
 A organização contábil deverá obedecer legislação vigente, sendo proibido manter organização contábil sob forma não autorizada pelas leis pertinentes.
Devem ter registro no CRC
 Pode haver associação com outras profissões, desde que um dos sócios seja contabilista e que sejam os serviços contábeis a atividade principal da sociedade e a maioria do capital social pertença ao contabilista. 
 Os sócios devem estar devidamente registrados nos conselhos.
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Agenciamento de serviços
 O contador não poderá manter com terceiros nenhum tipo de vinculação visando agenciamento de serviços, mediante participação dele nos honorários recebidos.
 Tem por objetivo a disputa de clientes de forma desleal e o aviltamento de honorários.
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Realização de Serviços Proibidos por Lei
A contabilidade não deve ser utilizada para a prática de atos fraudulentos ou proibidos pela lei, não podendo o contabilista concorrer para a realização de ato contrário à legislação ou destinado a fraudá-la ou praticar, no exercício da profissão, ato definido como crime ou contravenção.
Também é vedado aconselhar contratante à prática de atos contrários à legislação ou aos Princípios e Normas de contabilidade. 
É proibido exercer atividade ou ligar o seu nome a empreendimentos com finalidades ilícitas.
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A Retenção de Livros e Documentos Contábeis
 Não poderá o contabilista, sob nenhuma circunstância, reter abusivamente livros, papéis ou documentos comprovadamente confiados a sua guarda.
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Informações e Demonstrativos Inidôneos
 O contabilista deve se opor de forma contundente a qualquer solicitação dessa natureza, mesmo sob ameaça de perda de cliente ou de emprego ou até com promessas de recompensas. 
 Não basta ser competente, ser ágil e prestativo. Se o trabalho do profissional não tiver credibilidade sob os ângulos da moralidade e da legalidade, jamais a contabilidade terá prestígio e reconhecimento por parte dos seus usuários, sobretudo a sociedade.
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Informações e Demonstrativos Inidôneos
 O contabilista, em hipótese alguma deve iludir a boa-fé do contratante ou de terceiros, alterando ou deturpando o exato teor dos documentos, bem como fornecendo falsas informações ou elaborando peças
contábeis inidôneas, sob pena de sofrer punição prevista no CEPC além de outras consequências de natureza civil e penal.
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Não Cumprimento das Determinações do CRC
 A legislação confere ao CFC e aos CRC's o poder de averiguar os procedimentos técnicos e éticos dos contabilistas.
Fere o CEPC aquele que não cumprir, no prazo estabelecido, determinação dos Conselhos Regionais de Contabilidade, depois de regularmente notificado, ficando sujeito às penalidades previstas nos preceitos éticos.
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A Intitulação Profissional
 Quando o profissional subscreve um documento , seja por ele produzido ou por outrem, assume a responsabilidade técnica e, se sua conduta foi irregular ou ilegal, dependendo das circunstâncias, poderá responder também no campo civil e penal.
 O CEPC proíbe o profissional contábil de intitular-se, com categoria profissional que não possua, na profissão contábil.
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Os Honorários Profissionais
 O CEPC não determina valores a serem cobrados pelos serviços prestados, porem estabelece que os contabilistas devem fixar previamente o valor dos serviços, de preferência por contrato escrito, observando:
- relevância;
- vulto;
- complexidade e dificuldade do serviço;
- tempo;
- impossibilidade de realizar outros serviços;
- resultado lícito favorável;
- se cliente eventual ou permanente;
- local do serviço prestado.
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A Concorrência Profissional
 A disputa pelo mercado não pode transformar-se em competição desregrada.
 O contabilista não deve oferecer ou disputar serviços profissionais mediante aviltamento de honorários ou concorrência desleal.
 Para casos de disputas que provoquem ofensas ao colega, o profissional estará sujeito a penalidades previstas no CEPC.
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O Contabilista e suas relações com a Classe
 Na conduta do profissional, em relação aos demais colegas de profissão deve existir lealdade, e abster-se de fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras; abster-se d aceitação de encargo profissional em substituição ao colega que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou interesses da profissão ou da classe; jamais se apropriar de trabalhos, iniciativas ou de soluções encontradas por colegas; evitar desentendimentos com o colega que vier a substituir no exercício profissional.
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O Contabilista e suas relações com a Classe
 Deve também o contabilista prestar seu concurso moral, intelectual e material, salvo circunstâncias especificas que justifiquem a sua recusa; zelar pelo prestígio da classe; pela dignidade profissional e pelo aperfeiçoamento de suas instituições; aceitar o desempenho de cargo de dirigente nas entidades de classe, admitindo-se a justa recusa; acatar as resoluções votadas pela classe contábil; zelar pelo cumprimento do CEPC; não formar juízo depreciativo da classe; jamais utilizar-se de posição ocupada na direção de entidades de classe em benefício próprio.
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Infrações e Penalidades
Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como atenuantes:
I – ação desenvolvida em defesa de prerrogativa profissional;
II – ausência de punição ética anterior;
III – prestação de relevantes serviços à Contabilidade.
Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como agravantes:
I – Ação cometida que resulte em ato que denigra publicamente a imagem do Profissional da Contabilidade;
II – punição ética anterior transitada em julgado.
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Os Processos Envolvendo Questões Éticas
 Os CRCs têm a incumbência de orientar os profissionais, sobretudo os que estão ingressando no mercado de trabalho.
 O contabilista não poderá alegar desconhecimento das normas que regem sua profissão.
Quando o contabilista viola algum preceito da legislação disciplinadora, o Conselho deve abrir um processo para apuração dos fatos e punir, quando devidamente comprovada , a irregularidade.
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Os Processos Envolvendo Questões Éticas
 A denúncia poderá ser apresentada por qualquer interessado , seja pessoa física ou jurídica. Entretanto, o denunciante ou seu representante legal terá que se identificar, bem como anexar documentos ou outros elementos que comprovem prática do ilícito por parte do contabilista.
 Após formalizada a denúncia e devidamente protocolada no CRC, ela será apreciada e arquivada se considerada improcedente, do contrário, será instaurado o respectivo processo: disciplinar ou ético, dependendo do tipo de infração.
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Os Processos Envolvendo Questões Éticas
Na hipótese da denúncia exigir averiguações ou diligências complementares, estudo mais apurado ou parecer da assessoria jurídica do Conselho, deverá ser instaurada sindicância e, após a análise dos fatos, será aberto o processo ou finalizado, com seu arquivamento.
O auto de representação é lavrado por funcionário do Conselho com atribuições para tal e se aplica quando da realização de serviços internos, em que o funcionário identifica e apura infrações que não dependam de averiguação externa, ou seja, na empresa ou no escritório em que atua o profissional infrator.
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Os Processos Envolvendo Questões Éticas
O auto de infração é lavrado por fiscal do Conselho, após identificação do procedimento irregular do contabilista, e se efetivará a lavratura no local da ocorrência do fato. Assim como no caso do auto de representação, o auto de infração gera um processo ético ou disciplinar e, dependendo do caso, poderá gerar ambos.
O processo ético é originado de um auto de infração ao CEPC. Por ser de caráter moral, deve ter seu andamento de forma sigilosa.
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Os Tribunais Regionais e Superior de Ética e Disciplina
 Uma vez aberto o processo, será submetido ao Tribunal Regional de Ética e Disciplina, formado pelos conselheiros do CRC, para apreciação e julgamento. 
O julgamento é realizado em primeira instância.
É facultado recurso dotado de efeito suspensivo, interposto no prazo de 30 dias para o CFC em sua condição de Tribunal Superior de Ética.
O recurso voluntário somente será encaminhado ao TSE se o respectivo TRE mantiver ou reformar parcialmente a decisão.
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Os Tribunais Regionais e Superior de Ética e Disciplina
 Quando se tratar de denúncia, o CRC comunicará ao denunciante a instauração do processo até 30 dias após esgotado o prazo de defesa.
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O Desagravo Público
Quando o contabilista tenha sido apenado de forma indevida, tem ele o direito de requerer desagravo público o CRC, quando atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão, sem prejuízo de eventual processo judicial que poderá propor contra os responsáveis.
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Referências
 FORTES, José Carlos. Manual do Contabilista: Uma abordagem Teórico-Prática da Profissão. São Paulo: Saraiva, 2010.
Resolução CFC nº803/96
Resolução CFC nº 1.307/2010
LISBOA, Lázaro Plácido. Ética Geral e Profissional em Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2010.
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