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OAB - Direito_Tributario_Aula_0_268_012413_CUR_COMP_ADV_PUB_DIR_TRIB_AULA_01 (10)

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CURSO COMPLETO DE ADVOCACIA PÚBLICA 
Direito Tributário 
Josiane Minardi 
1 
IMUNIDADES 
 
Classe finita e imediatamente 
determinável de normas jurídicas, contida no 
texto da Constituição Federal, e que 
estabelece, de modo expresso, a incompetência 
das pessoas políticas de direito constitucional 
interno para expedir regras instituidoras de 
tributos que alcancem situações específicas e 
suficientemente caracterizadas1. 
A imunidade tributária é, em resumo, 
quando a CONSTITUIÇÃO veda a criação e a 
cobrança de tributos sobre determinadas 
situações ou sobre determinados sujeitos. 
Principais diferenças entre imunidade e 
isenção: 
 
 
 
IMUNIDADES GENÉRICAS 
 
As imunidades genéricas estão 
previstas no art. 150, VI da CF e referem-se 
apenas aos Impostos. As pessoas e situações 
previstas no artigo 150, VI da CF não devem 
pagar apenas os impostos, devendo pagar as 
demais espécies tributárias, como as taxas, 
contribuição de melhoria, contribuições e 
empréstimo compulsório. Por isso, é possível 
afirmar que quem tem imunidade genérica tem 
SORTE na vida, sorte de NÃO pagar IMPOSTO!! 
Para auxiliar na memorização, segue 
sugestão de macete para as imunidades 
genéricas: 
 
SUBJETIVA – Art. 150, VI, “c” da CF 
OBJETIVA – Art. 150, VI, “d” da CF 
RECÍPROCA – Art. 150, Vi, “a” da CF 
TEMPLOS DE QUALQUER CULTO – 
Art. 150, VI, “b” da CF 
 
 
 
 
 
 
IMUNIDADES RECÍPROCAS 
A imunidade tributária recíproca, 
prevista no art. 150, VI, “a” da CF, consequência 
do modelo Federal de Estado, cujas bases 
repousam na necessária igualdade política-
jurídica entre as unidades que compõe o Estado 
Federal, veda a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios de instituírem impostos 
sobre o patrimônio, renda e serviços um dos 
outros. 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: 
(...) 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. 
 
O artigo supracitado prevê que a 
imunidade tributária recíproca alcança apenas 
os impostos, podendo incidir, portanto, em 
outras espécies tributárias, como taxas, 
contribuições e etc. 
 
De acordo com o § 2º, § 3º do art. 150 
da CF a imunidade recíproca é extensiva às 
AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
desde que cumpram 4 requisitos: 
 
a) Cumpram suas finalidades 
essenciais ou qualquer uma delas 
decorrentes; 
 
b) Sejam instituídas e mantidas pelo 
Poder Público; 
 
c) Não cobraem preços e nem tarifas; 
 
d) Não entrem na concorrência 
privada. 
No entanto, o Supremo Tribunal Federal 
tem entendido que algumas empresas públicas, 
bem como algumas sociedades de economia 
mista, são merecedoras da regra imunizante, 
quando prestam serviço público de caráter 
obrigatório e de forma exclusiva. 
Cita-se como exemplo da ECT – 
Empresa de Correios e Telégrafos, conforme 
jurisprudência a seguir: 
 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. 
ECT - EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS 
 
 
 
 
 
 
 
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E TELÉGRAFOS: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA 
RECÍPROCA: C.F., art. 150, VI, a. EMPRESA 
PÚBLICA QUE EXERCE ATIVIDADE 
ECONÔMICA E EMPRESA PÚBLICA 
PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO: 
DISTINÇÃO. TAXAS: IMUNIDADE 
RECÍPROCA: INEXISTÊNCIA. I. - As empresas 
públicas prestadoras de serviço público 
distinguem-se das que exercem atividade 
econômica. A ECT - Empresa Brasileira de 
Correios e Telégrafos é prestadora de serviço 
público de prestação obrigatória e exclusiva 
do Estado, motivo por que está abrangida 
pela imunidade tributária recíproca: C.F., art. 
22, X; C.F., art. 150, VI, a. Precedentes do STF: 
RE 424.227/SC, 407.099/RS, 354.897/RS, 
356.122/RS e 398.630/SP, Ministro Carlos 
Velloso, 2ª Turma. II. - A imunidade tributária 
recíproca -- C.F., art. 150, VI, a -- somente é 
aplicável a impostos, não alcançando as taxas. 
III. - R.E. conhecido e improvido. 
(RE 364202, Rel. Min. Carlos Velloso, 
D.J. 05-10-2004) 
Outro exemplo de empresa pública que 
teve a imunidade reconhecida pelo STF, em 
2007 (RE-AgR 363.412) é a INFRAERO. 
Em fevereiro de 2007, o STF, na Ação 
Cautelar nº 1.550-2 reconheceu também a 
imunidade da sociedade de economia mista – 
CAERD, Companhia de Águas e Esgotos de 
Rondônia. 
 
IMUNIDADES DOS TEMPLOS DE QUALQUER 
CULTO 
 
O art. 150, VI, “b” da CF veda aos Entes 
Federativos instituírem IMPOSTOS sobre os 
templos de qualquer culto. 
A expressão “templos de qualquer culto” 
deve ser interpretada de forma ampla, 
abrangendo todas as formas de expressão de 
religiosidade. Só não irá abranger os templos de 
inspiração demoníaca, nem cultos satânicos, 
nem suas instituições, por contrariar a teleologia 
do texto constitucional. Portanto, deve haver 
valores morais e religiosos. 
A imunidade dos templos de qualquer 
culto visa tutelar a liberdade religiosa, e por essa 
razão tudo, exatamente tudo, que estiver em 
nome da instituição religiosa e cumprir sua 
finalidade essencial terá imunidade, ou seja, não 
terá que pagar impostos. 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios 
(...) 
VI - instituir impostos sobre: 
(...) 
b) templos de qualquer culto 
(...) 
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, 
alíneas "b" e "c", compreendem somente o 
patrimônio, a renda e os serviços, 
relacionados com as finalidades essenciais 
das entidades nelas mencionadas. 
 
Recentemente, o STF decidiu que não incide 
IPTU sobre os cemitérios que sejam extensão da 
entidade religiosa: 
 
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 
CONSTITUCIONAL. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. 
IPTU. ARTIGO 150, VI, "B", CB/88. CEMITÉRIO. 
EXTENSÃO DE ENTIDADE DE CUNHO 
RELIGIOSO. 1. Os cemitérios que 
consubstanciam extensões de entidades de 
cunho religioso estão abrangidos pela 
garantia contemplada no artigo 150 da 
Constituição do Brasil. Impossibilidade da 
incidência de IPTU em relação a eles. 2. A 
imunidade aos tributos de que gozam os templos 
de qualquer culto é projetada a partir da 
interpretação da totalidade que o texto da 
Constituição é, sobretudo do disposto nos 
artigos 5º, VI, 19, I e 150, VI, "b". 3. As áreas da 
incidência e da imunidade tributária são 
antípodas. Recurso extraordinário provido. 
 
(RE 578562, Min. Rel. Eros Grau, D.J. 
21-05-2008) 
 
A imunidade do art. 150, VI, “c” da CF visa 
tutelar a liberdade política, a liberdade sindical e 
estimular colaboradores do Estado na prestação 
de serviços de assistência social, desde que 
sem finalidade lucrativa. Tal imunidade refere-se 
a certas pessoas, razão porque é chamada de 
imunidade subjetiva. São 4 pessoas que nos 
termos desse dispositivo constitucional não irão 
pagar impostos sobre suas rendas, patrimônio e 
serviços: 
 
1. Entidades de Assistência Social Sem Fins 
Lucrativos; 
 
 
 
 
 
 
 
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3 
2. Entidade de Educação Sem fins Lucrativos; 
3. Partidos Políticos e Suas Fundações; 
4. Sindicato dos Trabalhadores. 
 
A parte final do art. 150, VI, “c” da CF 
estabelece que essas pessoas somente terão 
direito à imunidade tributária se atenderem 
requisitos estabelecidos em lei. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras 
garantias asseguradas ao contribuinte, 
é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: 
(...) 
VI - instituir impostos sobre: 
(...) 
c) patrimônio, renda ou serviços dos 
partidos políticos, inclusive suas fundações, das 
entidades sindicais dos trabalhadores,das 
instituições de educação e de assistência social, 
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da 
lei. 
 
Nesse sentido, o artigo 14 do Código 
Tributário Nacional prevê três requisitos que 
devem ser cumpridos pelas 4 pessoas jurídicas 
acima para poderem gozar da imunidade 
aludida. São eles: 
 
1. Não distribuírem qualquer parcela de seu 
patrimônio ou de suas rendas, a qualquer 
título; 
2. Aplicarem integralmente, no País, os 
seus recursos na manutenção dos seus 
objetivos institucionais; 
3. Manterem escrituração de suas receitas 
e despesas em livros revestidos de 
formalidades capazes de assegurar sua 
exatidão. 
 
O § 1º do art. 14 do CTN estabelece 
que a Autoridade competente poderá suspender 
a imunidade da pessoa que não cumprir 
quaisquer um desses requisitos. 
Ressalta-se, ainda, que os Partidos 
Políticos, além de cumprirem os requisitos do 
art. 14 do CTN devem cumprir mais dois: 
1. estarem devidamente registrados no 
Tribunal Superior Eleitoral (art. 17, § 2º, 
CF), e; 
2. não atentarem contra os costumes e 
princípios do Estado brasileiro. 
 
Nos termos da Súmula 724 do STF 
todas pessoas do art. 150, VI, “c” da CF 
(entidade de assistência social sem fins 
lucrativos, entidades de educação sem fins 
lucrativos, partidos políticos e suas fundações e 
sindicato dos trabalhadores) ainda que tenham 
imóveis locados para terceiros não irão pagar 
IPTU desses imóveis, desde que utilizem o valor 
dos aluguéis para cumprimento de suas 
finalidades essenciais. 
 
Súmula 724 STF - AINDA QUANDO ALUGADO 
A TERCEIROS, PERMANECE IMUNE AO IPTU 
O IMÓVEL PERTENCENTE A QUALQUER DAS 
ENTIDADES REFERIDAS PELO ART. 150, VI, 
"C", DA CONSTITUIÇÃO, DESDE QUE O 
VALOR DOS ALUGUÉIS SEJA APLICADO NAS 
ATIVIDADES ESSENCIAIS DE TAIS 
ENTIDADES. 
 
(Súmula 724, SESSÃO PLENÁRIA, julgado em 
26/11/2003, DJ de 9/12/2003, p. 1; DJ de 
10/12/2003, p. 1; DJ de 11/12/2003, p. 1) 
 
 
Quanto às Entidades de Assistência 
Social, é oportuno salientar que são aquelas que 
auxiliam o Estado no atendimento dos direitos 
sociais, tais como, saúde, segurança, 
maternidade, trabalho, etc. Por essa razão, 
afirma-se que cumprir assistência social é 
respeitar o artigo 203 da CF. As entidades que 
cumprirem o art. 203 da CF e não visarem lucro, 
assim como as entidades beneficentes, as 
Organizações não Governamentais (ONGs), 
dentre outras, terão a imunidade tributária 
prevista no art. 150, VI, “c” da CF. 
Outro exemplo de entidades que gozam 
de imunidade tributária são aquelas que 
compõem o Sistema “S” (SESI, SENAI, SENAC, 
SEBRAE), que promovem a integração do 
mercado de trabalho. Imunidade reconhecida 
pelo STF, RE 235.737. 
Recentemente o STF reconheceu que 
as entidades fechadas de previdência privada 
que NÃO exigirem de seus associados 
contribuições para custeio do benefício, também 
têm direito à imunidade que se refere o art. 150, 
VI, “c” da CF. 
Súmula 730 STF - A IMUNIDADE 
TRIBUTÁRIA CONFERIDA A 
INSTITUIÇÕES DE ASSISTÊNCIA 
SOCIAL SEM FINS LUCRATIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
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PELO ART. 150, VI, "C", DA 
CONSTITUIÇÃO, SOMENTE 
ALCANÇA ÀS ENTIDADES 
FECHADAS DE PREVIDÊNCIA 
SOCIAL PRIVADA SE NÃO HOUVER 
CONTRIBUIÇÃO DOS 
BENEFICIÁRIOS. 
(Súmula 730, SESSÃO PLENÁRIA, 
julgado em 26/11/2003, DJ de 
9/12/2003, p. 2; DJ de 10/12/2003, p. 2; 
DJ de 11/12/2003, p. 2) 
 
 
Ressalta-se, ainda, que as entidades de 
assistência social sem fins lucrativos, além de 
serem imunes ao pagamento de impostos, 
também gozam de imunidade das contribuições 
sociais, nos termos do artigo 195, § 7º da 
Constituição Federal. Assim, a única pessoa do 
artigo 150, VI da CF que além de possuir o 
benefício de não pagar impostos, também não 
irá pagar contribuição social, é a Entidade de 
Assistência Social sem fins lucrativos. 
 
IMUNIDADE OBJETIVA (ART. 150, VI, “d” CF) 
O art. 150, VI, “d” da CF trata sobre a 
imunidade objetiva, que proíbe a União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios de instituírem 
impostos sobre alguns objetos, tais como livros, 
jornais, periódicos e o papel destinado à sua 
impressão. Sobre estes objetos não irão incidir o 
ICMS - quando saem do estabelecimento 
comercial, IPI - quando saem da indústria e II - 
se houver a importação. 
A imunidade acima referida visa 
possibilitar o acesso à cultura e à informação, e 
sua finalidade é baratear o custo dos livros, 
jornais, periódicos e papéis destinados a 
impressão. 
Terão imunidade os livros que 
transmitirem pensamentos e idéias formalmente 
orientadas, independentemente do conteúdo. 
Nesse sentido, segue-se o julgado do STF: 
CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. 
IMUNIDADE. ART. 150, VI, "D" DA CF/88. 
"ÁLBUM DE FIGURINHAS". ADMISSIBILIDADE. 
1. A imunidade tributária sobre livros, jornais, 
periódicos e o papel destinado à sua impressão 
tem por escopo evitar embaraços ao exercício 
da liberdade de expressão intelectual, artística, 
científica e de comunicação, bem como facilitar o 
acesso da população à cultura, à informação e à 
educação. 2. O Constituinte, ao instituir esta 
benesse, não fez ressalvas quanto ao valor 
artístico ou didático, à relevância das 
informações divulgadas ou à qualidade 
cultural de uma publicação. 3. Não cabe ao 
aplicador da norma constitucional em tela afastar 
este benefício fiscal instituído para proteger 
direito tão importante ao exercício da 
democracia, por força de um juízo subjetivo 
acerca da qualidade cultural ou do valor 
pedagógico de uma publicação destinada ao 
público infanto-juvenil. 4. Recurso extraordinário 
conhecido e provido. (RE 221.239, Rel. Min. 
Ellen Gracie, DJ 06-08-2004). 
 
EMENTA Álbum de figurinha. Imunidade 
tributária. art. 150, VI, "d", da Constituição 
Federal. Precedentes da Suprema Corte. 1. Os 
álbuns de figurinhas e os respectivos cromos 
adesivos estão alcançados pela imunidade 
tributária prevista no artigo 150, VI, "d", da 
Constituição Federal. 2. Recurso extraordinário 
desprovido. (RE nº 179893, Min. Rel. Menezes 
Direito, DJ 15-04-2008). 
 
Com relação aos periódicos e jornais, 
somente perderão a imunidade se apresentarem 
cunho eminentemente publicitário, sem qualquer 
destinação à cultura e à educação, como os 
encartes. No entanto, a presença de propaganda 
no corpo do próprio periódico ou jornal que 
apresente informações à cultura e à educação 
não afasta a imunidade. 
Nesse sentido, o STF, no RE nº 
199.183 reconheceu a imunidade da lista 
telefônica por ter utilidade pública, ainda que 
veicule anúncios e publicidade. 
Observa-se que a norma constitucional 
imuniza apenas o papel destinado à impressão 
dos livros, jornais e periódicos, abrangendo 
apenas os materiais similares ao papel, como os 
filmes e papéis fotográficos, sem trazer a 
imunidade para os demais insumos como as 
tintas, cola e linha. 
 
Súmula 657 STF - A IMUNIDADE PREVISTA 
NO ART. 150, VI, "D", DA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL ABRANGE OS FILMES E PAPÉIS 
FOTOGRÁFICOS NECESSÁRIOS À 
PUBLICAÇÃO DE JORNAIS E PERIÓDICOS. 
(Súmula 657, SESSÃO PLENÁRIA, 
julgado em 24/09/2003, DJ de 
9/10/2003, p. 3; DJ de 10/10/2003, p. 3; 
DJ de 13/10/2003, p. 3) 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Tributário 
Josiane Minardi 
5 
 
1 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito 
Tributário, 21ª edição. Saraiva. 2009, p. 202.

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