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Caio Bezerra de Mattos Brito 
Mestrando – Zoologia – UFPB 
Filogeografia/Ornitologia 
www.caiobrito.com 
Breve história da ornitologia brasileira 
Soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni) 
Apresentação 
• Antilophia bokermanni Coelho & Silva, 1998 
 
- Werner C. A. Bokermann: 
Descreveu 68 novas espécies de anfíbios e 43 de 
coleópteros. Suas coleções particulares 
merecem destaque: a herpetológica, com cerca 
de 60 mil exemplares, possuía vários tipos, 
principalmente das espécies que descrevera; e a 
entomológica, com seis mil exemplares. 
Também montou uma coleção ornitológica com 
cinco mil exemplares. 
Quem foi o primeiro? 
Século XVI 
 
• Jean de Léry (Francês): 
- Missionário calvinista francês – Rio de Janeiro. 
- “...vivia quase refugiado entre os Tupinambá, 
terríveis canibais.” (Sick 1997) 
- Sua obra Viagem à Terra do Brasil (1578) 
precedeu Cristovão de Lisboa e Marcgrave 
(século XVII). 
 
Século XVI 
 
 
- Convivência com os indios e suas vantagens: 
aprendeu a linguem indigena e com isso 
descreveu várias espécies na lingua indigena. 
- Diferenciou P. obscura e P. superciliaris. 
Tambem relatou vários utensilios indigenas 
como o ararojé. 
Século XVI 
- Sua obra Viagem à Terra 
do Brasil (1578) 
- “a ema, cujas penas os 
índios utilizaram para 
fazer o .."ararojé", que 
Léry, de bom humor, 
comparou com uma 
cesta repleta de 
galinhas, pendurada 
pela espinha” 
Século XVI 
Século XVI 
 
• Outros cientistas: 
- 1557: Fases de plumagem de Eudocimus ruber 
(Hans Staden); 
- 1583: Dança dos tangarás Chiroxiphia caudata 
e 1º a mencionar a ararajuba (Cardim); 
- 1587: particularidades morfológicas das aves 
(Soares de Souza). 
Século XVII 
• Claude d’Abbeville: 
- 1614: Da História da Missão dos padres 
Capuchinhos na Ilha do Maranhão  insetos e 
algumas aves. 
 
Século XVII 
• Frei Cristóvão de Lisboa: 
- 1625-1631: História dos animais e árvores do 
Maranhão. (30 pranchas) 
Período Holandês e a Ornitologia 
• Georg Marcgrave (1610-1644) e Wilhelm Pies 
(latinizado Guilherme Piso, 1611-1678). 
 
Século XVII 
• George Marcgrave (Marcgraf): 
- Brasil: 1638-1643  
- S. Naturae (10 ed.)  39 citações de Margraf, 
sendo 15 aves (e.g. Mitu mitu (Linnaeus, 1766). 
 
PE, PB, RN, CE 
“Jaburu”, xilogravura 
do livro Historia 
naturalis Brasiliae de 
Piso e Marcgrave 
(1648) 
Século XVIII 
 
• Outros cientistas: 
- Frei José Mariano da Conceição Velloso (1742-
1811): Aviário Brasilico 
 
- Diogo de Toledo Lara Ordoñez (1752-1826): 
Tratado de Aves do Brasil (Tauray, 1918) 
Século XVIII 
• Alexandre Rodrigues Ferreira: 
- 1783-1792: Viagem filosófica pelas Capitanias 
do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e 
Cuiabá  Agricultura, fauna, flora, cartografia, 
mapas populacionais (short budget / less food 
/ 1 naturalist) 
- Dois desenhistas: José Joaquim Codina e 
Joaquim José Freire 
Século XVIII 
 
• Outros cientistas: 
- 1557 
Século XVIII 
• Alexandre Rodrigues Ferreira: 
- “Entre os desenhos encontram-se figuras de 
aves tão importantes como o anambé-preto, 
Cephalopterus ornatus Geoffroy St. Hilaire, 
1809, e o urumutum, Nothocrax urumutum 
(Spix 1825)” – Sick, 1997. 
 
Século XVIII 
Século XIX 
• Século de avanços ornitológicos; 
 
 
• 1808  Chegada da corte portuguesa  fim do 
exclusivismo português. 
Século XIX 
• Conde Johann Centurius Von Hoffmannsegg: 
- “Incentivador” da Ciência (coleta de aves): 
Alexandre Rodrigues Ferreira; Luis Beltrão (RJ); 
F. A. Gomes (RJ e BA); Franz 
 Wilhelm Sieber (PA). 
Século XIX 
• Franz Wilhelm Sieber: 
- Chegou em Belém (1800) e permanceceu 11 anos 
70 espécies desconhecidas 
400 aves (Berlim) 
Wagler (dresden) Temminck (Leiden) 
Illiger & Lichtenstein (Berlim) 
Século XIX 
 
Georg Heinrich Von Langsdorff: 
- “O facilitador da Ciência no Brasil” (com. pes.). 
 
- Trouxe: “G. W. Freyreiss e Friedrich Sellow, 
mais tarde o francês E. Ménétriês”. 
 
Século XIX 
Sua casa e sua fazenda, ambas situadas no Rio 
de Janeiro tornaram-se centros de cientistas e 
artistas 
Wilhelm von Eschwege (mineralogia) 
Natterer, Spix e Martius 
Moritz Rugendas (pintor) Hercules Florence (Zoofonia) 
L. Riedel (botânico) 
Século XIX 
 
Friedrich Sellow: 
- Grande renome como coletor botânico 
- Brasil: 1814-1831 (Rio Doce incident) 
 
 
 
http://www.ao.com.br/ao100_6.htm 
5.457 aves empalhadas para Berlim (Lichtenstein). 
Natterer e Spix (Temminck) 
Vs. 
Século XIX 
Maximilian von Wied Neuwied: 
• Estudos no Brasil (1815-1818) 
 4 volumes (os Beiträge)  
2.221 páginas, apenas sobre 
aves (publicada em 1831/33). 
Século XIX 
William Swainson (Britânico): 
- 1816-1818: Pernambuco-Bahia. 
- Birds of Brazil. 
Século XIX 
1817: Chegada de Johannes Natterer, Johann 
Baptist von Spix & Carl Friedrich Philip von 
Martius. 
- Natterer: “Prince of Collectors” (Sclater); 
 
- Spix: Descrições de vertebrados; 
 
- Martius: botânico, antropólogo. 
Século XIX 
Carl Friedrich Philip von Martius: 
 
- Nomina animalium in lingua Tupi (Martius, 
1863). 
 
- Tornou-se um dos cientistas mais conhecidos 
do mundo 
 
- Diferente de Spix que morreu aos 45, Martius 
viveu mais 48 anos. 
Século XIX 
Johann Baptist von Spix: 
 
- Aves (vertebrados) cinegéticos: 
juntamente com Martius, são os mais citados no 
campo das ciências naturais. 
 
- Viagem pelo Brasil nos anos de 1817-1820. 
 
- Primeiro a coletar Cyanopsitta spixii (Wagler 
1831) em 1819. 
Século XIX 
Johannes Natterer (Austriaco): 
1.200 espécies 
18 anos de Trabalho! 
1.000 mamíferos e 
peixes 
35.000 plantas 
secas 
12.293 Aves 
Viena (Pelzeln) 
Século XIX 
João Teodoro Descourtilz (Francês): 
- Naturalista viajante do Museu Nacional (1854-
1855); 
 
• Dedicação em Aves de difícil observação: 
Calyptura cristata, Laniisoma elegans e 
Oxyruncus cristatus 
Século XIX 
• Calyptura cristata, Laniisoma elegans e 
Oxyruncus cristatus 
Século XIX 
Gonçalves Dias: 
- “A "Comissão Científica do Ceará" (1859-61), a 
primeira expedição científica organizada por 
brasileiros, após a expedição de Alexandre R. 
Ferreira no século anterior, acompanhada por 
Gonçalves Dias, obteve bastante material, que 
foi depositado no Museu Nacional, Rio de 
Janeiro” – Sick. 
Século XIX 
Hermann von Ihering: 
- Ampliação das coleções de aves do Museu 
Paulista (hoje MZUSP)  ênfase a material 
seriado destinado exclusivamente ao estudo 
científico. 
 
 
 
Século XIX 
Emil A. Goeldi: 
- 1884: Funcionário do Museu Nacional (até 
então Museu Imperial) 
- Proclamação da República (1889)  Novas 
regras no “Museu Nacional” (inclusive “bater 
ponto”) 
- 1894: assumiu encargo de reorganizar o 
Museu Paraense de História Natural e 
Etnografia (hoje MPEG) 
Século XIX 
Emil A. Goeldi: 
- Mamíferos do Brasil (1893); 
 
- Aves do Brasil (1894); 
 
- Álbum de Aves Amazônicas (1900-1906); 
 
- 1907: Após 13 anos de trabalhos incessantes 
em Belém. 
Século XIX 
Drª Emelie Snethlage: 
- Pioneira da Ornitologia de Campo do Brasil 
(dedicatória de Sick, 1996) 
 
- Zoogeografia e Ecologia 
 
- Descreveu aproximadamente 60 espécies e 
subespécies novas de aves. 
 
 
Século XX 
Alípio de Miranda Ribeiro: 
- Apaixonado por história Natural, 
ainda na adolescência, traduziu para a 
língua portuguesa a obra do conde de Buffon; 
- Em 1897 foi nomeado naturalista-auxiliar[do 
Museu Nacional], vindo a exercer os cargos de 
Secretário (1899), professor e chefe da Divisão 
de Zoologia (1929), função que exerceu até vir 
a falecer. 
 
 
Século XX 
Alípio de Miranda Ribeiro: 
- Participou da Comissão Rondon e 
acompanhou a sua primeira 
expedição (1908-1910), oportunidade em que 
realizou valiosas observações e coleta de 
material, tendo aproveitado o percurso do Rio 
de Janeiro a Corumbá, para coletar material 
zoológico (1908). 
 
 
Século XX 
Olivério Pinto: 
- Olivério Mário de Oliveira Pinto nasceu 
em Jau, SP, em 11 de março de 1896; 
- Formou-se em Medicina em 1921 aos 25 anos 
(Universidade de Medicina da Bahia); 
- Devido seus dons artísticos e conhecimento, 
foi indicado ao cargo de pesquisador em 
zoologia do Museu Paulista (hoje MZUSP) 
Século XX 
Olivério Pinto: 
- Ainda em 1931, descreveu um caso de 
albinismo em perdiz (Rhynchotus); 
- Foi o criador e primeiro editor das publicações 
científicas "Arquivos de Zoologia" e "Papéis 
Avulsos“; 
- Descreveu dezenas de espécies novas de aves 
brasileiras e outras tantas subespécies (total 
de 62 formas). 
Século XX 
Olivério Pinto: 
- “Catálogo das Aves do Brasil" em 2 
volumes, totalizando 1266 páginas; 
- Em 1979 publicou seu último livro: "A 
Ornitologia através das idades (século XVI a 
século XIX)", obra que muito enriquece a 
literatura sobre história da ciência do Brasil; 
- Etc. 
Século XX 
Helmut Sick: 
- Ornitólogo e naturalista alemão, 
naturalizado brasileiro; 
- Em 1933 mudou-se para Berlim, onde foi 
aluno de Erwin Stresemann na Universidade 
de Berlim. Tornou-se assistente no 
Departamento de Ornitologia do Museu de 
Zoologia da Universidade de Berlim em 1938. 
Século XX 
Helmut Sick: 
- Pouco tempo depois, em 1939, Stresemann 
sugeriu que Sick acompanhasse Adolf 
Schneider, em uma expedição ao Brasil; 
- A grande obra de sua vida foi publicada em 
1985: o livro Ornitologia Brasileira, uma 
Introdução, originalmente em alemão e 
traduzido para o português por Guttorm 
Hanssen. 
- Faleceu em 1991. 
Século XX 
Século XX 
Dias da Rocha (O Grande Naturalista Cearense): 
- Tido como um “acumulador de coleções” 
zoológicas, botânicas, etnográficas e 
arqueológicas, contato amistoso com uma 
série de especialistas, notadamente 
estrangeiros, das mais diferentes áreas do 
conhecimento; 
- Dirigiu o Muzeu Rocha, de sua propriedade, 
em Fortaleza, de 1884 até 1959, quando 
“quase todo o acervo” foi vendido ao governo 
do estado do Ceará. 
 
Século XX 
Dias da Rocha: 
- É verdade que, muito antes, o Grande 
Naturalista Cearense, parafraseando Nomura, 
havia publicado sua relação de aves 
representadas em seu museu particular 
(Rocha 1908, 1911). Entretanto, tal título teve 
impacto quase nulo na ornitologia e está hoje 
entre as mais raras publicações de zoologia do 
Nordeste (Pacheco, 2003). 
Século XX 
Fernando Pacheco: 
- De forma independente em 1976 iniciou-se na 
atividade de observação das aves. Em busca 
de mais informações, no ano seguinte, passou 
a frequentar o Museu Nacional e por mais de 
uma década pode travar contato com diversos 
e experientes pesquisadores (inclusive Helmut 
Sick) e familiarizar-se com a literatura 
especializada e a grande coleção ornitológica 
da instituição. 
Século XX 
Fernando Pacheco: 
- Foi coordenador e editor da obra, revista e 
atualizada, Ornitologia Brasileira de Helmut 
Sick; 
- Publicou cerca de 190 artigos, capítulos de 
livro e notas de variável densidade, utilidade e 
aceitação, em periódicos científicos ou de 
divulgacão, nacionais e estrangeiros. 
Século XX 
Ornitologia na Caatinga: 
- 1910: Otmar Reiser – Pernambuco ao Piauí 
(1903) 
- Emilie Snethlage – Serra de Ibiapaba (1910) 
Século XX 
Ornitologia na Caatinga: 
- 1920: Robert H,. Becker – Baturité e Quixadá 
(1913) 
Século XX 
Ornitologia na Caatinga: 
- 1930: Heinrich Snethlage e Emil Kaempfer – 
MA, PI, CE e TO (1923) 
Século XX 
Ornitologia na Caatinga: 
- 1940: Olivério Pinto – Bahia (1932), 
Pernambuco (1938) 
Leitura Sugerida 
• História da Caatinga: Pacheco, 2003 (Aves da 
Caatinga); 
 
• Primeiros Naturalistas Viajantes: Vanzolini, 
1997 (A Contribuição Zoologica dos Primeiros 
Naturalistas Viajantes no Brasil); 
 
• CBRO 2014

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