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1 Os direitos de liberdade A Constituição de 1988 tem como um de seus principais méritos, reestabelecer não apenas os direitos políticos mas também reabilitar os direitos e garantias de liberdades, que no decorrer da ditadura, vivenciada durante o regime militar (1964-1985), foram amplamente violados, como é praxe em qualquer ditadura. Os direitos fundamentais Os direitos fundamentais são muito mais do que direitos políticos, são aqueles direitos humanos protegidos pela Constituição (como dissemos, a mais alta lei de qualquer país) e que encontram seu principal fundamento na dignidade humana (o homem é um fim e nunca um meio para se atingir um fim). Dentre todas as constituições que já tivemos desde nossa independência, a atual é a mais pródiga na concessão desses direitos, sendo que os dividimos, para fins classificatórios, em: Direitos de liberdade; Direitos sociais; Direitos difusos e coletivos. No que se refere aos direitos de liberdade (por exemplo, liberdade de consciência e de crença, liberdade de manifestação do pensamento, liberdade de reunião e associação, direito à intimidade e à privacidade, entre outros), tão violados no período da ditadura militar, a verdade é que nossa atual constituição não apenas consolidou-os, como os ampliou. O problema é que uma Constituição é boa na medida em que a letra de seu texto é respeitada. Por isso, embora o que esteja escrito seja bom, a verdadeira liberdade só se conquista quando exigimos, pelas vias legítimas da cidadania, que aquilo que está escrito, seja cumprido. Outra grande conquista obtida pela nossa atual Constituição foi a de estabelecer como direito fundamental da sociedade o direito a um meio ambiente saudável. Este é um exemplo de um direito fundamental difuso, pois não é um direito colocado à disposição de cada cidadão para que o utilize individualmente, mas, ao contrário, ao beneficiar um, todos os demais também o são. Estabelecer o meio ambiente saudável como um direito fundamental é importante porque auxilia a cidadania e as instituições governamentais e não 2 governamentais (ONGs), responsáveis pelo meio ambiente, a exigirem dos governos e dos particulares, em geral, que em suas atividades atuem sempre de forma sustentável e responsável. Na prática, não é bem assim Como vimos nesta aula, o fato de estar escrito na Lei Maior, não implica que os direitos venham a se realizar no mundo real. Na verdade, eles auxiliam-nos na medida em que informam aos poderes constituídos e à sociedade em geral que a preservação ambiental é um princípio a ser perseguido pelos órgãos legisladores, pelos órgãos de execução, pelos órgãos fiscalizadores. Assim, também a sociedade civil, no exercício de sua cidadania, tem o direito e o dever de exigir a preservação do planeta não apenas para usufruto da atual geração, mas também para as gerações humanas futuras.
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